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Por tratar da vida desde a concepção até a morte, da relação entre pais e filhos, da
personalidade, das obrigações, da posse, dos bens móveis e imóveis, da herança, ... o
Direito Civil é essencial. Em todas as fases de nossa vida somos "tocados", querendo ou
não pelo direito civil.
Estudar direito civil pode ser mais fácil se tivermos em mente alguns conceitos
básicos. Busco fazer uma breve introdução ao direito civil. Fazendo breve leitura, no
futuro dezenas de horas de leituras serão poupadas:
É um ramo do Direito Privado que regula as relações privadas dos cidadãos entre si.
O direito civil tutela, dar amparo, proteção, auxilio as escolhas de vida, possibilitando
ao sujeito manifestar sua vontade visando alcançar um interesse próprio. Ao manifestar
sua vontade, o sujeito exerce a denominada autonomia privada, criando normas que
irão regulamentar a sua vida. Porém, o exercício dessa autonomia, deverá respeitar os
limites estabelecidos previamente pelo Estado sob pena de sanção, ou seja, a cumprir o
que está na Lei.
Tanto os Países de tradição Civil law ou de tradição Comon law possuem um "perfil de
Estado". Ou seja, o Estado "é mais intervencionista" ou "menos intervencionista" na
esfera civil. Vejamos exemplos:
1) No brasil, não se pode deserdar herdeiro natural. Em outros países, sim, como
alguns estados dos EUA. Ou seja o Brasil, neste caso é intervencionista. O indivíduo não
está livre para fazer o que bem entender. Há um "limite" imposto pelo Estado. Mesmo
o sujeito amando o sobrinho e detestando os filhos que nunca se quer o deram um
telefone, .... esse sujeito não pode transferir via testamento 100% de suas posses ao
herdeiro não natural.
Por isso, muitas das vezes, abrem-se processos na justiça para contestar tal
"imposição" estatal típica do direito civil. Claro algumas regras do direito Público são
incontestáveis (heteronímia da norma) como a necessidade de pagar IPTU, mas por
outro lado, fruto de muita contestação, há por exemplo a isenção do IPTU (em alguns
estados) para quem tem um único imóvel.
O direito civil busca dar ao sujeitos “espaço” para que se possa dentro "desse espaço"
fazer escolhas.
O Estado, porém, estabelece Limites para que o indivíduo haja em conformação com
a vontade do ESTADO.
“Nas "curtas" palavras do doutrinador, podemos extrair um resumo do que virá a ser
o Código civil de 2002 e sua respectiva divisão entre Parte Geral e Parte especial. Vale
lembrar que o Código Civil Brasileiro costumamos abreviá-lo "CC") em vigor foi
promulgado pela Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002.
2.4. O Aluno e o cursinho deverão seguir as normas de direito civil, já que estabeleceram
um contrato de comum acordo. Ambos são sujeitos de uma relação jurídica.
III- Livro dos FATOS que importam para o direito ou seja FATOS JURÍDICOS
Os Sujeitos são aqueles que manifestam sua vontade. A vontade recae sobre um
objeto. Quando 2 ou mais sujeitos manifestam a sua vontade, surge a relação jurídica.
A relação jurídica é portanto o elo entro os sujeitos.
3.2. Das Pessoas
Para o Código Civil pessoa é o sujeito de direitos e deveres, ente capaz de adquirir
direitos e contrair deveres, podendo ser pessoa física (ente físico) ou jurídica (ficção
jurídica). Todo ser humano é dotado de personalidade jurídica. A regra é a capacidade.
A incapacidade civil é a restrição ao poder de agir e, pela característica da restrição, vem
expressamente prevista em lei, podendo ser absoluta ou relativa. O Código Civil tratar
da cessação (cessa, termina) da incapacidade (voluntária, judicial ou legal),
individualização da pessoa natural e da extinção, fim da personalidade jurídica da pessoa
natural. Também trata da ausência de pessoais naturais, caracteres do direito de
personalidade, personalidade jurídica, desconsideração da personalidade jurídica, entre
outros assuntos.
Para o Código Civil bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de
uma relação de direito, tendo, portanto, valor econômico.
Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Corpóreos, Bens Incorpóreos, Bens Consumíveis,
Bens Inconsumíveis, Bens Singulares, Bens Coletivos, ...
3.5. Já, O negócio jurídico é modalidade de ato jurídico lícito. Consiste em manifestação
de vontade humana que visa modificar, ou adquirir, ou resguardar, ou transmitir, ou
extinguir direitos. As consequências de referida vontade humana, bem como a forma de
praticá-la, são elencadas em lei, mas as partes podem controlar seus efeitos.
Assim, temos um breve resumo, sintetizamos o que virá a ser a PARTE GERAL do Código
Civil.
São aqueles exemplos o Direito do esposo ou esposa, pai ou filho, credor ou devedor,
alienante ou adquirente, proprietário ou possuidor, condômino ou vizinho, testador ou
herdeiro, ...
Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade.
Esta é, portanto, qualidade ou atributo do ser humano. Pode ser definida como aptidão
genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil.
Clóvis Beviláqua, assim, define como “a aptidão, reconhecida pela ordem jurídica a
alguém, para exercer direitos e contrair obrigações”.
Nem sempre, porém, foi assim. No direito romano, o escravo era tratado como coisa.
O reconhecimento, hoje, dessa qualidade a todo ser humano representa, pois, uma
conquista da civilização jurídica. O nosso Código Civil de 2002 reconhece os atributos da
personalidade com esse sentido de universalidade ao proclamar, no art. 1º, que
Expressa que o homem tem personalidade é o mesmo que dizer que ele tem
capacidade para ser titular de direitos. Todavia, embora se interpenetrem, tais atributos
não se confundem, uma vez que a capacidade pode sofrer limitação. “Enquanto a
personalidade é um valor, a capacidade é a projeção desse valor que se traduz em um
quantum. Pode-se ser mais ou menos capaz, mas não se pode ser mais ou menos
pessoa.”
4.3. Domicílio
Acerca do tema teremos uma visão panorâmica e de acordo com o art. 70 do Código
Civil, que assim, expressa:
“O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com
ânimo definitivo.”
O classificado como Voluntário decorre do ato de livre vontade do sujeito, que fixa
residência em um determinado local, com ânimo definitivo; o classificado como
Legal/Necessário decorre da lei, em atenção à condição especial de determinadas
pessoas de acordo com o art. 76 do Código Civil.
O domicílio necessário legal é aquele decorrido de imposição da lei, como no caso dos
menores incapazes, que tem por domicílio o mesmo de seus representantes legais.
Hoje em dia, é comum que as pessoas naturais possuam diversas residências. A pergunta
a ser feita é: qual delas é considerada domicílio natural?
“Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva,
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.”
Tomem cuidado com casos de múltiplas residências, pois como o artigo determina,
a pessoa natural deve viver alternadamente nas diversas residências. Se, por exemplo,
um indivíduo residiu em uma por um tempo, e depois se mudou para outra, a última
residência que será seu domicílio natural.
Para que ambas possam ser consideradas domicílio, a pessoa natural deve viver
frequentemente alternando entre suas diversas residências.
Esse tipo de domicílio é limitado para as relações profissionais que dizem respeito a
aquele lugar, ou seja, é apenas especifico para as questões da profissão do indivíduo,
diferente do domicílio natural, que serve para todas as obrigações da pessoa.
Assim como domicílio natural plural, a pessoa também pode ter vários domicílios
profissionais. Se a pessoa exercitar a profissão em lugares diversos, cada um deles
constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Existem também casos em que pessoas que vivem em constante passagem por
vários locais, sem uma residência habitual, como por exemplo, circenses, pessoas
desprovidas de moradia, ambulantes, mendigos. Para esse caso o Código Civil no seu
Artigo 73 estabelece a seguinte solução:
“Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar
onde for encontrada.”
4.8. Mudança de domicílio
Uma mudança de domicílio ocorre de maneira bem simples. A pessoa natural precisa
somente de manifestar sua intenção às municipalidades dos lugares, mesmo se não
houver declaração alguma, as circunstâncias da própria mudança servirá de prova da
intenção.
Até agora vimos diversos tipos de domicílios voluntários, domicílios estipulados pela
autonomia da vontade privada, porém como foi mostrado em ‘classificação do
domicílio’ existem domicílios legais, ou seja, aqueles estipulados por lei. Portanto, o
Artigo 76 trata dos domicílios necessários:
Como visto, é evidente a importância do estudo de domicílio, pois é por ele que se
determina onde são celebrados os negócios e atos da pessoa, e onde se deve exercer
direitos e obrigações.
Conceito de Coisa:
Conceito de Bens:
São aquelas coisas que têm valor econômico e que são suscetíveis de apropriação, tais
com: Jóias, animais, livros, automóveis etc.
Já, na Parte Especial, um capítulo dedicado ao direito das coisas, para tratar da posse e
dos direitos reais que incidem sobre alguns bens (as coisas).
Conceito de Patrimônio:
A classificação dos bens tem por objetivo facilitar o trabalho dos operadores do
Direito, permitindo a aplicação das mesmas regras jurídicas àqueles que se apresentem
com características semelhantes.Com esse propósito o legislador do Código Civil de
2002 classificou os bens de acordo com três critérios:
“São aqueles que podem ser movidos de um local para outro sem que seja alterada
a substância ou a destinação econômico-social”.
A remoção de um lugar a outro pode ocorrer por força própria (semoventes), no caso
dos animais, ou por força alheia, que são os móveis propriamente ditos (p. ex.: livro,
caneta, fruta etc.). Os bens móveis podem ser classificados em:
São aqueles que tem movimentação própria ou remoção por força alheia sem alteração
da substância ou da destinação econômica. Compreendem tanto os semoventes
(aqueles que se movem por força própria – exemplo: os animais) como as coisas
inanimadas que possam ser transportadas de um lugar a outro, sem que se destruam,
isto é, sem que ocorra alteração de sua substância ou de sua destinação social–
exemplos: carro, lápis, cadeira etc. O bem móvel por natureza é sempre uma coisa
corpórea.
B). Por antecipação: São aqueles mobilizados (transformados em bens móveis) pelos
seres humanos em atenção a sua finalidade econômica (p. ex.: fruta colhida, madeira
cortada, pedra extraída, casa vendida para ser demolida etc.). Por receberem o
tratamento de bens móveis, não exigem escritura pública para sua alienação e
dispensam a vênia conjugal (autorização do cônjuge).
a) as energias que têm valor econômico: elétrica, térmica, solar, nuclear, eólica,
radioativa, radiante, sonora, da água represada etc.;
d) os direitos autorais:
e) a propriedade industrial
Chamo atenção para o fato de que: Navios e aeronaves: embora sejam registrados e
transmitidos da mesma forma que os bens imóveis são bens móveis.
a) Por natureza ou essencial; é o solo e tudo quanto se lhe incorporar naturalmente. Ex:
arvores, frutos, pedras, espaço aéreo do imóvel e seu subsolo (estes 2 últimos com
restrições no próprio CC)
b) Por acessão física industrial ou artificial; são os bens que o homem incorpora no solo
de forma artificial ou permanente. – não podem ser retirados em regra, sem destruição,
modificação, fratura ou danos. Uma exceção é uma casa de maneira pré-fabricada - um
exemplo de bem imóvel. Outro ex se o prédio for demolido para reconstrução, os
materiais continuarão sendo tratados como imóveis. Se a demolição não tiver esse
propósito, os materiais passarão à condição de móveis.
c). Por acessão intelectual: são móveis que são imobilizados. Como exemplos de bens
imóveis por acessão intelectual, a doutrina costumeiramente aponta os ornamentos
(vasos, estátuas nos jardins, cortinas etc.), máquinas agrícolas, animais e materiais
utilizados para plantação, escadas de emergência justapostas nos edifícios, geradores,
aquecedores, aparelhos de ar-condicionado etc.
No Código Civil de 1916, o art. 43, III, consagrava expressamente os bens imóveis
por acessão intelectual, que foram retirados do rol dos bens imóveis no Código Civil de
2002 (art. 79)
São os bens considerados imóveis por força da lei para receber maior proteção
jurídica, consistente, em regra, na exigência de escritura pública para a disposição de
direitos. É o caso da herança (direito à sucessão aberta – Código Civil, art. 80, I),
considerada bem imóvel ainda que composta só de bens móveis. Para a cessão de
direitos hereditários, é exigida a escritura pública (art. 80 CC).Podem ser considerados
bens imóveis os seguintes direitos constituídos sobre imóveis: propriedade, superfície,
servidão, usufruto, uso, habitação, direito do promitente comprador, hipoteca ,
DIREITOS REAIS SOBRE IMOVEIS E AS AÇÕES QUE OS ASSEGURAM E O DIREITO A
SUCESSAO ABERTA.
1) Bens fungíveis:
1) Bens consumíveis:
São BENS MÓVEIS cujo uso importa destruição imediata da própria substância, bem
como aqueles que podem ser alienados.
a) Consumíveis de fato: são os bens cujo uso importa na destruição imediata da própria
substância ou na sua extinção – a consuntibilidade é natural – p. ex.: frutas, verduras
etc.;
2) Bens inconsumíveis:
São os que podem ser usados de forma contínua e reiterada, sem que isso importe
na sua destruição imediata. Os bens inconsumíveis caracterizam-se pela possiblidade
de retirada de suas utilidades, sem que seja atingida sua integridade.
1) Bens divisíveis:
São aqueles que se podem fracionar sem alteração de sua substância, do seu valor
ou que gere prejuízo de uso a que se destinam. Exemplo: um saco de feijão é divisível,
pois pode ser fracionado em duas ou mais partes, mantendo as suas características
originais. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação legal ou por vontade das partes.
2) Bens indivisíveis:
1) Bens singulares:
São aqueles avaliados em sua individualidade, representados por uma unidade
autônoma independente dos demais, mesmo quando reunidos. Em regra os bens são
singulares. Somente serão considerados coletivos quando houver determinação legal ou
determinação das partes.
São bens singulares, pertencentes a mesma pessoa, que tenham destinação única.
Exemplos: rebanho, biblioteca, pinacoteca, frota, floresta, cardume, etc
b. Universalidade de direito:
1) Bens principais: Considera-se bem principal todo aquele que tem sua existência
independente de qualquer outro, abstrata ou concretamente.
Quanto aos imóveis, o solo é o bem principal e tudo que se incorpora nele de forma
permanente é acessório. Quanto aos móveis, bem principal é aquele para o qual os
outros bens se destinam (para enfeitar, permitir o uso ou servir como complemento).
Exemplos: a caneta é o principal, a tampa é o acessório; o computador é o principal, o
teclado é o acessório; o automóvel é o principal, o pneu é o acessório; o capital é o
principal, os juros são acessórios etc.
Fruto é toda utilidade que um bem produz de forma periódica e cuja percepção
mantém intacta a substância do bem que a produziu. Embora sejam bens acessórios,
podem ser objeto de relação jurídica independentemente do bem principal. Em relação
à sua natureza, os frutos podem ser classificados em: naturais ou verdadeiros (p. ex.:
frutas), civis (p. ex.: aluguel) e industriais (p. ex.: canetas fabricadas). Os frutos também
podem ser classificados de acordo com a vinculação com o bem principal e o seu estado.
Importante! Produtos:
São bens que se retiram da coisa desfalcando a sua substância e diminuindo a sua
quantidade. Os cereais colhidos de uma plantação de arroz, assim como os minerais
extraídos de uma jazida e o petróleo extraído de um poço, são produtos, por não se
renovarem.
Pertenças são os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro (p. ex.: trator em uma
fazenda, cama, mesa ou armários de uma casa, o ar-condicionado de uma loja etc.).
Em regra: São bens móveis que servem a um imóvel, mas, excepcionalmente, um bem
imóvel também pode ser pertença. São consideradas coisas anexadas (res annexa) ao
bem principal, embora não o integrem.
Além dos bens particulares e públicos, existem aqueles que não pertencem a
ninguém, por nunca terem sido apropriados (res nullius) ou por terem sido abandonados
(res derelictae). Exemplos: animais selvagens, conchas na praia, águas pluviais não
captadas etc.
a)Inalienabilidade dos Bens públicos de uso comum do povo e de Bens públicos de uso
especial
São aqueles bens que, embora pertencentes a uma pessoa jurídica de direito público,
podem ser utilizados por qualquer pessoa do povo. O domínio é da entidade de direito
público e o uso é do povo (p. ex.: mares, rios, estradas, ruas, praias, praças etc.).
Importante ressaltar que os bens públicos não perdem a sua característica ainda que a
administração pública limite ou suspenda o seu uso ou imponha o pagamento de
retribuição (p. ex.: cobrança de pedágio etc.), conforme previsão do art. 103 do Código
Civil. São inalienáveis.
São os bens que as pessoas jurídicas de direito público interno destinam aos seus
serviços ou outros fins determinados. Como exemplos, podem ser citados os imóveis
onde estão instalados prefeituras, escolas, creches, hospitais, quartéis, museus e teatros
públicos e os móveis utilizados na realização dos serviços públicos (radar, caneta,
computador etc.). São inalienáveis.
Bens públicos dominicais: também conhecidos como patrimoniais, são aqueles que
compõem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público interno, como objeto de
direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades (Código Civil, art. 99, III).
Bens materiais (res corporalis) Também denominados bens corpóreos ou tangíveis, são
aqueles que têm existência material, podendo ser percebidos por nossos sentidos.
Exemplos: armários, lâmpadas, telefones celulares, livros etc. 5.8.2.
O Código Civil atual não prevê a classificação dos bens quanto à tangibilidade. Logo, os
bens corpóreos podem ser objeto de posse e, portanto, de proteção possessória e
somente os bens corpóreos podem ser objeto de tradição (entrega) e de aquisição por
usucapião.
Conceito
O art.1º artigo do CC inicia prescrevendo ser toda pessoa capaz de direitos e deveres
na ordem civil e, embora não se restrinja exclusivamente à pessoa física, porquanto a
pessoa jurídica também possa ser sujeito de direitos e de obrigações, é somente a
existência da pessoa natural que termina com a morte.
Portanto, o Direito das Sucessões regula a herança deixada pelo óbito do primitivo
titular deste patrimônio, que abrange ao mesmo tempo os seus direitos e as suas
obrigações.
Formas de sucessão no Brasil
1ª) Legítima e
2ª) Testamentária.
A morte de uma pessoa faz com que seus familiares recolham sua herança, tendo o
legislador buscado inspiração na solidariedade como instrumento de proteção familiar,
ao conservar para depois de sua morte o seu patrimônio com seus familiares, sendo
permitidas certas liberalidades testamentárias nos limites das garantias dos eventuais
herdeiros necessários. Com isso, fica harmonizada a sucessão legítima em coexistência
com a testamentária, reservados por lei os direitos sucessórios dos herdeiros
necessários.
A Sucessão Legítima
Hoje há outro conceito de família, com o surgimento de novas relações que merecem o
reconhecimento como entidade familiar e a devida tutela estatal, a fim de ter
regulamentado os seus efeitos jurídicos. De acordo com a obra Sucessão Legítima, do
renomado autor Rolf Madaleno, é importante analisar essas mudanças pelo âmbito do
Direito das Sucessões.
Sabemos que hoje uma criança pode ter vários pais. Se um pai morre, de quantos pais
o filho pode herdar? A madrasta se tornou mais mãe do que a própria mãe biológica.
Como tratar a questão de sucessão nesses casos? E em famílias extensas, com várias
mães e pais? São novos paramentos que devem ser abordados.