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Balistica Forense 24 PDF
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4. Divisão da Balística
Balística é a ciência e arte que estuda integralmente as armas de
fogo, o alcance e a direção dos projetis por elas expelidos e os efeitos que
produzem. (ROBERTO A LBARRACIN). Segundo este conceito, a Balística pode
ser dividida em Balística interna, Balística externa e Balística dos efeitos.
Balística interna ou balística interior é a parte da balística que estuda
a estrutura, os mecanismos de disparo, repetição e segurança, o funciona-
mento das armas de fogo e a técnica do tiro, bem como os efeitos da detona-
ção da espoleta e deflagração da pólvora dos cartuchos, aceleração do projetil
no interior do cano até que o projetil saia da boca do cano da arma, a extração
do estojo, em armas automáticas e semiautomáticas, e o recuo do ferrolho.
A balística interna, ao estudar a arma e seus mecanismos, analisa a
estrutura e o funcionamento dos mecanismos das armas de fogo, o tipo
de metal usado em sua construção e a sua resistência às pressões desen-
volvidas na ocasião do tiro. Na combustão da pólvora, ocorre uma trans-
formação química que gera, quase instantaneamente, uma grande quan-
tidade de gases, em alta temperatura e pressão. A força expansiva destes
gases fornecerá o trabalho necessário para que seja expelido o projetil.
Balística externa ou balística exterior, estuda a trajetória do proje-
til, desde que abandona a boca do cano da arma até a sua parada final.
No estudo da trajetória analisa, entre outros itens, o ângulo de elevação
do cano, a velocidade inicial do projetil (velocidade na boca do cano), as
implicações aerodinâmicas de sua forma (esférica, oblonga, pontiaguda,
biogival etc.) e massa, a resistência do ar que atua na frenagem do projetil,
CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO À BALÍSTICA FORENSE 27
Existem também armas de fogo com cano(s) de alma lisa e cano de alma
raiada. Estas são armas mistas. Como exemplo podemos citar o modelo Apa-
che, marca Rossi, com dois canos sobrepostos, sendo o superior de calibre
.22 LR (cano raiado) e o inferior de calibre 36 (de alma lisa), enquanto que,
no modelo AM-6, o cano inferior é de calibre 40, também de alma lisa.
Cada fabricante possui uma concepção sobre o que constitui o melhor
raiamento dos canos das armas de fogo, adotando para suas armas caracte-
rísticas e dimensões próprias relacionadas com as raias, em especial quanto
ao número, orientação (dextrogira ou sinistrogira), largura, profundidade
e ângulo de inclinação. Os números de raias mais usados são de seis ou
cinco, existindo canos com quatro, sete, oito, nove, dez e doze raias. Há
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4 Armas de Fogo Ligeiras, Esportivas e Militares. Rio de Janeiro: Editora Século Futuro
Ltda., v. III, p. 646.
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5 Grande Enciclopédia – armas de fogo. Rio de Janeiro: Século Futuro, 1988, p. 24.
34 BALÍSTICA FORENSE – A SPECTOS TÉCNICOS E JURÍDICOS
DOMINGOS TOCCHETTO
6 R ABELLO, Eraldo. Balística Forense. 2ª ed. Porto Alegre: Editora Sulina, 1982.
CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO À BALÍSTICA FORENSE 35
Especificações Balísticas
Projetil Energia
de velocidade e Pressão
Peso Pressão
Produto Velocidade
média
Tipo Média a 4,6 Kgm Joules
Gramas Grains máxima
(m/s)
(Kgf/cm2)
.38 Special Treina CHOG 8,10 125 230 1.195 21,8 213
CHOG 10,24 158 230 1.195 27,6 271
CHSCV 10,24 158 230 1.195 27,6 271
.38 Special
EXPO 10,24 158 245 1.195 31,0 307
EXPP 10,24 158 230 1.195 27,6 271
EXPP 8,10 125 287 1.300 34,0 334
EXPO 8,10 125 287 1.300 34,0 334
.38 Special + P
EXPP 10,24 158 268 1.300 37,0 363
EXPO 10,24 158 268 1.300 37,0 363
.38 Special + P + SP EXPO 8,10 125 310 1.300 39,7 389
Comprimento do cano do provete para controlar velocidade e pressão = 101,6 mm – ventilado
Figura 12 – Mostra a relação entre uma câmara de uma arma calibre .38 SPECIAL,
em sua dimensão máxima permitida pelas normas internacionais e um cartucho
calibre .357 MAGNUM, em sua dimensão mínima, segundo essas mesmas normas