Evangelismo e Missões 2

Professora Betânia Rodrigues dos Santos

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Sumário

Introdução ........................................................................................................................ 5
1. Evangelismo e Missões: Conceitos .............................................................................. 5
1.1 Evangelismo refere-se à propagação do evangelho ....................................................... 5
1.2 Missões referem-se à propagação do Evangelho de um modo especial. ................... 6
2. O que consiste a pregação do Evangelho .................................................................... 7
2.1 O "ir" .................................................................................................................................... 7
2.2 O "ensinar" .......................................................................................................................... 7
2.3 O "batizar" ........................................................................................................................... 7
2.4 O "ensinar" .......................................................................................................................... 8
3. O Evangelho e os dons espirituais ............................................................................... 9
4. Métodos e estratégias de evangelismo ....................................................................... 10
4.1 Métodos de evangelismo.................................................................................................. 11
a) Evangelização pública ........................................................................................... 11
b) Evangelismo com literaturas ............................................................................... 12
c) Evangelismo Televisivo e Rádio ......................................................................... 12
d) Evangelismo silencioso ........................................................................................ 12
e) Evangelismo nas casas ou pessoal ...................................................................... 12
4.2 Estratégias de evangelismo .............................................................................................. 13
a) O uso de perguntas ............................................................................................... 13
b) O uso de ilustrações ............................................................................................. 14
c) Cuidados com as formulações de perguntas e Ilustrações .............................. 17
5. Conhecendo as pessoas .............................................................................................. 18
a) Os revoltados com Deus ................................................................................................... 18
b) Os escandalizados com os erros dos cristãos nominais ................................................ 18
c) Os aproveitadores dos prazeres da vida .......................................................................... 19
d) Os indecisos ........................................................................................................................ 20
e) Os sincretistas ...................................................................................................................... 20
f) Os endemoniados ................................................................................................................ 20
g) Os sectaristas ....................................................................................................................... 21
h) O que o evangelizador deve pregar aos sectaristas ........................................................ 21

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6. O perfil do evangelista ................................................................................................ 23

a) O uso da boa comunicação ............................................................................................... 23
b) Explicar a mensagem ......................................................................................................... 23
c) Possuir uma linguagem clara ............................................................................................. 24
d) Adequar a mensagem ......................................................................................................... 24
e) Atitudes do evangelizador.................................................................................................. 24
7. Missões ....................................................................................................................... 26
8. A importância da base de lançamento ....................................................................... 26
8.1 Os cultos de missões ........................................................................................................ 27
8.2 O apoio financeiro ............................................................................................................ 28
8.3 As intercessões .................................................................................................................. 28
9. O perfil do missionário ............................................................................................... 29
9.1. Maturidade espiritual ....................................................................................................... 29
9.2. Maturidade emocional ..................................................................................................... 29
9.3. Maturidade moral ............................................................................................................. 30
10. As dificuldades encontradas no campo missionário ................................................ 31
10.1 A cultura ........................................................................................................................... 31
10.2 O idioma .......................................................................................................................... 31
10.3 A comida .......................................................................................................................... 31
10.4 O clima ............................................................................................................................. 32
10.5 A saudade ......................................................................................................................... 32
11. As atribuições do missionário ................................................................................... 33
12. As missões urbanas e transculturais ......................................................................... 33
Conclusão ....................................................................................................................... 34
Referência bibliográfica ................................................................................................. 35

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 Evangelismo e Missões 5

Introdução Que este estudo seja ampliado dia a dia

Marcos 13.10,11: “Mas importa que o
evangelho seja primeiramente pregado entre
todas as gentes. Quando, pois,
conduzirem para vos entregarem, não
estejais solícitos de antemão pelo que haveis
de dizer mas, o que vos for dado naquela
hora, isso falai por que não sois vós os que
falais, mas o Espírito Santo”.
A igreja tem uma incumbência
suprema: Pregar o Evangelho de Cristo.
Tudo o que nós realizamos, sejam os cultos,
os eventos, as festividades, os encontros
gospels, tudo deve ter o foco evangelístico.
Entretanto, é preciso saber identificar qual a
modalidade evangelística que poderá ser
usada nas mais diversas ocasiões em que
nós, cristãos, atuamos. Desde a pregação
expositiva para uma multidão até
evangelismo silencioso que fazemos por
meio de nossa vida piedosa.
Neste estudo abordaremos como a
adaptabilidade, empatia e flexibilidade na
ministração do Evangelho resultam na maior
eficácia para a propagação do Evangelho da
Salvação.
com a busca pelo aprendizado, juntamente com
experiências evangelísticas que são vividas por
vos todos os pregadores do Evangelho.
1. Evangelismo e Missões: Conceitos
A Importância das definições é regular os
principais termos utilizados numa
determinada abordagem, seja ela acadêmica
ou não. Uma má utilização dos termos
inseridos pode embaraçar o objetivo
principal de esclarecimento, em virtude das
diferentes acepções que intervêm de várias
suposições. Para evitar mal entendidos, é
importante definirmos o que pensamos
sobre evangelismo bem como sobre missões.
1.1 Evangelismo refere-se à propagação
o do evangelho
Evangelho (gr., εὐαγγέλιον, euangelion)
significa as Boas Novas do Reino de Deus e
da salvação por meio de Cristo, a serem
recebidas pela fé na morte expiatória,
ressureição e ascensão de Cristo. O verbo
evangelizar (gr., εὐαγγελίζω, euangelizô),

Ligado a este tema – evangelismo – significa trazer ou anunciar boas novas (Ap
veremos como Missões aponta a função 14.6), enquanto evangelista (gr.,
missional da igreja de Cristo, levando estas
εὐαγγελιστάς euangelistas), significa
Boas Novas do Reino por meio de missão
literalmente, “mensageiro do bem”,
Urbana ou Transcultural (At 1.8).
“proclamador de boas notícias”. Outra

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característica do evangelista é que ele é, por
natureza, testemunha do Senhor Jesus Cristo.
Em Atos 1.8, Jesus afirmou o seguinte: “Mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria e até aos confins da terra”.
A palavra utilizada por Jesus para
Escrituras quando se fala de uma Obra que
precisa ser feita por alguém que será enviado
para realizá-la. Por este motivo usamos
bastante este termo nas igrejas,
principalmente em Cultos Missionários.
"Missão" deriva do latim "missione"
que significa enviar. Esta palavra originou
também o que conhecemos hoje como

“testemunha” é μάρτυρες (mártures), isto é, "míssel". Portanto, Missão constitui na ação

de enviar e ser enviado.
mártires por amor ao seu nome. Os mártires
Compreendemos que Evangelismo é a
estão dispostos a enfrentar até a morte,
incumbência dada por Cristo à Igreja de
quanto mais ser luz num mundo encoberto
proclamar as Boas Novas de Salvação, sendo
pelas trevas (Fp 2.15).
esta função de cada indivíduo cristão. Porém,
Assim, quem prega o evangelho deve
Missão é uma dimensão da evangelização que
lembrar que está dando uma "boa notícia" a
torna uma igreja com caráter missional, pois
quem precisa da Salvação. É uma mensagem
envia pessoas (os missionários), que também
alegre, de vida, de transformação, de novidade
são evangelistas locais, para pregar o Evangelho
de vida (Rm 6.4). O único lamento é a rejeição
em locais mais distantes onde exige uma
desta mensagem, porém, não é o Evangelista
dedicação integral.
quem salva, é o Espírito Santo quem convence
Chegamos então à percepção de que
o homem do pecado trazendo-o à Salvação (Jo
todo crente salvo é um Evangelista onde
16.8). Cabe a nós apenas o papel de
estiver. Contudo, muitos destes Evangelistas
instrumento, canal, para que a mensagem
são "base" para lançamento, enquanto que o
chegue às pessoas. Para isso, é imprescindível
restante (poucos) são os mísseis
nos colocarmos como bons canais de
enviados/lançados para outros lugares, pois,
comunicação para esta mensagem.
todos os missionários são Evangelistas, mas
nem todos os Evangelistas são missionários.
1.2 Missões referem-se à propagação do
Evangelho de um modo especial.
Não encontramos a palavra "missões" na
Bíblia, pois deriva do latim. Porém, seu
sentido é amplamente percebido nas

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 Evangelismo e Missões 7

2. O que consiste a pregação do não apenas nos horários estabelecidos para

evangelho sairmos todos juntos.
Mateus 28.19, 20: "Portanto ide, ensinai todas
as nações, batizando-as em nome do Pai, e 2.2 O "ensinar"
do filho e do Espírito Santo; Ensinando-as a Em grego, μαθητεύσατε (mateteusate) que
guardar todas as coisas que eu vos tenho
traduzimos por ensinar, significa discipular,
mandado; e eis que eu estou convosco todos
instruir.
os dias, até à consumação dos séculos".
Discipular é um passo a mais na
Evangelização. Isto mostra que a
2.1 O "ir"
incumbência da igreja vai além de
A palavra grega usada neste versículo é
simplesmente falar sobre o Evangelho, é
πορευθέντες (poreutentes) traduzida por "indo". necessário conduzir os novos crentes no

Comumente dizemos "ide” como caminho, sendo seus mentores espirituais. O

imperativos que trás uma mensagem muito discípulo segue o discipulador, nunca é

válida para o cristão, pois indica uma ordem abandonado para se firmar sozinho. Por este

vinculada à urgência. motivo que as igrejas tem um departamento

No entanto, ao observar a de discipulado bem estruturado, pois esta

profundidade de significado do gerúndio responsabilidade está incluída como

"indo", nos coloca numa posição de seguimento da ordem de Cristo.

evangelizadores constantes. O modo de

Jesus fazer a Obra nos seus três anos de 2.3 O "batizar"

Ministério na terra, está repleta de "indo": O batismo (βαπτίζω) é uma declaração

Lucas 8.42-44; 17.11-14; 24.15. E Felipe pública de que a pessoa salva está morrendo
compreendeu perfeitamente o modelo para o mundo e vivendo para Cristo,
deixado por Cristo: Atos 8.40. O final do seguindo os passos do Mestre.
seu caminho era Cesaréia mas "indo" no Os cristãos são auxiliadores neste
caminho anunciava o Evangelho. processo, pois os novos convertidos ainda
A Pregação do Evangelho consiste estão aprendendo a caminhar entre nós.
primeiramente no "ir". Em qualquer Nossa postura como servos felizes por
caminho que andamos encontramos pessoas recebermos a Salvação, bem como pela
e oportunidades para falar sobre Salvação, comunhão como Corpo de Cristo e

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 Evangelismo e Missões 8

batizados, servem como testemunho para os
novos crentes. Sejamos maduros em nosso
viver, palavras e ações,
observados por eles. Assim como as
crianças, os novos convertidos aprendem
com o exemplo do discipulador.
2.4 O "ensinar"
Novamente Jesus nos manda ensinar.
Porém, a palavra grega utilizada neste
vão além das pregações temáticas. A ordem
de Cristo envolve um acompanhamento do
pois somos novo crente até que ele também seja um
discipulador. O Espírito Santo tem
chamadas específicas para cada um de nós e
é Ele quem nos capacita a desempenhá-las.
Por isso, a igreja cristã distribui funções
observando o talento de cada um, haja vista
que uns tem muita facilidade em interagir
com pessoas, outros são motivadores natos

versículo 20 é διδάσκοντες (didaskontes) que e ainda outros são ótimos professores.

Todavia, todos nós somos instrumentos de
tem o sentido de ensinador como
Deus para pregar o Evangelho.
διδάσκαλος (didáskalos) que significa

mestre, ensinador.
Quando o novo crente aceita Cristo, é
discipulado e então batizado, mas o
processo não termina ainda. Ele precisa ser
ensinado a guardar os preceitos de Cristo.
Ao alcançar a maturidade pelo aprendizado
e exemplo dos mais antigos, este também
será um evangelista qualificado para ser
usado como instrumento do Espírito Santo.
É claro que já no momento da conversão
todo novo convertido se torna um
evangelista em potencial, pela tamanha
alegria de encontrar a Cristo, mas todos nós
estamos no processo de amadurecimento
para atingirmos a "estatura de varão
perfeito" (Ef 4.12-14).
Deste modo, vemos que a ordem de
pregar o Evangelho envolve atuações que

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3. O Evangelho e os dons espirituais
Todos os verdadeiros cristãos carecem da
atuação sobrenatural do Santo Espírito de
Deus para realizar a grande obra que o
Senhor os outorgou. Foi assim desde os dias
dos profetas do Antigo Testamento, com os
cristãos primitivos e em toda a história da
igreja cristã. Conosco, que vivemos no
século XXI, não poderia ser diferente.
Lucas 4.17-21: "... O Espírito Santo é
sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a curar os
quebrantados do coração, a apregoar
liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a
pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o
ano aceitável do SENHOR..."
João 14.12: "Na verdade, na verdade vos
digo que aquele que crê em mim também fará as
obras que eu faço, e as fará maiores do que estas;
porque eu vou para meu Pai".
Jesus fez grandes obras durante seu
Ministério na terra. Vemos se repetirem em
nossa vida na igreja as maravilhas realizadas
por Ele, como curas divinas, consolo,
restauração e outros milagres. Entretanto,
Jesus revelou esta unção principalmente ao
lidar com pessoas que ainda não conheciam
o Plano Divino da Salvação do homem. Os
apóstolos e os discípulos continuaram este
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Evangelismo e Missões 9
mesmo proceder (At 3.1-8). Cristo Jesus foi
muito claro ao expressar que todo "aquele
que crê em mim também fará as obras que
eu faço, e as fará maiores do que estas".
Assim, os pregadores do Evangelho
precisam ser cheios do Espírito Santo para
atuar como canais de bênção para os que
ainda não conhecem a Cristo, que operou
tanto na área espiritual quanto na emocional
e física do ser humano.
Em seu Ministério Jesus, ao operar a
área espiritual do homem, ensinou por meio
de uma comunicação clara e inteligível. Nós,
ao pregarmos o Evangelho, precisamos
lembrar que o Evangelho é simples e deve ser
transmitido de forma que seja compreendido.
Jesus também trabalhou o lado
emocional das pessoas, como ele cuidou dos
sentimentos da viúva da cidade de Naim (Lc
7.11-15). Precisamos lembrar que as pessoas
sofrem como nós, porém, como não
conhecem a Cristo, seu sofrimento precisa
ser tratado com cuidado.
Quanto ao aspecto físico do ser
humano, Jesus tanto atuou na cura quanto
na alimentação do corpo (Mt 14.13-21;
15.29.39). Os Evangelistas precisam lembrar
que quando as necessidades humanas não
estão sendo supridas isto causa desânimo, de
modo que muitos rejeitam o Evangelho por
estarem amargurados ou deprimidos, e a
ação social da igreja cumpre a tarefa de
 Evangelismo e Missões 10

suprir estas necessidades. Todavia, o bom
senso é fundamental para que não se perca o
foco que é apontar para Cristo (Jo 6.26).
As almas estão aflitas e carentes do
amor de Deus. Num mundo cheio de
tribulação a Igreja de Cristo deve agir como
coluna, amparo, o Sal que dá sabor e cura
feridas bem como Luz que ilumina e atrai.
1Coríntios 12. 8-10: “Porque a um, pelo
Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a
outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da
ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e
a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de
curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a
outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir
os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e
a outro, a interpretação das línguas”.
Palavra com Sabedoria, com o dom da
Ciência, o discernimento de espíritos, de
cura, operação de maravilhas, de acordo
com o que Ele vai operar na vida de quem
está ouvindo. Tudo com ordem e sabedoria,
pois o objetivo é sempre glorificar a Deus.
Além disso, Deus opera usando
estratégias também. Na vitória contra os
egípcios, contra a Assíria e outras batalhas
registradas na Bíblia vemos nosso Deus
como o Senhor dos Exércitos que age como
o Grande estrategista (Ex 14; 2Cr 20.20-22).

Os Dons Espirituais relacionados são

dados pelo Espírito Santo para serem usados
dentro e fora da igreja. Em momentos de
comunhão entre cristãos, Deus tem revelado
Sua presença por meio de milagres, palavras
proféticas, Dom de Línguas, interpretação
de Línguas, enfim, são manifestações
grandiosas para edificação da Igreja (1Co
14.12). Entretanto, para a Evangelização
precisamos ser cheios do Espírito Santo para
atuar como Jesus e os apóstolos fizeram (Mc
16.15-18). Ao interagirmos com as pessoas o
Espírito Santo nos capacita para ministrar a

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4. Métodos e estratégias de evangelismo
Segundo o Dicionário Houaiss, uma das
definições de método é “procedimento, técnica
ou meio de fazer alguma coisa, de acordo com
um plano”, e uma das definições para estratégia é
“arte de aplicar com eficácia os recursos de que
se dispõe ou de explorar as condições
favoráveis de que porventura se desfrute,
visando ao alcance de determinados objetivos”.
Métodos e estratégias garantem sucesso
nas atividades que nos propomos a realizar. O
Evangelismo também precisa ser realizado com
esmero. Jesus usou estratégias para alcançar
pessoas e fez uso de recursos para isso como
vemos no Sermão da montanha, no barco, ao
enviar os setenta de dois em dois, dentre outros
meios (Mt 5-7; 13.12; Lc 10.1-24). Do mesmo
modo os apóstolos e discípulos da igreja do
Primeiro Século usaram de estratégias para
disseminar o Evangelho pelo mundo.
Portanto, é plenamente correto o
evangelizador estabelecer métodos estratégicos
para a realização de qualquer tipo de
evangelismo. Seja evangelismo de massa,
utilizando rádio, televisão ou outro meio que
atinja o maior número de pessoas possível; seja
evangelismo por meio do louvor,
principalmente em locais em que as visitas nas
casas são mais restritas ou que as pessoas não
são muito receptivas à mensagem evangélica;
seja por meio do evangelismo pessoal, em que
os crentes se preparam para a abordagem cara a
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Evangelismo e Missões 11
cara com as pessoas. Contudo, é imprescindível
ter organização e planejamento nas operações.
4.1. Métodos de evangelismo
Desde o início do cristianismo, Deus utilizou-se
de diversos métodos para alcaçar as pessoas
com a mensagem salvadora. Hoje a igreja tem
inúmeras oportunidades de abordar as pessoas
com a palavra da cruz.
a) Evangelização pública
Esta estratégia de Evangelismo é muito utilizada
desde o primeiro século da Igreja (At 2.14-41).
Ainda hoje são realizados cultos evangelísticos em
praças, ruas, pátios de escolas, cruzadas e outros
lugares. Esse tipo de evangelismo é importante
porque atinge um grande número de pessoas e
pode ser feito em vários locais.
Contudo, o cristão utiliza este meio com
sabedoria, observando o horário para não ser
extrapolado, o volume excessivo para não
causar aborrecimentos, a segurança que fica
vulnerável em aglomerados de pessoas, as
palavras bem medidas para não gerar
constrangimentos; tudo isso para que não haja
críticas contra o Evangelho.
Embora existam nos dias atuais
modismos, formas e imitações de estilos de
pregação, este tipo de evangelismo proporciona
descobertas de muitos talentos e formas do
Espírito Santo usar seus instrumentos, os vasos
de Deus. Sejamos autênticos e originais, pois a

diversidade é uma ferramenta para adequação de
cada circunstância ao vaso escolhido para atuar.
b) Evangelismo com literaturas
Não significa panfletagem. As literaturas são
sementes que às vezes são jogadas fora ou
guardadas para serem lidas depois.
importante que o evangelizador tenha lido as
literaturas que está distribuindo, principalmente
para responder questões sobre ela caso a pessoa
faça perguntas. Entregar literatura é uma forma
de aproximar-se das pessoas abrindo a
oportunidade para uma conversa. Elas devem
estar limpas e apresentáveis. Podem ter o
carimbo da igreja para que as pessoas saibam
onde se dirigir. Devem ser adequadas a cada
pessoa que está sendo entregue, por exemplo,
assuntos sobre usufruir a vida podem ser
direcionados aos jovens.
c) Evangelismo Televisivo e Rádio
Hoje em dia muitas denominações evangélicas
têm utilizado estes recursos. Para que este tipo
de evangelismo seja realizado com eficácia é
necessário conhecimento técnico
comunicação.
d) Evangelismo silencioso
Este é um tipo de pregação evangelística 24
horas. É comunicado através de nosso
testemunho de vida e conduta cristã. A
vizinhança, os amigos, colegas de trabalho,
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Evangelismo e Missões 12
colegas de escola, parentes são o nosso público
alvo. O cuidado que nós devemos ter com a
nossa postura como embaixadores do Reino de
Deus seja no Evangelismo com palavras ou
sem palavras (2Co 5.20).
É e) Evangelismo nas casas ou pessoal
Evangelizar de casa em casa, pelas casas, era um
modo bastante usado por ser mais pessoal (At
5.42). Este tipo de evangelismo nos aproxima
mais das pessoas, cada uma com sua história e
necessidade. A empatia é vital para o sucesso
deste modo de pregar o Evangelho. Também a
adaptabilidade às diversas circunstâncias e
oposições torna-se essencial, pois muitas afrontas
são dirigidas ao pregador. A grande vantagem do
evangelismo pessoal consiste no fato de por meio
dele explicar as doutrinas principais do
cristianismo, conforme as questões suscitadas
pelo morador. Além disso, é no evangelismo
pessoal que o cristão tem a oportunidade de
abordar um leque imenso de assuntos bíblicos
levando a pessoa a se interessar imediatamente
pela doutrina cristã. Por isso, o evangelizador deve
de se esmerar por conhecer vários temas da doutrina
cristã, estar informado sobre o que está
acontecendo no mundo e pedir a Deus o
desenvolvimento do raciocínio rápido. Deste
modo, precisamos ter cuidado com o tom e altura
da voz, ser educado ao entrar nas casas, observar
os horários, crianças acompanhantes, perguntas
indelicadas, dentre outros.

4.2. Estratégias de evangelismo
Como já foi dito, acreditamos piamente na
atuação soberana do Espírito Santo em
dirigir a obra de evangelismo e missões
mundiais. Um estudo de Pneumatologia
dirigido sob esta ótica deixa claro que desde os
primórdios Deus dirigiu a obra de evangelismo.
Foi assim com Moisés (Êx 3.10), com Jonas (Jn
1.1, 2), com Jeremias (Jr 1.7), com os discípulos
de Jesus (Mt 10.1-8). Mesmo quando pensamos
em executar a obra do Senhor segundo os
nossos proprios métodos, Deus continua
soberano (At 16.6-9). No entanto, Ele nos
capacita a criarmos circunstâncias e métodos
para alcançar as almas que perecem na
escuridão do pecado (1Co 9.22, 23).
a) O uso de perguntas
As perguntas, quando bem elaboradas e
num contexto adequado, iniciam um
processo em que a pessoa chega, pelos seus
próprios raciocínios, a certas conclusões.
Sócrates utilizava esse método, mais
conhecido como maiêutico, em que as ideias
eram como que concebidas no curso do
diálogo. Às vezes Jesus empregava esse
processo para, além de ensinar aos
discípulos, responder às perguntas ardilosas
dos oponentes religiosos.
Certo dia os principais dos sacerdotes e
anciãos tentaram encurralá-lo com uma
pergunta elaborada: “Com que autoridade fazes
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Evangelismo e Missões 13
isto? e quem te deu tal autoridade?” Jesus
poderia responder imediatamente aos seus
oponentes, se quisesse, mas notando a malícia
deles, formulou outra pergunta que daria a
resposta à sua questão capciosa: “O batismo de
João, de onde era?” Jesus forçou-os a
procurarem a resposta da sua própria pergunta.
“Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então
porque não o crestes? E, se dissermos: Dos
homens, tememos o povo, porque todos
consideram João como profeta” (Mt 21.23-25).
Ele não perdia tempo debatendo questões
secundárias, como quando a samaritana
argumentou que no Monte Gerizim deveria ser
o local correto para adorar a Deus (Jo 4.20,
conforme Dt 11.29; 28.1-14). Ele poderia
apontar o Monte Sinai (Êx 19.11; Lv 7.38; Ne
9.13), o local onde Jacó teve o sonho (Gn 28.17)
ou o Monte Moriá, local onde estava localizado
o Templo (2Cr 6.40; 7.1, 15), mas ele preferiu ir
direto ao ponto, identificando-se como o
Messias e dando a mulher a oportunidade de ser
uma missionária das boas novas.
Portanto, visto que as perguntas forçam a
reflexão, quando bem empregadas podem surtir o
efeito desejado que é o de levar uma pessoa a
perceber a verdade, ainda que não admita de
imediato. Além disso, as perguntas podem ajudar
a reflexão dos outros que estejam presentes
durante o diálogo levando-os a analisarem em
outra ocasião as questões suscitadas.

Por outro lado, a própria elaboração de
perguntas requer do evangelizador um nível
aprofundado de conhecimento sobre o tema
abordado, o que deve ser feito sob a unção do
Espírito Santo, oração e leitura constante das
Escrituras.
b) O uso de ilustrações
As ilustrações, por outro lado, são usadas para
fazer a mente reter algo, ainda que o ouvinte
não concorde com o ensino. A parábola do
Bom Samaritano em Lucas 10.29-37 é um
bom exemplo disso. O Sermão da Montanha
também contém várias ilustrações como um
excelente método de ensino.
Segundo Lockyer (2005, p.7),
parábolas são extremamente valiosas porque
elas representam os mais perfeitos exemplos
de linguagem figurada para mostrar e reforçar
as verdades divinas. A Bíblia é uma fonte
inesgotável do uso adequado de parábolas.
Nos livros proféticos e poéticos esse recurso
foi amplamente usado. Porém, mais uma vez
Jesus é o perfeito exemplo do uso correto
desse recurso linguístico que poderemos
utilizar num diálogo com as pessoas que
encontrarmos no evangelismo pessoal.
Havia várias razões que levava o
Senhor Jesus a usar ilustrações quando
dialogava com as pessoas. Uma delas era a
sua disposição de manifestar o nível
intelectual e espiritual dos ouvintes.
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Evangelismo e Missões 14
Por exemplo, quando o mestre
Nicodemos o visitou para inquiri-lo, o
Senhor utilizou uma ilustração contendo os
elementos água e vento para explicar-lhe
acerca do novo nascimento. Assim como o
nascimento biológico nos introduz no reino
material, não haverá entrada no reino de
Deus se não houver um nascimento
espiritual. Nicodemos precisava
compreender que no primeiro nascimento
adquirimos uma personalidade distinta, e no
segundo, a mesma personalidade é transfor-
mada pelo Espírito Santo (Ibidem, p. 364).
Em outras ocasiões Jesus dizia
diretamente o que a pessoa precisava ouvir.
as Por exemplo, ele sabia que o jovem rico
guardava os mandamentos, e utilizou isso
como trampolim para atingir o seu coração.
“Guarda os mandamentos”, disse ele. Com
isso, Jesus mexeu com o íntimo do rapaz. O
jovem conhecia e os guardava! Mas era
necessário que ele percebesse que o legalismo,
quase sempre disfarçado de devoção, não lhe
daria a vida eterna nem a comunhão com Deus,
apenas o louvor de outros legalistas. Ele
precisava seguir o Senhor Jesus Cristo, o
Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6). Por isso
Jesus lhe mostrou que o seu ponto forte, aquele
que ele achava ser a sua maior virtude, precisava
ser ressaltado como a sua maior fraqueza. As
palavras de Jesus serviram como um bisturi em
suas mãos, arrancando um mal muitas vezes

imperceptível em pessoas que se acham, ainda
hoje, muito acima da crítica (Mc 10.17-22).
Por que será que Jesus não utilizou este
mesmo método com Nicodemos, sábio entre
os judeus (Jo 3.1-21), se, assim como aquele
jovem, também era guardador da lei? Por que
Jesus utilizou um método com a samaritana e
outro com o homem junto ao tanque de
Betesda (Jo 4.7, 25, 26 e 5.2, 6), se as duas
cenas tinham a ver com água? Porque Ele
conhecia cada um e sabia a real necessidade
deles. O homem junto ao tanque precisava de
uma cura física, diferente da mulher que
necessitava de algo espiritual.
Conosco não é diferente. É muito
difícil evangelizar alguém de um
determinado credo religioso do mesmo
modo como se evangeliza alguém sem credo
nenhum para seguir; as preocupações de um
homem são, geralmente, diferentes das de
uma mulher ou de alguém mais jovem,
como um adolescente.
Além disso, cada pessoa tem a sua
própria personalidade, formação acadêmica,
social, emocional etc. O que o Espírito Santo
fará para convencer uma pessoa, poderá não
ser utilizado com outra porque talvez não a
impressione tanto, visto que cada ser humano
tem a sua própria necessidade. Portanto, é
preciso conhecer as pessoas como grupo
social e como indivíduos, para melhor poder
evangelizá-los. Além de conhecer o grupo do
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 15
indivíduo, é necessário conhecer o indivíduo
no grupo. Deus é quem conhece o homem
através destes dois pontos de vistas. Por
exemplo, a sua justiça o levou a destruir
Sodoma, mas deu uma chance a Nínive (Gn
18.32; Jn 4.11); Ele conhecia o coração de
Abimeleque, rei de Gerar e o de Ananias e sua
esposa, Safira (Gn 20.6; At 5.5, 9, 10). Só Deus
é quem nos pode capacitar a compreender
melhor os diversos tipos de pessoas que
encontramos no evangelismo pessoal.
Em qualquer ministério cristão,
principalmente a Evangelização é
imprescindível que nos dediquemos à oração
e à leitura da Bíblia, que também
conheçamos as doutrinas básicas do
Cristianismo como a Doutrina de Deus, a
Doutrina do Homem, a Doutrina da
Salvação, a Doutrina das Últimas Coisas etc,
para então nos envolvermos com este tipo
de evangelismo (Ef 6.10-18). Não vejo
sentido nenhum alguém tentar evangelizar
os diversos grupos sociais e não dedicar um
instante sequer para conhecer a história da
Igreja Cristã, bem como as doutrinas
ortodoxas do Cristianismo autêntico e
principalmente ter o hábito de ler a Bíblia
Sagrada.
Portanto, a utilização de perguntas e
ilustrações por parte do evangelista,
confiante na operação sobrenatural do
Espírito Santo, e que se dedica em usar os

seus recursos intelectivos à obra de Deus
poderá ser um instrumento nas mãos do
Senhor para a salvação de muitas pessoas,
independente de sua religião, nível social ou
intelectual, pois todas ainda carecem ouvir a
mensagem da Cruz.
Por exemplo, digamos que o O anúncio da salvação do pecador é o
evangelista esteja falando com alguém sobre
o amor de Deus e cita João 3.16: “Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna”.
Este é o principal tema que deve ser
anunciado ao mundo. As pessoas estão sem
referência por causa da insegurança que o
mundo atravessa atualmente. Falar sobre o
amor de Deus pode trazer-lhe alento e
esperança.
Utilizando o método de perguntas, o
evangelizador poderá dizer o seguinte:
“Atualmente a maioria das pessoas não
demonstram mais o verdadeiro amor. Por
exemplo, percebe-se que o índice de
divórcio está crescendo ainda mais. Por que
será que estas coisas estão acontecendo?
(Considere o comentário do morador) Sabia
que a Bíblia Sagrada já predisse que estas
coisas aconteceriam? (Leia Mateus 24.12;
2Tm 3.1-5) Por outro lado, veja o que Deus
deseja para todos nós (Leia Efésios 3.19).
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 16
Ou talvez o evangelizador resolva
abordar sobre a salvação e esteja
considerando o texto bíblico de Romanos
6.23: “Porque o salário do pecado é a morte,
mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
tema de todo o evangelho. O pregador deve ser
capaz de explicar o plano de Deus de salvar o
mundo por meio da fé em Jesus Cristo.
Se ele quiser usar o método das
ilustrações, poderá dizer o seguinte:
“Suponhamos que alguém que o senhor
(senhora, você) ame esteja sendo acusado de
algum crime. O senhor (senhora, você) já
perdeu as esperanças e espera a sentença de
condenação para o réu. Até que o advogado
de defesa resolve ficar no lugar do réu e paga a
sentença por ele, o que o senhor (senhora,
você) pensaria sobre esse advogado? (aguarde
a resposta). Foi exatamente isso que o nosso
advogado, o Senhor Jesus Cristo (1Jo 2.1), fez
por nós. Todos nós somos culpados de
pecado perante a santidade de Deus (Rm
3.23), mas Jesus Cristo tomou o nosso lugar e
nos absolveu das nossas culpas (Rm 3.24, 25;
2Co 5.19)”.
O evangelizador deve ler as Escrituras,
consultar bons comentários bíblicos e orar
pedindo a Deus sabedoria para transmitir,
por meio de perguntas e ilustrações, aos

corações das pessoas a mensagem salvadora
da Cruz de Cristo (1Co 2.1-5).
c) Cuidados com as formulações de
perguntas e Ilustrações
O evangelizador deve evitar usar os métodos
de ilustrações e de perguntas
indiscriminadamente, sem se preparar
adequadamente. As ilustrações são como
janelas de um edifício que facilitam a
visualização, além de promover beleza e
simetria à construção. Assim, se num
diálogo o evangelizador citar uma ilustração
para cada ideia, parecerá um edifício
construído apenas com janelas. O morador
dificilmente se lembrará da ideia principal.
Além disso, a ilustração, em si, deve
estar de acordo com o assunto abordado.
Por exemplo, digamos que o pregador esteja
falando sobre o amor de Deus pela
humanidade. E para ilustrar o grande amor
do Pai, ele diga o seguinte: “O amor de
Deus pela humanidade é imenso. Deixe-me
ilustrar isso para o senhor (senhora, você):
Digamos que o agricultor resolva plantar
uma nova semente; daí ele escolhe as
melhores para que a safra seja grande. A
terra precisa ser preparada com todo o
carinho, porque ele ama muito a sua
profissão. Assim também é o amor de Deus;
Ele gosta muito de todos nós”.
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 17
O exemplo do agricultor não serviu
para ilustrar o grande amor de Deus para
com o mundo. As ilustrações que deverão
ser usadas no evangelismo devem ser do
pleno conhecimento do evangelista e ele
deve saber como usá-las.
Outro exemplo de ilustrações mal
formuladas diz respeito ao constrangimento
que elas poderão causar ao morador se o
pregador não tiver bom senso. Certo dia
uma senhora estava no serviço de
evangelismo e conversava com uma moça
sobre o tema “santidade” e pretendia utilizar
a própria jovem como o objeto da ilustração.
Daí, ela perguntou à jovem: “Você ainda é
virgem?”. Isso trouxe um grande
constrangimento para a moça diante das
pessoas que ouviam a conversa.
O uso de perguntas também deve
receber o cuidado do evangelizador. Ele
deve sugerir perguntas que ele mesmo saiba
a resposta. Certa vez um pregador estava
falando sobre a importância de se conhecer
a Bíblia Sagrada. De repente ele perguntou
onde determinado versículo se encontrava e
as pessoas que o ouviam não souberam
responder. Dando continuidade ao diálogo,
o pregador trouxe outro tema para abordar.
Mas ele foi interrompido por um dos
ouvintes, que lhe perguntou: “Mas o senhor
não disse onde o versículo está escrito. Diga-
nos, onde está escrito o que o senhor disse

anteriormente?” O pregador não
lembrava, e passou por um grande
constrangimento.
Digamos que o evangelizador esteja
conversando com um casal e, para dar
continuidade ao diálogo ele diga: “Esta é a
sua mãe?”, quando na verdade trata-se da
esposa do indivíduo. Outro dia, um rapaz
perguntou a quantos meses a senhora estava
grávida, quando ela estava apenas uns quilos
acima do peso. São exemplos assim que
devem ser evitados por todos
evangelizadores. Além de fechar a porta para
o evangelho, pode colocar o evangelista em
situações bem difíceis.
A regra fundamental neste tipo de
abordagem deve ser sempre o bom senso, o
respeito para com o ouvinte e a seriedade
com a mensagem que se quer transmitir.
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 18
se 5. Conhecendo as pessoas
Visto que existe uma variedade muito
grande de pessoas não crentes, é necessário
determinarmos um tipo de abordagem para
cada um, aplicando a mensagem
evangelística às várias possiblidades
encontradas no evangelismo.
a) Os revoltados com Deus
São pessoas que se sentem injustiçadas ou
com problemas graves. Em alguns casos até
os frequentaram algum tipo de religião,
evangélica ou não, mas não conseguiram se
desvencilhar dos próprios problemas e
dificuldades. Por isso, preferem atribuir a
Deus a culpa pelos seus males pessoais.
Textos que poderão ser utilizados:
Efésios 3.19: “e conhecer o amor de
Cristo, que excede todo entendimento, para que
sejais tomados de toda a plenitude de Deus”;
Romanos 5.8: “Mas Deus prova o seu
próprio amor para conosco pelo fato de ter
Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores”;
Lamentações 3.39: “Por que, pois, se
queixa o homem vivente? Queixe-se cada
um dos seus próprios pecados”.
b) Os escandalizados com os erros dos
cristãos nominais
São as pessoas que não seguem o caminho
cristão por causa de alguém que, sendo

cristão, fez algo que as escandalizou.
Geralmente se atribui o erro de uma pessoa
a toda a comunidade evangélica.
Textos que poderão ser utilizados:
Hebreus 12.2: “Olhando firmemente
para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o
qual, em troca da alegria que lhe estava
proposta, suportou a cruz, não fazendo caso
da ignomínia, e está assentado à destra do
trono de Deus”;
Eclesiastes 12.14: “Porque Deus há de
trazer a juízo todas as obras, até as que estão
escondidas, quer sejam boas, quer sejam
más”;
Jeremias 17.5-7: “Assim diz
SENHOR: Maldito o homem que confia no
homem, faz da carne mortal o seu braço e
aparta o seu coração do SENHOR! Porque
será como o arbusto solitário no deserto e
não verá quando vier o bem; antes, morará
nos lugares secos do deserto, na terra
salgada e inabitável. Bendito o homem que
confia no SENHOR e cuja esperança é o
SENHOR”;
Romanos 14.12: “Assim, pois, cada um
de nós dará contas de si mesmo a Deus”;
Mateus 7.21, 23: “Nem todo o que me
diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos
céus, mas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus. Então, lhes direi
explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-
vos de mim, os que praticais a iniquidade”.
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 19
c) Os aproveitadores dos prazeres da vida
Na maioria das vezes trata-se de jovens, mas
também se refere a muitas pessoas que não
estão preocupadas com o destino da sua
própria vida após a morte ou sobre o futuro
concernente às coisas espirituais.
Textos que poderão ser utilizados:
Mateus 6.33: “buscai, pois, em primeiro
lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas”;
Mateus 16.26: “Pois que aproveitará o
homem se ganhar o mundo inteiro e perder
a sua alma? Ou que dará o homem em troca
da sua alma?”;
o Lucas 12.15: “Então, lhes recomendou:
Tende cuidado e guardai-vos de toda e
qualquer avareza; porque a vida de um
homem não consiste na abundância dos
bens que ele possui”;
Ec 11.9, 10: “Alegra-te, jovem, na tua
juventude, e recreie-se o teu coração nos
dias da tua mocidade; anda pelos caminhos
que satisfazem ao teu coração e agradam aos
teus olhos; sabe, porém, que de todas estas
coisas Deus te pedirá contas. Afasta, pois,
do teu coração o desgosto e remove da tua
carne a dor, porque a juventude e a
primavera da vida são vaidade”;
Ec 12.1: “Lembra-te do teu Criador
nos dias da tua mocidade, antes que venham
os maus dias, e cheguem os anos dos quais
dirás: Não tenho neles prazer”.

d) Os indecisos
Neste grupo de pessoas estão os que sabem que
precisam de Deus, mas estão sempre
procrastinando. O pregador deve falar-lhe sobre
a brevidade da vida, a incerteza que o amanhã
nos reserva e sobre a volta de Jesus Cristo.
Textos que poderão ser utilizados:
Apocalipse 1.3: “Bem-aventurados
aqueles que leem e aqueles que ouvem as
palavras da profecia e guardam as coisas nela
escritas, pois o tempo está próximo”;
Provérbios 27.1: “Não te glories do dia de
amanhã, porque não sabes o que trará à luz”;
2Co 6.2: “porque ele diz: Eu te ouvi no
tempo da oportunidade e te socorri no dia da
salvação; eis, agora, o tempo sobremodo
oportuno, eis, agora, o dia da salvação”.
e) Os sincretistas
Estas pessoas não fazem diferença entre
igrejas, religiões e credos. Para elas todas as
religiões levam a Deus. O evangelizador
deve mostrar-lhe que Deus é amor, mas é
também santo. Ele tem um padrão de
santidade que deve ser seguido por todos os
que desejam servir-lhe; por isso Ele enviou
seu Filho ao mundo. Se toda crença fosse
igual, não precisaria Jesus vir ao mundo,
visto que naquele tempo já havia muitas
religiões e crenças.
Textos que poderão ser utilizados:
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 20
João 14.6: “Respondeu-lhe Jesus: Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida;
ninguém vem ao Pai senão por mim”;
1Timóteo 2.5: “Porquanto há um só
Deus e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem”.
f) Os endemoniados
Quando Jesus enviou os seus discípulos para
pregar, capacitou-os com a autoridade sobre
os espíritos imundos e sobre toda
enfermidade (Mt 10.1). O pregador das boas
novas deve estar ciente de que o
evangelismo aproxima o evangelista das
pessoas, ou seja, ele deverá estar preparado
espiritualmente para estas circunstâncias.
Assim, o evangelizador precisa do seguinte:
a) Ter uma vida de oração e consagração ao
Senhor, sem a qual será inútil qualquer
conhecimento teórico que possua sobre
técnicas e métodos de evangelismo;
b) Buscar da parte de Deus o discernimento
espiritual. Este dom do Espírito Santo o
capacitará a decidir o que fazer em
circunstâncias adversas em que uma pessoa
o aborda possessa de demônio ou alguma
espécie de loucura (enfermidade);
c) Conhecer a Palavra de Deus. Nenhum
livro sobre o evangelismo pessoal poderá
prever todas as situações que um
evangelizador poderá se confrontar. Cabe ao

evangelista conhecer as doutrinas cristãs
para não ficar em situações constrangedoras,
diante de pessoas que não creem na doutrina
cristã.
g) Os sectaristas
Para onde quer for os evangelizadores ali
estarão as seitas. É imprescindível para os
cristãos que pretendem participar do
evangelismo pessoal possuir conhecimentos
fundamentais sobre a atuação das principais
seitas que agem em sua região.
Falando sobre a estrutura psicológica
das seitas, Martin (1992, p. 25), revela
algumas tendências comuns a todos os
adeptos de seitas, independente de qual
estrutura religiosa ele esteja envolvido.
a) A principal característica dos adeptos de
seitas refere-se ao fechamento de mente.
Eles não buscam cognitiva dos fatos, apenas
o que os líderes afirmam como a verdade é o
que deve ser aceito como fato;
b) São totalmente antagônicos à mensagem
cristã e àqueles que a proclamam, visto que
os cristãos adotam crenças opostas às deles;
c) As seitas possuem como sustentáculo
fundamental o dogmatismo institucional
fortemente vinculado à intolerância a qualquer
forma de pensamento que diferencie da sua;
d) Finalmente os sectaristas são adeptos do
isolamento, pois, segundo eles, a única
forma de alguém ser salvo é pertencer
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 21
unicamente ao seu sistema religioso.
Acreditam que a igreja cristã primitiva
desviou-se da verdade por volta do quarto
século; afirmam também que a restauração
da verdade só foi possível com o surgimento
do seu grupo religioso. A verdade sobre
Deus não pode ser encontrada em nenhum
outro lugar, apenas no seu. Qualquer
participação com outro sistema é
terminantemente proibido.
h) O que o evangelizador deve pregar
aos sectaristas
a) Pregar sobre a morte vicária do Senhor
Jesus como o único meio dado por Deus para
nos salvar (1Tm 2.5). Os sectaristas acreditam
que a morte de Jesus proporciona a nossa
aproximação com Deus, mas não podem abrir
mão do seu sistema religioso como
fundamental para o homem alcançar a salvação.
Em outras palavras, a fé em Cristo só tem
validade se for de acordo com a sua religião;
b) A mensagem pregada pela igreja primitiva
era sobre a ressurreição do Senhor Jesus
(1Co 15.1-4). As seitas afirmam que Jesus
ressuscitou e pregam sobre isso também. No
entanto, a principal mensagem não é sobre a
morte e ressurreição de Cristo, muito menos
sobre a justificação do pecador por meio da
fé em Jesus (Ef 1.7; Gl 3.26; 2Co 5.21). O
que os sectaristas pregam diz respeito ao seu
sistema de fé. Por exemplo, os testemunhas-
 Evangelismo e Missões 22

de-Jeová pregam que a terra será submeterem-se aos seus escritos particulares.
transformada num grande paraíso, mas Em outras palavras, a Bíblia sozinha é inútil.
apenas os que adquirirem conhecimento das e) Por outro lado, a própria Bíblia afirma o
suas doutrinas é que poderão entrar na nova seguinte sobre ela mesma: “Toda a Escritura
terra; os mórmons pregam que a revelação é inspirada por Deus e útil para o ensino,
de Deus só é encontrada nas palavras do seu para a repreensão, para a correção, para a
profeta particular, Joseph Smith Jr; os educação na justiça, a fim de que o homem
adventistas acreditam em quase toda a de Deus seja perfeito e perfeitamente
doutrina cristã, mas apenas os que guardam habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16).
o sábado será livrado da marca da besta etc;
c) A igreja do Senhor Jesus nunca desviou-
se da sã doutrina. Os sectaristas precisam
afirmar que houve um desvio da igreja cristã
nos primeiros séculos para poder
fundamentar a razão da existência da sua
religião. Se a sua religião é tão diferente do
cristianismo, então um dos dois está errado.
A sua única saída é afirmar que Deus
restaurou a igreja verdadeira por meio deles.
No entanto, as Escrituras afirmam que as
portas do inferno não prevaleceriam contra
a igreja do Senhor (Mt 16.18) e que o Senhor
seria louvado na igreja por todas as gerações
a partir dos apóstolos (Ef 3.21);
d) A Bíblia é suficiente para o homem
encontrar o perdão de Deus e aceitar a
Cristo como o suficiente salvador. As seitas
acreditam na Bíblia como a Palavra de Deus.
Mas afirmam que os homens acrescentaram
heresias nas Escrituras e por isso ela só pode
ser completamente compreendida ao

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6. O perfil do evangelista
Em todas as relações humanas a postura tem
um papel fundamental na impressão que
ficará, não só dos envolvidos, mas até com
respeito ao que foi abordado. Desde o tipo
de vestimenta, asseio corporal, tom da voz e
grau de convicção até ao nível intelectual da
abordagem, como a própria lógica da
argumentação, influem e muito no objetivo
final de convencer o interlocutar a tomar
uma posição favorável ao que se está
dizendo. Não será diferente com os que
anunciam a maior de todas as mensagens, a
mensagem da salvação.
a) O uso da boa comunicação
A comunicação eficaz tem por objetivo fazer
com que a mensagem evangelística seja
compreendida pelas pessoas que abordamos
na evangelização, independentemente da sua
faixa etária, condição social ou intelectual.
Por isso, o pregador dever primar para uma
boa comunicação visando à interatividade
com as pessoas que aborda.
A maneira mais apropriada de
sabermos se possuímos a capacidade de nos
comunicar bem com as pessoas é por meio
do seguinte teste: Se conseguirmos
transmitir para uma criança as ideias
principais de um discurso e ela as
compreender, então temos o dom de
transmitir bem qualquer ideia; por outro
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 23
lado, se ao explicar uma ideia notarmos que
uma criança não compreendeu ou tirou
conclusões opostas ao pretendido, é sinal
que precisamos aprimorar a arte da boa
comunicação.
O Senhor Jesus é, mais uma vez, o
grande exemplo para seguirmos (Mt 18.1-3).
Só quem se torna como as criancinhas tem a
capacidade de ser compreendido por elas.
Todo bom instrutor possui a capacidade de
ser compreendido pelas crianças. Se você
não tem esta habilidade, peça-a a Deus que a
dá bondosamente, “E, se algum de vós tem
falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a
todos dá liberalmente e não o lança em
rosto; e ser-lhe-á dada” (Tg 1.5, ARC).
b) Explicar a mensagem
Atos 8.34,35: “Então, o eunuco disse a
Filipe: Peço-te que me expliques a quem se
refere o profeta. Fala de si mesmo ou de
algum outro? Então, Filipe explicou; e,
começando por esta passagem da Escritura,
anunciou-lhe a Jesus”.
O evangelizador não deve se
contentar apenas com o anúncio da
mensagem evangelística, é imprescindível
também que ele esclareça para o ouvinte as
questões que a mensagem suscitar. Por isso,
o evangelizador deve se esmerar por
conhecer vários temas da doutrina cristã,
estar informado sobre o que está

acontecendo no mundo e na comunidade
em que está inserido, principalmente o
ouvinte que é o alvo da mensagem que ele
está anunciando. No entanto, acima de tudo
deve pedir a Deus o desenvolvimento da
capacidade do raciocínio rápido e nas
explicações sobre o evangelho.
c) Possuir uma linguagem clara
O evangelizador deve procurar ser claro na
sua abordagem. Evitar falar rápido demais
ou ser muito prolixo. Às vezes o morador
está ocupado com algo e a visita inesperada
nem sempre é bem vinda; portanto, seja
breve e objetivo. Evitar termos que só
fazem sentido no universo evangélico.
Por exemplo: Digamos que a conversa
gira em torno de algum noticiário
desagradável e para mostrar a consternação,
o pregador diz: “Que Deus tenha
misericórdia dessas pessoas... Nessas horas,
só a graça da Nova Aliança para nos
fortalecer.” O morador não sabe o que é a
“graça da nova aliança”, isto pode desvirtuar
o assunto.
Talvez o pregador tenha o costume de
se dirigir aos demais irmãos com os termos
“amado”, “varão”, “obreiro”, “santo” etc.
No entanto, deve-se evita-los ao comunicar
o evangelho, pois são termos estranhos para
a maioria das pessoas que não são
evangélicas.
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 24
d) Adequar a mensagem
O evangelizador deve evitar pregar a mesma
mensagem para qualquer tipo de pessoa que
abordar ou cultos em que irá pregar. O ideal
é procurar adequar a mensagem de acordo
com a faixa etária (adolescente, jovem,
adulto, idoso), o gênero (homem, mulher),
temática escolhida para o culto etc.
Por exemplo, se o alvo for um
adolescente, seria melhor falar sobre coisas
que são naturalmente do seu interesse,
diversão, atualidades; se for uma pregação
num culto de missões deve-se abordar
Missões; culto para família, fala-se sobre
família. Mas se o culto ou o momento é
exatamente evangelístico pode-se abordar
mais especificamente o Plano Divino de
Salvação e o amor de Deus.
e) Atitudes do evangelizador
a) Tenha uma atitude amistosa, demonstre
cordialidade e misericórdia;
b) Tenha à mão uma literatura cristã,
principalmente as que falam sobre a
condição pecadora em que o ser humano se
encontra, afastado de Deus;
c) Diga-lhe que não é a religião ou boas
obras que salvam, mas a graça infinita de
Deus. Diga-lhe que você tem vida eterna, e
Deus quer que ele também a tenha (Jo 5.24;
10.10; Ef 2.8);
 Evangelismo e Missões 25

d) Lembre-se: É você quem tem algo muito riscadas. O tipo de zelo demonstrado no
importante para dizer a eles, enquanto o evangelismo com estes pormenores podem
mundo não tem nada de vital para transmitir fazer um efeito positivo concernente à
às almas sedentas por salvação. mensagem que proclamamos.
e) Conheça as principais religiões que j) A forma de se comunicar deve sempre
existem em sua região e saiba em que elas creem ser respeitável. Tratar as pessoas pelo
e por quê. Estude boas literaturas cristãs pronome “senhor”, “senhora” revela
sobre o assunto. Converse com irmãos mais cortesia e educação. O seu semblante deve
experientes do que você, principalmente demonstrar amabilidade, e as suas palavras
aqueles que já estiveram envolvidos com devem ser sempre agradáveis para os
alguma religião predominante na região; ouvidos (Cl 4.6).
f) Não tente responder a todas as perguntas k) Finalmente, não se sinta frustrado caso
imediatamente, afinal ninguém sabe tudo; alguém não demonstre nenhuma inclinação
g) Lembre-se que você se encontra numa para ao menos analisar o que você está
batalha espiritual. dizendo. Tenha a consciência tranquila de
h) Aperceba-se que por demonstrar que você fez a su
autoridade e cordialidade, firmeza e
mansidão, seriedade e simpatia envoltos no
amor de Deus (1Co 9. 22, 23) é que muitas
pessoas estão vindo para o Senhor Jesus,
não pelo ódio, mas pelo diálogo, oração e
misericórdia.
i) Roupas limpas e bem apresentáveis. As
roupas limpas revelam o zelo que a pessoa
tem com a higiene. O morador não se
sentirá mal ao receber uma pessoa limpa e
bem arrumada em seu lar. Isto vale também
para o estado em que se encontra Bíblia e as
literaturas utilizadas no evangelismo. As
nossas Bíblias devem estar em condições
apresentáveis, sem as páginas soltas ou sujas.
As literaturas não devem estar rasgadas ou

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7. Missões
Conforme vimos no início deste estudo, a
palavra "Missão" deriva do Latim missione
que significa enviar. De missione originou-se
a palavra "míssel". Todo míssel precisa de
uma base propulsora para ser enviado e
monitorado para que alcance o êxito no
final. Se a base for falha, inconstante, ou
deficitária em comunicação isto
comprometerá todo o projeto missional dos
que estão envolvidos.
Jesus deu aos seus Evangelistas a
ordem de pregar o Evangelho a toda criatura,
em todo mundo. Entretanto, para que esta
atividade tenha êxito, deve haver projetos
missionários na Igreja. Tanto os que são
enviados quanto os que enviam fazem parte
do mesmo projeto missional, em obediência a
ordem de Cristo de levar a Palavra de
Salvação a todos os povos, pois, como já
vimos, cada cristão é um Evangelista.
Compreende-se então que missão é
um compromisso que nem o missionário
(quem é enviado) nem a base (todos os que
estão envolvidos com o envio e manutenção
do missionário) podem falhar, pois seria
uma desobediência ou desprezo pela ordem
do Senhor Jesus (Jr 48.19a).
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 26
8. A importância da base de lançamento
Dentre os evangelistas estão os que ficam
em suas cidades evangelizando enquanto
participa do serviço missional da Igreja por
manter os evangelistas enviados para os
campos missionários.
Eles viabilizam os meios no intuito de
que os que têm a chamada para ir aos
campos possam fazer esta obra específica de
modo firme e constante.
Se pudermos fazer uma metáfora em
alusão ao texto de Atos 1.8, poderiamos
comparar a base aos cristãos que ficariam
em "Jerusalém" para manter os que se
mudariam para "judeia, Samaria e até aos
confins da terra". Desta forma notamos que
como o trabalho missionário é uma operação
conjunta, ou seja, “Base + Missionário
enviado", logo, os galardões e as cobranças da
parte de Deus pela Obra Missionária da Igreja,
será exigido de todos os cristãos, os que ficam e
os que são enviados.
Em Romanos 10.14,15, o Apóstolo Paulo
faz quatro perguntas que se tornaram clássicas
quando se fala em Missões. São elas: Como,
pois, invocarão aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de quem não ouviram? E
como ouvirão se não há quem pregue? E como
pregarão, se não forem enviados?
Estas quatro perguntas indicam a grande
responsabilidade que nos foi dada de propagar o
Evangelho levantando os recursos necessários

para que estas Boas Novas cheguem até aos
confins da terra. Estes recursos são tanto
humanos – para que sejam Evangelistas em
lugares distantes, quantos materiais – para que
sejam enviados e mantidos.
Dentre as muitas atribuições da Igreja
de Cristo, que precisam ser desempenhadas
nestes últimos dias como realização de
cultos para edificação do Corpo de Cristo,
construção de templos para reuniões dos
cristãos, assistência social, eventos, estudos
bíblicos e momentos de comunhão, a função
Missional da Igreja deverá ocupar o primeiro
lugar em todo e qualquer tipo de
investimento, pois é por este serviço que
seremos cobrados por Deus, seja os da Base
ou os que são enviados (Ez 3.17-19).
8.1. Os cultos de missões
Os Cultos Missionários tem sido preteridos
porque não são a preferência por muitos na
igreja. Geralmente é dia de culto onde
acontecem as migrações para outras
congregações onde estejam acontecendo
algum tipo de evento. Isto caracteriza a falta
de conscientização e de interesse com a
função Missional que a nós foi dada. Em
Atos 13.1-3 vemos que as reuniões
missionárias já aconteciam na Igreja do
Primeiro século e que a presença do Espírito
Santo era evidente na direção dos que seriam
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 27
enviados e dos que abençoariam este
propósito.
Os promotores de missões muitas
vezes se frustram com tanto empenho sem
resultados, pois se a Igreja não despertar
para esta responsabilidade não adiantará
ninguém promover este assunto, não
importa quão “animado” seja o dirigente ou
quantas “novidades” sejam criadas para
“atrair’ os irmãos para os cultos
missionários. Se a própria membresia não
está consciente de que esta é a Obra
propriamente dita que fora outorgada pela
Senhor dos galardões (Ap 22.12), se eles não
estão convencidos pelo único que
efetivamente poderia convencê-los (Jo 16.7-
14), não há muito o que a equipe de
promotores de missões poderá fazer.
Nos Cultos de Missões é necessário
dar atenção ao que está sendo feito nos
campos pelos missionários. Este é um tipo
de relatório em que a Base fica a par de
como estão sendo usados os recursos
enviados (At 15.12). É a ocasião em que se
concientiza a igreja sobre o sacrifício em que
a família missionária está fazendo de, ao
invés de usufruir de “regalias” com a vida
em outro país, na verdade estas famílias
abandonaram seus projetos de vida para
sofrer por amor ao Evangelho. O
Missionário trabalha integralmente cuidando
da evangelização, do ensino, das famílias que

compõem a igreja no campo; combatem as
heresias, contribue com o crescimento
espiritual dos irmãos que estão no campo
etc. Portanto, precisam do apoio da Base
conforme o relatório das atividades no
território missionário.
8.2 O apoio financeiro
A falta deste recurso tem frustrado muitas
iniciativas missionárias. Muitos Evangelistas
tem voltado do campo missionário por não
haver recursos financeiros para mantê-los no
campo. Jesus falou que "A seara é realmente
grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois,
ao SENHOR da seara que mande ceifeiros
para a sua seara" (Mt 9.37,38). No entanto, é
lamentável quando o Senhor da seara
responde este clamor e manda ceifeiros para
o trabalho, porém, a igreja devolve estes
ceifeiros por não ter condições de mantê-los
nos campos de seara, quando outros
compromissos da igreja são colocados em
primeiro lugar. Lembremos que tanto o
galardão quanto a cobrança pela
incumbência da pregação do Evangelho a
toda criatura, será feita tanto para os que são
enviados como para os que formam a Base.
O desinteresse da igreja evangélica
brasileira é algo assustador. Segundo dados
do IBGE, os evangélicos no Brasil passaram
a cifra de 42 milhões em 2010, o que
representa mais de 22% da população
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 28
brasileira. Enquanto muitos festejam este
marco como evidência do favor de Deus
sobre esta nação, o que é verdade, temos de
lamentar o pequeno número de missionários
transculturais mantidos por esta mesma
igreja que é tão grande. Segundo a Associção
Brasileira de Misssõs Transculturais, a igreja
evangélica no Brasil mantem apenas 5.800
missionários transculturais, isto representa
uma cifra medíocre de 1 missionário para
mais de 7.000 evangélicos no Brasil! Ou seja,
para a igreja brasileira enviar 1 missionário é
preciso uma congregação de mais de 7.000
membros. Ainda falta muito para o Brasil
comemor qual “celeiro de missionários”.
8.3. As intercessões
Assim como a Base de lançamento de um
"míssel" mantém contato durante todo o
processo de envio e atuação do
equipamento, as Bases missionárias devem
se empenhar em acompanhar e sustentar
cada projeto missionário para que este tenha
o êxito para quê foi enviado. As orações, as
visitas, as cartas, os e-mails, as mensagens de
incentivo às famílias (incluindo os filhos dos
missionários) servem como alento e força
para a missão da família no campo (1Ts
5.25). Ainda é pouco o número de irmãos,
incluido os jovens, que mantém famílias de
missionários como participantes ativos nas
suas redes sociais.

9. O perfil do missionário
Todos somos Evangelistas de fato. Então,
como portadores das Boas Novas do
Evangelho é imprescindível que vivamos
este Evangelho em todo nosso proceder.
O Missionário, que envolve cada
membro da família enviada, deverá ser um
obreiro aprovado, que não tenha do que se
envergonhar (2Tm 2.15). No campo
missionário, como em todo lugar onde o
cristão esteja, existe uma grande batalha
espiritual para que a propagação do
Evangelho seja frustrada (Ef 6.12), portanto,
o obreiro enviado ao campo deverá ser um
cristão maduro espiritualmente,
emocionalmente e moralmente equilibrado.
9.1. Maturidade espiritual
O hábito da oração é a chave para uma
relação íntima com Deus. O obreiro
chamado para missões precisa ser dirigido
por Deus. O conhecimento bíblico e
discernimento teológico – isto vai além de
uma coleção de diplomas teológicos e do
tamanho da biblioteca do missionário. O
obreiro deverá ter o Espírito Santo como o
seu ensinador Maior para que ele consiga
enxergar todo vento de doutrina heterodoxa
e ter condições de alimentar os novos
crentes com o verdadeiro alimento da
Palavra de Deus.
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 29
9.2. Maturidade emocional
O obreiro missionário servirá como amparo
aos irmãos no seu campo de serviço.
Portanto, embora ele continue "ser
humano”, sujeito a momentos de tristeza,
aborrecimento, ansiedade etc, o missionário
deve ter maturidade emocional para saber
lidar com as pessoas que estão sob a sua
liderança. Pessoas complexadas, arrogantes,
inseguras, ciumentas ou invejosas,
competitivas, iracundas, com complexos de
perseguição, omissas, ambiciosas, neófitas,
depressivas ou até mesmo emocionalmente
imaturas são inaptas para este serviço
específico. Ou seja, pessoas com estes perfis de
personalidade e de caráter podem continuar em
suas congregações trabalhando para o Senhor
enquanto o Espírito Santo opera em suas vidas
o Fruto do Espírito, juntamente com o seu
Pastor local, para que haja crescimento
emocional e espiritual, pois ele é também um
servo de Deus (Gl 5.22; 1Ts 5.23).
No entanto, como o obreiro enviado ao
campo missionário será o canal de edificação
dos crentes daquele lugar, ajudando-os a se
firmarem na Casa de Deus, este obreiro deverá
demonstrar qualidades emocionais
amadurecidas (1Tm 3.6,7) como espírito
abnegado, humildade, constância, benignidade,
empatia, amor por pessoas, imparcialidade etc.
Os responsáveis pelo envio do irmão e sua
família para o campo missionário deve pesar
 Evangelismo e Missões 30

bem estas questões para que a Obra do Senhor e com dificuldade de trabalhar em equipe
não sofra com uma pessoa inapta para a não conseguirá conduzir o trabalho de
edificação do Corpo de Cristo, justamente onde forma ordeira e satisfatória, pois perderá a
a batalha espiritual é ainda mais acirrada. direção dos líderes na Base que o enviou,
terá dificuldade em obedecer a ordens.
9.3. Maturidade moral Irmãos ciumentos sofrerão em conviver
Este é um quesito importantíssimo, visto com outros que tenha uma qualidade
que afetará no processo diário no campo espiritual, emocional ou mesmo intelectual
missionário. Os princípios divinos de ética que ele mesmo não possua. A preparação do
moral estão atrelados ao Temor a Deus. A envio do missionário por parte da Base deve
nossa luta contra o pecado deve ser fortalecida avaliar estas questões sob intensa oração,
não pelo medo de sermos apanhados no erro pois esta obra pertence ao
ou nas consequências advindas de atitudes Senhor e só Ele sabe quem são as pessoas
pecaminosas, antes nossa luta deve ser adequadas para este projeto (At 13.1-3).
constante por amarmos ao Senhor e a Sua
Palavra acima de tudo, principalmente quanto
aos prazeres que o pecado oferece.
Quando amamos a Deus "de todo o
coração, e de toda a alma, e de todo o
pensamento (Mt 22.37) sentimos um temor
imenso de entristecê-lo (Pv27.11). Deste
modo, o obreiro enviado como missionário
tem que ter uma vida pautada nos princípios
morais que o Senhor nos comunicou por
meio das Sagradas Escrituras.
Um missionário com problemas para
relacionar-se com mulheres provavelmente
terá dificuldades com pecados de
prostituição. Aqulele que tem problemas
com ambição e descontrole financeiro
poderá corromper-se ao administrar os bens
da igreja. Ou ainda também os insubmissos

Professora Betânia Rodrigues dos Santos


10. As dificuldades encontradas no
campo missionário
A despeito de todo empreendimento
missional da Igreja, bem como
confirmação da chamada missionária da
família enviada, as dificuldades da vida
sobrevem a todos.
10.1. A cultura
Cada ser humano é constituído de caráter,
personalidade, preferências, limitações, tudo
isso adquirido ao longo dos anos de
convivência familiar e da comunidade em
que vive. O obreiro missionário sentirá o
impacto da mudança cultural e alguns não
conseguem adaptar-se. Então, mudar-se para
um local onde as pessoas mantém hábitos e
costumes diferentes dos seus, é uma
mudança tanto para quem chega quanto
para quem o está recebendo. A comunidade
à qual o missionário está sendo enviado
dificilmente se adequará ao modo de ser do
"recém-chegado" e às vezes, dependendo da
cultura, poderá haver rejeição dos nativos ao
estrangeiro. Ex: tribos indígenas, países
fechados ao Evangelho, países com ditadura
governamental, além daquelas pessoas
nativas que terão uma convivencia mais
próxima da família que acaba de chegar.
Professora Betânia Rodrigues dos Santos
Evangelismo e Missões 31
10.2. O idioma
O idioma é um quesito que dificulta o
progresso missionário, pois limita o obreiro
a para a pregação do Evangelho apenas
àqueles que consegue se comunicar.
Portanto, o aprendizado da língua que é
falada no país antes de mudar-se para o local
tornará mais ágil o entrosamento com os
moradores locais.
Há casos em que o missionário fará
missões com grupos de imigrantes, ou seja,
pessoas de sua própria nação que estão
morando no país de destino. Mas mesmo
nestes casos, o missionário deverá conhecer
o idioma para se movimentar nos locais bem
como no conhecimento das leis do país em
que servirá, mesmo que nestes casos espera-
se que a comunidade que o receberá o
ajudará a aprender mais rapidamente os
costumes locais bem como a aprimoração
do idioma falado no país.
10.3. A comida
O modo de se preparar alimentos varia
mesmo de família para família, quanto mais
de país para país. Ter um paladar adaptável e
flexível é importantíssimo, pois em algumas
culturas a rejeição de alimento é considerada
um desrespeito ou mesmo uma ofensa.
Recomenda-se provar alguns pratos típicos
se houver possibilidade para isto.
 Evangelismo e Missões 32

Deve-se atentar às alergias a e consolo em momentos de fragilidade.

determinados tipos de alimentos, deixando Muitas vezes o missionário perde entes
claro o risco de complicações. queridos enquanto estão no campo, nestes
momentos é essencial o apoio dos que
10.4. O clima enviam os obreiros missionários, é um
Pessoas de países frios tem muita dificuldade cuidar emocional para com a família. Assim
com locais mais quentes e vice-versa. A como nem só de pão vive o homem (Dt
entrada em países com brusca mudança de 8.3), nem só de sustento financeiro vive o
clima causa enfermidades no início, porém, missionário.
só será comprovado um problema com o
clima se não houver cura das enfermidades.
Todavia, há pessoas que tem maior
resistência à estas mudanças climáticas. Por
outro lado, embora existam abundantes
testemunhos de missionários que foram
curados milagrosamente de enfermidades
que dificultariam a sua permanência no
campo missionário, esta é uma questão que
precisa ser discutida com os que estão
responsáveis pelo envio e manutenção da
família enviada.

10.5. A saudade
Quem sempre viveu rodeado pela família,
amigos, irmãos da igreja e pessoas queridas,
poderá sentir um impacto muito grande
nessa nova realidade, principalmente os
filhos missionários adolescentes que terão de
fazer novas amizades. Para isto, os irmãos
de Base poderão suprir as lacunas
emocionais com cartas, mensagens,
conversas via web, que servirão como alento

Professora Betânia Rodrigues dos Santos


11. As atribuições do missionário
Conforme analisamos o texto de Mateus
28.19,20, a função do Evangelista é, além de
pregar o Evangelho, discipular, conduzir ao
batismo e ensinar as doutrinas teológicas,
morais e ética da fé cristã.
Como pregador do Evangelho, o
missionário deverá ter um arsenal de
mensagens evangelísticas adaptáveis e evangelismo nas cidades – são realizadas sob a
compatíveis com cada ocasião e tipo de
evangelismo. A ser realizado no campo.
Como discipulador, o missionário precisa
ter carisma (xaris, do grego, graça) para fazer os
novos crentes se entrosarem na igreja enquanto lhe
ensina os primeiros passos do conviver cristão.
Como batizador, deverá preparar
espiritualmente os novos cristãos para firmar-
se na Casa de Deus conduzindo-os ao batismo
e à maturidade espiritual.
Como ensinador, o obreiro missionário
precisa conhecer as doutrinas fundamentais da
Teologia Cristã, bem como saber ensiná-la à
pessoa adulta, idosa, jovem ou criança, pois
todos estarão sob seus cuidados. Neste
aspecto o missionário deverá obter as bases da
Apologética Cristã, não só no conhecimento
intelectual-teológico mas, muito mais
importante, no discernimento espiritual, pois
as heresias atuam sorrateiramente.
Além de tudo isso, o missionário
também atuará como administrador. Deste
modo, deverá ter conhecimento de gestão de
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Evangelismo e Missões 33
recursos, seja humano ou material. Também
ter noções de administração financeira para
controlar gastos.
12. As missões urbanas e transculturais
No decorrer deste estudo vimos o quanto é
realizado de missões urbanas em nossas
congregações. As missões Urbanas –
direção de líderes de evangelismo para que seja
feito de modo ordeiro com objetivos e projetos
evangelísticos. As Missões Transculturais
seguem os mesmos propósitos, todavia, é
realizado em meio a culturas diferentes do
missionário enviado. Geralmente as Missões
Transculturais são atribuídas aos trabalhos
realizados além-mar, cruzando fronteiras de
países ou mares internacionais. No entanto, é
possível realizar missões Transculturais no
mesmo país onde o missionário nasceu. Por
exemplo, as tribos indígenas, comunidades
japonesas, alemãs, italianas que moram no país.
Além disso, temos desafios como:
crianças carentes; mulheres em sofrimento;
novas configurações familiares; pessoas em
extrema pobreza; fome; catástrofes naturais;
pessoas que sofrem com soro-positivos;
problemas ecológicos, em especial o sofrimento
pela falta de água em muitos lugares do mundo;
e milhares de pessoas sem futuro, devido à falta
de educação escolar.
 Evangelismo e Missões 34

Conclusão cumpramos esta ordenança composta de "ir,

Este estudo sobre Evangelismo e Missões é instruir, batizar e ensinar" as vidas que
dinâmico, ou seja, ele não se esgota com o buscam servir ao Senhor no mesmo Temor,
ponto final deste texto. As experiências no por amá-Lo de todo coração, alma e
Evangelismo Urbano ou Transcultural pensamento. E que estas vidas tornem-se
enriquece este assunto com novas instrumentos valiosos na Obra de Deus
percepções que podem e devem ser como novos discipuladores dando
agregadas a este conhecimento. prosseguimento ao crescimento e edificação
Que cada aluno possa ampliar este do Corpo de Cristo.
estudo por meio de suas próprias Que o Senhor abençoe e faça profícuo
experiências no campo de atuação o ministério e chamada de cada um dos seus
Evangelística de sua congregação, sua cidade escolhidos na Sua Seara. A Seara é realmente
ou no país que o Senhor possa o enviar. grande, ainda precisa-se de trabalhadores
Que sejamos sempre lembrados de para a Seara do Senhor (Mt 9.37, 38; Lc
que a maior incumbência dada à Igreja de 10.2).
Cristo é a pregação do Evangelho e que

Professora Betânia Rodrigues dos Santos

 Evangelismo e Missões 35

Referência bibliográfica
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Professora Betânia Rodrigues dos Santos