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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA


Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho
Disciplina: Gerência de Riscos
Profs. Iziquiel Cecchin

ATIVIDADE 7

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS – PGR

IÇAMENTO E TRANSPORTE DE CARGA EM UM


CANTEIRO DE OBRAS

Alunos: César A. B. Schneider Jr.


Felipe Viecili
Gabriel König
Vinicius Puhl
William A. Dall Bosco

Passo Fundo, 2020


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Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho
Disciplina: Gerência de Riscos
Profs. Iziquiel Cecchin

Sumário
1. Introdução............................................................................................................................ 3
1.1. Problema .......................................................................................................................... 3
1.2. Justificativa ...................................................................................................................... 3
2. Objetivos ............................................................................................................................. 3
2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................. 4
2.2. Objetivos Específicos ...................................................................................................... 4
3. Metodologia ........................................................................................................................ 4
3.1. Análise Preliminar de risco (APR) .................................................................................. 4
3.2. Análise Quantitativa Hazard Rating Number (HNR) ...................................................... 5
4. Resultados ........................................................................................................................... 7
4.1. Local de Estudo ............................................................................................................... 7
4.2. Caracterização do Empreendimento e da região ............................................................. 8
4.3. Diagnostico Ambiental da Empresa ................................................................................ 9
4.4. Caracterização dos Equipamentos a serem instalados ..................................................... 9
4.5. Fluxograma de Processos da empresa ........................................................................... 11
4.6. Fluxograma de Processo de Processo Específico .......................................................... 11
4.7. Avaliação de Risco ........................................................................................................ 13
4.7.1. Análise Preliminar de risco Grua ............................................................................... 13
4.7.2. Limites do Equipamento ............................................................................................ 15
4.7.3. Recomendações de segurança .................................................................................... 16
4.7.4. Análise Preliminar de Risco – Caminhão Munck ...................................................... 17
4.7.5. Limites do equipamento ............................................................................................. 18
4.7.6. Recomendações de Segurança ................................................................................... 19
4.8. Layout atualizado .......................................................................................................... 21
5. Conclusão .......................................................................................................................... 22
6. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 22

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1. Introdução
O Presente documento visa orientar a EMPRESA CONTRANTE quanto aos riscos
relacionados as atividades de içamento de carga e transporte de carga, que serão realizadas em
um canteiro de obra de um futuro edifício, com duas torres de 10 pavimentos cada, no qual para
desempenhar a atividade, a CONTRATANTE disponibilizará de sua posse uma GRUA PT5210
e um caminhão MUNCK Ford Cargo 2429 S montado com o guindaste AGI 35. Além destes
equipamentos, também serão utilizados no local por prestadores de serviço, caminhões
basculantes, caminhão betoneira e caminhão bomba de concreto.

1.1. Problema
Devido a estrutura da edificação ser construída utilizando a técnica de Alvenaria
Estrutural, método que elimina a necessidade de componentes estruturais como Viga Vertical,
também chamada de Pilares, com isso, a obra que possui velocidade de construção maior que
obras tradicionais, precisa do movimento constante de cargas de materiais como tijolos e
argamassa, fazendo assim, que os equipamentos supracitados estejam o tempo todo em uso para
o cumprimento o cronograma da obra.

1.2. Justificativa
Com tamanho movimento de máquinas e equipamento no canteiro de obra, o movimento
desorganizado é um risco aos mais de 40 trabalhadores que estarão envolvidos diretamente na
obra das duas torres, no interior dos canteiros de obras. Sendo assim, justifica-se a necessidade
da elaboração de um PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO para orientar a
CONTRANTE quanto aos riscos dos serviços realizados no canteiro de obra e elaborar um
plano de ação conforme os riscos levantados.

2. Objetivos
Desenvolver conjunto de ações que atenuem os riscos estimados perante a análise risco,
tendo como foco os seguintes objetivos.

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2.1. Objetivo Geral


Definir por meio de análise preliminar de risco, pontos críticos a segurança dos
colaboradores da obra durante as operações de içamento de carga e transporte de materiais.

2.2. Objetivos Específicos


 Determinar os pontos críticos durante o procedimento de construção do edifico,
considerando primeiramente aqueles que podem gerar maior dano a saúde dos trabalhadores e
maiores paralizações dos procedimentos da obra;
 Apresentar medidas alternativas para elidir riscos graves;
 Fornecer Procedimentos de Trabalho Padrões e comuns aos equipamentos, que
melhorem a segurança e a produtividade.

3. Metodologia

3.1. Análise Preliminar de risco (APR)

De acordo com Nestor W. Neto, criador e editor do blog/site Segurança do Trabalho


NWN, a Análise Preliminar de Risco – APR é um estudo antecipado e detalhado de todas as
fases do trabalho que tem o objetivo de identificar os possíveis problemas que poderão
acontecer durante a execução dos trabalhos.
Após a identificação dos possíveis acidentes e complicações, devem-se ser adotadas
medidas de controle e neutralização, onde essas medidas devem envolver toda equipe de
trabalho com o objetivo de criar um ambiente de trabalho seguro.
Para a elaboração de uma APR devem-se ser observados todos os riscos do ambiente de
trabalho. Para melhor identificação dos riscos podemos (devemos) usar como base o PPRA,
check-lists ou outros formulários existentes.
Estrutura básica de uma APR:
 Responsáveis: Responsáveis pela aplicação da APR.
 Data: Deve ser a data de aplicação da APR.
 Nome da empresa:
 Tarefa a ser executada:
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 Riscos do trabalho: Devem ser listados com riqueza de detalhes. A APR existe
justamente para listar os riscos e a partir dos riscos começar o processo de neutralização,
eliminação ou atenuação dos riscos.
 EPI’s: Descrição dos EPI’s de uso obrigatório durante a realização dos trabalhos.
 Equipamentos usados durante o trabalho: Cada equipamento gerará um risco específico,
e por menor que seja, deve ser listado.
 Normas de segurança a serem observadas:
 Etapas de trabalho: Cada etapa tem seu risco específico que deverá ser observado e
listado.
 No campo de descrição das etapas de trabalho cada etapa precisa conter: etapa, risco,
medidas preventivas a serem observadas e nível de risco.
 Revisão: A cada revisão deverá ser alterada a ordem numérica da APR.
 Responsáveis pela APR: A equipe de trabalho deve ser envolvida na APR.
Normalmente os integrantes do SESMT são os responsáveis pela implantação e gerenciamento
da APR. Isso não impede que outros funcionários como os chefes de setores sejam incluídos.
Deste modo, a APR é uma técnica que pode ser aplicada a várias atividades e pode ser
usada em conjunto com outras técnicas de avaliação e controle.

3.2. Análise Quantitativa Hazard Rating Number (HNR)


Entre os métodos de se estimar os riscos em máquinas, o mais frequentemente utilizado
para se quantificar e graduar o nível de risco é o método HRN (Hazard Rating Number),
também conhecido como, Número de Avaliação de Perigos. Este método classifica um risco de
modo a se ter a noção se este é aceitável ou não.
O método HRN tem grande eficácia, pois, a partir de um risco identificado, relacionado
ao perigo considerado, tem-se uma função da gravidade do dano com a probabilidade de
ocorrência deste mesmo dano para um dado número de trabalhadores expostos.
Para se quantificar os níveis de perigo em uma máquina, deve-se fazer um levantamento
de todos os riscos/perigos encontrados nela (ex.: falta de aterramento elétrico, risco de
prensagem de dedos, risco de acionamento involuntário, etc.) e então utilizar a seguinte fórmula
em cada perigo encontrado:
Eq.1) HRN = LO x FE x DPH x NP
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Onde HRN é o nível de risco quantificado, LO a probabilidade de ocorrência, FE a


frequência de exposição ao risco, DPH o grau de severidade do dano e NP se refere ao número
de pessoas expostas ao risco. Os parâmetros e variáveis que cada um representa estão listados
e quantificados nas tabelas seguintes.

Figura 1 - Probabilidade de Ocorrência.

Fonte: Retirado do site www.zielengenharia.com.

Figura 2 - Frequência de Exposição.

Fonte: Retirado do site www.zielengenharia.com.

Figura 3 - Grau De possível Dano.

Fonte: Retirado do site www.zielengenharia.com.

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Figura 4 - Número de Pessoas Sob o Risco.

Fonte: Retirado do site www.zielengenharia.com

Após a levantamento dos riscos e a atribuição dos valores conforme os parâmetros do


risco por meio das tabelas, e a aplicação da equação 1, obter-se um uma razão numérica que
deve ser comparada com a Fonte: Retirado do site www.zielengenharia.com.

para obter a avaliação resultante e assim definir as possíveis orientações.

Figura 5 - Quadro de Resultados para o índice HNR

Fonte: Retirado do site www.zielengenharia.com.

4. Resultados

4.1. Local de Estudo


Apresenta-se o seguinte layout, Figura 6, fornecido pela CONTRATANTE. Observa-se
que a obra está na fase de planejamento, com a grua e a betoneira que serão os primeiros
equipamentos a serem instalados.

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Figura 6 - Layout Obra.

Fonte: Contratante.

4.2. Caracterização do Empreendimento e da região


Canteiro de obras localizado em Loteamento residencial na cidade de Passo Fundo,
tendo em seu perímetro vias públicas com tráfego de baixa densidade e, posterior a via,
encontra-se em andamento a construção de casas. Não há pontos comerciais nas quadras
adjacentes e nem residências com moradores. O pronto socorro mais próximo é o Hospital de
Clínicas de Passo Fundo a 3,4 km, que pode ser percorrido em 8 minutos de carro e em pelo

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menos 5 minutos de ambulância. Em caso de Incêndio ou resgaste, o 7º batalhão de Bombeiros


da Brigada Militar encontra-se a 4,8 km, que pode ser percorrido em 11 minutos de carro e, ao
menos em 7 minutos pelo caminhão dos bombeiros. Valores Estimados utilizando GOOGLE
MAPS em 06/03/2020. Demais informações do canteiro da obra ilustradas no Quadro 1.

Quadro 1 – Demais informações do canteiro da obra.


Local do canteiro de obra
Empreendimento Edifico XXXXXXXXXXXXXX
Endereço Rua XXXXXXXXXXXXXXXX
Cidade Passo Fundo RS
CEP 99.000-000
Número de Trabalhadores Variável: Mínimo 40 Máximo 70
Início Obra 01/06/2020
Previsão de término Até 01/12/2023
Número de Torres 2 torres
Número de Pavimentos 10 Pavimentos por torre
Empresa Responsável pela obra
Razão Social XXXXXXXXXXXX
Endereço XXXXXXXXXXXX
CNPJ XXXXXXXXXXXX
Engenheiro Responsável XXXXXXXXXXXX
Registro CREA CREA-UF 000000

Fonte: Autor.

4.3. Diagnostico Ambiental da Empresa


A empresa em questão adota boas práticas ambientais, possui a documentação
licenciatória necessária para sua operação, bem como segue os demais programas exigidos pela
legislação vigente, inclusive no que tange a segurança do meio ambiente de trabalho.
4.4. Caracterização dos Equipamentos a serem instalados
Para o início da Obra serão instalados os equipamentos ilustrados nos Quadros 2 e 3:

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Quadro 2 – Equipamento 01 – Grua.


Equipamento 01
Equipamento Grua
Fabricante CMAX
Modelo PT5210 TOWER CRANE
Ano de Fabricação 2013
Número de Série GB – T5 XXXX-2008
Tipo Telescopada
Altura de Montagem 30 Metros
Altura Total Final 60 Metros
Comprimento da Lança 52 Metros
Caga Máxima Troler Recolhido 4000 kg
Carga Maxima Troler Aberto 950 kg
Tipo de Operação Em Cabine

Fonte: Autor.

Quadro 3 – Equipamento 02 – Betoneira semi estacionável.


Equipamento 02
Equipamento Betoneira semi estacionável
Fabricante Imer
Modelo S350
Ano de Fabricação 2017
Número de Série XXXX
Tipo De Tambor
Capacidade Tambor 345 litros
Capacidade Efetiva 280 Litros
Peso 175 Kg
Nível Sonoro 72 dB
Tipo de Operação Por Volante e painel de comando

Fonte: Autor.

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4.5. Fluxograma de Processos da empresa


Para analisar os riscos, primeiramente deve-se entender o procedimento geral da elevação
(construção) de uma torre. Sendo dividido nas principais fazes do desenvolvimento da obra,
como ilustra a Figura 7.

Figura 7 - Principais fazes do desenvolvimento da obra.

Furação da Concretagem
Escavação
Fundação Fundação

Montar Forma Para


Acentamento de
Concretar Lage Acentar proxima a
alvenaria Estrutural
Lage

Repetira Procedimento
até atingir a última Lage

Acentamento da
Remover Acabamento
proxima Alvenaria
Forma/Moldes Externo e Interno
Estrutural

Fonte: Autor.

4.6. Fluxograma de Processo de Processo Específico


Para análise de risco será considerado a elaboração do fluxograma dos processos (Figura
8, abaixo) envolvendo o assentamento de alvenaria do tijolo estrutural, processo principal que
necessita do maior número de processos e sub procedimentos para que seja executado.

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Acentar Alvanaria
Ação Principal
Ação Realizada Pelos
Trabalhadores

Elevar carga e Descaregar


no pavimento superior Produto Final

Ação Com Grua

IÇAR BALDE DE IÇAR PALETE


CONCRETO A
GRUA DE TIJOLOS
Ação do Sinaleiro Ação do Sinaleiro

PREPARAR DESCAREGAR ARMAZENAR


ARGAMASSA ARGAMASSA TIJOLOS
Ação Caminhão Ação com Caminhao
Ação Betoneira Betoneira Munck

Transportar
DEPÓSITO DEPÓSITO
Materia Prima
Ação Realiza pelos
AÇÃO EXTERNA A OBRA AÇÃO EXTERNA A OBRA
Tralhadores

ARMAZENAR
MATÉRIA PRIMA
Ação com Caminhão
Munck

Entrada de
DEPÓSITO
matéria prima
AÇÃO EXTERNA A OBRA

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4.7. Avaliação de Risco


Para avaliar a segurança, é vital analisar o fluxograma do processo e, assim, observar que
os pontos mais críticos, chamado de ação principal, é a elevação da carga içada pela grua,
observa-se, assim, que o Sinaleiro também conhecido como Amarrador é o trabalhador mais
exposto, visto que sua ação é requerida diversas vezes e em momentos diferentes. Deste modo,
podemos afirmar que a ação principal é realizada pela grua, já que todos os materiais passam
por ela no processo, a ação secundária é o uso do caminhão Munck para o içamento de carga,
visto que este realiza o fornecimento dos materiais, porém, em algum momento pode ser
substituído por veículo similar e, por último, que o sinaleiro é o trabalhador exposto com maior
frequência do que os demais trabalhadores do sistema produtivo abordado pelo fluxograma.
Os demais equipamentos utilizados em algum momento durante um processo que não são
citados no fluxograma principal do processo, são variáveis de menor uso, mas de pouco
variação na estrutura do conjunto ou no risco empregado, por exemplo, matéria prima sendo
entregue por caminhão caçamba basculante em vez de caminhão Munck Basculante padrão,
deste modo, os riscos são similares e os procedimentos de proteção coletiva também.

4.7.1. Análise Preliminar de risco Grua

Quadro 4 – APR Grua.

RISCO RELACIONADO AO GRAVIDADE PROBABILIDADE DE


PERIGO CONSIDERADO DO DANO OCORRÊNCIA
Baixa desde que adotadas boas
Lesões devidas a falha de
Grave práticas de utilização e manutenção
componentes
regular
Lesões devido a remoção de Baixa, desde que adotadas boas
proteções ou acesso as partes Grave práticas de utilização e seguidas as
móveis orientações
Baixa, sendo possível evitar o
Lesões ou traumas devidos a perigo seguindo os procedimentos
Fatal
choques elétricos de segurança e não utilizando
equipamento com defeito

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Lesões devido a não


Probabilidade baixa desde que os
observação de procedimentos
Grave trabalhadores e pessoas envolvidas
de operação, manutenção e
sejam capacitadas
segurança
Improvável, desde que sejam
Lesões devido a movimentação
Grave seguidas as recomendações e
de materiais mal acomodados
procedimentos de segurança
Improvável, desde que adotadas
Lesão devido a falha de práticas de manutenção preventiva
Fatal
componentes e respeitados os limites do
equipamento
Baixa, desde que seguidas as
Risco de queda da carga Fatal orientações e procedimentos e
respeitada a capacidade do guincho
Lesão devido ao não Improvável, desde que dada
conhecimento do Grave orientação a quem tiver contato
funcionamento do equipamento com o equipamento
Risco de lesão devido a Baixo, desde que haja capacitação
Grave
remoção de proteções ou burla dos envolvidos na operação
Baixa, desde que haja capacitação
Lesão devido à má utilização
Grave dos envolvido e observação dos
do equipamento
procedimentos de segurança
Lesão ou queda decorrente da Baixa, desde que seguidos
violação de delimitações de Fatal procedimentos de segurança e
áreas perigosas operação
Lesão devido a montagem Baixa, desde que seguidos os
incorreta do equipamento que Fatal procedimentos e orientações do
pode ocasionar falha fabricante

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Baixa desde que seguidas as


Lesão devido ao não
Fatal recomendações, e orientações do
conhecimento do equipamento
fabricante

Fonte: Autor.

4.7.2. Limites do Equipamento


 Grua instalada em canteiro de obras utilizada para içamento e movimentação de cargas
com capacidade variável dependendo da posição do carro na lança;
 Executa movimento vertical, e deslocamento da carga em todas as direções na área de
cobertura da lança.
 A amarração e desprendimento da carga é feita por agarrador/sinaleiro;
 Durante a movimentação da carga o operador e sinaleiro não devem permitir a
permanência de pessoas no trajeto da carga;
 Não deve ser realizado o transporte de pessoas;
 Devem ser utilizados dispositivos adequados para acomodação da carga a ser içada;
 Possui sensor de fim de curso que para o movimento quando a carga chega ao seu ponto
superior máximo de elevação que apresenta mau funcionamento;
 O equipamento não deve ser utilizado para arrastar ou empurrar a carga devido ás suas
características construtivas;
 Não devem ser transportadas cargas quando há a ocorrência de ventos;
 Além da operação normal, são realizadas intervenções no processo de montagem,
manutenção, inspeções, testes e desmontagem;
 Para estar apto a operar o equipamento não deve apresentar defeitos em seus
componentes devendo ser dada atenção especial ao cabo de aço (verificação de defeitos e
montagem correta), por ser componente crucial para o funcionamento correto.
 Instalação feita por empresa terceirizada;
 Operador do gênero masculino, destro, trabalha há mais de 6 meses como operador de
grua na construção civil. Não possui limitações de habilidades.

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 Manutenção realizada por empresa terceirizada. Os tipos de manutenção utilizados são


a preventiva e corretiva, de acordo com o item a receber a manutenção;
 Além do operador e o sinaleiro estão expostos os trabalhadores da obra que não estão
aptos a operar a grua, mas tem conhecimento dos procedimentos de segurança do local;
 A área de carga e descarga deve ser delimitada e os trajetos percorridos pela carga
devem ser demarcados;
 Conexão com a fonte de energia feita cabos, com disjuntor para desligamento da
corrente;
 No manual do fabricante são apresentadas informações relevantes e orientações que
devem ser observados pelo proprietário e responsáveis pela manutenção;
4.7.3. Recomendações de segurança
 A grua não deve ser utilizada para arrastar peças, içar cargas inclinadas ou em diagonal
ou potencialmente ancoradas;
 Testar os dispositivos de segurança e comandos no início da jornada;
 Permitir a operação e intervenções somente a pessoas capacitadas qualificadas;
 A operação deve ser interrompida quando ocorrerem ventos com velocidade superior a
42 Km/h ou condições climáticas desfavoráveis.
 Não devem ser colocadas placas de publicidade na estrutura da grua;
 Não transportar pessoas;
 Utilizar os EPI determinados nos planos de segurança da obra;
 Interromper a utilização se constatado qualquer defeito, incluindo defeitos em cabos e
fios elétricos;
 Os responsáveis pela manutenção e outras intervenções deverão observar as exigências
contidas na Norma Regulamentadora (NR) 12 e demais normas aplicáveis;
 É recomendada a utilização de dispositivo Diferencial Residual (DR);
 Não elevar cargas que ultrapassem a capacidade do equipamento;
 Alertar a todos em caso de o equipamento apresentar algum defeito;
 Em caso de mau tempo, deve-se seguir o procedimento recomendado pelo fabricante;
 Os locais delimitados devem ser acessados apenas por pessoas capacitadas ou
envolvidas na operação;

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 Elevar a carga sempre no seu ponto de equilíbrio, evitando que balance ou que dê golpes
no equipamento;
 Não permitir a presença de pessoas sob ou sobre a carga;
 Evitar levar a carga até o fim do curso de segurança;
 Todas as intervenções realizadas como, por exemplo, intervenções de manutenção
preventiva, corretiva, testes, mudanças de posição, inspeções, monitoramentos de
funcionamento e falhas, devem ser anotadas no livro de registro do equipamento, devendo
constar a data de realização de cada intervenção, o serviço realizado, as peças reparadas ou
substituída, indicação conclusiva quanto às condições de segurança, e nome do responsável
pela execução das intervenções.

4.7.4. Análise Preliminar de Risco – Caminhão Munck

Quadro 4 – APR Caminhão Munck.

RISCO RELACIONADO AO GRAVIDADE PROBABILIDADE DE


PERIGO CONSIDERADO DO DANO OCORRÊNCIA
Baixa, desde que seguido as
Queimaduras ou danos por
Fatal recomendações para operação
choque elétrico
próximo a rede elétricas.
Esmagamento impacto e Baixa desde que mantidos os
escoriações devido ao contato Grave sistemas de segurança e realizado a
com partes móveis sinalização de se segurança
Perda auditiva e demais danos Baixa, desde que utilizados os EPI
Grave
causados pelo ruído adequados
Probabilidade baixa desde
Contato ou inalação de
Grave utilizados os EPI adequados e
substâncias perigosas
seguidos os procedimentos
Lesões devido a movimentação Improvável, desde que sejam
de matérias mal acomodados ou Grave seguidas as recomendações e
da máquina procedimentos de segurança

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Improvável, desde que adotadas


Lesão devido a falha de práticas de manutenção preventiva
Grave
componentes e respeitados os limites do
equipamento
Lesão devido ao não Improvável, desde que dada
conhecimento do Grave orientação a quem tiver contato
funcionamento do equipamento com o equipamento
Risco de lesão devido a Baixo, desde que haja capacitação
Grave
remoção de proteções ou burla dos envolvidos na operação
Lesão devido à má utilização Baixa, desde que haja capacitação
do equipamento e/ou contato de Grave dos envolvido e observação dos
ferramentas com partes móveis procedimentos de segurança
Lesão devido a montagem Baixa, desde que seguidos os
incorreta do equipamento que Grave procedimentos e orientações do
pode ocasionar falha fabricante

Fonte: Autor.

4.7.5. Limites do equipamento


 Caminhão Cargo Ford 2429 S com Guindaste hidráulico AGI 35.0.
 Capacidade de Carga de 17500 kg a 700 kg conforme abertura da lança.
 Altura máxima de elevação 21 metros.
 Deve ser operado por operador capacitado e com o ASO em dia.
 Executa a elevação e transporte de cargas;
 Equipamento possui buzina, como sinalização sonora
 Possui controle remoto com botão de emergência.
 Possui sistema que permite nivelar o equipamento para correta estabilização
previamente ao içamento.
 Equipamento possui válvulas de retenção de movimentos dos braços estabilizadores,
 Possui sistema de proteção anti- cavitação nas válvulas de acionamento do bloco
hidráulico.

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 Possui válvula de proteção contra sobre carga do sistema hidráulico, desviando o fluido
hidráulico para o reservatório quando acionado,
 É disponibilizado CONES de sinalização para utilizar quando precisar isolar o local de
carga e descarga.
 Além da operação normal, são realizadas intervenções no processo de instalação,
manutenção, inspeções, testes e desinstalação;
 A interação com o equipamento se dá pelas alavancas do bloco hidráulico e controle
remoto.
 O equipamento não possui isolamento elétrico contra contato acidental com rede elétrica
energizada, portanto deve ser evitado sua utilização perto de redes de baixa, média e alta tensão,
caso seja necessário operar em distância menor de 3 metros de cabos energizados, deve ser
seguido as recomendações da concessionária local juntamente do plano de carga, e deve ser
emitida ordem de serviço com recomendações especificas quanto ao risco.

4.7.6. Recomendações de Segurança


 Verificar a presença de defeitos/vazamentos antes da jornada de trabalho.
 Permitir a operação e intervenções somente a pessoas capacitadas qualificadas;
 Utilizar os EPI determinados nos planos de segurança ou manual do Equipamento;
 Interromper a utilização se constatado qualquer defeito;
 Não exceder a capacidade de carga;
 Evitar movimentos Bruscos durante o transporte de cargas;
 Ao realizar a elevação de cargas, sempre manter o equilibro da carga sobre garfo;
 Não transportar cargas instáveis
 Não utilizar o equipamento para empurrar matérias, peças e afins;
 Ao Aproximar-se de veículos e pessoas, deve-se reduzir a velocidade e redobrar a
atenção.
 Os responsáveis pela manutenção e outras intervenções deverão observar as exigências
contidas na Norma Regulamentadora (NR) 12 e demais normas aplicáveis;
 Não aproximar as mãos, cabelo, roupas soltas ou ferramentas das partes móveis do
equipamento;

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 Devido a impossibilidade de enclausura mento de algumas partes móveis, devem ser


adotados e seguidos procedimentos de operação, para evitar riscos;
 Todas as intervenções realizadas como, por exemplo, intervenções de manutenção
preventiva, corretiva, testes, mudanças de posição, inspeções, monitoramentos de
funcionamento e falhas, devem ser anotadas no livro de registro do equipamento, devendo
constar a data de realização de cada intervenção, o serviço realizado, as peças reparadas ou
substituída, indicação conclusiva quanto às condições de segurança, e nome do responsável
pela execução das intervenções.
 Nunca operar o equipamento em ambientes internos sem ventilação natural ou artificial.

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4.8. Layout atualizado


Com Base nas analises de risco, deve ser implantada medidas adicionais de seguranças
expressa no modelo atualizado.

Não deve ser utilizado a grua sobre casas mesmo que em construção,
salvo quando não a outra opção.

Figura 9 - Layout atualizado da obra.

Criar
barreira de
desvio
seguro de
pedestres

Isolar com
sinalização de
segurança e
não permitir o
trafego de
pessoas, no
Local de
carga e
descarga

Não operar a grua sobre esta área devido a rede elétrica de média e baixa tensão,
distância de segurança mínima 3 metros

Fonte: Autor.

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA
Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho
Disciplina: Gerência de Riscos
Profs. Iziquiel Cecchin

5. Conclusão
A empresa CONTRATANTE deve seguir as orientações contidas neste documento a
partir do momento do inicio do uso dos equipamentos supracitados, sendo que após a instalação
dos equipamentos, é recomendada a realização de inspeções periódicas para o monitoramento
dos procedimentos de operação, conforme as orientações de segurança descritas no capítulo
4.7.3.

6. Referências Bibliográficas

NETO, Nestor W. Análise Preliminar de Risco. Disponível em: <


https://segurancadotrabalhonwn.com/analise-preliminar-de-risco-apr/#o-que-e-analise-
preliminar-de-risco-8211-apr>. Acesso em: 06 mar. 2020.

NORMA REGULAMENTADORA No 12 - Segurança No Trabalho Em Máquinas E


Equipamentos. Portaria SEPRT n° 916, de 30 de julho de 2019.

NORMA REGULAMENTADORA No 18 - Condições E Meio Ambiente De Trabalho Na


Indústria Da Construção. Portaria SEPRT n° 3.733, de 10 de fevereiro de 2020.

ABNT NBR ISO 12100: 2013 Segurança de máquinas, princípios gerais de projeto, apreciação
e redução de riscos.

ABNT NBR 14153: 2013 Segurança de máquinas - Partes de sistema de comando relacionadas
à segurança - Princípios gerais para projeto.

GUTTMAN, Misael. Método HRN (Hazard Rating Number) a principal ferramenta para
a avaliação de riscos em máquinas. Disponível em: <https://www.zielengenharia.com/single-
post/2017/03/02/M%C3%A9todo-HRN-Hazard-Rating-Number-a-principal-ferramenta-para-
a-avalia%C3%A7%C3%A3o-de-riscos-em-m%C3%A1quinas>. Acesso em: 06 mar. 2020.

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