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CADERNO DE ENCARGOS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Cláusula 1.ª
Objeto
O presente Caderno de Encargos contém as cláusulas a incluir no contrato a
celebrar com vista ao arrendamento do espaço localizado na Rua da Carreira, n.º 7-A,
Câmara de Lobos, com uma área de 103,60 m2.

Cláusula 2.ª
Identificação, Características do espaço e condições de utilização:
Espaço localizado na Rua da Carreira, n.º 7-A, Câmara de Lobos, com uma área
de 103,60 m2, conforme planta que consta do Anexo I do presente Caderno de Encargos,
destinando-se à atividade principal de peixaria, aliada à confeção de pratos.

Cláusula 3.ª
Elementos do contrato
1. O contrato a celebrar integra os seguintes elementos:
a) O clausulado contratual e seus anexos;
b) Os suprimentos dos erros e das omissões do Caderno de Encargos
identificados pelos concorrentes no decurso do prazo para apresentação de propostas,
conforme previsto no Programa de Concurso, desde que esses erros e omissões tenham
sido expressamente aceites pela entidade adjudicante;
c) Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário;
d) O Caderno de Encargos;
e) A Proposta adjudicada;
f) Os esclarecimentos sobre a proposta que o adjudicatário venha a prestar no
decurso da fase de análise e avaliação de propostas.
2. Em caso de divergência entre os elementos referidos nas alíneas b) a f) do
número anterior, a prevalência é determinada pela ordem pela qual são indicados nesse
número.
3. Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior e
o clausulado contratual, prevalecem os primeiros salvo quanto aos ajustamentos
propostos após a decisão de adjudicação pela entidade adjudicante e aceites pelo
adjudicatário.

CAPÍTULO II
OBRIGAÇÕES DO ADJUDICATÁRIO

Cláusula 4.ª
Obrigações principais do adjudicatário
1. Constitui obrigação principal do adjudicatário a implementação e manutenção
em funcionamento de um estabelecimento dedicado a título principal à atividade de
peixaria, nos prazos previstos e condições previstas neste Caderno de Encargos.
2. Constitui igualmente obrigação principal do adjudicatário o pagamento das
rendas previstas no contrato.
3. A obrigação prevista no n.º 1 compreende, entre as demais necessárias, as
seguintes obrigações instrumentais:
a) A elaboração de todos os projetos e a realização de todas as obras
necessárias à implementação do estabelecimento pretendido;
b) A obtenção de todas as licenças e autorizações necessárias à
implementação, à exploração e ao funcionamento do estabelecimento proposto,
incluindo, sendo necessário, quaisquer diligências a realizar junto da conservatória e do
serviço de finanças competentes;
c) A manutenção, no decurso do prazo de vigência do contrato, de todos os
requisitos e condições indispensáveis à conservação das licenças e autorizações
necessários à exploração e ao funcionamento do estabelecimento, nos termos
constantes das disposições normativas aplicáveis em cada momento;
d) A realização de todos os trabalhos de conservação e restauro necessários à
manutenção do estado do imóvel;
e) A manutenção em vigor de apólices de seguro que cubram os riscos
associados à realização dos trabalhos necessários e à exploração e funcionamento do
estabelecimento ao longo do período de execução do contrato.

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Cláusula 5.ª
Projeto
1. Compete ao adjudicatário promover, por sua conta e risco, a elaboração dos
estudos e projetos necessários à implementação do estabelecimento.
2. O projeto a apresentar deverá conter todos os elementos necessários à
completa tramitação de todos os procedimentos de controlo prévio por parte das
entidades competentes, nos termos e em conformidade com as normas legais e
regulamentares em vigor, designadamente, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de
dezembro, do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março, nas respetivas versões em vigor,
dos respetivos diplomas regulamentadores e dos planos municipais em vigor.

Cláusula 6.ª
Obras
1. Os trabalhos necessários à instalação do estabelecimento, são realizados por
conta e risco do adjudicatário.
2. Os trabalhos devem iniciar-se no prazo máximo de 15 (quinze) dias a contar
da obtenção de todas as licenças e autorizações necessárias.
3. As obras deverão estar concluídas no prazo máximo de 160 (cento e
sessenta) dias e em estrito cumprimento da versão final dos projetos submetidos a
aprovação.
4. O adjudicatário é responsável pelo cumprimento de todas as normas legais e
regulamentares aplicáveis à realização dos trabalhos em causa.
5. Todas as obras serão realizadas com emprego de materiais de boa qualidade
e a devida perfeição, segundo as regras da arte, em harmonia com as disposições legais
e regulamentares em vigor e as características habituais em obras necessárias à
instalação de estabelecimentos comerciais.
6. Sem prejuízo do disposto no regime jurídico da urbanização e edificação, a
entidade adjudicante pode, em qualquer momento, proceder à verificação do modo de
andamento dos trabalhos, coordenando eventuais visitas e pedidos de elementos com a
adjudicatária.
7. Em todos os contratos que celebre com terceiros para realização de obras, o
adjudicatário obriga-se a inserir uma cláusula que permita à entidade adjudicante, ou a

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quem esta indicar, exercer os poderes de dono de obra em caso de resolução do
presente contrato.

Cláusula 7.ª
Exploração
1. O adjudicatário deverá iniciar a exploração do espaço (abertura ao público)
no prazo máximo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias a contar da outorga do
contrato.
2. O horário de funcionamento rege-se pelo estipulado no horário de
funcionamento devidamente aprovado pela CMCL.
3. A exploração do espaço comercial é realizada em conformidade com a
legislação que em cada momento estiver em vigor.

Cláusula 8.ª
Deveres de informação
1. O adjudicatário obriga-se a prestar a informação e os esclarecimentos que lhe
forem solicitados pela entidade adjudicante, com a periodicidade que esta entender
conveniente, relativamente à execução do contrato e, bem assim, ao cumprimento das
obrigações que para aquele emergem do contrato.
2. A obrigação prevista no número anterior compreende o dever de o
adjudicatário participar em reuniões, com a entidade adjudicante ou com outras
entidades, que se mostrem objetivamente necessárias em função do objeto do contrato.
3. O adjudicatário obriga-se a comunicar de imediato, no prazo de 10 (dez) dias,
à entidade adjudicante o início ou a iminência de qualquer processo judicial ou
extrajudicial que possa conduzir à sua declaração de insolvência, a providência análoga à
insolvência ou à sua extinção, bem como a verificação de qualquer outra circunstância
que perturbe a execução do contrato.
4. A entidade adjudicante e o adjudicatário obrigam-se a comunicar entre si, no
prazo de 5 (cinco) dias a contar do seu conhecimento, a ocorrência de quaisquer
circunstâncias, constituam ou não força maior, designadamente de qualquer facto
relevante que previsivelmente impeça o cumprimento ou o cumprimento tempestivo de
qualquer das respetivas obrigações contratuais.

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Cláusula 9.ª
Encargos do adjudicatário
1. Todas as despesas ou encargos em que o adjudicatário incorra para o
cumprimento das obrigações emergentes do contrato são da sua exclusiva
responsabilidade e não podem ser reclamados à entidade adjudicante, a menos que
outro regime decorra da lei ou do contrato.
2. São, designadamente, da responsabilidade do adjudicatário:
a) Os valores devidos a título de renda;
b) Quaisquer impostos, taxas, direitos de qualquer natureza ou outros encargos
exigidos pelas autoridades competentes e relativos à celebração e execução do Contrato
em Portugal ou nos territórios do país ou países do adjudicatário, dos seus
subcontratados ou de passagem em transporte;
c) Encargos com a obtenção de autorizações, licenças, aprovações que, nos
termos da lei e regulamentação, lhe sejam aplicáveis e/ou se mostrem necessárias para
o cumprimento das obrigações decorrentes do contrato, bem como o pagamento de
quaisquer emolumentos exigidos pelas autoridades competentes relativamente ao
cumprimento das obrigações contratuais do adjudicatário;
d) Despesas respeitantes ao cumprimento da obrigação de prestação de
quaisquer garantias exigidas no contrato, designadamente de bom e pontual
cumprimento;
e) Encargos respeitantes ao cumprimento da obrigação de subscrição de
seguros legalmente obrigatórios ou exigidos no Caderno de Encargos;
f) Encargos relacionados com a realização de obras necessárias à
implementação do estabelecimento e as de conservação ordinária ou extraordinária
necessárias à manutenção das condições de exploração e utilização nos termos
inicialmente autorizados;
g) Encargos relacionados o consumo corrente de água, gás, eletricidade,
telecomunicações, manutenção e reparação do locado.

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CAPÍTULO III
PREÇO E PRAZO DE EXECUÇÃO DO CONTRATO

Cláusula 10.ª
Preço
1. Como contrapartida pelo arrendamento é devida pelo adjudicatário à entidade
adjudicante, a título de renda mensal, a quantia que for prevista na proposta adjudicada,
que será igual ou superior ao preço base mínimo que é de 674,00€ (seiscentos setenta
e quatro euros).
2. Os montantes a que se refere o número anterior foram calculados tendo em
conta o valor ao m2, nos termos do relatório de avaliação incluído no Anexo II a este
caderno de encargos.
3. O montante que se refere o n.º 1 é revisto anualmente, sem necessidade de
comunicação prévia da entidade adjudicante ao adjudicatário, em função da evolução
índice anual de preços do consumidor sem habitação no território nacional.

Cláusula 11.ª
Condições de pagamento
1. A renda mensal prevista no n.º 1 da Cláusula 10.ª é devida a partir do mês de
início da exploração do espaço (abertura ao público) ou a partir do prazo constante no n.º
1 da Cláusula 7.ª, o que ocorrer primeiro.
2. A renda mensal referida no número anterior é paga pelo adjudicatário à
entidade adjudicante até ao dia 8 do mês a que respeita.
3. Os pagamentos previstos na presente cláusula são efetuados por
transferência bancária para a referência que vier a ser indicada pela entidade adjudicante
após a celebração do contrato ou em numerário na tesouraria desta Câmara Municipal.
4. Os recibos dos pagamentos realizados são remetidos ao adjudicatário após
comprovação do respetivo pagamento.

Cláusula 12.ª
Prazo
1. O contrato produz efeitos pelo prazo de 20 (vinte) anos, a contar da data da
sua outorga.

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2. O contrato renova-se automaticamente por períodos sucessivos de 1 (um)
ano.
3. A duração do contrato não pode, em caso algum, ser superior a 30 (trinta)
anos.
4. A denúncia do contrato poderá ser solicitada por qualquer das partes através
de comunicação escrita com aviso de receção e com antecedência mínima de 90 dias
relativamente à data da renovação.

Cláusula 13.ª
Termo do Contrato
1. No termo do contrato, independentemente da respetiva causa, o adjudicatário
obriga-se a desocupar o prédio locado e a entregá-lo à entidade adjudicante.
2. O adjudicatário obriga-se a restituir o locado em bom estado de conservação
e asseio, tendo em conta o uso e desgaste ordinário a que o mesmo foi sendo sujeito,
sem defeitos ou deteriorações que não sejam inerentes a uma utilização normal e
prudente em conformidade com os fins do arrendamento, sob pena de perder o direito à
devolução do valor da caução e de se constituir na obrigação de indemnização da
entidade adjudicante pelos danos excedentes que o incumprimento da obrigação de
devolução do locado nas devidas condições lhes tenha causado.
3. Para efeitos de verificação do disposto no número anterior, as partes realizam
uma vistoria conjunta, com a antecedência máxima de 1 (um) mês relativamente à data
do termo do contrato, com vista a aferir das condições do locado, lavrando um auto que
identifique, existindo, os vícios encontrados.

CAPÍTULO IV
MODIFICAÇÕES DO CONTRATO

Cláusula 14.ª
Modificações subjetivas
1. A subcontratação da exploração ou a cessão da posição contratual ou
qualquer outra forma de operar a modificação subjetiva na direta execução das
prestações abrangidas pelo contrato carecem de autorização expressa da entidade
adjudicante.

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2. Sem prejuízo de outros fundamentos legalmente previstos, qualquer
modificação subjetiva é rejeitada sempre que haja fundado receio de que envolva um
aumento de risco de cumprimento defeituoso ou de incumprimento das obrigações
emergentes do contrato.
3. A entidade adjudicante deve pronunciar-se sobre a pretensão do adjudicatário
no prazo de 30 (trinta) dias a contar da respetiva apresentação, equivalendo a falta de
resposta ao seu indeferimento.

Cláusula 15.ª
Modificações objetivas
As modificações objetivas ao contrato obedecem ao disposto no Código dos
Contratos Públicos.

Cláusula 16.ª
Força maior
1. Nenhuma das partes é responsável pelo incumprimento ou pelo cumprimento
defeituoso das obrigações emergentes do contrato na estrita medida em que estes
resultem de casos de força maior.
2. São considerados casos de força maior as circunstâncias que impossibilitem
o cumprimento das obrigações emergentes do contrato, alheias à vontade da parte
afetada, que ela não pudesse conhecer ou prever à data da celebração do contrato e
cujos efeitos não lhe fosse razoavelmente exigível contornar ou evitar.
3. Os requisitos do conceito de força maior estipulados no número anterior são
cumulativos.
4. Podem constituir força maior, no caso de se verificarem os pressupostos do
n.º 2, designadamente, tremores de terra, inundações, incêndios, epidemias, sabotagens,
desastres nucleares, embargos ou bloqueios internacionais, atos de guerra ou terrorismo,
motins e determinações governamentais ou administrativas injuntivas.
5. Não constituem força maior, designadamente:
a) Greves ou conflitos laborais limitados ao adjudicatário ou a grupos de
sociedades em que se integre, bem como a sociedades ou grupos de sociedades dos
seus subcontratados;

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b) Determinações governamentais, administrativas ou judiciais de natureza
sancionatória ou de outra forma resultantes do incumprimento pelo adjudicatário de
deveres ou ónus que sobre ele recaiam;
c) Incêndios ou inundações com origem nas instalações do adjudicatário cuja
causa, propagação ou proporções se devam a culpa ou negligência sua ou ao
incumprimento de normas de segurança;
d) Avarias nos sistemas informáticos ou mecânicos do adjudicatário;
e) Eventos que estejam ou devam estar cobertos por seguros.
6. A ocorrência de circunstâncias que possam consubstanciar força maior deve
ser imediatamente comunicada à outra parte, devendo a parte que a invoca indicar as
obrigações emergentes do contrato cujo cumprimento, no seu entender, se encontra
impedido ou dificultado por força de tal ocorrência, e as medidas que pretende pôr em
prática a fim de mitigar o impacto da referida situação e os respetivos prazos e custos.

CAPÍTULO V
CAUÇÃO, MORA, INCUMPRIMENTO E RESOLUÇÃO

Cláusula 17.ª
Execução, reforço e liberação da caução
1. A caução prestada para bom e pontual cumprimento das obrigações
decorrentes da execução do contrato, nos termos do artigo 23.º do Programa do
Procedimento, pode ser executada pela entidade adjudicante, sem necessidade de prévia
decisão judicial ou arbitral, para satisfação de quaisquer créditos resultantes de mora, de
cumprimento defeituoso ou de incumprimento definitivo pelo adjudicatário das obrigações
contratuais ou legais, incluindo o pagamento de quaisquer quantias aplicadas a título de
sanção contratual, ou para quaisquer outros efeitos especificamente previstos no contrato
ou na lei.
2. A resolução do contrato não impede a execução da caução, contanto que
para isso haja motivo.
3. A execução parcial ou total de caução constitui o adjudicatário na obrigação
de proceder à sua reposição pelo valor exigível nos termos das peças do Concurso, no
prazo de 15 (quinze) dias após a referida execução, exceto no caso de entretanto ocorrer
a resolução do Contrato.

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4. A caução é liberada após o termo do contrato, no prazo de 2 (dois) meses a
contar da verificação pela entidade adjudicante do cumprimento das prestações a cargo
do adjudicatário.

Cláusula 18.ª
Mora do adjudicatário
1. Há mora do adjudicatário quanto às obrigações sujeitas a prazo, nos termos
do Caderno de Encargos ou nos casos de o mesmo ser contratualmente fixado pela
entidade adjudicante, decorrido que seja o respetivo prazo sem que o adjudicatário
cumpra a obrigação a que está adstrito.
2. O disposto no número anterior não é aplicável quando o atraso se deva a atos
imputáveis à entidade adjudicante ou a entidades administrativas terceiras e se verifique
que o adjudicatário não contribuiu para o atraso verificado.
3. Em caso de mora na realização de quaisquer pagamentos pelo adjudicatário
à entidade adjudicante, são devidos juros vencidos à taxa legal, desde a data em que os
pagamentos se tornaram exigíveis e até integral pagamento.

Cláusula 19.ª
Sanções pecuniárias compulsórias
1. A mora ou o incumprimento defeituoso do contrato determinam a aplicação
das seguintes sanções pecuniárias contratuais:
a) Pelo atraso relativamente ao previsto no n.º 1 da Cláusula 7.ª, é aplicável uma
sanção pecuniária de 1/2 metade do montante devido a título de renda mensal, por cada
período mensal, ou fração, que tenha lugar até ao efetivo cumprimento da obrigação;
b) Pelo incumprimento da obrigação prevista no n.º 2 e 3 da Cláusula 6.ª, é
aplicada uma sanção pecuniária de 1/4 um quarto do montante devido a título de renda
mensal, em função da respetiva gravidade ou reiteração, por cada período mensal, ou
fração, que tenha lugar até ao efetivo cumprimento da obrigação;
c) Pelo incumprimento de quaisquer outras obrigações previstas nas peças do
concurso 1/4 um quarto do montante devido a título de renda mensal, por cada período
mensal, ou fração, que tenha lugar até ao efetivo cumprimento da obrigação.
2. As sanções contratuais pecuniárias previstas neste artigo são cumulativas e
são apuradas regularmente pela entidade adjudicante.

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3. As sanções contratuais pecuniárias são pagas pelo adjudicatário até ao dia 8
do mês seguinte aquele em que foram apuradas, nos termos do n.º 3 da Cláusula 11.ª e,
na sua falta, pela execução da caução.
4. A aplicação das sanções contratuais pecuniárias não prejudica a resolução do
contrato ou qualquer direito de indemnização, legal ou contratual.

Cláusula 20.ª
Resolução sancionatória do contrato pela entidade adjudicante
1. A entidade adjudicante pode resolver o Contrato, para além das situações
previstas nos artigos 333.º a 335.º do Código dos Contratos Públicos, nos seguintes
casos, a título sancionatório:
a) Pelo atraso no pagamento da mensalidade em prazo superior a 3 (três)
meses;
b) Pelo incumprimento de qualquer outra obrigação prevista nas peças do
procedimento, em período superior a 3 (três) meses;
c) Em virtude de qualquer das demais causas legalmente previstas que
fundamentem o direito de resolução pelo senhorio em matéria de arrendamento para fins
não habitacionais.
2. A resolução sancionatória em virtude de qualquer dos factos previstos no
número anterior não prejudica a aplicação das sanções pecuniárias contratuais que se
mostrem devidas ou o direito de indemnização nos termos gerais.
3. A aplicação das sanções pecuniárias contratuais que se mostrem devidas ou
o direito de indemnização nos termos gerais pode ser, ao menos parcialmente, satisfeita
através da execução da caução.

Cláusula 21.ª
Efeitos da resolução do contrato
1. Em caso de resolução do contrato pela entidade adjudicante por facto
imputável ao adjudicatário, este fica obrigado ao pagamento à entidade adjudicante do
valor correspondente ao triplo do montante devido a título de renda mensal até ao termo
do período contratual em vigor, calculada no momento da resolução, a título de sanção
pecuniária contratual.

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2. O valor referido no número anterior é pago pelo adjudicatário no prazo de 30
(trinta) dias após a notificação para esse efeito, sem prejuízo da possibilidade de
execução da caução de bom e pontual cumprimento.
3. O disposto na presente cláusula não prejudica a aplicação pela entidade
adjudicante de quaisquer sanções contratuais pecuniárias que se mostrem devidas, nem
a reclamação de indemnização por valor superior ao previsto no n.º 1, se para tanto
existir fundamento.
4. A resolução do contrato não determina a extinção das obrigações do
adjudicatário relativamente às prestações já realizadas.
5. A resolução do contrato não prejudica a vigência das cláusulas que, pela sua
natureza, ou quando regulado expressamente, se devam manter em vigor.

Cláusula 22.ª
Aplicação de sanções contratuais
A aplicação de qualquer sanção contratual é comunicada ao adjudicatário através
de carta registada com aviso de receção, sendo precedida de notificação a este último
para se pronunciar, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os factos subjacentes a essa
aplicação.

Cláusula 23.ª
Resolução do contrato por parte do adjudicatário
O adjudicatário pode resolver o Contrato nos termos e pela forma previstos no
artigo 332.º do Código dos Contratos Públicos e com fundamento nas demais causas
legalmente previstas que fundamentem o direito de resolução pelo arrendatário em
matéria de arrendamento para fins não habitacionais.

CAPÍTULO VI
RESOLUÇÃO DE LITÍGIOS

Cláusula 24.ª
Processo de conciliação
1. Em caso de litígio ou diferendo decorrente do contrato e antes de recorrer à
via jurisdicional, as partes devem tentar resolver amigavelmente a questão suscitada,

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observando o processo de conciliação previsto nos números seguintes e comunicando,
formalmente, a intenção de iniciar esse processo.
2. A conciliação deve ser efetuada pelos representantes indicados pelas partes,
devendo estas comunicar de imediato à outra parte essa designação.
3. Caso as partes não tenham resolvido o litígio dentro do prazo de 30 (trinta)
dias contados da comunicação prevista o n.º 1, cada uma delas deve, no prazo sucessivo
de 5 (cinco) dias úteis preparar e fazer circular entre si um memorando explicativo,
através do qual esclareçam uma à outra a respetiva posição relativamente à situação em
causa e as razões que justificam essa posição.
4. Caso o diferendo se mantenha no prazo de 5 (cinco) dias após a circulação
dos memorandos previstos no número anterior, o assunto é remetido à pessoa ou
pessoas com poderes para tomar decisões vinculativas em nome e representação das
partes, para uma reunião destinada a procurar uma solução amigável e negociada, a ter
lugar no prazo de 15 (quinze) dias a contar do envio do referido memorando.
5. Se, no prazo de 60 (sessenta) dias contados da comunicação prevista o n.º 1,
as partes não chegarem a acordo quanto a uma solução mutuamente satisfatória, as
mesmas podem submeter a matéria a juízo, nos termos previstos na cláusula seguinte.
6. Qualquer atraso que ocorra na conclusão do processo de conciliação ou entre
a respetiva conclusão e o início de qualquer processo litigioso, não pode ser considerado
como renúncia aos direitos em causa.

Cláusula 25.ª
Tribunal competente
Quaisquer litígios entre as partes relativos à interpretação, validade e execução do
Contrato, que não sejam ultrapassados ao abrigo da cláusula anterior, são dirimidos pelo
Tribunal competente da Comarca do Funchal.

Cláusula 26.ª
Litígios que envolvam subcontratados
1. Sempre que a matéria submetida a juízo se relacione, direta ou indiretamente,
com prestações que tenham sido subcontratadas, qualquer das partes pode requerer a
intervenção processual da entidade subcontratada, em conjunto com o adjudicatário.

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2. Para efeitos do disposto no número anterior, o adjudicatário obriga-se, nos
subcontratos que celebrar, a prever a adesão expressa das entidades subcontratadas ao
disposto na presente cláusula e uma disposição que obrigue estas últimas a seguir
idêntico regime em subcontratos que os subcontratados entretanto celebrem nos termos
da Cláusula 14.ª.

CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Cláusula 27.ª
Comunicações
1. Sem prejuízo de outras regras estipuladas no contrato quanto às notificações
e comunicações entre as partes, estas devem ser dirigidas para a sede contratual de
cada uma, identificadas no contrato.
2. As comunicações entre a entidade adjudicante e o adjudicatário devem ser
redigidas em português, podendo ser efetuada através de correio eletrónico ou de outro
meio de transmissão escrita e eletrónica de dados, ou por via postal, por meio de carta
registada.
3. As notificações e as comunicações consideram-se feitas:
a) Na data da respetiva expedição, quando efetuadas através de correio
eletrónico ou de outro meio de transmissão escrita e eletrónica de dados, salvo o
disposto no número seguinte;
b) Na data constante do relatório de transmissão bem sucedido, quando
efetuado através de telecópia, salvo o disposto no número seguinte;
c) Na data indicada pelos serviços postais, quando efetuadas por carta
registada;
d) Na data da assinatura do respetivo aviso, quando efetuadas por carta
registada com aviso de receção.
4. As notificações e as comunicações que tenham como destinatário a entidade
adjudicante e que sejam efetuadas através de correio eletrónico, telecópia ou outro meio
de transmissão escrita e eletrónica de dados, após as 17 (dezassete) horas do local de
receção ou em dia não útil nesse mesmo local, presumem-se feitas às 10 (dez) horas do
dia útil seguinte.

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5. Qualquer alteração aos dados de identificação das partes que seja necessária
para envio de notificações e comunicações deve ser comunicada à outra parte com uma
antecedência razoável.

Cláusula 28.ª
Início de produção de efeitos do contrato
O contrato produz efeitos a partir da data da respetiva assinatura.

Cláusula 29.ª
Legislação aplicável
O contrato é regulado pela lei portuguesa.

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ANEXO I
(a que se refere o n.º 1 da Cláusula 2.ª)

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ANEXO II
(a que se refere o n.º 2 da Cláusula 10.ª)

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