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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE

REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DA ZONA DA MATA Data: 02/09/2011


PARECER ÚNICO
Folha: 1/19

PARECER ÚNICO SUPRAM-ZM Nº 921849/2011


Indexado ao(s) Processo(s) Nº: 01898/2007/002/2010
Outorga No:
Reserva Legal No:
Regularização APP: 03153/2011; 03155/2011
Tipo de processo:
Licenciamento Ambiental ( x ) Auto de Infração ( )

1. IDENTIFICAÇÃO:
Empreendimento (Razão Social) /Empreendedor (nome completo): CNPJ / CPF:
Bela Ischia Alimentos Ltda 01.130.631/0001-98
Empreendimento (Nome Fantasia):
Bela Ischia
Município: Astolfo Dutra
Atividade predominante: Fabricação de Polpa de Frutas
Código da DN e Parâmetro
D-01-14-7 – Fabricação de Produtos Alimentares Não Especificados (Polpa de Frutas)
D-02-05-4 – Fabricação de Sucos
Porte do Empreendimento Potencial Poluidor

Pequeno ( ) Médio ( ) Grande ( X ) Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( )

Classe do Empreendimento
Classe – 5

Fase do Empreendimento
Licença de Operação Corretiva – (LOC)

Localizado em UC (Unidades de Conservação)?


( X ) Não (__) Sim

Bacia Hidrográfica Federal: Rio Paraíba do Sul.


Bacia Hidrográfica Estadual: Rio Pomba

Rodovia Ubá - Juiz de Fora Km 02 – Ubá/MG


CEP: 36.500-000 – Tel: (32) 3539-2700 e-mail: urczm@copam.mg.gov.br
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2. HISTÓRICO:
Inspeção/Vistoria/fiscalização Relatório de Inspeção/Vistoria/Fiscalização Data:

( ) Não (X) Sim Relatório de Vistoria Nº 018/2011 03/02/2011


Auto de Infração Nº: Advertências Emitidas Nº: Multa:
45527/2011 Nenhuma

2.1. – Descrição do Histórico


A indústria de sucos “Bela Ischia Indústria Ltda.”, em 07 de abril de 2010, protocolou o
requerimento de Licença de Operação Corretiva, através do Formulário Integrado de
Caracterização do Empreendimento – FCEI, e em 09 de abril de 2010 foi emitido o
Formulário de Orientações Básicas (FOB), informando os documentos necessários ao
processo de licenciamento.

Em 03/12/2010 foi formalizado pelo empreendedor, através de sua consultoria, o processo


de licenciamento com apresentação dos documentos exigidos, bem como, do PCA/RCA
contendo a descrição do processo de produção, os impactos ambientais produzidos pelo
empreendimento, bem como, as medidas mitigadoras objetivando a minimização destes
impactos, além dos monitoramentos realizados na vigência da licença.

Em 03 de fevereiro de 2011 foi realizada uma vistoria técnica junto ao empreendimento


visando obter informações complementares que pudessem subsidiar este parecer único.

No dia 08 de fevereiro foi enviado ao empreendedor um pedido de informações


complementares no intuito de dar suporte à análise técnica, dentre elas a retificação do
FCEI, onde deveriam ser retiradas as atividades que ainda não foram implantadas e constar
intervenção em área de preservação permanente (APP).

3. INTRODUÇÃO:

O presente parecer apresenta uma discussão técnica ambiental e jurídica acerca da


indústria de polpa e sucos de fruta. Trata-se de um empreendimento localizado em zona
urbana com uma área total de 23787,50 m2 em uma área edificada de 12700 m2, ocupada
por galpões industriais e escritórios.

O processo de licenciamento ambiental deste empreendimento foi enquadrado na fase de


Licença de Operação Corretiva, visto que o empreendimento já está em operação desde
outubro de 2004.

Na área do empreendimento existem 02 corpos hídricos sendo uma nascente e um curso


d’água de nome Córrego do brejo, que é afluente do Rio Pomba. A regularização da
permanência em APP será tratada mais adiante neste parecer.

A análise técnica expressa no presente parecer foi baseada não somente nos estudos
ambientais apresentados a SUPRAM-ZM, mas também nas informações obtidas em vistoria
técnica realizada no empreendimento.

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Com estas providências, no cumprimento das leis ambientais, o empreendedor deseja obter
a Licença de Operação em caráter corretivo, para o seu empreendimento, cuja atividade
principal é a fabricação de polpa de frutas.

4. CONTROLE PROCESSUAL:

4.1. Da regularização em Intervenção Ambiental e da competência da URC/ZM para


sua autorização

Cumpre salientar, inicialmente, quanto à regularização em Área de Preservação


Permanente – APP, que consta no anexo, processos administrativos n.º 03153 e
03155/2011, o seu regular requerimento, sendo fato de se ressaltar, também, que a
modalidades em questão correspondem a uso antigo nos termos da Lei n.º 14.309, de 19
de junho de 2002, e Deliberação Normativa COPAM n.º 76, de 25 de outubro de 2004, e
Resolução CONAMA 369, de 28 de março de 2006, acrescida da Resolução CONAMA Nº.
302/2002 tendo em vista a documentação anexada aos autos.

Com efeito, a regular atuação do COPAM, via seu órgão regional, qual seja, a Unidade
Regional Colegiada da Zona da Mata – URC/ZM, tendo em vista o requerimento para
intervenção em APP, veio disciplinada pelos termos das competências institucionais
previstas pela Lei-Delegada n.º 178, de 29 de janeiro de 2007, e em seu regulamento, o
Decreto n.º 44.667, de 03 de dezembro de 2007.

Ainda, em novas disposições regulamentadoras, a Portaria n.º 02, de 12 de janeiro de 2009,


traçou a forma com o qual a URC/COPAM atuará para o processamento de sua
competência institucional, notadamente pela previsão de análise e deferimento acerca dos
pedidos aqui relatados.

De acordo com o que dispõe a lei, tais intervenções sujeitam-se ao preenchimento dos
requisitos de baixo impacto, o que, no caso em tela, ocorre por ser uma atividade
devidamente antropisada por comprovar sua utilização em período bem anterior Lei
Estadual Nº. 14309/2002, atendendo aos requisitos previstos no inciso V, alínea b do artigo
2º da Resolução CONAMA Nº. 302, dispositivo legal publicado no dia 20 de março de 2002.

A comprovação de área urbana consolidada é constatada pela juntada aos autos de cópia
do Decreto de utilidade pública para fins de desapropriação expedido pelo Chefe do Poder
Executivo Municipal no ano de 1995, Decreto Nº. 2344/98, f. 26, e bem como da Publicação
da Lei Municipal Nº. 926/2002 autorizando a doação de imóvel à empresa Bela Ischia, Lei
9997/2005, fls. 28/37, e juntada de IPTU devidamente quitado pelo empreendedor, f. 38.

Aliado a documentação supramencionada, a Prefeitura atestou no processo de


licenciamento que o imóvel encontra-se em perímetro urbano e que obedecem aos
requisitos legais e administrativos da Lei de parcelamento de uso e do solo do município de
Astolfo Dutra/MG, conforme previsão na Resolução CONAMA Nº. 237/97, salientando que o
Chefe do Poder Executivo Municipal e os agentes públicos e políticos nomeados por este
detém a princípio, presunção de veracidade e legitimidade em suas declarações.

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De fato, a intervenção em APP para essa atividade, e obras coligadas, constitui


intervenções ambientais com caráter de baixo impacto o que dará ensejo à sua autorização
pela Unidade Regional Colegiada (vide art. 11, VII do Decreto 44.667/07), conforme
preceituam as normas citadas.

Neste aspecto, ocorreu a válida regularização daquele processo administrativo de


intervenção ambiental, cujos autos vieram com toda a documentação exigida – a critério
técnico –, conforme determina a Deliberação Normativa COPAM n.º 76/04.

O empreendimento está localizado em área urbana não sendo obrigatória a averbação da


reserva legal, conforme determina a lei (Lei 4.771/65, art.16, §8º e Lei Estadual 14.309/02,
art. 16, §2º).

Portanto, em face da regularidade daquele requerimento autônomo, temos como cumpridos


todos os requisitos legais para o deferimento da regularização, que deverá obedecer aos
exatos termos do corpo deste parecer único, com a observância, ainda, de todas as
medidas ambientais aqui previstas.

4. 2 Do processo de Licenciamento Ambiental

A empresa Bela Inschia Indústria e Comércio de Polpas e Frutas Congeladas LTDA,


por seu representante, contrato social, fls. 08/12, e do seu procurador, instrumento
procuração à f. 07 dos autos, requerer validamente a presente Licença DE OPERAÇÃO
CORRETIVA para a atividade de Fabricação de produtos alimentares, não especificados ou
não classificados, abate de animais de pequeno porte (aves, coelhos, rãs, etc.),
industrialização de carne, inclusive desossa, charqueada e preparação de conservas e
fabricação de sulcos, da sua unidade localizada no município de Astolfo Dutra, neste
Estado.

Consta dos autos, também, a competente certidão da Prefeitura Municipal de Astolfo


Dutra/MG que atesta estar o empreendimento em conformidade com as leis e regulamentos
administrativos daquele município, f. 15.

O empreendimento está localizado em área urbana, não sendo obrigatória a averbação da


reserva legal, conforme determina a lei (Lei 4.771/65, art.16, §8º e Lei Estadual 14.309/02,
art. 16, §2º).

O empreendimento declarou o uso de água na modalidade de intervenção em recursos


hídricos, comprovando a sua regularização, através das Portarias Nº. 1103/2007 e
1104/2007, 00482/2011 para os poços tubulares, sendo que a captação superficial foi
deferida em 29/11/2011, esclarecendo que todos os processos foram aprovados e
devidamente publicados pelo órgão ambiental competente.

Na análise dos documentos constantes dos autos, verificou-se, ainda, que o empreendedor
providenciou o adimplemento parcial dos custos de análise do Licenciamento Ambienta em
questão, com a sua respectiva baixa no SIAM, de modo que o valor restante, em havendo,
deverá ser quitado via planilha, tendo em vista que ficam “o julgamento e a emissão da
licença condicionados à quitação integral das parcelas”.
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Também consta dos autos o adimplemento dos emolumentos referentes ao FOBI Nº.
232989/2010, fls. 21/22, com a devida baixa no Sistema Integrado de Informações
Ambientais – SIAM.

No que tange às publicações em periódico de grande circulação, referentes tanto ao


requerimento do licenciamento quanto à publicação oficial, eis que tais documentos se
encontram regularizados, pelo que se percebe da documentação anexada aos autos (fls.
337 e 339) tendo observado, para tanto, o princípio da publicidade prevista no artigo 37 da
CR/88, e os exatos termos da DN COPAM n.º 13/95.

Noutro giro, a validade do prazo desta licença há de se respeitar a dos empreendimentos


listados na Deliberação Normativa COPAM n.º 74/04 de Classe 05 qual seja, 04 (Quatro)
anos, tudo conforme o previsto pelo inciso III, art. 1º da Deliberação Normativa COPAM n.º
17, de 17 de dezembro de 1996.

Desta forma, conclui-se que o processo encontra-se formalizado e devidamente instruído


com a documentação exigível para a aferição e deferimento da pleiteada licença ambiental,
é o que se percebe com base na análise da documentação listada no FOBI sob o n.º.
232989/2010, e as que aqui foram instruídas.

5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO:
5.1. – Localização e atividades desenvolvidas
O empreendimento industrial, ora em análise, denominado “Bela Ischia Alimentos Ltda.”
está situado na área urbana do município de Astolfo Dutra-MG, nas seguintes coordenadas
geográficas: Latitude 21º 18’ 36” S e Longitude 42º 50’ 35” W, onde as suas atividades
estão pautadas na fabricação de sucos.
A unidade industrial ficará localizada a 21 km do aeródromo mais próximo, localizado no
município de Ubá, estando, portanto fora da área de segurança aeroportuária (ASA),
atendendo ao disposto na resolução CONAMA Nº 04/1995.
A empresa, conforme dados informados no PCA/RCA, conta, atualmente, como um total de
120 empregados, com regime de trabalho de 02 turnos de 09 horas diárias, em sistema de
rodízio.
A atividade principal é fabricação de polpa de frutas em uma área construída de 12700 m2.
O empreendimento conta ainda com a produção de suco, com uma capacidade instalada de
80000 litros/dia; A produção final será de polpa e sucos de manga, maracujá, goiaba,
abacaxi, mamão, caju, e uva, considerando o período das safras.
A atividade é sujeita à sazonalidade que relação direta com a safra das frutas, que diferem
entre si e pela intensificação das vendas nos meses de temperatura mais elevada do ano.

5.2. – Aspectos gerais do entorno


O empreendimento está localizado no município de Astolfo Dutra, na sub-bacia do Rio
Pomba, um dos principais afluentes do Rio Paraíba do Sul. Sendo este município
considerado a área de influência dos impactos do empreendimento.
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Anterior à instalação do empreendimento, funcionava no local uma usina de cana-de-


açúcar, não sendo possível precisar a data da paralisação de suas atividades.
O município de Astolfo Dutra está inserido na Zona da Mata, com uma população de 12.510
habitantes (IBGE 2007) e possui uma área de 159,2 km2. Esta região é caracterizada pela
presença do bioma Mata Atlântica e possui um clima ameno e úmido. Localizado a uma
altitude de 260 m, com temperatura média anual de 23,5 ºC, seu relevo apresenta-se 20%
plano, 35% ondulado e 45% montanhoso.
Os municípios limítrofes são Rodeiro, Ubá, Piraúba, Guarani, Descoberto, Dona Euzébia e
Itamarati de Minas.
As principais rodovias que dão acesso ao município são BR-116 e MG-285, Astolfo Dutra
encontra-se a 281 km de Belo Horizonte, 560 km de São Paulo, 250 km do Rio de Janeiro e
1.020 km de Brasília.

5.3. – Processo industrial


Fabricação de polpa:

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Fabricação de suco:

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6. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL:

6.1. – Da utilização de água e energia elétrica


O abastecimento de água para o empreendimento é fornecida pela captação em três poços
tubulares, uma captação superficial e um uso insignificante. Os usos de água estão
devidamente regularizados junto a SUPRAM-ZM (portarias 01103/2007, 01104/2007 e
00482/2011 para os poços tubulares, sendo que a captação superficial foi deferida em
29/11/2011).

A água utilizada na produção é clorada e depois filtrada em filtro polidor, em seguida é


bombeada para caixas de armazenamento e utilizadas nos diversos processos da fábrica.

A energia consumida pelo empreendimento é fornecida pela Energisa S.A., contanto com
dois transformadores sendo um de 220 e outro de 380 volts, com demanda contratada de
750 kW, utilizados na iluminação e movimentos dos diversos maquinários.

6.2. – Efluentes líquidos


Os efluentes, gerados na empresa, são constituídos das águas residuárias do processo
industrial (higienização de utensílios, lavagem de equipamentos, piso e matérias-primas),
dos esgotos sanitários e águas pluviais dos pátios da empresa.

Consta do PCA, o projeto de uma Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) referente ao


controle dos efluentes industriais e sanitários. A ETE será composta por pré-tratamento,
tratamento primário e tratamento biológico que contará com medidores de vazão. Após o
tratamento, estes efluentes serão encaminhados ao corpo receptor mais próximo,
conhecido como Córrego do Brejo.

As águas pluviais são coletadas através de canaletas e canalizadas nos limites de seu
terreno e são encaminhas ao corpo receptor mais próximo ou para a infiltração no solo.

6.3. – Resíduos sólidos


Os resíduos sólidos gerados no empreendimento são basicamente provenientes do
processo de embalagem e expedição dos produtos, frascos de armazenagem de insumos e
restos de frutas. Os principais são os papeis, plásticos/papelão, lixo orgânico comum
proveniente do refeitório, sucatas metálicas, óleo lubrificante e suas embalagens e
lâmpadas fluorescentes. Consta do PCA, um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(PGRS), que deverá ser executado.

6.4. – Ruídos
Os ruídos gerados no empreendimento são oriundos do maquinário no interior dos galpões
da fábrica, do funcionamento de alguns equipamentos do pátio e do tráfico de veículos nas
vias internas e externas; estando sujeito a pressão sonora fora dos limites estabelecidos
pela legislação vigente.

6.5. – Emissões atmosféricas


As emissões atmosféricas são oriundas de duas caldeiras a lenha com capacidade
produtiva de 2.000 kg/h e outra com 3500 kg de vapor/h.
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Outra possível fonte de emissão atmosférica nociva provém da amônia utilizada no


processo de geração de frio, para conservação das polpas de frutas. A amônia está
armazenada em dois tanques com capacidade total de 3.875 kg comprimida e circula em
circuito fechado podendo ocorrer vazamentos.

7. RESERVA LEGAL

Como o empreendimento está localizado em área urbana, o mesmo está dispensado da


averbação da área de Reserva legal.

8. AUTORIZAÇÃO PARA INTERVENÇÃO AMBIENTAL


8.1. – Autorização para ocupação antrópica consolidada em Área de
Preservação Permanente
O empreendimento Bela Ischia Alimentos Ltda – Filial, esta localizado no Distrito Industrial
do Município de Astolfo Dutra - MG, na Fazenda Paraíso s/n.

Trata-se de uma propriedade de domínio privado de formado irregular com uma área total
23.787,50 m² (2,37875 hectares), o qual pretende a regularização antrópica consolidada em
APP de curso d’água em uma área construída de 6.388,92 m2 (56,93% da APP total
imóvel), definida na Lei Estadual 14.309/02 de 19/06/2002 artigo 10 inciso II alínea “b”,
como área de preservação permanente (APP de margem de curso de água).

Não há presença de fragmentos florestais ou formação de mata ciliar na Área de


Preservação Permanente, a maior parte da área é ocupada por gramíneas do gênero
Brachiaria sp..

Trata-se, portanto, de ocupação de área de preservação permanente consolidada na forma


da lei. A ocupação se dá por meio de edificações construídas na área de entorno da mina,
um muro e parte do pátio, construídos à beira do curso d”água. A seguir estão relacionadas
as intervenções em áreas de preservação permanente encontradas no empreendimento
totalizando 0,6388 ha.

A área de APP é ocupada por:


Vias;
Pátio;
Parte do depósito de tambores;
Parte da câmara fria;
Parte do galpão de produção de sucos;
Muro de divisa

Nesta área, o pedido de ocupação antrópica consolidada se faz viável, haja em vista que a
instalação do empreendimento ocorreu no final da década de 30, tendo sido o
estabelecimento sede de duas Usinas Açucareiras, a primeira a Usina Paraíso e

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posteriormente a Companhia Açucareira Rio Branquense. Após a falência desta ultima a


propriedade passou por um período de intensa deterioração, vandalismo e depredação.

Desta forma, em caráter de utilidade pública, a prefeitura do município iniciou em 1995 a


desapropriação da referida área. Em 2002, ratificando a finalidade industrial da área, foi
doada à Bela Ischia Alimentos, uma área pertencente ao referido terreno nos moldes da Lei
municipal n°926 e posteriormente regulamentada pela Lei municipal n°997/2005, conforme
documentos anexos ao processo.

De um modo geral, são os principais impactos identificados na permanência das infra-


estruturas nas APP’s de curso d’água (Danos Físicos e Biológicos):
- Alteração geomorfológica com descaracterização da paisagem;
- Descaracterização do relevo (degradação paisagística);
- Redução da biodiversidade em função da remoção da vegetação florestal nativa;
- Modificação da estrutura do solo, rompendo a ciclagem de nutrientes;

As medidas compensatórias referentes à ocupação antrópica consolidada e intervenção em


Área de Preservação Permanente deverão ser analisadas e autorizadas pela Câmara de
Proteção a Biodiversidade e de Áreas Protegidas (CPB - IEF) e firmado as atividades
necessárias através de Termo de Compromisso.

8.2. – Autorização para intervenção em Área de Preservação Permanente


Será necessária a construção de uma caixa de captação dos efluentes de origem industrial
e hidrosanitários no pátio próximo ao muro de divisa da propriedade que se localiza as
margens do curso d’água em local considerado como de ocupação antrópica consolidada.
Inexiste alternativa locacional para essa construção, uma vez que as instalações da
empresa para o funcionamento já existem, e parte dessas instalações foram herdadas da
antiga usina de açúcar que ali existia e todas as redes existentes se convergem para um
mesmo ponto, ou seja, para o ponto onde será instalada a caixa.

A caixa de captação industrial e hidrosanitários ocuparão uma área de 28,50 m² em área de


APP, conforme pode ser verificado nos autos do processo.

Como forma de compensação pelas intervenções ambientais, a empresa, Bela Ischia


propõe a revitalização das margens do córrego Jacaré, no trecho onde se verifica a
intervenção pela divisa da empresa, visando à melhoria estética e à proteção da seção do
curso d’água, contribuindo para a manutenção desde.
Além disso, a empresa propõe o plantio de espécies nativas em uma área de 4.000 m²,
dentro da mesma micro-bacia hidrográfica da citada intervenção, com o objetivo de
compensar a área de APP efetivamente ocupada.

9. IMPACTOS IDENTIFICADOS:

Houve durante as atividades anteriores ao empreendimento ora em processo de


licenciamento uma ocupação de área de preservação permanente em 02 corpos hídricos;
sendo uma nascente e um curso d’água de nome Córrego do brejo.

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O potencial poluidor da indústria concentra-se, principalmente, na geração de águas


residuárias do processo produtivo, esgotos sanitários, resíduos sólidos e emissões das
caldeiras.
Os efluentes industriais constituem alta concentração de matéria orgânica, sólidos e
matérias graxas, cujo lançamento em corpo receptor acarreta danos à biota aquática e
qualidade da água. Gerados na unidade produtiva e somados ao esgoto doméstico, são
atualmente descartados no Córrego do Brejo.
Os resíduos sólidos são compostos por plásticos, papel/papelão, embalagens
pet/bombonas, resíduos não recicláveis, resíduos orgânicos provenientes do processo de
fabricação de suco e polpa (frutas impróprias ao processo e resíduos das peneiras
estáticas) e em menores quantidades os metais, vidros e lâmpadas fluorescentes. As
conseqüências ao meio ambiente advindas da disposição inadequada desses resíduos são
a contaminação dos solos, dos mananciais hídricos proporcionando um impacto visual
negativo e criação de condições propícias a proliferação de vetores.
Atualmente esses resíduos são armazenados na empresa sendo os não recicláveis
recolhidos pelo serviço de limpeza pública do município de Astolfo Dutra e os recicláveis
são recolhidos pelo Sr. Ubaldino Hilario Cordeiro o qual promove a separação e reciclagem
dos resíduos como papel, papelão, plástico, vidros e metais. Este possui declaração Nº
223094/2007 sendo classificado como não passível de licenciamento para atividade de
reciclagem (Depósito de sucata metálica, papel, papelão, plásticos ou vidro para
reciclagem). Os resíduos orgânicos são destinados a compostagem em uma propriedade
do empreendedor.
Como impactos ambientais menos relevantes estão os ruídos dos maquinários e do transito
de veículos, bem como as emissões atmosféricas das duas caldeiras a lenha.

10. MEDIDAS MITIGADORAS:

10.1 - Ruídos
Como medida mitigadora, sugere-se medições regulares durante a vigência da licença no
interior da empresa e em pontos externos seguindo as normas estabelecidas pela Lei
Estadual 10.100/90, e da NBR 10151/90, pontos estes já determinados na avaliação feita
em 15/10/2010. Foram monitorados 30 pontos dos quais, 04 apresentaram níveis fora dos
estabelecidos pela Lei Estadual 10.100/90. Recomenda-se ainda a implantação de cinturão
verde no entorno do pátio industrial.

10.2 – Emissões atmosféricas


O empreendedor propõe, em seu PCA, a instalação de um sistema de tratamento das
emissões atmosféricas composto por “multi-ciclones”, que enquadrará as emissões de
Material Particulado (MP) nos parâmetros definidos pelas DN-COPAM 11/86 e 001/92.
Sugerem-se medições regulares durante a vigência da licença para verificar a eficiência do
equipamento.

Na área onde se localizam os tanques de amônia estão instalados sensores de vazamento


que emitem sinais quando estes ocorrem. Constam nos estudos RCA/PCA a instalação de
bacia de contenção. Tal medida já foi tomada.

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10.3 – Resíduos Sólidos


Os resíduos sólidos deverão ser disponibilizados, temporariamente, dentro da empresa em
um Depósito Temporário de Resíduos com baias separadas por classificação de resíduos
(classe I, classe IIA e classe IIB), devidamente identificadas e posteriormente tendo
destinação final de acordo com a legislação ambiental, conforme PGRS (Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos) constante do anexo 22 do PCA (Plano de Controle
Ambiental).

10.4 – Efluentes líquidos


10.4.1 Introdução
Foi proposta a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto para comportar os
efluentes industriais e sanitários. A ETE contará com um processo de pré-tratamento
(peneiras estáticas) de remoção de sólidos grosseiros, seguido de um processo de
tratamento primário (caixa de gordura) para retenção de material graxo e sólidos em
suspensão, e por fim um sistema de tratamento secundário através de processo biológico,
no qual ocorrerá estabilização de matéria orgânica. Esse tratamento secundário será
composto de três etapas, a saber.
1ª etapa – Lagoa anaeróbia;
2ª etapa – Lagoa aeróbia;
3ª etapa – Lagoa de decantação.
O tratamento secundário contará também com medidor de vazão na entrada (antes da 1ª
etapa) e na saída (após a 3ª etapa). Após a passagem pela lagoa de decantação o efluente
será descartado em corpo receptor.
Esquema do Sistema de Tratamento

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10.4.2 Monitoramento do Sistema


Os parâmetros pH, vazão, temperatura, sólidos em suspensão, sólidos sedimentáveis,
DBO5, DQO e óleos e graxas deverão ser analisados mensalmente, nos primeiros 06 (seis)
meses após a instalação/operação do sistema. A partir de seis meses, as análises serão
trimestrais.
As amostragens serão realizadas em pontos específicos, a saber:
- na entrada do sistema de tratamento (efluente bruto);
- após o tratamento secundário (efluente tratado).
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Indústria “Bela Ischia Alimentos Ltda.”, ora em processo de licenciamento, tem como
atividades fabricação de polpa e suco de frutas, onde os principais impactos negativos
relevantes, decorrentes da operação do empreendimento, consistem na geração de
efluentes líquidos industriais e na geração de resíduos sólidos tais como papel/papelão,
plástico e embalagens PET.
Como impactos ambientais de menor relevância estão incluídos os ruídos dos maquinários
e motores estacionários, bem como as emissões atmosféricas geradas pela caldeira a
lenha.
Por outro lado, o empreendimento por estar localizado em meio urbano num galpão
fechado, em local pouco povoado, os impactos são bastante minimizados, as medidas
mitigadoras, propostas pelo empreendedor, e constantes dos estudos ambientais, foram
consideradas satisfatórias pela equipe técnica, onde aquelas não contempladas foram
incluídas como condicionantes, e acrescidas do cumprimento das demais condicionantes,
serão suficientes para mitigar os impactos detectados, não evidenciando nenhum fator de
restrição ao empreendimento.
12. CONCLUSÃO
Ressalva-se que a empresa foi autuada conforme Auto de Infração Nº 45527/2011 com
base no código 115 do Artigo 83 do decreto 44.844/2008 por “Instalar, construir, testar,
operar ou ampliar atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora do meio
ambiente sem Licenças de Instalação ou de Operação, se constatada a existência de
poluição ou degradação ambiental”.
Face ao exposto e não tendo objeções legais, recomenda-se à Unidade Regional Colegiada
da Zona da Mata que seja concedida a Licença de Operação Corretiva para a Indústria
“Bela Ischia Alimentos Ltda.”, desde que respeitadas todas as condicionantes constantes do
Anexo I e automonitoramento do Anexo II.
Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes
estabelecidas no Anexo I deste parecer poderão ser resolvidos junto à própria
SUPRAM/ZM, mediante análise técnica e jurídica, desde que não alterem o mérito/conteúdo
das condicionantes.
Cabe esclarecer que a SUPRAM-ZM não possui responsabilidade técnica sobre os projetos
de sistemas de controle ambiental liberados para implantação, sendo a execução, operação
e comprovação de eficiência desses de inteira responsabilidade da própria empresa e seu
projetista.

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É oportuno ressaltar que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a
obtenção, pelo requerente, de certidões, alvarás ou licenças de qualquer natureza, exigidos
pela legislação federal, estadual ou municipal, devendo sobredita observação constar no
Certificado de Licenciamento.
Opina-se que as observações acima constem do Certificado de Licenciamento Ambiental,
em caso de seu regular deferimento pela Unidade Regional Colegiada.

12.1. – Parecer Conclusivo


Favorável: ( X ) Sim ( ) Não

13. VALIDADE DA LICENÇA


04 (quatro) anos contados a partir da concessão da Licença.

14. LOCAL / DATA / EQUIPE

Data: 02/09/2011.

Gestor:
______________________________________
Danilo Ferreira Cascelli
MASP – 1.253.743-7

Equipe Técnica/Jurídica Interdisciplinar:

_______________________________________
Egídio Freitas Morais Junior
MASP – 1.251.992-2

_______________________________________
Lidiane Ferraz Vicente
MASP – 1.097.369-1

Diretor Jurídico:

______________________________________
Wander José Torres de Azevedo
MASP

Diretor Técnico:
_______________________________________
Gláucio Cristiano C. Barros Nogueira
MASP – 1.197.093-6

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ANEXO I - CONDICIONANTES

PARECER ÚNICO SUPRAM-ZM Nº 0921849/2011


Indexado ao(s) Processo(s) Nº: 01898/2007/002/2010

Tipo de processo:

Licenciamento Ambiental ( X ) Auto de Infração ( ) Revalidação de Licença ( )

Empreendimento (Razão Social) /Empreendedor (nome completo): CNPJ / CPF:


Bela Ischia Alimentos Ltda 01.130.631/0001-98
Empreendimento (Nome Fantasia):
Bela Ischia
Município: Astolfo Dutra-MG
Atividade predominante: Fabricação de Polpa
Código da DN e Parâmetro
D-01-14-7 – Fabricação de Produtos Alimentares Não Especificados (Polpa de Frutas)
D-02-05-4 – Fabricação de Sucos

Porte do Empreendimento Potencial Poluidor

Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( ) Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( )

Classe do Empreendimento
Classe –3

Fase do Empreendimento
Licença de Operação Corretiva – (LOC)

Localizado em UC (Unidades de Conservação)?


( X ) Não (___) Sim

Itens Descrição das Condicionantes Prazo


Apresentar Proposta de Compensação por Ocupação Antrópica
Consolidada em Área de Preservação Permanente (APP),
01 60 dias*
prevista na Lei Estadual 14.309/02, protocolizada junto a Câmara
de Proteção a Biodiversidade e Áreas Protegidas (CPB – IEF).
Comprovação destino final dos resíduos sólidos não orgânicos,
seguindo o relatório de resíduos sólidos (Anexo 2). Com nome,
Durante a
endereço, de todas as empresas receptadoras dos materiais
02 vigência da
recicláveis gerados no empreendimento, bem como a
Licença
comprovação da regularização ambiental dessas empresas

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Alterações significativas no número de funcionários, e/ou


ampliação ou modificação do empreendimento deverá ser Durante a
03 comunicado, antes de sua execução, à SUPRAM-ZM, para os vigência da
devidos ajustes e regularização ambiental. Licença
Implantar o projeto da Estação de Tratamento de Esgoto
industrial e sanitário, que atendam aos parâmetros da legislação.
04 180 dias
Conforme descrito no PCA.
Efetuar o monitoramento do sistema de tratamento de efluentes
líquidos do empreendimento, em dois pontos, na entrada e saída
Durante a
da ETE, de acordo como os parâmetros e prazos estabelecidos
05 vigência da
no ANEXO II, mantendo as planilhas de resultados arquivados na
Licença
empresa para posteriores fiscalizações.
Renovação do Certificado de Registro junto ao IEF como
06 consumidor de produtos e subprodutos da flora, lenha, cavacos e Anual
resíduos
Construção de local para separação e armazenamento de
resíduos sólidos provenientes do processo produtivo como: papel,
07
papelão, plástico, embalagens etc... Devendo ser coberto com 120 dias
piso impermeável, com identificação.
Proceder à renovação da regularização dos usos de recursos Durante a
08 hídricos, antes de seu vencimento, nos termos da Portaria IGAM vigência da
n° 15/2007. Licença
Apresentação de projeto de disposição final do lodo gerado na
09 60 dias
estação de efluentes do empreendimento
Atendimentos aos parâmetros de lançamento de efluentes Execução
10
definidos na resolução COPAM / CERH nº 01/08. continua
(*) Contados a partir da data da Autorização por Permanência em APP.

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ANEXO II - PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO

1. RESÍDUOS SÓLIDOS
Relatórios: Enviar anualmente a SUPRAM – ZM planilhas mensais de controle da
geração e disposição dos resíduos sólidos, contendo no mínimo os dados do modelo a
seguir, bem como o nome, registro profissional e assinatura do responsável técnico.
Obs.: Deverão ser monitorados no Programa de Acompanhamento de Geração e
Disposição de Resíduos Sólidos todos os resíduos sólidos contemplados neste Parecer
Único, bem como aqueles que por ventura venham a ocorrer.
Modelo de planilha:

Resíduo Sólido Industrial

Empresa
Transportador
Quantidade Recebedora
Disposição (nome,
Denominação Origem Gerada (nome, Observação
(*) endereço,
(kg/mês) endereço,
telefone)
telefone)

(*) 1 – Reutilização;
2 – Reciclagem;
3 – Aterro Sanitário;
4 – Aterro Industrial;
5 – Incineração;
6 – Co-processamento;
7 – Aplicação no solo;
8 – Estocagens Temporárias (informar quantidade estocada);
9 – Outras (especificar).

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá


comunicar previamente a SUPRAM-ZM, para verificação da necessidade de licenciamento
específico.
As notas fiscais de vendas e/ou movimentação de resíduos deverão ser mantidas
disponíveis pelo empreendedor para fins de fiscalização.
As doações de resíduos deverão possuir anuência prévia do órgão ambiental.

2. RESÍDUOS LÍQUIDOS
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Deverão ser efetuadas amostragens e análises dos efluentes de acordo com o quadro
abaixo:

Local de Freqüência
Ponto Parâmetros
Amostragem das Análises

Vazão (m³/dia), DBO,


DQO, pH, sólidos em Mensal nos
suspensão, sólidos seis primeiros
Efluente Bruto dissolvidos, oxigênio meses e anual
1
(entrada da ETE) dissolvido, óleos e graxas posteriormente
e detergentes

Vazão (m³/dia), DBO,


DQO, pH, sólidos em Mensal nos
suspensão, sólidos seis primeiros
Efluente Tratado dissolvidos, oxigênio meses e anual
2
(saída de ETE) dissolvido, óleos e graxas posteriormente
e detergentes

Montante e a
Jusante do ponto
DBO, DQO, oxigênio
3 de lançamento Semestral
dissolvido
do Corpo D’água
receptor.

Relatórios: Enviar anualmente a SUPRAM – Zona da Mata os resultados das análises


efetuadas no sistema de tratamento de esgoto sanitário.

3. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Local de amostragem Parâmetro Freqüência

Semestral, sendo a primeira


Chaminé Material particulado 30 (trinta) dias após a
concessão da licença

Relatório: Manter arquivado no empreendimento e enviar anualmente a SUPRAM-ZM, os


resultados das análises efetuadas, acompanhados dos certificados de calibração dos
equipamentos de amostragem. O relatório deverá conter a identificação, registro
profissional e a assinatura do responsável técnico pelas amostragens.

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Folha: 19/19

Para os parâmetros previstos na DN11/86, os resultados apresentados nos laudos


analíticos deverão ser expressos nas mesmas unidades dos padrões de emissão.

IMPORTANTE: OS PARÂMETROS E FREQUÊNCIAS ESPECIFICADAS PARA O PROGRAMA DE


AUTOMONITORIZAÇÃO PODERÃO SOFRER ALTERAÇÕES A CRITÉRIO DA ÁREA TÉCNICA DA
SUPRAM – ZM, FACE AO DESEMPENHO APRESENTADO PELOS SISTEMAS DE TRATAMENTO.

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