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FERRARIA
DE SÃO JOÃO
Imagem 1: Caminho na encosta a Poente da Aldeia
Plano Mestre
Objetivos
desafios e soluções ou pontos de alavancagem,
assim como definir a dimensão temporal do
projeto.
do Design
As visões identificados aquando da primeira
visita foram:
A população local:
1. Conclusão dos trabalhos na ZPA, conforme
A Terracrua Design tem como objetivos principais
estabelecido aquando da sua criação em
para o projeto:
2017
1. Mitigar os riscos e reduzir os danos
2. Desenvolver estratégias para a futura gestão,
causados por incêndios
limpeza e manutenção da ZPA
2. Recuperar a reabilitar os ecossistemas da
3. Mitigar os riscos causados pelos incêndios
Aldeia
4. Honrar o trabalho dos antepassados, a sua
3. Encontrar potenciais riqueza na cadeia de
história, cultura e costumes
valor dentro da Aldeia.
5. Proteger os seus valores, famílias e bens
6. Proteger as zonas produtivas (hortas,
pomares, renovo) da fauna (veados e javalis)
7. Transparência por parte da CMP e da
A primeira visita da Terracrua Design ao local 12. Encontrar forma de financiar postos de
teve como objetivo principal identificar as partes trabalho.
interessadas, os indíviduos, e as suas visões a 13. Recuperação de três moinhos da azenha
curto e longo prazo.
Imagem 6: Caminho a Oeste da Aldeia. Aos Eucaliptos juntam-se Acácias, Azevinhos e vários Carvalhos 5
A CMP: e. Restaurar antigos bebedouros
Objetivos Imagem 8: Ribeira de Ferrarias e as lajes que permitem a passagem de uma margem para a outra.
Terracrua
Na sequência do primeiro encontro e da
elencagem dos objectivos da AMFSJ, da CMP e
da população em geral, definimos os seguintes
objectivos complementares para o Plano Mestre:
1. Desenvolver um plano de emergência em
caso de incêndio e respectivos simulacros
associados a evento de cariz sócio-cultural
2. Integrar as vontades da população no Plano
Mestre
c. Restaurar antigos caminhos
d. Restaurar a fonte velha
Serra da Lousã
Toda a Serra é constituída maioritáriamente
por xistos com alguns afloramentos graníticos e
cristas quartzíticas que se destacam na paisagem
de Ferraria de S. João.
Hipsometria
500
1000
1500
2000
Mapa 3:As linhas de água da Região
Hipsometria
<= 100
100 - 200
200 - 300
300 - 400
400 - 500
500 - 600
600 - 700
700 - 800
800 - 900
900 - 1000
1000 - 1100
1100 - 1200
1200 - 1300
> 1300
Linhas de Água
1ª ordem
2 ª ordem
3ª ordem
4ª ordem
Populações
Mapa 4: Acessos na região
Acessos e Limites
Administrativos
Hipsometria Acessos
<= 100 Autoestrada
700 - 800
800 - 900
900 - 1000
1000 - 1100
1100 - 1200
1200 - 1300
> 1300
Linhas de Água
1ª ordem
2 ª ordem
3ª ordem
4ª ordem
Mapa 5: Concelhos Mapa 6: Freguesias
Mapa 7: Topografia da Aldeia e a sua Bacia Hidrográfica de Ferraria
Topografia
11
Imagem 10: Crista quartzitica a Nascente. Imagem 12: Vista sobre o vale a partir da ZPA.
Imagem 13: Vista sobre a Aldeia, o Sobreiral Antigo e eucaliptos nas cotas superiores
12
Imagem 15: Vista área da Aldeia. Fotografia aérea por Geosense.
13
Mapa 8: Declives
Declives
Edi�cado
Declive
Band 1 (Gray)
<= 5º
5 - 10º
10 - 15º
15 - 20º
20 - 25º
25 - 30º
30 - 35º
35 - 40º
40 - 45º
45 - 50º
50 - 55º
> 55º
14
Mapa 9: Altimetria da Aldeia
Altimetria
Linhas de Nível (1m_Geosense)
10m
1m
Estruturas Permanentes
Edi�cado
Super�cies Impermeabilizadas
Acessos
Terra Batida
Estrada
Serviço
Manilha
manilha
Caminho
15
Mapa 10: Temperaturas e Precipitação em Ferraria de São João. Fonte: SNIRH
Especulação de um futuro
Diagnóstico clima
Num cenário de alterações climáticas elevadas,
com pouca redução de emissões de gases de
efeito de estufa (RCP 8.5), o clima da Ferraria
Clima de São João passará a estar na classe de Csa, ou
seja clima temperado com verão seco e quente, a
O clima actual da aldeia da Ferraria de São João é
partir do período 2040-2070. Tº Mínima Tº Máxima
classificado, segundo a classificação de Köppen-
Actualmente, a precipitação anual acumulada é
Band 1: tmin Band 1: tmax
Geiger, como um clima Csb, temperado com
verão seco e temperado, o que significa que é mais de cerca de 1600 mm, o que é significativamente <= 2ºC <= 15Cº
fresco no verão do que a região imediatamente superior às regiões com menores altitudes no seu 2 - 4ºC 15 - 17Cº
a sul que é classificada com o clima Csa, ou seja entorno. 4 - 6ºC 17 - 20Cº
clima temperado com verão seco e quente. No cenário RCP 8,5 a precipitação anual 6 - 9ºC 20 - 22Cº
Os dados do SNIRH indicam que desde 2002 a acumulada irá reduzir para cerca de 1350mm, 9 - 11ºC 22 - 24Cº
precipitação horária máxima para a região não aumentando a precipitação no inverno, sendo
ultrapassa os 10mm/h tendos estes picos lugar mais concentrada em chuvadas fortes e reduzindo > 11ºC > 24Cº
Altimetria
Linhas de Nível (1m)
10m
1m
Linhas Mestras (10m)
Estruturas Permanentes
Edi�cado
Superfícies Impermeabilizadas
Super�cies Impermeabilizadas
Água IE Polígonos
Fonte Velha
Manilha
Moinhos
Piscina
Poço
Tanque
Vegetação Existente
Árvores e Arbustos
Eucaliptais Circundantes
Acessos
Terra Batida
Estrada
Serviço
Passadiço
Manilha
manilha
Caminho
tertiary
Águas Lineares
Infra-estruturas
Pluviais
Ribeira de Ferraria
Ribeira das Ferrarias
Saneamento
Regateira
Linha de Água Empedrada
17
Mapa 12: Vegetação Existente em Torno da Aldeia
18
Mapa 2: Localização de Ferraria de São João
20 21
19
Mapa 13: Tipos de Acessos à Volta da Aldeia
20
Para a função de produção de energia não existem como o azevinho, o medronheiro, a giesta, o
equipamentos nem infraestruturas de suporte, o pirliteiro, a urze, entre outras espécies aromáticas
que também é recomendado. Para a função de e melíferas típicas da flora mediterrânica.
disponibilização de água com pressão não existe Ao abrigo destas manchas florestais é possível
tanque em altura com pressão suficiente para encontrar ainda em estado selvagem mamíferos
o abastecimento das populações nem para o de maior porte como gamos, corços, veados e
combate a incêndios. javalis, e outros de menor porte como raposas,
ginetas, doninhas, lontras e lebres. Em locais mais
húmidos e sombrios, sob a vegetação, podem
22 Flora e Fauna ser encontrados anfíbios emblemáticos como a
salamandra lusitânica e o tritão.
A Aldeia de Ferraria de S.João, circundada por
uma Crista Quartezítica, encontra-se no extremo Sobre a copa das arvóres, os de olhar mais atento
Sul da Serra da Lousã, que juntamente com a conseguirão avistar pequenas aves como o merlo
Serra do Açor e a Serra da Estrela formam uma d-água e o dom fafe, assim como aves de rapina
das maiores cadeias montanhosas de Portugal - a entre as quais o açor, a águia de asa redonda,
Cordilheira Central. gavião, mochos, corujas e peneireiros.
Embora a intervenção humana (pastoreio,
prácticas de gestão florestal, incêndios) tenham
alterado consideravelmente estas paisagens Solo e a Sua Exploração
23 ao longo dos anos, ainda podemos encontrar A zona envolvente à aldeia da Ferraria de São
remanescentes da diversidade e riqueza ecológica João, de orografia e declives pronunciados, é
característica desta região. muito vulnerável à erosão e como tal, tem solos
O coberto vegetal tipicamente mediterrânico esqueléticos, que no topo da montanha são de
24 é composto por manchas florestais e matos facto inexistentes, consistindo apenas na rocha-
dominados por espécies arbóreas autóctones mãe, aumentando progressivamente a sua
entre as quais se destacam o Castanheiro e espécies profundidade à medida que se aproximam do
do género Quercus como o Carvalho Alvarinho, vale onde se situa a aldeia.
Carvalho Cerquinho e o Carvalho Negral. Nas A localização histórica da Ferraria de São João
encostas mais secas e pedregosas encontramos o dever-se-á precisamente à existência deste
Sobreiro e a Azinheira. Constituindo a camada vale com solos aráveis, onde a presença de
arbutiva e sub-arbustiva encontramos espécies afloramentos rochosos e um número elevado
Altimetria de pedras nos horizontes superficiais do solo,
obrigou no passado a grandes limpezas de
10m 22: O acoreamento da Ribeira
começa nas infra-estruturas de pedra para permitir a actividade agrícola. Estes
Infra-Estruturas 25 escoamento de águas pluviais. amontoados de pedra, por vezes dispostos em
Os inertes utilizados para as muros, são ainda hoje visíveis e o solo profundo,
Super�cies Impermeabilizadas estradas, mais de 30m de cota
acima deste local, acabam na limpo de pedras e nivelado, nos cerca de 18
Edi�cado
Ribeira. hectares que constituem as hortas, pomares e
23: Segmento da Ribeira que pastos (Zonas 1,2 e 3) em torno da aldeia, são
Acessos perdeu o empedrado.
Terra Batida 24: Local onde as águas pluviais assim um património que resulta do trabalho dos
chegam à Linha de Água. antepassados da aldeia associado ao fenómeno
Estrada 25: Bosque a Sudoeste da Aldeia. de erosão que transporta os sedimentos da bacia
26: Ao fundo, por cima do
Serviço
sobreiral ancestral pode-se ver hidrográfica para se depositarem em aluvião em
Passadiço os restos das plantações de torno da ribeira, aquando de cheias e transbordo
eucaliptos. do curso de água. Actualmente, estes sedimentos
Caminho
26 que são transportados pela água acumulam-
Estrada Municipal
21
Mapa 15: Tipos de Solos na Aldeia Mapa 16: pH dos Solos Mapa 17: Raio de 100m em torno do Edificado. Comparação com as áreas ardidas em 2017 e a Vegetação Existente.
se no curso da ribeira, assoreando a mesma, Zonas 4) são solos esqueléticos que constituem
num processo que naturalmente conduzirá ao um limite à produção florestal e à escolha das
transbordo, deposição de sedimentos e nutrientes espécies florestais, que devem ser cada vez mais
nas margens mas com problemas associados rústicas com o aumento do declive, da altitude e
de destruição de culturas, caminhos e erosão da diminuição da profundidade do solo.
não planeada noutros locais, com destruição de Sector Fogo
solos de qualidade. À manutenção dos solos da
Limite 100m Aldeia
aldeia interessa assim regular o curso da ribeira, Risco de Incêndio
prevenir a erosão a montante e eventualmente Área ardida em 2017
potenciar a sua sinuosidade a jusante dos Estando a aldeia circundada de um perímetro pH
terrenos cultivados para diminuir a velocidade florestal utilizado quase exclusivamente para
plantações em monocultura de eucalipto, de [4,5 to 6,0[
da água e transbordar de forma cuidada e
planeada com o objectivo de manter o aporte de larga escala e com reduzidas ou inexistentes [5,0 to 5,5[
sedimentos ao vale fértil. Os solos nestas zonas de descontinuidades, o risco de a aldeia e sua [5,5 to 6,0[
hortas e pastos são profundos, franco-argilosos envolvente ser atingida por incêndios de
com elevados teores em matéria orgânica, e elevadas dimensões é bastante alto, ocorrendo Tipos de Solos
boa produtividade, resultado da prática da os incêndios de forma frequente, com elevado Cambissolos Endolépticos Esqueléticos (Dístricos) com Umbrossolos Húmicos Esqueléticos
Cambissolos Endolepticos Esqueleticos (Districos) com Umbrissolos Humicos Esqueleticos
agricultura tradicional com adição de estrumes, risco tanto para a população como para os seus Solos Argiluviados Pouco Insaturados - Solos Mediterrâneos
Solos Argiluviados Pouco insaturados - Solos Mediterraneos
pastos permanentes e declives pouco acentuados. bens. Independentemente da causa das ignições, Solos de Baixas - Coluviossolos
As margens contíguas do vale (apelidadas de a falta de descontinuidade nas plantações de
22
Mapa 19: Raio de 100m do Edificado. Comparação com área ardida em 2017.
Mestre
trabalho, investimentos e re-população da
aldeia.
j. Reservatórios e sistemas de aspersão por
gravidade para a prevenção dos estragos
causados por incêndios e respectivas infra-
estruturas
O Plano Mestre procura estabelecer linhas guia
para a futura gestão dos espaços e iniciativas
comuns na aldeia de Ferraria de São João.
Para este projeto específico optámos por constituir
o plano mestre com quatro componentes
principais:
Água e
Água e Regeneração
a. Mitigação dos efeitos da pluviosidade na
erosão dos solos e correções do escorrimento
Regeneração
superficial em complementariedade com o A água é um elemento fulcral em qualquer
planeamento e alterações a acessos e caminhos
iniciativa de regeneração. Seja esta a precipitação
b. Rehidratação passiva da paisagem através da natural, a condensação nas superfícies ou
desacelaração e distribuição do escorrimento proveniente de infra-estruturas próprias para
superficial o regadio. As estratégias devem ser ponderadas
c. Reservatórios para regadio das zonas a consoante as circunstâncias presentes, as
regenerar quando necessário e respetivas infra- necessidades identificadas e a utilização final.
estruturas
d. Água para consumo humano e abeberamento
dos animais Desacelerar
Embora fulcral, a água pode ter efeitos nefastos
quando não são consideradas as condições
Matriz de Zoneamento presentes. O escorrimento superfícial durante o
e. Definição de zonas reservadas a funções período das chuvas pode causar a deterioração
ecológicas: ZPA e Galeria Ripícola. de acessos, edifícios, solos e por consequência
f. Localização dos edificios e estruturas as plantas. O primeiro princípio de trabalhar
necessárias ao desenvolvimento das com o escorrimento superfícial é usá-lo para
actividades nosso proveito e desacelerar a velocidade do
g. Definição de zonas para as diversas actividades escorrimento. Ao fazê-lo podemos reduzir
a desenvolver despesas de manutenção e utilizá-la para outros
fins.
25
Mapa 20: Matriz de Zoneamento para a
Aldeia
Distribuir
Uma vez que se reduza a velocidade do
escorrimento, este pode ser distribuído de acordo
com as necessidades. Para tal podemos usar
estradas construídas para o efeito, ou alterar as Altimetria
estradas já existentes. Construir valas de nível 10m
em localizações estratégicas com transbordos Zoneamento
cuidadosamente calculados para irrigar zonas
Zona 0 - Núcleo
produtivas ou as regenerar.
Zona 1 - Jardins Privados
Zona 2 - Pomares Coletivos
Saturar Zona 3 - Produção Agrícola
As superfícies e solos expostos sofrem mais com Zona 4 - Produção Florestal
erosão. Os seus níveis de saturação são muito Zona 5 - Reservas de Biodiversidade
reduzidos e assim que atingidos a água não Zone 6 - Eucaliptal Envolvente
é absorvida pelos solos e escorre à superfície
atingindo velocidades que movem as partículas Pastagens
de humus e argilas, podendo em casos extremos Galeria Ripícola
movimentar partículas de grandes dimensões. Edi�cado
Para contrariar estes efeitos, os solos devem ser Edi�cado
generosamente cobertos com matéria orgânica
Super�cies Impermeabilizadas
capaz de absorver uma grande quantidade de
água. Por sua vez, quando há humidade presente Acessos e Caminhos
na matéria orgânica, a sua decomposição é Terra Batida
acelerada enriquecendo os solos com nutrientes
Estrada
que ficam assim disponíveis para as plantas.
Serviço
Passadiço
Recarregar os Aquíferos Caminho
26
Ilustração 2: Corte Esquemático da Aldeia
que absorve a água das chuvas e liberta-a no seu permitindo também que o pomar tenha o
Topografia
Matriz de As zonas mais declivosas acima dos 15º devem
ponto de saturação reduzindo os efeitos de erosão
e enxurradas, que podem ter efeitos graves em
máximo de exposição solar. Em conclusão, uma
zona produtiva florestal pode servir de quebra-
Floresta
Bosque
Matagal com
Arbustos
Ervas e
Pequenos
Liquens e
Rocha Arbustos
Musgos
Nua
Tempo
Distúrbio
Zoneamento
Zona 5 - Reservas de Biodiversidade
Galeria Ripícola
Zona 6
Acessos e Caminhos
Terra Batida
limpeza, trituração
Estrada dos combustíveis e introdução
de mais espécies de suporte para curto e longo
Serviço
prazo.
Passadiço
Caminho
Galeria Ripícola
Estruturas Permanentes
O re-estabelecimento
Edi�cado da vegetação ripícola é
também Super�cies Impermeabilizadas
uma estratégia que acrescenta valor
ao Master Plan, e à capacidade que a Matriz de
Rasters tem para proteger a Aldeia dos
Zoneamento
incêndios.
hipsometria (região)
Foram identificadas zonas da ribeira que podem
Band 1 (Gray)
ser reconstruídas (a vermelho no Mapa 22), e
vários padrões de plantação possíveis para a
regeneração da Galeria Ripícola (ver Ilustração
6). Parte dos trabalhos na Galeria é a construção
30
Ilustração 6: Exemplos de esquemas de plantação da Galeria Ripícola e respetivos cortes
31
Ilustração 7: Corte esquemático do vale
Regateira
A quantidade de água que passa na regateira
é considerável podendo chegar a 1 milhão de
metros cúbicos por ano. Idealmente, podem ser
construídos pegos e transbordos para que se
possa trazer esta água em contorno para partes
do Sobreiral Ancestral com vista a re-hidratar de
forma passiva esta parte da aldeia.
32
Mapa 24: Zonas de Pastoreio Mapa 25: Vedações Propostas
Altimetria
5m
Altimetria
1m
5m
Zoneamento
1m
Zona 2 - Pomares Coletivos
Zona 3 - Produção Agrícola
Zoneamento
Pastagens
Zona 2 - Pomares Coletivos
Galeria Ripícola
Zona 3 - Produção Agrícola
Edi�cado
Pastagens
Super�cies Impermeabilizadas
Galeria Ripícola
Água IE Polígonos
Edi�cado
Fonte Velha
Super�cies Impermeabilizadas
Manilha
Piscina
Água IE Polígonos
Poço
Fonte Velha
Tanque
Manilha
Águas Lineares
Piscina
Infra-estruturas
Poço
Pluviais
Ribeira das Ferrarias
Tanque
Linha de Água Empedrada
Águas Lineares
Muros e Vedações_Design
Infra-estruturas
Vedação
Pluviais
Ribeira das Ferrarias
Linha de Água Empedrada
Zonas Produtivas Pastoreio
Muros e Vedações_Design
As zonas mais baixas da ZPA, à semelhança Sendo os rebanhos de cabras, o seu pastoreio e
Vedação
do que já tinha sido feito aquando do seu a transformação do queijo uma das principais
estabelecimento, devem ser populadas com atividades económicas da Aldeia, sugerimos
espécies produtivas diversas. que estas sejam usadas como solução para a
Ambas as ZPA’s podem ser vedadas para proteger manutenção dos caminhos de acesso à ZPA com
os estágios iniciais da sucessão Natural. recurso a vedação móvel. O seu pastoreio deve
ser cuidadosamente observado para evitar o
As hortas a poente devem ser vedadas para sobre-pastoreio. O sub-bosque no raio de 100m
proteger as culturas do corço, veado e javali. em torno das habitações também pode ser alvo
Preferencialmente cultivadas em conjunto. de limpeza por parte das cabras.
33
A pilha estará pronta quando deixar de atingir Com este sistema a funcionar, os habitantes
Compostagem de os 60ºC. Esperar uma semana até arrefecer podem focar-se noutras operações de primeira
Combustíveis e espalhar o composto resultante à volta das resposta ao risco de incêndio.
Altimetria
árvores por baixo da copa a pelo menos um Estas respostas devem ser elaboradas com a
Como método de enriquecimento dos solos metro de distância do tronco. Tapar com restos comunidade e a proteção civil. Uma vez definidas
10m
Altimetria
nas também de redução do risco de incêndio da trituração dos combustíveis não compostados, entre as partes devem ser simuladas com 10m
5m
deve-se progressivamente deixar de fazer para que o composto não esteja exposto à radiação regularidade, de preferência antes da época de 5m
1m
queimadas e utilizar outros métodos de gestão solar, esterelizando-o. maior risco de incêndio. 1m
Depósitos para o sistema de aspersores
dos combustíveis que traga mais valias à Aldeia
e seus habitantes. Um evento anual de cariz sócio-cultural pode Depósitos para o sistema de aspersores
Secções Distribuição para os Aspersores
Dentro da ZPA, os restos das podas de limpeza Reservas Hídricas para servir de simulacro para testar ideias, avaliá-
las e perceber o que pode ser melhorado. Pode Alimentação dos Depósitos
Secções Distribuição para os Aspersores
devem ser triturados. Uma parte destes resíduos o Mitigação dos Riscos também contribuir para fortalecer o tecido social Alimentação dos Depósitos
Ligação Depósitos à Central
podem ser compostados. da Aldeia, assim como construir relações de
Criar pilhas cilíndricas com um mínimo de
e Danos Associados aos confiança e proximidade com a proteção civil,
Ligação Depósitos à Central
Seção Nascente
Incêndios
Seção Nascente
Seção Norte
3m³. Construir em camadas de (1) combustíveis organizações não governamentais e Câmara
triturados, (2) verdes cortados de fresco e (3) Municipal. Seção Norte
Seção Poente
10cm³ de estrume de galinha e 20 cm³ de estrume Para o combate e/ou mitigação dos estragos Seção Poente
Seção Sul
de cabra. Regar e repetir as camadas até a pilha causados pelos incêndios insistimos que deve ser Seção Sul
Secção Sudoeste
atingir aproximadamente 3m³. instalado um sistema de aspersores por gravidade. Transição do Eucaliptal Secção Sudoeste
Esta pilha chegará rapidamente aos 65ºC. Para isto é essencial a instalação de reservatórios
de água a cotas elevadas para pressão (ver Mapa Para a Expansão da ZPA será necessário Arpersores 20m de Diametro
Quando atinge esta temperatura a pilha deve ser
26) desenvolver estratégias para incentivar a sucessão
virada, tomando atenção para que o exterior da Central de Distribuição
Arpersores 20m de Diametro
natural (ver Ilustração 7).
pilha seja o novo núcleo para que à vez possam Reservatórios que no conjunto tenham um Central de Distribuição
Setor Nascente
atingir temperaturas na ordem dos 60ºC criando mínimo de 350m³, situados cerca de 60 ou 70 O Eucalipto tem uma grande capacidade de
Setor Nascente
Setor Norte
condições ideais para que as bactérias termófilas metros acima da aldeia de forma a tirar partido rebrotar após descoroamento (retirar a copa
totalmente). Ao invés do corte total dos eucalipos Setor Norte
Setor Poente
possam quebrar as moléculas de lenina, gordura, da topografia acentuada da aldeia para pressão
sementes, doenças ou toxinas. nos aspersores. e o arranque das cepas, deve seleccionar-se Setor Poente
Setor Sudoeste
alguns eucaliptos para venda ou trituração, sem Setor Sudoeste
A pilha deve ser virada cada vez que atinge os Os reservatórios podem ser enchidos a partir da
Setor Sul
compremeter a copa e a proteção da radiação
65ºC. Dependendo do clima, pode acontecer estação elevatória que abastece a aldeia a cerca de Setor Sul
Edi�cado
solar excessiva.
uma vez por semana. Idealmente deve utilizar-se 160m dos reservatórios. Edi�cado
um termómetro de pasteleiro que possa penetrar O descoroamento dos indivíduos seleccionados
a pilha e medir a temperatura no interior. Uma central de distribuição será instalada deve ser feito antes das plantações de modo a dar
junto ao caminho para o S. João do Deserto. tempo para triturar ou compostar os resíduos.
Cada vez que a pilha é virada devem ser corrigidos Nesta central ativa-se o sistema de proteção de O corte destes abre nichos para a plantação de
os níveis de humidade. Pegue em cerca de 5cm³ incêndios e distribui-se a pressão por seis setores novas espécies.
e esprema entre as mãos. Idealmente, deve haver com aproximadamente 10 aspersores cada um.
apenas humidade para humedeçer ligeiramente a Se este descoroamente for feito no Outono/
palma da mão. Se pingar, a pilha tem água a mais O sistema teria capacidade para funcionar sem Inverno permite que a radiação solar chegue
e deve ser virada mais uma vez. recurso a energia elétrica e sem parar durante aos indivíduos recentemente plantados. Na
aproximadamente 3 horas. primavera quando os eucaliptos rebrotam,
Se a pilha não aquecer, deve virar-se acrescentando
permitir o ensombramento parcial dos novos
mais estrume de galinha.
indivíduos.
Se a pilha aquecer demais ou muito rápido ou Aspersores Radiais Repetir estas operações de desbaste e substituição
cheirar mal, deve ser virada e misturada com
Num total de 54 aspersores colocados de progressiva do eucaliptal todos os anos até que o
mais restos de podas triturados.
forma estratégica para conseguir cobrir toda a eucalipto já não seja a espécie predominante (este
aldeia, cada aspersor tem um alcance de 10m processo pode demorar 7 a 10 anos)
aproximadamente.
34
Mapa 26: Sistema de Aspersão para Defesa Contra Incêndios
35
aumentam o risco de incêndio e alternativas
Recuperar e Reabilitar os
Resumo das 11. Substituir progressivamente as queimadas
como método de gestão de combustíveis Ecossistemas
Medidas pela compostagem destes sobrantes.
12. Programar conjuntamente as atividades de
23. Recuperar a galeria ripícola
7. Recuperar a reabilitar os ecossistemas da 21. Criação de plano partilhado e desenvolver 40. Madeiras Nobres
Aldeia simulacro anual com a Proteção Civil onde
se testa a velocidade de resposta de ambas
8. Encontrar potencial riqueza na cadeia de
as partes e deteta possíveis cenários úteis
valor dentro da Aldeia.
para planear a resposta a uma situação de
9. Estabelecer um zoneamento estrutural e incêndio florestal.
funcional do uso de solo e sistemas vivos de
22. Reforçar vigilância nos períodos de alto
forma a usar o mínimo de energia na sua Ilustração 7: Esquema para a transição do Eucaliptal
risco
manutenção e para proteger a aldeia e o seu (A) corte total do eucalipto, para exportação, trituração ou
compostagem.
património. (B) descoroamento parcial para trituração e compostagem.
(C) desbaste das camadas arbustivas
10. Sensibilizar os moradores, visitantes (D) permitir a existência da camada arbustiva nos limites do sistema
e trabalhadores para as práticas que
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