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Mini ventilador transporte Takaoka

O MINI VENTILADOR 600 é um ventilador pneumático, pressométrico e projetado especificamente para o


uso com aparelhos de anestesia em ventilação controlada. É um aparelho compacto, leve e de fácil
manuseio. Outras características importantes são descritas abaixo:

Modalidade de ventilação CMV (ventilação mandatória controlada).

Controle de pressão mínima inspiratória de 11±10% cmH²O e pressão máxima inspiratória de 70 a 80


cmH2O, sendo o controle de freqüência realizado por um fluxômetro externo regulável (entre 0 e 15
l/min).

Fase inspiratória e expiratória de igual duração, resultando numa relação I:E unitária (fixa em 1:1).

Pressão positiva na fase inspiratória e pressão negativa no fim da expiração, eliminando a possibilidade
de PEEP indesejável.

Válvula de segurança contra aumento excessivo de pressão inspiratória com abertura entre 70 a 90
mmHg em 2 litros e 70 a 100mmHg em 10 litros.

Sistema antipoluição acoplado.

Princípio de funcionamento

O MINI VENTILADOR 600 é acionado automaticamente pelo próprio fluxo de oxigênio a ser fornecido ao
paciente. Uma visualização do funcionamento interno do MINI VENTILADOR 600 nas fases inspiratória e
expiratória pode ser feita com o auxílio das imagens.
Princípio de Funcionamento – Inspiração

Princípio de Funcionamento – Expiração

Uma válvula magnética impelida pela própria pressão interna do gás pode assumir duas posições
distintas, permitindo que o fluxo de entrada se encaminhe para os pulmões (inspiração) ou para o exterior
(expiração). Desta forma, as ciclagens entre as fases inspiratória e expiratória sucedem -se
continuamente.
O botão de controle da pressão máxima inspiratória regula a pressão da mola superior, a qual determina
uma força sobre o diafragma com a tendência de fazê-lo se descolar para baixo. Esta força da mola é
contraposta pela força exercida pela pressão do gás na parte inferior do diafragma. O diafragma possui
duas posições possíveis, determinadas por dois ímãs em forma de anel.

Inspiração

O diafragma encontra-se inicialmente na posição inferior. O fluxo de gases passa por um sistema injetor –
Venturi, atravessando então um orifício superior e sendo enviado ao paciente. Há um aumento de
pressão enquanto o oxigênio adentra o MINI VENTILADOR 600.
Quando a pressão máxima inspiratória for atingida, o diafragma e a válvula inferior se deslocam para
cima, fixando-se no ímã superior para dar início à expiração.

Expiração

O diafragma encontra-se inicialmente na posi ção superior. O fluxo de gases passa por um sistema injetor
– Venturi, sendo desviado para o meio ambiente através de um orifício inferior. Forma-se então uma
aspiração que ajuda a promover a expiração.
Ao final da expiração é gerada uma pressão negativa dentro do MINI VENTILADOR, a qual permite que a
mola empurre o diafragma para baixo, dando início então a uma nova inspiração. Durante a fase
expiratória, o fluxo expirado pelo paciente dirigisse ao exterior juntamente com o fluxo de entrada do MINI
VENTILADOR.

Descrição dos componentes

Os itens abaixo se referem aos componentes do MINI VENTILADOR 600

Vista Frontal

1 Controle de Pressão Máxima Inspiratória

Botão que regula a pressão máxima inspiratória. O ajuste deste controle define a pressão em que o MINI
VENTILADOR cicla no final da inspiração.

Observação: A numeração da escala do botão é apenas uma referência arbitrária, não se constituindo
uma escala de pressão.

2 Corpo da Válvula

Corpo de formato rombóide, permitindo uma grande facilidade de manipulação e maior estabilidade em
superfícies planas. É construído em acetal copolímero, garantindo grande resistência contra ataque de
anestésicos, riscos e deformações.

3 Conexão de Saída para o Paciente

Conexão para o tubo corrugado “A” de interligação com a sonda endotraqueal do paciente, para a
realização ventilação.

4 Tampa de Duralumínio

Tampa inferior do MINI VENTILADOR 600.

Atenção: Esta tampa somente deve ser removida por um técnico treinado e devidamente autorizado pela
K. TAKAOKA.

5 Conexão de Saída para o Antipoluição

Conexão para o tubo corrugado “B” de interligação com o ambiente, para a realização da exaustão dos
gases expirados.

Observação: O uso do tubo corrugado B na saída antipoluição é indispensável, pois, funciona como um
reservatório dos gases expirados sem o qual a exaustão influenciaria na expiração do paciente.

6 Pino da Válvula Magnética


Pino da válvula magnética, deslocando -se automaticamente para baixo e para cima nas fases inspiratória
e expiratória, respectivamente. Este pino deve ser deixado livre para se movimentar automaticamente.

7 Conexão do Bico de Saída

Conexão para o tubo flexível de interligação com uma rede de vácuo, para a realização da exaustão dos
gases expirados.

8 Conjunto do Bico de Entrada

Conexão para o tubo flexível de interligação com um fluxômetro externo, para a entrada do fluxo de
oxigênio que alimenta o MINI VENTILADOR.

9 Diafragma Interno

Diafragma interno do sistema de ciclagem do MINI VENTILADOR. Este diafragma encontra-se submetido
a duas forças opostas: a força da mola em sua parte superior, e a força devido à pressão do gás em sua
parte inferior. A diferença entre estas forças durante as fases respiratórias é responsável pela ciclagem do
MINI VENTILADOR.

10 Mecanismo de Regulagem da Pressão Positiva

Mecanismo interno de ajuste da pressão máxima inspiratória.

Válvula de Segurança

Caso a pressão endotraqueal ultrapasse a faixa normalmente utilizada em ventilação mecânica, por
qualquer motivo, esta válvula de segurança irá abrir-se para permitir o escape de gases para o ambiente.
A pressão máxima inspiratória será limitada assim em níveis mais seguros.

Montagem

Conexões e Procedimentos Iniciais

1. Alimentar a conexão de entrada (8) do MINI VENTILADOR 600 com uma fonte de oxigênio. Utilizar
sempre que possível um fluxômetro para medir e controlar o fluxo de entrada.

Atenção: Se for utilizado um cilindro de oxigênio para alimentar o MINI VENTILADOR 600, empregar uma
válvula reguladora de pressão acoplada à saída do cilindro.

2. Posicionar inicialmente o controle de pressão máxima inspiratória (1) no mínimo.


3. O bico lateral pequeno localizado junto à conexão de entrada (8) pode ser utilizado de duas maneiras
diferentes:

a) Se houver um fluxômetro medindo o fluxo de entrada no MINI VENTILADOR, este bico lateral não é
utilizado (pode ser deixado livre).
b) Se não houver um fluxômetro medindo o fluxo de entrada no MINI VENTILADOR, este bico lateral pode
ser acoplado a um manômetro de mercúrio (esfigmomanômetro) para a medição do fluxo de entrada em
função da pressão indicada pelo manômetro.

4. Conectar o tubo corrugado “A” na saída para o paciente do MINI VENTILADOR 600.

5. Conectar o tubo corrugado “B” entre a saída antipoluição do MINI VENTILADOR 600 e o ambiente.

6. Alimentar a conexão de saída (7) do MINI VENTILADOR 600 com uma fonte de vácuo.

Regulagem

Estando o equipamento e o paciente prontos para o início da ventilação, seguir o procedimento de


regulagem descrito abaixo para realizar a ciclagem da pressão.

1. Verificar se o controle de pressão máxima inspiratória (1) está inicialmente no mínimo.


2. Regular um fluxo de entrada adequado para o paciente, através do fluxômetro externo de alimentação.
3. Este fluxo determina a freqüência respiratória obtida na ventilação. Caso não haja um fluxômetro
disponível, o valor deste fluxo pode ser obtido em função da pressão de admissão medida por um
esfigmomanômetro acoplado à tomada de pressão lateral junto à entrada do MINI VENTILADOR.
4. Acoplar a conexão de saída do MINI VENTILADOR 600 ao tubo do paciente, dando início assim à
ventilação.
5. Regular o controle de pressão máxima inspiratória (1), aumentando vagarosamente a pressão até obter
uma ventilação adequada ao paciente.
6. Regular um vácuo adequado para o paciente para realizar a exaustão dos gases expirados.

Determinação dos Parâmetros Ventilatórios

Tabela de Ventilação

A Tabela de Ventilação permite a determinação dos parâmetros relacionados abaixo, em função da idade
do paciente (eixo horizontal inferior) e do tipo de cirurgia.
Fluxo de Admissão

Corresponde ao fluxo de entrada no MINI VENTILADOR 600, que deve ser regulado no fluxômetro
externo de alimentação. Este valor é obtido pela leitura no eixo vertical esquerdo, sendo expresso em
litros/minuto (l/min).

Pressão de Admissão

Caso não haja um fluxômetro disponível, e o oxigênio de alimentação saia diretamente de uma válvula
reguladora de pressão para o MINI VENTILADOR 600, pode então ser utilizada a tomada de pressão
lateral no conjunto de conexão de entrada do MINI VENTILADOR para a medição da chamada “pressão
de admissão”. Através desta tabela de ventilação ou do disco de cálculo, o fluxo de admissão pode ser
determinado diretamente. Este valor é obtido pela leitura no eixo vertical direito, sendo expresso em
mmHg.

Atenção: A pressão de admissão constitui-se apenas numa pressão de referência para a determinação do
fluxo de entrada, não representando a pressão endotraqueal.

Tempo Inspiratório

Corresponde ao tempo inspiratório recomendado por esta tabela para aquele paciente. Este valor é obtido
pela leitura no eixo horizontal superior, sendo expresso em segundos.

Atenção: Este tempo inspiratório é apenas um valor sugerido. Os parâmetros respiratórios mais
adequados ao paciente devem sempre ser avaliados para cada caso em particular.

Disco de Cálculo
O MINI VENTILADOR 600 é acompanhado por um disco de cálculo, para a determinação de uma série de
parâmetros importantes para o anestesista.

Os seguintes dados podem ser conhecidos através do emprego do disco de cálculo:

A - Pressão de admissão, em mmHg (já referida na tabela de ventilação).


B - Fluxo de admissão, em l/min (já referido na tabela de ventilação).
C - Fluxo de admissão, em cc/seg.
D - Ventilação pulmonar (na seta), e Ventilação alveolar (na freqüência).
E - Freqüência respiratória.
F - Tempo inspiratório, em segundos (já referido na tabela de ventilação).
G - Ventilação do espaço morto.

Exemplo: Para explicar a utilização da tabela de ventilação e do disco de cálculo, será utilizado o
exemplo prático de um paciente de 20 anos que vai ser gastrectomizado.

a) A tabela de ventilação indica:

• Fluxo = 12 l/min
• Pressão de admissão = 200 mmHg
• Tempo de inspiração = 3 segundos

b) Apontando a seta vermelha do disco de cálculo para 200 mmHg, teremos:


• em C - Fluxo de Admissão = 200 ml/seg.
• em D - Ventilação Pulmonar = 6 l/min.

c) As leituras seguintes devem ser feitas com base no tempo de inspiração (círculo F), indicado
pela tabela de ventilação como 3 segundos. Portanto, temos os seguintes valores
correspondentes a 3 segundos em F:
• em E - Freqüência = 10 ciclos/min.
• em D - Ventilação Alveolar = 4,5 l/min.
• em G - Ventilação do Espaço Morto = 1,5 l/min.

d) O Volume minuto corresponde à soma da ventilação do espaço morto e da ventilação alveolar,


valendo neste exemplo:
• Volume minuto = 4,5 l/min. + 1,5 l/min. = 6 l/min.

e) Sendo a freqüência de 10 ciclos/minuto, temos mais alguns valores:


• Volume corrente = Volume minuto / Freqüência
O volume corrente vale então 600 ml, sendo 450 ml para os alvéolos e 150 ml no espaço morto.

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