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1º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Sumário Geral
Vice-reitor
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
LarissaCoelho
Matheus Pires
Túlio Duarte
Objetivos da Aprendizagem
As disciplinas aqui tratadas tem como objetivo dar todo o suporte do conhecimento básico
para sua utilização nas matérias técnicas, além do conteúdo básico nos tratamos com
disciplinas de formação complementar que consideramos fundamentais para sua formação
como profissional - independente da área de atuação- sendo eles os conteúdos de
Informática e Comunicação e Relações Humanas que vão contribuir tanto para sua vida
profissional quanto pessoal!
Esperamos que esse conteúdo seja muito útil ao longo do seu aprendizado e
desenvolvimento!
Bons estudos!
Todas as sugestões para melhora desse material são muito bem vindas, para dar
sugestões procure pelo instrutor responsável pela matéria ou deixe sua opinião na
secretaria do CIPMOI.
Estruturação
Este livro faz parte de uma sequencia de quatro apostilas complementares que buscam
dar sequencia as unidades introduzidas ao longo dos quatro bimestres, por cada uma das
matérias lecionadas no curso, tendo cada uma delas temas relevantes para a sua
aprendizagem. Estas unidades são chamadas Unidades Temáticas. Os assuntos ou temas
das unidades podem estar relacionados entre si e cada uma delas tem começo, meio e fim
e ocupa, aproximadamente, de 16 a 20 paginas do livro-texto. Todas as Unidades
Temáticas tem a mesma estrutura editorial interna. Dada a importância dessa forma de
organização da Unidade, você encontra a seguir uma apresentação explicativa dessa
estrutura.
Unidade 4: SMAW 45
4.1 Introdução a eletricidade 47
4.2 Fundamentos 50
4.3 Vantagens 51
4.4 Desvantagens 51
4.5 Equipamentos 52
4.6 Consumíveis 56
4.7 Técnica Operatória 60
4.8 Aplicações Industriais55 63
Fonte: http://www.vancouversun.com/Glenbow+Archive/9816188/story.html
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Objetivos da Aprendizagem
Este capítulo tem como objetivo introduzir conceitos importantes ao bom entendimento da
soldagem, visando proporcionar ao aluno condições fundamentais para o entendimento
dos processos e fenômenos físico-químicos que envolvem a união de metais por
soldagem.
Em busca de informações
Fonte: http://viacarreira.com/curso-de-tecnico-em-soldagem-225647/
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.1 Formação da junta Soldada
Diferente da rebitagem ou da parafusagem, em que o que mantém os metais unidos são
as forças macroscópicas de atrito entre o rebite e os próprios materiais, o que mantém
dois materiais unidos nos processos de soldagem são as forças das ligações químicas
entre os átomos dos metais, a qual chamamos de forças microscópicas. Segundo a
termodinâmica, há uma tendência dos átomos da superfícies de um material se ligar
espontaneamente com átomos da superfície de outros metais, porém, para que tal
fenômeno venha a ocorrer, esses átomos necessitam estar a uma distância muito próxima
entre si, cerca de milhares de vezes menor que a espessura de um fio de cabelo para que
os dois materiais possam se ligar ao serem aproximados. Esse fenômeno é observado ao
pressionar dois blocos de gelo, ao retirar a pressão será notado que os dois blocos se
uniram, em outras palavras, os átomos da superfície de um bloco de gelo se uniram aos
átomos da superfície de outro bloco de gelo, formando uma “junta de solda”. Esse
processo é representado pela figura abaixo:
Fonte: https://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf.
Embora esse fenômeno possa ser notados com dois blocos de gelo, sabemos que ao
aproximar e pressionar com as mão dois metais uma junta de solda não é formada. Isso
ocorre porque não foi possível aproximar o suficiente os átomos das superfícies metálicas,
devido a presença de óxidos nas superfícies e de uma rugosidade elevada.
Rugosidade é uma medida das variações do relevo de uma superfície. Cada processo de
fabricação confere ao metal uma rugosidade superficial, como mostrado na tabela abaixo:
Fonte: https://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Mesmo as superfícies mais bem retificadas e polidas apresentam uma rugosidade que
impossibilitam a aproximação suficiente dos átomos a uma outra superfície. Apenas alguns
poucos pontos de contato entre átomos são formados, o que não garante a resistência da
solda nem a união dos materiais. A figura abaixo ilustra a rugosidade de uma superfície.
Mesmo uma superfície com um acabamento cuidadoso apresenta irregularidades da
ordem de 50 nm (5x10-8 m) de altura, isto é, cerca de 200 camadas atômicas.
Fonte: https://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf.
Outra questão que impede a união de dois metais por contato é a formação de óxidos na
superfície dos mesmos. Grande parte dos metais em contato direto com o oxigênio tendem
sofrer oxidação, formando, portanto camadas de óxidos em suas superfícies, essas
camadas de óxidos são um obstáculo ao contato direto entre átomos de duas superfícies
metálicas.
Para contornar tais obstáculos, duas tecnologias diferentes foram desenvolvidas para
soldar metais, as quais chamaremos de soldagem por fusão e soldagem por compressão.
Soldagem por Pressão (ou por deformação)
Nos processos de soldagem por pressão, dois materiais são pressionados (compressão)
sobre altas pressões, provocando deformação plástica na superfície desses materiais,
diminuindo a rugosidade superficial e proporcionando o contato direto entre átomos
metálicos, possibilitando a formação de uma junta. Em geral, a aplicação de alta pressão é
acompanhada da aplicação de calor na região da junta. A figura abaixo ilustra esse
processo:
Fonte: https://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf.
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São vários os processos de soldagem por pressão, dentre eles destacam-se a soldagem
por forjamento, por ultrassom, por fricção, por difusão, por explosão, entre outros.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 1.10: soldagem por Arco
Figura 1.9: Soldagem TIG.
Submerso
Fonte:
Fonte: alusolda.com.br/detalhes-importantes-
www.amelhormaquinadesolda.com.br/solda-
no-processo-de-solda-tig/
arco-submerso/
Figura 1.13: Soldagem por fricção. Figura 1.14: Peça soldada por exploxão
Fonte: www.mecanicaindustrial.com.br/621-
Fonte: www.ufrgs.br/lamef/
soldagem-por-explosao
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O esquema abaixo mostra alguns dos vários tipos de processos de soldagem existentes.
Fontehttp://www.cpscetec.com.br/cpscetec/arquivos/apostila_soldagem.pdf
1.2 Vantagens
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1.3 Desvantagens
Fonte: https://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf.
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Juntas: Região entre as duas peças que serão unidas. Existem 5 tipos de juntas: De topo,
de ângulo, de canto, sobreposta e aresta. Em juntas de topo e de ângulo é possível ter
penetração total ou parcial.
Fonte: https://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf.
Chanfros: Aberturas feitas nas peças a serem soldadas para garantir o preenchimento de
material por toda a espessura da peça.
Fonte: https://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf.
• S: Nariz,
• f: Abertura da raiz, folga ou fresta,
• B: Bisel, angulação de um elemento da junta,
• a: ângulo do Chanfro
• Regiões de uma junta soldada: Metal Base, ZTA (Zona termicamente afetada) e Zona
Fundida
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Figura 1.19: Regiões de uma Junta soldada
Fonte: https://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf.
Posição de Soldagem: É a posição da peça a ser soldada. Pode ser Plana, Horizontal,
Vertical, Sobre cabeça, etc.
Fonte: https://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf.
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Colocando o conhecimento em prática
1) O que é soldagem?
2) Em que situações a soldagem é melhor do que outros processos de união de
materiais?
3) Em que situações a soldagem é pior do que outros processos de união de materiais?
4) O que é uma junta? Dê 3 exemplos de juntas.
5) O que é um chanfro? Dê 3 exemplos de chanfros.
6) O que é posição de soldagem? Dê 3 exemplos de posições.
7) O que é ZTA?
Recapitulando
Nesse capítulo foram introduzidos os conceitos do processo FCAW. Vale lembrar que é um
processo que assemelha muito ao processo GMAW e muitas vezes eles são confundidos.
Entretanto, a diferença entre entre os processos é clara: O GMAW utiliza arame sólido
maciço como arame eletrodo, enquanto o FCAW utiliza arame tubular preenchido com
fluxo. Além disso, o processo de soldagem a arco elétrico com arames tubulares possui
algumas variações ao utilizar arames especiais como o metal cored, que aumenta a taxa
de deposição de metal no cordão e o autoprotegido que dispensa o uso de gases de
proteção.
• Abertura da raiz, folga ou fresta. Youtube. 13 Mar. 2011. 21min. Disponível em:<
https://www.youtube.com/watch?v=vaowprWqa8A (Soldagem: Telecurso 2000).f:
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Prática de laboratório
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Unidade 2: OFW
Um começo de conversa
Fonte: https://www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
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Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
2.1 Fundamentos
A soldagem oxigás ainda tem sua importância na modernidade. Apesar de ter uma baixa
produtividade e uma fonte de calor não tão potente quando comparada aos processos de
soldagem a arco elétrico, esse processo ainda e muito usado em pequenas oficinas, na
realização de reparos e soldagem de materiais finos, devido ao seu baixo custo e
versatilidade. Para compreender o processo por trás da soldagem a gás é necessário
entender primeiro alguns conceitos físico-químicos como fusão, combustão e
coalescência.
Fusão: Transição da fase sólida para a fase líquida de uma substância ou mistura.
Exemplos: Gelo se transformando em água. Sorvete passando do estado sólido para o
estado líquido, parafina de uma vela acesa.
Fonte:www.universiaenem.com.br/
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Combustão: Queima; Reação química na qual se produz calor a partir de um combustível
e um comburente, iniciada por uma faísca ou outra fonte de calor. Exemplos: Carvão,
fogão à gás (combustível: butano), motor automotivo (combustível: gasolina, álcool ou
diesel), vela.
Coalescência: Fusão; Junção ou união do que estava separado; Aumento do volume da
gota de um líquido por meio do contato com outras. Exemplos: Gotas de chuva que se
unem quando estão escorrendo no vidro de um carro, bolhas de gás que se unem na
superfície de um refrigerante.
Fonte: https://digichem.org/2014/11/16/veja-a-combustao-de-
um-fosforo-em-camera-lenta-de-novo/
Fonte: https://www.definicionabc.com/ciencia/coalescencia.php
Sabe-se então que o processo de soldagem a gás utiliza o calor da combustão para
produzir a fusão dos metais a serem unidos. A união acontece por meio da coalescência
das peças.
Durante a operação, a mistura de combustível e oxigênio é queimada, gerando a chama.
O calor da chama na ponta do maçarico é usado para fundir o metal de base e formar a
poça de fusão. O metal de adição, quando utilizado, é colocado na própria poça de fusão,
e também se funde devido à alta temperatura concentrada naquele local. A operação
normalmente é manual e o soldador movimenta o maçarico de forma a obter uma fusão
uniforme e progressiva, enquanto alimenta o metal de adição, se for o caso.
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Figura 2.5: Fusão de Cubo de Gelo.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfalkAL/trabalho-processos-iii-
soldagem-por-oxigas
2.2 Vantagens
2.3 Desvantagens
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2.4 Equipamentos Figura 2.6: Equipamento de Soldagem OFW.
Fonte:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfalkAL/tra
balho-processos-iii-soldagem-por-oxigas
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Cuidados no manuseio dos cilindros de gases:
Oxigênio:
• O oxigênio não pode entrar em contato com graxa, óleo ou matéria gordurosa.
• O cilindro não deve sofrer impactos violentos.
• O transporte do cilindro deve ser realizado com seu capacete de proteção.
• Não eleve ou transporte cilindros utilizando cabos de aço ou eletroimã.
• Não utilizar o cilindro deitado.
• Não utilizar oxigênio para aeração, limpeza de máquinas, roupa, pele, etc.
• Utilizar mangueira verde ou preta para distribuição e conexões com rosca à direita.
Acetileno:
• Não transportar o cilindro deitado (aguardar de 36 a 48 horas para estabilização).
• A pressão máxima da rede não pode ultrapassar 1,5 bar.
• O transporte do cilindro deve ser realizado com seu capacete de proteção.
• Não eleve ou transporte cilindros utilizando cabos de aço ou eletroímã.
• Não utilizar o cilindro deitado.
• Não utilizar canalização de Cobre (formação de Acetileto de Cobre, explosivo).
• Consumo máximo de Acetileno: 1000 litros/hora
• Não usar até pressão zero.
• Utilizar mangueira vermelha para distribuição e conexões com rosca à esquerda.
para um valor adequado a operação, cujo nome é pressão de trabalhoO gás combustível
mais apropriado deve ter alta temperatura de chama e baixa reatividade química com o
metal de base e o metal de adição. Por essas características o acetileno é mais
comumente utilizado, entretanto também existem outras opções como butano, propano,
metano e etileno.
É importante ressaltar que o acetileno pode formar compostos explosivos ao entrar em
contato com cobre, mercúrio ou prata e por isso as tubulações utilizadas são de ferro ou
aço. Os bicos do maçarico são de cobre, mas não oferecem perigo, pois a pressão e o
tempo de contato são insuficientes para reação.
Todo cilindro deve ser armazenado na posição vertical em locais frescos, ventilados,
limpos e secos. Choques mecânicos violentos devem ser evitados.
O gás armazenado nos cilindros pode ser liberado através do regulador de pressão.
Esse componente pode ser de um estágio ou de duplo estágio, e sua função é, como seu
próprio nome sugere, regular a pressão do gás que será liberado pelas mangueiras.
Como o cilindro armazena o gás a uma pressão muito elevada, é necessária a presença
do regulador de pressão para reduzir essa pressão .
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Após passar pelas respectivas mangueiras, os gases chegam ao maçarico.
Curiosamente maçarico é o nome vulgar de várias espécies de aves da família
Scolopacidae, que designa aves de médio porte, patas altas, bico longo e plumagem
acastanhada e branca. O bico característico dessas aves foi o que deu origem ao nome do
maçarico de soldagem.
Enfim, o maçarico recebe o oxigênio e o combustível, ambos puros, e realiza a mistura
desses gases na proporção, no volume e na velocidade adequados à chama desejada. A
proporção determina o caráter oxidante, neutro ou carburante da solda.
No maçarico, se a velocidade de saída for maior que a de combustão, a queima pode ser
extinta. Se a velocidade de saída for menor que a de combustão, a chama ocorrerá no
interior do bico (engolimento de chama), podendo danificar o maçarico.
Os bicos do maçarico, também chamado de extensões, são intercambiáveis e de diversos
tamanhos. A escolha do bico a ser utilizado deve ser feita com base na espessura da peça
a ser soldada.
Fonte: www.ebah.com.br/content/ABAAAe2Z0AB/apostila-soldagem?part=2.
Para evitar o retrocesso da chama são usadas as válvulas corta- chama, estas são
dispositivos que permitem a passagem de ar apenas em uma direção, e são instaladas
entre o maçarico e os cilindros para evitar que a chama seja engolida até o cilindro, o que
poderia provocar uma grande explosão, a figura abaixo mostra um exemplo de válvula
corta - chama.
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Figura 2.8: Válvula Corta Chama.
Fonte:
docente.ifsc.edu.br/anderson.correia/MaterialDidatico/Eletromecanica/Modulo_2/Processos_de_Soldagem.
2.5 Consumíveis
Fonte:
docente.ifsc.edu.br/anderson.correia/MaterialDidatico/Eletromecanica/Modulo_2/Processos_de_Solda
gem.
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Existem outros comburentes além do oxigênio, mas não são encontrados na atmosfera
normal. Quimicamente, é possível obter combustão tendo como combustível hidrogênio
imerso numa atmosfera de cloro, que seria o comburente, produzindo uma chama amarela
esverdeada. Contudo o único comburente utilizado na soldagem a gás é o oxigênio.
Os combustíveis já foram abordados na sessão de equipamentos, nos tópicos sobre
cilindros.
Os metais de adição são usados para preencher a junta e melhorar as propriedades do
metal de base quando necessário. Eles são vendidos comercialmente na forma de varetas
com diversos diâmetros e devem ser selecionados com base na quantidade de metal a se
depositar, na espessura das chapas e das propriedades mecânicas ou composição
química desejadas. Quando a solda não utiliza nenhum metal de adição ela é chamada de
autógena.
Fonte: http://www.fourwheeler.com/how-to/154-0903-tig-welding-tips-for-dummies/photo-08.html.
Geralmente cada processo tem o metal de adição apropriado para ser utilizado.
Entretanto, é comum ver soldadores utilizarem varetas de TIG no processo oxigás uma
vez que elas são mais fáceis de serem encontradas no mercado.
Apesar de se assemelhar ao processo oxigás por utilizar o mesmo equipamento, o
processo de brasagem não funde o metal de base e portanto não deve ser confundido com
este.
Fonte: www.alusolda.com.br/conteudo/fluxo-materiais-de-adicao-e-tecnicas-na-solda-oxiacetilenica.htll
.
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Abaixo é apresentada a nomenclatura, segundo a AWS, para varetas de solda
Oxigás:
Fonte: www.alusolda.com.br/conteudo/fluxo-materiais-de-adicao-e-tecnicas-na-solda-oxiacetilenica.htll
.
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Figura 2.13: Tipos de chama
Fonte: http://www.brazilweldsdicasparasoldagem.com/2015_10_01_archive.html
Fonte: http://www.brazilweldsdicasparasoldagem.com/2015_10_01_archive.html
Para formar a poça de fusão, aproxima-se a ponta do dardo à peça, num ângulo de 45° a
60°. Depois, se inicia o deslocamento da chama com velocidade adequada, distância
constante da chama até a peça e com o metal de adição sendo depositado na poça de
fusão, sem permitir que sua ponta saia da região do penacho, para evitar a contaminação
pelos óxidos da atmosfera.
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Figura 2.14: Soldagem de Frente.
Fonte:
https://docente.ifsc.edu.br/anderson.correia/MaterialDidatico/Eletromecanica/Modulo_2/Processos_de_
Soldagem/Soldagem%20a%20G%C3%A1s.pdf
Fonte:
https://docente.ifsc.edu.br/anderson.correia/MaterialDidatico/Eletromecanica/Modulo_2/Processos_de_
Soldagem/Soldagem%20a%20G%C3%A1s.pdf
Além do sentido de movimento longitudinal que pode ser para frente ou para trás,
também é necessária a realização de um movimento transversal, responsável por gerar
o tecimento, que permite a realização de cordões mais largos.
Ao final da soldagem, recomenda-se diminuir o tamanho da chama e fechar primeiro o
acetileno e depois o oxigênio, para evitar a produção de fuligem, cujas partículas podem
entupir os bicos. Terminando o serviço é necessário fechar as válvulas dos cilindros de
gases, as mangueiras devem ser esvaziadas e os registros do maçarico então devem ser
fechados.
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Figura 2.16: Técnica de Soldagem de Ré e a Frente.
Fonte:
https://docente.ifsc.edu.br/anderson.correia/MaterialDidatico/Eletromecanica/Modulo_2/Processos_de_
Soldagem/Soldagem%20a%20G%C3%A1s.pdf
2.7 Aplicações Industriais
A soldagem a gás gera baixa quantidade de calor (10W/mm²) quando comparada aos
processos que utilizam o arco elétrico (300W/mm²). Devido a isso, esse processo tem
baixa produtividade e consequentemente tem um uso industrial muito restrito. Já no caso
de soldagem de chapas finas e tubos de pequeno diâmetro a chama é muito útil, já que
possui um bom controle do calor cedido à peça. Além disso, também é utilizada em
brasagem e soldagem de reparo.
Fonte: www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
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Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
O processo Oxigás gera calor para a fusão dos metais por meio da combustão, que é a
queima que ocorre com um combustível (acetileno) e um comburente (oxigênio). Os gases
necessários são armazenados em cilindros, e por meio dos reguladores de pressão,
mangueiras e válvulas corta-chama chegam seguramente ao maçarico.
Com uma faísca na ponta do bico a chama acetilênica é acesa e então deve ser regulada
entre carburante, neutra e oxidante de forma a deixar o dardo e o penacho nas formas
ideais. A solda pode ser realizada para frente ou para trás, autógena ou com metal de
adição.
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A soldagem a gás tem baixo custo de equipamento e consumíveis apesar da necessidade
de reposição dos gases. É ideal para soldagem de chapas finas e operações que
necessitem de um bom controle do calor cedido à peça. Seu equipamento também pode
ser utilizado para outros processos como oxicorte, pré-aquecimento e brasagem.
Entretanto o processo é considerado muito lento, especialmente para parâmetros
industriais e portanto geralmente é mais comum em pequenas oficinas.
Prática de laboratório
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Figura 2.18: Chama carburante
Fonte: www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
Chama neutra
Chama Carburante/Redutora
Chama Oxidante
Fonte: www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
Após estabilizada, a chama acetilênica se torna redutora, ideal para soldagem de metais
como Alumínio e Níquel, aumentando mais o oxigênio chegaremos a chama neutra,
identificada quando o penacho se iguala com o cone interno, essa é chama mais utilizada,
para metais como Aço baixo carbono, cobre, ferro fundido e Aço inoxidável. Aumentando
ainda mais o oxigênio chegaremos a chama oxidante, identificada pelo pequeno cone
interno e pelo “barulho de sopro” que há nessa chama, utiliza principalmente para corte,
solda de bronze.
6) Com o maçarico já em chama adequada, posiciona-se a caneta nas peças a serem
soldadas para a formação da poça de fusão.
Fonte: www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
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Mantenha a caneta inclinada entre 45 e 60 graus a uma distância entre 1 e 3mm da peça.
A medida que se formar a poça de fusão vá avançando com a caneta formando um cordão
uniforme. Pode-se adicionar metal de adição (chapas acima de 3 mm) ou não (Soldagem
autógena).
Importante lembrar como foi explicado anteriormente que a maneira na qual se posiciona o
maçarico irá influenciar no cordão. Puxando para chapas mais grossas, maior velocidade,
maior penetração e empurrando para chapas de até 3mm.
Fonte: www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
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Unidade 3: OFC
Um começo de conversa
O oxicorte, ou o corte a gás (Oxifuel Gas Cutting – OFC), é um processo no qual o corte
do metal é obtido pela reação do oxigênio puro com o metal (oxidação), a alta temperatura,
adquirida a partir de uma chama gerada por um oxigênio e um gás combustível. Esse
processo pode ser auxiliado por fluxos ou pós metálicos que facilitam a oxidação.
Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/oxicorte-definicao-e-equipamentos-do-processo-de-corte
Objetivos da Aprendizagem
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Em busca de informações
3.1 Fundamentos
3.2 Vantagens
O processo é versátil, podendo cortar peças finas, até peças com 1500mm de espessura,
sendo usado na desmontagem e preparação de peças;
• Processo ideal para corte de peças de aço carbono;
• Custo inicial relativamente baixo;
• Simples, fácil de manusear e altamente portátil;
• Não requer energia elétrica, permitindo uso em campo.
3.3 Desvantagens
• O processo não é ideal para corte de peças resistentes a oxidação. (Alumínio, Aço
INOX, Ferro fundido);
• A profundidade do corte é limitada por até onde o oxigênio é capaz de oxidar a peça;
• Necessita de reposição de Gases;
• Risco de explosão.
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Figura 3.2: Processo OFC
Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/oxicorte-definicao-e-equipamentos-do-processo-de-corte
3.4 Equipamentos
Fonte: http://www.harris-brastak.com.br/produtos/equipamentos/macaricos-de-corte-manual/
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Figura 3.4: Esquema de Maçarico de Corte
Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/oxicorte-definicao-e-equipamentos-do-processo-de-corte
Tabela 3.1: Exemplos de diâmetros de bicos, consumos de gases e velocidade de corte para aços
carbono
Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/oxicorte-definicao-e-equipamentos-do-processo-de-corte
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3.5 Consumíveis
O corte a gás tem diversas aplicações em vários segmentos. Ele é utilizado tanto na
fabricação quanto na montagem e desmontagem de peças. Maçaricos manuais podem
cortar chapas de até 350mm de espessura. Entretanto existem maçaricos especiais que
podem cortar chapas de até 2000mm.
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Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
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Prática de laboratório
Fonte: www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
Chama carburante
Fonte: www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
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Figura 3.7: Chama Neutra
Chama neutra
Fonte: www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
6. Com o maçarico já em chama neutra, posiciona-se a caneta na peça a ser cortada para
o pré aquecimento;
7. Após a peça atingir a coloração rubra (avermelhada), pressiona-se o gatilho para liberar
o jato de oxigênio, nesse momento passará a ser uma chama oxidante, que cortará o
material através da oxidação do mesmo, posicione a caneta de maneira a evitar que os
respingos atinjam as mangueiras de gás e o próprio operador;
Fonte: www.acoeferroguilherme.com.br/servicos-de-oxicorte-em-sp/
8. O corte se iniciará e deve-se deslocar a caneta na direção desejada.
Atenção para não deslocar a caneta muito rápido, pois pode haver projeção de metal
líquido no operador.
E se deslocar muito lento a próxima área a ser cortada vai se resfriar e será necessário
novamente o pré-aquecimento;
9. Aproximar a caneta da próxima superfície a ser cortada, com o gatilho solto, realizar o
pré-aquecimento, pressionar o gatilho, deslocando na direção desejada;
10. Após realizar todos os cortes desejados, deve-se extinguir a chama fechando
primeiramente o registro de acetileno;
11. Fechar registro de oxigênio;
12. Fechar os dois registros dos cilindros;
13. Realizar a purga na caneta para esvaziar as mangueiras (abrir ambos registros na
caneta);
14. Enrolar as mangueiras adequadamente.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3.9: Corpo de Prova para Corte
Fonte: www.achrnews.com/articles/126300-air-fuel-or-oxy-fuel-for-soldering-and-brazing
Conte a Plasma
Para realizar o corte a plasma deve-se inicialmente verificar se os cabos, mangueiras,
tocha e fonte não estão danificados. E se não há vazamentos de gás e cabos elétricos
desencapados;
Inicialmente deve-se montar a tocha de corte como mostrado abaixo;
Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-92242015000400501&lng=en&nrm=iso
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Figura 3.11: Fonte de Corte a Plasma
Fonte: https://www.extinsolda.com.br/fonte-corte-plasma-balmer-maxxicut-60-c-tocha.html#.XtuuUkVKjIU
4. Conectar o cabo terra a peça a atentando-se que o mesmo deve estar protegido de
respingos;
5. Passar a tocha por trás do corpo para proteger a mesma de respingos;
6. Posicionar a tocha sobre a peça a ser cortada;
7. Soltar a trava de segurança;
8. Pressionar o gatilho expulsando o jato de plasma;
9. Deslocar a tocha na direção de corte, com o gatilho pressionado;
10. Repetir a partir do passo 5 para outras superfícies;
11. Após finalizado o corte deve-se desligar a fonte da tomada e a rede de ar comprimido;
12. esmontar a tocha e guardar os componentes;
13. Enrolar as mangueiras e cabos.
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Unidade 4: SMAW
Um começo de conversa
A soldagem a arco com eletrodos revestidos (Shielded Metal Arc Welding – SMAW) é um
processo que produz a coalescência de metais pelo aquecimento destes com um arco
elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico revestido e a peça que está sendo
soldada. A soldagem com eletrodos revestidos foi o principal processo de soldagem usado
industrialmente até os anos 60. Desde então sua importância tem diminuído conforme o
desenvolvimento de outras tecnologias.
Fonte:arcsol.com.br/MMASMAW-Eletrodo-Revestido
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Objetivos da Aprendizagem
Esta unidade tem por objetivo mostrar os fundamentos e as diferentes variações possíveis
dos processos de soldagem com eletrodo revestido, proporcionando ao aluno
conhecimento teórico e pratico do processo de soldagem a arco elétrico mais comum nos
dias atuais.
.
Em busca de informações
Antes de iniciar os estudos a respeito da soldagem a arco elétrico o aluno precisa ter claro
em sua mente conceitos básicos de eletricidade. Esses serão apresentados a seguir:
Tensão (V): Medida em Volts (V). Também chamada de diferença de potencial elétrico
(ddp) e de força eletromotriz. É a força que impulsiona os elétrons. Exemplo: A rede
elétrica normalmente tem uma tensão de 110V, 220V, 380V ou até 440V para ambientes
industriais.
Fonte: www.citisystems.com.br/energia-eletrica/
Corrente (I): Medida em Amperes (A). Deslocamento de elétrons que ocorre devido à uma
tensão. Na soldagem, ela pode ser contínua ou pulsada e direta, indireta ou alternada.
Exemplo: Quando uma pessoa se coloca sobre uma tensão ela leva um choque. Esse
choque é o efeito que a corrente gera enquanto passa pelo seu corpo. Altas correntes
passando pelo coração podem gerar uma parada cardíaca.
Fonte:www.infoescola.com/fisica/tensao-eletrica/
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Resistência (R): Medida em Ohms (Ω). É o que relaciona a corrente e a tensão por meio
da equação V=RI. A resistência indica o quão difícil é de passar corrente por um meio. Se
a resistência for alta, será necessária uma força maior para superá-la, ou seja, uma tensão
maior para que haja a passagem de corrente.
Fonte: www.embarcados.com.br/tensao-corrente-e-resistencia-eletrica
Fonte: www.shopdomecanico.com.br/produto/maquina-de-solda-inversora-mma-zx7-400-220v-completa-
com-cabos-weld-vision
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Fonte: Aparelho que fornece os parâmetros elétricos (tensão e corrente) ideais para a
soldagem. Pode ser de corrente constante ou de tensão constante. Exemplo: Fonte para
soldagem com eletrodo revestido, MIGMAG, plasma etc. As fontes podem ser somente
para um processo ou podem ser multiprocessos.
Fonte: https://www.fg.com.br/fonte-solda-mig-smashweld-250a---esab/p
Arco Elétrico: É resultante da ruptura dielétrica de um gás que produz uma descarga de
plasma, decorrente de um fluxo de corrente em um meio normalmente isolante. Exemplo:
Quando as nuvens no céu se chocam, elas adquirem polaridade negativa, enquanto o solo
terrestre tem polaridade geralmente positiva. Se essa polarização for suficientemente
grande ela criará uma grande tensão entre o solo e as nuvens e isso acarretará na ruptura
dielétrica do ar, gerando um pico de corrente entre o céu e a terra, que é o raio. Esse
fenômeno é um arco elétrico natural.
Figura 4.9: Fenômeno natural do arco elétrico e um Arco elétrico produzido por bobinas.
Fonte: http://obviousmag.org/contemporassico/2017/meu-nome-e-raio.html
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4.1 Fundamentos
A partir dos conceitos de eletricidade, pode-se compreender os fenômenos que envolvem
o eletrodo revestido. A grande quantidade de energia gerada pelo arco elétrico produz o
calor necessário para a fusão dos metais.
O eletrodo metálico tem um revestimento que tem diversas funções no processo que são
exploradas diferentemente dependendo do material utilizado para produzi-lo.
Fonte: http://www.plasmac.com.br/blog/como-fazer-uma-boa-solda-eletrica-eletrodo-revestido.php
Fonte: wwwo.metalica.com.br/aco-inox-outros-processos-de-soldagem
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4.3 Vantagens
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABkm8AI/soldagem-tubulacoes?part=4
4.4 Desvantagem
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Figura 4.13: Forno para armazenamento de eletrodos revestidos
Fonte: https://http2.mlstatic.com/estufa-para-1000-kgs-de-eletrodo-revestido-D_NQ_NP_873-
MLB4722675837_072013-F.webp
4.5 Equipamentos
Fonte: serralherianaveia.blogspot.com.br/2012/06/conheca-as-diferencas-entre-os.html
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As fontes de energia utilizadas são do tipo corrente constante, pois nesse tipo de fonte as
variações de posicionamento durante a execução do cordão de solda, devido ao controle
do soldador ser manual, tem menos influência no resultado da solda.
Fonte: https://www.centraldasferramentas.com.br/maquinadesoldamultiprocessomig-tig-
eletrodo-esabwarrior500i/p
A tensão em vazio, ou seja, a tensão existente nos bornes de saída da máquina quando
não há fornecimento de corrente, é da ordem de 50V a 100V. Valores mais elevados
podem facilitar a abertura do arco na soldagem com corrente alternada, mas representam
um risco maior para o soldador. Após abertura do arco, a tensão cai para a tensão de
trabalho, que varia entre 17V e 36V.
Na decisão de compra do equipamento de soldagem é importante considerar o baixo fator
de ocupação do soldador, característico desse processo. Se a intenção é que o soldador
trabalhe com uma corrente de até 300A, é desnecessário comprar uma fonte que tenha
100% de ciclo de trabalho para essa corrente, pois a compra seria de um equipamento
superdimensionado.
Os porta-eletrodos tem a função de prender o eletrodo e passar a corrente para ele. Seu
cabo deve ser bem isolado para minimizar o risco de choque elétrico para o operador e
para diminuir riscos de problemas de superaquecimento é ideal manter as garras limpas e
em boas condições. Cada porta-eletrodo tem a capacidade de portar até um certo
diâmetro de eletrodo e o peso do porta-eletrodo aumenta conforme o valor de corrente
máxima permissível. Por isso é indicado que o soldador trabalhe sempre com o porta-
eletrodo mais leve possível, para diminuir a fadiga do operador.
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Figura 4.16: Porta eletrodos.
Fonte: https://m.dutramaquinas.com.br/p/porta-eletrodos-capacidade-300a-35-13-001-300
Fonte: www.sitedasoldagem.com.br/conceito%20basico
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Figura 4.18: Picadeira e escova de aço utilizadas na remoção da escória e limpeza
da peça
.
Fonte: https://www.sumig.com/pt/produto/detalhe/picadeira
Fonte: Desconhecida.
Uma das variações do processo de soldagem com eletrodos revestidos é a soldagem por
gravidade. A partir de um equipamento de mecanização é possível realizar soldas de topo
ou filete, nas quais o porta-eletrodos desliza lateralmente e verticalmente por meio de um
suporte especial.
Fonte:: www.ebah.com.br/content/ABAAAAmPkAB/processos-fabricacao-apostila
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4.6 Consumíveis
Eletrodo Revestido
O eletrodo revestido é composto de duas partes: A alma e o revestimento.
A alma é uma vareta metálica que pode ser fabricada a partir de trefilação ou de fundição.
Ela é o componente que transmite a corrente elétrica necessária para a geração do arco
elétrico e simultaneamente fornece metal de adição para enchimento da junta. A alma
geralmente possui diâmetro variando entre 1,5mm a 8mm e é recoberta por uma mistura
de diferentes materiais, formando uma camada de revestimento no eletrodo.
Fonte: http://www.sonycdies.com.br/sonyc-dies-fieira-nucleo-metal-duro.html
Fonte: http://mmborges.com/processos/Conformacao/cont_html/trefilacao.htm
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O revestimento tem diversas possibilidades de formulação, fazendo com que o processo
de soldagem por eletrodo revestido seja um processo versátil no que se refere aos metais
e ligas soldáveis e também quanto para as características desejadas no cordão de solda.
As principais funções do revestimento são: Estabilizar o arco elétrico, ajustar a composição
química do cordão, adicionando elementos de liga e/ou eliminando impurezas, proteger a
poça de fusão e o metal de solda contra a contaminação pela atmosfera por meio da
geração de gases e da camada de escória e conferir características operacionais,
mecânicas e/ou metalúrgicas ao eletrodo e à solda.
O eletrodo ideal cumpriria perfeitamente todas essas funções, contudo este eletrodo não
existe. Sendo assim, existem diversos tipos de eletrodos comercializados, cada um
especializado em uma ou mais dessas funções.
Principais tipos de revestimento:
• Rutílico: Contém rutilo (TiO2), são facilmente manipulados e produz uma escória
abundante, densa e de fácil destacabilidade. Podem ser utilizados em CC e CA e em
qualquer posição. Produz um cordão de bom aspecto, com média ou baixa penetração,
mas tem baixa resistência à fissuração a quente. São eletrodos de grande
versatilidade.
• Básico: Contém carbonato de cálcio e fluorita que geram uma escória que além de
proteger a solda, reduz o risco de trincas de solidificação por meio da dessulfuração.
Produz soldas com baixo teor de hidrogênio, reduzindo as chances de ocorrência de
fissuração e fragilização. Tem penetração média e cordão com boas propriedades
mecânicas, indicado para aplicações de alta responsabilidade. São altamente
higroscópicos e requerem cuidados especiais de armazenamento e secagem. A
secagem é de aproximadamente 350ºC, com tempo de no mínimo 1 hora, sendo
realizável no máximo duas vezes de acordo com a norma.
• Celulósico: Contém celulose e outros componentes orgânicos que geram maior
quantidade de gases que protegem o metal líquido. Produz pouca escória e tem um
arco mais violento, com mais respingos e mais penetração. O cordão não tem um
aspecto tão bom, mas suas propriedades mecânicas são boas, exceto pela
possibilidade de fragilização por hidrogênio. São mais utilizados fora da posição plana,
principalmente em soldagem circunferencial de tubulações e em passes de raiz. Devido
a sua elevada penetração e à grande perda por respingos não é adequado para
enchimento de chanfros.
• Pó de ferro: Revestimentos de diferentes tipos podem conter adições de pó de ferro.
Durante a soldagem o pó é fundido e incorporado na poça de fusão, causando um
melhor aproveitamento de energia do arco e estabilizando-o um pouco mais. Além
disso, o revestimento se torna mais resistente ao calor permitindo o uso de correntes
mais elevadas, gerando, portanto, um aumento significativo na taxa de deposição. Por
outro lado, quanto maior a adição de pó de ferro, maior será a poça de fusão e
consequentemente o seu controle durante a soldagem.
• Oxidantes: Contém óxido de ferro que produz uma escória oxidante, abundante e de
fácil destacamento. O metal depositado possui baixos teores de carbono e outros
elementos de liga devido a oxidação causada pela grande concentração de oxigênio,
portanto não é adequado para aplicações de responsabilidade. É pouco utilizado, mas
existe um interesse em estudar sua aplicação na soldagem subaquática. Possui baixa
penetração e boa aparência.
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Ácidos: Contém óxido de ferro, manganês e sílica e produz uma escória ácida abundante,
porosa e de fácil remoção. A penetração é média e sua taxa de fusão é elevada, criando
uma poça de fusão volumosa, limitando sua aplicação à posição plana e horizontal. São
pouco utilizados devido a chance de formação de trincas na solidificação, mas geram um
cordão com boa aparência.
Classificação dos eletrodos:
O sistema de classificação de eletrodos utiliza um conjunto de números e letras que
fornecem várias informações a respeito dos eletrodos.
A letra E, que inicia a nomenclatura indica que o consumível é um eletrodo. Se fosse uma
letra R, seria uma vareta de adição. Os próximos 2 ou 3 números indicam o limite de
resistência à tração do material depositado pelo eletrodo na unidade de ksi (1000psi,
aproximadamente 6895kPa). O próximo algarismo indica as posições de soldagem nas
quais aquele eletrodo pode ser utilizado, enquanto o último indica o tipo de revestimento
do eletrodo e suas características operacionais.
Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/soldagem-eletrodo-revestido-edificacoes-aws
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Tabela 4.3: Eletrodos e parâmetros de soldagem
Fonte: Desconhecida.
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Cuidados especiais com os eletrodos
O uso e armazenamento inadequados dos eletrodos revestidos podem gerar diversos
danos. Choques, quedas ou dobras no eletrodo podem gerar perda de parte do
revestimento, deixando-os inadequados para aplicações de responsabilidade. A absorção
de umidade também pode comprometer o desempenho do eletrodo, especialmente dos
eletrodos básicos, que têm baixo teor hidrogênio. Umidade excessiva pode acarretar num
arco instável, com formação de respingos e porosidades.
Pelo problema da umidade, os eletrodos revestidos devem ser recebidos em embalagens
herméticas e devem logo serem armazenados em estufas controladas, com umidade
relativa do ar inferior a 50% e temperatura acima da ambiente.
Caso os eletrodos sejam expostos à umidade em períodos superiores a 2 horas eles
devem passar por um processo de ressecagem para poderem voltar ao armazenamento e
serem utilizados em suas plenas condições.
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Figura 4.24: Variação na forma do cordão de acordo com a técnica operatória utilizada
Fonte: https://weldguru.com/smaw-tips-techniques/.
A corrente escolhida deve respeitar a faixa de corrente para o eletrodo que está sendo
utilizado.
É possível utilizar 3 polaridades na soldagem com eletrodo revestido:
• Inversa (CC+): Produz maior penetração,
• Direta (CC-): Maior taxa de fusão do eletrodo,
• Alternada (CA): Resultados intermediários.
Fonte: https://weldguru.com/smaw-tips-techniques/.
Para calcular o ciclo de trabalho equivalente da máquina para a corrente que está sendo
utilizada é possível utilizar a equação abaixo em que Ct representa ciclo de trabalho e I
representa a corrente.
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A tensão no arco pode variar de 17V a 36V e é proporcional ao diâmetro do eletrodo, à
corrente de soldagem e ao comprimento do arco.
O comprimento do arco é controlado diretamente pelo soldador e basicamente depende
de sua experiência e habilidade. A manutenção da estabilidade do comprimento do arco é
essencial para obtenção de uma solda aceitável. Um comprimento muito pequeno pode
causar um arco intermitente, com interrupções frequentes ou até mesmo sua extinção,
quando o eletrodo se une à peça. Arcos mais curtos tendem a ter cordões estreitos com
concavidade pronunciada. Já os arcos muito longos perdem direção e concentração,
gerando respingos e tendo uma proteção ineficiente, que pode gerar porosidade. O
comprimento correto do arco depende do diâmetro do eletrodo, do tipo de revestimento, do
valor de corrente e da posição de soldagem. Orienta-se manter o comprimento do arco
entre 0,5 e 1,1 vezes o diâmetro da alma do eletrodo.
A velocidade de soldagem deve manter o arco elétrico sempre um pouco adiante da
poça de fusão. Valores elevados acarretam em cordões estreitos com baixa penetração,
com aspecto ruim, com mordeduras e escória de difícil remoção. Valores muito baixos
causam um cordão mais largo, com penetração e reforços excessivos.
Na abertura do arco o eletrodo deve ser encostado rapidamente na superfície da peça,
numa região a ser fundida e próxima ao início do cordão, e rapidamente afastado até
alcançar uma distância da peça próxima ao valor adequado do comprimento do arco, e
então direciona-se o eletrodo rapidamente para o ponto de início do cordão.
Durante o processo de soldagem, o soldador deve fazer três movimentos principais:
Movimento de mergulho: É o avanço do eletrodo em direção à poça de fusão para
compensar a fusão do eletrodo com o objetivo de manter o comprimento do arco
constante,
Movimento de translação: É o movimento do eletrodo e do arco ao longo da junta, com
uma velocidade uniforme (velocidade de soldagem),
Movimento de tecimento: É um deslocamento lateral do eletrodo em relação ao
movimento de translação com objetivo de obter um cordão mais largo, garantir a fusão das
paredes do chanfro e controlar a poça de fusão, tornando mais suave o ciclo térmico de
soldagem.
Existem vários padrões de tecimento, porém esse movimento não deve ser superior a três
vezes o diâmetro do eletrodo, para não aumentar demais a energia de soldagem. É
comum que soldadores em treinamento pratiquem o desenho do tecimento sem utilizar o
eletrodo com arco aberto para apenas depois tentarem o movimento durante o processo
de soldagem.
O posicionamento correto do eletrodo influencia diretamente no processo de soldagem,
evitando que a escória flua diretamente para a poça de fusão, prevenindo assim inclusões
de escória, facilitando a observação da poça de fusão pelo soldador e controlando a
distribuição de calor na peça.
Figura 4.26: Padrões de tecimento de soldagem
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
92242014000400005
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Figura 4.27: Posicionamento do eletrodo em diferentes posições de soldagem
Fonte: https://docplayer.com.br/24928584-Smaw-soldagem-por-eletrodos-revestidos.html
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Esse processo é largamente utilizado na manutenção de equipamentos e estruturas, além
de também poder ser utilizado na manutenção de estruturas submersas, em soldagem
subaquática, em ambientes molhados ou secos. Sua ampla utilização se deve à grande
versatilidade do processo, tanto em ligas soldáveis quanto em faixas de espessuras
aplicáveis e devido ao baixo custo relativo do processo e de seus equipamentos.
Por outro lado, o nível da qualidade da solda realizada por meio do eletrodo revestido
depende fortemente da habilidade do soldador, exigindo um profissional com habilidade e
concentração, que só são adquiridos com muito treino e experiência. Por isso a formação
de mão-de-obra pode ser demorada e onerosa, e ainda assim, um bom soldador
trabalhando com equipamento adequado não necessariamente produzirá uma solda de
qualidade caso não estiver totalmente concentrado e empenhado na operação.
Fonte: https://www.pinterest.de/pin/844706473828748062/?autologin=true
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Colocando o conhecimento em prática
13. Durante um processo de soldagem, o soldador percebe que sua poça de fusão não
está tão profunda quanto o desejado. Cite 5 parâmetros que ele pode alterar para
resolver esse problema, e explique como alterá-lo para aumentar a profundidade da
poça de fusão.
14. Em que situação é vantajoso utilizar um valor de corrente próximo do valor mínimo
para o eletrodo que está sendo utilizado? E em que situação é vantajoso utilizar um
valor próximo do máximo?
15. Quais são as consequências de utilizar uma corrente acima do valor máximo indicado
para o eletrodo que está sendo utilizado? E as consequências de utilizar uma abaixo
do valor mínimo?
16. Cite quais são os 3 movimentos realizados no processo SMAW, e explique cada um
deles.
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17. Cite quais são os 5 tipos de revestimento estudados. Cite uma vantagem e uma
desvantagem de cada um deles.
18. Como o posicionamento do eletrodo revestido durante o processo de soldagem pode
afetar o resultado do cordão?
19. Explique o que indica cada caractere da norma AWS estudada (AWS E XXXYZ).
20 Classifique o tipo dos eletrodos a seguir e indique os tipos de corrente em que cada
um deles pode ser soldado, de acordo com a norma AWS: E6010, E6011, E6012,
E6013, E6020, E7014, E7018, E7024 e E7048.
21. Se uma máquina tem ciclo de trabalho de 100% a 120A, qual é o ciclo de trabalho que
ela possui operando a 150A?
Recapitulando
O processo de soldagem com eletrodos revestidos utiliza como fonte de calor para fusão
das peças um arco elétrico estabelecido entre o eletrodo e a peça, provido pela fonte de
soldagem. A energia do arco funde o metal de base e a alma do eletrodo que juntos
formam o cordão de solda, podendo estar acompanhado de alguns componentes do
revestimento. O revestimento tem diversas funções no processo como a proteção da poça
de fusão e a estabilização do arco elétrico. O processo exige que a escória seja removida
ao final de cada operação.
Fonte: tadeuelieser.blogspot.com.br/2010/05/como-vimos-soldagem-de-uma-peca-pelo.html
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O SMAW é extremamente versátil, tendo aplicação em diversos materiais e tendo uma
gama diversificada de consumíveis para serem utilizados, expandindo as possibilidades do
processo. Além disso ele pode ser levado a campo, por não ser afetado pela ação de
ventos, mas necessita de energia elétrica, diferentemente do oxigás.
O seu custo é relativamente baixo comparado a outros processos, entretanto devido a sua
baixa produtividade existem processos mais eficientes, em termos de taxa de deposição,
que são utilizados industrialmente. Os eletrodos exigem cuidado especial em seu
manuseio, especialmente se forem do tipo básico, e o processo exige uma capacidade
elevada do soldador para que a solda resulte em uma boa qualidade
Durante a aplicação é importante se preocupar com os parâmetros do processo que tem
influência direta sobre o resultado. Tensão e corrente devem ser regulados e o tipo de
eletrodo e seu diâmetro devem ser escolhidos. A posição do eletrodo, posição de
soldagem, velocidade de soldagem, o movimento do soldador e outros parâmetros devem
ser levados em consideração durante o processo
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Prática de laboratório
1. Para realização de solda com eletrodos revestidos deve-se inicialmente escolher o tipo
de fonte a ser utilizado.
Lembre-se que em fontes do tipo transformador, utiliza-se corrente alternada na saída.
Estas proporcionam uma penetração intermediária e uma menor estabilidade de arco. Na
prática elas são utilizadas por terem menor custo comparadas a uma fonte de corrente
contínua de mesma capacidade e são mais indicadas em situações onde longos
cabeamentos serão utilizados devido ao menor efeito joule em corrente alternada.
Exemplo: Fabricação de navios. Nessas fontes conectar o porta eletrodo e o cabo terra em
qualquer uma das saídas não haverá diferença.
Em fontes do tipo retificador ou inversor, utiliza-se corrente contínua na saída. Essa se
subdivide em corrente contínua inversa (CC+) e corrente contínua direta (CC-). Na maioria
das situações deseja-se ter uma maior penetração, nesse caso colocaremos o porta
eletrodo no positivo e o cabo terra no negativo utilizando corrente contínua inversa CC+.
Porém para a soldagem de chapas finas é interessante termos uma baixa penetração para
evitar que a chapa se fure, nesse caso optamos pela corrente contínua direta CC- onde o
porta eletrodo será conectado no negativo e o cabo terra no positivo.
2. Após definido o tipo de corrente, vamos definir o tipo de eletrodo a ser utilizado. Para
serviços de serralheria em geral utilizar E6013 (rutílico) cujo principal vantagem é a
estabilidade do arco e facilidade de soldagem. Para serviços de maior responsabilidade,
como manutenção industrial, estruturas metálicas, fabricação naval, utilizar E7018 (básico)
cujo principal vantagem é baixo teor de hidrogênio garantindo melhor qualidade do metal
de solda; necessária secagem para garantir propriedades mecânicas. Para passes de raiz
utilizar E6010 (celulósico) cujo principal vantagem é a alta penetração.
Espessura do eletrodo depende da espessura da chapa a ser solda (tamanho da poça de
fusão) e da capacidade da máquina a ser utilizada.
3. Ajuste da corrente de soldagem a ser utilizada
Tabela 4.3: Faixa de corrente
Fonte: www.esab.com.br/br/pt/education/blog/como_identificar_eletrodo_corrente_correta_soldagem.cfm
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Existe uma faixa de corrente a ser utilizada para cada espessura e tipo de revestimento, o
ajuste fino é feito de acordo com a posição de soldagem e até as condições ambientes
podem influenciar.
Para um valor médio pode-se utilizar: 𝐼 = 𝜙 − 1 . 50
Onde: 𝐼 é a corrente de soldagem e 𝜙 é o diâmetro da alma do eletrodo em mm.
4. Conectar o cabo terra na peça ou na bancada. Garantir um bom contato elétrico.
5. Realizar abertura do arco conforme indicado.
Fonte: https://docplayer.com.br/24928584-Smaw-soldagem-por-eletrodos-revestidos.html
6. Após aberto o arco deve manter o comprimento de arco pequeno para garantir a
estabilidade do processo. Deslocar eletrodo na direção desejada, para preenchimentos de
chanfros utilizar técnica de tecimento.
Fonte: https://docplayer.com.br/24928584-Smaw-soldagem-por-eletrodos-revestidos.html
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Figura 4.35: Corpo de provas
Fonte: https://docplayer.com.br/24928584-Smaw-soldagem-por-eletrodos-revestidos.html
Referências bibliográficas
[2] OKUMURA, T., TANIGUCHI, C.. LTC, Rio de Janeiro, 1982. Engenharia de Soldagem
e Aplicações
70
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Fundamentos de
Soldagem
1º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1 - Segurança na Soldagem 73
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 Regras de segurança relativas ao local de trabalho 74
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 EPIs 77
Diretor da EEUFMG
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 1.3 EPCs 79
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado
Unidade 2 - Introdução à Química Geral 82
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães 2.1 Modelos atômicos 83
Supervisão de área
2.2 Classificação periódica 86
Prof. Alexandre Queiroz Bracarense
Carolina Martins Abreu Gabriel
2.3 Ligações Químicas 90
Mendes de Almeida Carvalho
72
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1 - Segurança
na Soldagem
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Todo profissional envolvido nos trabalhos de soldagem deve estar consciente das
atividades desempenhadas como também, conhecer os riscos decorrentes da utilização
dos equipamentos manuseados para a execução dessas atividades. É indispensável que
esse profissional se preocupe em adotar medidas de saúde e segurança capazes de
minimizar acidentes, permitindo o desempenho de seu trabalho de forma segura e eficaz.
Em busca de informações
Os acidentes na soldagem são causados, principalmente, pela falta de atenção, pelo uso
incorreto ou o não uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual), por toda a equipe
envolvida no processo.
A maior parte dos acidentes podem ser prevenidos, para isso devemos ter total
conhecimento da maneira correta de utilização dos equipamentos disponíveis.
73
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.1 Regras de segurança relativas ao local de trabalho
Incêndios e explosões
O calor e os respingos produzido por arcos elétricos podem causar incêndios e explosões
se não forem tomadas as devidas precauções. Então, antes de realizar procedimento de
soldagem ou corte, deve-se:
• Eliminar possíveis causas de incêndios – locais onde se solde ou corte não devem
conter líquidos inflamáveis (tintas, gasolina, solvente, etc), sólidos combustíveis (papel,
materiais de embalagem, madeira, etc) ou gases inflamáveis (propano, metano,
acetileno, hidrogênio, etc).
• Instalar barreiras contra o fogo e respingos – quando a operação de soldagem e corte
não puder ser realizada em lugares específicos, devem ser instaladas barreiras para
que os respingos não atinjam os objetos ao redor.
• Nunca soldar, cortar ou realizar qualquer operação a quente em uma peça que não
tenha sido adequadamente limpa, pois as substâncias na superfície da peça podem
gerar gases inflamáveis e tóxicos.
Ventilação
O local de trabalho deve possuir ventilação adequada de forma a eliminar os gases,
vapores e fumos usados, além daqueles gerados pelos processos de soldagem e corte
que podem ser prejudiciais à saúde.
Áreas confinadas – a realização de corte e soldagem em áreas fechadas deve ser feita
com o uso equipamento específico de ventilação e sempre com o uso de máscaras
especiais.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 1.2- Proteção respiratória
Fonte:https://www.honeywellsafety.com/BR/Training_and_Su
pport/Prote%C3%A7%C3%A3o_Respirat%C3%B3ria__Fuja
_do_Assassino_Silencioso.aspx
Metais tais como o aço galvanizado, o aço inoxidável, o cobre, ou que contenham zinco,
chumbo, berílio ou cádmio nunca devem ser soldados ou cortados sem que se disponha
de uma ventilação forçada eficiente. Nunca se deve inalar os vapores produzidos por estes
materiais.
Escolha usar óculos de segurança com protetores laterais quando for soldar, cortar, goivar,
remove a escória de um cordão de solda ou esmerilhar alguma peça, pois partículas
metálicas, respingos e fagulhas podem atingir os olhos em diversos ângulos. Nos
processos semiautomáticos ou automáticos, pontas de arame podem ferir gravemente, é
recomendado usar os óculos de segurança inclusive por baixo da máscara de soldar ou de
qualquer protetor facial.
Qualquer pessoa dentro de uma área de soldagem ou corte, num raio de 20 m, deve estar
adequadamente protegida - A irradiação de um arco elétrico tem grande alcance e as
partículas metálicas e respingos podem voar por grandes distâncias.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Tabela 1.1 - Opacidade de lente
• Não deixar nenhuma área de pele descoberta - Não arregaçar as mangas da camisa
ou do avental.
• Usar roupa protetora resistente ao calor: gorro, jaqueta, avental, luvas e perneiras.
Roupa de algodão ou similares constitui uma proteção inadequada, pois além de ser
inflamável, ela pode se deteriorar em função da exposição às radiações dos arcos
elétricos.
• Usar calçado de cano longo e estreito - Não usar sapatos baixos e folgados nos quais
respingos e fagulhas podem penetrar.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 1.3- Condições inseguras de soldagem
Fontes: https://slideplayer.com/slide/10464580/ ;
https://www.gograph.com/clipart/flash-burn-gg57751379.html ;
https://www.canstockphoto.es/escoria-escombros-5362102.html
1.2 EPIs
Aventais: Os aventais de modelo simples são os mais utilizados, eles têm como objetivo
principal a proteção do tórax e a parte superior das pernas, são indicados na execução de
pequenos trabalhos de bancadas. Outro modelo de avental é aquele que apresenta
mangas agregadas, devido ao seu formato eles possuem uma maior proteção em relação
ao modelo simples, além de protegendo também os braços, ombros e parte das costas.
Sua aplicação é indicada para maioria dos trabalhos realizados pelo soldador. Os aventais
devem ser desprovidos de bolsos para evitar que respingos entrem. O soldador nunca
deve guardar fósforos ou isqueiros nos bolsos da roupa. As botinas de segurança,
preferencialmente, devem ter uma cobertura, geralmente feita do mesmo material das
perneiras para proteção contra respingos da solda.
Mangas: Utilizadas em conjunto com aventais de modelo simples, estas vestimentas têm
a finalidade de proteger somente os braços do soldador.
Luvas de cano longo: As luvas podem ser consideradas uma das partes mais
importantes da vestimenta do soldador, todo o manuseio das peças e acessórios deve ser
realizado com elas. Este EPI tem finalidade de proteger as mãos de possíveis
queimaduras, cortes, bem como isolante contra descargas elétricas. Seus modelos podem
variar quanto às necessidades dos serviços. Luvas de vaquetas são mais flexíveis, porém
menos resistentes luvas de raspas de couro com reforços na palma da mão são usadas
para trabalhos maiores.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Toucas : A Touca utilizada pelo soldador geralmente é fabricada em algodão ou brim, tem
por finalidade proteger a cabeça, orelhas e pescoço dos respingos projetados durante a
execução da soldagem.
Óculos de proteção: Sabemos que os olhos são uma das partes mais sensíveis do nosso
corpo. O uso de óculos de proteção incolor para soldadores deve ser constante, mesmo
quando se utiliza máscaras de proteção. Isso se deve, pois respingos e projeções que
passam por cima da máscara podem atingir os olhos. Existem no comércio óculos de
proteção com várias tonalidades de cores: amarelo, preto, entre outros, caso sejam
usados durante a soldagem eles podem aumentar a luminosidade do Arco elétrico e/ou
não proteger adequadamente, provocando lesões graves aos olhos do soldador.
Máscaras para soldador: Em geral as máscaras de proteção são feitas em fibra de vidro,
fibra prensada ou de plástico, elas têm um visor no qual se coloca o vidro neutralizador e
os vidros protetores. Usa se para proteger o rosto e evitar queimaduras. Existem máscaras
de diversos tipos e para diferentes aplicações, são as principais aquelas com:
78
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Lentes para soldagem: A escolha da lente adequada, depende do processo de soldagem
utilizado, elas possuem extrema importância para que usuário não sofra lesões na visão.
As lentes podem apresentar tonalidades nas cores verde ou cinza com opacidades variadas
em função do processo e amperagem (Tabela 1). As lentes escuras devem ser protegidas
com lentes incolores, preservando-as, visto que as lentes incolores possuem um custo
bem menor que às escuras e podem ser facilmente trocadas.
1.3 EPCs
Equipamentos de Proteção Coletiva têm como finalidade garantir a segurança e
integridade física dos funcionários. Entre eles podemos listar alguns específicos para as
áreas de soldagem:
Fonte: https://projunior.com.br/combate-a-incendio-os-diferentes-tipos-de-extintores/
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 1.6- Cortinas inactínicas
Fonte: http://www.carbografite.com.br/produto/carbografite/cortina-de-solda-
Fonte: https://img.directindustry.com/pt/images_di/photo-g/22204-9847078.jpg
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
Nesta seção estudamos sobre as precauções e atitudes que devemos ter durante o
procedimento de soldagem. Nesse contexto foram abordados os conhecimentos
relacionados à segurança no local de trabalho, segurança corporal, EPI e EPC.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2 - Introdução
à Química Geral
Um começo de conversa
Alguma vez você já se questionou sobre sua origem? Sim. As perguntas mais naturais que
surgem quando pensamos nesse assunto são as seguintes:
• De onde venho?
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
Em nosso cotidiano a Química está em toda parte. Você já pegou farinha, ovos, fermento,
óleo, açúcar, alguns pedaços de fruta, misturou todos esses ingredientes e após colocar no
forno obteve um bolo? Isto ocorreu devido a reações químicas que aconteceram. Bem,
este é só um dos milhares de exemplos da presença das reações químicas em nosso
cotidiano. Bora aprender mais?
82
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.1 Modelos atômicos
Na área acadêmica, um modelo é uma representação criada pelo homem, que procura
retratar um fato ou fenômeno.
Por exemplo, se uma pessoa lhe entregasse uma caixa opaca, fechada, com um objeto
dentro e lhe perguntasse qual é o objeto, o que você faria? Provavelmente você agitaria a
caixa para perceber o som produzido e a partir dele descreveria o objeto, seu formato, o
tipo de material de que é feito etc. Você acabou de criar um modelo que tenta retratar o
que acontece.
5°Postulado: durante as reações químicas, átomos não são criados nem destruídos, mas
apenas rearranjados, formando novas substâncias.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/modelo-atomico-de-
dalton/
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.1.3 Modelo atômico de Thomson (1897)
O átomo de Dalton era neutro, ou seja, não possuía cargas elétricas. Como explicar,
então, a atração existente entre uma régua ou pente, que foi eletricamente polarizado pelo
atrito com lã ou no cabelo, e pequenos pedaços de papel?
Fonte: http://minhasaulasdefisica.blogspot.com/2016/07/eletrizacao.html
Thomson, a partir de seus experimentos com os tubos de raios catódicos, criou um modelo
em que o átomo era formado por cargas positivas e negativas. Tal modelo foi chamado de
modelo “pudim de passas”. A massa desse pudim seria formada por uma esfera maciça
com carga positiva que estaria coberta por cargas negativas, representadas pelas passas.
Com esse modelo ele era capaz de explicar tais atrações citadas.
Para Thomson, o átomo era uma esfera positiva e eletricamente neutra, devido às cargas
negativas espalhadas por toda sua extensão. Com esse modelo, começava-se a admitir a
divisibilidade do átomo e a reconhecer a natureza elétrica da matéria.
Fonte: Http://estruturadoatomolic2013iqunesp.blogspot.com.br/p/experimento-de-
thomson.html
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2.1.4 Modelo de Rutherford (1911)
Experimento de Rutherford
Fonte: Http://agracadaquimica.com.br/category/quimica/page/10/
A partir destes resultados, concluiu que o átomo não era uma esfera positiva com elétrons
espalhados pela sua extensão, pôde-se afirmar que:
• O átomo tem núcleo positivo (+), já que partículas alfa desviavam algumas vezes;
• O modelo atômico de Rutherford sugeriu então, um átomo com órbitas circulares dos
elétrons em volta do núcleo. Comparou o átomo com o Sistema Solar, onde os elétrons
seriam os planetas e o núcleo seria o Sol.
85
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.5 - Modelo de átomo planetário
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.6 - Tabela periódica
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.2.3 Metais
Os elementos metálicos têm propriedades bem típicas:
• Bons condutores de calor, por isso a sensação de frio quando tocamos em um metal –
ele retira calor rapidamente da nossa pele;
2.2.4 Ametais
Os ametais possuem propriedades opostas às dos metais. Os ametais típicos:
• Muitos elementos ametálicos são gasosos e mesmo aqueles que são encontrados na
forma sólida não apresentam elevadas ductilidades ou maleabilidades típicas dos
metais.
2.2.6 Hidrogênio
O hidrogênio apresenta uma química muito peculiar, não sendo conveniente enquadrá-lo
em nenhuma das classificações anteriores.
88
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.3 Ligações Químicas
Por que os átomos estabelecem ligações químicas?
Qualquer ligação química só se estabelece entre dois átomos para formar moléculas, o
arranjo resultante se das iterações entre seus núcleos e seus elétrons apresentar energia
mais baixa que a energia total dos átomos sozinhos. Assim, podemos dizer que os átomos
se ligam para assumirem uma condição de mais baixa energia, chamada de condição
estável, através da doação ou compartilhamento de elétrons.
Conceitos fundamentais:
Ponto de fusão é a temperatura em que uma substância passa do estado sólido passa o
estado líquido.
Ponto de ebulição é a temperatura em que uma substância líquida passa para o estado
gasoso, à determinada pressão.
Estado físico: Estados físicos da matéria, estado sólido, estado líquido, estado gasoso.
Fonte: Http://educacao.globo.com/quimica/assunto/ligacoes-quimicas/ligacao-ionica.html
89
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Propriedades de materiais que fazem ligação iônica:
• Temperatura de fusão e de ebulição elevadas em virtude de a ligação iônica ser forte
na maioria dos casos.
• Os sólidos iônicos são maus condutores devido à pouca movimentação dos íons nesse
estado.
Fonte: http://www.trajanocamargo.com.br/wp-
content/uploads/2012/05/Estrutura_Cristalina_materialdeapoio1.pdf
Fonte:
Http://saladeexplosoesthuanyjac
ob.blogspot.com.br/2013/11/
90
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Propriedades dos metais:
• São sólidos a temperatura ambiente.
• Possuem pontos de fusão que vão de médios a elevados.
• Bons condutores de eletricidade e calor.
• São brilhantes.
• São maleáveis e dúcteis.
Fonte: Http://alunosonline.uol.com.br/quimica/polaridade-
das-ligacoes.html
Fonte: Http://quimica-dicas.blogspot.com.br/2011/06/resumo-das-diferencas-entre-ligacao.html
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Definições
Postulado: O que se considera como fato reconhecido, como axioma, como verdade
indemonstrável, mas certa ou necessária.
Matéria: Tudo o que é tangível (pode ser “percebido, tocado”).
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Definições
Postulado: O que se considera como fato reconhecido, como axioma, como verdade
indemonstrável, mas certa ou necessária.
Matéria: Tudo o que é tangível (pode ser “percebido, tocado”).
1. O que é matéria?
2. O que é um átomo?
3. Qual foi o primeiro modelo atômico criado, quais eram as suas suposições feitas para
criar o modelo?
4. Qual questão o modelo de Thomson tentou resolver?
5. Desenhe um átomo baseado no modelo de Rutherford e dê os nomes de cada parte
desse átomo.
6. Caracterize os metais e dê dois exemplos de átomos metálicos.
7. Caracterize os ametais e dê dois exemplos de átomos ametálicos.
8. Caracterize os gases nobres e dê dois exemplos de átomos de gases nobres.
9. Caracterize o hidrogênio.
10. Por que os átomos estabelecem ligações químicas?
11. O que é uma ligação iônica? Dê um exemplo.
12. O que é uma ligação metálica? Dê um exemplo.
13. O que é uma ligação covalente? Dê um exemplo.
14. O que são ligas metálicas?
15. O que é ponto de ebulição?
16. O que é ponto de fusão?
17. O que é condutividade elétrica, qual elemento se movimenta para criar corrente?
18. O que é dureza?
Recapitulando
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Para saber mais
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 3 - Desenho
Técnico
Um começo de conversa
Nas indústrias, serralherias, nas construções, enfim, em todo lugar onde a engenharia
esteja envolvida, conceber formas e padrões para que várias pessoas compreenderam e
executem os projetos corretamente é fundamental. Uma ferramenta essencial para esse
entendimento é através da execução de desenhos técnicos. A partir deles é possível
identificar os parâmetros necessários para se fabricar um parafuso, uma estrutura
metálica, um eixo com as dimensões solicitadas.
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
Você já ouviu falar de linha tracejada, vista, escala, perspectiva, caligrafia técnica, folha A3,
cota? Esses elementos fazem parte de um desenho técnico. Nesta unidade aprenderemos
sobre esses conceitos e outros mais com a finalidade de capacitá-los a entender,
desenvolver e atuar em grandes projetos!
95
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.1 Desenho Técnico
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de um objeto, dimensão e posição de uma junção de figuras de acordo com
as diferentes necessidades da área industrial, fabril e da arquitetura.
Fonte: Http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/nocoes-primitivas-geometria-ponto-reta-plano-
espaco.htm
Fonte: Http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/nocoes-primitivas-geometria-ponto-reta-plano-
espaco.htm7
96
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Espaço, assim como o plano é uma justaposição de retas, contudo as dimensões de um
plano se estendem para mais direções se comparado ao plano, um plano tem duas
dimensões, enquanto o espaço que iremos lidar nessa apostila tem três dimensões. Pode-
se dizer que o espaço é o conjunto de planos colocados um sobre o outro, de modo que
dois planos não possuam nenhum ponto em comum, mas que estejam tão próximos a
ponto de serem confundidos.
Figura 3.3- Representação de espaço.
Fonte: Http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/nocoes-primitivas-geometria-ponto-reta-plano-
espaco.htm
Fonte: Http://matematicacinco.blogspot.com.br/2010/10/faces-vertices-e-arestas.html
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3.5 - Conceitos de geometria descritiva.
F – Vista frontal
E – Vista lateral esquerda
D – Vista lateral direita
I – Vista inferior
S – Vista superior
P – Vista posterior
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3.7- Representação das projeções ortográficas
Fonte: Apostila de desenho técnico UFPR --AGRONOMIA – CEG012 B - Márcio Fontana Catapan, Dr. Eng,
p.60
Exemplo
Figura 3.9- Perspectiva isométrica
=
Perspectiva isométrica Vistas ortográficas
Fonte: Apostila de desenho técnico UFPR --AGRONOMIA – CEG012 B - Márcio Fontana Catapan, Dr. Eng
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.2.3 Tipos de Linhas
A norma NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos - classifica os tipos de linhas de
um desenho técnico quanto a sua utilização e representação. Na tabela abaixo se
encontra um resumo dos tipos mais comuns, contudo há regras quanto a relação entre a
razão da linha mais grossa e a mais fina, que não deve variar mais que 2, entre outras.
Fonte: https://cursostarget.com/artigo/aplicacao-de-linhas-em-desenho-tecnico-nbr-8403
Hachuras
O conjunto de linhas estreitas dispostas em uma área do desenho técnico é conhecido
como hachura, ele pode servir tanto para identificar área de corte conforme normatizado
pela NBR 12298 (1995) quanto o tipo de material, neste último caso acompanhado de
legenda.
.
100
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3.10 – Disposição das linhas
• Hachuras de corte devem estar dispostas na diagonal formando 45˚ com as linhas
principais da figura;
• Hachuras em uma mesma peça devem ser feitas sempre na mesma direção;
• As hachuras, em uma mesma peça composta (soldada, rebitada, remanchada ou
colada), são feitas em direções diferentes conforme (NBR 12298, 1995).
Fonte: NBR 12298 Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico (ABR 1995).
101
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Formato folhas – dimensões(mm)
Figura 3.12- Formato padrão das folhas serie A.
102
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Tabela 3.2 - Dimensões de folhas padrões de desenho técnico.
Fontes adaptada: Apostila de desenho técnico UFPR - Márcio Fontana Catapan e NBR 10068
Dobras
A NBR 13142 padroniza como deve ser feita a dobra dos desenhos téncnicos de acordo
com o tamanho da folha utilizada, o objetivo é que todos os projetos fiquem ao final com o
tamanho de uma folha A4 mantendo a legenda visível.
(a)
103
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(b)
(c)
(d)
Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-13142-dobramento-de-copia
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3.2.5 Caligrafia Técnica
Figura 3.15- Exemplo de caligrafia técnica.
Fonte: Https://www.dumonttreinamentos.com.br/caligrafia_tecnica
3.3 Cotas
Cotagem: É a indicação das medidas das peças em seu desenho. Ao cotar você deve
tentar imaginar se com as medidas representadas será possível fabricar a peça.
105
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.3.1 Escala
É uma relação que se estabelece entre as dimensões de um objeto em relação a
verdadeira grandeza e aquelas que ele possui em um desenho.
Figura 3.17 - Relações de escala
Fonte: Apostila de desenho técnico UFPR --AGRONOMIA – CEG012 B - Márcio Fontana Catapan, Dr. Eng,
p.18
106
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
107
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4. Construa a Perspectiva Isométrica das peças dadas.
108
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5. Correlacione as projeções ortogonais correspondentes a cada perspectiva.
109
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Fonte: (Apostila-Desenho-Tecnico-UFPR)
Escala 1:1
110
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Recapitulando
111
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 4 -
Planejamento para
execução de um
Projeto
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
Imagine que você é dono de uma serralheria e deseja que sua empresa se torne referência
no mercado. Certo dia, uma grande construtora pede um orçamento para confecção de
estruturas metálicas para cobrir dois ginásios poliesportivos. Você tem o projeto estrutural,
você conseguiria conceber um planejamento para execução do trabalho com os custos,
previsão de tempo e qual processo usaria para atender ao pedido da construtora?
Bem, o conteúdo deste capítulo espera dar um direcionamento para desafios como esse
citado no parágrafo anterior.
112
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.1 Projeto
Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado
exclusivo. O projeto é temporário por ter uma data prevista para iniciar e para terminar.
Figura 4.1- Esquema de projeto
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/50446/
Fonte: http://marcelojusta.blogspot.com/2016/09/quais-as-fases-do-gerenciamento-de.html
113
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Iniciação
Identificação de:
Identificação das - restrições; Autorização do
necessidades - premissas e projeto
- riscos.
Estudo de Busca de
viabilidade alternativas
Planejamento
Desenvolvimento de
Ter o escopo do
Desenvolvimento de planos de
projeto alinhado às
orçamentos e gerenciamento de
atividades a serem
cronogramas comunicação, risco
programadas
e de qualidade
Programação das
competências
Sequenciamento de
necessárias e de
atividades; recursos operacionais
e financeiros
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Execução:
Comunicação
Treinamento de Verificação da
integrada entre
pessoal operacional qualidade do projeto
participantes
Controle:
Acompanhamento paralelo
das etapas para garantir
que os objetivos do projeto
sejam alcançados
Final:
Entrega do
resultado/produto Comissionamento
final
Preparo do material
de trabalho para
Avaliação
reutilização e
consulta
115
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.2 Documentação de Projeto
A documentação é o conjunto de todos arquivos e fontes contendo informações que
ajudem a tomar decisões, comuniquem decisões tomadas, registrem assuntos de
interesse da organização ou do indivíduo. Podem ser apresentados na forma escrita,
gráfica e oral.
Para ser útil, toda a informação deve ser colocada em uma forma que possa ser
compreendida e aplicada com precisão tanto por você mesmo quanto por outro usuário.
Ela deve ser comunicada utilizando a documentação (Mccahan, 2017).
Por exemplo, trataremos de um pedido para compra de um café. Uma instrução comum
seria “Você pode comprar um café para mim¿”, uma instrução de engenharia para o
mesmo pedido seguiria esse formato:
1. Você poderia ir à loja de café na esquina sudeste das ruas College e St. George, em
Toronto, Ontário.
2. Vá ao balcão de serviço.
4. Pague ao caixa.
8. Local de entrega: rua St. George, edifício Bahen, 44, sala 1007.
Todos os valores +-10%, a menos que especificado de outra forma. (Mccahan, 2017)
A quantidade de instruções é muito maior e detalhada conforme visto, tudo isso para que a
tarefa seja executada exatamente da forma como é esperado. Esse é o motivo pelo qual
essa linguagem de instrução é utilizada para esse tipo de comunicação, ela deve ser bem
116
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
clara. Evitar erros é fundamental nas ações e serviços prestados na área de engenharia e
outros que possam gerar riscos à vida caso sejam executados de forma incorreta.
O material que apresentar a maior pontuação final será o mais indicado para se realizar o
projeto.
117
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
A segunda opção para seleção de materiais é por meio de gráficos. A partir dos gráficos
que quantificam as características de diversos materiais é possível delimitar os valores que
se enquadram nas especificações do projeto e escolher aqueles materiais que satisfazem
essas necessidades. Para isso é necessário um banco de dados com os diferentes
materiais e o valor das suas propriedades, tendo isso basta traçar linhas que delimitem os
valores mínimos ou máximos que o seu projeto exige.
Exemplo
Usaremos o diagrama da Figura 4.3 para determinar quais matérias possuem módulo de
elasticidade menor que 10GPa e custo menor que 10£/kg.
Fonte: http://www-materials.eng.cam.ac.uk/mpsite/interactive_charts/stiffness-cost/NS6Chart.html
118
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Introdução: Introdução significa o início ou o começo. É o ato ou efeito de introduzir.
É um texto breve que antecede uma obra escrita, e que serve para apresentá-lo ao
leitor, é o prefácio da obra. Responder as perguntas O que? / Quem? / Como? / Onde? /
Quando? / Motivo? / Quem?
Método: é o conjunto das normas básicas que devem ser seguidas para a produção de
conhecimentos que têm o rigor da ciência.
Insumos coletados: as técnicas de pesquisa processam os insumos coletados pelo
pesquisador. Esses insumos devem ser descritos na comunicação científica para que seja
possível a avaliação da adequação dos insumos e dos procedimentos empregados, bem
como repetir a replicação da pesquisa.
Referencial teórico: Referencial teórico faz parte dos trabalhos científicos e acadêmicos,
e consiste num resumo de discussões já feitas por outros autores sobre determinado
assunto, servindo como embasamento para o desenvolvimento de um tema específico.
Conclusão ou discussão dos resultados: conclusão é o ato de finalizar ou concluir uma
ideia, processo, texto, trabalho e demais atividades que requerem um término para uma
sequência de etapas.
Referências (e citações): As citações no texto estão diretamente vinculadas ao sistema
de organização das referências, colocadas no final dos trabalhos.
119
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
Finalmente, neste capítulo pode-se aprender um pouco mais sobre o que é um projeto e
suas respectivas etapas, documentação e forma de se pensar na engenharia, seleção de
materiais e como se escrever um texto científico.
Referências Bibliográficas
120
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
• Mccahan, S. e. 2017. Projetos de Engenharia (1° ed.). Rio de Janeiro: LTC.
• NBR 12298. (1995). Representação de área de corte por meio de hachuras em
desenho técnico. ABNT.
• Ponto. 5 de novembro de 2019. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_(matem%C3%A1tica). Acesso em 19 de fev 2020.
121
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Comunicação e
Relações Humanas
1º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1: A Importância da Disciplina 124
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 Tipos de Linguagem 126
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 Interpretação de Texto 126
Diretor da EEUFMG
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 1.3 Interpretação de Linguagens Não Verbal e Mista 126
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado 1.4 Currículo 127
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães 1.5 Entrevista de Emprego 127
123
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Importância
da Disciplina
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Entender melhor sobre a disciplina a ser lecionada ao longo do ano letivo, tirando
possíveis dúvidas e compreendendo melhor a importância de uma boa comunicação no
dia a dia.
Em busca de informações
124
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Na maioria das situações, estamos em contato com pessoas muito diferentes de nós.
Pessoas que nasceram em outras famílias, tiveram outra educação, fazem parte de outra
cultura, têm outra crença religiosa, enfim, têm uma visão de mundo diferente da nossa.
Este é um fato que não podemos esquecer quando nos comunicamos. O conteúdo que
falamos pode ser interpretado de forma diferente da que desejamos passar.
Desta forma, para que a comunicação seja assertiva, temos que cativar as pessoas,
estabelecer laços empáticos, ter boa argumentação e transmitir confiança através de
nossa postura, gestos, voz, linguagem, ritmo de fala, dentre outros. Algumas pessoas tem
maior facilidade em comunicar-se do que outras, o que pode ser resolvido com estudo,
treino e dedicação. Essa disciplina foi pensada e elaborada pensando no seu
desenvolvimento pessoal.
Os assuntos abordados normalmente são pouco vistos nas escolas, seja no ensino
fundamental e médio, e utilizando de uma abordagem mais prática e voltada pro seu
crescimento pessoal e profissional. O processo de comunicação é uma arte e não existem
receitas prontas para uma interação eficaz. É importante que cada um faça a sua parte.
Vamos discutir temas muito importantes, com objetivo prático de aplicar os conhecimentos
no seu dia a dia, no trabalho, no seu círculo familiar e de amizades, visando sempre ser
pessoas melhores, profissionais melhores, com um maior nível de qualidade de vida, com
relacionamentos bons e duradouros.
Responda para si mesmo: você gostaria de alcançar esses objetivos? Se sim, aproveite
tudo que essa disciplina tem a oferecer. Se ainda não ficou claro a importância da
Comunicação e das Relações Humanas, dê uma chance para a disciplina e se mantenha
aberto aos aprendizados que ela trará pra sua vida.
A seguir serão apresentados alguns dos temas específicos que serão trabalhados nesta
disciplina. É válido ressaltar que pode haver mudanças ao decorrer do ano, e também
diferenças no conteúdo de acordo com o curso, pois cada um tem necessidades
específicas. Por exemplo, o curso de Mestre de Obras necessita de um foco maior em
liderança, então o foco nesse tema será maior para essas turmas do que para as outras de
outros cursos.
Se você não tem hábito de leitura, não se preocupe, isso é normal. Não se assuste com a
quantidade de textos, pois apesar do tamanho, são textos fáceis de ler e compreender,
deixando a leitura mais confortável. Leia sempre com calma e muita atenção, para
absorver o máximo possível do conteúdo. Se necessário, leia em voz alta para você
mesmo, essa prática ajuda a focar no que está sendo lido e melhora sua habilidade de
leitura e dicção.
125
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.1 Tipos de Linguagem
Nesse tema será abordado a principal ferramenta desta disciplina: a linguagem, a base da
comunicação. Como ela é usada? De quais formas? Onde e quando? E afinal, por que
usamos linguagens? O objetivo desse conteúdo é mostrar a todos que a linguagem está
em todo o lugar e, através dela, nos comunicamos e transmitimos mensagens o tempo
todo e de incontáveis formas.
Pode parecer sem importância, mas o fato é que quanto mais uma pessoa estiver
consciente das linguagens ao seu redor, mais informações ela consegue reunir, e com
mais informações ela pode tomar decisões mais corretas e precisas.
126
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.4 Currículo
O currículo é a ferramenta mais comum na hora de procurar um emprego, ou então de
divulgar o histórico e as competências de um profissional. No mercado de trabalho atual,
que está cada vez mais competitivo, as empresas com vagas recebem muitos currículos, e
rapidamente vários deles são descartados. Você sabe o motivo? Acha que já esteve entre
esses que nem foram chamados para entrevista?
Nas aulas sobre currículo você aprenderá tudo sobre esse documento extremamente
importante na trajetória profissional e pessoal. “O que deve conter num currículo? O que
não deve estar no currículo? Qual é o tamanho ideal? Como sei qual é o tipo de currículo
certo para a vaga que estou tentando?”, são alguns tópicos abordados nesse capítulo,
tanto na apostila quanto nas aulas.
E para os autônomos e empresários, o tema também é muito relevante, pois quem recruta
trabalhadores também deve saber como avaliar um currículo de outra pessoa. Caso haja
demanda da turma, também será trabalhado o tema “Carta de Apresentação”, que pode
ajudar quem trabalha como autônomo, sempre procurando clientes.
127
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.7 Conduzindo Relacionamentos
Muitas pessoas dizem que é impossível uma pessoa mudar a maneira como ela é e se
relaciona. Mas isso não é verdade. Não é fácil mudar algo que foi sendo formado por anos,
desde seu nascimento, mas não é impossível. Esse capítulo irá instruí-los em como
conduzir da melhor forma seus relacionamentos interpessoais e intrapessoais.
Relacionamento interpessoal é tudo que podemos pensar a respeito de relacionamento
entre pessoas. Pai e filho. Amigo e amiga. Empresária e funcionário. Vendedor e cliente.
Policial e motorista parado na blitz. Professor e alunos. Político e eleitores. Cada relação
entre duas ou mais pessoas tem suas características específicas. Esse tema estará
presente em vários outros assuntos durante o curso, como “entrevista de emprego” e
“liderança”, por exemplo. Mas, nas aulas específicas sobre relacionamento interpessoal,
serão discutidas técnicas para se relacionar melhor, para fazer com que outras pessoas se
entendam sem discórdia, para influenciar pessoas (de uma maneira positiva), e para os
mais diversos usos na vida diária.
1.10 Redação
Escrever uma redação pode ser protagonista dos piores pesadelos de algumas pessoas.
Saber colocar as ideias que temos na cabeça no papel é uma tarefa difícil para a maioria
das pessoas. Nesse capítulo, você aprenderá, sem pânico e de forma simples, como
construir uma boa argumentação para escrever uma redação dissertativa argumentativa,
modelo de redação proposto pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Você será
apresentado ao modelo básico e dicas de como redigir uma redação dentro dos critérios
exigidos pela banca corretora do exame.
128
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.11 Introdução ao Cartão de Visitas
O cartão de visitas é indispensável para todo profissional, pois é uma das formas mais
eficientes de apresentar as impressões da sua empresa. É uma maneira de divulgar seu
negócio indiretamente e de deixar a pessoa mais à vontade para entrar em contato,
pesquisar mais sobre a sua empresa e conhecer mais a fundo os serviços ou produtos que
ela oferece. Nesse capítulo você aprenderá como montar um bom cartão de visitas, com
dicas para sua elaboração.
1.12 Extras
Como a disciplina de Comunicação e Relações Humanas não se trata de assuntos
técnicos à profissão referente do curso, o instrutor tem liberdade em trabalhar temas
distintos dos apresentados na apostila da disciplina. Temas que ele considere relevantes e
que sejam uma demanda e de interesse da turma e/ou curso. Pode-se citar como
exemplo: economia doméstica, legislação, contratos, Dia do Trabalhador, entre outros.
129
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Existe algum tema que você gostaria muito de estudar ao longo do ano? Toda a turma
deve usar o fim da aula para compartilhar ideias que contribuirão para o desenvolvimento
de habilidades em comunicação ao longo do ano
Recapitulando
Tire suas dúvidas com o professor sobre alguma disciplina que será tratada ao longo do
ano. Você compreendeu o que será abordado em cada uma?
Referências Bibliográficas
130
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2: Tipos de
Linguagem
Um começo de conversa
A comunicação é a base das relações humanas, por isso, quando má utilizada, ela pode
causar mal entendidos, acidentes, atrasos e impedimentos. Nesta unidade, iremos
aprender o que é linguagem e como a linguagem se manifesta. Assim, poderemos usar a
linguagem de maneira mais eficiente e eficaz possível para nossos objetivos.
Objetivos da Aprendizagem
O objetivo principal dessa unidade é definir o que é linguagem e suas aplicações. Além
disso, aprenderemos a deixar a linguagem simples e de fácil compreensão, sempre
seguindo a meta de passar uma informação ou manter uma comunicação.
Em busca de informações
Linguagem é processo comunicativo pelo qual indivíduos e/ou grupos interagem entre si. A
linguagem usa vários meio e formas para agir. Uma pessoa acenando para se despedir de
uma alguém é um exemplo de linguagem. Mas existem outros exemplos de linguagem,
todos encontram-se dentro de um tipo que vamos explicar melhor na unidade. Esses tipos
são divididos, essencialmente, em três: Linguagem verbal, não verbal e mista.
Estudaremos cada parte separadamente.
131
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.1 Linguagem Verbal
Fonte: https://vivamelhoronline.com/tag/bula-de-remedios/
132
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.2: Seis passos para mediar uma discussão no ambiente de trabalho.
Fonte: https://www.napratica.org.br/mediar-discussoes-no-ambiente-de-trabalho/
A linguagem não verbal como o nome sugere é aquela toda aquela comunicação que não
é verbal, ou seja, não é oral nem escrita. Compreende a expressão do pensamento por
meio de elementos comunicativos sem o uso de palavras, como: placas, figuras, gestos,
objetos, cores, ou seja, utiliza-se de simbologias textuais. A linguagem não verbal não tem
limites, então para melhor compreensão vamos focar em dizer que é toda linguagem que
não é oral nem escrita. Lembrando que a linguagem precisa ser processo comunicativo,
portanto alguma imagem, dança, música, etc. que não possui essa característica não é
linguagem.
Abaixo alguns exemplos de linguagem não verbal.
Língua Brasileira de Sinais – Libras – é uma das línguas oficiais do Brasil e tem como
principal função surdos se comunicarem.
133
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.3: Língua Brasileira de Sinais
Fonte: http://desenvolveitaquera.com.br/2020/01/08/curso-de-libras-em-sao-paulo/
As placas de trânsito servem para indicar uma advertência, obrigação ou informação sobre
o trânsito em determinados locais.
Figura 2.4: Placas de Trânsito: fique atento a sinalização para chegar ao seu destino em segurança.
Fonte: https://icetran.com.br/blog/placas-de-transito/
134
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Expressões faciais também têm função de linguagem, pois passa informações sobre como
o emissor está se sentindo acerca de determinada informação.
Fonte: https://minutodosaber.com/2012/08/a-piada-mais-engracada-do-mudo/
135
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.6: Linguagem Mista
Fonte: https://www.goconqr.com/flashcard/9988054/flash-cards-de-linguagem-verbal-n-o-verbal-e-
linguagem-mista
Esta placa é sobre uma situação que pode trazer um acidente. Observe que as cores e o
desenho da caveira servem para chamar atenção, além do uso de palavras para reforçar a
mensagem que se deseja transmitir.
Fonte: https://www.goconqr.com/flashcard/9988054/flash-cards-de-linguagem-verbal-n-o-
verbal-e-linguagem-mista
136
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Identifique os tipos de linguagem das imagens abaixo e explique quais delas exercem com
mais eficiência a função de manter uma comunicação.
Fonte: https://www.kalunga.com.br/prod/placa-p-sinalizacao-12x12-proibido-fumar-
900ah-sinalize-pt-1-un/630379
Fonte: https://www.sinalplast.com.br/produto/placa-proibido-fumar/
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Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.10: Perigo – é proibido fumar
Fonte: https://enfoquevisual.com.br/collections/proibido-fumar/products/perigo-e-
proibido-fumar
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Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Recapitulando
A linguagem verbal é oral e escrita, enquanto linguagem não verbal é aquela que não é
oral ou escrita. A linguagem mista é composta por verbal e não verbal.
Referências Bibliográficas
139
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 3:
Interpretação de Texto
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
Ler é uma atividade muito importante para o sucesso individual, tanto na escola, quanto no
trabalho, a leitura em si é um dos pontos para chegar ao conhecimento, ainda que seja o
caminho, de nada vale somente ler, mas também é necessário compreender e interpretar a
mensagem dentro do texto. Dessa forma, considera-se também que o leitor, que recebe a
mensagem, e o texto, que emite a mensagem, são dois universos que somente se
encontram no momento da leitura, que é feita através de um meio que utiliza um código,
em que as informações estão inseridas.
140
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3.1: Fluxograma de Mensagem
Fonte: https://www.algosobre.com.br/redacao/dicas-de-interpretacao.htm
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Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.2 Decifrando a Informação
A seguir veremos três significados diferentes da palavra saudade:
“Aquilo que deixei em São Paulo. Aquilo que meu coração jura ter largado por lá e sente
um aperto só de pensar. Um sorriso que eu não dou faz semanas. Um abraço que eu não
dou faz anos. É aquela vontade danada de entregar um beijo atrasado. Um show na
chuva.
A galeria de fotos do meu celular”
Saudade, segundo o escritor João Doederlein.
Mesmo que você nunca tenha visto nenhuma dessas definições da palavra saudade, com
certeza você conheceu esse sentimento e mesmo que sejam pessoas diferentes a
compreensão é muito semelhante. Ou seja, a interpretação do texto pode variar, mas não
pode ser tão diferente, para os falantes da mesma língua e/ou que tenham um
conhecimento básico sobre seu vocabulário.
Essa conexão com o assunto que é estabelecida pelo leitor quando precisa definir alguma
palavra ou responder alguma pergunta, acontece a partir do seu conhecimento de mundo
e o quanto ele sabe sobre a língua. Portanto, nossas experiências e conhecimento pessoal
podem facilitar a interpretação de algo, mas nunca devem sobrepor o que está sendo dito
no texto.
142
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.3 Texto mais complexo
Agora iremos analisar a reportagem a seguir:
Seis pessoas são presas por práticas ilícitas no socorro às vítimas em Brumadinho
Por Agência Brasil, 15:37 / 05 de fevereiro de 2019
De acordo com o major Flávio Santiago, não é incomum pessoas agirem com má-fé para
se beneficiarem da solidariedade despertada em momentos como este.
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Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
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3. Essa é uma reportagem retirada do jornal Diário do Nordeste, mas onde aconteceu o
fato noticiado? E por que o fato teve esse impacto?
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5. Redija um pequeno texto sobre o que se trata a reportagem e sua importância, tente
não copiar muitas das informações que estão no texto.
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Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Recapitulando
Referências Bibliográficas
Seis pessoas são presas por práticas ilícitas no socorro as vítimas de Brumadinho.
Disponível em:<https://diariodonordeste.verdes-mares.com.br/editoriais/pais/online/seis-
pessoas-sao-presas-por-praticas-ilícitas-no-socorro-as-vitimas-de-brumadinho-1.2059314>
Acesso em: 24 abr. 2020
145
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Informática Básica
1º Bimestre
Sumário
Universidade Federal de Minas Gerais
Unidade 1: Conceitos básicos de computadores 148
Reitor
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
1.1: Conceitos básicos 149
Vice-reitor
Prof. Alessandro Fernandes Moreira 1.2: Componentes de entrada, processamento, 151
armazenamento e saída
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
Unidade 2: Programas, menus e campos de 156
Diretor da EEUFMG trabalho
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 2.1 Área de trabalho ou desktop 157
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado 2.2 Menu iniciar 157
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães
2.3 Programas e suas características 158
147
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Conceitos
básicos de
computadores
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
148
Mestre de Obras CIPMOI 2020
Em busca de informações
Hardware: É a parte física do computador, composta de peças, fios, chips, placas, etc.
Exemplos: HD, Drive de DVD, Impressora, mouse e teclado.
Software: São os programas. Eles são o que tornam os computadores úteis e capazes de
realizar as mais diversas tarefas que desejarmos. Exemplos: Calculadora, Word, Excel e
PowerPoint.
149
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Notebooks: Computadores portáteis. Normalmente mais caros que os
microcomputadores, mas de funções e utilidades semelhantes. Sua principal
diferença em relação ao PC é a presença de bateria que possibilita a
portabilidade. É nesta categoria que se encontram os netbooks (voltados
para o uso da internet) e ultrabooks (mais poderosos que os notebooks
comuns).
Smartphones: São celulares com tecnologias avançadas, possuindo
programas e um sistema operacional (serão discutidos nos próximos
tópicos). Nos últimos anos, sua popularidade aumentou bastante e hoje o
número de vendas de smartphones já supera dos microcomputadores.
Tablets: Nova geração de computadores portáteis. Mais finos, são muitas
vezes a fusão do notebook com os celulares. Apesar da praticidade de
locomoção e armazenamento costumam ser mais limitados, sem tantas
utilidades práticas, que o notebook ou o microcomputador.
A forma como os computadores funcionam é bem simples. Ele recebe uma informação,
processa, e devolve um resultado. Em outras palavras, utilizando os programas e
aplicativos adequados, o computador pega as informações que fornecemos para ele,
transforma-as, realizando aquela operação que queremos e nos devolve tudo pronto. Por
exemplo, a função calculadora ou editor de texto. Digitamos os números e o símbolo da
operação que queremos que o computador realize. Internamente ele resolve a operação e
nos apresenta o resultado.
Resumindo o computador funciona sob três aspectos: Entrada, Processamento e Saída.
O desenho acima pode representar o ato de uma pessoa digitar um texto em um editor.
Enquanto ela tecla as letras para compor o texto (entrada), o computador realiza um
processamento para que a pessoa consiga ver num dispositivo de saída, uma tela e/ou
impressora, o que ela digita.
150
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.2 Componentes de entrada, processamento, armazenamento e saída
151
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Disco Rígido: Também chamado de Disco Magnético ou, simplesmente, ‘HD’
(Hard Disk). É a memória secundária do computador. Armazena de forma
permanente os dados e informações (arquivos e programas).
SSD: Novo dispositivo de armazenamento que está substituindo aos poucos
os antigos discos rígidos. Possui uma maior velocidade de leitura e gravação,
além de ser mais resistente a impactos. Porém, o HD ainda é muito mais
utilizado, devido a seu baixo custo se comparado ao SSD.
Placa-Mãe: Placa responsável por conectar todos os componentes do
computador, ou seja processador com memória RAM, disco rígido, entre
outros.
Monitor: Vídeo. Tela onde aparecem as imagens e informações do
computador.
Impressora: Imprime textos, desenhos, gráficos e diversos outros tipos de
documentos criados no computador. Pode também ser um dispositivo de
entrada/saída, uma vez que muitas impressoras são também scanners
(aparelhos que digitalizam documentos e os envia para o computador).
Modem: Componente de entrada/saída que converte sinal analógico em
digital e vice-versa, permitindo aos computadores se conectarem à Internet.
Estabilizador: Protege os componentes do computador das variações de
tensão da rede elétrica. Esse componente é encontrado na maioria dos
computadores.
Gabinete: Carcaça onde são instalados os componentes de processamento
do computador. Muitas vezes, ao dizermos CPU ou Computador, estamos
nos referindo ao gabinete. Nele também se instala as adaptações de fonte,
que alimentam com energia o computador, e o cooler que é um ventilador que
serve para refrigerar o computador.
Ligar o computador:
• Quando necessário, conectar os componentes externos do computador (teclado,
mouse, monitor, impressora, etc.);
• Verificar os cabos de energia do PC (microcomputador);
• Verificar se a tensão ou “voltagem” está correta, 110 volts ou 220 volts;
• Caso todos os cabos estiverem conectados, ligar o estabilizador, caso tenha um. O
estabilizador possui um botão Liga/Desliga de acesso e identificação simples;
• Ligar o PC através do botão Liga/Desliga que se encontra no gabinete;
• Aguardar os procedimentos de inicialização do PC;
• Informar senha e nome do usuário, caso existam e quando for solicitado.
152
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Desligar o computador - Windows 7 e Windows XP
• O procedimento de desligar o PC é muito importante para preservar o equipamento e
as informações armazenadas nele, portanto, é muito importante acostumar-se a seguir
o procedimento de desligar;
• Clicar no botão Iniciar;
• Clicar na opção Desligar;
• Selecionar a opção Desligar/Desativar o computador;
• Aguardar a mensagem de desligar o computador, quando existir e somente então,
desligar apertando o botão Liga/Desliga do computador ou esperar o computador
desligar automaticamente;
• Desligar o estabilizador através do botão Liga/Desliga do estabilizador.
Windows XP Windows 7
Figura 1.3: Desligar o Figura 1.4: Desligar o Figura 1.5: Desligar o
computador Windows XP computador Windows 7 computador Windows 7
153
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Desligar o microcomputador - Windows 10
• No Sistema Operacional Windows 8, basta clicar no menu iniciar;
• No canto inferior esquerdo veremos um botão com o símbolo de desligar, basta clicar
nele;
• Escolha a opção de desligar o computador.
Fonte: Windows 10
Fonte: Windows 10
154
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Atividade 1:
Realize repetidas vezes (3 no mínimo) os corretos procedimentos de ligar e desligar o
computador. É importante repetir a atividade para memorizar os procedimentos corretos.
Realizar o ligamento e o desligamento correto de um computador evita a perda de dados e
informações e previne contra eventuais danos.
ATENÇÃO: Se essa é a primeira vez que você realiza esses procedimentos, peça para
que o instrutor ou alguém com bons conhecimentos de informática lhe ajude.
Atividade 2:
Pense em três tarefas realizadas pelo computador. Descreva como o esquema de
funcionamento do computador (entrada > processamento > saída) aparece nessas tarefas.
Atividade 3:
Pense em três tarefas realizadas pelo computador. Descreva os hardwares envolvidos
nessas tarefas, classificando-os em hardware de entrada, processamento,
armazenamento e saída.
Recapitulando
155
Mestre de Obras CIPMOI 2020
Unidade 2: Programas,
menus e campos de
trabalho
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Vamos pensar um pouco sobre o que seria um computador que possuísse a parte física
(hardwares), mas não possuísse programas. Um computador apenas com peças é apenas
uma caixa cheia de fios e chips, mas incapaz de resolver e realizar tarefas para as
pessoas. O que permite a interação entre a máquina e as pessoas são os softwares. Um
dos softwares principais em um computador doméstico é o sistema operacional. O SO (ou,
no inglês, OS) é um programa que permite ao usuário entender e trabalhar com funções
básicas do computador, além de criar um caminho para que diferentes programas possam
“conversar” com a máquina. Nosso estudo se pautará no SO conhecido como Windows 7
e trabalharemos aprendendo como esse SO nos apresenta as funções do computador.
156
Mestre de Obras CIPMOI 2020
Em busca de informações
Fonte: Windows 7
Fonte: Windows 7
Utilizando-se o mouse, clique no botão Iniciar ou aperte a tecla com o símbolo do Windows
no teclado;
157
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Para cada item listado, ao apontar o mouse e clicar uma vez com o botão esquerdo do
mouse, o item será executado;
Note que neste menu, alguns itens podem conter submenus.
Fonte: Windows 7
Programas, ou softwares, nos permitem realizar diversas tarefas com o computador, entre
elas: Digitar textos, criar planilhas, editar imagens e vídeos, criar apresentações, entre
outras tarefas. Cada programa possui características próprias, porém a maioria apresenta
semelhanças. As principais características comuns são mostradas abaixo:
2.3.1 Janelas
Fonte: Windows 7
158
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.3.2 Barra de títulos
Esta barra mostra o nome do arquivo ('Sem Título', na imagem acima), ou com o que se
está trabalhando no programa, e também o nome do aplicativo (Bloco de Notas) que está
sendo executado na janela. Através desta barra, conseguimos mover a janela pela tela do
computador usando o mouse quando a mesma não estiver maximizada. Para isso, clique
na barra de título, mantenha o clique, arraste e solte o mouse. Assim, você estará
movendo a janela para a posição desejada. Depois é só soltar o clique.
Na Barra de Título encontramos os botões de controle da janela. Estes são:
• Minimizar: este botão oculta a janela da Área de trabalho e mantém o botão referente a
janela na Barra de Tarefas. Para visualizar a janela novamente, clique em seu botão na
Barra de tarefas.
• Maximizar/Restaurar: Este botão aumenta o tamanho da janela até que ela ocupe toda
a Área de Trabalho. Para que a janela volte ao tamanho original, o botão na Barra de
Título, que era o maximizar, alternou para o botão Restaurar. Clique neste botão e a
janela será restaurada ao tamanho original.
• Fechar: Este botão fecha o aplicativo que está sendo executado e sua janela. Esta
mesma opção poderá ser utilizada através do menu Arquivo/Sair.
Se os arquivos que estiverem sendo criados ou modificados dentro da janela não foram
salvos antes de fechar o aplicativo, o Windows emitirá uma tela de alerta perguntando se
queremos ou não salvar o arquivo, ou cancelar a operação de sair do aplicativo.
Esta barra apresenta os menus do aplicativo. Através deles é possível realizar todas as
ações e ter acesso a todas as funcionalidades do programa. Por exemplo, no menu
Arquivo é possível salvar e imprimir o documento, bem como abrir um novo documento.
Cada menu tem sua funcionalidade específica, apresentando muitas vezes submenus.
2.3.5 Atalhos
A maioria dos programas possui atalhos para determinadas funções. Para isso, é preciso
apertar uma combinação de pelo menos duas teclas. Por exemplo, no Bloco de
Notas para se salvar o arquivo ao invés de ir em Arquivo -> Salvar, pode-se apertar ao
mesmo tempo as teclas Ctrl e S. Os atalhos podem variar em cada programa.
159
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Alguns dos principais atalhos são:
• Ctrl + C: Copia o item selecionado;
• Ctrl + X: Recorta o item selecionado;
• Ctrl + V: Cola o item que foi copiado ou recortado anteriormente;
• Ctrl + P: Imprime o documento que se está trabalhando;
• Ctrl + S: Salva o documento;
• Ctrl + O: Permite escolher um arquivo e então abri-lo no programa.
Papel de Parede, é o “fundo” da área de trabalho. Tanto a imagem que compõem o fundo
de tela como outras características da área de trabalho podem ser modificadas. Passos
para personalização do Desktop:
• Clique com o botão direito do mouse em qualquer área livre do desktop;
• Aparecerá o menu de características do desktop. Nele há opções para alterar o
tamanho e organizar os atalhos da área de trabalho, bem como para alterar a
aparência do fundo de tela e criar novos ícones (atalhos para arquivos que também
serão criados).
• Selecionando a opção Propriedades, abrirá uma janela com diversas opções. São elas:
Temas, Área de Trabalho, Proteção de Tela, Aparência e Configurações.
• Temas: Permite alterar o estilo geral do desktop e das janelas em grupos pré-definidos
(forma, tamanho, letra);
• Área de Trabalho: Permite alterar o ‘plano de fundo’ (papel de parede), ainda sendo
possível buscar nos arquivos do computador uma nova imagem (como fotos e
desenhos). Ainda permite modificar o alinhamento do wallpaper, a cor do fundo de tela
e as propriedades dos ícones de alguns atalhos (‘Personalizar área de trabalho’);
• Proteção de tela: Permite modificar o estilo da proteção e suas configurações (tempo
de espera até ser ativado, letreiro digital, cores, etc.);
• Aparência: Permite uma alteração mais detalhada das janelas, sendo possível não só
mudar seu estilo, mas também suas cores e fonte de letras;
• Configurações: Permite modificar as propriedades de cores e nitidez do vídeo. Ajusta a
resolução da tela, o que por sua vez interfere no tamanho da mesma. As configurações
de resolução da tela devem sempre estar de acordo com as configurações do monitor.
160
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.4.2 Ícones
Fonte: Windows 7
A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste momento, mesmo que
algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, permitindo assim, alternar entre
estas janelas ou entre programas com rapidez e facilidade.
A barra de tarefas é muito útil no dia a dia. Imagine que você esteja criando um texto em
um editor de texto e um de seus colegas lhe pede para você imprimir uma determinada
planilha que está em seu computador. Você não precisa fechar o editor de textos. Apenas
salve o arquivo que está trabalhando, abra a planilha e mande imprimir. Não é preciso
esperar que a planilha seja totalmente impressa, deixe a impressora trabalhando e volte
para o editor de textos, dando um clique no botão correspondente na Barra de tarefas.
161
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
A Barra de tarefas ainda apresenta ícones para inicialização rápida de alguns programas.
Por exemplo, o Media Player (Reprodutor de músicas e vídeos) e o Internet Explorer
(Navegador de internet).
Clicando com o botão direito do mouse sobre a Barra de tarefas, abre-se o menu onde é
possível ajustar a apresentação das janelas na tela ou ver e modificar as propriedades da
Barra de tarefas. No submenu ‘Propriedades’ é possível modificar as características da
Barra de tarefas (estilo, posição, apresentação dos botões, bloqueio), do menu Iniciar
(estilo, apresentação) e da Barra de ferramentas (área conjunta da Barra de tarefas onde
aparecem notificações de uso e configuração do computador).
Fonte: Windows 7
O painel de controle permite que sejam feitas as configurações mais importantes dentro do
sistema operacional. Configurações de hardware como teclado, instalação de novos
componentes (periféricos), impressoras, configurações de áudio e vídeo, configurações de
componentes (periféricos) referentes a redes de computadores e configurações de
softwares como a instalação de novos programas e a configuração de perfis de usuário.
162
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.8: Painel de controle
Fonte: Windows 7
Conexões de rede e Permite criar ou alterar uma conexão com uma rede local ou Internet.
Internet
Data, hora, idiomas Permite alterar as configurações de data e hora do sistema e opções regionais
e dos programas.
opções regionais
Opções de Permite configurar o Windows para as necessidades visuais, auditivas e motoras
Acessibilidade do usuário.
163
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Atividade 1:
Utilizando o mouse, acesse o Menu Iniciar e abra três programas diferentes. Tente
reconhecer em cada um onde se encontram as Barras de Título, Menus e Rolagem.
Atividade 2:
Utilizando somente o teclado, acesse o Menu Iniciar e abra três programas diferentes.
Identifique em cada um onde se encontram os botões de minimizar, maximizar e fechar.
Feche um dos programas, maximize outro e minimize o terceiro.
Atividade 3:
Após realizar a atividade 2, no programa que você realizou o comando de maximizar
observe como o desenho do botão se altera para a forma de restaurar. Acione este botão
repetidas vezes e observe a mudança do botão e explique com suas palavras qual a
diferença de ação entre as duas formas do botão. Procure na Barra de Tarefas o programa
que você minimizou na atividade 2 e recupere-o (abra-o novamente através do ícone da
barra de tarefas).
Recapitulando
Para fixar os conteúdos aprendidos nessa unidade tente responder com suas palavras:
• Onde ficam, nas janelas, as Barras de Título, Menus e Rolagem?
• Onde ficam os botões de minimizar, maximizar e fechar nas janelas?
• É possível alterar a aparência da sua Área de Trabalho no computador?
• O que é Papel de Parede e Proteção de Tela no computador?
• Para que serve a Proteção de Tela?
• Para alterar as configurações do computador, desde a aparência até os programas
instalados, onde o usuário deve ir?
• Como abrir o submenu de um ícone ou seção?
164
Mestre de Obras CIPMOI 2020
Unidade 3: Arquivos,
pastas e comandos
Um começo de conversa
Todo o trabalho que você cria e salva no computador fica guardado na forma de um
arquivo. Você ter arquivos de textos, documentos, arquivos de planilhas, arquivos de
imagens, fotos, figuras, arquivos de vídeo (filmes, clipes), arquivos de áudio (música, mp3)
entre outros tantos. Como os arquivos são os trabalhos que você realiza no computador
eles podem ser alterados, copiados, apagados e salvos através do que chamamos de
comandos de arquivos.
Para facilitar ao usuário quando ele quer achar um arquivo que tenha criado, esses são
guardados dentro de diretórios no computador que chamamos de pastas. As pastas
também podem ser modificadas, de uma forma diferente dos arquivos, para facilitar a
organização do usuário quando este trabalha com seus arquivos no computador.
Objetivos da Aprendizagem
Imagine que na sua casa e no seu trabalho existem uma série de documentos, fotos e
planilhas que você precisa guardar. Antes de tudo você não pode simplesmente colocar
tudo junto dentro de uma caixa e colocar a caixa em algum canto escuro e pouco visitado
do armário (a não ser que você queira nunca mais achar nada).
Na hora de guardarmos nos “arquivos” em casa ou no trabalho uma boa prática de
organização é separar aqueles que são de um mesmo tipo. Guardamos os recibos juntos,
as fotos em álbuns, documentos em envelopes. Além disso tentamos identificar tanto os
arquivos quanto os lugares onde os colocamos. Escrevemos no recibo o nome “Abril” e
guardamos dentro do envelope que identificamos como “recibos de aluguel”. Escrevemos
“Filha na praia” no verso da foto e colocamos no álbum “Férias de Dezembro”.
Neste unidade você irá desenvolver a habilidade de organizar os documentos (Arquivos)
necessários para seus projeto ou até mesmo para a vida cotidiana. Para isso você
aprenderá a manusear arquivos, diretórios e pastas. Além disso, abordaremos como criar,
alterar e excluir uma pasta.
165
Mestre de Obras CIPMOI 2020
Em busca de informações
3.1 Pastas
Quando você quer criar uma pasta você primeiro escolhe o local onde essa pasta vai ficar.
Uma vez decidido isso você, usando o mouse, dá um click com o botão direito em espaço
vazio do local. No Menu que irá aparecer você vai com o ponteiro do mouse até a opção
“Novo” e, assim que abrir uma nova seção do menu com várias opções, click com o botão
esquerdo do mouse em “Pasta”.
Na pasta “Meus Documentos” vemos no lado esquerdo tarefas de arquivo e pasta, para
criar, click na opção criar uma pasta depois é só clicar com o botão direito na pasta,
nomear e na opção propriedades, configurar.
3.2 Arquivos
3.2.1 Copiando Arquivos
166
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
• Logo após, clique novamente com o botão direito do mouse no local onde deseja
armazenar a cópia do arquivo;
• Selecione a opção COLAR e então a cópia estará pronta para ser utilizada.
A figura acima exibe a caixa de diálogo “Salvar Como” no Windows com uma barra de
navegação de pastas à esquerda da janela. Esta barra fornece atalhos para locais em seu
computador ou na rede como: as últimas pastas que foram acessados; a Área de
Trabalho (Desktop); A pasta Meus Documentos; Meu computador, que permite acesso
ao Disco Rígido, unidade de CD e pendrive, por último, a pasta Meus locais de Rede.
Ao salvar o arquivo pela primeira vez a caixa de diálogo aberta será a de “Salvar Como”,
permitindo escolher o local e o formato do arquivo que se deseja salvar.
Basta clicar no atalho Meus Documentos na esquerda da janela e selecionar a pasta que
será salvo o arquivo criado por você, ou se desejar, pode-se criar uma nova pasta onde se
deseja salvar esse arquivo.
Depois dos arquivos serem salvo pela primeira vez, o comando salvar apenas atualiza as
alterações.
167
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.2.3 Movendo Arquivos
Há diferentes maneiras de mover um arquivo, ou seja, mudar o diretório de residência do
mesmo. Um modo mais simples seria o de apenas clicar no arquivo com o botão
esquerdo do mouse, segurar e arrastar para o local onde queira que o mesmo esteja.
Porém, há limitações para essa maneira de mover o arquivo, então aprenderemos outro
modo mais conhecido como “Recortar (CTRL+X) e Colar (CTRL+V)”. Passo a passo de
como mover um arquivo:
• Clique no arquivo com o botão direito do mouse, e selecione a opção RECORTAR
clicando com o botão esquerdo na mesma. Esta opção pode ser substituída se clicar
(selecionar) no arquivo e apertar logo em seguida CTRL+X;
• Logo em seguida, vá até a pasta ou diretório para o qual deseja que o arquivo seja
transferido no seu computador;
• Dentro do diretório, clique com o botão direito do mouse no local onde deseja que o
arquivo esteja e selecione a opção COLAR. Esta opção também pode ser substituída,
porém por apertar CTRL+V.
Caso seu desejo seja duplicar o arquivo, isso é, salvar uma cópia em outro local,
utilizamos o modo “Copiar(CTRL+C) e Colar(CTRL+V)”, explicado a seguir:
• Clique no arquivo com o botão direito do mouse, e selecione a opção COPIAR
clicando com o botão esquerdo na mesma. Esta opção pode ser substituída se clicar
no arquivo e apertar logo em seguida CTRL+C;
• Logo em seguida, vá até a pasta ou diretório para o qual deseja que o arquivo seja
duplicado no seu computador;
• Dentro do diretório, clique com o botão direito do mouse no local onde deseja que o
arquivo esteja e selecione a opção COLAR. Esta opção também pode ser substituída,
porém por apertar CTRL+V.
168
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3.2: Janela do “Meu computador”.
O Windows Explorer tem funções parecidas com a do Meu Computador: Organizar o disco
e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por exemplo, cópia, exclusão e mudança
no local dos arquivos. Enquanto o Meu Computador traz como padrão a janela sem
divisão, você observará que o Windows Explorer traz a janela dividida em duas partes.
Mas tanto no primeiro como no segundo, esta configuração pode ser mudada.
Podemos criar pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa, copiar arquivos
para outras mídias (CD, DVD, Pendrive e celulares), apagar arquivos indesejáveis e muito
mais.
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu computador e todos
os arquivos e pastas localizadas em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil para
copiar e mover arquivos.
O painel da esquerda é uma árvore de diretórios (pastas) hierarquizada que mostra todas
as unidades de disco, a Lixeira, a Área de trabalho (Desktop), também tratado como uma
pasta; O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esquerda e funciona de
maneira idêntica às janelas do Meu Computador.
No Meu Computador, como padrão ele traz a janela sem divisão, mas é possível dividi-la
também, clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas. Para abrir o Windows
Explorer (Windows + E), clique sobre o botão iniciar com o botão direito do mouse e
selecione a opção Explorar.
Preste atenção na tela, todas as pastas com um sinal de + (mais) indicam que contém
subpastas. As pastas que contêm um sinal de – (menos) indicam que já está aberta ou já
estamos visualizando as subpastas.
169
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.3.2 Lixeira do Windows
A Lixeira, figura abaixo, é o local do especial do Windows. Ela fica na Área de trabalho,
mas pode ser acessada através do Windows Explorer. Para verificar o conteúdo da lixeira,
dê um duplo clique sobre o ícone e surgirá à janela, com programas, pastas, arquivos e
outros que foram excluídos (deletados).
Para jogar algo na lixeira basta clicar com o botão direto no objeto (ou apertar a tecla
Delete) e aparecerá a figura a seguir. Para confirmar a exclusão aperte sim. Ou se estiver
na área de trabalho clique no objeto mantenha o clique e arraste até a lixeira e solte.
Figura 3.4: Caixa de diálogo do comando excluir (delete).
170
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Ao Esvaziar a Lixeira, você estará excluindo definitivamente os arquivos do seu Disco
Rígido. Ou seja, os arquivos não poderão mais serem recuperados pelo Windows. Então,
esvazie a Lixeira somente quando tiver certeza de que não precisa mais dos arquivos ali
encontrados. A figura abaixo exibe o botão “Esvaziar Lixeira”.
• Abra a Lixeira por meio de um duplo clique sobre o ícone da lixeira.
• No menu principal, no canto esquerdo, clique em Esvaziar Lixeira.
• Você pode também esvaziar a Lixeira sem precisar abri−la, para tanto, basta clicar com
o botão direito do mouse sobre o ícone da Lixeira e selecionar a opção Esvaziar
Lixeira.
Figura 3.6: Menu principal do ícone da lixeira.
171
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Para confirmar pressione o botão sim da caixa de diálogo, de acordo com a figura abaixo.
É possível recuperar os arquivos deletados que vão para a lixeira com estes simples
passos:
• Dê um duplo clique no ícone da Lixeira.
• No menu de opções que surgir, selecione os itens a serem recuperados.
• Clique com o botão direito e selecione a opção Restaurar. Ou apenas apertando o
botão do menu superior “Restaurar os itens selecionados”.
• Os itens serão restaurados no local de origem antes de terem sido eliminados.
Figura 3.8: Menu principal do ícone da lixeira.
172
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Atividade 1:
• Abra o Bloco de Notas
• Digite um pequeno texto explicando com suas palavras “Qual o melhor local no
computador para se salvar um arquivo que você precisará usar todos os dias?”.
• Salve o seu arquivo no local que você descreveu em seu texto.
• Não se esqueça de dar um nome que identifique seu arquivo.
Atividade 2:
• Crie uma pasta no diretório “Meus Documentos”.
• Dê o nome de “Aula sobre Pastas e Arquivos” para essa pasta.
• Usando o comando de teclado “Ctrl + C” copie o arquivo da atividade 1 e cole a cópia,
utilizando o comando “Ctrl + V” na pasta que você criou.
Atividade 3:
• Utilizando o comando “Ctrl + X” recorte o arquivo da atividade 1 e cole, utilizando o
mouse e o menu do diretório, na Lixeira do Windows.
• Logo depois, retorne à pasta da atividade 2 e altere o nome do arquivo nessa pasta.
• Utilize o mesmo procedimento usado para mudar o nome de pastas.
• ATENÇÂO: em caso de dúvidas peça ajuda ao professor ou a um colega que já tenha
feito a atividade.
Recapitulando
Para fixar os conteúdos dessa unidade tente responder com suas palavras:
• O que são pastas e arquivos?
• Quais são as utilidades das pastas do computador?
• Como se faz para mudar o nome de um arquivo ou pasta?
• Como se faz para recuperar um arquivo que foi excluído indevidamente?
• O que é e que tipo de arquivos ficam no diretório chamado de Lixeira?
173
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 4:
Introdução à internet e
redes de computadores
Um começo de conversa
Vamos pensar no que caracteriza uma rede, qualquer que seja. Uma rede é uma ligação
emaranhada, imagine aqui uma rede de pesca, de vários pontos. Usando um exemplo
bem prático, vamos pensar na rede elétrica de uma casa. Os fios ligam vários pontos de
energia, como luz, tomadas, chuveiros, etc., à uma central de distribuição de eletricidade.
De uma maneira ou outra todos os aparelhos elétricos da casa quando ligados à tomada
ou os pontos de luz, estão conectados com o quadro de distribuição de energia da casa.
Ampliando o pensamento, o quadro da casa está ligado a um poste de luz, onde várias
outras casas estão também ligadas. O poste está ligado a uma central regional de energia
que, por sua vez está ligada à usina geradora de energia elétrica. O que temos então é
uma grande rede elétrica onde inúmeros aparelhos, lâmpadas e residências estão ligadas
umas às outras para receberem eletricidade.
Imagine se ao invés de apenas enviar energia elétrica os fios da rede elétrica pudessem
também enviar textos, imagens, sons e outras informações tanto para um lado quanto para
o outro. Pense que ao invés de lâmpadas e chuveiros nas pontas da rede houvessem
aparelhos capazes de entender e mostrar para as pessoas todas essas informações que
são enviadas e recebidas. Se você pensou que esses aparelhos poderiam ser
computadores, então você já começou a entender bem o que é uma rede de
computadores.
Objetivos de aprendizagem
Atualmente tudo está conectado a uma rede de computadores e a maior e mais famosa
delas é a Internet – Rede Mundial de Computadores. Vamos entender um pouco mais
sobre como funciona uma rede de computador e como a Internet liga vários computadores
a um grande sistema de informações, diversão, serviços e utilidades.
174
Mestre de Obras CIPMOI 2020
Em busca de informações
Uma das grandes vantagens de ligar dois, ou mais micros em rede é a possibilidade de
troca de arquivos sem a necessidade de usar mídias físicas (CDs, pendrives, cartões de
memória, etc.). Com o advento da rede fica muito fácil para o usuário passar informações
de uma máquina a outra.
Além disso, é possível compartilhar recursos entre os usuários de uma rede. Um exemplo
muito comum é o de impressoras compartilhadas. Se houver uma só unidade de
impressora em um escritório, ela pode ser conectada à uma rede interna do escritório para
que todos os funcionários da empresa possam imprimir seus documentos de seus
respectivos computadores. Isso significa um redução de custo considerável pois uma única
impressora vai atender um determinado grupo de funcionários.
175
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.1 Internet – rede mundial de computadores
Fonte: 75% dos brasileiros usam aplicativos de redes sociais em seus celulares. Disponível em:
https://tecnologia.ig.com.br/2018-11-27/aplicativos-redes-sociais.html. Acesso em 21 de maio de
2020
A internet está cada vez mais ampla e diversificada. Manter-se informado e saber como
utilizá-la corretamente é essencial para a vida moderna. Cada vez mais nossa vida
depende do conhecimento dessa ferramenta tanto para facilitar nossas atividades do dia a
dia, quanto para estudarmos, nos comunicarmos ou até mesmo para agendar consultas
médicas e pagar nossos impostos.
Para conectar-se à Internet, é necessário que você se ligue a uma rede que está
conectada na Internet. Essa rede à qual você se liga é fornecida pela sua operadora de
internet (Oi, Vivo, NET, Claro, Tim, entre outras). Para se conectar à Internet você liga o
seu computador à rede de provedores de acesso à Internet; isto é feito por meio de
modems instalados pela operadora em sua residência ou local de trabalho. Além disso, é
possível se conectar à internet através das redes móveis do nosso celular, contratando um
pacote de serviço da operadora.
176
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.2 World Wide Web – WWW
A World Wide Web é a parte mais conhecida da internet. Ela consiste em uma coleção
global de documentos e recursos multimídia (Fotos, Vídeos, documentos, etc.) que estão
conectados entre si através de servidores e computadores. Esses documentos são
exibidos em nossos computadores como páginas da web.
Ela é chamada de Web (teia, do inglês) pois esses documentos que podemos acessar
online estão dispostos como uma teia de aranha, onde um ponto está conectado a vários
outros através de ligações entre os documentos.
As ligações entre as páginas da web são chamadas de hiperligações (ou apenas link, da
língua inglesa). Estas hiperligações são referências dentro de uma página da web que nos
levam a outras páginas. Ir de uma página à outra é a famosa ação de navegar na web,
pois estamos em um mar de informações propiciado pela rede da World Wide Web.
Um site da internet (também conhecido como website) consiste em um conjunto de várias
páginas da web. Na figura abaixo vemos um exemplo de um site bem famoso, o Wikipédia.
Além disso podemos notar os Hyperlinks (hiperligações) que estão grafadas em azul. Ao
passar o mouse em cima dessas palavras, geralmente, surge um sublinhado em baixo
delas ou outro efeito gráfico.
Servidores são conjuntos de computadores que fornecem os dados do site à rede global.
Por exemplo, ao acessar uma página da web, um servidor envia os arquivos ao seu
computador para que então sejam exibidos.
177
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Cada página da web está em um domínio, como por exemplo www.google.com.br. Os
domínios foram criados a fim de facilitar a memorização de endereços de websites e
englobam uma mesma rede de computadores pertencentes ao site.
O endereço www.google.com.br é um domínio, ou seja, um conjunto de computadores que
compõe os servidores da empresa Google. Ao acessar essa rede, estamos ligando nosso
computador com os servidores da rede do Google, que nos enviam arquivos para que
possam ser exibidos em nossas máquinas.
178
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Os Endereços podem pertencer a um subdomínio de um site. Um subdomínio é uma
seção específica de um website. O site abaixo nos leva para a seção de conteúdo em
português (pt.) do site Wikipédia.
pt.wikipedia.org
• pt. - Indica que o domínio pertence a um subdomínio da empresa ou serviço que
mantém o site
• wikipedia - indica o nome da empresa ou serviço que mantém o website
• .org - indica que o domínio é de uma organização. Geralmente usado por organizações
não governamentais.
Hoje em dia não é mais necessário digitar o www. antes dos sites para acessá-los. Ele é
adicionado automaticamente ao acessar um site.
179
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 4.6: Navegador Google Chrome.
É importante que saibamos alguns atalhos no Google Chrome para facilitar nossa
navegação na Web.
As setas à esquerda da barra de endereços permitem navegar mais facilmente pela web.
• Para voltar à página anterior que visitamos, apertamos a tecla para a esquerda.
• Para avançarmos à página que visitamos depois da atual, apertamos a tecla para a
direita .Caso a página atual seja a última visitada, essa seta não estará disponível
para uso.
Caso você necessite atualizar a página para ver novas atualizações, você precisa
recarregar a página. Usamos este recurso em sites de notícias, redes sociais, ou quando
uma página da web não foi carregada corretamente.
• Para recarregar a página atual, basta apertar o botão Atualizar.
180
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Caso desejemos salvar uma página da web que gostamos muito ou que possa ser útil,
podemos marcá-la como favorito, e o Google Chrome ira salvar o Endereço da Página da
Web para que ela possa ser acessada mais facilmente no futuro.
• Para Salvar a página nos favoritos, basta apertar o botão de estrela.
Mas atenção! O conteúdo da internet muda constantemente, então após um longo
período, pode ser que a página deixe de existir ou tenha seu conteúdo atualizado ou até
mesmo apagado.
Ao salvar um favorito, você será perguntado com qual nome você deseja salvar a página e
em qual pasta. Os favoritos são organizados em pastas do mesmo jeito que os arquivos
em um sistema operacional. Você pode organizá-los da maneira que entender, clicando
em “Editar...”
Para ver ou organizar os favoritos, clique com o botão esquerdo do mouse no menu
Opções no canto superior direito da tela e depois clique em Favoritos.
181
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.6.1 E-mail – Correio Eletrônico
E-mail é um termo que vem do inglês, e sua tradução literal é correio eletrônico. O e-mail é
uma ferramenta extremamente difundida na internet nos dias atuais e diversos sites
utilizam ele para realizar cadastros ou entrar em contato direto com você.
Através do e-mail é possível receber e enviar mensagens quase instantaneamente. É
possível também enviar fotos, vídeos e arquivos anexados para o destinatário.
Existem diversos provedores de e-mail, ou seja, diversos sites que possibilitam criar uma
caixa de e-mails onde você pode receber e enviar as mensagens eletrônicas. No anexo
desta apostila encontramos um guia sobre criação de uma conta de e-mail no servidor do
Google Gmail.
Após ter feito o cadastro, cada pessoa pode receber e enviar e-mails através de um
endereço eletrônico, escolhendo um nome de usuário na forma de
NomeDoUsuario@provedor.com.br.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.6.2 Blogs ou Blogue
Blogs são sites normalmente utilizados para uso pessoal onde as pessoas escrevem sobre
assuntos do cotidiano, seus pensamentos, viagens, etc. Ele é disposto em pequenos
textos dispostos em ordem cronológica e de fácil atualização. O formato de blog já foi
muito popular. Com o advento das redes sociais seu uso declinou embora ainda seja
comum. Ainda, algumas pessoas conseguem tornar seus blogues rentáveis com a
publicação de propagandas em páginas do site.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.6.4 Redes Sociais
A comunicação entre pessoas com o surgimento da internet também teve sua alteração.
Hoje em dia, ao sairmos para festas, restaurantes ou até mesmo um barzinho,
vamos encontrar pelo menos uma pessoa mexendo no celular. Grandes são as chances
dela estar se comunicando através de uma rede social.
Esse tipo de site foi criado para criar laços de comunicação virtual, criando um ambiente
onde podemos criar publicações sobre acontecimentos de nossa vida, publicar fotos para
nossos amigos e família, vídeos, compartilhar pensamentos e links da internet. A diferença
de uma Rede Social para um Blogue é que a rede social é um único site onde, ao criarmos
uma conta, podemos decidir quais pessoas podem ver as suas publicações, adicionando-
as às como “amigos” ou seguindo a pessoa para que vejamos suas postagens. O blogue
na grande maioria das vezes é público, e qualquer um pode encontrar seu blogue através
de motores de Busca (vide seção 4.6)
Hoje em dia, as redes sociais evoluíram de tal forma a não serem utilizadas apenas para
contatos sociais. Muitas redes, como por exemplo o LinkedIn, podemos criar contatos
profissionais a fim de expor nossa experiência profissional, como um currículo online. Já
no GetNinja, cadastramos nossas habilidades (Mestre de Obras, Eletricista, Cadista,
Soldador, etc...) e podemos ser contratados por qualquer um que entre no site.
Importante: Cuidados nas Redes Sociais!
É muito importante que tenhamos cuidado ao compartilhar nossas informações na internet,
seja ela em blogues ou em redes sociais. Muitas vezes, pessoas mal intencionadas podem
utilizar, por exemplo, sua localização e rotina para realizar assaltos por exemplo. Ainda, é
importante que tenhamos cuidado para não entrarmos em sites duvidosos que podem
conter vírus de computador ou golpes. Devemos ter cuidado para não confundirmos
opinião com notícias nas redes sociais.
Por fim, é extremamente importante verificar as fontes de notícias que vemos na internet,
para não compartilharmos notícias falsas (fake news) ou boatos e rumores que não são
verdades. Caso não haja fonte, a notícia esteja mal escrita, datas estranhas e informações
absurdas, grandes chances são da notícia ser falsa. Sempre pesquise no Google as
informações e verifique se ela é verdadeira antes de sair enviando no WhatsApp para a
família toda os textos e notícias que chegam até você!
Exemplos de Redes sociais:
• Facebook: facebook.com.br
• Twitter: twitter.com.br
• LinkedIn: br.linkedin.com
• GetNinjas: getninjas.com.br
Redes Sociais Especializadas em envio de mensagens:
• WhatsApp: whatsapp.com
• Facebook Messenger: messenger.com (É necessário ter uma conta no Facebook)
• Telegram: web.telegram.org (Em inglês, alternativa para o WhatsApp)
184
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.6.5 Ferramentas de Busca
Até aqui, podemos uma boa diversidade de conteúdos na internet. Mas para descobrir
cada vez mais, aumentar nossos conhecimentos e buscar informações, precisamos de
uma ferramenta que nos ajude a navegar melhor por entre as bilhões de páginas na
internet. Para isso, utilizamos os Motores de Busca.
Os motores são ferramentas que identificam as páginas e conteúdos da internet e as
salvam em um grande banco de dados. Esse banco de dados pode ser acessado pelos
usuários para realizar uma pesquisa em seu conteúdo, fornecendo a cada pesquisa os
links mais relevantes para o conteúdo que pesquisamos.
O Google é uma das ferramentas mais antigas e poderosas para busca na internet. Nele
podemos pesquisar mais conteúdos que desejamos saber mais sobre, pesquisar dúvidas
ou até mesmo a receita de bolo que nossas avós faziam antigamente. As possibilidades
são infinitas e os motores de busca são a porta de entrada para a imensidão da internet.
Para pesquisar, basta entrar em um dos motores de busca, escrever com o teclado um
termo de pesquisa na grande barra de escrita da página e apertar a tecla enter.
Fonte: www.google.com.br
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em seguida, na barra central, digitamos um termo de busca. Em nosso exemplo, vamos
pesquisar CIPMOI. No caso do Google, conforme digitamos, sugestões de busca serão
fornecidas pelo motor. Essas sugestões normalmente são os termos mais pesquisados em
conjunto com a palavra que você pesquisou.
Fonte: www.google.com.br
Para realizarmos a pesquisa, basta apertar a tecla Enter ou clicar no botão Pesquisa
Google. O botão ao lado “Estou com sorte” direciona você diretamente para o primeiro
resultado da busca, que normalmente é o mais relevante para o termo pesquisado.
Fonte: www.google.com.br
Ao pesquisar, uma lista de sites serão fornecidos em forma de lista. Em azul você pode
encontrar um link para a página referida, em verde a URL da página e logo abaixo de cada
resultado uma pequena descrição do conteúdo encontrado na página, de acordo com o
termo pesquisado.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.6.6 A Nuvem - Computação em Nuvem
Com certeza, alguma vez todos nós já ouvimos sobre a Nuvem na internet mas podemos
não entender o que ela realmente é ou como funciona. A computação em nuvem se refere
à utilização de servidores remotos para o armazenamento e execução de programas.
Calma que vamos explicar!
Em nosso curso de informática, nós iremos aprender a trabalhar no Pacote OpenOffice,
que contém um Editor de Textos (Writer), um Editor de Planilhas (Calc) e um Editor de
Apresentações (Impress). Para executar e utilizar esses três softwares, necessitamos de
uma máquina que os tenha instalados em sua memória. A ideia da Computação em
Nuvem é que através da internet, possamos utilizar programas, como por exemplo o
OpenOffice, sem que tenhamos a necessidade de instalá-los em nossos computadores.
Basta o acesso à internet para criar textos, planilhas e apresentações. Toda a execução do
programa é feita pelos servidores de um site, por isso servidores remotos, eles não estão
em nosso ambiente. É como se entrássemos em um site para fazer um texto. O
computador que vai “pensar” é o do site que estamos entrando.
Ainda, é possível utilizar armazenamento em Nuvem. Podemos salvar nossos arquivos em
um servidor remoto e acessá-los em qualquer computador ou dispositivo com internet. Um
exemplo é quando o professor de informática esquece o pendrive ou o computador em
casa. Caso a aula esteja salva em um site de armazenamento em nuvem, basta entrar em
um site e fazer o download do arquivo da aula.
Outro exemplo muito prático é do aluno que tem um trabalho de informática para entregar
amanhã, mas o computador dele pegou fogo. Para ele criar a apresentação, basta ele
entrar no Google Drive com o celular e criar a apresentação para o professor.
187
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Recapitulando
188
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 5 – O e-mail
Um começo de conversa
Como vimos na unidade anterior, a Internet é uma rede evolucionária, que nos permite
fazer pesquisas, conhecer coisas novas, estarmos o tempo todo atualizados, realizar
serviços de utilidade pública como pagamentos de contas e enviar e receber
correspondências, ver filmes, ouvir músicas e muito mais.
Ainda assim, ninguém tem dúvidas que saber usar a internet hoje em dia é tão
indispensável quanto saber usar um computador, ou um telefone celular. Com base nisso
conheceremos agora como usar os alguns serviços que a Internet nos oferece e como
usá-la com segurança.
Objetivos de aprendizagem
Para começarmos bem essa unidade é importante que você tenha compreendido o
funcionamento da Internet e que para acessá-la usamos um programa que traduz as
informações que vem e são enviadas pela Internet. Neste ponto, saber utilizar um
navegador de forma básica é essencial para que continuemos nosso estudo. Iremos
aprender como criar contas de e-mail e como gerenciá-la.
189
Mestre de Obras CIPMOI 2020
Em busca de informações
O e-mail é um dos recursos mais antigos e é um dos mais utilizado da Internet. Qualquer
pessoa que tenha um endereço na Internet pode mandar mensagens gratuitamente para
outras que também possuam uma caixa de e-mails. Não importa a distância a localização
da pessoa, basta o acesso à internet para que as mensagens possam ser acessadas. O e-
mail facilitou e agilizou a comunicação entre as pessoas. O envio de uma mensagem é
praticamente instantâneo. Caso fossemos enviar uma carta, dependendo da localização de
envio, ela pode demorar até meses para chegar ao destinatário.
Hoje, ter um endereço de e-mail é essencial para nossa comunicação, lazer e trabalho.
O utilizamos para realizar cadastros em outros sites, comunicar com nossos colegas de
trabalho, escola, dentre outras finalidades. No caso de uma conta de e-mail do Google
(Gmail), tê-la nos possibilita a utilização de diversas ferramentas de computação em
nuvem, como o Google Drive.
190
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
5.1.2 Criando uma conta de E-mail
Para criar uma conta de e-mail nos servidores/provedores que oferecem o
serviço gratuitamente é necessário preencher um pequeno cadastro. Nessa apostila,
vamos criar um endereço de e-mail do Gmail, mas o procedimento pode ser estendido
para os outros provedores visto que essa etapa é muito similar entre todos eles.
Primeiro abrimos nosso navegador, digitamos o endereço do www.gmail.com e apertamos
enter.
Fonte: www.gmail.com
Fonte: www.gmail.com
Na página seguinte, vamos preencher nossos dados em cada campo da tela. Coloque seu
Nome, e Sobrenome nos campos indicados
191
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
No campo seguinte, você deve escolher seu nome de usuário. Ele deve ser único,
exclusivo para você. Caso já exista um endereço de e-mail com o nome de usuário que
você colocou, a página irá informá-lo. É possível usar apenas letras, números e pontos
finais. Uma dica é usar as iniciais de cada letra do nome conforme o exemplo abaixo:
Fonte: www.gmail.com
Caso já exista um usuário, coloque seu número favorito, ou um que você goste.
Em seguida, você deve criar uma senha para sua conta. Ela é secreta e não deve ser
passada para ninguém, visto que informações pessoais de sua conta podem tornar-se
comprometidas caso outra pessoa possua acesso à sua conta. A senha não deve ser
óbvia como “12345” ou “papagaio”. Utilize números e caracteres juntamente com sua
senha. Procure utilizar mais de uma palavra e misture letras maiúsculas, minúsculas e
símbolos. Observe os exemplos de boas senhas:
192
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
• Papagaio1Passaro
• Atletico()Churrasco7
• Cimento&brita&Agua3
• eletricidade#Fiacao
Observe que apenas é possível utilizar caracteres de a-z, A-Z, 0-9 e símbolos simples. “ç”
por exemplo não é permitido. Uma dica mais avançada é utilizar números no lugar de
algumas letras. Colocar o número 4 no lugar das letras “a”, o número 1 na letra “i” ou o
número 0 (zero) na letra “o” são boas opções. Observe os exemplos abaixo:
• papaga1o*Passar0 - observe que o “i” foi trocado por 1, e o “o” pelo número Zero (0)
IMPORTANTE!
Seja criativo, mas lembre-se! Sua senha deve ser de fácil memorização e é
importante decorá-la. Ela deve ser secreta e NUNCA deve ser contada a ninguém.
Sua conta possui informações pessoais que não devem ser compartilhadas com
ninguém.
Em seguida, preencha no formulário sua data de nascimento, seu sexo, seu celular e caso
você já tenha, um endereço de e-mail com o qual você tenha acesso.
Figura 5.4: Privacidade e Termos
Fonte: www.gmail.com
É importante colocar seu número de celular ou um endereço de e-mail atual pois esses
serão os métodos com os quais você poderá recuperar sua senha caso a esqueça. Ao
colocar seu número de celular, será enviada uma mensagem ao seu número com um
código. Insira o código no campo seguinte e aperte a tecla :
193
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em seguida, será mostrada uma janela com os termos e condições de uso da conta
Google. Clique em “Concordo”.
Em seguida, você será direcionado para uma página de boas vindas. Leia todas as
informações e clique em “Prosseguir para Gmail”.
Pronto! Criamos nossa conta de e-mail! Agora, fomos direcionados para a página inicial do
Gmail. Caso apareça alguma janela de informações, é importante lê-la para entendermos
melhor o serviço com os quais criamos nossa conta. Assim podemos compreender melhor
a utilidade e como utilizar nossa conta de e-mail.
IMPORTANTE!
Fonte: www.gmail.com
Chegamos agora à nossa caixa de entrada. Nessa página podemos ver nossos e-mails,
enviar e-mails e gerenciar nossa conta. Vamos aprender a abrir pastas, abrir, enviar e
apagar e-mails, dentre outros recursos.
Os e-mails são divididos automaticamente em 3 pastas pelo Gmail: “Principal”, “Social” e
“Promoções”. Clicando nas abas podemos visualizar os e-mails em cada categoria:
Fonte: www.gmail.com
194
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
• “Promoções” - E-mails que o Gmail entender que sejam promoções ou relacionados à
compras, como e-mails do site americanas.com.br (site das Lojas Americanas)
• “Social” - E-mails que o Gmail entender que sejam relacionadas às suas redes sociais,
como Facebook, Twitter ou LinkedIn.
• “Principal” - Todos os outros e-mails.
• É importante verificar todas as abas de seu e-mail pois vez ou outra, um e-mail pode
ser classificado de forma errada e parar em uma aba diferente da que você esperaria
que ele chegasse!
Fonte: www.gmail.com
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 5.8: Enviar e-mail
Fonte: www.gmail.com
196
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Para enviar um e-mail, sua mensagem deve conter pelo menos um destinatário, um
assunto e um texto. Para escrever o texto do e-mail, clique na parte central da janela e
digite sua mensagem. Ao fazer isso, clique no botão .
Você pode ver todos os e-mails enviados na pasta “Enviados” no canto esquerdo da tela.
Fonte: www.gmail.com
Para voltar à Da mesma forma que enviamos um e-mail, basta escrever a mensagem e,
caso queira ou necessite, insira anexos e formate o texto. Não é necessário colocar o
assunto quando respondemos e-mails. Para enviar, clique no botão
Vez ou outra, necessitamos repassar uma mensagem que foi recebida por nós a outros
destinatários. Para isso, dizemos que vamos “encaminhar” o e-mail.
Para encaminhar uma mensagem, abra a mensagem que você deseja encaminhar. No
botão de resposta , clique na seta apontando para baixo . No menu exibido, clique
em Encaminhar
Fonte: www.gmail.com
197
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Uma caixa similar à de resposta será exibida. Entretanto, já haverá um texto escrito, no
caso a mensagem a ser encaminhada. Basta escrever os destinatários e apertar o botão
Fonte: www.gmail.com
Infelizmente, nem todas as pessoas estão de forma bem intencionada na internet, existem
muitas ameaças.
198
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
5.4.1 SPAM
Spam são e-mails indesejados que chegam à sua caixa de e-mail sem que sejam
solicitados ao usuário. O Spam não traz nenhum dano físico para a sua máquina. No
entanto, uma caixa de e-mail com uma grande variedade de e-mail indesejáveis faz com
que o usuário perca um bom tempo de seu dia excluindo essas mensagens, e o torna
suscetível a cair em golpes, a baixar vírus ou roubar dados de seu computador.
Normalmente, os Spams são filtrados automaticamente, e enviados à pasta Spam.
Vez ou outra, um e-mail que não é spam pode ser classificado como, e cair nessa pasta.
Caso você esteja à espera de um e-mail e ele está demorando muito para aparecer na
caixa de entrada, verifique a sua caixa de Spam.
5.4.2 Phishing
Devemos estar sempre atentos com nossa segurança no e-mail. Para saber se uma
mensagem é um SPAM ou uma tentativa de Phishing, o Avast recomenda alguns
pontos muito interessantes:
• Tenha bons hábitos online e não responda links adicionados a e-mails não solicitados
ou no Facebook.
• Não abra anexos contidos em e-mail que não foram solicitados.
• Proteja suas senhas e não revele-as a ninguém.
• Não forneça informações confidenciais a ninguém - no telefone, pessoalmente ou via e-
mail.
• Verifique a URL do website (o endereço do site). Em muitos casos de phishing, o
endereço de e-mail pode parecer legítimo, mas a URL pode estar com erro de grafia ou
o domínio pode ser diferente (.com quando deveria ser .gov).
• Mantenha seu navegador atualizado e utilize atualizações de segurança.
199
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
IMPORTANTE!
Gostaríamos de ressaltar para que você SEMPRE verifique os links que você vai entrar
antes de clicá-los. Basta posicionar o mouse em cima de um link e ver no canto inferior
direito da tela qual a URL que ela redireciona. Verifique a grafia e busque por erros de
digitação. Caso esteja em dúvida se o link é verdadeiro, pesquise no Google a pessoa e
instituição que supostamente lhe enviou o e-mail. Veja qual o site oficial deles e veja se as
URL coincidem.
Bancos normalmente não enviam e-mails para você, muito menos pedindo suas
informações ou pedindo para que você as atualize através de um link no e-mail. É muito
improvável que um desconhecido na internet diga que você ganhou um prêmio, um
desconto absurdo, ou até mesmo uma promoção com a qual você nunca participou.
Novamente, caso esteja em dúvida, pesquise no Google o site da instituição ou quem lhe
enviou o e-mail. Veja se os resultados são confiáveis. Sempre busque a fundo informações
caso você suspeite de uma mensagem em sua caixa de entrada.
• Atividade 1:
Você deverá enviar um e-mail ao professor de acordo com as instruções dadas em aula.
Fique atento para o Destinatário, Assunto e texto da mensagem.
• Atividade 2:
Agora que você já aprendeu a usar recursos da internet, escolha dois colegas de sala e
envie para eles um e-mail com uma mensagem legal e gentil. Procure um link de um site
interessante no Google e anexe ao e-mail.
• Atividade 3:
Agora que você recebeu dois e-mails de 2 colegas diferentes, encaminhe um dos e-mails
para o(a) professor(a) para que ele veja que seus alunos realmente aprenderam a mexer
em suas caixas de e-mail.
• Atividade 4:
Envie para seu professor(a) um e-mail alertando sobre as ameaças e perigos que
podemos encontrar nos e-mails. Cite três pontos importantes para nos prevenirmos dessas
ameaças. Caso necessário, utilize os links da apostila ou pesquise no google como se
prevenir.
200
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Recapitulando
ATENÇÃO: Não envie e-mails com “correntes”, mensagens, imagens e textos para
pessoas as quais você não tenha absoluta certeza que gostam desse tipo de e-mail. Não
prestar atenção nesse ponto pode fazer com que seus e-mails se tornem spams para
quem os recebe.
O site do antivírus Avast contém muitas informações sobre as ameaças, perigos online,
curiosidades e como se prevenir contra elas. Acesse o link https://www.avast.com/pt-br/c-
online-threats para saber mais sobre as ameaças que podem nos afetar na internet.
Referências Bibliográficas
201
Mestre de Obras CIPMOI 2020
Matemática
1º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
2.2 Subtração
217
2.3 Multiplicação
Instrutores Colaboradores 220
Rodrigo Cristiano
3.1 Adição 230
203
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Henrique Costa
Unidade 7: Razão e Proporção 277
204
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Unidade 1: Conjuntos
numéricos
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
205
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Em busca de informações
206
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
1.3 Comparação de números inteiros
O estudo dos números negativos é de grande importância para a resolução de problemas,
tendo diversas aplicações no dia a dia.
Figura 1.1: Termômetros
Fonte: https://acervo.avozdaserra.com.br/sites/default/files/noticias/3_graus_copia_0.jpg
Observe a imagem acima: Em qual dos dois locais o tempo está mais frio?
A comparação de dois números permite verificar qual deles é maior. Para isso, tomamos
como exemplo o extrato bancário:
Imagine que João retirou o seu extrato bancário em janeiro e visualizou o seguinte valor:
- R$50,00
Já em fevereiro João visualizou o seguinte valor:
- R$30,00
Qual dos dois números tem o maior valor?
Podemos responder à pergunta fazendo a seguinte reflexão: Em qual dos dois meses
João possui menos dinheiro?
Para números negativos, quanto maior o algarismo que acompanha o sinal negativo,
menor valor ele terá. No caso do extrato bancário, no mês de janeiro, João possui menor
valor do que em fevereiro (ele deve mais em janeiro).
Podemos concluir que:
• Números positivos são sempre maiores que zero.
• Números positivos são sempre maiores que números negativos.
• Números negativos são sempre menores que zero.
• Para números negativos, quanto maior o algarismo menor será o seu valor.
Exemplo:
Qual o maior número entre:
• 20 e 50
• -20 e -50
Sabemos que 50 é maior que 20 e, portanto, -50 será menor que -20 (você prefere dever
20 ou 50?).
207
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
1.4 Números Racionais
Você já aprendeu a lidar com números que representam quantidades inteiras. Esse tipo
de número é muito importante, mas será que só com eles é possível resolver qualquer
problema numérico?
Pense na seguinte situação: Você tem 5 litros de água para dividi-los, de forma igual, em
duas vasilhas. Quantos litros ficariam em cada vasilha?
que em cada vasilha deveriam ficar 2,5 litros. Mas vamos pensar um pouco mais sobre
esse número. O número 2,5 não é uma quantidade inteira. É fácil perceber que são dois
litros inteiros mais a metade de um litro.
Devido a Um número racional é qualquer número que pode ser encontrado através de
uma divisão entre números inteiros. Por exemplo o 2,5 encontrado no problema proposto
no início do capítulo é um número racional, pois pode ser encontrado dividindo-se 5 por 2.
Pergunta: Mas espere um pouco. O 3 pode ser encontrado dividindo o 12 por 4. Será que
o 3 é também um número racional? Mas eu achava que ele era inteiro.
Problema: Pegue uma calculadora e faça a seguinte conta: 5 dividido por 9. Achou o
resultado estranho? Agora faça na calculadora a conta: 13 dividido por 11. Estranhou de
novo?
No primeiro caso apareceu o número 0,55555...
208
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Pergunta: As dízimas periódicas são números racionais?
Resposta: Sim, as dízimas periódicas são números racionais. Observe que a dízima
0.5555... foi obtida através da divisão de dois inteiros, no caso 9 e 5. Assim como
1,18181818... foi obtido dividindo 13 por 11.
Resposta: Não, nem todos os números são racionais. Observe que nas dízimas
periódicas tem alguns números que vão repetindo infinitamente. Se não houver esse
conjunto de números que se repetem não se trata de uma dízima periódica, logo não é um
número racional.
Os números que não são racionais, como os dos exemplos anteriores, fazem parte do
Conjunto dos Números Irracionais (I).
Fonte: https://www.infoescola.com/matematica/numeros-reais/
209
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Os números Racionais (Q) são números que podem ser obtidos ao se dividir dois números
inteiros (e compreende todo o conjunto dos Inteiros).
O Conjunto dos Irracionais (I) abrange todas as dízimas não periódicas, ou seja, todos os
números não racionais.
O Conjunto dos Reais (R) é a união do conjunto dos racionais com o conjunto dos
irracionais, e abrange todos os outros conjuntos vistos.
210
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Gabarito
1. a) 4 b) 1 c) -1 d) -10 e) 3 f) 0 g) 3
2. Naturais (ℕ): a, b.
Inteiros (ℤ): a, b, d.
3. a) Racional b) Racional c) Irracional d) Racional e) Racional
211
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Unidade 2: Operações
com números naturais
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
O nosso objetivo é que, ao final desta unidade, você seja capaz de entender e fazer
uso das quatro operações para resolver os problemas que forem do seu interesse.
Para isso, você aprenderá métodos de resolução de operações e algumas de suas
propriedades. Lembramos que o conhecimento adquirido nesta unidade será de
extrema importância para as próximas, por isso é importante treiná-los e sentir-se
confortável e confiante quando for necessário.
11
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Em busca de informações
2.1 Adição
A adição é uma das 4 operações básicas da matemática e ela pode ser feita com qualquer
tipo de número. Porém, nesta unidade, utilizaremos apenas números naturais, ou seja,
utilizaremos o conjunto N = {0 ,1 ,2 ,3 ,4 ,5 ,6 , ...}.
Valor posicional é a ordem decimal que cada algarismo representa dentro de um número.
Por exemplo:
•Número 28 → Algarismos 2 e 8
Valor posicional → 8 unidades e 2 dezenas.
•Número 1324 → Algarismo 0, 1, 3, 2 e 4
Valor posicional → 4 unidades, 2 dezenas, 3 centenas e 1 unidade de milhar
•Número 356 → Algarismo 3, 5 e 6
Valor posicional → 6 unidade, 5 dezenas e 3 centenas
•Número 62 → Algarismo 6 e 2
Valor posicional → 6 dezenas e 2 unidades.
A partir dessa definição, fomos capazes de estabelecer o método da adição. Ele sugere
que podemos somar as ordens de dois números individualmente para chegar no resultado
final. Para fazer isso, estruturamos nossas operações colocando um número acima do
outro alinhando suas ordens da seguinte forma:
524
+ 32
556
Além disso, é importante sabermos que cada um dos números somados é chamado de
“parcela” e o resultado é chamado de soma. Observe abaixo um exemplo teórico.
PARCELA
+ PARCELA
SOMA
12
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
A soma deve ser feita por meio dos valores posicionais dos algarismos de cada número.
Primeiro, somamos as unidades, depois, as dezenas, em seguida, as centenas e, assim,
prosseguimos até finalizar a adição. Para auxiliá-lo neste início, faça uma tabela para que
fiquem bem divididos os valores posicionais de cada algarismo. Observe a soma de 654 e
124 a seguir:
Logo, o resultado dessa soma é 778, pois esse número é formado por sete centenas, sete
dezenas e oito unidades.
Para isso, basta colocar um número sobre o outro e somar suas ordens. Veja:
64283
+ 3112
Logo, o resultado dessa soma é 67395, pois esse número é formado por seis dezenas de
milhar, sete unidades de milhar, três centenas, nove dezenas e 5 unidades. Observe que
um dos números somados não possui nenhum valor na ordem dezena de milhar. Nesse
caso basta colocar o algarismo 0 e continuar a operação normalmente.
13
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Caso especial de adição
O único caso especial da adição é aquele em que o resultado da soma dos valores
posicionais é igual ou maior a dez. Observe um exemplo a seguir com essa situação.
456
+ 126
Na adição 456 + 126, a soma dos algarismos das unidades será: 6 + 6 = 12, um número
maior que dez que é formado por uma dezena e duas unidades. Para resolver esse
problema, basta deslocar essa dezena na coluna específica das dezenas. Lembrando que,
na coluna das dezenas, 1 equivale a 10, 2 equivale a 20, e assim por diante. Portanto, na
adição do exemplo, colocamos duas unidades no resultado e somamos uma dezena à
coluna das dezenas. Isso é sinalizado da seguinte maneira:
1
456
+ 126
2
Depois disso, continua-se a adição normalmente. Mas lembre-se: ao somar os algarismos
da coluna das dezenas, deve-se adicionar a dezena do resultado da soma das unidades
1
456
+ 126
582
Para facilitar a sua visualização, você também pode fazer uso da tabela.
14
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
O mesmo procedimento deve ser feito quando acontecer em qualquer outra coluna, seja
ela a das dezenas, seja das centenas etc. Por exemplo, observe a adição 99999 + 9999.
1111
99999
+ 9999
109998
Na adição acima, a soma das unidades é 18. Colocamos o oito no resultado da coluna das
unidades e o um foi somado na casa das dezenas. A soma dos algarismos da casa das
dezenas é: 1 + 9 + 9, ou seja, os dois noves que já estavam lá mais o um que representa a
dezena vinda da coluna das unidades. Repetimos esse processo até a última soma. Na
última, colocamos o resultado independentemente de ser maior, igual ou menor que 10.
1 1 1 1
9 9 9 9 9
+ 9 9 9 9
Som 1 0 9 9 9 8
a
Fonte: Acervo do autor
Propriedades da adição
• Existe um número chamado elemento neutro, que é o zero na soma, com a seguinte
propriedade: a + 0 = a. Em outras palavras, a soma de um número com o elemento neutro
é o próprio número.
• 10 + 0 = 10
15
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
2.2 Subtração
Assim como adição, a subtração é uma das 4 operações básicas da matemática e ela
pode ser feita com qualquer tipo de número. Porém, nesta unidade, utilizaremos apenas
números naturais, ou seja, utilizaremos o conjunto N = {0 ,1 ,2 ,3 ,4 ,5 ,6 ,...}.Ela
funciona da seguinte forma: para cada dois valores,. um é subtraído do outro, ou seja,
uma quantidade é retirada de outra, e o valor restante é o resultado dessa operação
Observe que, nesse algoritmo, o menor número sempre será subtraído do maior. Ou seja,
o maior número deve ser colocado acima do menor para realizarmos subtrações em cada
ordem. Primeiramente, subtraia os algarismos que representam as unidades, em seguida,
os algarismos das dezenas e assim por diante, até que não haja mais subtrações a serem
feitas. Para auxiliar na visualização das ordens, você pode utilizar uma tabela.
16
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Você também pode montá-la da seguinte maneira:
521
- 310
521
- 310
211
• 1 dezena = 10 unidades
• 1 centena = 10 dezenas
Assim, no caso desse exemplo, para fazer a subtração dos algarismos da casa das
unidades, tomaremos uma dezena, transformando-a em 10 unidades e somaremos esse
valor ao algarismo da casa das unidades do minuendo.
17
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Assim, teremos:
1 13
1823
- 487
1 13
1823
- 487
6
Observe que, agora, o algarismo da casa das dezenas é 1, que é menor que 8 do
subtraendo. Em razão disso, tomaremos uma das centenas do minuendo, transformando-
a em 10 dezenas e somaremos à única dezena que o minuendo possui.
7 11 13
1823
- 487
36
Ao partir para a casa das centenas e unidades de milhar, não existem problemas, assim,
devemos realizar as subtrações normalmente.
7 11 13
1823
- 487
1336
Propriedade da subtração
•Existe um número chamado elemento neutro, que é o zero na subtração, com a seguinte
propriedade: a - 0 = a. Em outras palavras, a subtração de um número com o elemento
neutro é o próprio número.
•10 - 0 = 10
18
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
2.3 Multiplicação
2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 16
Essa soma pode ser escrita na forma de multiplicação, representada pelo símbolo “x” ou
“·”.
2 x 8 = 2 · 8 = 16
Dessa maneira, somamos oito conjuntos de 2 reais cada. Nesse exemplo, os números 2
e 8 recebem o nome de fatores e essa operação deve ser lida da seguinte maneira:
duas vezes oito é igual a dezesseis.
Em outras palavras, multiplicação é uma maneira que facilita a soma de números iguais.
A imagem a seguir contém todos os resultados das multiplicações que envolvem os
fatores de 1 a 10. Perceba que, se escolher um número na primeira linha e um na
primeira coluna, onde eles se encontrarem na tabela, é o resultado da multiplicação dos
dois.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-multiplicacao.htm
19
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Sabendo essas operações de multiplicação da tabela, podemos montar um algoritmo que
nos possibilitará resolver todas as multiplicações daqui para frente. Para explicar como ele
funciona, usarei um exemplo. Qual o produto da multiplicação de 18 vezes 234?
234
x 18
A segunda coisa a ser feita é multiplicar o algarismo da unidade do número debaixo por
cada um dos algarismos do número de cima. Da seguinte forma:
3 23 23
234 234 234
x 18 x 18 x 18
2 72 1872
Perceba que, a primeira operação (Momento 1) é 8 x 4 e resulta em 32. O que deve ser
feito é colocar o 2, referente à ordem das unidades, no resultado e o 3, referente à ordem
das dezenas, acima das ordem das dezenas da operação. Esse 3 que “subiu” para a
parte de cima, nós devemos somar ele quando realizarmos a operação seguinte
(Momento 2).
234
x 18
1872
0
20
20
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Agora multiplique o algarismo 1 por todos os algarismos do outro número, da mesma
forma como foi feita anteriormente.
234
18x
1872
+ 2340
4212
Dessa forma, obtivemos que o resultado da multiplicação de 234 vezes 18 é igual à 4212.
Propriedades da multiplicação
21
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2.4 Divisão
A divisão é a última das quatro operações básicas da matemática e é inversa à
multiplicação. Ela consiste em fracionar, ou seja quebrar um número e pode ter como
resultado um número inteiro ou um número decimal. Neste momento, lidaremos apenas
com divisões que tenham como resultado números inteiros positivos.
A divisão pode ser exata ou não. Por exemplo, se temos 5 laranjas e dividimos para 5
pessoas, cada pessoa terá 1 laranja e não sobrará nenhuma, assim, temos uma divisão
exata. Porém, se tivermos essas mesmas 5 laranjas e decidirmos dividir para 4 pessoas,
cada uma receberá 1 e ainda sobrará 1. Neste caso, dizemos que essa divisão possui
resto igual a 1 e, por isso, não é exata.
Para dividir pequenas quantidades podemos utilizar desenhos para nos auxiliar. Observe:
Neste caso, temos seis bolinhas que queremos dividir em dois grupos. Para fazer isso,
basta colocarmos cara hora uma bolinha em um grupo que, ao final, poderemos observar
que 6 dividido por 2 é igual a três, pois temos 3 bolinhas em cada grupo.
Porém, tal como métodos anteriores nesta unidade, este algoritmo não é viável para
grandes valores. Por isso, é importante conhecermos outras formas de realizarmos essa
operação.
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Uma forma interessante é o método da chave. Para isso, colocamos o valor que queremos
dividir (chamarei ele de P) e o número pelo qual ele será dividido (chamarei ele de d)
organizado da seguinte maneira:
P | d
Por exemplo,
94 | 2
Daqui em diante, iremos separar o número 94 e pensar nele por parte, da esquerda para a
direita. Ou seja, iniciaremos nossas operações pelo algarismo 9. para simbolizar isso,
basta colocarmos um pequeno traço logo acima dele. Observe:
9`4 | 2
Primeiramente, nós devemos pensar quantas vezes o número 2 precisa ser multiplicado
para chegar o mais próximo possível de 9 sem ultrapassá-lo.
9`4 | 2
1 4
O número 1 nesta posição simboliza que faltou uma unidade para chegarmos a 9. Já o
número 4 nos diz qual o valor multiplicamos o 2 para atingirmos o 9. Além disso, o 4
também é o primeiro algarismo do resultado da divisão.
9`4 | 2
4
14
Agora, devemos realizar o mesmo raciocínio anterior e descobrir quantas vezes devemos
multiplicar o 2 para obtermos o valor o mais próximo possível de 14. Perceba que 7 x 2 =
14, logo, representamos isso colocando o número 7 ao lado do 4 e o número 0 embaixo
do 14, já que não faltou nenhuma unidade para chegarmos ao número que queríamos
(14).
9`4 | 2
47
14
0
Como temos um resto menos que o número pelo qual estamos dividindo (2) e não temos
como “descer mais um número” (como fizemos com o 4), chegamos ao final da divisão.
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A leitura que nós podemos fazer disso é que ao dividirmos o número 94 por 2, temos
como resultado 47. Ou seja, essa divisão não deixa nenhum resto e, por isso, pode ser
considerada exata.
105 | 8
Perceba que, dessa vez, não resolveria separar apenas o primeiro algarismo (que é 1)
para dividir como fizemos no exemplo anterior, pois a o passo seguinte seria dividir 1 por
8, o que neste momento do curso não é possível. Sempre que isso acontecer, você
deverá avaliar quantos algarismo são necessários ser separados para iniciar a divisão.
Basta que o número formado por esses algarismos seja maior que o divisor. Neste caso,
utilize os dois primeiros para formar o número 10 e inicie a divisão se perguntando
quantas vezes o número 8 deve ser multiplicado para chegar o mais próximo de 10, sem
ultrapassá-lo.
10`5 | 8
Perceba que 8 x 1 = 8 e 8 x 2 = 16. Dessa forma devemos colocar 1 no resultado, por ser
o número que, aos ser multiplicado por 8, mais se aproximaria de 10. Além disso, deve-se
colocar o número 2 abaixo do 10, pois faltaram 2 unidades para 8 x 1, chegar em 10.
10`5 | 8
2 1
10`5 | 8
1
2 5
Continuando a divisão, temos:
10`5 | 8
13
25
1
Como temos um resto menos que o divisor e não temos como “descer mais um número”
(como fizemos com o 5), chegamos ao final da divisão.
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Colocando o conhecimento em prática
2. Um fazendeiro mediu sua terra, de formato quadrado, para cercá-la inteiramente com
uma cerca de madeira. Quantos metros de cerca ele irá precisar sabendo que cada um
dos 4 lados iguais medem 142 metros?
a) 800 metros
b) 428 metros
c) 857 metros
d) 568 metros
e) 300 metro
3. Antônio possui R$ 5000,00 em sua poupança. Foi necessário fazer um reparo em seu
carro, pago com dinheiro da poupança, no valor de R$ 485,00. Depois, foram feitos outros
reparos em sua casa, também pagos com dinheiro da poupança, no valor de R$ 1800,00.
Ao final de todos esses reparos, quanto sobrou na poupança de Antônio?
a) R$ 2715,00
b) R$ 1725,00
c) R$ 1615,00
d) R$ 715,00
e) R$ 1700,00
25
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4. Um torneio agrupou 2450 pessoas na praça principal de uma cidade do interior de
Goiás. Dessas, 1289 eram do sexo masculino. Quantas pessoas estavam na praça
principal dessa cidade, para esse torneio, do sexo feminino?
a) 1000
b) 1051
c) 1059
d) 1149
e) 1161
5. Sabendo que um conjunto de parafusos custam 3 reais, calcule quanto custam 836
conjuntos iguais a esse.
6. Para comprar todo o equipamento de solda para 7 funcionários, um patrão dispõe de
R$4500,00. Sabendo que ele irá gastar R$600,00 por funcionário, quanto irá sobrar no
final das compras?
7. Um amigo de infância recebeu uma herança inesperada de R$34505,00, porém
precisou dividir esse dinheiro com outros 5 irmãos. Com quanto ele ficou após a divisão?
8. Você decidiu organizar-se melhor. Para isso, precisou dividir seu dia em 4 partes
iguais. Em uma delas você iria dormir, em outra trabalhar, em outra ficar com a família e
em outra estudar. Quanto tempo você irá gastar estudando?
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Gabarito
1. A
2. D
3. A
4. E
5. R$2508,00
6. R$300,00
7. R$7101,00
8. 6 horas
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Unidade 3: Operações
com números inteiros
Um começo de conversa
É comum em nosso dia a dia termos que fazer operações com dinheiro, por exemplo:
• Somar os salários de junho, julho e agosto;
• Quitar uma divida no banco;
• Dividir o pagamento de uma divida;
• Verificar o saldo de nossa conta;
• Dividir a conta de um restaurante com seus amigos.
Esses são exemplos de situações em que é comum trabalharmos com números
positivos, mas também com números negativos (como no caso das dividas). Além do
âmbito monetário, os números inteiros podem aparecer em diferente momentos da sua
vida, sendo assim, torna-se muito importante entender como é possível realizar as quatro
principais operações com esse conjunto numérico.
Objetivos da Aprendizagem
A partir desse capítulo você será capaz de realizar as quatro operações básicas (soma,
subtração, multiplicação e divisão) com os números inteiros e estará munido de um
conhecimento muito útil para resolução de problemas cotidianos.
229
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Em busca de informações
3.1 Adição
A adição de números inteiros pode ser subdividida em 3 casos e, para melhorar a
explicação, veremos suas aplicações no dia a dia.
(1° caso) : Você consulta seu saldo bancário e verifica que deve 3 reais. Logo em
seguida, deposita 5 reais em sua conta. Qual o saldo final?
Matematizando esse exemplo, percebemos que temos a seguinte conta
-3 + 5 = ?
Perceba que a divida foi representada como sendo um número negativo (-3) e a
operação que estamos realizando é a soma de um número negativo com um positivo.
Para realizarmos a operação de adição, devemos sempre atentar se os algarismos têm o
mesmo sinal ou sinais opostos.
Nesse caso, temos algarismos de sinais opostos (um negativo e o outro positivo).
Para algarismos de sinais opostos devemos subtrair um do outro. O resultado terá o
mesmo sinal do algarismo de maior valor.
5–3=2
Como 5 é maior que 3 o resultado será positivo. Logo:
-3 + 5 = 2
Em outras palavras, o saldo final seria de 2 reais. Agora imagina essa situação com uma
pequena diferença:
(2° caso) : Você consulta seu saldo bancário e verifica que deve 5 reais. Logo em
seguida, deposita 3 reais em sua conta. Qual o saldo final?
Matematizando esse exemplo, percebemos que temos a seguinte conta
-5 + 3 = ?
Nesse caso, realizamos a subtração:
5–3=2
Entretanto, o algarismo que tem o sinal negativo (5) tem maior valor que o algarismo
positivo (3). Assim, o resultado deverá ser negativo:
-5 + 3 = -2
230
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Agora analise o próximo cenário:
(3° caso): Você possui uma divida de 4 reais em sua conta e, mesmo assim,
compra um produto de dois reais. Qual o seu saldo final?
Matematizando a situação, temos:
-4 + (-2) = ?
Perceba que já havíamos uma divida (-4) e somamos a ela uma nova divida (-2). Para
realizar a operação de termos com mesmo sinal, deve-se somar os termos e o
resultado terá o mesmo sinal dos termos.
Nesse caso, temos dois números negativos, logo:
4+2=6 -4 + (-2) = -6
3.2 Subtração
Para a subtração também temos três casos:
(1° caso): Você possui uma divida de 4 reais em sua conta e, mesmo assim,
realiza um saque de 5 reais. Qual o seu saldo final?
Nesse caso, tínhamos uma divida (-4) e retiramos (subtraímos) 5 reais. Perceba que
esse caso é muito similar ao 3° caso da adição e sua resolução é muito parecida. Para
realizar a operação de termos com mesmo sinal, deve-se somar os termos. O resultado
terá o mesmo sinal dos termos.
4+5=9 -4 - 5 = -9
(2º Caso): Você possui 5 reais em sua conta e realiza um saque de 7 reais.
Qual o seu saldo final?
5–7=?
Nesse caso, temos algarismo de sinais opostos (+5) e (-7). Como visto anteriormente:
Para algarismos de sinais opostos devemos subtrair um do outro. O resultado terá o
mesmo sinal do algarismo de maior valor.
7–5=2
Como o 7 é maior que 5, preservamos o sinal negativo:
5 – 7 = -2
231
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(3º Caso): Você possui uma divida de 4 reais em sua conta e paga 3 reais de sua
divida. Qual seu saldo final?
Observe que podemos encarar a situação acima de duas maneiras: você adicionou
(somou) 3 reais a sua conta ou você subtraiu uma divida de 3 reais (-3) de sua conta.
Matematizando o que foi dito temos:
-4 + 3 = ? Ou - 4 - (-3) = ?
- 4 + 3 = -1
-4 – (-3) = -4 + 3
- 4 + 3 = -1
a) - 5 - (+ 3) = - 5 - 3 = -8
b) 9 - (-2) = 9 + 2 = 11
c) -6 - (-7) = -6 + 7 = 1
Vale ressaltar que quando utilizamos os números inteiros, a maneira que realizamos
adição e subtração não será definida apenas pelo operador entre os números (mais ou
menos), mas também pelo sinal dos números. Por isso, é muito importante que você
entenda o motivo pelo qual resolve-se a operação da maneira que é resolvida. Uma
estratégia eficiente é encarar um problema (independente de sua natureza) como sendo
um problema financeiro, pois assim você trabalhará com uma situação em que você
está habituado, até que você sinta-se confortável em resolver diretamente.
232
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3.3 Multiplicação e Divisão
Para a multiplicação e divisão, temos que tomar cuidado apenas com o sinal do
resultado, pois a forma como é resolvida é idêntica a como resolvemos com números
naturais. Dessa maneira, estabeleceu-se uma regra dos sinais e ela é a seguinte:
Essa regra vale tanto para multiplicação quanto para divisão. Vejamos alguns exemplos
de aplicação dessa regra:
Exemplo 1: (-4) x 5 =
4 x 5 = 20 (-4) x 5 = -20
Outros exemplos:
a) (-22) x 45 = -990
b) 32 x (-6) = -192
233
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Na divisão, o processo se repete:
Exemplo 3: 45 ÷ (-5) =
Para a divisão de números com sinais opostos, realizamos a divisão dos algarismos e o
resultado terá sinal negativo.
45 ÷ 5 = 9 45 ÷ (-5) = -9
Para a divisão de números com mesmo sinal, realizamos a divisão dos algarismos e o
resultado terá sinal positivo.
Outros exemplos:
a) 140 ÷ 4 = *35
c) (-154) ÷ 11 = -14
d) 248 ÷ (-4) = -62
234
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Colocando o conhecimento em prática
a) – 7 + 4 = a) (-56) x 21
b) – 3 + 1 = b) 75 x (-3)
c) – 4 + 9 = c) 256 ÷ (-2)
d) – 5 + 6 = d) (-34) x (-5)
e) – 8 + (-3) = e) (-26670) ÷ (-42)
f) – 15 + (-5) = f) (-625) ÷ 25
g) – 2 – 6 =
h) 4 – 7
i) – 15 – 4
j) – 12 – (+3)
k) – 3 – ( - 5)
l) 5 – (+6)
3) Qual das alternativas abaixo fornece uma informação correta sobre as operações
de multiplicação e divisão?
235
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4) Para encontrarmos o resultado de 200 - 740, podemos:
236
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Gabarito
1) 3) B
a) -3
b) -2
4) D
c) 5
d) 1
5)
e) -11
f) -20 a) -7 gols
g) -8 b) -6 gols
h) -3
c) +3 °C
i) -19
d) -20 reais
j) -15
k) 2
6) 8 andares
l) -1
2) 7) 3580 metros
a) -1176
b) -225
c) -128
d) 6,8
e) -635
f) -25
237
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Unidade 4: Operações
com números racionais
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Com o conteúdo desta unidade você será capaz de somar, subtrair, multiplicar e dividir
números racionais. Com isto, terá todos os conhecimentos para realizar essas operações
básicas nas situações mais comuns do seu dia-a-dia.
238
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Em busca de informações
4.1 Introdução
239
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Figura 4.1: Nomes das funções representadas pelos algarismos em um número racional.
unidades
dezenas décimos
centenas centésimos
unidades de milhar milésimos
4876,231
casas decimais
Fonte: Acervo do Autor.
Os nomes vistos na figura 4.1 serão utilizados nas explicações das operações básicas na
continuação dessa unidade.
A soma de números racionais positivos é bem parecida com a soma de números naturais.
Um ponto importante que devemos lembrar da soma de naturais é que, ao armar a conta,
colocamos unidade embaixo de unidade, dezena embaixo de dezena, etc. Veja a conta a
seguir.
136
+423
559
Neste caso somamos a unidade 6 com a unidade 3, a dezena 3 com a dezena 2 e a
centena 1 com a centena 4.
Para a adição de números racionais, devemos fazer o mesmo. Devemos somar milésimos
com milésimos, centésimos com centésimos, décimos com décimos, etc. Para fazer isto,
basta colocarmos uma vírgula exatamente embaixo da outra. Veja a conta a seguir.
1,36
+4,23
5,59
Perceba que a conta é feita da mesma maneira que a soma de números naturais:
somamos 6 mais 3 para obter 9, 3 mais 2 para obter 5, e 1 mais 4 para obter 5. A vírgula
do resultado deve ser colocada exatamente embaixo da vírgula das parcelas que estão
sendo somadas.
No exemplo que acabamos de ver, os dois números tinham a mesma quantidade de casas
decimais. Ao somar números com quantidades de casas decimais diferentes, devemos ter
atenção para colocar as vírgulas uma abaixo da outra.
Aqui será útil o que vimos na introdução desta unidade sobre podermos colocar zeros
depois da vírgula. Veja as contas a seguir, onde vamos calcular 0,8 + 1,64 e 30 + 5,26.
240
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Quando é necessário elevar algum número, fazemos a soma da mesma forma, colocando
sempre uma vírgula embaixo da outra.
1
0,81
+1,64
2,45
7 10 7 10
3,80 é o mesmo que 3,80
-1,14 -1,14
2,66 2,66
241
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Para o caso de números com sinais diferentes, a adição se tornará, na verdade, uma
subtração, como vimos com os números inteiros. Para fazer a conta, vamos desconsiderar
temporariamente o sinal negativo dos números menores que zero. Faremos então a
subtração do maior número menos o menor, obtendo assim o resultado intermediário
(ainda sem o sinal correto, por isso não é o resultado final). O sinal do resultado final será
o mesmo sinal do maior número que usamos na conta.
Por exemplo: 4,57 + (-3,2).
Desconsiderando o sinal, o maior número é 4,57. O sinal desse número é positivo, então o
sinal do resultado será positivo. Fazemos então uma subtração: 4,57 – 3,2.
4,57
-3,20
1,37
242
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4.5 Multiplicação de números racionais
Para multiplicar números racionais, o processo é bem simples. Primeiramente,
desconsidere as vírgulas e faça as contas como você aprendeu a fazer na multiplicação de
números naturais e inteiros. Em seguida, conte o número de casas decimais (algarismos
depois da vírgula) que os dois números que você está multiplicando têm juntos. O
resultado deverá ter este mesmo número de casas decimais.
Por exemplo, imagine que você queira fazer a multiplicação 2,35 x 1,2.
Inicialmente, você desconsidera as vírgulas, ficando com a multiplicação 235 x 12.
Podemos armar esta multiplicação da forma a seguir.
11
235
x 12
470
+2350
2820
Temos assim um resultado intermediário de 2820. Devemos então contar quantas casas
decimais temos nos números que foram multiplicados. O número 2,35 tem dois algarismos
depois da vírgula, e o número 1,2 tem um algarismo depois da vírgula. Assim, o resultado
terá 2 + 1 = 3 casas decimais. Desta forma, o resultado final da multiplicação 2,35 x 1,2 é
2,820, ou simplesmente 2,82.
Ao fazer a multiplicação com números negativos, basta lembrar da regra dos sinais vista
na unidade de números inteiros: ao multiplicar dois números com mesmo sinal, o resultado
é positivo; ao multiplicar dois números com sinais diferentes, o resultado é negativo.
Exemplos:
(-2,1) x 1,5 = -3,15
(-7,3) x (-3,48) = 25,404
3,79 x 2,81 = 10,6499
243
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Suponha que queiramos fazer a divisão 3,5 ÷ 7. Neste caso, primeiramente vamos ignorar
a vírgula:
35 ÷ 7 = 5.
Para chegarmos ao resultado da conta inicial, devemos acrescentar ao resultado o mesmo
número de casas decimais do dividendo, ou seja, 1 casa decimal. Com isto, o resultado de
3,5 ÷ 7 é 0,5.
3,5 ÷ 7 = 0,5
Como vimos anteriormente, quando temos um número inteiro, podemos colocar uma
vírgula à direita sem modificar o valor do número. Assim, 5 é a mesma coisa que 5,0. Na
divisão do exemplo que acabamos de ver, havíamos encontrado o valor 5, e deveríamos
acrescentar uma casa decimal. Passamos assim de 5,0 para 0,50, ou, de forma mais
simplificada, de 5, para 0,5. Perceba que a vírgula andou um algarismo para a esquerda.
5 → 5, → 0,5
244
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Neste caso, vimos que dividimos o 15 por outro número e obtivemos um resultado maior
do que 15. Isto é normal.
Imagine, por exemplo, que você queira saber quantas notas de 2 reais precisa para ter 10
reais. Você dividiria 10 por 2, e chegaria ao resultado 5, ou seja, 5 notas de 2 reais dá um
total de 10 reais.
Agora imagine que você quer saber quantas moedas de 50 centavos são necessárias para
ter 15 reais. Sabemos que 50 centavos é o mesmo que 0,50 reais. Logo, dividimos 15 por
0,50, o que dá 30 como resultado. Ou seja, precisamos de 30 moedas de 50 centavos
para ter 15 reais.
Por fim, se tivermos casas decimais tanto no divisor quanto no dividendo, devemos andar
com a vírgula dos dois jeitos que vimos acima.
Por exemplo, vamos fazer a divisão 2,56 ÷ 3,2.
Dividindo como se não houvesse vírgulas, temos:
256 ÷ 32 = 8
O dividendo tem duas casas decimais. Devemos então andar com a vírgula duas casas
para a esquerda:
8 → 0,08
Já o divisor tem uma casa decimal. Devemos então andar com a vírgula uma casa para a
direita:
0,08 → 0,8
Chegamos assim ao resultado: 2,56 ÷ 3,2 = 0,8.
Para dividir números racionais negativos, basta nos lembrarmos da regra dos sinais, como
vimos na multiplicação de números racionais. Se os dois números sendo divididos têm o
mesmo sinal, o resultado é positivo. Se os números têm sinais diferentes, o resultado é
negativo.
Exemplos:
1,24 ÷ 2 = 0,62
(-2,5) ÷ (-0,5) = 5
(-15,8) ÷ 4 = -3,95
512 ÷ (-1,6) = -320
245
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Colocando o conhecimento em prática
c) Para somar e subtrair números racionais, devemos armar a conta colocando uma
vírgula embaixo da outra.
d) Quando dividimos um número com duas casas decimais por um com uma casa
decimal (por exemplo 3,24 ÷ 1,8), obtemos um resultado com três casas
decimais.
246
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5) Preciso colocar arame farpado em volta de um terreno retangular que mede 0,2
km de largura e 0,3 km de comprimento. Quantos km de arame farpado devo usar?
6) A altura de uma casa era de 4,78 metros. Foi construído um 2º andar e a altura da
casa passou a ser de 7,4 metros. De quantos metros a altura inicial da casa foi
aumentada?
7) Um sacolão tinha em estoque 17,45 quilos de maçã no início do dia. Durante o dia
foram vendidos apenas 8,9 quilos de maçã. Quantos quilos de maçã o sacolão tinha
em estoque ao final do dia?
9) O preço de uma corrida de táxi é formada de duas partes: uma fixa, chamada
“bandeirada”, e uma variável, de acordo com os quilômetros percorridos. Em Cuiabá
a bandeirada é de R$ 9,60 e o preço por quilômetro percorrido é de R$ 3,50. Quanto
pagará uma pessoa que percorrer de táxi 12 quilômetros?
10) A conta de um restaurante, que deu R$ 54,53, deve ser dividida igualmente para
sete pessoas. Quanto cada uma vai pagar?
11) Uma fábrica de óleo de soja vende seu produto em embalagens de 1,5 litros. Se
no dia anterior foram produzidos 46,5 litros de óleo, quantas embalagens são
necessárias para embalar toda a produção mencionada?
12) O saldo da conta de Júlio era de -14,80. Ainda assim, ele fez uma compra de
7,60. Qual será o saldo final da conta?
13) No mês de junho a gasolina e o álcool chegaram aos preços mais baixos do ano.
A gasolina foi vendida a R$ 2,67 e o álcool a R$ 1,38 o litro.
d) Calcule com quantos litros de gasolina foi abastecido um carro cujo gasto foi de
R$ 93,45.
247
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Gabarito
1) 3) D
a) 10,7
4) B
b) 4,35
5) 1,0 km
c) 5,88
6) 2,62 metros
d) 24,82
f) 3,66
8) R$ 10,00
g) 0,99
9) R$ 51,60
h) 15,34
2) 11) 31 embalagens
b) 24,05 13)
a) R$ 1,29
c) -3,48
b) R$ 120,15
d) 6,18
c) R$ 81,00
e) -29,6 d) 35 litros
f) 4,2
g) 2,5
h) -1,32
i) -3
248
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Unidade 5: Expressões
Numéricas
Um começo de conversa
As expressões númericas são muito utilizadas no cotidiano, sendo durante uma compra
no sacolão, no trabalho ou até mesmo em casa. Veremos que ela converte algumas
falas simples que temos para operações matemáticas
Objetivos da Aprendizagem
Ao final dessa unidade, o aluno será capaz de resolver equações numéricas de acordo
com as prioridades existentes. Ademais, com o aprendizado das expressões numéricas, o
aluno estará capacitado a interpretar soluções problemas, entendê-las matematicamente e
montar expressões para que elas seja resolvidas.
249
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Em busca de informações
1ª MANEIRA:
8 x (–2) =
–16
2ª MANEIRA:
–64 ÷ 16 =
–4
Notamos que, de acordo com a ordem da resolução, o resultado se altera! Qual deles é
o correto, o primeiro ou o segundo? Apesar de diversos problemas matemáticos terem
diferentes modos de resolução, independentemente do caminho escolhido para se
resolver, o resultado deve ser sempre o mesmo. Das duas formas de resolução acima, a
correta é a primeira e o motivo de uma estar certa ou errada, será nosso assunto daqui
em diante.
250
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
5.1 Prioridades durante a resolução
Dessa forma, veremos que se tivermos uma expressão numérica para ser resolvida,
vamos pensar da seguinte forma:
PRIMEIRA PRIORIDADE:
Exemplo 1:
Neste exemplo, temos sinais que ordenam a expressão. Dessa forma, resolveremos
primeiro as operações que estão entre parênteses e posteriormente as que estão entre
chaves.
–3 x [2 x (–80 ÷ 8)] =
–3 x [2 x (–10)] =
–3 x (–20) = 60
251
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Exemplo 2:
36 – (–7) = 43
SEGUNDA PRIORIDADE:
Exemplo 3:
Neste exemplo, temos operações de divisão e adição. Note que, o parêntese presente
não possui nenhuma operação em seu interior: seu objetivo é apenas separar o sinal
negativo do número 13 do sinal de divisão que o precede. Dessa forma, resolvemos
primeiramente a divisão e posteriormente a adição.
–169 ÷ (–13) + 2 =
13 + 2 =
15
Exemplo 4:
–2 – (–30) =
–2 + 30 = 28
252
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TERCEIRA PRIORIDADE:
Exemplo 5:
2 x (–2) x (–4) =
–4 x (–4) = 16
Exemplo 6:
–9 x (–2) ÷ 6 =
18 ÷ 6 = 3
Já foi visto que durante a resolução de uma expressão numérica, há uma ordem a ser
seguida de operações para serem feitas. Começamos sempre pela multiplicação e
divisão e depois passamos para a adição e subtração. Agora, será dado alguns
exemplos de exercícios diretos e situações problemas resolvidos para que seja feito
pelo aluno ao acompanhar o raciocínio proposto.
253
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Exercício 1:
Resolva a expressão: 15 – 12 ÷ {–2 x [–10 + (–2) x (–4)]} =
Partindo dos tipos de equação numérica da primeira prioridade, nota-se que essa
equação se encaixa nela. Assim, temos que manter em mente a seguinte ordem de
resolução:
Contudo, lembrando sempre que se houver mais de uma operação dentro ou fora dos
símbolos de ordenação, manter a ordem das operações a seguir:
1º multiplicação e divisão
2º adição e subtração
15 – 12 ÷ {–2 x (–2)} =
15 – 12 ÷ {–2 x (–2)} =
15 – 12 ÷ (4) =
15 – 12 ÷ (4) =
15 – 3 =
15 – 3 =
12
RESULTADO
254
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Exercício 2:
Resolva a expressão: 20 ÷ 4 + 3 x 6 – 15 ÷ 3 – 27 ÷ 3 + 40 x 5 – 100 =
Partindo dos tipos de equação numérica da priemeira prioridade, nota-se que essa
equação não se encaixa nela. Assim, passamos para a segunda prioridade, na qual a
equação se encaixa. Logo, temos que manter em mente a seguinte ordem de resolução:
1º multiplicação e divisão
2º adição e subtração
20 ÷ 4 + 3 x 6 – 15 ÷ 3 – 27 ÷ 3 + 40 x 5 – 100 =
5 + 3 x 6 – 15 ÷ 3 – 27 ÷ 3 + 40 x 5 – 100 =
5 + 3 x 6 – 15 ÷ 3 – 27 ÷ 3 + 40 x 5 – 100 =
5 + 18 – 15 ÷ 3 – 27 ÷ 3 + 40 x 5 – 100 =
5 + 18 – 15 ÷ 3 – 27 ÷ 3 + 40 x 5 – 100 =
5 + 18 – 5 – 27 ÷ 3 + 40 x 5 – 100 =
5 + 18 – 5 – 27 ÷ 3 + 40 x 5 – 100 =
5 + 18 – 5 – 9 + 40 x 5 – 100 =
5 + 18 – 5 – 9 + 40 x 5 – 100 =
5 + 18 – 5 – 9 + 200 – 100 =
5 + 18 – 5 – 9 + 200 – 100 =
23 – 5 – 9 + 200 – 100 =
23 – 5 – 9 + 200 – 100 =
18 – 9 + 200 – 100 =
18 – 9 + 200 – 100 =
9 + 200 – 100 =
9 + 200 – 100 =
209 – 100 =
109
RESULTADO
255
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Exercício 3:
Joana comprou cinco latas de azeite a quatro reais cada, oito latas de leite em pó a três
reais cada e duas caixas de iogurte com seis iogurtes cada caixa, ao preço de um real
por iogurte. Pagou com uma nota de cinquenta reais e quer saber quanto irá receber de
troco.
1º Vamos então converter essa situação problema para uma expressão numérica,
primeiro pensando nas quantidades compradas:
Valor da compra = cinco latas de azeite x preço + oito latas de leite em pó x preço +
duas caixas de iogurte com seis iogurtes cada x preço
Valor da compra = 5 x 4 + 2 x 3 + 2 x 6 x 1
3º Para saber quanto Joana irá receber de troco, precisamos retirar o valor da compra
do valor que ela pagou:
Troco recebido = 50 – (5 x 4 + 2 x 3 + 2 x 6 x 1)
5º Por último, vamos resolver a expressão com base nas prioridades estabelecidas de
acordo com o tipo de equação que temos:
Troco recebido = 50 – (5 x 4 + 2 x 3 + 2 x 6 x 1)
Troco recebido = 50 – (5 x 4 + 2 x 3 + 2 x 6 x 1)
256
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Troco recebido = 50 – (20 + 2 x 3 + 2 x 6 x 1)
Troco recebido = 50 – 38
Troco recebido = 50 – 38
Troco recebido = 12
RESULTADO
257
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Colocando o conhecimento em prática
c) A pessoa que realiza os cálculos escolhe a ordem mais oportuna para eles.
d) Não existe ordem para realização dos cálculos em uma expressão numérica.
b) –7 + 3 – (–4) ÷ (–4) =
e) (3 + 2) x (5 – 1) + 4 =
f) 20 ÷ 4 + 3 x 6 – 15 ÷ 3 =
g) 90 – [25 + (5 x 2 – 1) + 3] =
i) 50 – 2 x {7 + 8 ÷ 2 – [9 – 3 x (–5 + 4)]} =
j) –1 x (–12) x (–2) – [6 x (–4)] =
258
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3) Uma professora do Ensino Fundamental propôs a seus alunos que escrevessem a
seguinte expressão numérica que oralmente ela citou:
“Ao número 66 adicionamos o número 33. Depois, multiplicamos o resultado por 2 e, por
fim, adicionamos 11.”
Qual a expressão numérica correta que representa essa citação?
4) Qual foi a mesada de Vanessa se ela ganhou 1 nota de R$50,00 da mãe e 4 notas de
R$ 10,00 do pai?
a) 79
b) 80
c) 78
d) 77
e) 81
259
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Gabarito
1) Letra E
2)
a) 22
b) -5
c) -25
d) 15
e) 24
f) 18
g) 53
h) -15
i) 52
j) 0
3) (66 + 33) x 2 + 11
4) 90
5) Letra A
260
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Unidade 6: Frações
Um começo de conversa
Percebeu que não obteve um número exato de passos, então usou o comprimento do
seu pé para medir o pedaço que faltava. Ele obteve 12 passos e um pedaço de passo,
ou, medindo com o pé, 12 passos e 2 pés.
Observe na figura abaixo que dividindo o passo do aluno em 3 partes iguais o pé dele
representa uma dessas partes. Então, cada uma dessas partes pode ser representada
1
pela fração 3. Desse modo, podemos dizer que o comprimento da sala é de 12 passos e
2
do passo do aluno.
3
Figura 6.1: Passo
O exemplo que acabamos de analisar nos mostra a aplicação da fração e a ideia que
ela transmite de representar um pedaço de um inteiro. Já estudamos a definição da
fração como um número racional, mas agora estudaremos mais à fundo suas
características e outras aplicações, como a que acabamos de descrever neste exemplo.
261
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Objetivos da aprendizagem
A fração faz parte constantemente de nosso cotidiano sem percebermos. Vamos ver
algumas situações em que ela aparece:
• Quando dizemos que estamos na metade do caminho de volta para casa,
queremos dizer que já percorremos uma parte (metade do caminho de volta) de
um inteiro (todo o caminho de volta);
• Quando dividimos uma mexerica com alguém significa que demos uma parte
(alguns gomos) de um inteiro (todos os gomos da mexerica);
• Quando comemos 2 fatias de uma pizza de 8 fatias, é o mesmo que dizer que
comemos uma parte (2 fatias) de um inteiro (todas as 8 fatias).
O lado matemático por trás dessas e outras situações cotidianas é o que vamos
aprender agora.
Em busca de informações
262
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Figura 6.3: Pizza inteira com 8 pedaços
• Ao final da noite:
5 3
• Comeram 8 da pizza e sobrou 8 da pizza;
3 1
• Comeram 4 das fatias de calabresa e sobrou 4 das fatias de calabresa;
2 1 2
• Comeram das fatias de 4 queijos (ou delas) e sobrou das fatias de 4 queijos
4 2 4
1
(ou delas).
2
Figura 6.4: Pizza com 3 pedaços
263
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Exemplos:
1 1
= um meio = um doze avos
2 12
5
= cinco sextos 3
6 = três vinte avos
20
3
= três décimos 9
10
13
= nove treze avos
6.3 Representando um ou mais inteiros na forma de fração
As frações também podem representar inteiros e não apenas pedaços. Vamos voltar
ao exemplo 1 do tópico “Definindo a fração” para entender como isso funciona.
8
Antes de comerem a pizza, os alunos tinham 8 de pizza, ou seja, a pizza inteira.
Figura 6.5: Pizza inteira com 8 pedaços
264
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Para transformar a forma mista em apenas uma fração, precisamos multiplicar o
número que representa a parte inteira na forma mista pelo seu denominador, somar o
resultado com o numerador e, assim, obtemos o novo numerador da nossa fração. No
3
exemplo anterior, a forma mista era 1 8 , multiplicando 1 por 8 temos 8 fatias,
11
somando 8 com 3 temos 11 fatias no total. Nossa fração será, então, .
8
Exemplo:
Determine a parte fração que representa a parte pintada de cada item, considerando
que barra representa 1 inteiro.
5
• = ou 1
5
10
• = ou 2
5
3
• = 15
265
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Fração irredutível: quando não for mais possível utilizarmos a divisão do numerador
e denominador por um mesmo número natural para obtenção de uma fração
equivalente, por não existir um número que os dois são divisíveis ao mesmo tempo,
dizemos que essa fração é irredutível.
Exemplos de frações irredutíveis:
2
dois e três não possuem um divisor em comum e por isso não podemos obter
3
uma fração equivalente a esta por meio da divisão.
5
cinco e sete não possuem um divisor em comum e por isso não podemos
7
obter uma fração equivalente a esta por meio da divisão.
Exemplo 1:
5
Qual a fração equivalente a 8 de denominador 48?
5
Para chegarmos a uma fração equivalente a 8 com denominador 48 precisamos
utilizar o processo da multiplicação, já que 48 é maior que 8. Ao multiplicarmos 8 por 6
obtemos 48, então já sabemos que também precisaremos multiplicar o numerador 5
por 6 para o obtermos o numerador da fração equivalente de denominador 48. Nossa
30
fração equivalente será 48.
Exemplo 2:
5
Quais das seguintes frações são equivalentes à fração 8?
10 15 20 25 30
A) 16 B) 24 C) 16 D) 40 E) 56
5
As frações das letras A, B, D são equivalentes à fração 8, porque são as únicas que
multiplicando 5 e 8 por um mesmo valor conseguimos chegar exatamente no resultado
apresentado nas opções. Na letra A multiplicamos 5 e 8 por 2, na letra B multiplicamos
por 3, e na letra D multiplicamos por 5.
266
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Se distribuirmos 3 folhas de papel igualmente para 4 pessoas, cada uma delas
3
receberá 4 de folha:
Exemplo :
Para fazer um exercício em sala de aula, a professora de Matemática deu 5 folhas a
Carlos, Antônio e José para que distribuíssem igualmente entre eles. Quanto papel
cada aluno recebeu?
A distribuição de 5 folhas entre 3 alunos pode ser indicada pela divisão 5 : 3, ou seja,
5 5 2
pela fração 3.Podemos expressar 3 na forma de fração mista e ficará como 1 3, ou
2
seja, cada aluno receberá uma folha inteira mais 3 de folha.
6.6 Simplificação
Como foi visto na seção anterior, duas frações podem ser escritas de formas
1 4
diferentes mas representar as mesmas quantidades, como no caso do exemplo 2 e 8.
1 4
Sendo assim se eu quiser representar metade de alguma coisa eu poderia usar 2 ou 8.
1
que estaria correto. Mas representar metade com a fração é mais simples que com
2
4
..
Não é mesmo? O que queremos agora é achar o jeito mais simples de representar
8
uma fração, ou seja, Simplificar.
Mas como é que se simplifica uma fração? Como, por exemplo, seria possível sair de
4 1
e chegar em 2?
8
267
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Exemplo: Desenhe agora um círculo e pinte nele a fração correspondente à que
2
obtivemos, ou seja, 4.
Você percebeu que a parte do círculo que você pintou também corresponde à metade
2
do círculo? Isso quer dizer que a fração 4 também corresponde à metade. Mas dá
2
para simplificar a fração ? Existe algum número que divide 2 e 4 ao mesmo tempo?
4
Existe sim. O número 2 divide 2 e 4. Vamos dividir o numerador; 2 dividido por 2 dá 1.
Dividindo o denominador 4 por 2 dá 2. Sendo assim o novo numerador fica sendo 1 e
1
o novo denominador fica sendo 2. Logo a fração a que chegamos é 2.
268
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Exemplos:
Múltiplos comuns de 2 e 3
(6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54...)
Os Múltiplos comuns entre 4 e 6 são:
(12, 24, 36, 48, 60, 72, 84 ...)
Os múltiplos comuns entre 8 e 12 são
(24, 48, 72, 96, 120, ...)
Os múltiplos comuns entre 3 e 5 são
(15, 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120, ...)
Agora somos capazes de deduzir o que é um Mínimo Múltiplo Comum ou MMC. Se
trata do menor de todos os múltiplos comuns de dois ou mais números.
Dos exemplos anteriores temos:
O MMC de 2 e 3 é 6.
O MMC de 4 e 6 é 12.
O MMC de 8 e 12 é 24.
Sendo assim uma maneira de encontrar o Mínimo Múltiplo comum entre dois números
seria listar todos os múltiplos de um, todos os múltiplos do outro, ver quais são
comuns e escolher o menor destes.
Mas esse método dá muito trabalho. Será que tem uma forma mais fácil?
Sim, tem um método mais fácil. Na verdade, tem dois métodos. Iremos ver os dois e o
aluno escolhe qual acha melhor para usar.
O primeiro método consiste em fatorar os dois números ao mesmo tempo, e
multiplicar os valores encontrados. Coloca-se os dois números separados por uma
vírgula e prossegue-se dividindo esses números por outros maiores até se obter 1 nas
duas colunas. Após o 1 ser obtido nas duas colunas multiplica-se os fatores utilizados.
Exemplo:
Figura 6.10: MMC de 4 e 6
269
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Outro método consiste em pegar o maior dos números de que se quer encontrar o
MMC, e verificar se ele é divisível pelo menor, caso seja o maior dos dois números já
é o MMC. Caso o maior dos dois números não seja divisível pelo menor, tenta-se o
dobro do maior número, caso ainda não seja divisível tenta-se o triplo, o quádruplo,
assim sucessivamente até encontrar um número que seja divisível pelo menor, o
número obtido nesse processo é o MMC.
Vamos calcular o MMC de 6 e 4 por esse método.
Primeiro passo: Verifica-se se o maior número é divisível pelo menor. Nota-se que 6
não é divisível por 4, logo 6 NÃO é o MMC
Segundo passo: Verifica-se o dobro de 6 é divisível por 4. Nota-se que 12 é divisível
por 4, logo 12 é o MMC.
Vamos calcular o MMC de 3 e 5 por esse método.
Primeiro passo: Verifica-se se o maior número é divisível pelo menor. Nota-se que 5
não é divisível por 3, logo 5 NÃO é o MMC
Segundo passo: Verifica-se o dobro de 5 é divisível por 3. Nota-se que 10 não é
divisível por 3, logo 10 NÃO é o MMC.
Terceiro passo: Verifica-se o triplo de 5 é divisível por 3. Nota-se que 15 é divisível por
3, logo é 15 é o MMC.
Para efetuar esta soma, devemos colocar as frações com o mesmo denominador, a
partir do MMC. O número 5 aparentemente está sem denominador, mas já sabemos
5 1
que o denominador de um número inteiro é sempre 1, logo, 5 = 1. A fração 8 já se
encontra na forma irredutível, então, não há como gerar uma fração equivalente a ela
3
com denominador 2. Já com 2 conseguimos obter uma fração equivalente a ela com
denominador 8, basta que multipliquemos seu numerador e denominador por 4 e
3 12
teremos assim 2 = 8 .
270
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Exemplo 2:
Depois de formar no curso de Eletricista no CIPMOI, Carlos arranjou um emprego
2 1
muito bom e resolveu usar 5 do seu primeiro salário para comprar um celular, 4 para
1
comprar brinquedos para os filhos e 5 para roupas. Verificou que ainda lhe restavam
150 reais. Quantos reais Carlos gastou?
Primeiro vamos descobrir a fração que corresponde ao gasto total somando todas as
frações de gastos:
Figura 6.11: Descobrindo o gasto total
1 1 3 2 5 5
Logo, 2 + = + = , então 6 da parede já está pintada.
3 6 6 6
271
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
6.9 Multiplicação envolvendo fração
O resultado da multiplicação de frações é uma fração com o numerador igual ao
produto dos numeradores e com denominador igual ao produto dos denominadores.
Exemplo 1:
3 5
Calcule 𝑥 𝑥 2.
4 3
3 5 3 5 2 3𝑥5𝑥2 30
𝑥 𝑥 2=4 𝑥 𝑥 = 4 𝑥 3 𝑥 1 = 12
4 3 3 1
Exemplo 2:
A empresa de engenharia Qualidade nota 1.000 está construindo um novo prédio
3 2
comercial. Reservou 5 do terreno da área verde para plantar rosas e 3 deste espaço
seria para apenas para as de cor vermelha. Qual a fração do terreno total que as
rosas vermelhas ocupam?
2 3 2 3 2𝑥3 6
Precisamos calcular quanto vale 3 de 5. Isso será igual a 3 𝑥 = 3 𝑥 5 = 15.
5
6
Logo, 15 do terreno total será ocupado por rosas vermelhas.
Exemplo 3:
Após formarem no CIPMOI, os alunos resolveram fazer uma festa em comemoração.
Fizeram um orçamento, dividiram os custos igualmente para cada um e recolheram o
1 2
dinheiro. Gastaram 4 do total e, em seguida, 3 do que restou, ficando com 350 reais.
Qual foi o orçamento da festa?
1 3
Como gastaram 4 do que tinham, em um primeiro momento, sobrou 4.
2 2 3 2 3 6 1
Em seguida eles gastaram do que tinha sobrado, ou seja, de = 𝑥 = = 2.
3 3 4 3 4 12
1 1 1 2 3
Então eles gastaram ( 4 + 2 ) = (4 + ) = 4 do total que tinham inicialmente.
4
3 1 4 3 1
Se gastaram 4, logo, os 350 reais que sobraram correspondem a 4, porque − = 4.
4 4
1 4
Como 4 = 350, logo, 4 = 350 x 4 = 1.400 reais.
Observações:
Assim como usamos a multiplicação para calcular o dobro de oito (2 x 8) ou o triplo de
1 2
um quinto (3 x 5), usamos também para calcular dois quintos de quatro (5 x 4), por
exemplo.
272
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Às vezes, na multiplicação de frações, podemos facilitar nossas contas dividindo ao
mesmo tempo numerador e denominador por um mesmo número que ambos sejam
divisíveis. Desse modo, evitamos contas com valores altos e diminuímos nossas
chances de erro. O resultado da nossa multiplicação não se alterará por isso, apenas
ficará na forma de uma fração equivalente à aquela que encontraríamos caso não
tivéssemos feito nenhuma alteração. Vejamos no exemplo a seguir como isso
funciona:
8 2 10 8 x 2 x10 160
x x = =
4 15 9 4 x 15 x 9 540
Ou
Para realizar uma divisão entre dois valores, sendo um deles uma fração, mantemos o
primeiro valor do jeito que está, trocamos o sinal da divisão pelo de multiplicação, e
invertemos o segundo valor (passamos o seu numerador pro lugar do denominador, e
o denominador para o lugar do numerador). Depois das alterações feitas, efetuamos a
multiplicação e temos o resultado.
Exemplo 1:
3 2 3 5 3x5 15
• ∶5=4 x = =
4 2 4x2 8
3 9 10 x 9 90
• 10 ∶ = 10 x = = = 30
9 3 3 3
3 3 1 3
• ∶5= 𝑥 = 35
7 7 5
Exemplo 2:
Depois de arranjar o emprego dos sonhos após ter se formado no CIPMOI, José
2
Roberto comprou uma televisão de 58 polegadas. Deu entrada de 5 do valor e dividiu
o restante em 6 prestações iguais. Represente com uma fração a parte do valor do
aparelho que ele deverá pagar em cada prestação.
273
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
2 3
José deu uma entrada de do valor total, então ficou faltando pagar do valor,
5 5
5 2 3
porque − = .
5 5 5
3
Ele dividiu o restante (5 do valor) em 6 prestações, então em cada uma delas ele
3
pagará ∶ 6.
5
3 3 6 3 1 3 1
∶ 6= ∶ = 𝑥 = = 10
5 5 1 5 6 30
1
Ele deverá pagar em cada prestação a fração de 10 do valor do aparelho.
3
Observação: O traço horizontal da fração é o que indica divisão. Por exemplo =3∶
3 4
7 3 4
4. Então quando temos uma situação assim 4 significa 7 ∶ 5.
5
274
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Colocando o conhecimento em prática
4) (ORM-RP) Joãozinho, que adora ler, em um dia leu 1/3 do seu livro preferido, “As
aventuras maluquinhas de Esmeraldo”. No dia seguinte leu 1/3 do que faltava. Qual
fração corresponde à parte não lida?
5) Depois de comemorar sua formatura no CIPMOI, Carlos foi curtir suas férias com a
família fazendo uma viagem. Iniciou o trajeto com o tanque do carro cheio. Na primeira
parada, calculou que havia gasto 1/4 do combustível. Na segunda parada, percebeu que
no percurso entre as duas paradas, o carro havia gasto metade do combustível que
sobrara na 1ª parada. Colocou, então, 30 litros de combustível para que o tanque ficasse
cheio novamente.
a) Qual a fração correspondente à quantidade de litros que havia no tanque na 1ª
parada?
b) Qual a fração correspondente ao combustível gasto no percurso entre a 1ª e 2ª
parada?
c) Qual a fração correspondente ao combustível gasto do início da viagem até a 2ª
parada?
d) Qual a fração correspondente ao combustível que havia no tanque na 2ª parada?
e) Quantos litros cabem no tanque do carro de Carlos?
275
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
7) Simplifique as seguintes frações:
12
a) 60
60
b) 72
15
c) 6
a) 2e4
b) 6e8
c) 7E3
d) 12 E 15
e) 20 e 25
9) Exercícios:
a) 2/5 + 5/3
b) 3/8 + 5/12
c) 5/2 - 3/5
d) 5/3 – 3/4
Gabarito
1) a) candidato A = 3/6 (Três sextos) ou 1/2; candidato B= 2/6 ou 1/3 (um terço);
candidato C= 1/6 (um sexto);
b) candidato A
c) A=450; B= 300; C=150;
4) 4/9
5) a) 3/4
b) 3/8
c) 5/8
d) 3/8
Ee) 48 L
6) 432 L
276
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Unidade 7: Razão e
Proporção
Um começo de conversa
A palavra razão tem origem no latim ratio, que significa “divisão”, ela, juntamente com a
proporção, é usada desde a antiguidade e foram usadas por Tales de Mileto para
calcular a altura das pirâmides do Egito. Ademais, razão é uma divisão e juntamente
com a proporção são fundamentais no estudo de toda a matemática, pois, é uma
disciplina mais que essencial no estudo das porcentagens, na geometria, no estudo das
probabilidades, nas regras de três, na escala, entre inúmeros outros. Além disso, possui
muitas aplicações no cotidiano, desde a proporção de receitas culinárias, na divisão de
lucros de uma empresa e em diversas ocasiões da construção civil.
Objetivos da Aprendizagem
277
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Em busca de informações
7.1 Razão
Grandeza é tudo aquilo que pode ser medido, contado e enumerado, como a massa,
comprimento, velocidade, altura e tempo.
Razão é a divisão entre duas grandezas quaisquer, e representa a relação entre elas.
Exemplos de Razão: Muitas grandezas que usamos diariamente são razões assim como
a velocidade, densidade, porcentagem, aceleração, corrente elétrica, o número π, entre
outros.
distância massa
velocidade = densidade =
tempo volume
velocidade carga
aceleração = corrente (i) =
tempo tempo
perímetro do círculo x
= x% =
diâmetro do círculo 100
Quando analisarmos duas grandezas pela razão, vamos analisar a divisão entre elas, por
exemplo:
Exemplo 1: Por mês, João tem um salário de R$ 2000,00, Carlos tem um salário de R$
1000,00 e Antônio é tem um salário de R$1500,00. Qual a razão entre o salário de João e
Carlos?
João 2000 2
= = = 2
Carlos 1000 1
A razão foi dois. Portanto, podemos concluir que o salário do João é duas vezes maior
que o salário de Carlos.
278
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Seguindo o mesmo raciocínio, vamos analisar outras razões. Qual a razão entre o
salário de João e Antônio?
João 2000 4
= = = 1, 33
Antônio 1500 3
A razão foi de aproximadamente 1,33. Portanto, podemos concluir que o salário do João
é 1,33 vezes maior que o salário de Antônio.
Mulheres 45 3
= = = 3
Homens 15 1
A razão foi de três. Portanto, o número de mulheres na turma é três vezes maior que o
de homens. Abaixo está a razão inversa deste caso, ou seja, a razão entre os homens e
mulheres na turma.
Homens 15 1
= = = 0 , 33
Mulheres 45 3
Exemplo 3: Num exame, 1200 candidatos disputam 400 vagas. Há quantos candidatos
para cada vaga nesse exame?
vagas 400 1
= = = 0 , 33
candidatos 1200 3
Pela divisão acima vemos que a relação candidato/vaga é de 3 para 1, ou seja, existem
três candidatos para cada vaga disponível.
Exemplo 4: Numa partida de futsal, Pedro finalizou 12 vezes, e fez 3 gols. Nessas
condições qual o aproveitamento dele, em relação aos gols, nessa partida?
gols 3 1
= = = 0 , 25
chutes 12 4
O que o exemplo está pedindo é a razão entre o número de gols e as finalizações do
jogador, o chamado aproveitamento. Assim, podemos concluir que Pedro faz um gol a
cada quatro chutes, um rendimento de 0,25 ou 25%.
Importante: A razão é uma operação básica elementar, uma divisão, mas para
compreender o sentido do resultado, você deverá praticar e pensar a respeito do
resultado.
Continuando a matéria, vamos conversar sobre a proporção, uma ideia que está no
nosso cotidiano e que formalmente será a igualdade entre razões.
279
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7.2 Definição de Proporção
Proporção é a igualdade entre razões, ou seja, se eu igualar duas ou mais divisões, eu
terei a proporção entre elas.
Exemplo 5: Num certo posto de combustível a cada 10 litros de gasolina que uma
pessoa compra ela ganha R$ 2,00 de desconto, podemos colocar esses dados em uma
tabela.
Tabela 7.1 : Tabela de desconto
Litros Desconto
10 R$ 2,00
20 R$ 4,00
30 R$ 6,00
40 R$ 8,00
50 R$ 10,00
Fonte: Acervo do Autor
Nesse caso podemos estabelecer uma proporção entre esses valores, veja abaixo:
desconto 2 4 6 8 10 1
= = = = = =
litro 10 20 30 40 50 5
Desse modo, podemos visualizar a proporção entre esses valores e constatar que a
cada cinco litros comprados a pessoa ganha um real de desconto.
Por definição, a proporção é a igualdade entre as razões, neste caso, temos duas:
Razão 1 = Razão 2
Altura do Galpão 16
Razão 1 = =
Comprimento da Sombra 4
Altura do Galpão y
Razão 2 = =
Comprimento da Sombra 5
16 y
=
4 5
165 = y4
80 = y 4
y= 20
280
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Como o valor da altura do galpão era desconhecido e era a resposta da pergunta,
chamamos de “Y”.
6 30 = 8 40
Extremos
6 40 = 30 8 = 240
Essa propriedade também é conhecida como multiplicação em “X” e será muito utilizada a
frente e em várias outras disciplinas da matemática.
6 8
=
30 40
6 8
=
30 40
6 40 = 30 8 = 240
Generalizando:
a c
=
b d
a d = bc
281
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Propriedade 2: Propriedade da soma, se somar os dois termos da primeira razão e dividir
pelo primeiro ou pelo segundo termo irá obter uma razão igual à soma dos dois termos da
segunda razão dividida pelo terceiro ou quarto termo.
Generalizando:
a c
=
b d
a +b c+d a +b c+d
= =
a c b d
4 6
=
20 30
4 − 20 6 − 30 4 − 20 6 − 30
= =
4 6 20 30
Generalizando:
a c
=
b d
a −b c −d a −b c −d
= =
a c b d
282
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7.4 Grandezas Direta e Inversamente Proporcionais
Grandezas diretamente proporcionais, são grandezas onde a variação de uma provoca
a variação de outra numa mesma razão. Se uma dobra a outra dobra, se uma triplica a
outra triplica, se uma é dividida a outra é dividida igualmente. Matematicamente, podemos
dizer que a divisão entre essas grandezas é uma constante. Desse modo, vamos
representar abaixo,
x
= constante
y
x y = constante
As grandezas x e y são inversamente proporcionais, se multiplicarmos x por dois,
devemos dividir y por dois para manter a igualdade.
7.5 Exemplos
Exemplo 7: Uma fábrica mantém jornadas de trabalho de 6 horas para seus funcionários
e, com essa jornada, a produção mensal é de 160 mil produtos. Quantas horas diárias
serão necessárias para elevar a produção para 240 mil produtos?
Para resolver esse problema podemos comparar duas razões, assim criando uma
proporção. As razões serão a divisão de horas trabalhadas por produtos, assim temos:
horas 6 horas V
Razão 1 : = Razão 2 : =
produtos 160.000 produtos 240.000
Dessa forma, temos as duas divisões, na Razão 2 colocamos o “V”, pois não sabemos o
valor do numerador. Agora, como as frações são iguais podemos igualá-las e formar uma
proporção.
283
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6 V
=
160.000 240.000
6240.000 = V160.000
1.440.000
= V
160.000
9 = V
Para resolver esse problema faremos duas proporções novamente, dessa vez elas serão
de horas gastas dividida por velocidade. Veja abaixo.
hora 1 2 velocidade 1 v
Razão 1 : = Razão 2 : =
hora 2 6 velocidade 2 30
2 30
=
6 v
2 v = 306
306
v =
2
v = 90
284
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Colocando o conhecimento em prática
3) Duas torneiras são utilizadas para encher um tanque vazio. Sabendo que sozinhas
elas levam 10 horas e 15 horas, respectivamente, para enchê-lo. Quanto tempo as
duas torneiras juntas levam para encher o tanque?
4) A quantia de R$ 1.280,00 deverá ser dividida entre 3 pessoas. Quanto receberá cada
uma, se a divisão for feita em partes diretamente proporcionais a 8, 5 e 7?
7) Um pedaço de cortiça com volume de 18 cm³ tem massa igual a 4,32 g. Qual é a
densidade da cortiça?
9) José está com más notas em Matemática. A ultima prova do ano terá 56 questões.
Para ser aprovado, da cada 8 questões ela deverá acertar, no mínimo, 5. Qual é o
menor número de questões que ele deverá acertar nessa prova?
10)Renato e Carla têm uma conta conjunta em uma caderneta de poupança que está
hoje com R$ 20.300,00. As quantias que Renato e Carla investiram estão na razão
de 2 para 5, nessa ordem. Qual é a quantia que cabe a cada um nessa caderneta,
hoje?
11)Maria está vendendo na feira saquinhos com 3 maças ao preço de R$ 5,00. Antônio
é dono de uma confeitaria e vai precisar de 30 maças para fazer algumas tortas.
Quanto Antônio vai gastar comprando de Maria as maças de que necessita?
285
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Gabarito
2) 84 caminhões.
6) 48/60 ou 4/5
286
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Unidade 8: Regra de
Três
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
287
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Em busca de informações
4 60
=
6 x
x 4 = 606
606
x =
4
x = 90
Resolvemos a equação com a propriedade fundamental da proporção. Portanto, em 6
horas lerei 90 páginas.
Exemplo 2: Se, em uma fábrica de automóveis, 12 robôs idênticos fazem uma montagem
em 21 horas, em quantas horas 9 desses robôs realizam a mesma tarefa?
288
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Robôs Horas
12 21
9 x
9 21
=
12 x
x 9 = 2112
2112
x =
9
x = 28
Exemplo 3: Para construir um muro de 17m² são necessários 3 trabalhadores, num certo
período de tempo. Quantos trabalhadores serão necessários para construir um muro de
51m² no mesmo período?
Passo 1: Encontre as grandezas, neste caso são “Área do muro” e “Nº de trabalhadores”.
Passo 2: Faça o seguinte quadro.
Tabela 8.1 : Tabela de trabalhadores
N° de Área do Muro
Trabalhadores (m²)
3 17
x 51
Fonte: Acervo do Autor
Perceba que colocamos como “x” o valor a ser encontrado. Uma dica, coloque a coluna
que estiver o “x” sempre na esquerda, será mais fácil desta forma.
289
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Passo 4: Iguale as razões.
3 17
=
x 51
Passo 5: Resolva a expressão.
3 51 = x 17
153 = x 17
17 x = 153
153
x =
17
x = 9
Assim, será preciso 9 trabalhadores para construir o muro no mesmo período de tempo.
Nesse mesmo percurso, se a velocidade for reduzida para 60 Km/h, será gasto 20 min.
290
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8.2 Regra de Três Composta
Como dito anteriormente, a regra de três composta é a regra de três que envolve mais
de duas grandezas. Nesse ponto vale relembrar que, duas grandezas são diretamente
proporcionais se, mantendo-se constantes as outras grandezas envolvidas, o aumento de
uma delas provoca aumento na outra e são inversamente proporcionais se o aumento de
uma delas provoca a diminuição da outra.
100020
= x
800
25 = x
Por fim, serão necessários 25 caminhões para descarregar 125 m³ de areia em 5 horas.
291
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Como explicado para a regra de três simples, os passos são quase os mesmos, vamos
comparar:
Passo 1: Encontre as grandezas, neste caso são quatro, “Impressoras”, “Tempo por dia”,
“dias” e “folhas”.
Tabela 8.3 : Tabela de impressoras
Atenção: Caso seja inversamente proporcional, a fração SEM o “x” deverá ser invertida.
Passo 4: Iguale as razões, mas como agora são várias, de um lado da igualdade fica a
razão que você quer encontrar o valor e do outro lado o produto das razões.
10 2 240000 6
=
x 3 480000 4
Perceba que foi invertido as razões que são inversamente proporcionais.
10 2 240000 6
=
x 3 480000 4
10 2240000 6
=
x 3480000 4
10 2880000
=
x 5760000
105760000 = 2880000 x
x = 20
292
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Colocando o conhecimento em prática
2) Para atender todas as ligações feitas a uma empresa são utilizadas 3 telefonistas,
atendendo cada uma delas, em média, a 125 ligações diárias. Aumentando-se para 5
o número de telefonistas, quantas ligações atenderá diariamente cada uma delas em
média?
3) Um pintor, trabalhando 8 horas por dia, durante 10 dias, pinta 7.500 telhas. Quantas
horas por dia deve trabalhar esse pintor para que ele possa pintar 6.000 telhas em 4
dias?
5) Dez guindastes móveis carregam 200 caixas num navio em 18 dias de 8 horas de
trabalho. Quantas caixas serão carregadas em 15 dias, por 6 guindastes, trabalhando
6 horas por dia?
8) Uma tábua com 1,5 m de comprimento foi colocada na vertical em relação ao chão e
projetou uma sombra de 53 cm. Qual seria a sombra projetada no mesmo instante por
um poste que tem 10,5 m de altura?
9) Uma certa quantidade de suco foi colocada em latas de 2 litros cada uma, obtendo-se
assim 60 latas. Se fossem usadas latas de 3 litros, quantas latas seriam necessárias
para colocar a mesma quantidade de suco?
293
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12)Um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas cada uma, com 80 letras (ou espaços) em cada
linha. Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o número de linhas por página e
para 40 o número de letras (ou espaços) por linha. Considerando as novas condições,
determine o número de páginas ocupadas.
13)Se foram empregados 4 kg de fios para tecer 14 m de uma maquete de fazenda com
80 cm de largura, quantos quilogramas serão necessários para produzir 350 m de uma
maquete de fazenda com 120 cm largura?
16)Uma gráfica possui 5 máquinas iguais que produziram juntas uma encomenda de
1.200 cartelas de adesivos em 4 horas. Essa gráfica recebeu uma encomenda de
1.300 cartelas desse adesivo, porém, 3 dessas máquinas não poderão ser utilizadas
por estarem em manutenção. Portanto, qual o tempo necessário para produzir essa
nova encomenda?
17)Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10 torneiras
para encher 2 piscinas?
19)Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um muro
de 300m. Quanto tempo levará uma turma de 16 operários, trabalhando 9 horas por
dia, para construir um muro de 225m?
20)Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma
velocidade média de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar para entregar
essa carga em 20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h?
294
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Gabarito
1) 18 Dias
2) 75 Ligações
3) 16 Horas
4) 400 Pedras
5) 75
6) 60 km/h
7) a=21 e b= 16
8) 371 cm
9) 40 Latas
10)160
11)15
12)18
13)150
14)25 Caminhões
15)32 Carrinhos
17)6 Horas
18)35 Dias
19)15 Dias
295
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Referências Bibliográficas
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Referências Bibliográficas
SILVA, Marcos Noé Pedro da, “Problemas Envolvendo Expressões Numéricas”, Mundo
Educação. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/problemas-
envolvendo-expressoes-numericas.htm>. Acesso em 15 de maio de 2020.
SILVA, Luiz Paulo Moreira. "O que é multiplicação?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-multiplicacao.htm. Acesso em
18 de maio de 2020.
SILVA, Luiz Paulo Moreira. “Exercícios sobre adição"; Brasil Escola. Disponível em:
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-sobre-
adicao.htm. Acesso em 18 de maio de 2020.
297
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2021
Tecnologia da Soldagem
2° Bimestre 2020
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Sumário Geral
Vice-reitor
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
Larissa Coelho
Matheus Pires
Túlio Duarte
Objetivos da Aprendizagem
As disciplinas aqui tratadas tem como objetivo dar todo o suporte do conhecimento básico
para sua utilização nas matérias técnicas, além do conteúdo básico nos tratamos com
disciplinas de formação complementar que consideramos fundamentais para sua
formação como profissional - independente da área de atuação- sendo eles os conteúdos
de Informática e Comunicação e Relações Humanas que vão contribuir tanto para sua
vida profissional quanto pessoal!
As matérias técnicas aqui tratadas tem a finalidade de construir um conhecimento sólidos
dos fundamentos da soldagem por meio do entendimento físico e químico de cada
processo, além de ensinar sobre os processos comumente utilizados no mercado,
apontando as suas característica com o objetivo desenvolver a capacidade de discussão e
senso critico sobre o processo de soldagem. Ao longo de todo esse processo será sempre
mantida a relação entre a teoria aprendida e as aplicações práticas dentro do laboratório.
Finalmente, e esperado que os estudantes diplomados tenham capacidade de
desenvolver, compreender e aplicar todos os conhecimentos aprendidos em sala de aula
na indústria.
Esperamos que esse conteúdo seja muito útil ao longo do seu aprendizado e
desenvolvimento!
Bons estudos!
Todas as sugestões para melhora desse material são muito bem vindas, para dar
sugestões procure pelo instrutor responsável pela matéria ou deixe sua opinião na
secretaria do CIPMOI.
Estruturação
Este livro faz parte de uma sequencia de quatro apostilas complementares que buscam
dar sequencia as unidades introduzidas ao longo dos quatro bimestres, por cada uma das
matérias lecionadas no curso, tendo cada uma delas temas relevantes para a sua
aprendizagem. Estas unidades são chamadas Unidades Temáticas. Os assuntos ou temas
das unidades podem estar relacionados entre si e cada uma delas tem começo, meio e
fim e ocupa, aproximadamente, de 16 a 20 paginas do livro-texto. Todas as Unidades
Temáticas tem a mesma estrutura editorial interna. Dada a importância dessa forma de
organização da Unidade, você encontra a seguir uma apresentação explicativa dessa
estrutura.
Reitor
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Sumário
Unidade 1-GTAW (TIG) 7
Vice-reitor
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 Fundamentos 8
1.2 Vantagens 9
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges 1.3 Desvantagens 9
A soldagem a arco elétrico com eletrodo de tungsténio e proteção gasosa (Gas Tungsten
Arc Welding - GTAW ou Tungsten Inert Gas - TIG) é um processo que realiza a união de
peças metálicas por meio do aquecimento gerado por um arco elétrico, estabelecido entre
o eletrodo de tungsténio não consumível e as peças a serem unidas.
Uma nuvem de um gás inerte, ou de uma mistura de gases inertes, protege a poça de
fusão contra a contaminação pela atmosfera e a soldagem pode ser feita ou não com a
presença de metal de adição, que caso seja utilizado, é colocado diretamente na poça de
fusão.
Figura 1.1: Esquema do processo TIG a) com foco na poça de fusão e b) com foco no equipamento
• Gás inerte: Um gás inerte é qualquer gás que não é reativo em circunstâncias normais
(CNTP - Condições Normais de Temperatura e Pressão), ou seja, não realiza reações
químicas com os elementos a sua volta. De maneira geral, os gases inertes são os
gases nobres.
Em busca de informações
1.1 Fundamentos
O processo GTAW utiliza o calor gerado pelo arco elétrico para realizar a fusão, e
consequentemente união de peças. O arco elétrico na soldagem TIG é bastante estável,
suave e produz, em geral, soldas com boa aparência e acabamento, que exigem pouca ou
nenhuma limpeza após a operação. É possível mecanizar o processo, mas geralmente ele
é manual.
1.2 Vantagens
• Algumas das vantagens da soldagem GTAW são:
• Excelente controle da energia transferida para a peça, devido ao controle independente
da fonte de calor e da adição de metal de enchimento, semelhante ao que ocorre na
soldagem a gás,
• É possível realizar a soldagem autógena (sem metal de enchimento), uma vez que o
eletrodo é não consumível,
• Não produz grandes quantidades de fumos e gases, garantindo boa visibilidade para o
soldador,
• Arco estável, suave e que produz soldas com boa aparência e acabamento,
• Aplicável a maioria dos metais e suas ligas, numa ampla faixa de espessuras.
1.3 Desvantagens
• Algumas das desvantagens da soldagem são:
• Custo dos equipamentos e consumíveis é elevado,
• Produtividade baixa,
• Dependente de habilidade manual do soldador.
1.4 Equipamentos
• Cilindro de gás de proteção;
• Reguladores de pressão;
• Mangueiras e cabos;
• Fonte de energia;
• Tocha de soldagem e seus acessórios (Difusor de gás e bocal);
• Dispositivo de abertura do arco (geralmente acoplado à tocha);
• Eletrodo de Tungstênio;
A fonte pode ser eletrônica ou convencional e é do tipo corrente constante, podendo ser
contínua, pulsada ou alternada. Geralmente as fontes para soldagem TIG abrangem uma
faixa de corrente entre 5A e 500A. A fonte TIG se assemelha a fonte utilizada para soldagem
com eletrodo revestido, mas geralmente possibilitam ajustes mais precisos de corrente e
podem ser equipadas com dispositivos para abertura do arco, temporizadores e válvulas
para controle do fluxo de gás, sistemas para refrigeração da tocha de soldagem, pedais para
controle de corrente, dentre outros.
Fontes mais simples, que não possuem a opção de utilizar corrente alternada não são
capazes de soldar alumínio e magnésio. Fontes mais completas geralmente tem a opção de
também utilizar corrente alternada ou corrente pulsada e regulagem de pré e pós purga.
Figura 1.4: Fonte multiprocessos
Fonte:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1345828042-kit-tocha-tig-wp171826-tn17-tn
18-hw26-e-tw350-_JM?quantity=1#position=22&type=item&tracking_id=2148ec96-70
66-47d7-82df-c83886421fd0 Acesso em:04/2020
O gás protetor é fornecido por meio de um ou mais cilindros de gases inertes, equipados
com reguladores de pressão e de vazão. Em situações em que diferentes misturas de gases
devem ser usadas com frequência, misturadores podem ser uma opção interessante, sendo
que eles podem ser comprados comercialmente ou construídos para a aplicação específica.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAejuMAK/solda-soldagem-tig-
ufmg?part=2 Acesso em:04/2020
Como foi visto, na soldagem com eletrodos revestidos a abertura do arco é realizada
tocando o eletrodo na peça para estabelecer um curto-circuito. Já na soldagem com
eletrodos não consumíveis isso não é recomendado pois pode transferir material do
eletrodo para a peça e danificar o eletrodo, que geralmente é apontado antes da operação.
Para realizar a abertura do arco utiliza-se um ignitor de alta frequência.
Esse dispositivo gera um sinal de alta frequência e alta tensão, com valores em torno de
5kHz e 3kV, que produz a ionização da coluna de gás de proteção entre o eletrodo e a
peça, induzindo a abertura do arco. Em fontes eletrônicas também é possível realizar a
abertura do arco utilizando um mecanismo chamado de rampa de corrente, que permite
que o arco seja aberto tocando o eletrodo na peça com a corrente ainda em valor baixo, e
Figura 1.7: Ignitor de alta frequência.
então esse valor é elevado progressivamente até chegar na corrente de soldagem.
Fonte:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1462417723-ignitor-de-alta-frequncia-300a-para-maquina-de-solda-ti
g-_JM Acesso em:04/2020
O regulador de pressão tem a função de regular a vazão de gás desejada e informar a
quantidade de gás restante no cilindro. Valores típicos são 7L/min de vazão e 200kgf/cm 2
de pressão para um cilindro de 50L (quando novo). Normalmente possui dois manómetros
onde um informa a pressão interna do cilindro (quantidade de gás restante) e o outro a
vazão ou pressão de saída (regulável de acordo com tamanho do bocal e corrente a ser
utilizada).
Fonte: https://www.binzel-abicor.com/BR/por/produtos/acessorios/welding-chemicals/liquidos-refrigerantes/
Acesso em: 04/2020
Líquidos refrigerantes são desenvolvidos com condutâncias muito baixas que reduzem
consideravelmente a corrosão elétrica de todas as partes metálicas do sistema de
refrigeração e, portanto, prolongam a vida útil dos sistemas de soldagem e corte refrigerados
a líquido. Caso seja utilizado água comum, a máquina funcionará, porém o o processo de
corrosão dos componentes será acelerado e eles terão vida útil reduzida.
Diferentemente do processo de soldagem com eletrodos revestidos, o processo GTAW utiliza
um eletrodo não consumível, e por isso ele é abordado na seção de equipamentos desse
capítulo. Entretanto, apesar de não ser um consumível no processo, o eletrodo de tungstênio
é desgastado durante o processo e principalmente durante sua afiação e por isso é uma
peça que exige reposição frequente devido ao desgaste.
Os eletrodos utilizados na soldagem TIG são de tungstênio e podem conter adição de
óxidos de cério, lantânio, tório, zircônio, entre outros. Sua função básica é conduzir corrente
elétrica para o arco elétrico. Para a execução da soldagem é necessário que os eletrodos
sejam apontados, esse processo é
Figura 1.12: Forma correta e incorreta de afiação do eletrodo de tungsténio no processo TIG.
Fonte: http://www.dutramaquinas.blog.br/aprenda-a-instalar-sua-tig-boxer/
Acesso em:04/2020
Fonte:
http://guias.oxigenio.com/efeitos-da-afiacao-de-um-eletrodo-de-tungstenio-processo-
de-solda
1.5 Consumíveis Acesso em:04/2020
• Gás de Proteção;
• Metais de adição, se utilizados.
Os gases geralmente utilizados no processo de soldagem TIG são o Argônio (Ar), o Hélio
(He) ou uma mistura desses gases, cuja função no processo é ser o gás de proteção e
estabilizar o arco elétrico. É possível também utilizar Hidrogênio nas misturas, por
exemplo, para soldagem de aços inoxidáveis, e Nitrogênio para soldagem de cobre e
suas ligas. O gás deve ter pureza acima de 99% e a umidade também deve ser
controlada para que o processo seja executado com maior qualidade. Abaixo segue uma
comparação entreTabela
Ar e He:
1.1: Tabela comparativa entre Hélio(He) e Argônio(Ar)
Característica Argônio Hélio (He)
(Ar)
Custo Menor Maior
Estabilidade do arco elétrico Maior Menor
Consumo de gás Menor Maior
Tensões no arco elétrico Menores Maiores
Penetração na soldagem Menor Maior
Facilidade de abertura do arco elétrico Maior Menor
Velocidade de soldagem Menor Maior
Qualidade do efeito de limpeza de óxidos em Maior Menor
soldagem com corrente alternada
Fonte: Modenesi, P. J., Marques, P. V., & Bracarense, A. Q. (2005). Soldagem-fundamentos e tecnologia.
Editora UFMG.
ER70S-4 0.060,15 1.0-1.5 0.660.85 0.025 0.035 0.15 0.15 0.15 0.03 0.50
Fonte: Modenesi, P. J., Marques, P. V., & Bracarense, A. Q. (2005). Soldagem-fundamentos e tecnologia.
Editora UFMG.
Para realizar a abertura do arco não se deve encostar o eletrodo na peça (caso possua
ignitor de alta frequência) ou no metal de adição. O arco deve ser aberto utilizando o ignitor
de alta frequência que é acionado por meio do gatilho acoplado à tocha. Na soldagem com
corrente contínua o ignitor é desligado após a abertura do arco. Na soldagem com corrente
alternada o ignitor permanece ligado, pois na inversão da polaridade a corrente se anula e
para manter a estabilidade do arco é necessário manter o ignitor ligado constantemente.
Caso utilizado uma tocha sem ignitor, deve-se abrir o registro de gás na tocha inicialmente,
encostar o eletrodo levemente na peça, levantar a tocha até estabilizar o arco (conhecido
como LIFT ARC).
Após a abertura do arco deixa-se a tocha imóvel por alguns instantes para que se forme a
poça de fusão. Quando o volume ou tamanho adequado for alcançado, o movimento de
translação (deslocamento da tocha) deve ser iniciado, e se for o caso, também o movimento
de tecimento e a adição de metal, que deve ser feita diretamente na poça de fusão.
Diferentemente do processo de soldagem com eletrodo revestido, não há necessidade do
movimento de mergulho, visto que o eletrodo não é consumível. Deve-se ter o cuidado de
não se retirar a ponta aquecida da vareta de adição, da nuvem do gás de proteção, para
evitar sua contaminação com o ar atmosférico.
Ao final da junta extingue-se o arco liberando o gatilho (2 tempos), ou pressionando-o
novamente (4 tempos). Recomenda-se realizar a pós-purga, mantendo a tocha posicionada
sobre o cordão e deixando o fluxo de gás inerte por alguns segundos após a finalização do
arco elétrico. Esse procedimento evita a contaminação do final da solda pela atmosfera
enquanto ela ainda está aquecida. É importante também manter a vareta de adição dentro do
alcance do gás de proteção para que ela também não contamine sua ponta.
A tocha pode ser inclinada em relação à direção de soldagem, para facilitar a visualização do
arco elétrico pelo soldador.
O comprimento do arco é a distância entre a ponta do eletrodo e a peça de trabalho e é
controlado pela mão do soldador. Mantendo os demais parâmetros constantes, a tensão é
diretamente proporcional ao comprimento do arco (maior comprimento de arco resulta em
maior tensão) e a penetração de solda é inversamente proporcional ao comprimento do arco
(maior comprimento de arco resulta em menor penetração). No entanto arcos muito curtos ou
muito largos favorecem a formação de descontinuidades, devido à sua instabilidade.
A corrente de soldagem é selecionada pelo soldador e definida na fonte de energia. Assim
como nos outros processos de soldagem a arco elétrico, quanto maior for o valor da corrente,
maior será a penetração da solda e maior será a largura da solda. O tipo e a polaridade de
corrente alteram a geometria do cordão de solda, e por isso devem ser considerados pelo
soldador.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAejuMAK/solda-soldagem-tig-
ufmg?part=2 Acesso em:04/2020
É importante ressaltar que na soldagem TIG a poça de fusão tem maior profundidade com
corrente direta (CC-) e menor profundidade com corrente alternada (CA) enquanto no
processo SMAW ocorre o contrário. Isso ocorre porque no SMAW, o eletrodo é consumível,
portanto o calor que é transferido ao eletrodo revestido é aproveitado, fundindo o eletrodo, e
adicionando material e profundidade à poça de fusão, enquanto na TIG o eletrodo é não
consumível e todo o calor transferido a ele é desperdiçado, apenas podendo danificar o
eletrodo ou gastar a energia necessária para o funcionamento do sistema de refrigeração.
Quanto mais elevada for a velocidade de soldagem menor serão a penetração de solda e a
largura do cordão. A eficiência e a produtividade também são maiores conforme a velocidade
aumenta, no entanto, se exagerada pode gerar descontinuidades no cordão.
A vazão de gás de proteção influencia diretamente na qualidade do cordão de solda. Se a
vazão for baixa o gás pode não proteger suficientemente a poça de fusão, gerando
porosidade na peça, e se for acima do necessário haverá um desperdício de gás,
encarecendo a operação.
Outros parâmetros que podem afetar a soldagem são o ângulo de ponta do eletrodo, a
distância do bocal a peça, tempos de pré-purga e pós-purga e nos casos de soldagem
mecanizada, posição e velocidade de alimentação do metal de adição. A escolha desses
parâmetros para uma dada operação de soldagem é feita em função do material a ser
soldado, da espessura das peças, da posição de soldagem e dos equipamentos disponíveis,
assim como o uso ou não do metal de adição.
Fonte: (a)
https://www.portalltb.com.br/empresa.php?url=power-soldas-especiais-aluminio-inox-sorocaba#dadosempresa
(b) https://www.carthrottle.com/post/e66yd86/ Acesso em:04/2020
As principais aplicações industriais do TIG são costura e união de topo de tubos de aço
inoxidável, soldagem de alumínio, magnésio e titânio e em aplicações de peças leves ou de
alto nível de precisão, como na indústria aeroespacial e em passes de raiz.
Colocando o conhecimento em
prática
1. Cite quais são as vantagens e as desvantagens do processo TIG.
2. Cite 2 diferenças entre os processos GTAW e SMAW.
3. Qual a diferença entre os gases nos processos GTAW e OFW?
4. Por que é importante utilizar uma mistura de gases inertes no processo TIG?
5. Quais são as vantagens e desvantagens de utilizar uma mistura Ar-He com maior
percentual de Hélio?
6. Quais são os tipos de eletrodo de tungstênio geralmente encontrados no mercado?
7. Por que o eletrodo com adição de tório pode ser prejudicial à saúde?
8. O que é pré-purga e pós-purga?
9. Explique por que é possível soldar materiais como o Alumínio com corrente alternada e
não é possível com corrente direta.
10. Porque a inversão de polaridade tem efeitos diferentes sobre a profundidade da poça de
fusão nos processos SMAW e GTAW?
11. Em que situação é mais interessante utilizar o processo TIG do que os demais processos
estudados?
Recapitulando
Nesse capítulo foram introduzidos os conceitos do processo GTAW, também conhecido como
TIG e seus principais elementos relevantes. Vale ressaltar a importância da escolha correta
da mistura de gases, do eletrodo e do metal de adição para a aplicação desejada. Também é
importante saber manipular corretamente o equipamento, utilizando a técnica operatória
correta, compreendendo como variar a intensidade da corrente, a polaridade da corrente, a
velocidade de soldagem, a afiação do eletrodo, o comprimento do arco elétrico e outros
parâmetros, para adquirir o efeito desejado sobre a solda.
Prática de Laboratório
No laboratório serão utilizados 2 modelos de máquinas TIG. Elas serão apresentadas abaixo:
1. Afiar os eletrodos conforme indicado acima.
2. Limpar as peças a serem soldadas.
3. Ligar o disjuntor da cabine, e certificar que a fonte de soldagem está desligada.
4. Deve-se abrir o cilindro de gás, apenas meia volta do registro é suficiente,
regular a vazão desejada.
5. Montar a tocha:
Ressalto
Parte
cortada
Fonte: https://www.fg.com.br/pinca-32x50mm-tc213-para-tochas-tig-tn17-hw-26-w350-ttv222---vonder/p Acesso
em:04/2020
Selecionar
processo
de soldagem
Diâmetro do
eletrodo
Acionamento
do gatilho
Ciclo de soldagem
2 tempos
4 tempos
Onda quadrada: otimiza balanço de energia. Arco mais estável nas tarefas comuns
Onda mista: Ideal para soldagens fora de posição, com maior velocidade e penetração
prolongando a vida do eletrodo.
Onda senoidal: Arco mais suave e silencioso.
1. GTAW lift arc para inferior, ignitor para superior. Pressionando o botão ajusta-se o tipo de
corrente (CC- ou CA), pressionando ambos botões simultaneamente seleciona-se CC+.
2. Frequência para CA. Varia entre 50 e 200 Hz
3. Pós purga
4. Rampa de descida
5. Potenciômetro principal. Para ajuste da corrente e outros parâmetros quando
selecionados.
6.Opção para travar a máquina.
7. Ajuste da corrente para GTAW pulsado.
8. Ligar pulso.
9. Ajuste da corrente de base para pulso (%) e frequência.
10. Ajuste da corrente de início (Soft arc para GTAW e Hot start para SMAW).
11. Regulagem de 2a corrente. Semelhante a opção ciclo na CEA, só funciona com a tocha
no modo 4 tempos.
12. Pré purga.
13. Rampa de subida.
14. Opção de soldagem por pontos e ajuste do tempo.
15. 2 tempos ou 4 tempos.
16. 17. 18. 19. e 20. Não serão utilizados.
21. Seleção do processo SMAW.
22. Balanço AC.
Tecnologia da Soldagem 27 CIPMOI 2020
8. Após ajustada a máquina pressionar o gatilho e realizar as soldas desejadas.
9. No término da aula lembre-se de fechar os gases, desmontar as tochas
10. Limpar a cabine.
A soldagem a arco plasma (Plasma Arc Welding - PAW) é um processo que produz a união
por fusão de duas peças por meio de um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo de
tungstênio, não consumível, e a peça ou um bocal constritor.
Esse processo é semelhante ao TIG, mas se difere principalmente pelo fato de o arco estar
restringido por um bocal constritor, que limita o diâmetro e aumenta a intensidade da fonte
de calor.
Figura 2.1: Esquema de soldagem a plasma.
•Plasma: É um dos estados físicos da matéria, similar ao gás, entretanto no qual certa
porção das partículas é ionizada. O arco elétrico sempre acontece acompanhado de um
material em estado de plasma, visto que as partículas ionizadas permitem a passagem de
corrente elétrica, possibilitando o arco.
Em busca de
informação
2.1 Fundamentos
O processo PAW utiliza o calor gerado pelo arco elétrico obtido entre um eletrodo não
consumível de tungstênio e a peça, semelhante ao que acontece no processo GTAW.
Entretanto o bocal constritor realiza um redirecionamento do arco, tornando-o mais
concentrado e, portanto, gerando um aporte térmico mais concentrado na peça. Logo, são
utilizados dois bocais nesse processo. O bocal constritor é o bocal interno, que serve para
restringir o arco elétrico e o bocal de proteção é o bocal externo, por onde passa o gás de
proteção.
São utilizados também 2 fluxos de gases, que podem ser iguais ou diferentes. O 1° circunda
o eletrodo e sai por um orifício no bocal constritor, na forma de um jato de gás fortemente
aquecido, chamado de gás de plasma. Esse gás deve ser inerte, e geralmente utiliza-se
Argônio. Esse gás será majoritariamente passado para o estado de plasma durante o
processo, permitindo o fenômeno do arco elétrico. O 2° passa por um bocal externo, o bocal
de proteção, que é concêntrico ao bocal constritor. Ele é chamando de gás de proteção e
pode ser um gás inerte ou uma mistura de gases.
A forma mais comum de utilizar o processo utiliza o arco transferido, no qual o arco é aberto
entre o eletrodo e a peça. Entretanto existe uma variação em que se utiliza o que é chamado
de arco não transferido. Nesse caso o arco é estabelecido entre o eletrodo e o bocal
constritor, transmitindo o calor à peça pelo gás de plasma. Essa variação pode ser utilizada
quando deseja-se diminuir a energia de soldagem e é capaz de transferir calor mesmo que a
peça não seja metálica. Normalmente o arco não transferido é utilizado apenas para iniciar o
Figura 2.2:da
arco elétrico afastado Esquema
peça, comparativo
uma vez que entre
é arco transferido
possível e arco
fechar não transferido.
o circuito com o próprio bocal
da tocha. Então quando a tocha se aproxima da peça o arco prefere passar pela peça,
devido a menor resistência, assim o arco se torna transferido.
Fonte: Modenesi, P. J., Marques, P. V., & Bracarense, A. Q. (2005). Soldagem-fundamentos e tecnologia.
Editora UFMG.
2.3 Desvantagens
• O equipamento da soldagem a plasma é mais complexo que os outros processos de
soldagem a arco, exigindo cuidados especiais e manutenção mais difícil,
• Custo elevado pode inviabilizar o processo,
• Processo extremamente difícil de ser realizado manualmente e por isso, geralmente,
exige mecanização.
2.4 Equipamentos
• Fonte de energia e cabos de energia,
• Tocha de soldagem a plasma e ignitor de alta frequência,
• Fonte de gás (Cilindros de gases e reguladores de pressão e mangueiras)
• Figurae2.3:
Sistema de refrigeração Equipamento
sistema de soldagem a plasma.
de controle,
• Eletrodo de tungstênio.
O bocal constritor tem a função de restringir a dispersão do arco elétrico. Devido a isso, ele
adquire uma forma alongada ou ovalada e é possível alcançar grandes velocidades de
soldagem. Isso resulta em soldas com zona termicamente afetada (ZTA) estreita e alta
produtividade.
O ignitor de alta frequência é semelhante ao utilizado no processo GTAW e pode ser
embutido na fonte de soldagem. Ele envia um sinal de alta tensão (5kV) e alta frequência
(5kHz), permitindo a ionização da coluna de gás entre o eletrodo e a peça, induzindo a
abertura do arco, sem que o eletrodo precise tocar a peça.
2.5 Consumíveis
• Gases: Gás de plasma e gás de proteção,
• Metais de adição, se utilizados.
O gás de plasma deve ser inerte em relação ao eletrodo e à tocha de soldagem, para evitar
sua contaminação e deterioração. Normalmente são utilizados argônio, hélio, nitrogénio e
suas misturas. Em certos casos é possível adicionar hidrogénio no início do processo
apenas, para facilitar a abertura do arco.
O argônio é o gás de plasma mais comumente utilizado, pois facilita a abertura do arco. É
utilizado na soldagem de aços carbono, aços de alta resistência, e metais reativos, como
titânio e zircônio. Nem sempre o argônio puro é a melhor solução, por isso frequentemente
são utilizadas misturas de gases.
Na soldagem com alta corrente é usual o gás de plasma e o gás de proteção serem os
mesmos. Na de baixa corrente é comum usar gases diferentes. Nesse caso o gás carbônico
(CO2) geralmente é utilizado como gás de proteção devido ao seu baixo custo.
A fusão normalmente é utilizada em soldagem manual e com fluxo de gás e corrente mais
baixos. A técnica "keyhole” é utilizada levando em consideração combinações especiais de
espessura do metal de base, fluxo de gás de plasma, corrente e velocidade de soldagem,
produzindo uma pequena poça de fusão que penetra totalmente a peça. Esse processo
opera no limite entre a solda e o corte. Devido à alta sensibilidade aos parâmetros
operacionais, essa técnica somente é viável em soldagem mecanizada.
É recomendável que se inicie a vazão do gás inerte alguns segundos antes de abrir o arco,
realizando a pré-purga do gás. A abertura do arco então é realizada com um ignitor de alta
frequência. Após isso deixa-se a tocha parada até a formação da poça de fusão e então
inicia-se o movimento de translação da tocha e, do tecimento e do metal de adição se for
necessário.
A adição do metal é feita na poça de fusão, geralmente à frente da tocha de soldagem,
formando um ângulo de aproximadamente 15° com a peça. A ponta da vareta não deve ser
retirada do gás inerte para evitar sua contaminação com a atmosfera. Em operações
mecanizadas são utilizadas bobinas de arame ao invés de varetas.
A maneira ideal de se extinguir o arco é desligando o circuito de soldagem através de uma
chave, mas mantendo o fluxo de gás inerte por alguns segundos,
Recapitulando
O processo de soldagem a plasma, também conhecido como Plasma Arc Welding (PAW),
se assemelha muito ao processo GTAW (TIG). A principal diferença entre esses dois
processos é que o PAW tem o bocal constritor, que restringe o arco, concentrando-o e
consequentemente centralizando a energia em forma de calor, emitida pelo plasma. O
processo pode ser utilizado com arco transferido e arco não transferido, pode ser utilizado
com técnica de fusão comum e com a técnica keyhole e também existem versões do
processo com pequenos níveis de corrente, chamados de microplasma.
Para saber
mais
• MARQUES, Paulo Villani; MODENESI, Paulo José; BRACARENSE, Alexandre Queiroz.
Soldagem Fundamentos e Tecnologia. Belo Horizonte: editora UFMG, 2014.
• Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=n2sFnNNE-2o (Soldagem a plasma
CNC)
• Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CvDyJglWdtY (Soldagem a plasma
robotizada)
• Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SFnETMnrdHI (Microplasma)
• Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=588EJInHLsc (Plasma Arc Welding)
• Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jo376zPns8I (Plasma Welding)
Links acessados em: 04/2020
O processo de corte a plasma (Plasma Arc Cutting - PAC ou Plasma Cutting - PC) foi
introduzido em 1955, substituindo o corte por serra, por prensa, por tesoura e com chama no
corte de metais não ferrosos e aços INOX. Seu princípio de funcionamento é o mesmo da
soldagem a plasma.
Figura 3.1: Processo de Corte a Plasma.
Em busca de informação
3.1 Fundamentos
O processo de corte a plasma tem o mesmo embasamento do que o processo de soldagem
a plasma. Ele surgiu na década de 50, sendo utilizado para cortar os materiais que não
podiam ser cortados pelo processo OFC, como o aço inoxidável, o alumínio e o cobre. O
processo possui maior velocidade de corte do que o OFC ao cortar chapas metálicas finas.
Bico
Capa
Arco Plasma
3.2 Vantagens
• Arco bastante estável, de alta intensidade, permitindo maior liberdade de operação ao
soldador no corte manual,
• Tem a energia calorífica muito concentrada, gerando pouco calor além da região de corte
e portanto, tendo uma ZTA menor do que em outros processos de corte,
• Alta produtividade,
• Bom acabamento,
• Corta materiais especiais como aço inoxidável e alumínio.
3.3 Desvantagens
• Equipamento mais complexo que o do oxicorte, exigindo cuidados especiais e possuindo
uma difícil manutenção,
• Custo elevado,
• Não aceita grandes desalinhamentos entre juntas, devido ao arco estreito,
• Não corta chapas muito espessas (até cerca de 2 pol ou 50mm).
3.4 Equipamentos
• Fonte de energia e cabos de energia,
• Tocha de corte a plasma e ignitor de alta frequência,
• Fonte de gás (Cilindros de gases e reguladores de pressão e mangueiras)
• Sistema de refrigeração e sistema de controle,
As tochas de corte podem ter um ou mais orifícios e diferentes diâmetros, sendo utilizáveis
em corte manual ou mecanizado. Geralmente as tochas manuais são mais leves e possuem
um botão para acionar o arco elétrico e a passagem de gás e as tochas para corte
mecanizado são as de maior capacidade e mais pesadas assim como na soldagem a
plasma. Figura 3.4:Tocha manual e tocha mecanizada.
Fonte: (a)
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1101887696-tocha-plasma-manual-hypertherm-pmx45-t45v-6m-_J
M (b) https://www.fg.com.br/tocha-plasma-reta-pm1000-1250-1650-com-cabo76m/p Acesso em:04/2020
As fontes de gás são semelhantes às de soldagem a plasma, podendo ser redes de
distribuição com encanamento e reguladores de pressão ou armazenamento em cilindros.
Entretanto no corte existem uma maior variedade de gases que podem ser utilizados, como
será abordado na próxima seção, que trata dos consumíveis.
O sistema de controle inclui dispositivos eletrônicos para realizar e monitorar o processo
com segurança. Inclui relés, temporizadores, reguladores de vazão de gás, dispositivos de
segurança, etc. Em alguns casos também pode ser utilizado um sistema de refrigeração
para arrefecimento da tocha.
3.6 Consumíveis
• Gases:
A escolha do gás para corte a plasma é determinada pelo equipamento e material a ser
cortado. Alguns exemplos são ar comprimido (78% N2, 21% O2, 1% outros gases), argônio,
hidrogênio e nitrogênio. Para cortes de aços-carbono é ideal utilizar misturas
nitrogênio-oxigênio. No corte de não ferrosos e aço INOX, geralmente utilizam-se misturas
Ar-H (Argônio eOperatória
3.7 Técnica hidrogênio) ou N-H (Nitrogênio e hidrogênio).
Fonte: https://www.fabricatingandmetalworking.com/2013/03/in-the-market-for-a-cnc-plasma-cutting-machine/
Acesso em:04/2020
Recapitulando
Indicador de gás
4. Conectar o cabo terra a peça a atentando-se que o mesmo deve estar protegido de
respingos;
5. Passar a tocha por trás do corpo para proteger a mesma de respingos;
6. Posicionar a tocha sobre a peça a ser cortada;
7. Soltar a trava de segurança;
8. Pressionar o gatilho expulsando o jato de plasma;
9. Deslocar a tocha na direção de corte, com o gatilho pressionado;
10. Repetir a partir do passo 5 para outras superfícies;
11. Após finalizado o corte deve-se desligar a fonte da tomada e a rede de ar comprimido;
12. Desmontar a tocha e guardar os componentes;
13. Enrolar as mangueiras e cabos.
A soldagem a arco com proteção gasosa (Gas Metal Arc Welding - GMAW) é um processo
em que a união dos metais é produzida pelo aquecimento destas com um arco elétrico
estabelecido entre um eletrodo metálico nu, consumível, e a peça de trabalho. A proteção do
arco e da região de solda pode ser realizada por meio da vazão de gás inerte (Metal Inert
Gas - MIG) ou de gás ativo (Metal Active Gas - MAG).
Figura 4.1: Esquema de soldagem MIGMAG.
Fonte: http://www.esab.com.br/br/pt/education/blog/processo_soldagem_mig_mag_gmaw.cfm
Acesso em: 04/2020
Em busca de informação
4.1 Fundamentos
O processo GMAW se caracteriza por ser um processo semiautomático, sendo que a
alimentação de arame é feita mecanicamente, por meio de um alimentador motorizado,
enquanto o soldador inicia o arco elétrico, movimenta a tocha ao longo da junta e interrompe
o arco elétrico. Com o arame sendo alimentado continuamente, o arco elétrico é mantido
aberto independente da movimentação
Fonte: http://www.eutectic.com.br/equipamentos-soldagem-mig-mag.html
Acesso em: 04/2020
A soldagem pode ser realizada para várias espessuras e o diâmetro do eletrodo geralmente
varia de 0,6 a 2,4 mm. O processo MAG geralmente é utilizado para metais ferrosos,
geralmente utilizando CO2 enquanto o processo MIG pode ser utilizado tanto para soldagem
de metais ferrosos quanto de não ferrosos, como alumínio, cobre, magnésio, níquel e suas
ligas.
A GMAW é utilizada na fabricação e manutenção de equipamentos e peças metálicas, assim
como na recuperação e no recobrimento de superfícies metálicas. Assim como o processo de
soldagem por arame tubular, tem tido um grande crescimento em sua utilização no mercado
mundial nos últimos anos. Isso se deve ao seu caráter semiautomático.
4.2 Transferência Metálica
Como a soldagem é MIGMAG é um processo cujo eletrodo é consumível, o metal fundido na
ponta do eletrodo se transfere para a poça de fusão. No caso desse processo, a forma em
que essa transferência ocorre tem grande importância no processo, afetando diversos
parâmetros, como a estabilidade do arco, a quantidade de gases absorvida pelo metal
fundido, a quantidade de respingos e a possibilidade de aplicar o processo em diversas
posições.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe2Z4AH/apostila-soldagem?part=5
A transferência por curto-circuito ocorre quando são utilizados baixos valores de tensão
e corrente, normalmente é utilizado para soldagem fora de posição ou para peças de
pequena espessura, pois nesses casos é necessário que haja menos energia envolvida no
processo. Uma gota de metal se forma na ponta do eletrodo e seu diâmetro vai
aumentando até tocar na poça de fusão, quando os dois líquidos coalescem, devido à
tensão superficial.
Fonte: SCOTTI, Américo; PONOMAREV, Vladimir; LUCAS, William. A scientific application oriented
classification for metal transfer modes in GMA welding. Journal of Materials Processing Technology, v.
212, n. 6, p. 1406-1413, 2012. (adaptado)
Esse modo de transferência tem grande nível de respingos devido à instabilidade do arco.
Portanto é recomendável uma seleção mais cuidadosa dos parâmetros de soldagem e um
ajuste de indutância na fonte de energia, para que os curtos-circuitos ocorram de forma
suave, com um valor máximo de corrente limitado durante o curto-circuito, e com a ponta do
eletrodo parcialmente mergulhada na poça de fusão. Até certo limite, a estabilidade do arco
aumenta conforme a frequência de curto-circuito é aumentada.
Figura 4.5:Comparação entre as transferências metálicas na soldagem MIGMAG.
Fonte: SCOTTI, Américo; PONOMAREV, Vladimir; LUCAS, William. A scientific application oriented classification
for metal transfer modes in GMA welding. Journal of Materials Processing Technology, v. 212, n. 6, p.
1406-1413, 2012. (adaptado)
Conforme se eleva mais a corrente de soldagem, o diâmetro médio das gotas de metal
líquido que são transferidas à peça diminui, até alcançar a corrente de transição, que é
uma pequena faixa de valores em que a transferência está entre globular e spray. Como essa
faixa de transição é muito pequena, essa transição é considerada abrupta. A faixa de
transição pode ser observada no gráfico abaixo, como a linha vertical entre a transferência
globular e a transferência por "spray”. Acima da faixa de transição a transferência passa a ser
por "spray”, também chamada de aerossol.
Figura 4.8: Gráfico comparativo entre o número de gotas e volume das gotas em função da corrente
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAg3dwAK/soldagem-inoxidavel-2015
Fonte:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe2Z4AH/apostila-soldagem?part=5
Fonte: SCOTTI, Américo; PONOMAREV, Vladimir; LUCAS, William. A scientific application oriented classification
for metal transfer modes in GMA welding. Journal of Materials Processing Technology, v. 212, n. 6, p.
1406-1413, 2012. (adaptado)
Com fontes eletrônicas é possível obter outros modos de transferência pela introdução de
perturbações controladas na corrente de soldagem ou na alimentação de arame. Essas
alterações visam manter uma transferência controlada de metal de adição com as
características desejáveis da transferência por "spray”, mas com níveis mais baixos de
corrente média, permitindo a soldagem de chapas finas e fora da posição plana.
Normalmente nesses casos é utilizada a transferência pulsada, que se aproxima da globular,
porém mais estável e uniforme, gerando pulsos de corrente em dois níveis, sendo um abaixo
da faixa de transição e outro acima da faixa de transição. Na corrente baixa a gota se forma
e cresce na ponta do arame, e na corrente alta a gota é transferida para a poça de fusão. A
desvantagem desse processo é que ele dificulta ainda mais a parametrização e otimização
do processo, pois coloca uma variável a mais na fonte de energia, que é o pulso da corrente.
4.3 Vantagens
• Alta produtividade e taxa de deposição,
• Alto fator de ocupação de soldador,
4.4 Desvantagens
• Maior sensibilidade à variação dos parâmetros elétricos, equipamento mais complexo,
• Maior custo,
• Menos portátil do que o processo SMAW,
• Dificuldade de soldagem em locais de acesso restrito (chanfros estreitos) devido ao
tamanho da tocha de soldagem (o bocal necessita estar próximo da poça de fusão para
realizar a proteção gasosa),
• O arco deve estar protegido de correntes de ar,
• Maior necessidade de manutenção,
• Menor variedade de consumíveis.
4.5 Equipamentos
• Fonte de energia e cabos de energia,
• Alimentador de arame,
• Tocha de soldagem,
• Fonte de gás protetor (Cilindro, regulador de pressão, mangueiras),
Figura 4.14: Equipamentos no processo MIGMAG.
Para tal utiliza-se fonte de tensão constante e um alimentador de arame com velocidade
constante. Esse equipamento tende a manter o comprimento do arco estável. Pode-se
observar que variações no comprimento do arco geram grandes alterações na corrente de
soldagem, de forma que o comprimento do arco se mantenha constante e o processo esteja
em condição de equilíbrio. Figura 4.16: Fontes GMAW.
GASOE
PROTEÇÃO AUMCNTAOOR
DE
ARAME
TOCH
A
TON IT
Fonte:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-805091849-tocha-mig-mag-khbr-400-5m-arame-tubular-binzel-brinde-_J
M Acesso em: 04/2020
Figura 4.20: Bicos de contato e bico de contato sujo de
respingos.
Fonte:
https://www.abrasegcomercial.com.br/maquinas-acessorios/tochas-soldagem-mig-mag/tochas-mig-mag/tocha-m
ig-mag-mb501-d-az-3m-034-0067.html Acesso em: 04/2020
A fonte de gás consiste em um cilindro de gás ou mistura de gases que serão utilizados para
proteger a poça de fusão, além dos dispositivos auxiliares,
4.6 Consumíveis
• Arame,
• Gás de proteção,
• Líquido antirrespingos.
Os arames para soldagem são metais ou ligas metálicas com propriedades físico-químicas e
mecânicas bem controladas. Quando a composição química, dureza e dimensões do produto
não atendem ao padrão de qualidade podem ser geradas falhas na alimentação de arame,
instabilidade do arco e descontinuidades no cordão.
Tradicionalmente os arames de aço, tanto para soldagem MIGMAG quando para soldagem a
arco submerso, processo que será estudado futuramente, são cobreados. Isso confere um
melhor contato elétrico e protege o arame da corrosão, caso a espessura mínima seja
atendida. Os arames podem vir desde em pequenos rolos de 250g, para máquinas portáteis,
até em tambores de 350kg, que são utilizados na indústria pesada. A forma mais comum de
se encontrar é em bobinas de 15kg.
Os arames para soldagem de aços, em geral, podem ser inteiramente metálicos, sendo
chamados de arames sólidos, ou podem ser do tipo tubular, constituídos de uma camada
metálica cilíndrica com um enchimento interno de fluxo. Os arames tubulares preenchidos
com fluxo serão estudados mais a fundo no próximo capítulo.
Tabela 4.4: Tabela indicando a classificação dos materiais de base e arames sólidos.
Os gases utilizados na soldagem MIGMAG podem ser misturas variadas e isso afeta
diretamente as características operacionais do processo como a transferência de metal, a
penetração, a largura e o formato do cordão, a velocidade de soldagem, o custo de operação
entre outras. Os gases inertes puros geralmente são utilizados para soldagem de matais não
ferrosos, como alumínio, magnésio e titânio.
Para soldagem de ferrosos é comum adicionar gases ativos que melhoram ligeiramente a
estabilidade do arco e a transferência de metal, além de reduzir o custo do processo. Apesar
do CO2 (dióxido de carbono) ser inerte a temperatura ambiente, na temperatura alcançada
no arco elétrico ele se separa em CO e O, tornando-se ativo. Geralmente o CO2 produz altas
quantidades de respingos quando comparados a gases inertes, porém produz uma maior
penetração. Misturas de CO2 e Argônio (Ar) frequentemente são utilizadas na soldagem de
aços carbono e aços baixa liga na busca de um ponto ideal com
O processo GMAW utiliza a energia do arco elétrico, aberto entre um arame eletrodo e o
metal de base, para gerar o calor necessário para fundir as peças e então uni-las, realizando
a solda. A qualidade da solda é garantida pela proteção gasosa que pode ser de um gás
inerte ou gás ativo. O processo tem diversas aplicações na indústria, sendo um processo
com produtividade elevada e com possibilidade de fácil robotização e mecanização. É
importante ressaltar as diferentes transferências metálicas que ocorrem nesse processo e
seu impacto nos parâmetros de soldagem.
Reitor
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Sumário
Vice-reitor
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
Unidade 1 - Terminologia e Simbologia de Soldagem 70
Pró-reitoria de Extensão da UFMG 1.1 Recapitulando - o que e soldagem? 71
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 Terminologia
71
Diretor da EEUFMG 1.3 Caracterfsticas do cordão de solda
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 75
1.5 Simbologia
Vice- Diretor da EEUFMG 77
Prof. Luiz Machado Unidade 2 - Documentação de Processos de Soldagem
Coordenação Geral 2.1 EPS 87
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães
2.2 RQPS 88
Supervisão de área
89
Prof. Alexandre Queiroz Bracarense
Carolina Martins Abreu Gabriel Mendes de
Almeida Carvalho
Instrutores colaboradores
Cesar Romero Afonso Goulart Junior
Lara Alves Rachid (2020)
69
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Terminologia
e Simbologia de
Soldagem
Um começo de conversa
Objetivos da aprendizagem
Em busca de informação
Os temas abordados são fortemente baseados na norma AWS (American Welding Society)
além de grandes nomes globais na área de soldagem como Kobelco, ESAB e DEMET
UFMG.
70
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.1 Recapitulando - o que e
soldagem?
A Soldagem e o processo de união de materiais (particularmente os metais) mais importante
do ponto de vista industrial sendo extensivamente utilizada na fabricação e recuperação de
peças, equipamentos e estruturas. - definição da AWS (American Welding Society).
1.2 Terminologia
• Soldagem (welding): Processo de união de peças ou deposição (pode ser feito por
fusão ou pressão, neste curso trataremos daqueles processos de soldagem
relacionados a fusão).
• Solda (weld): E o produto da soldagem.
• Metal base: peça que passara pelo processo de soldagem. Quando possível utiliza-se
peças mais fáceis de se soldar, ou seja, peças que tenham melhor soldabilidade.
• Metal de adição: material depositado sobre o metal base no processo de soldagem ou
brasagem pelo fenômeno da fusão. A escolha desse metal depende do metal base, da
junta que sofrera o processo de soldagem e qual a sua aplicação. O metal de adição
compatível com a sua aplicação e, em geral, especificado por normas, as duas agendas
normatizadoras mais famosas são: America Welding Society (AWS) e a International
Organization for Standardization (ISO).
• Poça de fusão: região em que o material se encontra fundido durante o processo de
soldagem.
• Penetração: distância entre a superfície do metal base e a parte inferior da zona
fundida.
• Escoria (slag): Resíduo não metálico proveniente da dissolução do fluxo ou
revestimento, além de impurezas não metálicas na soldagem e brasagem.
Figura 1.1 - Representação da soldagem com
eletrodo.
Fonte: http://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/terminologia.pdf
71
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.2.1 Transferência de calor no metal base
• Zona fundida: parte do cordão de solda em que houve a fusão dos metais de base e,
se houver, metal de adição.
• Zona termicamente afetada (ZTA): também conhecida como zona afetada pelo calor,
e a região do metal base que teve alteração nas suas propriedades físicas devido o
aumento da temperatura, mesmo que essa região não tenha fundido, sua
microestrutura sofreu modificações, ao longo do curso será apresentado os conceitos
de microestrutura dos aços e a importância da sua compreensão para a qualidade da
solda.
• Cobre junta ou mata junta: peça colocada no fundo da solda durante o processo de
soldagem com o objetivo de conter a solda. Ele pode ser removido ou não apos o
cordão pronto. [1]
Figura 1.2 - Representação das regiões de um cordão de
solda
Zona Termicamente Zona
Fundida (ZF) Afetada (ZTA)
Cobre
Fonte: http://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/terminologia.pdf
1.2.2 Juntas
As juntas são os locais onde ocorrem o processo de soldagem entre duas peças, são as
intercessões, o encontro, entre as peças. A posição do conjunto vai determinar o tipo de
junta. [1]
72
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 1.3 - Tipos de
juntas
Penetrarão - junta
Penetração total: ocorre quando a zona fundida do cordão de solda atravessa toda a
espessura de pelo menos um dos componentes da junta.
Penetração parcial: acontece quando a zona fundida do cordão de solda não atravessa
totalmente a espessura de um dos componentes da junta. [2]
Figura 1.4 - Exemplo de penetração na
junta
Fonte: http://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/terminologia.pdf
1.2.3 Chanfros
Os chanfros são cavidades criadas nas superfícies das peças que serão unidas -também
pode ser definido como “recipiente” onde o cordão de solda será formado.
73
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Tipos de chanfros
Figura 1.5 - Tipos de chanfros mais
utilizados.
Fonte:
http://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/terminologia.pdf
Fonte: http://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/terminologia.pdf
74
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Elementos do chanfro
Figura 1.7 – Elementos de um chanfro
S = nariz
f = folga
r = raio de chanfro
a = ângulo de chanfro
P = ângulo do bisel
Fonte: http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo10/CAPIT5.pdf
Fonte: http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo10/CAPIT5.pdf
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 1. 9 - Representação da execução de uma solda de vários
passes
Fonte: http://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/terminologia.pdf
Fonte:https://www.esab.com.br/br/pt/education/blog/processo_soldagem_eletrodo_revestido_mma_s
maw.cfm
76
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Posições chapas (QW-121 - Qualificação por soldagem)
QW-122.1 Posição plana 1G Tubo com o seu eixo horizontal e gira-se o tubo
durante a soldagem de modo que a solda metal
e depositada por cima.
QW-122.2 Posição Horizontal 2G Tubo com o seu eixo vertical e o eixo da solda na
horizontal plana. O tubo nao deve ser girado
durante a soldagem.
QW-122.3 Múltiplas Posições 5G Tubo com o seu eixo horizontal e com o chanfro
de soldagem na posição vertical plana. A solda
deve ser feita sem girar o tubo.
QW-122.4 Múltiplas Posições 6G Tubo com o seu eixo inclinado a 45 graus para
horizontal. A soldagem deve ser feito sem girar o
tubo.
1.5 Simbologia
A simbologia de soldagem diz respeito a representação gráfica de todas as informações que
são necessárias ao desenvolvimento do trabalho dos profissionais da área.
Símbolos
Os símbolos são desenhos que representam orientações para o processo de soldagem;
indicam a geometria das juntas, as dimensões e o angulo do chanfro, a abertura de raiz, o
comprimento da solda, o local de trabalho, entre outras informações.
77
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.5.1 Simbologia de soldagem
Figura 1.12- Elementos de um símbolo de soldagem
Fonte: http://juniorsoldagem.blogspot.com.br/2012/11/simbologia-da-soldagem-um-soldador-
deve.html
Fonte: http://principo.org/definico-de-soldagem.html
78
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Aplicações
Figura 1.14- Exemplos de aplicações de simbologia da soldagem
Fonte:
http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/simbologia-de-soldagem/287-simbol
ogia-de-soldagem-simbolos-basicos.html
79
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Tabela 1.1- Exemplos de aplicações de simbologia da
soldagem
Fonte: https://blogpuneet.files.wordpress.com/2013/09/welding-symbols.jpg
80
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Tipos de acabamento
• C - Rebarbamento (chipping);
• G - Esmerilhamento (grinding);
• H - Martelamento (hammering);
• M - Usinagem (machining);
• R - Laminação (rolling);
81
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
82
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
83
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em pratica
1. O que determina o tipo da junta?
2. Quando devo fazer um chanfro?
3. Quais as diferenças entre os tipos de chanfros? Por que existem tantos?
4. Relacione a simbologia com o desenho adequado.
Figura 1.15- Exemplos
Fonte: www.auburn.wednet.edu/.../Exercise%209%20welding%20symb
Fonte: https://pt.scribd.com/document/72704716/IS-N1-SIMBOLOGIA-DA-SOLDAGEM-1
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
6. A partir dos desenhos das soldas faça a representação da junta e da respectiva
simbologia. Figura 1.17 - Exemplos
Fonte:https://pt.scribd.com/document/72704716/IS-N1-SIMBOLOGIA-DA-SOLDAGEM-1
Fonte:https://pt.scribd.com/document/72704716/IS-N1-SIMBOLOGIA-DA-SOLDAGEM-1
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
8. A partir da representação simbólica do cordão de solda, faça um desenho que represente
o cordão de solda.
Figura 1.19- Exemplos
Fonte:https://pt.scribd.com/document/72704716/IS-N1-SIMBOLOGIA-DA-SOLDAGEM-1
Recapitulando
Nesta seção estudamos sobre as simbologias e terminologias de soldagem mais utilizadas e
o contexto que elas estão inseridas. Também foram vistos diversos exemplos da sua
aplicação pratica.
86
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2:
Documentaçao de
Processos de
Soldagem
Um começo de conversa
Algum dia você já parou para pensar como que foi dimensionado o processo de fabricarão
por soldagem de uma Ferrari 488 Spider? Ou como se faz uma correta manutenção
utilizando soldagem em uma plataforma de petróleo? Bom, neste capítulo falaremos sobre a
validação de procedimentos de soldagem.
Objetivos da aprendizagem
Certamente, quem trabalha diariamente com soldagem de materiais de grande
responsabilidade utiliza a Especificação de procedimento de Soldagem (EPS) como
diretriz de trabalho. Se caso nunca ouviu falar desse procedimento de trabalho, não se
preocupe, este e um dos objetivos deste capítulo. Este procedimento e o que define quais
são os parâmetros de soldagem que devem ser adotados na união de um determinado
material. Portanto, esta EPS precisa ser validada. O documento responsável por fazer esta
validação e o Registro de Qualificação de Procedimento de Soldagem (RQPS). Logo,
iremos entender melhor sobre esses documentos, nessa unidade.
Em busca de informação
Este capítulo foi fortemente embasado em dados de importantes federações na área de
soldagem como a Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem, teses de doutoramento e
norma de soldagem AWS.
87
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.1 EPS
A EPS, Especificação do Procedimento de Soldagem, e um documento técnico que estabelece
todos os itens importantes, que devem ser considerados na união de peças por soldagem. A EPS
contem limites ou faixas de parâmetros como tipo de corrente, espessura do metal de base, tipo de
metal de base, etc. Um procedimento de soldagem e válido somente dentro dos limites nele
especificados. [1]
Figura 2.1 - Exemplo de EPS
Fonte: Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem | - FBTS - Este texto complementar e parte
integrante do material on-line disponibilizado para o Curso de Inspetor de Soldagem.
88
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.2 RQPS
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
90
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Fonte: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/118458/000738478.pdf?sequence=1
91
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em pratica
Recaptulando
Nesta unidade aprendemos sobre a serventia de uma EPS, como ela e dimensionada e,
posteriormente validade por um RQPS.
Referências Bibliográficas
[1] P. V. Marques, P. J. Modenesi e A. Q. Bracarense, Soldagem Fundamentos e Tecnologia,
3° ed., Belo Horizonte: Ufmg, 2011.
92
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Comunicação e Relações
Humanas
2º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1: Currículo 95
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 O que é um currículo e para que ele serve? 95
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 Como elaborá-lo? 96
Diretor da EEUFMG
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 1.3 Quais são os erros mais comuns? 96
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado
Unidade 2: Entrevista de Emprego 100
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães 2.1 Tópicos iniciais 100
Supervisão de área
2.2 Perguntas usualmente realizadas em uma 102
entrevista de emprego
2.3 Perguntas feitas para enganar o candidato 104
Instrutores Colaboradores
Unidade 3: Medo de falar em público 110
Bruno Mateus Oliveira Silva
94
Mestre de Instalador
Desenhista
Eletricista Obras
Tecnologia Cadista para Construção
Predial
da Soldagem Civil
de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Unidade 1: Currículo
Um começo de conversa
A frase “Me envie o seu currículo” costuma dar calafrios em quem está à procura de
emprego. Você já passou por essa situação? Nesta unidade, aprenderemos como elaborar
um bom modelo de currículo, já que a elaboração e a apresentação desse documento são
partes essenciais no processo de recrutamento e seleção. O formato e as informações
que constam no currículo ditam o destino do profissional em um processo seletivo: a lista
de melhores candidatos ou a lata de lixo.
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
95
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.2 Como elaborá-lo?
Muitas pessoas cometem erros fatais na hora de elaborar um currículo, fazendo com
que o recrutador nem mesmo considere seu nome para a entrevista. Confira 7 erros
fatais no currículo:
● Gramática e Ortografia: Currículos com erros de português dificilmente passam
pela triagem dos selecionadores. Segundo pesquisas realizadas pela Catho
Online, um a cada quatro currículos é descartado por estes motivos.
96
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
● Objetivo profissional: Não é indicado informar mais de um cargo em que deseja
atuar. O currículo sempre deve ser focado para a vaga que está se candidatando.
Caso contrário, o selecionador terá a impressão de o candidato não tem um
objetivo definido.
● Dados pessoais: Manter informações desatualizadas, como telefone e e-mail,
impede/dificulta o contato do recrutador, o que pode descartar uma oportunidade
de emprego.
● Documentos: Não confunda a área de Recrutamento de uma empresa com
Departamento Pessoal. Números de documentos, tais como RG, CPF e Título de
Eleitor são totalmente irrelevantes na decisão de se contratar ou não um
candidato, por isso não é necessário que estes dados sejam mencionados no
currículo.
● Extensão: Currículos pouco extensos são mais apreciados pelas empresas, não
apenas por suas poucas páginas, mas sim pelo trabalho intelectual de lógica e
de síntese empregados em sua produção – currículos com mais de duas páginas
normalmente são considerados extensos. Para profissionais em início de
carreira, inclusive, o recomendável é uma página.
● Salário: Informações como o salário anterior e a pretensão salarial devem ser
tratadas preferencialmente no momento da entrevista. Colocar um valor no
currículo pode fazer com que o candidato perca oportunidades de trabalho e a
possibilidade de negociar uma faixa salarial ou benefícios melhores.
● Desligamento das empresas: Razões e justificativas para assuntos desta
natureza são tópicos para serem discutidos em entrevistas e jamais devem ser
mencionados no currículo.
97
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Rodrigo Magalhães Pedroso Dias
Brasileiro, solteiro, 29 anos
CEP 30.000-000
OBJETIVO
Atuar na área de construção civil na função de encarregado de obra.
FORMAÇÃO ESCOLAR
● Escola Estadual João da Silva - Ensino Médio (concluído) – dezembro de 2002.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
● 2010 até hoje – Prefeitura de Belo Horizonte
Cargo: Encarregado de obra.
Principais Atividades: Coordenar a construção e reforma de postos de
saúde. Leitura dos projetos e gestão de pessoas.
● 2001-2008 – MRVEngenharia
Cargo: Pedreiro
Principais atividades: Executar trabalhos de alvenaria, concreto e outros materiais
seguindo desenhos, esquemas e especificações, utilizando processos e
instrumentos adequados, para construir, reformar ou reparar prédios e obras
similares.
● 1998-2001 – Patrimar Engenharia
Cargo: Assistente de pedreiro
Principais atividades: Executar tarefas auxiliares no canteiro de obras: escavar
valas, transportar e/ou misturar materiais, arrumar e limpar obras e montar e
desmontar armações, e observando as ordens, para auxiliar a construção ou
reforma de prédios. Preparar mistura para argamassa, transportar carrinhos com
massa.
QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS
● Universidade Federal de Minas Gerais (Escola de Engenharia) - Curso Intensivo
de Preparação de Mão de Obra Industrial (CIPMOI) – Curso de Mestre de Obras
(510h) – em andamento.
● Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) Curso de Qualificação em
Acabamento (90h)
– concluído.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
● Premiado com o título de melhor funcionário do ano de 2003.
● Disponibilidade para mudança de cidade ou estado.
● CNH A e B.
98
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Após todas as dicas dadas, está na hora de produzir o seu currículo atualizado. De
preferência, entregue o seu currículo digitado e impresso, caso não tenha como fazer
desse modo pode entregar manuscrito, contanto que siga o modelo.
Recapitulando
Para fixar o que foi visto nesta unidade, tente responder as questões abaixo:
1) Como se deve preparar um currículo?
2) Quais são os erros mais comuns?
99
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2: Entrevista
de Emprego
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
Todo mundo sabe que a entrevista de emprego é muito importante para a conquista do
emprego visado. Ela é a segunda etapa que o empregador possui para conhecer melhor
o candidato ao emprego por ele ofertado e é nela que o candidato pode falar sobre seus
objetivos e qualificações, a fim de convencer o entrevistador de que ele é o profissional
mais habilitado para o serviço; tudo isso “cara a cara”.
Embora a maioria das entrevistas de emprego siga a mesma estrutura, é sempre válido
relembrar algumas regras básicas que podem ajudar a conseguir aquela tão sonhada
vaga de emprego. Por isso, fique atento aos tópicos abaixo e garanta o seu sucesso na
próxima entrevista.
100
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
➔ Com que roupa eu vou?
Ao longo da vida aprendemos que uma pessoa não pode ser medida apenas pela
aparência. Porém, você pode não ter a chance de mostrar para o seu futuro empregador
que apesar de sua camisa amarrotada você é um excelente profissional. Em uma
entrevista de emprego, a aparência é sim muito importante e pode destruir ou aumentar a
credibilidade de um profissional.
Para as mulheres é importante adotar um modelo que não seja curto, decotado,
transparente ou justo demais. Além da roupa, unhas e maquiagem discretas e um salto
médio também são detalhes que fazem a diferença. Para os homens, nada como uma
barba bem-feita e cabelos cortados. Procure se informar se existem exigências quanto
aos trajes, pois em muitas empresas o jeans pode não ser adequado em uma entrevista.
➔ O primeiro contato
Firmeza. Esta é a impressão que qualquer pessoa precisa transmitir durante um processo
seletivo. Apertos de mão "molengas" e postura curvada transmitem uma imagem de
insegurança e de falta de dinamismo. O cumprimento é o primeiro contato, por isso tenha
um aperto de mão firme, olhe nos olhos e adote uma postura correta.
➔ A hora da verdade
É comum que o entrevistador inicie o processo de seleção pedindo que seus candidatos
se apresentem, ou seja, falem um pouco sobre si e o que esperam caso sejam
contratados. O ideal é que esta apresentação seja breve, pois se houver a necessidade
de explicar mais afundo sobre algo, certamente o entrevistador irá pedir os detalhes.
Muitas pessoas se enganam em achar que o candidato mais falante será o escolhido.
Contar a história da vida inteira, interromper os outros candidatos (e até mesmo o
entrevistador) ou tentar aparecer a qualquer custo não é um comportamento adequado.
Seja objetivo nas respostas, diga apenas o que será importante, de forma clara e direta.
Nunca é demais lembrar que mentir sobre uma característica ou formação profissional em
uma entrevista está terminantemente proibido.
No mais, estar calmo é essencial. Afinal, a voz trêmula, palavras embaralhadas ou outro
sintoma provocado pelo nervosismo e ansiedade podem atrapalhar qualquer profissional
na hora de uma entrevista. É comum e humano ficar apreensivo, portanto é bom fazer
uma simulação da entrevista em frente ao espelho ou com um amigo antes do grande dia,
isso ajuda muito.
101
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
➔ O que fazer depois da entrevista?
1022
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
6. Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?
Um "não" a esta pergunta pode destruir por completo as suas hipóteses de ser o
candidato escolhido, demonstre-se capaz de trabalhar por prazos e dê exemplos de
situações vividas em trabalhos anteriores.
Seja sincero, mas, sobretudo, lembre-se que os seus hobbies e ocupações demonstram
não só a capacidade de gerir o seu tempo, preocupações com o seu desenvolvimento
pessoal e facilidade no relacionamento interpessoal.
11. Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?
Não se queixe e, em caso algum, critique a empresa e respectivos colaboradores. Diga
sempre alguma coisa positiva, ou o ambiente de trabalho ou o produto/serviço da
empresa. Se começar a apontar defeitos ao seu emprego anterior correrá o risco de o
entrevistador achar que o mesmo pode acontecer no futuro em relação à empresa em
foco.
103
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
12. Até hoje, quais foram as experiências profissionais que lhe deram maior
satisfação?
Seja qual fora sua escolha, justifique bem os motivos. Tente mencionar as mais recentes
e que sejam mais adequadas aos seus objetivos profissionais.
1. Por que você está sem trabalho há tanto tempo? Por que você foi demitido?
Essa pergunta é uma tentativa de descobrir se há algo errado com você que a sua antiga
empresa ou empregadores já descobriram. O entrevistador pode estar tentando
determinar se os temas de recessão ou cortes no orçamento foram usados para despejar
alguns funcionários, incluindo você.
104
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
5.Onde você realmente gostaria de trabalhar?
Determinar a área que você pretende trabalhar pode fechar algumas portas dentro da
empresa. Nunca mencione um cargo, mas apenas a área para a qual você está se
propondo a trabalhar. Destaque apenas que você é perfeito para o trabalho e que você se
dedicará muito se conseguir o emprego.
8. Você pode descrever uma situação de trabalho ou na escola em que você estragou
tudo?
Este é um campo minado. Uma questão dentro desta questão é se você aprende com
seus erros ou continua repetindo os mesmos. Da mesma forma, o entrevistador pode
estar tentando visualizar se você é muito autoconsciente ou não para assumir a
responsabilidade por suas falhas.
105
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.4 Principais erros
1. Chegar atrasado
"Chegar atrasado numa entrevista, além de desorganização, demonstra que o candidato
não está dando o devido valor à entrevista. A displicência com o horário mostra que você
não priorizou tal compromisso em sua agenda. Além disso, fazer uma pessoa esperar é
falta de respeito. Tempo é um recurso escasso, logo, deve ser bem aproveitado. Caso
você, por algum motivo, atrase na entrevista, informe imediatamente o entrevistador.
Verifique se é possível passar um candidato na sua frente, ou, se necessário, remarque a
entrevista. Se você chegou no horário, mas tem compromisso para mais tarde o ideal é
avisar o entrevistador de antemão. Não faça a entrevista na correria para não se sentir
pressionado. Isso pode prejudicar seu desempenho." – Wander Mendes, professor e
consultor na área de Gestão de Pessoas e Planejamento Estratégico da FGV-PR
(Fundação Getúlio Vargas do Paraná).
106
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4. Expressar-se mal, com gírias e frases sem sentido
"O discurso mais adequado para uma entrevista é aquele em que o candidato consegue
ser objetivo, responder as perguntas do entrevistador, expor seu ponto de vista quando é
convidado a fazer isso e perguntar, com tato, detalhes sobre a vaga. No meio do caminho,
porém, é muito comum que os candidatos façam uso de gírias e regionalismos na hora de
tirar suas dúvidas. O linguajar é um detalhe importante, dependendo das expressões
utilizadas, o discurso demonstra certa imaturidade do candidato. O ideal é responder as
perguntas com calma, ter tempo para pensar e expor suas idéias com tranqüilidade. Este,
aliás, é outro problema grave de muitos discursos. Tem candidato que fica tão nervoso na
hora da entrevista que dispara a falar e quando percebe já mudou de assunto e não
respondeu à pergunta do entrevistador. Isso é muito ruim, já que o ritmo da entrevista é
um fator importante." - Marco Túlio Rodrigues Costa, professor de Aspectos
Comportamentais Éticos de Gestão de Pessoas da FGV-BH (Fundação Getúlio Vargas de
Belo Horizonte).
5. Mentir sobre suas qualificações
"Mentir na entrevista é o mesmo que dar corda para se enforcar. Inventar cursos,
referências e pequenos sucessos colocam o candidato numa situação vulnerável porque,
caso seja contratado, terá de sustentar essa inverdade por muito tempo. E como diz o
ditado: mentira tem perna curta, assim seu deslize será descoberto e o prejuízo será bem
maior. Uma vez que seu superior descobrir que você não tem as habilidades destacadas
na entrevista, perceberá que seu perfil não atende às necessidades da empresa, e mais,
que errou ao apostar em sua seleção. Ao ser contratado, o indivíduo precisa ter claro que
convenceu o recrutador de possuir determinadas competências e ao mentir, não só estará
provando que não as tem como atestará sua falta de caráter ao faltar com a verdade. Isso
deixará o recrutador descontente duas vezes e poderá resultar em demissão
comprometendo, inclusive, futuras recomendações." - Gustavo G. Boog, diretor da Boog
Consultoria.
107
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
7. Disputar espaço com o entrevistador
"Para disfarçar o nervosismo, tem muita gente que acaba partindo para o ataque e
disputando espaço com o recrutador durante a entrevista. Para driblar a insegurança, ele
acaba querendo fazer pose de sabido a fim de triunfar sobre o recrutador. Isso tudo,
porém, é muito mais que previsível para quem trabalha com Recursos Humanos. Aí, das
duas uma: ou você perde a vaga porque o recrutador percebe sua insegurança por meio
de uma postura imatura de quem está na defensiva, ou acaba sendo eliminado pela
prepotência e o excesso de arrogância que esse comportamento demonstra. Por isso, não
entre numa disputa direta com o recrutador. Espere, escute e, aí sim, faça suas
considerações, sempre com humildade." - Mariá Giuliese, diretora-executiva da Lens
Minarelli e especialista em análise e aconselhamento de carreira.
8. Vangloriar-se de suas conquistas pessoais
"Na hora de 'vender seu peixe' ponha o ego de lado e não em primeiro lugar. O discurso
não pode estar recheado de "eu fiz"; "eu consegui"; "eu conquistei"; e "eu realizei".
Quando você coloca todas as conquistas em primeira pessoa pode soar presunçoso para
o entrevistador. Até porque, na maior parte das empresas, os projetos e as realizações
não são fruto do trabalho individual, mas sim, de uma equipe. Na hora de destacar seus
feitos, procure valorizar sua participação em um projeto de sucesso implementado por
uma equipe, e à partir disso, destaque como foi sua atuação para que ele fosse bem-
sucedido. Lembre-se: egocentrismo não é uma característica admirada pelos
contratantes. Para não cair nessa, vale treinar na frente do espelho. Olho no olho, com
segurança no discurso. Um pouco de bom humor também ajuda. Existe uma tese que diz:
quando você sorri, se desarma internamente e se torna mais receptivo." - Irene Ferreira
Azevedo, professora de Liderança da BBS (Brazilian Business School).
108
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Você está à procura de emprego e achou um anúncio que lhe interessa bastante. Após
enviar seu currículo, a empresa liga para marcar uma entrevista de emprego. Nessa
situação, imagine as seguintes hipóteses eas resolva da melhor forma possível:
Recapitulando
Para fixar o que foi visto nesta unidade, tente responder as questões abaixo:
1) O que vestir em uma entrevista de emprego?
2) Como deve se comportar em uma entrevista de emprego?
109
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 3: Medo de
Falar em Público
Um começo de conversa
Você já deve saber o quanto a comunicação é essencial a nossa vida, pois ela é base das
relações humanas. Uma das formas que utilizamos no processo de comunicação é a fala
em público, modalidade linguística que para muitos indivíduos gera medo. Nesta unidade,
tentaremos entender um pouco mais sobre esse tipo de comunicação e as formas que
dispomos para driblar esse medo.
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
110
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Além disso, a reação do público é o que mais perturba durante uma apresentação. O ideal
seria que todos os presentes ficassem bem quietinhos e atentos para o que você vai
dizer. Mas não! Sempre tem um que tosse, o outro que boceja, outro que cochicha sem
parar com o vizinho do lado (será que ele está falando mal da minha apresentação?). Há
aquele que se levanta no meio da palestra e sai (está fugindo da minha apresentação,
quem sabe ofendido por alguma coisa que eu disse?).
DICAS
Reinaldo Polito, professor da arte do bem falar em público (oratória) lista abaixo os dez
principais conselhos para você ter sucesso nas apresentações em público e falar com
segurança e desembaraço.
111
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1) Prepare-se para falar e tenha domínio do assunto. Assim como você não iria para a
guerra munido apenas com balas suficientes para acertar o número exato de inimigos
entrincheirados, também para falar não deverá se abastecer com conteúdo que atenda
apenas ao tempo determinado para a apresentação. Saiba o máximo que puder sobre a
matéria que irá expor. Isto é, se tiver de falar 15 minutos, saiba o suficiente para discorrer
pelo menos 30 minutos. Não se contente apenas em se preparar sobre o conteúdo, treine
também a forma de exposição.
3) Não confie na memória, leve um roteiro como apoio. Algumas pessoas memorizam
suas apresentações palavra por palavra imaginando que assim se sentirão mais
confiantes. A experiência demonstra que, de maneira geral, o resultado acaba sendo
muito diferente. Se você se esquecer de uma palavra importante na ligação de duas
ideias, talvez se sinta desestabilizado e inseguro para continuar. O pior é que ao decorar
uma apresentação você poderá não se preparar psicologicamente para falar de improviso
e ao não encontrar a informação de que necessita, ficará sem saber como contornar o
problema. Use um roteiro com as principais etapas da exposição, e frases que contenham
ideias completas. Assim, diante da plateia, leia a frase e a seguir comente a informação,
ampliando, criticando, comparando, discutindo, até que essa parte da mensagem se
esgote.
4) Use uma linguagem adequada. Uma escorregadinha na gramática aqui, outra ali, talvez
não chegue a prejudicar sua apresentação. Entretanto, alguns erros grosseiros poderão
ser fatais.
6) Tenha começo meio e fim. Anuncie o que vai falar, fale e conte sobre o que falou.
Depois de cumprimentar os ouvintes e conquistá-los com elogios sinceros, ou mostrando
os benefícios da mensagem, diga qual tema vai abordar. Assim, a plateia acompanhará
seu raciocínio com mais facilidade, porque saberá aonde deseja chegar. Em seguida,
transmita a mensagem, sempre facilitando o entendimento dos ouvintes. Se, por exemplo,
deseja apresentar a solução para um problema, diga antes qual é o problema.
112
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
7) Tenha uma postura correta. Evite apoiar-se apenas sobre uma das pernas e procure
não deixá-las muito abertas ou fechadas. É importante que se movimente diante dos
ouvintes para chamar mais sua atenção, mas esteja certo de que o movimento tem algum
objetivo, como por exemplo, destacar uma informação, reconquistar parcela do auditório
que está desatenta, etc. Caso contrário é preferível que fique parado. Cuidado com a falta
de gestos, mas seja mais cauteloso ainda com o excesso de gesticulação. O semblante é
um dos aspectos mais importantes da expressão corporal, por isso dê atenção especial a
ele. Verifique se ele está expressivo e coerente com o sentimento transmitido pelas
palavras. Por exemplo, não demonstre tristeza quando falar em alegria. Evite falar com as
mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou nas costas. Também não é recomendável
ficar esfregando as mãos, principalmente no início, para não passar a ideia de que está
inseguro ou hesitante.
10) Fale com emoção. Fale sempre com energia, entusiasmo, emoção. Se nós não
demonstrarmos interesse e envolvimento pelo assunto que estamos abordando, como é
que poderemos pretender que os ouvintes se interessem pela mensagem? A emoção do
orador tem influência determinante no processo de conquista dos ouvintes.
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Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Referências Bibliográficas
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Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Conheça os 10 erros fatais em uma entrevista de emprego. Guiame, 2011 Disponível
em:<http://admin.guiame.com.br/nova-geracao/geral/conheca-os-10-erros-fatais-em-uma-e
ntrevista-de-emprego.html>. Acesso em: 26 mar 2020
Dez dicas para falar bem público. Catho Educação Executiva, 2013. Disponivel em:
<https://www.catho.com.br/cursos/index.php?p=artigo&id_artigo=2199&acao=exibir>.
Acesso em: 1 de março de 2020
115
Mestre de Obras
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Informática Básica
2º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade1: Open Office Writer 118
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 Barra de Menus 120
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 Barra Lateral 120
Diretor da EEUFMG
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 1.3 Abrindo um arquivo 120
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães 1.5 Salvando um arquivo 121
Luiza Trindade
2.3 Alinhamento de texto 126
Lauren Batista
Gabriel Chaves
Unidade 3: Personalização e corretores 128
Luis Eduardo Brandão
3.1 Abrindo e personalizando textos 129
João Victor Miranda
117
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Open Office
Writer
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Nesse capítulo veremos como utilizar o programa Open Office Writer, suas principais
ferramentas e utilizações. Aplicaremos suas utilidades em situações cotidianas com
atividades teóricas e práticas, para a familiarização e melhor entendimento do porquê esse
programa é tão utilizado. O objetivo último deste capítulo é deixar o aluno curioso para
complementar o seu estudo com pesquisas sobre os recursos, falados em sala ou não, e
com a utilização frequente das mesmas, deixando-o mais confortável com o programa
118
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em busca de informações
Para abrir o Open Office Writer, clique no botão Iniciar da barra de ferramentas. Em
seguida, clique em Programas, clique em Open Office e depois, sobre o aplicativo Open
Office Writer. Abrirá, então, a seguinte tela:
Como nesse bimestre lidaremos com o Writer, que é um editor de texto, basta clicar no
ícone “Documento de texto” para acessá-lo. A imagem a seguir corresponde à tela inicial
do programa:
Figura 1.2: Interface Writer
119
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.1 Barra de menus
Para abrir um arquivo que já existe, clique no botão arquivo, localizado na Barra de Menus
ou ctrl+O. Em seguida, clique em Abrir e uma tela como essa irá se abrir:
120
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.4 Novo arquivo
Para salvar um arquivo pela primeira vez, clique no menu Arquivo / Salvar como. A
seguinte tela será mostrada para você definir o local e o nome do arquivo:
121
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.6 Imprimindo um arquivo
Observe que, no lado esquerdo, o programa faz uma pré-visualização do que será
impresso, sendo possível navegar pelas páginas na Barra de Status. Já no lado direito,
aparece um menu onde deve ser selecionado a impressora, quais páginas serão
impressas, o tamanho do papel e o formato do texto. Após verificar se todas as
configurações acima estão corretas, aperte o botão Imprimir.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2: Formatação
de textos
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em busca de informações
Para selecionar um trecho, seja para apagá-lo ou mudar sua configuração, também
utilizaremos o ponto de inserção. Posicione o ponto de inserção no começo do trecho que
deseja selecionar e, como o botão esquerdo do mouse pressionado, arraste até o final.
Note que esse trecho ficará em destaque. Caso deseje selecionar o texto todo, use a
combinação Ctrl+A no teclado.
125
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.2 Fonte e tamanho do texto
Como comentado anteriormente, o Writer permite que você formate o texto como desejar,
isso é, mude sua forma. Essas mudanças podem ser feitas antes ou depois de escrever.
Nesse último caso, é preciso selecionar o texto.
Para alterar os aspectos do texto, localize na Barra de Menu na aba Página Inicial a
seguinte seção:
Figura 2.2: Menu de texto barra superior
Perceba que na barra lateral, o menu propriedades se transformou num menu semelhante
a este. Pode-se usar qualquer uma das duas opções.
Figura 2.3: Menu de texto barra lateral
Nesse é possível mudar o tamanho, cor, tipo de letra (Fonte), bem como dar destaque nas
opções Negrito, Itálico e Sublinhado. No primeiro campo de opções está a lista de Fontes,
note que a forma de cada uma é mostrada na própria escrita do seu nome. Logo a direita,
está o campo onde é possível determinar o tamanho da letra. Os botões abaixo também
servem para aumentar e diminuir a letra.
Na parte central da imagem, vemos o botão de Negrito , que deixa as letras mais
grossas. Ao lado está o Itálico , que inclina as letras e por fim, o de Sublinhar , que faz
um traço fino embaixo do texto. No canto inferior direito dessa seção, é possível escolher a
cor do fundo do texto (efeito semelhante ao da caneta marca-texto) e a cor da letra .
126
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Alinhado à esquerda: o texto fica alinhado à margem esquerda, deixando a margem
direita irregular.
Centralizado: o texto fica no meio da página.
Alinhado à direita: o texto fica alinhado à margem direita, deixando a margem
esquerda irregular.
Justificado: o texto fica alinhado às margens esquerda e direita ao mesmo tempo,
preenchendo toda a linha.
O tamanho do recuo do parágrafo também é ajustável pelos seguintes botões:
Diminui o tamanho do recuo
Aumenta o tamanho do recuo (também é possível fazer pela tecla Tab)
Recapitulando
Para fixar os conteúdos aprendidos nessa unidade tente responder com suas palavras:
127
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 3:
Personalização e
Corretores
Um começo de conversa
Todo o trabalho que você cria e salva no computador fica guardado na forma de um
arquivo. Você ter arquivos de textos (documentos), arquivos de planilhas, arquivos de
imagens (fotos, figuras), arquivos de vídeo (filmes, clipes, cenas), arquivos de áudio
(música, mp3) entre outros tantos. Como os arquivos são os trabalhos que você realiza no
computador eles podem ser alterados, copiados, apagados e salvos através do que
chamamos de comandos de arquivos.
Para facilitar ao usuário quando ele quer achar um arquivo que tenha criado, esses são
guardados dentre de diretórios no computador que chamamos de pastas. As pastas
também podem ser modificadas (de uma forma diferente dos arquivos) para facilitar a
organização do usuário quando este trabalha com seus arquivos no computador.
Objetivos da Aprendizagem
Imagine que na sua casa e no seu trabalho existem uma série de documentos, fotos e
planilhas que você precisa guardar. Antes de tudo você não pode simplesmente colocar
tudo junto dentro de uma caixa e colocar a caixa em algum canto escuro e pouco visitado
do armário (a não ser que você queira nunca mais achar nada).
Na hora de guardarmos nos “arquivos” em casa ou no trabalho uma boa prática de
organização é separar aqueles que são de um mesmo tipo. Guardamos os recibos juntos,
as fotos em álbuns, documentos em envelopes. Além disso tentamos identificar tanto os
arquivos quanto os lugares onde os colocamos. Escrevemos no recibo o nome “Abril” e
guardamos dentro do envelope que identificamos como “recibos de aluguel”.
Escrevemos “Filha na praia” no verso da foto e colocamos no álbum “Férias de
Dezembro”.
Outra coisa importante é avaliarmos quando e quantas vezes vamos precisar mexer nos
nossos arquivos de novo. Quando guardamos uma “Certidão de Nascimento” no envelope
de “Documentos”, sabemos que pouquíssimas vezes vamos precisar mexer nele de novo
e que é importante que ele fique em lugar segura para não perder ou estragar. Sendo
assim acabamos guardando esse envelope junto com vários outros documentos parecidos
em um lugar de mais difícil acesso (em cima do armário, no fundo de um baú).
128
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Agora de você vai guardar o orçamento de um projeto elétrico que você está executando,
você sabe que é importante que essa planilha esteja em lugar fácil e rápido de você
encontrar, até porque você precisará mexer nela e atualizá-la quase todos os dias. Então
acaba guardando a pasta com “Orçamentos da Obra” em uma gaveta ou em um extrato
em cima da mesa.
Essa mesma lógica de organização é utilizada nos computadores. É sempre importante
organizar bem seus arquivos em pastas e suas pastas em outras pastas ou diretórios
maiores para que nada se perca e tudo esteja ao alcance quando necessário.
Em busca de informação
SONETO DA FIDELIDADE
Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág.
96.
129
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.2 Botões desfazer e refazer
Desfazer e Refazer são botões muito utilizados durante a edição de um texto, dessa
maneira iremos aprender a função de cada um:
Desfazer: Quando cometemos um erro, durante a digitação ou formatação de um texto,
utilizamos esse botão para desfazer essa ação. Ele desfaz, e volta ao que era antes da
modificação, pode ser utilizado para as últimas 99 ações. Essa função, no Writer também
pode ser utilizada apertando as teclas Ctrl+Z ao mesmo tempo.
Refazer: Só podemos usar esse botão, caso tenhamos usado anteriormente o botão
desfazer. Ele retorna ao modo anterior à utilização do comando desfazer. Essa função no
Writer também pode ser utilizada apertando as teclas Ctrl+R ao mesmo tempo. Vamos
fazer um teste!
Siga o passo-a-passo abaixo:
1. Abra OpenOffice Writer
2. Escolha a fonte Arial tamanho 12
3. Digite a frase: “Testando a funcionalidade dos botões Desfazer e Refazer.”
4. Selecione a frase e mude sua cor para azul.
5. Agora clique no botão Desfazer
6. Note que o texto perdeu a configuração anterior e não está mais azul.
7. Clique no botão Refazer
8. Perceba que o texto voltou a ficar azul.
130
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Vamos fazer um teste! Siga o passo-a-passo abaixo:
A Revisão Ortográfica do OpenOffice Writer tem como finalidade verificar se o nosso texto
não possui erros de ortografia, que normalmente são gerados por erros de digitação. Para
acessar essa funcionalidade basta irmos ao Menu Principal e clicar no ícone Verificação
Ortografia (F7):
131
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3.1: Menu de revisão ortográfica
Quando uma palavra digitada no Writer, aparecer sublinhada de vermelho, significa que
está escrita de maneira incorreta. É possível corrigi-la selecionando a palavra correta, que
no caso do exemplo é “nessa”.
Caso queira fazer uma correção sem abrir a janela de revisão ortográfica, basta clicar com
o botão esquerdo sobre a palavra e aparecerão sugestões de correção. Também é
possível adicionar palavras ao dicionário do Writer, para o caso de a palavra estar escrita
de maneira correta e o computador acusar um erro.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Recapitulando
Para fixar os conteúdos dessa unidade tente responder com suas palavras:
133
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 4: Outros
Recursos
Um começo de conversa
Muitas pessoas acham que o Open Office Writer é um software simples e que se elas
desejarem fazer um documento mais elaborado será preciso um software melhor, pago e
mais complexo feito especialmente para profissionais da área.
Contudo, o Open Office Writer é um software de Código Aberto, gratuito e altamente
sofisticado. Sendo amplamente escolhido por inúmeras instituições. O Reino Unido, por
exemplo, adota o ODF (Open Document Format) para os seus documentos oficiais.
De maneira bem geral o Writer se organiza da seguinte forma: os recursos mais básicos e
mais utilizados estão mais acessíveis e são mais simples de serem utilizados de forma
que mesmo usuários iniciantes consigam usar com facilidade esses recursos. Já os
recursos mais avançados e mais profissionais são mais difíceis de serem encontrados e
utilizados, de forma que o usuário precisa ter um pouco mais de conhecimento para usar
com êxito esses recursos. Mais simples ou não, todos os recursos estão lá, disponíveis
para todos os usuários, cabendo a esse apenas procurar, experimentar, testar e aprender
a usar com qualidade.
Objetivos da Aprendizagem
Um documento cheio de efeitos possui um aspecto mais profissional que aqueles mais
simples. Para isso o Libre Office 6.4.2 disponibiliza inúmeros recursos que vão além do
texto e permitem melhorar os aspectos dos documentos. Um exemplo simples é essa
apostila. Ela poderia ser bem menos elaborada, com os títulos em negrito e centralizado
para diferenciar do restante do texto. Contudo para dar um aspecto mais profissional são
inseridas imagens, fontes diferentes, fundos coloridos e outros detalhes. Tudo isso é feito
no mesmo Writer que vocês estão trabalhando.
134
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em busca de informação
4.1 Galeria
O Writer possui uma galeria com diversas imagens que podemos utilizar em nossos
documentos. Essa funcionalidade pode ser acessada clicando em Exibir, no Menu
Principal, e em seguida em Galeria. Ela aparecerá no canto direito da tela.
Figura 4.1: Barra lateral da Galeria
1º 2º 3º
135
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Figura 4.3: Barra lateral da Galeria
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Escreva o texto abaixo:
Animais de estimação
Os animais de estimação, também conhecidos como pets, são animais domesticados e
mantidos geralmente dentro de casa, sob a responsabilidade dos seus donos, ou
protetores. Os Pets mais populares em todo o mundo são os cães e os gatos. Embora
existam muitos outros, como roedores, aves, peixes. E também temos os menos
populares como coelhos, cobras, tartarugas e aranhas.
Formate o texto da seguinte maneira:
1. Centralize o título e o formate como negrito;
2. Utilize o sublinhado para grifar todos os animais listados;
3. Insira 4 imagens da galeria para ilustrar o texto.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.2 Inserindo e formatando imagens
O Writer pode inserir em seu documento imagens externas, sejam elas provindas do
seu computador ou da Internet. Essa funcionalidade pode ser acessada quando
clicamos no Menu Inserir, Figura, e escolhendo o botão de um arquivo.
Para alterar o tamanho da imagem, clicamos e arrastamos com o mouse em uma das
bolinhas cinza ao redor da imagem. Com isso podemos alterar livremente seu tamanho
utilizando o mouse.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Ao inserir a imagem, você pode redimensionar a imagem da mesma forma que um
clip-art. Para rotacionar a imagem, segure e arraste a bolinha verde que encontra-se
acima da imagem selecionada.
Figura 4.6: Edição de imagem
Formatação de Imagens
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Cortando Imagens
Para recortar uma imagem, clique em cima da imagem com o botão direito. Em seguida,
vá em Figura. Vai abrir uma janela como a seguinte, e clica em Recortar e altere as
dimensões pela “esquerda”, “direita” ,“superior” e “inferior”.
Pelo visualizador e as bordas que aparecem é possível ver até onde deseja que seja
cortado. Ao finalizar só clicar OK.
É Importante clicar em “Manter escala” para que a imagem não ficar distorcida e manter
sua escala original.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Ajustes de Imagem
Podemos fazer correções de brilho e nitidez, alterar a cor da imagem, colocar efeitos
artísticos, dentre outros. Para isso clique em cima da imagem e ao lado esquerdo
aparecerá as Propriedades. Haverá o seguinte menu:
Figura 4.10: Menu ajustes de imagem
Estilos de Imagem
Podemos alterar estilos com o qual a imagem está inserida, como por exemplo
colocando margens, arredondando bordas, etc. Para isso, clicando com o botão
direito, figura, bordas, é possível escolher o tipo de borda, posição, cor e a espessura
que deseja aplicar.
Figura 4.11: Menu estilos de imagem
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Organização da imagem
Neste menu, podemos organizar a imagem em conjunto com nosso texto. No botão
posição, conseguimos organizar nossa imagem de diversas formas em relação ao
texto escrito no documento.
141
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Ainda no Menu de organização da imagem, podemos quebrar o texto de forma a se
adaptar ao formato da imagem. Nosso exemplo do coala é uma imagem oval. Vamos
clicar em quebra automática de Texto e selecionar a opção “Próximo” para
exemplificar.
Figura 4.15: Posicionamento imagem
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.3 Inserindo tabelas
Para criarmos uma tabela, vamos no menu inserir na barra superior e clicamos no
botão “Inserir Tabela”. Ao clicarmos no botão, surgirá uma janela na qual é possível
colocar o nome da tabela e a quantidade de linhas e colunas, conforme a imagem
abaixo.
Figura 4.18: Inserindo tabela
Ao clicarmos dentro das células da tabela, da mesma forma que com imagens, será
aberto no menu à esquerda do programa, as “Ferramentas de Tabelas”.
Figura 4.20: Menu edição tabela
143
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Recapitulando
Para fixar os conteúdos aprendidos nessa unidade tente responder com suas palavras:
Referências Bibliográficas
• AZZI, MA. Open Office Writer. Assembleia Legislativa do estado de Minas Gerais, 2004.
Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/Apostila%20OpenOffice%20Writer.pdf
• http://aprendendofisica.pro.br/doc/OpenOffice.org_Writer_2.0.pdf
144
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Matemática
2º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Sumário
Reitor
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1: Geometria Plana 147
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 Conceitos Iniciais 148
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 Ângulos 151
Diretor da EEUFMG
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 1.3 Polígonos 156
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado 1.4 Área e Perímetro 158
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães 1.5 Quadrado 159
146
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Geometria
Plana
Um começo de conversa
A Geometria Plana corresponde a área da Matemática que estuda as figuras com duas
dimensões, isto é, aquelas que possuem altura e largura. Essas figuras são muito comuns
em nosso dia a dia e, por isso, é um assunto de grande importância. Algumas figuras
planas que aparecem em nosso dia a dia são: o quadro branco (que é um retângulo), uma
pizza (que é um círculo), a placa de “dê preferência” (que é um triângulo) etc. Dessa
forma, a Geometria Plana se encarrega de estudar e compreender o comportamento de
estruturas em um plano, a partir de conceitos iniciais como ponto, reta e plano.
Objetivos da Aprendizagem
Essa apostila tratará dos conceitos fundamentais da geometria, como o ponto, reta, plano
e espaço, bem como as características e propriedades das principais figuras planas. Será
discutido também os conceitos de área e perímetro em cada figura e alguns teoremas
matemáticos de extrema importância para resolução de problemas. Ao final da apostila,
você terá recursos suficientes para resolver as principais situações do dia a dia e estará
munido de ferramentas muito úteis para a escrita e leitura de projetos, por exemplo, seja
ele arquitetônico, mecânico ou elétrico.
147
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em busca de informações
Para que se possa começar a estudar a geometria plana é necessário que alguns
conceitos estejam bem definidos, de maneira que seja possível utilizá-los para entender
outros conceitos mais elaborados. O ponto, a reta, o plano e o espaço são noções
indispensáveis e, por isso, serão os primeiros temas tratados nesta apostila.
PONTO
• Você deseja falar para seu amigo em que local da cidade você está, para que
ele possa te encontrar. Então diz a ele que está na região da Pampulha. Apenas
com essa informação seu amigo não conseguirá te encontrar, uma vez que a
região da Pampulha há diversos lugares em que você pode estar. Para
enriquecer a informação você acrescenta que está na Avenida Antônio Carlos.
Apesar de melhorar a situação do seu amigo, ele ainda não sabe em qual parte
da Antônio Carlos que você se encontra. Por fim você adiciona que está em
frente a portaria da UFMG. Apenas com essa última informação, restringindo
sua localização a um ponto, que se torna possível para o amigo saber sua
localização real.
Conclui-se então, a partir desse experimento mental, que a maneira mais eficaz de
localizar geograficamente algo é utilizando um ponto no espaço, pois elementos que
possuem dimensões (como a área da Pampulha ou o comprimento da Avenida Antônio
Carlos) não descrevem com precisão localizações.
Uma vez que o ponto não possui dimensões, ele é algo estritamente teórico, ou seja, não
é possível ver um ponto na vida real, contudo, é comum representá-lo como um pequeno
círculo.
Representação:
148
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
RETA
As retas são conjuntos de pontos que não fazem curvas. Como é possível alinhar infinitos
pontos um do lado do outro, a reta é um elemento infinito para as duas direções.
Representação: Sua representação é dada com setas nas extremidades para indicar que
são infinitas em suas duas direções.
Figura 1.1: Representação de diferente
retas
Uma vez que as retas são formadas por pontos alinhados, é possível medir a distância
entre esses pontos. Porém, uma vez que os pontos não possuem largura, não é possível
medir a largura de uma reta. Dessa maneira, conclui-se que a reta é um elemento
unidimensional (possui apenas comprimento).
Juntando os conceitos de Reta e Ponto é possível descrever duas variações das retas: a
Semi Reta e o Segmento de Reta.
Semi Reta: possui um ponto inicial que chamamos de origem, onde a semirreta começa,
mas não possui um ponto final, ela não tem fim;
Segmento de Reta: é a parte da reta compreendida entre dois pontos, possui ponto inicial
e ponto final, tem começo e tem fim.
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PLANO
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/matematica/ponto-reta-plano-espaco.htm
Perceba agora que você poderia desenhar formas com duas dimensões (por exemplo um
quadrado). Dessa maneira, pode-se definir o plano como bidimensional, ou seja, possui
duas dimensões (comprimento e largura).
O plano é de extrema importância pois é nele que conseguimos definir todas as formas
geométricas planas que conhecemos. Entretanto, ainda há limitação quanto a sólidos
geométricos (como o cubo). Para entender melhor, faça a seguinte experiência:
• Pegue uma folha de papel e com uma caneta, desenhe um quadrado. Depois,
tente transformar esse quadrado em um cubo, adicionando profundidade ao
desenho.
Você perceberá com esse experimento que uma vez que tenta-se imprimir uma altura em
um plano (o papel), a caneta deixa de encostar no papel, pois o plano não possui a
terceira dimensão necessária.
Figura 1.4: Ilustração do experimento
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/matematica/ponto-reta-plano-espaco.htm
A partir da figura, pode-se notar que a única parte do cubo que está contida no papel é a
superfície inferior (o quadrado), enquanto que o resto do cubo permanece fora do plano.
Para os sólidos geométricos é necessário definir um outro conceito, o espaço.
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ESPAÇO
O espaço é o local onde toda a geometria do nosso curso acontece. É formado pelo
empilhamento de planos, que são colocados um sobre o outro até preencher todo o
espaço.
Uma maneira de visualizar isso é utilizando papel. Um papel pode ser entendido como
sendo um plano e, a medida que empilha-se muitos papéis ocupa-se cada vez mais
espaço.
O espaço é infinito para todas as direções e é tridimensional. Como o espaço envolve a
terceira dimensão, ele é suficiente para conter todo o cubo da figura anterior. É na terceira
dimensão que são construídas figuras que possuem largura, comprimento e profundidade.
Essas figuras vão ser discutidas de maneira mais aprofundada mais pra frente em nosso
curso.
1.2 Ângulos
Uma vez conhecido os conceitos iniciais de geometria plana, é possível utilizá-los para
definir outros conceitos, como os ângulos. O ângulo é a medida da abertura entre dois
segmentos de reta. Desse modo, existe um número que está relacionado com cada
abertura entre duas semirretas e, quanto maior a abertura, maior esse número.
A figura acima ilustra o conceito de ângulo. Percebe-se que as duas semi retas se
encontram no ponto A (vértice) e formam uma abertura. É importante notar que
independente do tamanho das semi retas, essa abertura permanece igual. Quanto a
nomenclatura usada, é usual que utilize-se pontos nomeados (nesse caso A, B e C) para
descrever o ângulo, sendo que o vértice deve ser a letra do meio e acompanhado de um
acento circunflexo.
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Uma vez que o ângulo não é uma medida de comprimento, mas sim de uma abertura, a
maneira de medi-lo é diferente da de comprimento.
Figura 1.6: Como medir um ângulo
A forma como medimos os ângulos pode ser entendido a partir da figura acima. Mantendo
a semi reta 1 parada e movendo a 2 no sentido anti-horário, a abertura fica cada vez
maior. Quando a semi reta 2 dá uma volta completa (coincidindo com a semi reta 1)
define-se que ela percorreu 360° (leia-se ° como graus). O instrumento utilizado para
medir ângulos é o transferidor.
Figura 1.7: Exemplo de transferidor
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-angulo.htm
Para utilizá-lo, coloque uma das semirretas sobre a primeira linha do transferidor, aquela
que aponta para o zero. Depois, coloque o ponto de encontro das semi retas no centro do
equipamento, que geralmente vem marcado nele. Feito isso, o ângulo a ser medido será o
número para onde a segunda semi reta aponta.
Figura 1.8: Exemplo de uso do transferidor
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-angulo.htm
Nesse caso, percebe-se que o ângulo é de 40°. O Grau é uma das maneiras de se medir
ângulos, entretanto não é a única. Outras maneiras de se medir é o radiano e o grado,
porém não iremos utilizá-los nessa apostila.
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Apesar de haver muitos ângulos, alguns são mais frequentes no nosso dia a dia e,
portanto, são considerados ângulos notáveis.
ÂNGULOS NOTÁVEIS
Um ângulo que nos rodeia a todo momento é o ângulo de 180°. Isso porque uma reta pode
ser entendida como a junção de duas semi retas a um ângulo de 180°, como mostra a
figura a seguir
Figura 1.9: Exemplo de ângulo de 180°
Devido a sua importância, ele também é conhecido como ângulo raso e pode ser usado
para resolver diversos problemas da matemática, como descobrir o valor de um ângulo
externo de um triângulo, além de outras coisas.
Exemplo: Sabendo que um dos ângulos internos do triângulo abaixo é 32°, qual será o
valor do ângulo externo referente a esse ângulo?
Para resolver esse problema basta perceber que a junção entre a linha tracejada com a
base do triângulo forma um ângulo de 180°. Sendo assim:
32°+ α° = 180°
α° = 180°-32°
α°=148°
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Outro ângulo de extrema importância é o de 90°, também conhecido como ângulo reto.
Esse ângulo é muito frequente na construção civil, em junções de duas paredes, em
móveis, dentre outros locais. Ele também é muito relevante no estudo da trigonometria,
como será visto mais à frente nessa apostila.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/angulos/
Como pode ser observado na figura, uma maneira de representá-lo é por meio de um
pequeno quadrado no local do ângulo.
Além dos ângulos já citados, outros três ângulos aparecem muito no estudo da
trigonometria. São eles: 30°,45° e 60°
Fonte: https://www.todamateria.com.br/angulos/
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ÂNGULOS COMPLEMENTARES
Fonte: https://www.todamateria.com.br/angulos/
Quando somados, 30° e 60° resultam em 90°, portanto, eles são considerados ângulos
complementares
ÂNGULOS SUPLEMENTARES
Percebe-se que quando soma-se 32° com α° resulta em 180°, portanto, α e 32° são
suplementares.
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1.3 Polígonos
Caso algum segmento de reta cruze com outro segmento de reta, a figura também não
pode ser considerada um polígono.
Sempre que for possível conectar dois pontos internos ao polígono e a linha cruzar um dos
lados, o polígono é classificado como não convexo. Caso isso não seja possível, o
polígono é classificado como convexo. Outra maneira de analisar é olhando os ângulos
internos, se todos forem menor que 180° o polígono é convexo, se pelo menos um for
maior que 180° o polígono é não convexo.
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Figura 1.17: Exemplo de polígonos convexos e não convexos
Caso o polígono tenha todos os lados e ângulos iguais, o mesmo recebe o nome de
regular. Se pelo menos um lado ou um ângulo não for igual, o mesmo é classificado
como não regular.
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Tabela 1.1: Tabela de nomenclatura dos polígonos.
Antes que possamos começar estudar cada polígono detalhadamente, é necessário que
esses dois conceitos estejam claros, pois aparecerão com frequência mais adiante. Ambos
reference a medidas que podem ser feitas em qualquer polígono, porém indicam coisas
diferentes. O perímetro é uma medida de comprimento (ou seja, 1 dimensão) e sua
unidade normalmente é cm ou m. Já a área é uma medida de um plano (ou seja, 2
dimensões) e sua unidade normalmente é cm² ou m².
PERÍMETRO
O perímetro é a medida equivalente a soma dos lados de um polígono. Portanto, se um
polígono possui 20 lados, por exemplo, seu perímetro será dado pela soma das medidas
dos 20 lados. Uma maneira de visualizar o que é o perímetro é imaginar qual deveria ser o
tamanho de um barbante de maneira que seja possível contornar, pelos lados, todo o
polígono. Esse tamanho será equivalente ao perímetro.
ÁREA
A área é o tamanho da superfície ocupada por uma figura geométrica. Seu cálculo é
mais complexo e varia de acordo com cada figura, mas os casos mais importantes serão
discutidos mais à frente. Uma maneira de visualizar o que é a área é imaginar quanto de
tinta seria necessário para pintar a figura, quanto maior a área, mais tinta deve ser usado e
vice-versa.
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1.5 Quadrado
O quadrado é um polígono convexo, regular e possui quatro lados. Por ter quatro lados,
ele é quadriláteros, porém devido a suas especificidades, nem todo quadrilátero é um
quadrado.
Figura 1.19: Exemplo de quadrado
PERÍMETRO
O perímetro do quadrado é facilmente calculado, uma vez que todos seus lados são
iguais. A fórmula é a seguinte:
Perímetro = L + L + L + L = 4 L
Perímetro = 2 + 2 + 2 + 2 = 4 x 2 = 8
ÁREA
O quadrado é o polígono em que tem a fórmula de área mais simples. Sua fórmula é a
seguinte:
Área = L x L = L²
Área = 2 x 2 = 2² = 4
159
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PROPRIEDADES
1.6 Retângulo
O retângulo é um polígono convexo e possui quatro lados. Por ter quatro lados, ele é
quadrilátero , porém, devido às suas especificidades, nem todo quadrilátero é um retângulo.
Sua principal diferença do quadrado é que ele pode ter os lados diferentes uns dos outros e,
caso os lados sejam iguais, ele também é um quadro e um retângulo ao mesmo tempo.
Percebe-se, então, que todo quadrado é um retângulo, porém nem todo retângulo é um
quadrado.
PERÍMETRO
O perímetro será a soma de todos os lados, porém, como os lados aparecem em pares,
pode-se escrever a fórmula de perímetro da seguinte maneira:
160
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ÁREA
Área = b x h
Perceba de novo que, caso “b” seja igual a “h” a fórmula de área será igual a do quadrado.
PROPRIEDADES
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1.7 Triângulos
Os triângulos são figuras geométricas que possuem três lados e três ângulos internos. Os
lados são segmentos de retas unidos nos vértices, como mostra a figura a seguir:
CLASSIFICAÇÃO
Os triângulos são classificados quanto aos lados em: triângulo equilátero, isósceles e
escaleno:
• Triângulo Equilátero: triângulo com todos os lados e ângulos internos de mesma
medida;
• Triângulo Isósceles: triângulo que possui dois lados e dois ângulos internos com
medidas iguais;
• Triângulo Escaleno: triângulo em que todas as medidas são diferentes;
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Os triângulos também são classificados quanto aos ângulos internos em: triângulo
retângulo, obtusângulo e acutângulo.
•Triângulo Retângulo: triângulo que possui um ângulo interno de 90°;
•Triângulo Obtusângulo: triângulo que possui um ângulo interno maior que 90°;
•Triângulo Acutângulo: triângulo que todos os ângulos internos são menores que 90°.
PERÍMETRO
Para calcular o perímetro de um triângulo, basta somar todas as medidas de seus lados,
como mostra a figura abaixo:
Exemplo:
PERÍMETRO = 3 + 3 + 10 = 16
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ÁREA
Para calcular a área de um triângulo, devemos multiplicar a altura do triângulo pela sua
base, como podemos ver na figura a seguir:
PROPRIEDADES GERAIS
Apesar de existir diferentes tipos de triângulos, existem propriedades que são comuns a
todos eles:
• A base pode ser definida como qualquer um dos lados de um triângulo para efeito de
cálculo da área do mesmo;
• A altura representa uma reta perpendicular à base que caminha até o vértice oposto;
164
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• A soma dos ângulos internos de um triângulo sempre resultam em 180º;
Para que possamos estudar algumas propriedades que são exclusivas do Triângulo
Retângulo, iremos adentrar um pouco em uma área da Matemática que estuda as relações
de proporcionalidade envolvendo os lados e ângulos desse triângulo, a Trigonometria.
Por meio do estudo da Trigonometria, pode-se calcular medidas dos lados e ângulos de
um triângulo, com essas ferramentas e a ajuda de teoremas e estudos, você será capaz
de calcular distâncias inacessíveis, como a altura de um prédio, distância entre dois rios, o
raio da terra, largura de uma represa, entre outras.
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Em outra unidade será tratado de forma mais completa esse tema, contudo, é necessário
ter o entendimento de algumas palavras que são utilizadas para descrever os lados do
triângulo retângulo, como cateto adjacente, cateto oposto e hipotenusa.
•A hipotenusa é sempre o lado oposto ao ângulo de 90°, ela é o maior lado do triângulo
retângulo;
•O cateto adjacente é sempre o lado que está em contato com o ângulo de referência,
formando-o;
•O cateto oposto é sempre o lado que não está em contato com o ângulo de referência,
mas sim, opõe-se a ele.
CASO 1:
CASO 2:
166
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1.9 Teorema de Pitágoras
Os estudos trigonométricos possuem uma relação muito importante com o Teorema de
Pitágoras, sendo um dos assuntos mais aplicados na matemática, principalmente em
problemas envolvendo Geometria. O teorema recebeu esse nome em homenagem a
Pitágoras, um grande estudioso da Matemática e da Filosofia que viveu no período da
Grécia Antiga.
O Teorema de Pitágoras permite descobrir a medida desconhecida de um dos lados de um
triângulo retângulo quando já se conhece a medida dos outros dois lados dele.
Assim, o Teorema de Pitágoras afirma que, em um triângulo retângulo, o quadrado da
medida da hipotenusa é igual a soma dos quadrados das medidas dos catetos. A partir da
imagem a seguir, esse teorema pode ser descrito com uma fórmula geral:
167
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1.10 Teorema de Tales
Teorema de Tales é um dos mais antigos teoremas da matemática, atribuído ao filósofo,
matemático, engenheiro e astrônomo grego Tales de Mileto. Ademais, esse teorema diz
que um feixe de retas paralelas determina em duas transversais segmentos proporcionais.
Desse modo, para entender esse teorema precisamos falar um pouco sobre as retas
paralelas e transversais.
Retas Paralelas: Retas paralela são retas que não possuem pontos em comum, sendo
assim elas nunca se encontrarão (nunca terão um ponto em comum), lembrem-se que as
retas são infinitas. Ademais, quando temos um conjunto com mais de duas retas paralelas,
formamos um feixe de retas paralelas. Por fim, um feixe de retas paralelas bem comum
são as linhas dos cadernos que usamos diariamente.
Figura 1.36: Feixe de retas paralelas Figura 1.37: Feixe de retas paralelas cortada por uma transversal
Retas Transversais: Retas transversais são retas que possuem apenas um ponto em
comum com outra reta. Nesse sentido, na figura a seguir a reta v é transversal a r, s, t e u.
Assim, no Teorema de Tales uma reta transversal ao feixe, intercepta todas as retas
paralelas do conjunto.
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Figura 1.38: Feixe de retas paralelas cortadas por duas transversais
OBS: Fiquem atentos a ordem em que se expressa as divisões, pois a/b não é
proporcional a y/x.
Vamos explicitar essas proporções na figura a seguir:
A figura acima ilustra bem a propriedades do teorema de tales, e apesar de estar fora de
proporção ainda conseguimos observar a semelhança dos segmentos.
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Exemplo 1: Calcule o valor de x, no feixe de retas paralelas cortado por duas transversais
abaixo:
Figura 1.40: Feixe de retas paralelas cortado por duas transversais
Desse modo, uma das maneiras de resolver esse problema é estabelecendo as seguintes
proporções.
Exemplo 2: Nos meses de junho e julho de 2014, o Brasil sediou a Copa do Mundo FIFA.
Para esse evento, o governo federal realizou uma série de obras. Entre elas, o
asfaltamento das ruas ao redor dos estádios. A figura a seguir representa as ruas a e b
que foram asfaltadas. Sabendo que as retas r, s e t são paralelas e que as medidas das
ruas estão em quilômetros, determine o valor de x.
Figura 1.41: Desenho de Estádio de Futebol
Fonte: http://es.hellokids.com/c_21213/dibujos-para-colorear/deportes/futbol/estadio-de-futbol
Para resolver esse problema, podemos observar que se trata da aplicação do teorema de
tales, dessa forma vamos reescrever a figura pra ficar mais claro.
170
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Figura 1.42: Feixe de retas paralelas cortado por duas transversais
Km
Assim, chegamos ao resultado do problema e não se esqueça da unidade de medida.
Dessa maneira, pegue o triângulo da esquerda e trace algumas retas, desse modo
poderemos ver claramente a aplicação do teorema e as proporções entre os segmentos.
Observação: Os triângulos não precisam ter os lados iguais (serem equiláteros) para o
teorema ser válido.
171
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Exemplo 1: Determine o valor de x, na seguinte figura, sabendo que o segmento BC é
paralelo ao segmento r.
Assim, descobrimos que x=6,75. Por fim, vale lembrar que essa é apenas uma das formas
de chegar ao resultado, já que é possível estabelecer outras proporções.
Exemplo 2: Os raios de sol chegam à Terra paralelos. Sabendo disso e com auxílio da
figura abaixo, calcule a altura do poste.
Fonte:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_ufpr
_mat_pdp_almir_massuquetto.pdf
172
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Esse problema entra em assuntos como semelhança de triângulo e aplicação do teorema
de tales no triângulo. Assim, o problema é apresentado de outra forma na figura abaixo.
Figura 1.46: Triângulo Retângulo
Assim, podemos observar que o triângulo maior é semelhante ao triângulo menor, ou seja
as proporções entre seus lados são iguais. Desse modo, analogamente aos problemas
anteriores podemos concluir que:
173
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1.11 Circunferência e Círculo
Agora vamos ver um pouca das figuras geométricas planas com formatos arredondados,
os círculos e as circunferências. Primeiramente, vamos destacar que essas figuras não
são consideradas polígonos, pois não são formadas por linhas retas. Prosseguindo,
apesar de parecerem sinônimos esses nomes se referem a figuras diferentes. Assim,
quando falamos em circunferência nos referimos apenas aos pontos externos da figura,
enquanto círculos nos referimos aos pontos externos e internos. Além disso, uma
circunferência seria um aro da bicicleta e o círculo uma pizza. Portanto, podemos dizer
que a circunferência está dentro do círculo e que em oposição a circunferência o círculo
tem área. Figura 1.47: Aro e Pizza
Fonte: http://www.moemabike.com.br/list_produtos.php?aux=mar&categoria=16&marca=189 e
https://espanol.peterpiperpizza.com/menu
Definição de Circunferência: Primeiramente, marque um ponto, que vamos chamá-lo de
centro, em seguida destacamos todos os pontos com a mesma distância r do centro da
figura, pronto temos uma circunferência. Além disso, vale lembrar que, quando falamos em
circunferência estamos nos referindo apenas a "borda" (ao conjunto de pontos em volta)
da figura, pois diferentemente de um círculo ela não tem área.
Figura 1.48: Circunferência, centro e Raio
Raio Medida que informa a distância entre o centro e um ponto qualquer da circunferência.
Diâmetro Medida relativa a duas vezes o raio da circunferência. Além disso, ela é a maior
medida possível no interior da circunferência, precisa passar pelo centro e toca os pontos
mais distantes no seu interior. A imagem abaixo ilustra bem as duas definições.
Figura 1.49 : Circunferência, Raio e Diâmetro
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Perímetro
Perímetro de um círculo ou comprimento é a medida do tamanho do contorno da figura.
Sua medida é dada pela fórmula a seguir:
C : comprimento ou perímetros
π : constante matemática PI, vale aproximadamente (3,141592...)
r : raio da circunferência
Área
A área de um círculo é calculada pela fórmula.
A: área
π: constante matemática PI, vale aproximadamente (3,141592...)
r: raio da circunferência
Número PI (π )
O número PI é a mais antiga constante matemática conhecida pelo homem e sua
pronúncia deriva da palavra grega “perímetro”. Ademais, calculada pela primeira vez por
Arquimedes é um número irracional, com infinitas casas decimais e não periódico. Além
disso, é uma das constantes mais usadas na matemática, pois auxilia muito no cálculo de
grandezas da circunferência, círculo e esfera. Por fim, para defini-la precisamos apenas
dividir o comprimento (perímetro) de qualquer circunferência pelo seu diâmetro
correspondente. Figura 1.50: Definição de PI
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Colocando o conhecimento em prática
1. Calcule o valor de x
a) b)
c)
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5) Joaquim planeja cercar e gramar uma área quadrada que herdou de seus avós. Para
construir a cerca, gastará R$ 73,00 por metro e, para plantar a grama, gastará R$ 39,90
por metro quadrado. Sabendo que o lote de Joaquim possui lado igual a 250 metros,
quanto ele gastará para gramá-lo e cercá-lo?
a) R$ 100.000,00
b) b) R$ 20.000,00
c) c) R$ 73.000,00
d) R$ 2.493.750,00
e) R$ 2.566.750,00
8) Qual é o comprimento de um retângulo cuja largura mede 118 metros e a área total é de
472 m2?
9) Para o reflorestamento de uma área, deve-se cercar totalmente com tela os lados de
um terreno, exceto o lado margeado pelo rio, conforme a figura. Cada rolo de tela que será
comprado para confecção da cerca contém 48 metros de comprimento.
A quantidade mínima de rolos que deve ser comprada para cercar esse terreno é:
a) 6 b) 7 c) 8 d) 11 e) 12
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10) (Fac. Cultura Inglesa SP/2015) Uma pessoa possui um quarto retangular com 5 m de
largura por 6 m de comprimento e quer utilizar parte da área do quarto para fazer um
closet (pequeno cômodo usado como quarto de vestir), também retangular conforme
mostra a figura.
Sabendo que y corresponde a 1/4 do comprimento do quarto, para que a área do closet
seja de 4,5 m2, a largura x, em metros, deverá ser de:
a) 2,0. b) 2,5. c) 3,0. d) 3,5. e) 4,0.
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13) Ufpe 96-Adaptada) Considere um triângulo equilátero de lado como mostra a figura a
seguir. Unindo-se os pontos médios dos seus lados obtemos 4 novos triângulos.
a) 5l / 2
b) l
c) 3
d) l/2
e) 3l / 2
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15) Classifique os triângulos da imagem abaixo quanto aos seus ângulos internos:
17) João quer utilizar o fundo de uma caixa de sapato para construir dois triângulos iguais
para brincar. Sabendo que a caixa possui as seguintes medidas (em metros) :
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18) Deseja-se cercar uma floresta, onde será criada uma área de preservação ambiental,
com forma triangular, como mostra a figura abaixo:
19) (Fuvest-SP) Três terrenos têm frente para a rua A e para a rua B, como na figura. As
divisas laterais são perpendiculares à rua A. Qual a medida de frente para a rua B de cada
lote, respectivamente, sabendo que a frente total para essa rua tem 180 m?
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20) Calcule o valor de x, sabendo que as retas “e” “f” e “a” são paralelas.
a) 33
b) 39
c) 32
d) 35
e) 37,5
22) (Fuvest–SP) A sombra de um poste vertical, projetada pelo sol sobre um chão plano,
mede 12 m. Nesse mesmo instante a sombra de um bastão vertical de 1 m de altura mede
0,6 m. Qual a altura do poste?
a) 20 b) 22 c) 24 d) 26 e) 28
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23) (Cefet) O jardineiro Sr. Artur fez um canteiro triangular composto por folhagens e flores
onde as divisões são todas paralelas à base.
a) 30 cm e 50 cm.
b) 28 cm e 56 cm.
c) 50 cm e 30 cm.
d) 56 cm e 28 cm.
e) 40 cm e 20 cm.
24) A respeito das definições de círculo e circunferência e dos elementos dessas duas
figuras geométricas, assinale a alternativa correta.
a) As palavras “círculo” e “circunferência” são sinônimas, pois representam o mesmo
objeto.
b) Um círculo e uma circunferência diferem apenas pelo comprimento.
c) Um círculo e uma circunferência que possuem o mesmo raio também possuem o
mesmo comprimento.
d) O círculo é uma figura geométrica plana formada por todos os pontos cuja distância até
um ponto fixo, chamado de centro, é igual a uma constante chamada de raio.
e) A circunferência é uma figura geométrica plana formada por todos os pontos cuja
distância até um ponto fixo, chamado de centro, é menor que uma constante chamada de
raio.
25) Um círculo e um retângulo possuem mesma área. Sabendo que o retângulo possui
base igual a 100 cm e altura igual a 314 cm, qual é o raio do círculo (considere =3,14) ?
a) 10 cm b) 25 cm c) 50 cm d) 75 cm e) 100 cm
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26) Em um motor há duas polias ligadas por uma correia, de acordo com o esquema
abaixo.
Se cada polia tem raio de 10 cm e a distância entre seus centros é de 30 cm, qual das
medidas abaixo mais se aproxima do comprimento da correia?
a) 122,8 cm b) 102,4 cm c) 92,8 cm d) 50 cm e) 32,4 cm
27) Um marceneiro recebeu uma encomenda de uma mesa redonda que deve acomodar 8
pessoas com um espaço de 60 cm para cada pessoa. Calcule, aproximadamente, o
diâmetro que a mesa deve ter (considere =3,14).
28) Considerando que uma pizza tradicional grande possui 35 cm de raio e uma pizza
tradicional pequena apresenta 25 cm, determine a diferença entre a área das duas pizzas
(considere =3,14) ?
a) 450·π cm b) 500·π cm c) 650·π cm d) 600·π cm e) 700·π cm
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Gabarito
19) Letra B.
1) a) 57° b) 65° c) 128°
20) Letra E
2) Letra E
21) Letra B
3)
22) Letra A
a) Área = 25 e Perímetro = 20
b) Área = 64 e Perímetro = 32
23) Letra D
c) Área = 12,25 e Perímetro = 14
d) Área = 16 e Perímetro = 16
24) Letra C
e) Área = 1 e Perímetro = 4
25) Letra E
4) Letra C
26) Letra A
5) Letra E
27) Letra B
6) Área = 1710
28) Letra D
7) Perímetro = 74
8) Comprimento = 4
9) 8 rolos
10) Letra C
13) Letra E
14) Letra A
185
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2019
Unidade 2: Escala
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
A escala já é algo conhecido, pelo menos de vista, por nós. Em algum mapa ou em algum
projeto ela já passou por nossas vidas. Seja medindo a distância entre duas cidades no
mapa para descobrirmos a distância em km entre elas, ou medindo o tamanho de uma
parede em alguma planta para conseguirmos localizar onde será feito algum trabalho. O
nosso objetivo ao estudar escalas é ser capaz de planejar projetos grandes em desenhos
menores estabelecendo uma relação de proporção entre eles.
186
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em busca de informações
Escala é igual ao número que expressa o comprimento no desenho dividido pelo número
que expressa o comprimento real
187
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Para explicar como é a leitura de uma escala vamos considerar como exemplo a escala
1:40. Lemos que 1 cm no papel corresponde a 40 cm reais, ou 1 mm no papel
corresponde a 40 mm reais; e assim funcionará com qualquer outra unidade de medida de
comprimento que acharmos mais conveniente para fazermos a leitura da escala.
Existem duas formas de representação de escalas:
1) Escala numérica: escrita na forma de fração. Podemos escrever de três maneiras
diferentes, como mostra o exemplo abaixo:
1250.000 ou 1 : 250.000 ou 1 / 250.000
Perceba que na escala numérica sempre deixamos o numerador igual a 1 para facilitar o
entendimento e cálculos.
1) Escala gráfica: representada por uma linha reta graduada, lembrando uma régua.
188
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Exemplo 3:
Em um mapa, mediu-se 5,5 cm a distância entre Brasília e João Pessoa. A escala do
mapa é 131.000.000. Qual a distância real em km entre as duas cidades?
Pela escala, sabemos que 1cm no desenho representa 31.000.000 cm reais ou 310 km, se
fizermos a conversão de cm para km. Logo, 5,5 cm no desenho correspondem a (5,5 x
310) km = 1.705 km. Então a distância real entre as duas cidades em km é de 1.705 km.
Exemplo 4:
O aluno do CIPMOI Sandro mora a 14 km de distância da UFMG. Em um mapa de escala
1 : 50.000 qual é a distância entre a casa de Sandro e a UFMG?
Utilizamos, geralmente, para medir distâncias em mapas o centímetro como unidade de
medida. Sendo assim, vamos transformar 14 km em centímetros e teremos 1.400.000 cm
de distância real entre a casa e a universidade. Pela escala, sabemos que a cada 1 cm no
desenho temos 50.000 cm reais, então para 1.400.000 cm reais temos (1.400.000 :
50.000) cm = 28 cm no desenho. A distância no mapa entre a casa e a universidade é de
28 cm.
189
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.4 Aplicação em grupo
Para o engenheiro fazer esse desenho em uma folha de papel, deixando uma margem de 1 cm
em relação às bordas da folha, quais as dimensões mínimas, em centímetro, que essa
folha deverá ter?
A) 2,9 cm x 3,4 cm
B) 3,9 cm x 4,4 cm
C) 20 cm x 25 cm
D) 21 cm x 26 cm
E) 192 cm x 242 cm
3) Um mapa foi desenhado utilizando a escala abaixo:
Nele, a distância entre as cidades de São Paulo e Porto Alegre, em linha reta, é de 2 cm. Qual a
distância entre essas duas cidades em um mapa que apresenta a escala 1 : 20.000.000?
190
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Gabarito
a. 5850 cm
b. 0,26 cm e 0,35 cm
c. 7,2 m e 31 m
2. D
3. 1:20000
4. Sim
5. D
6. 4,4 cm
Referências Bibliográficas
191
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Tecnologia da Soldagem
3º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Sumário Geral
Vice-reitor
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
LarissaCoelho
Matheus Pires
Túlio Duarte
Objetivos da Aprendizagem
As disciplinas aqui tratadas tem como objetivo dar todo o suporte do conhecimento básico
para sua utilização nas matérias técnicas, além do conteúdo básico nos tratamos com
disciplinas de formação complementar que consideramos fundamentais para sua formação
como profissional - independente da área de atuação- sendo eles os conteúdos de
Informática e Comunicação e Relações Humanas que vão contribuir tanto para sua vida
profissional quanto pessoal!
Esperamos que esse conteúdo seja muito útil ao longo do seu aprendizado e
desenvolvimento!
Bons estudos!
Todas as sugestões para melhora desse material são muito bem vindas, para dar
sugestões procure pelo instrutor responsável pela matéria ou deixe sua opinião na
secretaria do CIPMOI.
Estruturação
Este livro faz parte de uma sequencia de quatro apostilas complementares que buscam
dar sequencia as unidades introduzidas ao longo dos quatro bimestres, por cada uma das
matérias lecionadas no curso, tendo cada uma delas temas relevantes para a sua
aprendizagem. Estas unidades são chamadas Unidades Temáticas. Os assuntos ou temas
das unidades podem estar relacionados entre si e cada uma delas tem começo, meio e fim
e ocupa, aproximadamente, de 16 a 20 paginas do livro-texto. Todas as Unidades
Temáticas tem a mesma estrutura editorial interna. Dada a importância dessa forma de
organização da Unidade, você encontra a seguir uma apresentação explicativa dessa
estrutura.
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1: Brasagem 7
Prof. Alessandro Fernandes Moreira 1.1 Fundamentos 8
1.2 Vantagens 9
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
1.3 Desvantagens 9
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.4 Equipamentos 10
Diretor da EEUFMG 1.5 Consumíveis 11
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 1.6 Técnica operatória 12
1.7 Aplicações industriais 13
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado Unidade 2: Soldagem a laser 14
17
Coordenação Geral 2.1 Fundamentos
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães 2.2 Vantagens 17
2.3 Desvantagens 17
Supervisão de área 2.4 Equipamentos 17
2.5 Consumíveis 18
Prof. Alexandre Queiroz Bracarense 18
2.6 Técnica operatória
2.7 Aplicações industriais 18
Carolina Martins Abreu
6
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Brasagem
Um começo de conversa
7
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Objetivo de aprendizagem
Em busca de informações
1.1 Fundamentos
A Brasagem é um processo de união que depende muito da capilaridade do metal de
adição quando ele está na fase líquida, para que o processo de preenchimento do espaço
entre as peças seja bem feito e o metal se una às duas peças é necessário que a
superfície entre elas esteja limpa, livre de óleos, poeira e outras impurezas, essa limpeza
pode ser feita utilizando produtos químicos ou de forma mecânica como é o caso do
esmerilhamento.
A proteção do processo é outro item fundamental para se ter um bom resultado, assim
como nos processos anteriores de soldagem visto ao longo do curso. Para proteção do
metal pode ser utilizados fluxos, atmosferas protetoras ou sem atmosfera: a vácuo.
Quando a proteção é feito por atmosferas protetoras é possível o uso de gases ativos,
inertes ou o vácuo. Esse procedimento tira a necessidade de limpeza após a operação,
pois a formação de óxido será mínima.
No caso em que a proteção é feita pelo uso de fluxo, os óxidos formados após a limpeza
serão dissolvidos no fluxo e expulsos da juntos para a periferia da junta durante a
8
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
deposição do metal de adição, os óxidos e o fluxo que foram expulsos da junta serão
removidos durante o processo de limpeza. Esse fenômeno de expulsão acontece, pois o
metal de adição tem maior fluidez e acaba empurrando o fluxo que leva consigo os óxidos
que tiverem sido formados, na figura 2 é possível notar essa região com fluxo ao longo das
bordas da junta.
Figura 1.2: Brasagem usando fluxo em pó e oxi-gás como fonte de calor.
1.2 Vantagens
• Equipamento simples e de fácil manuseio;
• Usa baixas temperaturas, requer menor calor;
• Metal de adição fica com pouca tensão residual e ductilidade após solidificar
possibilitando usinagem da peça;
• Material de base continua com suas propriedades;
• A peça apresenta boa resistência mecânica para várias aplicações;
• Junta dois materiais com pontos de fusão diferentes;
• Pode unir materiais frágeis.
1.3 Desvantagens
• Equipamento simples e de fácil manuseio;
• Usa baixas temperaturas, requer menor calor;
• Metal de adição fica com pouca tensão residual e ductilidade após solidificar
possibilitando usinagem da peça;
• Material de base continua com suas propriedades;
• A peça apresenta boa resistência mecânica para várias aplicações;
• Junta dois materiais com pontos de fusão diferentes;
• Pode unir materiais frágeis.
• A peça toda deve ser aquecida.
9
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.4 Equipamentos
Brasagem em forno: forno a gás, a óleo ou elétrico (mais utilizado), podem ter atmosfera
controlada ou serem a vácuo. Muito usado quando o metal de adição pode ser colocado
previamente na junta, pode usar atmosfera controlada, é aplicável em grande escala
(Correia, 2017).
Brasagem por indução: fonte de energia elétrica e de uma bobina de indução, podem ter
refrigeração a água e sua geometria deve ser capaz de envolver a peça inteira.
Normalmente o metal de adição é colocado previamente no junta e a proteção é feita por
fluxo;
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Brasagem por resistência: 1. semelhante a soldagem por resistência, utiliza
transformador, eletrodos de solda, porta eletrodos. O calor é obtido por efeito Joule (perda
de calor devido a passagem de corrente por uma resistência). Suas características vão
depender da forma, dimensão de material da peça. 2. utilizando eletrodos de carvão com
aquecimentos por corrente elétrica que passa do eletrodo para a peça. A proteção também
é feita por fluxo ou atmosfera protetora;
Brasagem por imersão em metal fundido: utiliza um forno para pré-aquecer as peças e
um cadinho para o metal de adição líquido, as peças são imersas no metal de adição
(Correia, 2017);
Brasagem por imersão em banho químico: a peça com metal de adição é imersa em
fluxo fundido e aquecido por resistência elétrica (Correia, 2017);
Brasagem por infravermelho: utiliza lâmpadas de quartzo de alta intensidade, pode usar
refletores para aumentar a concentração da radiação na junta. A proteção pode ser feita
por fluxo.
• Arame;
• Fluxo;
1.5 Consumíveis
Entre os materiais utilizados na Brasagem aqueles que estão sujeitos ao desgaste e
consumo ao longo do processo, fora os consumíveis gastos para cada tipo de fonte de
calor) são os:
• Arames;
• Fluxos, podem ser compostos de cloretos, fluoretos, fluoboratos, boratos, boórax, ácido
bórico, agentes umectantes e água, eles podem se apresentar na seguintes formas:
• Pó - pasta pode ser diluída e aplicada com um pincel na peça;
• Pó - pasta usada para submergir o arame/vareta aquecido;
• Vareta - são revestidas com a pasta, que penetra assim que a vareta é fundida..
• Gases para atmosfera protetora
11
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
• Molhabilidade: capacidade de expansão espontânea (se espalhar) na fase líquida
sobre uma superfície sólida;
• Boa fluidez para assumir o lugar do fluxo na junta
• Propriedades mecânicas compatíveis com a aplicação (resistência, tenacidade).
Naturalmente os metais formam óxidos quando interagem com a atmosfera (não
protetora), principalmente quando o metal está na fase líquida, prejudicando a qualidade
da soldagem e brasagem. Para evitar a formação de óxidos e facilidade de expulsão dos
mesmos durante a brasagem são utilizado os fluxos, existem vários tipos de fluxos que
serão adequados para cada aplicação. Contudo eles devem apresentar características
gerais:
• Viscosidade na temperatura de operação, vai ajudar com que ele ceda lugar para o
metal de adição no centro da junta;
• Baixa tensão superficial, para facilitar a molhabilidade (espalhamento) do metal de
base e o deslocamento do metal de adição para dentro da junta.
Figuras 1.5: (a) Brasagem usando fluxo em pó (b) oxi-gás como fonte de calor.
12
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.7 Aplicações Industriais
A brasagem é usada em três aplicações principais na indústria:
Recapitulando
13
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Para saber mais
14
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2: Soldagem a
Laser
Um começo de conversa
15
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.2: Soldagem a Laser
Fonte: https://www.thefabricator.com/article/laserwelding/a-business-case-for-laser-welding-in-the-job-shop
Acesso em: 05/2020
Objetivo de aprendizagem
O LASER é uma sigla do inglês, que significa Light Amplification by Stimulated Emission of
Radiation, que, traduzindo, é a amplificação da luz através da emissão estimulada da
radiação. Sendo assim, o Laser é uma radiação concentrada produzida por um dispositivo.
Essa emissão de radiação ocorre quando os átomos de certos elementos químicos de
uma estrutura recebem alta quantidade de energia externa, capaz de os deixarem em um
estado excitado. Para liberar essa grande quantidade de energia recebida, essa estrutura
libera energia para o meio através de luz, que é dissipada através da luz. A Figura 3 ilustra
o processo de soldagem a Laser:
Figura 2.3: Ilustração da soldagem a Laser
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-6-Formacao-do-cordao-de-SL-Fonte-Ribolla-Damoulis-
Batalha-2004_fig1_34416350 Acesso em: 05/2020
16
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em busca de informação
2.1 Fundamentos
O Laser é uma fonte de energia que pode ser utilizada para fundir, furar e vaporizar
parcialmente o metal de base. Então, o Laser é uma ferramenta versátil e eficaz para ser
utilizada na fabricação de peças de diferentes geometrias, que incluem peças simples e
complexas. Além disso, podem ser utilizadas em diversos materiais, espessuras e de
materiais iguais ou diferentes, em alta velocidade. Como o Laser é muito concentrado, o
calor fica concentrado na região desejada e os efeitos térmicos são reduzidos, como o da
ZTA e de distorções térmicas (empenamento).
2.2 Vantagens
• Alta precisão;
• Soldagem autógena;
• Alta produtividade;
2.3 Desvantagens
• Alto custo e complexidade do equipamento;
• Problemas devido a refletividade de superfícies, que podem causar danos nos
componentes ópticos do equipamento;
• Dificuldade para mudar-se o ponto focal;
• Baixa potência do equipamento – por isso, é limitado a pequenas espessuras;
2.4 Equipamentos
Os equipamentos desse processo incluem a fonte de energia e seus componentes
eletrônicos de controle, juntamente com seu sistema de refrigeração. Existem dois tipos de
Lasers que são usados para soldagem e corte: o de CO2 e o de Nd:YAG (“Neodymiun –
Yttrium Aluminum Garnet”). Lasers de CO2 necessitam de entrada contínua desse gás no
sistema e alta tensão na fonte para gerar o Laser. Já o Laser Nd:YAG é usado em
aplicações que exigem menores temperaturas, e seu equipamento consome menos
energia elétrica que o Laser de CO2.
17
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.5 Consumíveis
• Gás CO2 para o Laser desse tipo;
• Uso de O2 para o corte a Laser em aços;
• Uso de Nitrogênio para o corte a Laser em metais não ferrosos.
18
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.5: Uso de um robô para se realizar o corte a Laser
Fonte: https://www.messer-cs.com/pt/br/processos/corte-a-laser/corte-a-laser-em-chanfro/cabecote-de-
chanfro-a-laser/ Acesso em:05/2020
Recapitulando
Esse processo de soldagem utiliza a energia de uma luz concentrada de alta potência, que
na verdade, é uma radiação emitida e controlada. Esse processo é autógeno e é capaz de
gerar soldas de excelente qualidade metalúrgica e de acabamento. Além disso, o processo
pode ser utilizado em diferentes tipos de materiais, além da possibilidade de ser usado
para cortar peças metálicas e gravar nomes ou desenhos em peças metálicas também.
Seu principal problema é o alto custo do equipamento e a limitação da espessura das
chapas a serem soldadas e cortadas.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 3: Soldagem a
feixe de elétrons
Um começo de conversa
A soldagem por feixe de elétrons é um processo de alta intensidade, pois gera uma grande
quantidade de energia em um curto espaço de tempo e em espaços estreitos, capaz de
ser aplicado a diferentes tipos de metais, juntas e espessuras. O processo é de alto custo
e exige o vácuo como o meio de proteção do ar ambiente e para direcionamento correto
do feixe de elétrons. A Figura 3.1 mostra a aplicação desse processo.
Figura 3.1: Soldagem por feixe de elétrons
Objetivo de aprendizagem
A soldagem por feixe de elétrons (EBW – Electron beam welding) foi desenvolvida
juntamente com a técnica do vácuo, no início da época de construções nucleares (anos
50), quando precisou-se soldar materiais que tem características reativas como o titânio e
zircônio, e encontraram diversos problemas, como a oxidação. A fonte de calor desse
processo de soldagem são elétrons que são acelerados a velocidades muito altas, de 30%
a 70 % da velocidade da luz. Essa energia cinética dos elétrons é transformada em calor
ao chocarem com a superfície metálica das peças a serem soldadas, gerando grande
quantidade de calor, que em grande quantidade, é capaz de fundir os metais. Já o vácuo
para a soldagem, é uma região com muita pouca matéria, ou seja, um local que não tem
nenhum tipo de elemento químico, seja oxigênio, nitrogênio, argônio, ou
20
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
qualquer outro elemento químico presente no ar. Um vácuo perfeito seria um local que não
tem nada, o que é impossível fisicamente. O vácuo necessário pare realizar-se esse
processo de soldagem é quantificado em torno de 0,13 a 133 mPa.
Em busca de informação
3.1 Fundamentos
3.2 Vantagens
3.3 Desvantagens
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.4 Equipamentos
3.5 Consumíveis
22
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
23
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 4: Soldagem
Subaquática
Um começo de conversa
Afinal como são feitos os reparos de trincas nas turbinas dos grandes navios? Como são
feitos os reparos nas tubulações e estruturas presentes em alto mar? Bem, à primeira vista
essas questões despertam certa curiosidade. Nesse capitulo iremos falar sobre processos
de soldagem realizados em situações em que o metal a ser soldado se encontra
submersos por agua.
Objetivo de aprendizagem
Em busca de informação
4.1 Fundamentos
A soldagem subaquática tem grande importância em aplicações em alto mar. Muitas vezes
os lugares onde a solda deve ser realizada estão a 10m, 100m, 300m ou até mais metros
abaixo do nível do mar, como consequência das altas profundidades ocorre também o
aumento da pressão, esta é uma variável importantíssima nos processos de soldagem
subaquática como veremos a seguir. Processos de soldagem realizados em ambientes
com alta pressão, como no fundo do mar, são denominados de soldagem hiperbárica. A
soldagem hiperbárica pode ser dividida em dois métodos: Soldagem hiperbárica a seco e
soldagem hiperbárica a húmido.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.2 Soldagem hiperbárica a seco
Nesse tipo de processo, tanto a região a ser soldada quanto o soldador não estão em
contato direto com a água. Isso ocorre porque o processo de soldagem é realizado dentro
de uma câmara metálica, geralmente de aço, em que toda a água é retirada adicionando-
se ar ou outra mistura de gases adequados ao processo de soldagem e a pressão no
local. A câmara é dimensionada de acordo com a geometria do local a ser soldado e
também com a necessidade de espaço para realização do procedimento.
Figura 4.1: Ilustração do processo de soldagem subaquática dentro da câmara de proteção.
Nem sempre é viável realizar o processo de soldagem a seco, visto que tal processo é
extremamente caro e depende das condições da estrutura a qual se quer soldar, portanto
partir da década de 70 foram desenvolvidos processos que permitissem soldar sem que se
tenha a necessidade de uma câmara pra separar a aguada da região de soldagem.
25
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 4.2: processo de soldagem hiperbárica a úmido
Dois dos principais contaminantes são oxigênio e nitrogênio, que estão presentes em
abundancia na forma de gases na atmosfera. Dentro da agua também há oxigênio e
hidrogênio. Na verdade, uma molécula de agua é formada por dois átomos de hidrogênio
e um de oxigênio, ligados conforme a figura 3.
Figura 4.3: Molécula de agua
Fonte: https://www.shutterstock.com/video/clip-29270107-big-h2o-water-molecule-isolated-on-
white?irgwc=1&utm_medium=Affiliate&utm_campaign=Admitad%20Shutterstock%20Coupons&utm_source=
1247623&utm_term=4e9e670e6362c5899a69b71fc19346b9 Acesso em: 05/2020
26
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 4.4: Dissociação da agua em hidrogênio e oxigênio
Fonte: https://www.shutterstock.com/video/clip-29270107-big-h2o-water-molecule-isolated-on-
white?irgwc=1&utm_medium=Affiliate&utm_campaign=Admitad%20Shutterstock%20Coupons&utm_source=
1247623&utm_term=4e9e670e6362c5899a69b71fc19346b9 Acesso em: 05/2020
4.4.1 Contaminação por oxigênio
Aços estruturais possuem teor de Fe maior que 97% em sua composição química. O ferro
tende reagir com oxigênio, formando oxido de ferro, Fe2O3, essa transformação ocorre
lentamente a temperatura ambiente, como podemos observar na presença de ferrugem
em peças de aço. Entretanto, em altas temperaturas como as dos processos de soldagem,
essa transformação acontece muito mais rápido do que na temperatura ambiente, o que
faz com que se forme óxidos de ferro na região de soldagem com apenas alguns
segundos de contato do metal quente com o oxigênio, causando contaminação da solda.
Além da formação de óxidos o gás oxigênio em contato direto com a região de soldagem
favorece o aparecimento de porosidade, como observado na figura5 por essas razoes se
faz necessário manter o oxigênio longe do ferro durante os processos de soldagem.
Figura 4.5: Cordão de solda com porosidade elevada em decorrência da proteção inadequada da poça de
fusão.
Fonte: https://www.twi-global.com/technical-knowledge/job-knowledge/defects-imperfections-in-welds-
porosity-042 Acesso em: 05/2020
Na proteção metalúrgica não são adicionados gases ao cordão de solda, mas sim,
elementos de liga. Estes possuem potencial de oxidação maior do que o do ferro (isto é, o
oxigênio se liga preferencialmente aos elementos de liga, deixando o ferro livre da
oxidação), logo os elementos de liga são sacrificados, impedindo o contato direto do
oxigênio com o ferro, melhorando de forma significativa a qualidade do cordão de solda.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.4.2 Contaminação por hidrogênio
Você provavelmente já ouviu falar das trincas de hidrogênio, que são comuns até mesmo
nas soldas fora d’água, os fatores que influenciam na formação de uma trinca de
hidrogênio são:
1. Presença de hidrogênio dissolvido no metal de solda;
2. Tensões residuais no material após a soldagem;
3. Formação de uma microestrutura martensitica;
4. Temperaturas menores que 150°C.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1. Fonte de energia para a soldagem – 300 a 600 A CC
As fontes usadas são parecidas com as usadas fora d’água, disponham de valores de
tensão em vazio superiores àqueles encontrados em fontes comerciais. Devido ás
elevadas pressões encontradas nos sítios de soldagem, a queda de tensão ao longo da
coluna do arco assume valores mais altos do que aqueles encontrados no arco gerado em
superfície. Caso o limite de tensão em vazio da fonte seja limitado, poderão surgir
problemas de deposição, decorrentes da incapacidade de fusão do eletrodo, provocados
pela incapacidade de manutenção de um fluxo de corrente devido a elevada pressão
ambiente.
A câmara de soldagem seca tem como função proteger o soldador e a estrutura a ser
soldada do contato direto com a agua. Sua forma e dimensões são variáveis de acordo
com a característica do local a ser soldado
Esses dispositivos são usados para evitar o contato do eletrodo com a agua durante o
mergulho.
6. Eletrodos de soldagem
7. Isolantes térmicos
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Processo úmido
Além da fonte de soldagem 300 a 600 A CC, como no processo a seco, também são
usados:
1. Porta eletrodo
2. Sistema de transferência de eletrodos de soldagem
3. Suporte com as lentes de soldagem
4. Eletrodos de soldagem a prova d’água
5. Fonte de energia para a soldagem
6. Chave de faca unipolar – 400 A
7. Medidores de tensão e corrente
8. Cabos de soldagem, 2/0 a 4/0 com grampo de terra
9. Ferramentas para trabalhos submersos
4.5.1 Consumíveis
Nesse processo de soldagem os consumíveis são os mesmos usados nos processos
convencionais, eletrodo, arame, gases de proteção e em alguns casos elementos de liga
usados com a finalidade de proteção metalúrgica.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Vantagens:
Desvantagens:
Processo GTAW
Esse processo é adequado para realizar soldas autógenas por pontos. Dentre os
processos de soldagem convencional o Processo GTAW é o que proporciona maior
estabilidade do arco, mesmo a profundidades elevadas, graças a composição e o fluxo dos
gases que formam a camada de proteção da poça de fusão. No que se refere a
equipamentos, o Processo GTAW necessita de menos equipamentos quando comparado
com o processo de soldagem por arame tubular e mais equipamentos do que o processo
com eletrodo revestido.
Eletrodo revestido
31
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
A amperagem, velocidade de soldagem e ângulo do eletrodo dependem da posição de
soldagem, se o cordão de solda está sendo depositado na raiz, para enchimento ou para
cobertura. Normalmente é utilizada corrente contínua com polaridade direta (eletrodo
negativo).
Processos com eletrodos tubulares ainda estão sendo estudados. Nos Estados Unidos já
foram obtidos resultados positivos com esse tipo de processo. No Brasil também estão
sendo desenvolvidas pesquisas para melhorar a estabilidade do cordão de solda e diminuir
a alta porosidade resultante desse tipo de processo.
A soldagem subaquática tem grande importância em aplicações em alto mar. Muitas vezes
os lugares onde a solda deve ser realizada está a 10m, 100m, 300m ou até mais metros
abaixo do nível do mar, como consequência das altas profundidades ocorre também o
aumento da pressão, esta é uma variável importantíssima nos processos de soldagem
subaquática como veremos a seguir. Processos de soldagem realizados em ambientes
com alta pressão, como no fundo do mar, são denominados de soldagem hiperbárica. A
soldagem hiperbárica pode ser dividida em dois métodos: Soldagem hiperbárica a seco e
soldagem hiperbárica a húmido.
4.7 Vantagens
Processo a seco
• Variedade de processos que proporcionam bom resultado sob as circunstancias ideais,
pode ser usado SMAW;
• GMAW, FCAW ou GTAW;
• Possibilidade de pré aquecimento e pós aquecimento da solda;
• Em geral proporciona taxa de resfriamento menores ou iguais as da superfície,
evitando a formação de fase martensitica;
• o processo de deposição de metal não e afetado pelo contato direto da agua ou seus
produtos gasosos provenientes de seu aquecimento.
Processo a úmido
• Pode ser feita em regiões onde não é possível a montagem da câmara para o processo
a seco;
• De fácil uso em manutenções de emergência;
• Uso de equipamentos simples e leves;
• Baixo tempo e custo para realização do processo
32
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.8 Vantagens
Processo a seco
• Instalação de câmara limitada de acordo com a geometria e tamanho das estruturas da
área de trabalho;
• Instalação de câmara limitada pelo comprometimento da qualidade estrutural d área de
trabalho;
• Alto tempo e custo para realizar o trabalho.
Processo a úmido
• Porosidade acentuada;
• Menor ductilidade e maior dureza na ZAC (zona afetada pelo calor), causados pela alta
taxa de resfriamento induzida pelo meio aquoso existente ao redor da região de
soldagem;
• Aços com alto carbono equivalente são sujeitos a trincas induzidas pelo hidrogênio e a
um endurecimento da ZAC.
4.9 Aplicações
33
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
34
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 5: Automação
em Soldagem
Um começo de conversa
Afinal como são feitos os reparos de trincas nas turbinas dos grandes navios? Como são
feitos os reparos nas tubulações e estruturas presentes em alto mar? Bem, à primeira vista
essas questões despertam certa curiosidade. Nesse capitulo iremos falar sobre processos
de soldagem realizados em situações em que o metal a ser soldado se encontra
submersos por agua.
Objetivo de aprendizagem
Em busca de informação
5.1 Fundamentos
35
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Um processo de soldagem é classificado como manual quando todas as atividades citadas
são executadas e controladas pelo soldador. No outro extremo, para que o processo de
soldagem seja classificado como automatizado, todas essas atividades devem ser
executas e controladas pela máquina.
Fonte: MARQUES, Paulo Villani; MODENESI, Paulo José; BRACARENSE, Alexandre Queiroz. Soldagem Fundamentos e
Tecnologia. Belo Horizonte: editora UFMG, 2014.
A nomenclatura automático significa que todas as funções ou etapas de uma operação são
realizados em sequência, através de meios mecânicos e/ou eletrônicos, sem ajunte
executado pelo soldador, com exceção de uma ocasional programação do equipamento. A
automação pode ser parcial, com algumas funções ou etapas executadas pelo soldador.
Definir um processo como semiautomatizado implica dizer que está faltando algo para que
o mesmo se tornar automatizado. O termo semiautomático é largamente usado, porém a
rigor, prefere-se o uso do termo semimecanizado (é mais adequado às características do
processo). Segue a classificação dos processos de soldagem revisada – Figura 5.2
36
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 5.2: Classificação dos processos de soldagem revisada.
Fonte: MARQUES, Paulo Villani; MODENESI, Paulo José; BRACARENSE, Alexandre Queiroz. Soldagem
Fundamentos e Tecnologia. Belo Horizonte: editora UFMG, 2014.
A automação fixa consiste no sistema de soldagem automático que tem como atributos
uma combinação de dispositivos de movimentação do arco (único ou múltiplo) e uma
plataforma de trabalho, projetados para atuar em sincronia e soldar uma família específica
de produtos. Os mecanismos auxiliares de fixação e manuseio do metal de base estão
frequentemente incluídos e podem ser ajustados em função da junta que será submetida
ao processo de soldagem. Em geral, esses sistemas possuem controles simples e não são
reprogramáveis com facilidade. Esses respectivos equipamentos movimentam-se de
forma simples e são dimensionados para reduzir o tempo de setup (montagem e
desmontagem) e o de soldagem. O operador, no âmbito do processo, somente carrega e
descarrega as peças em produção, objetivando uma maior produtividade. Emprega-se a
automação fixa em produção de larga escala de peças similares.
37
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Soldagem automatizada flexível é definida como um programa de controle computacional
ou numérico que substitui o posicionamento fixo e serviço sequencial da soldagem
automatizada fixa. Um robô industrial é o sistema automatizado flexível mais aplicado em
operações de manufatura. A operação com utilização de robôs pode ser simples, quando
as condições de soldagem são fixas e uma única sequência é usada em todas as
operações, ou complexa, se as condições são modificadas frequentemente em função da
configuração da junta. Esta última, exige atuação de vários sensores para retroalimentar e
corrigir o sistema, em função da peça em processamento. A automação flexível é
empregada quando se tem produção de grande diversidade de peças.
5.4 Dispositivos
Aconselha-se realizar a soldagem na posição plana, pois é mais favorável no que diz a
respeito de melhores taxas de deposição por kg/h, como resultado tem-se menores
tempos de execução.
Os dispositivos tem como funções fixar a peça e promover movimentos que proporcionem
ao soldador ou operador a execução do cordão de solda de maneira mais eficaz e
eficiente.
Em um torno adaptado para soldagem pelo processo GTAW, põe-se uma peça com
geometria cilíndrica, como eixo, tubo ou flange, fixada entre duas placas; nesta situação, é
possível fazer duas soldas ao mesmo tempo, sincronizando o movimento de giro do torno
com o movimento do cabeçote de soldagem. Este equipamento pode ter várias funções.
38
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 5.3: Mesa posicionadora.
O dispositivo mais comum é o que aplica pares de rolos para rotacionar peças cilíndricas.
É comum que este dispositivo trabalhe em conjunto com um manipulador de soldagem. O
rolo virador pode ter movimentação livre ou acionamento motor-redutor, com capacidade
que vão de 100kg até 300ton de peças em giro.
39
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 5.5: Rolo vibrador.
40
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Há sistemas mais simples, com menos graus de liberdade, e até sistema uniaxial, em que
o cabeçote se movimenta somente na horizontal. Esses sistemas atendem bem a
soldagem longitudinal de chapas finas.
Aplica-se o sistema de soldagem orbital nos processos GTAW, GMAW, PAW e SAW.
Nesse contexto, o processo, a soldagem orbital é controlada pela fonte por meio de
microprocessadores e é composto por motor-redutores de corrente contínua; existem
sistemas mais sofisticados que contêm também motores de passo e controle automático
da tensão do arco.
Fonte: http://www.sps-soldagem.com.br/catalogo/07-08_Tartilope_V4.pdf
Acesso em: 05/2020
41
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
• Explique com suas palavras quando um robô para soldagem pode ser considerado um
sistema automático e quando pode ser considerado semiautomático considerando as
definições apresentadas na tabela I e II. Em que situação é considerado mecanizado?
• Dentro da classificação proposta, de um exemplo de um sistema semimecanizado
para soldagem com eletrodo revestido.
• Quais são as vantagens em se automatizar processos?
• Que outros tipos de posicionadores você acha que poderiam ser utilizados para
soldagem?
Recapitulando
Referências Bibliográficas
42
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Fundamentos de
Soldagem
3º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
69
4.1 Tratamentos térmicos
4.2 Tratamentos termoquímicos 71
44
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1:
Propriedades dos
Materiais
Um começo de conversa
Todos sabem que tudo é formado por matéria. A matéria, que por sua vez é formada por
um conjunto de moléculas, apresenta propriedades distintas quando submetida ao
aumento e diminuição de temperatura, ela reage de forma diferente quando em contato
com outros tipos de moléculas ou elementos de natureza distinta. Para desenvolver um
projeto é necessário uma quantificação das propriedades dos materiais que serão
necessárias para o projeto a fim de se dimensionar custos, a escolha do material e
estimativa de vida útil do empreendimento. Portanto, nesse contexto, é necessário se
conhecer as propriedades dos materiais.
Objetivos da Aprendizagem
Tubulações, trocadores de calor e bombas são dispositivos que transportam fluidos com
uma finalidade, seja ela trocar calor ou movimentar um fluido de um local para outro. Você
tem alguma ideia de como os sistemas citados são dimensionados? De quais materiais
eles são fabricados? Pois então, saber os valores de condutividade térmica, ponto de
fusão, ponto de ebulição dos fluidos de trabalho é de suma importância para o
desenvolvimento desses projetos. Que tal conhecer um pouco mais sobre essas
grandezas?
Em busca de informações
O tema abordado está fortemente atrelado ao estudo de química, você irá notar que as
propriedades citadas aqui estão todas relacionadas quanto a composição daquele
material. Caso queira, você pode consultar o assunto sobre tipos de elementos, tipos de
ligações químicas e as propriedades delas, você vai notar a relação entre as propriedades
do materiais aqui apresentadas!
45
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.1 Propriedades físicas
Propriedades físicas são aquelas propriedades que podem ser mensuráveis, cujos valores
descrevem o estado físico de um sistema [1] e que pode ser observada sem transformar
uma substância em outra. Ex: ponto de fusão, ponto de ebulição, solubilidade.
Definições
Ponto de fusão: é a temperatura que uma substância passa do estado sólido para o
líquido.
Ponto de ebulição: é a temperatura que uma substância passa do estado líquido para o
gasoso.
Fonte: http://www.geocities.ws/saladefisica8/termologia/estado.html
46
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Definições
Calor específico: é a quantidade de calor necessária para que cada grama de uma
substância sofra uma variação de temperatura correspondente 1°C. [3]
Coeficiente de expansão térmica: é uma medida de variação unitária da grandeza de
uma de suas dimensões.
Condutividade térmica: é a grandeza que quantifica a habilidade dos materiais de
conduzir calor.
Fonte: Materials-engeneeringscience.blogspot.com/2011/04/termal-properties.html.
47
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Elasticidade – é a capacidade que o material apresenta de deformar-se elasticamente. A
deformação elástica de um material, acontece quando o material é submetido a um
esforço mecânico e o mesmo tem suas dimensões alteradas, e quando o esforço é
cessado o material volta as suas dimensões iniciais.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/355366/
48
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Diagrama de tensão por deformação
É a curva que relaciona os valores de tensão com os de deformação de um material
através do ensaio de tração. Nele conseguimos identificar várias propriedades do material
como ductilidade, tenacidade, resiliência.
Figura 1. 4- Diagramas tensão-deformação: (a) esquemático para um aço baixo carbono, mostrando o tipo de
engenharia e verdadeiro; (c) a (f) esquemáticos para diferentes casos.
I- Comportamento elástico.
II- Escoamento e
deformação permanente
(deformação plástica).
III- Encruamento:
deformação permanente
com endurecimento,
deformação
aproximadamente
homogênea.
IV- Estricção: deformação
permanente localizada com
redução de diâmetro.
Fonte: https://www.scielo.br/pdf/si/v18n4/11.pdf
49
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.4 Ensaios mecânicos
Ensaio de Tração
O ensaio de tração consiste em aplicar uma força
uniaxial no material, tendendo-o a alongá-lo até o
momento de sua fratura.[5]
Fonte: https://pt.slideshare.net/felipecrosa9/aula-6-
propriedades-mecnicas
Ensaio de dureza
Esse ensaio visa medir a resistência de um material
à deformação, indentação ou penetração por meios
como abrasão, perfuração, impacto, arranhões e /
ou desgaste, medidos por testes de dureza como
Brinell, Knoop, Rockwell ou Vickers.
Fonte: https://www.cursosguru.com.br/conheca-o-teste-de-
charpy-e-suas-vantagens/
50
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Ensaio de dobramento
Consiste em submeter um corpo de prova a uma deformação plástica por flexão.
Fonte: https://afinkopolimeros.com.br/ensaios-fisicos-quimicos/
51
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
Nesta seção viu-se sobre as propriedades físicas, térmicas e mecânicas dos materiais.
Além disso, foram apresentados os tipos de ensaios utilizados para definir os valores das
propriedades mecânicas citadas.
52
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2: Metalografia
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
No seu dia a dia, você já ouviu falar de aço temperado? De material encruado? De metal
forjado? De aço cementado? Bom, um dos meios para caracterizar os materiais conforme
as definições citadas é a através da metalografia.
Em busca de informações
Este capítulo foi inspirado nas práticas de metalografia aqui você vai encontrar as
definições de cada ensaio metalográfico, as etapas de preparação das peças para esses
ensaios e aprenderá sobre o maquinário utilizado para o mesmo.
53
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.1 O que é metalografia
Consiste no exame do aspecto de uma peça ou amostra metálica, segundo uma seção
plana devidamente polida em regra atacada por um reativo apropriado. O aspecto assim
obtido, chama-se macro estrutura. O exame é feito à vista desarmada ou com auxílio de
uma lupa. – ampliação máxima de dez vezes.
Fonte:
https://www.medicalexpo.com/pt/prod/kern-
sohn/product-69008-664920.html
54
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2. 3 - MEV(Microscópio Eletrônico de Varredura)
Fonte: http://unisinos.br/itt/ittfuse/servicos/microscopia-eletronica-de-varredura
2.4 Preparação
Corte
A amostra a ser analisada deve ser cortada de forma a não sofrer alterações pelo método
de corte. Usa-se o método a frio, para o corte primário, ou seja, para se separar a porção
aproximada que será analisada. Na sequência, usa-se um equipamento denominado “Cut-
Off” ou cortadora metalográfica que faz um corte mais preciso, utilizando-se de um fino
disco abrasivo e farta refrigeração, a fim de não provocar alterações por calor na amostra.
Fonte:
file:///C:/Users/larar/Pictures/Cortadora%20metalogr%C3%A1fica%20com%20gabinete%20inferior%20CM12
0%20_%20Teclago.html
55
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Embutimento
O processo de embutimento metalográfico pode ser dividido em dois grupos, embutimento
a quente no qual é utilizado baquelite e uma embutidora metalográfica e o embutimento a
frio que são utilizados dois produtos resina e catalisador, ambos os métodos visam obter a
amostra embutida para conseguir um bom resultado na preparação metalográfica.
Figura 2. 5 - Embutimento de baquelite
Fonte: https://www.alcrisa.com.br/molde_de_silicone_para_embutimento_a_frio_30mm/prod-3572225/
Lixamento
Para esse processo são utilizadas lixas do tipo “Lixa d’água”, fixadas em discos rotativos.
Normalmente inicia-se o lixamento com a lixa de granulometria 220, seguida pelas lixas
320, 400 e 600. Em alguns casos usa-se lixas mais finas que a lixa 600, chegando-se a
1000 ou 1200. Todo o processo de lixamento é feito sob refrigeração com água.
Polimento
A etapa do polimento é executada em geral com politriz metalográfica e panos especiais,
colados à pratos giratórios, sobre os quais são depositadas pequenas quantidades de
abrasivos. Estes abrasivos variam em função do tipo de metal que está sendo preparado.
Os mais comuns são, o óxido de alumínio (alumina) e a pasta de diamante. [8]
Fonte:
https://img.alicdn.com/bao/uploaded/TB1T
BD_SFXXXXcgXpXXXXXXXXXX.jpg
56
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Ataque químico
O ataque químico evidência as
heterogeneidades presentes no material,
ou seja, alguma imperfeição ou diferença
de elementos químicos; pode também
evidenciar os contornos dos grãos das
estruturas cristalinas.
Exemplos de microestruturas
Figura 2. 8 - Amostras metalográficas de aço AISI 1020, a) aumento de 100x e b) aumento 200 x.
Fonte: https://www.scielo.br/img/revistas/rmat/v20n2//1517-7076-rmat-20-02-00384-gf1.jpg
57
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
58
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Unidade 3: Introdução
aos metais – aço e
ferro fundido
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
Este capítulo foi inspirado em referências globais na área de Ciência dos Materiais. O livro
“Ciência e Engenharia de Materiais – William Callister” foi a referência chave para
formulação deste capítulo.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.1 Aço e ferro fundido
Aço é uma liga de Fe-C-R (outros metais) que apresenta Carbono acima de 0,008% e
abaixo de 2,11% em sua composição.
Ferro fundido é uma liga de Fe-C-R (outros metais) que apresenta carbono acima de
2,11% e abaixo de 6,7% em sua composição.
Fonte: http://acosdovale.com.br/
60
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Tabela 3. 1- Lista normativa ABNT, AISI/SAE
61
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3. 2- Exemplo diagrama de fase da salmoura.
Fonte: Calister
62
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Transformação de fase em aços
Ferrita: A ferrita ou ferrite, ou ferro alfa (α-Fe), é um termo de ciência dos materiais para o
ferro puro com estrutura cristalina cúbica de corpo centrado.
Cementita: 𝐹𝑒3 𝐶 é a estrutura em forma de cristal ortorrômbico. Contém 6,67% de
carbono e 93,33% de ferro.
Austenita: A austenita ou austenite, ou ferro gama (γ-Fe) é uma fase sólida, não
magnética, constituída de ferro na estrutura CFC.
Perlita: Agregado de ferrita e cementita
L (fase liquidus):condição que o material se encontra no estado físico líquido.
Fonte: Calister
63
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3. 5 - Diagrama TTT de uma
liga Fe-C.
Fonte:https://www.passeidiret
o.com/arquivo/69330163/tecn
ologia-dos-materiais-
complementar
Enxofre (S): também é prejudicial pois além de frágeis torna os aços ásperos e
granulosos devido aos gases que produz na matriz metálica. Em alguns casos, é
conveniente a adição de enxofre em proporções de até 0,30%, o que torna o aço fácil de
usinar pois os cavacos destacam-se em pequenos pedaços, permitindo altas velocidades
de corte.
Silício (Si): tem função desoxidante na fabricação do aço. Normalmente situa-se entre
0,10 e 0,30%, pois teores mais elevados tendem a favorecer a grafitização. Em alguns
poucos casos (aços resistentes ao choque) emprega-se silício elevado (1% ou 2%) para
fins de aumento de temperabilidade e aumento da resistência ao revenido sem que haja
abaixamento da linha Ms (favoreceria a austenita retida).
64
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Cromo (Cr): é o elemento adicionado com a função principal de elevar a temperabilidade,
pois é o que apresenta melhor relação custo/benefício. Além disso, o cromo forma
carbonetos endurecedores que são facilmente solúveis no tratamento de austenitização
que precede a têmpera.
Vanádio (V): atua como forte desoxidante (geralmente empregado em teores até 0,5%). O
vanádio tem forte efeito sobre a temperabilidade quando dissolvido na austenita.
Entretanto a sua função principal é a de atuar como estabilizador de grão pois o seu
respectivo carboneto é de difícil solubilização na austenita no tratamento de têmpera,
evitando que haja o crescimento da mesma. Em aços rápidos (devido ao emprego de corte
a quente), o teor de vanádio situa-se entre 1 e 2%.
Molibdênio (Mo): tem efeitos similares ao tungstênio, tendo sido usado para substituí-lo.
O custo do molibdênio é maior, porém a quantidade empregada é menor (normalmente o
teor de molibdênio substitui duas vezes a quantidade de tungstênio. Por exemplo, 18% de
W equivalem a 6%Mo mais 5%W). A maioria dos aços rápidos emprega Molibdênio e
Tungstênio.
Cobalto (Co): tem a função principal de aumentar a dureza a quente dos aços rápidos,
apesar de não ser endurecedor. O cobalto aumenta a temperatura solidus, permitindo que
se empregue temperaturas mais elevadas de austenitização na têmpera. Isto permite
maior dissolução de carbonetos (dos outros elementos, tais como carbonetos de vanádio,
molibdênio e tungstênio, já que o cobalto por si só não é formador de carbonetos). O efeito
final do cobalto é o de aumentar a dureza no estado temperado (por elevar a dissolução de
outros elementos). Aços rápidos com 5 ou 10% são usados para obter maior velocidade
em corte contínuo (em corte intermitente há problema de quebra de ferramenta devido
elevada dureza e baixa tenacidade).
Alumínio (Al): tem efeito semelhante ao silício. devido a sua grande afinidade com o
oxigênio. Também é considerado desoxidante. Muitas vezes é utilizado nos aços a serem
nitretados, pois o alumínio tem também grande afinidade com o nitrogênio.
Boro (B): em quantidades que variam de 0,001% até 0,003%, o boro melhora a
temperabilidade e a resistência à fadiga.
Chumbo (Pb): em pequenas quantidades (0,2% até 0,25%), este elemento melhora a
usina- bilidade do aço, sem qualquer prejuízo às propriedades mecânicas
65
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
3.6 Tipos de fagulha
Fonte:https://www.marvitubos.com.br/Antigo/fagulha_esmeril.htm
66
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Colocando o conhecimento em prática
2. Defina aço e ferro fundido a partir do diagrama FeC (desenhe o diagrama FeC para
fazer o exercício).
5. Quais são as quatro estruturas identificadas no diagrama TTT para aços carbono?
Recapitulando
Nesta unidade apresentou-se os principais da classificação dos aços, as suas fases
dependendo da temperatura e composição, Além da influência de cada elemento de liga
nas propriedades físicas das ligas de aço.
67
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Unidade 4: Tratamentos
térmicos
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
Este capítulo foi inspirado na área de Ciência dos Materiais. O livro “Tratamento Térmicos
das Ligas Metálicas, Chiaverini, V.” foi a referência chave para formulação deste capítulo.
68
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.1 Tratamentos térmicos
Os tratamentos térmicos são um conjunto de operações que têm por objetivo modificar as
propriedades dos aços e de outros materiais através de um conjunto de operações que
incluem o aquecimento e o resfriamento em condições controladas.
Objetivos
• Remoção de tensões internas • Melhora da resistência ao desgaste
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Normalização
Tratamento térmico em que o metal é aquecido acima da zona crítica com posterior
resfriamento uniforme ao ar até atingir a temperatura ambiente. É semelhante ao
recozimento, pelo menos quanto aos objetivos. A diferença reside no fato de que o
resfriamento é menos lento (ao ar), o que dá como resultado uma estrutura mais fina do
que a produzida no recozimento.
Têmpera
É o tratamento térmico mais importante dos aços, principalmente os que são utilizados em
construção mecânica. As condições de aquecimento são muito semelhantes às que
ocorrem no recozimento e na normalização. O resfriamento, entretanto, é muito rápido,
empregando geralmente meios líquidos para resfriar as peças. Este tratamento resulta em
modificações muito intensas nos aços, que levam a um grande aumento da dureza, da
resistência ao desgaste, da resistência à tração, ao mesmo tempo em que as propriedades
relacionadas à ductilidade sofrem uma apreciável diminuição. Além disso, tensões internas
são geradas em grande intensidade. Os inconvenientes causados por essas tensões
internas geradas, associadas à excessiva dureza e quase total ausência de ductilidade,
exigem um tratamento térmico posterior chamado revenido, que melhora a ductilidade e a
tenacidade. A têmpera é um processo bastante geral e pode ser aplicado a uma grande
variedade de aços.
Fonte:
https://pt.scribd.com/doc/19423295/TRA Fonte: ftpaluno.umc.br
TAMENTOS-TERMICOS-GERAL
70
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 4.3 - Têmpera por chama
Fonte:http://www.durochama.com.br/apostila.pdf
Revenimento ou Revenido
Revenimento é um processo feito após o endurecimento por têmpera. Peças que sofreram
têmpera tendem a ser muito quebradiças. A fragilidade é causada pela presença da
martensita. A fragilidade pode ser removida pelo revenimento. O resultado do revenimento
é uma combinação desejável de dureza, ductilidade, tenacidade, resistência e estabilidade
estrutural. As propriedades resultantes do revenimento dependem do aço e da temperatura
do revenimento.
Coalescimento ou Esferoidização
Tratamento térmico que objetiva a produção de uma estrutura globular ou esferoidal de
carbonetos no aço. É caracterizado pela melhora a usinabilidade, especialmente dos aços
alto carbono e facilita a deformação a frio.
71
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.2.1 Principais tratamentos termoquímicos aplicados em aços
Cementação
Cementação é o tratamento termoquímico que consiste em se introduzir carbono na
superfície do aço pelo mecanismo de difusão atômica com o objetivo de se aumentar a
dureza superficial do material.
Figura 4.3 – Cementação
Fonte: Calister
Nitretação
Nitretação é um tratamento termoquímico da metalurgia em que se promove
enriquecimento superficial com nitrogênio, usando-se de um ambiente nitrogenoso à
determinada temperatura, buscando o aumento da dureza do aço até certa
profundidade tendo em vista a difusão do nitrogênio.
Figura 4.4 – Nitretação
Fonte: Calister
72
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
.Neste capítulo foi visto sobre os diferentes tipos de tratamento térmico e termoquímicos
duas definições e diferenças .
Referências Bibliográficas
[3] SILAS, J., O que é calor específico?, Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-calor-especifico.htm. Acesso em 20
mai 2020.
73
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
[5] TRIGO, T., “Ensaio de tração,” Info Escola. Disponível em:
https://www.infoescola.com/fisica/ensaio-de-tracao/. Acesso em 20 de maio 2020.
[6] Ensaio de Charpy mede a resistência dos materiais, CIMM, 01 out 2010. Disponível em:
https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/7379-ensaio-charpy-mede-a-
resistencia-dos-materiais. Acesso em 20 de mai 2020.
[9] A. P. Boieira e D. Beck, “Tecnologia dos Materiais,” Passo Fundo, 2007, p. 55.
74
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Comunicação e
Relações Humanas
3º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1: Redação 77
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 Dicas para redação 77
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 Entendendo as partes da redação 78
Diretor da EEUFMG
Prof. Cícero Murta Diniz Starling Unidade 2: Introdução ao Cartão de Visitas 83
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado
2.1 O que é um cartão de visitas? 83
Instrutores Colaboradores
76
Eletricista
TecnologiaInstalador Predial de Baixa Tensão
da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Redação
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
1. Leia com atenção o tema proposto e tome cuidado para não fugir do tema.
2. Antes de escrever, defina sua ideia central, seu objetivo, estabeleça uma linha de
argumentação e uma conclusão.
4. Seja claro: evite usar palavras difíceis que possam prejudicar a compreensão de seu
texto.
77
Eletricista
Mestre deInstalador
Tecnologia Obras Predial de Baixa Tensão
da Soldagem CIPMOI 2020
1.2 Entendendo as partes da redação
INTRODUÇÃO
Depois, é interessante vir a tese, que é um recorte da realidade, uma forma de observar o
fenômeno. Ela pode ser já constituída de duas relações: causa e consequência é a dupla
de relações mais comum.
Exemplo de introdução
Em sua canção “Pela Internet”, o cantor brasileiro Gilberto Gil louva a quantidade de
informações disponibilizadas pelas plataformas digitais para seus usuários. No entanto,
com o avanço de algoritmos e mecanismos de controle de dados desenvolvidos por
empresas de aplicativos e redes sociais, essa abundância vem sendo restringida e as
notícias, e produtos culturais vêm sendo cada vez mais direcionados – uma conjuntura
atual apta a moldar os hábitos e a informatividade dos usuários. Desse modo, tal
manipulação do comportamento de usuários pela seleção prévia de dados é inconcebível e
merece um olhar mais crítico de enfrentamento.
DESENVOLVIMENTO
Nessa parte do texto, o autor deve criar os argumentos necessários para sustentar,
defender e convencer o leitor a respeito da tese proposta na introdução, de maneira coesa
e coerente.
Há uma seleção das ideias mais consistentes para fundamentar a ideia-central, por isso
certos aspectos e detalhes importantes podem servir para ampliar e explicar o ponto de
vista definido. Usam-se dois ou três parágrafos para essa parte. Assim, no
desenvolvimento fundamenta-se a tese, amplia-se o tema.
Existem muitos recursos linguísticos empregados para persuadir: dados ou fatos que
podem ser comprovados, verdades inquestionáveis, pronunciamentos de pessoas
renomadas, comparações, analogias, raciocínios constituídos de causa e consequência,
entre outros. É o que veremos a seguir:
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TIPOS DE ARGUMENTO
Procure observar como os textos são desenvolvidos por seus autores. Veja como ficam
desestimulantes se dizem o que já estamos cansados de ouvir, o que já é lugar-comum.
Observe como ficam interessantes se são construídos com dados recentes, se bem usam
a linguagem figurada, ou se embasam casos concretos.
Exemplo de desenvolvimento
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Em segundo lugar, vale salientar como o controle de dados pela internet vai de encontro à
concepção do indivíduo pós-moderno. Isso porque, de acordo com o filósofo pós-
estruturalista Stuart-Hall, o sujeito inserido na pós-modernidade é dotado de múltiplas
identidades. . Sendo assim, as preferências e ideias das pessoas estão em constante
interação, o que pode ser limitado pela prévia seleção de informações, comerciais,
produtos, entre outros. Por fim, seria negligente não notar como a tentativa de tais
algoritmos de criar universos culturais adequados a um gosto de seu usuário criam uma
falsa sensação de livre-arbítrio e tolhe os múltiplos interesses e identidades que um sujeito
poderia assumir.
CONCLUSÃO
A conclusão de uma redação corresponde ao parágrafo final, com poucas linhas, que
contém a reafirmação do raciocínio desenvolvido. Preferencialmente, possui uma proposta
de intervenção, ou seja, sugestão de solução ou minimização do problema.
Exemplo de conclusão
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar essa problemática. Para tanto, as
instituições escolares são responsáveis pela educação digital e emancipação de seus
alunos, com o intuito de deixá-los cientes dos mecanismos utilizados pelas novas
tecnologias de comunicação e informação e torná-los mais críticos. Isso pode ser feito pela
abordagem da temática, desde o ensino fundamental – uma vez que as gerações estão,
cada vez mais cedo, imersas na realidade das novas tecnologias – , de maneira lúdica e
adaptada à faixa etária, contando com a capacitação prévia dos professores acerca dos
novos meios comunicativos. Por meio, também, de palestras com profissionais das áreas
da informática que expliquem como os alunos poderão ampliar seu meio de informações e
demonstrem como lidar com tais seletividades, haverá um caminho traçado para uma
sociedade emancipada.
Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas
de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto
dissertativo-argumentativo
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Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos,
opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
Exemplo de Redação
Primeiramente, é importante lembrar que o ser humano é influenciado por tudo aquilo que
ouve e vê. Então, quando alguém assiste ou lê uma notícia sobre políticos da bancada
evangélica que são contra o aborto e repudiam homossexuais, esse alguém tende a
pensar que todos os seguidores dessa religião são da mesma maneira. Como já disse
Adorno, sociólogo que estudou a Indústria Cultural, a mídia cria certos esteriótipos que
tiram a liberdade de pensamento dos espectadores, forçando imagens, muitas vezes
errôneas, em suas mentes. Retomando o exemplo dos evangélicos, de tanto que são
ridicularizados por seus costumes e crenças na televisão e na internet e pelos jornais
destacarem a opinião de uma parte dos seguidores dessa religião, criou-se um modelo do
“típico evangélico”, que é ignorante, preconceituoso e moralista, o que, infelizmente, foi
generalizado para todos os fiéis.
Além disso, percebe-se que certos preconceitos estão enraizados no pensamento dos
brasileiros há muito tempo. Desde as grandes navegações, por exemplo, que os
portugueses chamavam alguns povos africanos de bruxos. Com a vinda dos escravos ao
Brasil, a intolerância só aumentou e eles foram proibidos de praticarem suas religiões,
tendo que se submeter ao cristianismo imposto pelos colonos. É por isso que as práticas
das religiões afro-brasileiras são vistas como “bruxaria” e “macumba” e seus fieis são os
que mais denunciam atos de discriminação (75 denúncias entre 2011 e 2014).
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Portanto, é possível dizer que, mesmo existindo o artigo 208 do código penal, que pune os
crimes de intolerância religiosa, ela ainda é muito presente. Para combatê-la, é preciso
acabar com os estereótipos, ensinando desde cedo a respeitar todas as religiões. Então, o
governo federal deve deixar obrigatória para todos os colégios (públicos e privados) a
disciplina Ensino Religioso durante o Ensino Fundamental. Outro caminho é o incentivo
das prefeituras para que a população conheça as religiões como elas realmente são, e não
a imagem criada pela mídia nem aquela herdada desde a época colonial, promovendo
visitas aos centros religiosos, palestras e programas na televisão e no rádio.
A partir da leitura do tema e textos motivadores selecionados pelo professor, e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
Recapitulando
Leia novamente as dicas de redação bem como as competências desejadas pelo Enem e
busque treinar elaborando diferentes textos.
Referências Bibliográficas
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Unidade 2: Cartão de
Visitas
Um começo de conversa
É muito importante e válido investir na comunicação online, mas muitos se esquecem que
um bom e velho aperto de mão pode ser a melhor das soluções em muitos casos.
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
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2.2 Qual a importância dos cartões de visita?
Mil compromissos e obrigações surgem quando se tem o próprio negócio, principalmente
no início das atividades ou em caso de expansão das operações. Na lista de afazeres do
empreendedor estão a contratação e a gestão de pessoas, o controle financeiro e a
definição dos procedimentos para fabricação de produto ou prestação de serviço.
Tais itens são apenas uma amostra do extenso rol de responsabilidades de quem deseja
empreender. Entre as tarefas, uma das mais importantes é mostrar sua empresa para o
mercado, criando canais de comunicação com os parceiros de forma direta e acertada.
O consumidor assimila melhor a empresa pelo recurso visual do que quando ouve sua
propaganda no rádio.
2) Fortalecimento da marca
Como o procedimento envolve escolha de cor, modelo, recorte e letra, o item consolida a
identidade visual do seu negócio. Representações simbólicas, slogans e logotipos — já
utilizados, por exemplo, na fachada de sua empresa e nas etiquetas que acompanham os
produtos — podem ser propagados no cartão de visita, fortalecendo a marca.
Além dos dados tradicionais (nome da empresa, endereço, contato via telefone e redes
sociais), a tecnologia trouxe novidades para o ramo: é possível incluir QR codes no cartão
de visita. Os códigos direcionam a pessoa para páginas na internet, como o site do
negócio, permitindo ao cliente maiores informações sobre o seu empreendimento.
Quando você coloca a identidade visual da sua empresa no papel e o distribui para as
pessoas, você profissionaliza a atividade. Elas têm a noção de uma estrutura empresarial
organizada, séria, comprometida e pronta para oferecer os melhores produtos e serviços.
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2.3 Algumas regras de elaboração
O cartão de visitas é a sua imagem profissional. Portanto, é esperado que você dedique o
mínimo de atenção no ato de entregar o cartão ou de planejar a confecção de um novo.
1) Profissionalize
2) Seja básico
Nome completo, cargo ou profissão, telefone, fax, e-mail e site. Caso sua empresa tenha
um logotipo que representa a marca, não se esqueça de inclui-lo. Não há necessidade de
preencher todo o espaço do papel com outras informações. O objetivo do cartão de visitas
é facilitar a vida de quem quer encontra-lo.
3) Frente e verso
O cartão duplo pode ser prático para profissionais que precisam incluir outros dados ou a
logomarca de revendedores.
4) Apresentação
O tipo de papel também deve ser levado em conta, utilize um de gramatura mais
resistente.
5) Revisão
Erros de português são inadmissíveis, então dedique um tempo para que nenhuma vírgula
saia errada. Ou peça auxílio a outras pessoas.
6) Armazenamento
Um porta cartão é bem vindo tanto para guardar cartões de visitas novos quanto para
arquivar os que você recebe ao longo de reuniões ou eventos de trabalho.
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2.4 Dicas para elaboração
Reflita: Tire um tempo para planejar os seus cartões de visita. Olhe para todos os cartões
de visita que você coletou durante todos esses anos e preste atenção em todos os
detalhes que inspiram você. Depois, incorpore-os no seu próprio modelo.
Individualidade: Seu cartão de visita deve dizer quem você é e o que você faz. Deve ser
pessoal e ser facilmente reconhecido como o seu cartão de visita.
Relevância: Quem está recebendo o seu cartão de visita? Crie o seu cartão de visita
pensando exatamente em quem estará recebendo-o e maximize o número de contatos
feitos.
Contexto: Seus cartões de visita foram feitos para entregar em reuniões de negócios,
deixar em mesas ou utilizar em eventos? Diferentes eventos requerem diferentes visuais
de cartão de visita. Atente-se nisso.
Impacto: Seus cartões de visita devem ser memoráveis. Eles devem despertar em seu
cliente ou contato interesse em saber mais sobre você ou seu negócio.
Qualidade: Seu cartão de visita deve causar uma boa impressão, tanto para os olhos
quanto para as mãos. Impressione os seus clientes entregando-lhes um cartão bonito e de
qualidade.
Detalhes: Assegure-se de que você colocou suas informações de contato de forma clara e
legível. Não polua com informações desnecessárias (ex.: todas as redes sociais que você
participa), mas tenha certeza de que os seus clientes conseguirão entrar em contato.
Mantenha seus cartões atualizados: Não entregue cartões de visita com informações
desatualizadas. Se você tem um novo produto ou serviço, coloque isso em seus cartões.
Se você utiliza-os como ferramenta de venda, faça pequenos pedidos de cartões e evite
desperdiçar dinheiro com pilhas de cartões com informações desatualizadas.
Utilize-os: Não há motivo para fazer os cartões de visita mais bonitos do mundo se for
para deixá-los em uma mesa. Carregue sempre consigo um estoque de cartões de visita.
Você nunca saberá quem irá encontrar no caminho, então esteja sempre preparado.
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Colocando o conhecimento em prática
Você possui cartão de visitas? Avalie seu atual cartão, como ele pode te ajudar a melhorar
a divulgação do seu trabalho. Compartilhe suas experiências com os demais alunos da
turma.
Recapitulando
Referências Bibliográficas
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Informática Básica
4º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1: Introdução ao OpenOffice Calc 90
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 Iniciando uma planilha 91
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 Inserindo, excluindo e renomeando planilhas 91
Diretor da EEUFMG
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 1.3 Inserindo, excluindo e renomeando células das 93
planilhas
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado 1.4 Criando um novo arquivo, salvando e abrindo 94
arquivos já existente
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães
Unidade 2: Fórmulas 98
2.1 Fórmulas 99
Lauren Batista
Unidade 4: Gráficos 111
Gabriel Chaves
4.1 Gráficos de colunas 112
Luis Eduardo Brandão
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Unidade 1: Introdução
ao OpenOffice Calc
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
90
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Em busca de informações
Quando você cria uma nova planilha, a tela do computador é dividida em linhas e
colunas, formando uma grade. A interseção de uma linha e de uma coluna é chamada
de célula. As linhas são numeradas sequencialmente, as colunas são identificadas por
letras também sequenciais, cada célula pela linha e coluna que a forma.
Uma célula pode conter números, texto, fórmulas ou funções. A possibilidade de usar
fórmulas é o que diferencia um programa de planilha de uma calculadora ou Word.
Quando colocamos uma fórmula em uma célula, dizemos que o conteúdo desta célula,
deve ser calculado em função dos valores contidos em outras células.
Normalmente, uma planilha é criada em duas etapas. Primeiro você determina os itens
que deseja calcular e as fórmulas a serem usadas para fazer esse cálculo. Depois, na
fase de utilização da planilha, é preciso digitar os valores correspondentes a cada item,
os resultados serão calculados automaticamente.
Vamos aprender primeiramente como realizar operações básicas com o programa.
91
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No OpenOffice Calc, um arquivo, ou seja, uma pasta, pode conter várias planilhas
diferentes. Uma pasta de trabalho padrão apresenta, inicialmente, apenas uma
planilha.
Caso necessite de mais planilhas, você pode incluí-las clicando no botão “+” na aba
inferior. Também pode-se optar por clicar, com o botão direito, em cima do nome da
planilha e escolher a opção “’Inserir Planilha”. Observe na parte inferior da figura
abaixo a “Planilha 1”.
Caso não necessite mais de uma planilha, você pode excluí-la, simplesmente
selecionando-as e utilizando os comandos: Clique com o botão direito do mouse
sobre a planilha e clique na opção “Excluir planilha...”:
92
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1.3 Inserindo, excluindo e renomeando células das planilhas
93
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
A definição de tamanho é extremamente comum para as linhas e colunas. Porém,
no OpenOffice Calc, as linhas e colunas da planilha, que contêm títulos ou aquelas
que contêm células, de conteúdo formatado com um tipo de letra diferente podem
ter a altura modificada. Para alterar, a altura de uma linha ou largura de uma coluna,
faça o seguinte: aponte o mouse entre as linhas 1 e 2, clique e arraste para alterar a
altura da linha ou aponte o mouse entre as colunas A e B, clique e arraste para
alterar a largura da coluna.
Criando um novo arquivo- Para criar um novo arquivo, clique no botão “Arquivo”,
no canto superior esquerdo da tela, abaixo do título do arquivo.
94
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 1.9: Salvar planilha através do menu
principal ou atalho “Ctrl + Shift + S”
Em seguida, selecione o local no qual o arquivo deve ser salvo e o nome que o
arquivo receberá, através da tela anterior. Deixe o tipo de arquivo como “Planilha
ODF (*.ods)”. Este procedimento é o mesmo que utilizamos no OpenOffice Writer.
Não se esqueça de salvar o arquivo com um nome fácil de compreender e em
um local que você lembrará!
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Abrindo um arquivo- Para abrir um arquivo já existente, clique no botão
“Arquivo”, selecione a opção “Abrir...” ou através do atalho “Ctrl + O”.
96
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Colocando o conhecimento em prática
Atividade 1:
• Abra um novo arquivo e escreva a tabela fornecida no slide do instrutor. Atente-se à
formatação apresentada;
• Faça alguma modificação nos valores da planilha e salve como um novo arquivo,
preservando o original;
• Abra algum arquivo existente;
• Clique em imprimir e observe as configurações de impressão.
Atividade 2:
• Tente elaborar sua própria planilha, formatando-a com fórmulas, condições e
gerando gráficos a partir dela. Sempre que necessário peça ajuda ao professor.
• Lembre-se que planilhas são extremamente versáteis, portanto, tente criar duas ou
mais planilhas diferentes, tanto no conteúdo como na forma e estrutura. Por
exemplo, monte um cronograma de atividades, utilizando fórmulas condicionais
para marcar atividades feitas e não feitas, e os recursos do Calc para agilizar seu
trabalho, analise e crie também uma planilha sobre orçamento de um trabalho,
utilizando fórmulas para calcular o gasto total.
Recapitulando
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Unidade 2: Fórmulas
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
98
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Em busca de informações
2.1 Fórmulas
99
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Figura 2.2: Planilha Exemplo 1.
100
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Figura 2.3: Planilha Exemplo 1 com aplicação de fórmula na célula F4
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B17 =B4+B5+B6+B7+B8+B9+B10+B11+B12+B13+B14+B15
Fonte:“https://support.office.com/pt-br/article/vis%C3%A3o-geral-de-f%C3%B3rmulas-no-Calc-
ecfdc708-9162-49e8-b993-c311f47ca173” Acesso em 30 de julho de 2018.
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Colocando o conhecimento em prática
Atividade:
• Abra um novo arquivo e escreva a tabela fornecida no slide do instrutor. Atente-se
à formatação e às fórmulas apresentadas.
• Busque realizar operações matemáticas utilizando as tabelas da seção 11.4 deste
capítulo.
• Agora, utilize as operações lógicas, também na seção 11.4 para comparar os
valores das células. Observe que os resultados são mostrados como
VERDADEIRO ou FALSO.
Recapitulando
103
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Unidade 3: Funções
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
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Em busca de informações
3.1 Funções
105
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Figura 3.2: Planilha Exemplo 1 com aplicação da função soma em B17.
A seguir, precisamos copiar essa fórmula para as células de C17, D17 e E17. Podemos
usar o mesmo procedimento que foi descrito acima. O programa perceberá que elas
foram colocadas em outra coluna e ajustará as referências das colunas
automaticamente. Assim, após copiar a fórmula para a coluna C17, teremos
=Soma(C4:C15); na célula D17 aparecerá =Soma(D4:D15), e assim por diante.
Agora, nossa planilha está completa e basta digitar os valores unitários relativos a cada
mês e a cada tipo de produto, das linhas 4 a 15, das colunas B a E. O programa nos
dará, automaticamente, os valores da linha 17 e da coluna F.
A rapidez é uma das grandes vantagens dos programas de planilha. Se você cometer um
erro ou quiser modificar o valor de uma célula, basta digitar o valor correto e todos os
outros valores serão atualizados automaticamente.
Funções de uma planilha são comandos mais compactos e rápidos para se executar
fórmulas. Com elas é possível fazer operações complexas com uma única fórmula. As
funções são agrupadas em categorias, para ficar mais fácil a sua localização. As funções
também facilitam o trabalho com planilhas especializadas. Por exemplo, um engenheiro
pode utilizar funções matemáticas para calcular a resistência de um material. Um
contador usará funções financeiras para elaborar o balanço de uma empresa. Entre as
diversas funções, destacam-se:
• Funções financeiras - Para calcular juros, rendimento de aplicações, depreciação de
ativos etc.
• Funções matemáticas e trigonométricas - Permite calcular raiz quadrada, fatorial,
seno, tangente etc.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
• Funções estatísticas - Para calcular a média de valores, valores máximos e mínimos
de uma lista, desvio padrão, distribuições etc.
• Funções lógicas - Possibilitam comparar células e apresentar valores que não
podem ser calculados com fórmulas tradicionais.
A escolha de um ou outro tipo de função depende do objetivo da planilha. Por isso, a
Ajuda do programa de planilha é um valioso aliado. Ela contém a lista de todas as
funções do programa, normalmente com exemplo.
Para ilustrar, usaremos a função estatística MÉDIA e a função lógica SE em uma
planilha que controla a nota dos alunos de uma escola. Se a média for superior a 5, o
aluno é aprovado; caso contrário, é reprovado.
Na tela abaixo, as notas foram digitadas nas colunas de B até E e suas médias
colocadas na coluna F, com o auxílio da função MÉDIA. Essa função calcula a média
das células indicadas. Para aplicá-la:
Digite a fórmula =Média(B3:E3) na célula F3. Ela indica o próximo passo a ser dado: o
cálculo da média das células de B3 a E3 (a média de B3, C3, D3 e E3).
107
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Figura 3.4: Planilha Exemplo 2 com a função Média.
Para que o programa indique se um aluno foi aprovado ou não, a média obtida por esse
aluno deve ser comparada com 5. Isso é feito digitando-se a fórmula
=Se(F3<5;”Reprovado”;”Aprovado”) na célula G3. Aprendemos o comando de
comparação na unidade anterior. Aqui, ele é usado dentro de uma função a fim de
configurá-la de forma a garantir seu funcionamento.
O conteúdo da célula G3 é determinado pela condição de teste F3<5. Ela exibirá o
“Reprovado” caso a condição F3<5 seja verdadeira, ou seja, se o aluno obtiver média
inferior a 5. Mostrará o valor “Aprovado” no caso de a condição F3<5 ser falsa, ou seja,
se o aluno obtiver uma média igual ou maior que 5.
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Segue abaixo uma lista das principais funções do Calc:
=DIATRABALHOTOTAL() Calcula quantos dias existem entre duas datas e retorna apenas os dias da semana
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Colocando o conhecimento em prática
Atividade:
• Abra um novo arquivo e escreva a tabela fornecida no slide do instrutor. Atente-se à
formatação e às funções apresentadas.
• Utilize em uma linha da tabela a fórmula SOMA() e divida pelo número de dados
utilizados. Compare seu valor com a utilização da função MEDIA().
• Utilize a função CONT.SE() tendo como condição a soma de números superiores a
50.
Recapitulando
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Unidade 4: Gráficos
Um começo de conversa
Nos últimos capítulos, aprendemos a trabalhar no Calc, utilizando seus recursos básicos,
suas fórmulas e funções. Nosso aprendizado, sobre o OpenOffice Calc está quase
completo, entretanto, ainda resta aprender um recurso muito importante: a obtenção de
gráficos no programa.
Visto que o OpenOffice Calc é um programa que lida com dados, é natural que
desejemos gerar gráficos a partir de determinados valores. Em uma planilha onde estão
os dados de vendas ao longo de um ano, um analista gostaria de verificar visualmente a
evolução das vendas nesse período, a forma mais prática é através da criação de um
gráfico com os dados da planilha.
Objetivos da Aprendizagem
Para finalizarmos nosso aprendizado sobre o OpenOffice Calc, vamos aprender a realizar
gráficos e formatá-los.
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Em busca de informações
Gráficos são representações visuais utilizadas para exibir dados, o Calc fornece a
possibilidade de utilizar vários modelos, focaremos nos 3 mais utilizados.
Esse modelo de gráfico também é conhecido como “Gráfico de Barra”, eles são usados
para comparar quantidades ou mesmo demostrar valores pontuais de determinado
período. As colunas podem surgir horizontal ou verticalmente. Veja o exemplo a seguir:
Esse modelo de gráfico também é conhecido como “Gráfico de Segmento”, ele é usado
para apresentar valores em determinado espaço de tempo. Sua finalidade é mostrar as
evoluções ou diminuições de algum fenômeno. Veja o exemplo a seguir:
Figura 4.2: Gráfico de Linha ilustrando os gastos mensais.
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4.3 Gráficos de pizza
Esse modelo de gráfico possui um formato circular, semelhante a uma pizza, também é
conhecido como “Gráfico de Setores”. Neste gráfico, os valores de cada categoria
estatística representada são proporcionais às respectivas frequências ou intensidade:
Primeiramente, devemos criar uma tabela com os valores que se deseja criar o gráfico.
Usaremos como exemplo uma tabela sobre os gastos mensais de uma pessoa. Após
preencher os dados corretamente, selecione os valores conforme o exemplo a seguir:
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Em seguida, clique na guia “Inserir”. Ao clicar na guia, escolha a opção “Gráfico...”:
Figura 4.5: Criação de gráfico através da opção “Inserir” e “Gráfico do menu principal.
Figura 4.6: Assistente de gráficos. Caixa de diálogo que permite escolher o tipo,
intervalo de dados entre outros parâmetros.
Escolha o estilo de colunas que você preferir, assim, o gráfico é gerado automaticamente.
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O gráfico se comporta como uma imagem. É possível movê-lo ou aumentá-lo como uma
imagem, observe a alteração:
Ao clicar duas vezes, com o botão esquerdo, em cima do gráfico aparece um menu de
configurações do gráfico na aba superior. Neste menu é possível alterar o tipo de gráfico
escolhido, legenda, titulo, e os dados de linhas e colunas da tabela, que originou o gráfico
e também inserir mais dados.
Figura 4.9: Guia de Formatação de Gráfico.
115
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Para inserir títulos no gráfico clicamos duas vezes sobre o gráfico, e em seguida
apertamos o botão direito do mouse. Ao mostrar o menu ilustrado na figura abaixo,
selecionamos a opção “Inserir títulos..”.
Quando aparecer a caixa de diálogo Título, fazemos a alteração desejada e apertamos
“Ok”.
Para inserir legenda seguimos o mesmo procedimento usado para inserir o título. No
entanto ao criarmos o gráfico ela é gerada automaticamente.
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Colocando o conhecimento em prática
Atividade:
• Escreva a tabela a seguir:
Recapitulando
Referências Bibliográficas
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Matemática
4º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida Unidade 1:Juros Simples e Compostos 120
Vice-reitor
Um começo de conversa 120
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
Gabarito 128
Instrutores Colaboradores
Unidade 2: Custos de soldagem 129
2.1 Classificação dos custos 130
Caio César
Diego Silva
Marcela Martins
119
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Juros
Simples e Compostos
Um começo de conversa
O conceito de juros é muito antigo, tendo sua existência observada desde as primeiras
civilizações, antes da criação do dinheiro, onde ele era aplicado sobre os produtos
agrícolas, entre outros. Ademais, desde então ele faz parte do cotidiano da nossa
sociedade pois é o principal negócio dos bancos e instituições financeiras, que
emprestam dinheiro aos clientes, para cobrar um “pouco” mais depois de certo tempo.
Assim, ele está presente em quase toda transação financeira que as pessoas fazem,
como o uso do cartão de crédito, empréstimos, investimentos, parcelamento de
produtos, etc. Os exemplos são inúmeros. Prosseguindo, não é preciso dizer que essa
é uma disciplina indispensável para qualquer pessoa que queira cuidar bem de seu
dinheiro e usá-lo a seu favor.
Objetivos da Aprendizagem
Essa é umas das disciplinas mais importantes da matemática do ensino básico. Pois,
possui inúmeras aplicações no cotidiano, principalmente no mercado financeiro. Dessa
forma, ele é uma ferramenta simples porém extremamente útil na vida das pessoas.
Assim, com seu auxilio, poderemos calcular qual investimento seria melhor em um certo
prazo, qual a melhor forma de comprar um produto, à vista ou a prazo, quanto
pagaríamos de juros se deixássemos de pagar a fatura do cartão de credito e qual a
melhor opção de empréstimo para uma determinada situação, além de outras situações
do cotidiano. Por fim, nessa unidade é recomendado o uso de calculadora, pois em
alguns cálculos, de potência por exemplo, ficaria bem complicado e demorado fazê-los
manualmente.
120
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Em busca de informações
x
x% =
100
Representações de porcentagem: A porcentagem pode ser representada de várias
maneiras, inclusive graficamente e listamos algumas formas, através do exemplo abaixo.
Figura 1.1: Representação de 10%
10
10
10% = = 0,1 =
100 90
10
300 = 0,1 300 = 10% 300 = 10% de 300 = 30
100
121
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Exemplo do cálculo de Aumento percentual: O valor de uma geladeira, que custava
R$ 800,00 reais, aumentou em 12%. Assim, qual o novo preço do produto?
Capital (C): Valor que está aplicado nesse momento, pode ser um investimento, dívida ou
empréstimo. Assim, no caso de um investimento é o valor atual que a pessoa tem na
aplicação, no caso da dívida é a dívida atual e no empréstimo, o valor que está devendo.
Taxa (i): Também chamada de taxa de juros, é o valor percentual pago pelo uso do
dinheiro, está sempre atrelada a um prazo. Por exemplo, em um empréstimo além do
valor que pegou emprestado a pessoa ainda paga a mais pelo aluguel do dinheiro. Por
fim, ele é sempre expressa em tempo, por exemplo ao ano, ao dia, ao mês.
Juros (J): Conceito muito atrelado à taxa de juros, corresponde ao valor obtido pelo
empréstimo do capital de acordo com uma taxa e em um determinado período, pode ser a
regime de juros simples ou compostos. Assim, é aquele valor que as pessoas pagam a
mais quando atrasam uma dívida, por exemplo a fatura do cartão de crédito.
122
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Montante (M): Montante equivale a soma entre o capital e os juros. Assim, no caso de um
investimento é o valor total que a pessoa retira depois de determinado tempo aplicado.
M =C+J
Tempo (t): Tempo é uma grandeza fundamental na matemática financeira, sempre
relacionado ao capital que está aplicado.
Aqui percebemos que, como o investimento foi feito no regime de juros simples o
rendimento ao mês é sempre igual, pois a taxa de juros é sempre referente ao primeiro
capital investido, que no caso foi de R$ 100,00. Assim, a resposta da pergunta é R$ 5,00.
Fórmula para o cálculo dos juros simples: A seguir apresentamos a fórmula usada no
cálculo dos juros simples. J : Juros Simples
C: Capital
J = C i t i: Taxa
t : tempo
M : Montante
M =C+J C: Capital
J : Juros
123
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Exemplo: João quer saber quanto receberá mantendo o seu dinheiro no investimento,
apresentado acima, na tabela, em 13 meses. Assim, esse problema poderia ser resolvido
fazendo a tabela e as contas manualmente até o 13° mês. Entretanto, uma maneira mais
fácil é usando a fórmula de juros simples com as informações disponibilizadas no
enunciado e é importante lembrar que x% = x/100.
Informações
C: R$ 100,00 5
i : 5% ao mês J = 100 13 = 65
100
t : 13 meses
Portanto, o investimento de João rendeu R$ 65,00 nos 13 meses que o capital foi
investido. O montante resgatado por ele é calculado abaixo.
Informações
C: R$ 100,00 M = 65 + 100 = 165
J : R$ 65,00
No final dos 13 meses João resgatará além dos R$ 100,00 inicias, R$ 65,00 de juros
atrelado ao investimento que no total será um montante de R$ 165,00.
Voltamos ao nosso amigo João que fez o mesmo investimento anterior, porém no regime
de juros compostos, o chamado juros sobre juros. Dessa forma, observe a tabela.
124
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Analisando a tabela acima, podemos perceber que apesar da taxa de juros não variar o
valor dos juros aumenta, mês a mês, isso ocorre pois o valor sobre o qual o juros é
cobrado aumenta com o tempo. Ademais, analisando as duas situações, notamos que nos
primeiros meses os valores são bem próximos, porém com o tempo vão se distanciando.
Dessa forma, essa diferença foi gerada pelo fato de que, no sistema de juros compostos,
deve-se calcular os juros no fim de cada período, formando um capital sobre o qual se
calculam os juros do período seguinte, o que chamamos “juros sobre juros”.
Por fim, os Juros Compostos é o regime de juros que os bancos e demais instituições
financeiras praticam em suas transações. Dessa maneira, é preciso ficar atento ao uso do
cartão de crédito, empréstimos, financiamentos, entre outros. Pois, além de altas taxas de
juros, nesse regime os valores podem aumentar rapidamente.
Fórmula para o cálculo dos juros composto: Essa expressão é análoga ao de aumento
percentual, entretanto aqui ela acontece varias vezes, por isso usamos potência.
M : Montante
M = C (1 + i ) t C : Capital
J : Juros
i : Taxa
O montante que João resgatará no final do período de 13 meses pode ser calculado pela
fórmula abaixo.
Informações
5 13
M = 100 (1 + ) = 188,56 C: R$ 100,00
100 i : 5% ao mês
t : 13 meses
Exemplo: Tião quer saber quanto pagaria ao final de um ano se deixasse de pagar sua
fatura de cartão de crédito. Assim, sabendo que sua fatura é de R$ 1000,00 e a taxa de
juros cobrada pelo banco é de 9,79% ao mês , qual o valor que ele teria que pagar.
125
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Observação: A taxa de juros sempre deve estar de acordo com o tempo, se não estiver é
preciso converter a medida de tempo para se adequar a taxa. Assim, nesse exemplo,
devemos converter o ano para 12 meses, para ajustar a taxa de 9,79% ao mês.
Informações do problema
Portanto, no fim de um ano, se a fatura não for paga, Tião terá que desembolsar R$
3067,28 para quitar sua dívida, R$ 2067,28 a mais, por contas dos juros. Assim, sempre
evite deixar de pagar a fatura, pois em pouco tempo a dívida aumenta bastante.
126
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
2. O salário líquido de Tiago é de R$ 1 100,00. Sabe-se que são descontados 17% do seu
salário para o pagamento de impostos. Qual é o salário bruto de Tiago?
3. Calcule o juros, simples, produzido por R$ 50000,00, durante 2 anos, a uma taxa de 2,5% ao
mês.
4. Em uma promoção, o preço de um celular passou de R$ 499,00 para R$ 399,00. Qual foi o
desconto nessa promoção?
6. Por quanto tempo uma pessoa deve aplicar o capital de R$ 10000,00 para que renda R$
4000,00 a uma taxa de 5% ao mês, em juros simples?
7. Uma pessoa faz um empréstimo de R$ 500 000,00 e, após 8 meses, paga o montante
(capita + juros) de R$ 980 000,00. Sabendo que o empréstimo foi a regime de juros simples,
qual a taxa do empréstimo?
8. Se uma mercadoria cujo preço é de R$ 200,00 for paga em 6 meses, com taxa de 20% ao
ano, quanto será pago de juros no sistema de juros simples?
9. Na compra de um imóvel, cujo valor à vista é de 120000,00, foi dada uma entrada de 20% e
o restante foi financiado em duas prestações mensais e iguais. Sabendo que a taxa de juros
foi de 18% ao mês, qual será o valor de cada prestação?
10. Quanto receberá de juros, no fim de um semestre, uma pessoa que investiu, a juros
compostos, a quantia de R$ 6 000,00 à taxa de 1% ao mês?
11. Calcule o montante produzido por R$ 5 000,00 aplicado à taxa de 6% ao bimestre, após um
ano, no sistema de juros compostos.
12. Uma dívida de R$ 700,00 foi contraída a juros compostos de 2% ao mês para ser quitada em
4 meses. Quanto deverá ser pago para quitar a dívida?
14. Um capital foi aplicado a juros compostos à taxa de 20% a.a., durante 3 anos. Se, decorrido
esse período, o montante produzido foi de R$ 864,00, qual foi o valor do capital aplicado?
127
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Gabarito
128
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2 : Custo de
soldagem
Um começo de conversa
No mercado cada vez mais competitivo, todo tipo de vantagem pode fazer com que uma
empresa se sobressaia em relações as demais. Para isso, entender como funciona seus
custos e como isso está relacionado com a produtividade é algo crucial para aumentar a
competitividade da empresa. De acordo com um estudo realizado em 2002 pela AWS
(EUA) indicou que 57% das empresas não determinam os custos relacionados a
soldagem e 23% determinam de forma mínima.
Se entendemos o que influencia no custo da soldagem, podemos então tomar atitudes
para tornar o processo o mais otimizado possível e, consequentemente, diminuir o
custo. Dessa maneira, a margem de lucro pode ser maior ou então deixar o preço do
produto/serviço mais competitivo.
Objetivos da aprendizagem
O primeiro passo para conseguirmos calcular o custo na soldagem é entender quais são
esses custos. Podemos separá-los de uma maneira geral da seguinte forma:
• Mão de obra
• Consumíveis (metal de adição)
• Gases de proteção
• Equipamentos
• Energia
Obviamente, esses parâmetros podem alterar dependendo de cada caso e, por isso,
entender cada processo da solda irá auxiliar nessa classificação.
129
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
Em busca de informações
CUSTO NA SOLDAGEM
Gas Arame Energia
4% 7% 4%
Equipame
ntos
15%
Mão-de-
obra
70%
Fonte: Acervo do Autor
130
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
2.2 Como calcular
• Custo do metal de adição
O Custo do metal de adição, como o próprio nome sugere, é o valor gasto com o metal
utilizado para a solda. Nesse caso há dois parâmetros que influenciam muito no valor
final: a quantidade de metal depositado e a eficiência.
A quantidade de metal está relacionada ao volume soldado. Dessa maneira, usamos a
unidade kg/m, ou seja, a massa de metal depositado a cada metro soldado. Já a
eficiência é definida como sendo a razão entre a quantidade de metal depositado por
consumível. Em outras palavras, se a quantidade de metal depositada for muito próxima
a quantidade consumida, a eficiência é alta, mas se a quantidade de metal depositada
for pequena em relação a quantidade consumida, a eficiência é baixa.
Abaixo, a eficiências típicas dos processos ao arco:
• SMAW – eletrodos revestidos: 50~60%
• GMAW – arames sólidos: 95%
• FCAW – arames tubulares: 85%
• SAW – arco submerso: 99%
Entendendo esses dois parâmetros e sabendo o valor do material, podemos escrever a
seguinte fórmula para o custo do metal de adição (Cma):
131
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
Taxa de deposição: Quantidade de metal depositado por unidade de tempo. Por
exemplo, a quantidade de kg de metal depositado por hora. Se aumentamos a taxa de
deposição significa que estamos depositando mais metal por unidade de tempo, logo, o
trabalho será efetuado em menos tempo.
Ciclo de Trabalho: Tempo de arco aberto por tempo total de trabalho expressa em
porcentagem. Uma porcentagem de 30%, por exemplo, significaria que 30% do tempo
trabalhado o arco estava aberto. Se aumentarmos o ciclo de trabalho, significaria que
estamos realizando mais solda por unidade de tempo, também contribuindo para a
redução do tempo de trabalho. Segue abaixo uma estimativa de ciclo de trabalho de
alguns processos.
• MMA: 10 ~ 30%;
• MIG/MAG e FCAW: 20 ~ 40%;
• SAW: 40 ~ 70 %.
Para o cálculo do custo da mão de obra (Cmo) utilizamos a seguinte fórmula:
132
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
• Custo de fluxos
O consumo de fluxo geralmente é função da quantidade utilizada de arame. Como,
nesse processo, praticamente não há perdas, o custo, CF, é dado por:
𝑘𝑔 𝑘𝑔𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑅$
𝐶𝑓 = 𝑀𝑒𝑡𝑎𝑙 𝐷𝑒𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 × 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜( ) × 𝑃𝑟𝑒ç𝑜( )
𝑚 𝑘𝑔𝐴𝑟𝑎𝑚𝑒 𝑘𝑔
Exemplo:
Tabela 2.2: Consumo típico de kg fluxo neutro / kg de arame
• Custo de energia
O custo de energia, quando comparado aos demais custos, representa uma parcela
muito pequena. Por esse motivo, muitas vezes é desprezada. Entretanto podemos
facilmente calculá-la em função do consumo de energia do equipamento, da seguinte
forma:
𝑘𝑔 𝑘𝑊ℎ 𝑅$
𝐶𝑒 = 𝑀𝑒𝑡𝑎𝑙 𝐷𝑒𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 × 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎( ) × 𝑃𝑟𝑒ç𝑜( )
𝑚 𝑘𝑔 𝑘𝑊ℎ
Vale ressaltar que existe diferença no consumo de energia em função do processo de
soldagem. Segue abaixo uma tabela que ilustra o consumo de diferentes produtos
133
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
• Custo de equipamento
O custo de equipamentos pode representar grande parcela de custo total, caso os
processos sejam altamente mecanizados. Caso contrário, representará pequena parcela
se o processo for pouco mecanizado. Para sabermos quanto é gasto com o
equipamento (Ceq) basta utilizar a seguinte fórmula:
Após calcularmos todos os custos citados a cima, basta soma-los de maneira a se obter
o custo total da soldagem. Ou seja:
Custo Total = Cma + Cmo + Cgp ou Cf + Ce + Ceq + ...
Onde:
• Cma = Custo metal de adição
• Cmo = Custo mão-de-obra
• Cgp ou Cf = Custo gás de proteção ou Custo de fluxos
• Ce = Custo de energia elétrica
• Ceq = Custo equipamentos ou depreciação
134
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
• Utilizar soldas intermitentes sempre que possível;
• Utilizar chapas de menor espessura sempre que possível.
Para aumentar a taxa de deposição, pode-se adotar uma ou mais ações a seguir:
• Escolher o processo de soldagem e o consumível com elevadas taxas de
deposição;
• Usar correntes elevadas;
• Usar eletrodos com maiores diâmetros;
• Aumentar o “Stick-out”;
• Usar preferencialmente a posição de soldagem plana. Caso necessário usar
posicionadores;
• Mecanização.
E por fim, para o aumento do ciclo de trabalho, pode-se adotar uma ou mais ações a
seguir:
• Manter os equipamentos e consumíveis perto do local de trabalho
• Evitar “tempo de espera (Downtime)” (ex. troca de bobinas, ressecagem do
consumível)
• Escolha de consumíveis com fácil remoção de escórias
• Evitar respingos (Seleção do consumível / ajuste adequado de parâmetros)
• Mecanizar e/ou Robotizar
• Prevenir defeitos e re-trabalho
• Preparação de procedimentos de soldagem
• Organização
• Melhorar as condições de trabalho
• Treinamento dos soldadores
• Fácil acesso as juntas
135
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
Unidade 3: Média
Aritmética
Um começo de conversa
Vez ou outra alguém da família precisa de trocar o aparelho celular. A primeira coisa
que a maioria das pessoas vai fazer é: pesquisar preços na internet! São vários
modelos, marcas, preços e tecnologias diversas. Além disso, com a internet, a
quantidade de opções de lojas que podemos pesquisar os preços aumentaram
bastante, afinal, agora podemos ter acesso a qualquer loja do Brasil com apenas um
clique.
Com tantas opções, os preços encontrados são variados. Alguns com preços muito
abaixo ou muito acima da maioria dos oferecidos no mercado. Com tantas variações
de preço, provavelmente você já escutou ou se fez a seguinte pergunta: " Qual é o
preço em média desse produto?". Em outras palavras, queremos saber o valor que os
preços da maioria dos celulares estão próximos. Claro que haverá celulares mais
caros e mais baratos que esse valor médio, mas o valor da maioria deles não estará
tão longe desse preço médio. O que não sabíamos até agora é como calcular para
obtermos o preço médio de fato de um produto ou do que mais quisermos calcular.
Objetivos da Aprendizagem
136
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
3. Em busca de informações
3.1 Introdução
Existem vários tipos de médias como, por exemplo, a médias aritmética, a média
geométrica e a média harmônica. Neste curso, veremos a média aritmética, que é a
mais utilizada no dia a dia. A seguir, temos alguns exemplos de utilização da média no
nosso cotidiano:
• média escolar;
• média de temperatura.
A média aritmética é considerada uma medida “central”, ou seja, ela tenta resumir um
conjunto de dados em um único valor. Para calcularmos a média aritmética simples,
basta somar os todos os valores e dividir pela quantidade de valores que temos, isto é:
Agora que você sabe como calcular a média aritmética simples, que tal ver alguns
exemplos?
Exemplo 1:
Suponha que uma sala de aula tem 7 alunos, com as seguintes idades: 21, 35, 42, 57,
26, 38 e 64 anos. Qual é a média de idade desta sala?
Solução:
Como foi visto anteriormente,
𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴𝑟𝑖𝑡𝑚é𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 =
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠
137
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
Neste exemplo, temos 7 alunos. Ou seja, a “quantidade de valores” é igual a 7.
Exemplo 2:
Solução:
Obs.: sabemos que não é possível fazer 2,6 gols em uma partida, porém a média nem
sempre dará um número inteiro, “completo”.
138
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
Exemplo 3:
Solução:
Passando o 5 multiplicando,
𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 40 + ? = 13 𝑥 5
40 + ? = 65
Passando o 40 subtraindo,
? = 65 − 40
? = 25
139
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
3.3 Média Aritmética Ponderada
Além da média aritmética simples, existe também a média aritmética ponderada. Ela
é utilizada quando os números possuem pesos diferentes, ou seja, quando alguns
valores têm mais importância (valor) que outros.
Agora que sabemos calcular a média aritmética ponderada, vamos ver alguns
exemplos.
Exemplo 4:
140
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
Assim, temos que:
3 𝑥 8 + 3 𝑥 10 + 2 𝑥 5 + 2 𝑥 7
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 =
3+3+2+2
24 + 30 + 10 + 14 78
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 = = = 7,8
10 10
Exemplo 5:
Um professor aplicou 3 provas durante o ano em uma escola em que a média é 7,0.
O peso dessas provas eram, respectivamente, 1, 2 e 3. Sabendo que Marcos tirou
8,0 na 1ª prova e 5,0 na 2ª prova, quanto ele precisa tirar na 3ª prova para ficar na
média?
Solução
Então, a média ponderada tem que ser igual a 7,0. Assim, temos que:
1𝑥8+2𝑥5+3𝑥𝑛
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 = = 7,0
1+2+3
Realizando as multiplicações
8 + 10 + 3 𝑛
=7
6
“Passando” o 6 multiplicando,
18 + 3 𝑛 = 42
141
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
“Passando” o 18 subtraindo,
3 𝑛 = 42 − 18
3 𝑛 = 24
“Passando” o 3 dividindo,
24
𝑛= =8
3
142
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Obs.: Os exercícios de média exigem interpretação para saber qual tipo de média
será utilizada em cada caso. Fique atento!
b) 4, 7, 5 e 16
c) 7, 9, 15, 23, 6 e 39
3) (UFPB 2008) Uma atleta participou de três provas de uma determinada competição.
Suas notas foram, respectivamente, o dobro e o triplo da nota da primeira. Sabendo-se
que a média aritmética das três provas foi 28,6 pontos, é correto afirmar que a nota da
primeira prova foi:
a) 8
b) 9,2
c) 12
d) 14,3
e) 15
143
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
4) Em uma empresa, há 4 cargos: estagiário, assistente, gerente e presidente. Essa
empresa possui 2 estagiários, 7 assistentes, 2 gerentes e 1 presidente. O salário de
cada um dos cargos está presente na tabela a seguir:
Tabela 3.3: Cargos e salários (exercício 4)
Cargo da empresa Salário
Estagiário R$900,00
Assistente R$1.800,00
Gerente R$3.500,00
Presidente R$7.000,00
Fonte: Acervo do autor
6) Uma avaliação com seis questões foi realizada com os empregados de uma
pequena indústria. Os resultados foram apresentados em uma tabela. Observe:
144
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
7) Brasil, Argentina e Chile resolveram disputar entre si as “Olimpíadas Escolares”.
Os resultados de cada país estão representados no gráfico a seguir:
Figura 3.1 – Resultados das Olimpíadas Escolares
Questões “desafio”
8) A média aritmética das notas dos alunos de uma turma formada por 25 meninas
e 5 meninos é igual a 7. Se a média aritmética das notas dos meninos é igual a 6, a
média aritmética das notas das meninas é igual a:
145
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
Gabarito
1)
a) 7
b) 8
c) 16,5
2) Letra E
3) Letra D
4) R$2.366,67
5) 8,0
6) 3,25, aproximadamente
Campeão: Brasil
8) Letra B
9) Letra C
Referências Bibliográficas
146
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
GIOVANNI, J. R.; CASTRUCCI, B. ; JR., J. R. G. A Conquista da Matemática: 4. ed. São
Paulo: Editora FTD S.A. 2005
ANDRINI, Álvaro; Praticando Matemática: 6ª Série. São Paulo: Editora do Brasil, 1989.
MORI, Iracema. ONAGA, Dulce. Matemática: ideias e desafios, 7° ano. 18ª Edição. São
Paulo: Saraiva, 2015.
DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris: matemática: ensino fundamental 2. 2ª Edição. São
Paulo: Ática, 2015
DANTE, Luiz Roberto. Matemática : contexto & aplicações . 2ª Edição. São Paulo : Ática,
2013
SILVA, Marcos Noé Pedro da. "Média aritmética"; Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/matematica/media-aritmetica.htm>. Acesso em 9 de maio
de 2020.
147
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Tecnologia da Soldagem
4º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Sumário Geral
Vice-reitor
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
LarissaCoelho
Matheus Pires
Túlio Duarte
Objetivos da Aprendizagem
As disciplinas aqui tratadas tem como objetivo dar todo o suporte do conhecimento básico
para sua utilização nas matérias técnicas, além do conteúdo básico nos tratamos com
disciplinas de formação complementar que consideramos fundamentais para sua formação
como profissional - independente da área de atuação- sendo eles os conteúdos de
Informática e Comunicação e Relações Humanas que vão contribuir tanto para sua vida
profissional quanto pessoal!
Esperamos que esse conteúdo seja muito útil ao longo do seu aprendizado e
desenvolvimento!
Bons estudos!
Todas as sugestões para melhora desse material são muito bem vindas, para dar
sugestões procure pelo instrutor responsável pela matéria ou deixe sua opinião na
secretaria do CIPMOI.
Estruturação
Este livro faz parte de uma sequencia de quatro apostilas complementares que buscam
dar sequencia as unidades introduzidas ao longo dos quatro bimestres, por cada uma das
matérias lecionadas no curso, tendo cada uma delas temas relevantes para a sua
aprendizagem. Estas unidades são chamadas Unidades Temáticas. Os assuntos ou temas
das unidades podem estar relacionados entre si e cada uma delas tem começo, meio e fim
e ocupa, aproximadamente, de 16 a 20 paginas do livro-texto. Todas as Unidades
Temáticas tem a mesma estrutura editorial interna. Dada a importância dessa forma de
organização da Unidade, você encontra a seguir uma apresentação explicativa dessa
estrutura.
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1: Brasagem 7
Prof. Alessandro Fernandes Moreira 1.1 Fundamentos 8
1.2 Vantagens 9
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
1.3 Desvantagens 9
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.4 Equipamentos 10
Diretor da EEUFMG 1.5 Consumíveis 11
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 1.6 Técnica operatória 12
1.7 Aplicações industriais 13
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado Unidade 2: Soldagem a laser 14
17
Coordenação Geral 2.1 Fundamentos
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães 2.2 Vantagens 17
2.3 Desvantagens 17
Supervisão de área 2.4 Equipamentos 17
2.5 Consumíveis 18
Prof. Alexandre Queiroz Bracarense 18
2.6 Técnica operatória
2.7 Aplicações industriais 18
Carolina Martins Abreu
6
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Brasagem
Um começo de conversa
7
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Objetivo de aprendizagem
Em busca de informações
1.1 Fundamentos
A Brasagem é um processo de união que depende muito da capilaridade do metal de
adição quando ele está na fase líquida, para que o processo de preenchimento do espaço
entre as peças seja bem feito e o metal se una às duas peças é necessário que a
superfície entre elas esteja limpa, livre de óleos, poeira e outras impurezas, essa limpeza
pode ser feita utilizando produtos químicos ou de forma mecânica como é o caso do
esmerilhamento.
A proteção do processo é outro item fundamental para se ter um bom resultado, assim
como nos processos anteriores de soldagem visto ao longo do curso. Para proteção do
metal pode ser utilizados fluxos, atmosferas protetoras ou sem atmosfera: a vácuo.
Quando a proteção é feito por atmosferas protetoras é possível o uso de gases ativos,
inertes ou o vácuo. Esse procedimento tira a necessidade de limpeza após a operação,
pois a formação de óxido será mínima.
No caso em que a proteção é feita pelo uso de fluxo, os óxidos formados após a limpeza
serão dissolvidos no fluxo e expulsos da juntos para a periferia da junta durante a
8
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
deposição do metal de adição, os óxidos e o fluxo que foram expulsos da junta serão
removidos durante o processo de limpeza. Esse fenômeno de expulsão acontece, pois o
metal de adição tem maior fluidez e acaba empurrando o fluxo que leva consigo os óxidos
que tiverem sido formados, na figura 2 é possível notar essa região com fluxo ao longo das
bordas da junta.
Figura 1.2: Brasagem usando fluxo em pó e oxi-gás como fonte de calor.
1.2 Vantagens
• Equipamento simples e de fácil manuseio;
• Usa baixas temperaturas, requer menor calor;
• Metal de adição fica com pouca tensão residual e ductilidade após solidificar
possibilitando usinagem da peça;
• Material de base continua com suas propriedades;
• A peça apresenta boa resistência mecânica para várias aplicações;
• Junta dois materiais com pontos de fusão diferentes;
• Pode unir materiais frágeis.
1.3 Desvantagens
• Limitada a resistência da união pela resistência do metal de adição;
• Temperatura de serviço tem que ser a de fusão do metal de adição;
• Pode ocorrer corrosão galvânica na junta, um metal corrói o outro ao entrarem em
contato elétrico no caso em que se utiliza fonte de calor com corrente elétrica;
• A peça toda deve ser aquecida.
9
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.4 Equipamentos
Brasagem em forno: forno a gás, a óleo ou elétrico (mais utilizado), podem ter atmosfera
controlada ou serem a vácuo. Muito usado quando o metal de adição pode ser colocado
previamente na junta, pode usar atmosfera controlada, é aplicável em grande escala
(Correia, 2017).
Brasagem por indução: fonte de energia elétrica e de uma bobina de indução, podem ter
refrigeração a água e sua geometria deve ser capaz de envolver a peça inteira.
Normalmente o metal de adição é colocado previamente no junta e a proteção é feita por
fluxo;
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Brasagem por resistência: 1. semelhante a soldagem por resistência, utiliza
transformador, eletrodos de solda, porta eletrodos. O calor é obtido por efeito Joule (perda
de calor devido a passagem de corrente por uma resistência). Suas características vão
depender da forma, dimensão de material da peça. 2. utilizando eletrodos de carvão com
aquecimentos por corrente elétrica que passa do eletrodo para a peça. A proteção também
é feita por fluxo ou atmosfera protetora;
Brasagem por imersão em metal fundido: utiliza um forno para pré-aquecer as peças e
um cadinho para o metal de adição líquido, as peças são imersas no metal de adição
(Correia, 2017);
Brasagem por imersão em banho químico: a peça com metal de adição é imersa em
fluxo fundido e aquecido por resistência elétrica (Correia, 2017);
Brasagem por infravermelho: utiliza lâmpadas de quartzo de alta intensidade, pode usar
refletores para aumentar a concentração da radiação na junta. A proteção pode ser feita
por fluxo.
• Arame;
• Fluxo;
1.5 Consumíveis
Entre os materiais utilizados na Brasagem aqueles que estão sujeitos ao desgaste e
consumo ao longo do processo, fora os consumíveis gastos para cada tipo de fonte de
calor) são os:
• Arames;
• Fluxos, podem ser compostos de cloretos, fluoretos, fluoboratos, boratos, boórax, ácido
bórico, agentes umectantes e água, eles podem se apresentar na seguintes formas:
• Pó - pasta pode ser diluída e aplicada com um pincel na peça;
• Pó - pasta usada para submergir o arame/vareta aquecido;
• Vareta - são revestidas com a pasta, que penetra assim que a vareta é fundida..
• Gases para atmosfera protetora
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
• Molhabilidade: capacidade de expansão espontânea (se espalhar) na fase líquida
sobre uma superfície sólida;
• Boa fluidez para assumir o lugar do fluxo na junta
• Propriedades mecânicas compatíveis com a aplicação (resistência, tenacidade).
Naturalmente os metais formam óxidos quando interagem com a atmosfera (não
protetora), principalmente quando o metal está na fase líquida, prejudicando a qualidade
da soldagem e brasagem. Para evitar a formação de óxidos e facilidade de expulsão dos
mesmos durante a brasagem são utilizado os fluxos, existem vários tipos de fluxos que
serão adequados para cada aplicação. Contudo eles devem apresentar características
gerais:
• Viscosidade na temperatura de operação, vai ajudar com que ele ceda lugar para o
metal de adição no centro da junta;
• Baixa tensão superficial, para facilitar a molhabilidade (espalhamento) do metal de
base e o deslocamento do metal de adição para dentro da junta.
Figuras 1.5: (a) Brasagem usando fluxo em pó (b) oxi-gás como fonte de calor.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.7 Aplicações Industriais
A brasagem é usada em três aplicações principais na indústria:
Recapitulando
13
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Para saber mais
14
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2: Soldagem a
Laser
Um começo de conversa
15
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Figura 2.2: Soldagem a Laser
Fonte: https://www.thefabricator.com/article/laserwelding/a-business-case-for-laser-welding-in-the-job-shop
Acesso em: 05/2020
Objetivo de aprendizagem
O LASER é uma sigla do inglês, que significa Light Amplification by Stimulated Emission of
Radiation, que, traduzindo, é a amplificação da luz através da emissão estimulada da
radiação. Sendo assim, o Laser é uma radiação concentrada produzida por um dispositivo.
Essa emissão de radiação ocorre quando os átomos de certos elementos químicos de
uma estrutura recebem alta quantidade de energia externa, capaz de os deixarem em um
estado excitado. Para liberar essa grande quantidade de energia recebida, essa estrutura
libera energia para o meio através de luz, que é dissipada através da luz. A Figura 3 ilustra
o processo de soldagem a Laser:
Figura 2.3: Ilustração da soldagem a Laser
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-6-Formacao-do-cordao-de-SL-Fonte-Ribolla-Damoulis-
Batalha-2004_fig1_34416350 Acesso em: 05/2020
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em busca de informação
2.1 Fundamentos
O Laser é uma fonte de energia que pode ser utilizada para fundir, furar e vaporizar
parcialmente o metal de base. Então, o Laser é uma ferramenta versátil e eficaz para ser
utilizada na fabricação de peças de diferentes geometrias, que incluem peças simples e
complexas. Além disso, podem ser utilizadas em diversos materiais, espessuras e de
materiais iguais ou diferentes, em alta velocidade. Como o Laser é muito concentrado, o
calor fica concentrado na região desejada e os efeitos térmicos são reduzidos, como o da
ZTA e de distorções térmicas (empenamento).
2.2 Vantagens
• Alta precisão;
• Soldagem autógena;
• Alta produtividade;
2.3 Desvantagens
• Alto custo e complexidade do equipamento;
• Problemas devido a refletividade de superfícies, que podem causar danos nos
componentes ópticos do equipamento;
• Dificuldade para mudar-se o ponto focal;
• Baixa potência do equipamento – por isso, é limitado a pequenas espessuras;
2.4 Equipamentos
Os equipamentos desse processo incluem a fonte de energia e seus componentes
eletrônicos de controle, juntamente com seu sistema de refrigeração. Existem dois tipos de
Lasers que são usados para soldagem e corte: o de CO2 e o de Nd:YAG (“Neodymiun –
Yttrium Aluminum Garnet”). Lasers de CO2 necessitam de entrada contínua desse gás no
sistema e alta tensão na fonte para gerar o Laser. Já o Laser Nd:YAG é usado em
aplicações que exigem menores temperaturas, e seu equipamento consome menos
energia elétrica que o Laser de CO2.
17
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
2.5 Consumíveis
• Gás CO2 para o Laser desse tipo;
• Uso de O2 para o corte a Laser em aços;
• Uso de Nitrogênio para o corte a Laser em metais não ferrosos.
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Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.5: Uso de um robô para se realizar o corte a Laser
Recapitulando
Esse processo de soldagem utiliza a energia de uma luz concentrada de alta potência, que
na verdade, é uma radiação emitida e controlada. Esse processo é autógeno e é capaz de
gerar soldas de excelente qualidade metalúrgica e de acabamento. Além disso, o processo
pode ser utilizado em diferentes tipos de materiais, além da possibilidade de ser usado
para cortar peças metálicas e gravar nomes ou desenhos em peças metálicas também.
Seu principal problema é o alto custo do equipamento e a limitação da espessura das
chapas a serem soldadas e cortadas.
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Unidade 3: Soldagem a
feixe de elétrons
Um começo de conversa
A soldagem por feixe de elétrons é um processo de alta intensidade, pois gera uma grande
quantidade de energia em um curto espaço de tempo e em espaços estreitos, capaz de
ser aplicado a diferentes tipos de metais, juntas e espessuras. O processo é de alto custo
e exige o vácuo como o meio de proteção do ar ambiente e para direcionamento correto
do feixe de elétrons. A Figura 3.1 mostra a aplicação desse processo.
Figura 3.1: Soldagem por feixe de elétrons
Objetivo de aprendizagem
A soldagem por feixe de elétrons (EBW – Electron beam welding) foi desenvolvida
juntamente com a técnica do vácuo, no início da época de construções nucleares (anos
50), quando precisou-se soldar materiais que tem características reativas como o titânio e
zircônio, e encontraram diversos problemas, como a oxidação. A fonte de calor desse
processo de soldagem são elétrons que são acelerados a velocidades muito altas, de 30%
a 70 % da velocidade da luz. Essa energia cinética dos elétrons é transformada em calor
ao chocarem com a superfície metálica das peças a serem soldadas, gerando grande
quantidade de calor, que em grande quantidade, é capaz de fundir os metais. Já o vácuo
para a soldagem, é uma região com muita pouca matéria, ou seja, um local que não tem
nenhum tipo de elemento químico, seja oxigênio, nitrogênio, argônio, ou
20
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
qualquer outro elemento químico presente no ar. Um vácuo perfeito seria um local que não
tem nada, o que é impossível fisicamente. O vácuo necessário pare realizar-se esse
processo de soldagem é quantificado em torno de 0,13 a 133 mPa.
Em busca de informação
3.1 Fundamentos
3.2 Vantagens
3.3 Desvantagens
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3.4 Equipamentos
3.5 Consumíveis
22
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Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
23
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 4: Soldagem
Subaquática
Um começo de conversa
Afinal como são feitos os reparos de trincas nas turbinas dos grandes navios? Como são
feitos os reparos nas tubulações e estruturas presentes em alto mar? Bem, à primeira vista
essas questões despertam certa curiosidade. Nesse capitulo iremos falar sobre processos
de soldagem realizados em situações em que o metal a ser soldado se encontra
submersos por agua.
Objetivo de aprendizagem
Em busca de informação
4.1 Fundamentos
A soldagem subaquática tem grande importância em aplicações em alto mar. Muitas vezes
os lugares onde a solda deve ser realizada estão a 10m, 100m, 300m ou até mais metros
abaixo do nível do mar, como consequência das altas profundidades ocorre também o
aumento da pressão, esta é uma variável importantíssima nos processos de soldagem
subaquática como veremos a seguir. Processos de soldagem realizados em ambientes
com alta pressão, como no fundo do mar, são denominados de soldagem hiperbárica. A
soldagem hiperbárica pode ser dividida em dois métodos: Soldagem hiperbárica a seco e
soldagem hiperbárica a húmido.
24
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.2 Soldagem hiperbárica a seco
Nesse tipo de processo, tanto a região a ser soldada quanto o soldador não estão em
contato direto com a água. Isso ocorre porque o processo de soldagem é realizado dentro
de uma câmara metálica, geralmente de aço, em que toda a água é retirada adicionando-
se ar ou outra mistura de gases adequados ao processo de soldagem e a pressão no
local. A câmara é dimensionada de acordo com a geometria do local a ser soldado e
também com a necessidade de espaço para realização do procedimento.
Nem sempre é viável realizar o processo de soldagem a seco, visto que tal processo é
extremamente caro e depende das condições da estrutura a qual se quer soldar, portanto
partir da década de 70 foram desenvolvidos processos que permitissem soldar sem que se
tenha a necessidade de uma câmara pra separar a aguada da região de soldagem.
25
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 4.2: processo de soldagem hiperbárica a úmido
Dois dos principais contaminantes são oxigênio e nitrogênio, que estão presentes em
abundancia na forma de gases na atmosfera. Dentro da agua também há oxigênio e
hidrogênio. Na verdade, uma molécula de agua é formada por dois átomos de hidrogênio
e um de oxigênio, ligados conforme a figura 3.
26
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 4.4: Dissociação da agua em hidrogênio e oxigênio
Fonte: https://www.twi-global.com/technical-knowledge/job-knowledge/defects-imperfections-in-welds-
porosity-042 Acesso em: 05/2020
Na proteção metalúrgica não são adicionados gases ao cordão de solda, mas sim,
elementos de liga. Estes possuem potencial de oxidação maior do que o do ferro (isto é, o
oxigênio se liga preferencialmente aos elementos de liga, deixando o ferro livre da
oxidação), logo os elementos de liga são sacrificados, impedindo o contato direto do
oxigênio com o ferro, melhorando de forma significativa a qualidade do cordão de solda.
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4.4.2 Contaminação por hidrogênio
Você provavelmente já ouviu falar das trincas de hidrogênio, que são comuns até mesmo
nas soldas fora d’água, os fatores que influenciam na formação de uma trinca de
hidrogênio são:
1. Presença de hidrogênio dissolvido no metal de solda;
2. Tensões residuais no material após a soldagem;
3. Formação de uma microestrutura martensitica;
4. Temperaturas menores que 150°C.
4.5 Equipamentos
28
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1. Fonte de energia para a soldagem – 300 a 600 A CC
As fontes usadas são parecidas com as usadas fora d’água, disponham de valores de
tensão em vazio superiores àqueles encontrados em fontes comerciais. Devido ás
elevadas pressões encontradas nos sítios de soldagem, a queda de tensão ao longo da
coluna do arco assume valores mais altos do que aqueles encontrados no arco gerado em
superfície. Caso o limite de tensão em vazio da fonte seja limitado, poderão surgir
problemas de deposição, decorrentes da incapacidade de fusão do eletrodo, provocados
pela incapacidade de manutenção de um fluxo de corrente devido a elevada pressão
ambiente.
A câmara de soldagem seca tem como função proteger o soldador e a estrutura a ser
soldada do contato direto com a agua. Sua forma e dimensões são variáveis de acordo
com a característica do local a ser soldado
Esses dispositivos são usados para evitar o contato do eletrodo com a agua durante o
mergulho.
6. Eletrodos de soldagem
7. Isolantes térmicos
29
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Processo úmido
Além da fonte de soldagem 300 a 600 A CC, como no processo a seco, também são
usados:
1. Porta eletrodo
2. Sistema de transferência de eletrodos de soldagem
3. Suporte com as lentes de soldagem
4. Eletrodos de soldagem a prova d’água
5. Fonte de energia para a soldagem
6. Chave de faca unipolar – 400 A
7. Medidores de tensão e corrente
8. Cabos de soldagem, 2/0 a 4/0 com grampo de terra
9. Ferramentas para trabalhos submersos
4.5.1 Consumíveis
30
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Vantagens:
Desvantagens:
Processo GTAW
Esse processo é adequado para realizar soldas autógenas por pontos. Dentre os
processos de soldagem convencional o Processo GTAW é o que proporciona maior
estabilidade do arco, mesmo a profundidades elevadas, graças a composição e o fluxo dos
gases que formam a camada de proteção da poça de fusão. No que se refere a
equipamentos, o Processo GTAW necessita de menos equipamentos quando comparado
com o processo de soldagem por arame tubular e mais equipamentos do que o processo
com eletrodo revestido.
Eletrodo revestido
31
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Os eletrodos utilizados mais frequentemente para a soldagem subaquática são
classificados pela AWS como E6013 e E7014.
Processos com eletrodos tubulares ainda estão sendo estudados. Nos Estados Unidos já
foram obtidos resultados positivos com esse tipo de processo. No Brasil também estão
sendo desenvolvidas pesquisas para melhorar a estabilidade do cordão de solda e diminuir
a alta porosidade resultante desse tipo de processo.
A soldagem subaquática tem grande importância em aplicações em alto mar. Muitas vezes
os lugares onde a solda deve ser realizada está a 10m, 100m, 300m ou até mais metros
abaixo do nível do mar, como consequência das altas profundidades ocorre também o
aumento da pressão, esta é uma variável importantíssima nos processos de soldagem
subaquática como veremos a seguir. Processos de soldagem realizados em ambientes
com alta pressão, como no fundo do mar, são denominados de soldagem hiperbárica. A
soldagem hiperbárica pode ser dividida em dois métodos: Soldagem hiperbárica a seco e
soldagem hiperbárica a húmido.
4.7 Vantagens
Processo a seco
• Variedade de processos que proporcionam bom resultado sob as circunstancias ideais,
pode ser usado SMAW;
• GMAW, FCAW ou GTAW;
• Possibilidade de pré aquecimento e pós aquecimento da solda;
• Em geral proporciona taxa de resfriamento menores ou iguais as da superfície,
evitando a formação de fase martensitica;
• o processo de deposição de metal não e afetado pelo contato direto da agua ou seus
produtos gasosos provenientes de seu aquecimento.
Processo a úmido
• Pode ser feita em regiões onde não é possível a montagem da câmara para o processo
a seco;
• De fácil uso em manutenções de emergência;
• Uso de equipamentos simples e leves;
• Baixo tempo e custo para realização do processo
32
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.8 Vantagens
Processo a seco
• Instalação de câmara limitada de acordo com a geometria e tamanho das estruturas da
área de trabalho;
• Instalação de câmara limitada pelo comprometimento da qualidade estrutural d área de
trabalho;
• Alto tempo e custo para realizar o trabalho.
Processo a úmido
• Porosidade acentuada;
• Menor ductilidade e maior dureza na ZAC (zona afetada pelo calor), causados pela alta
taxa de resfriamento induzida pelo meio aquoso existente ao redor da região de
soldagem;
• Aços com alto carbono equivalente são sujeitos a trincas induzidas pelo hidrogênio e a
um endurecimento da ZAC.
4.9 Aplicações
33
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
34
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 5: Automação
em Soldagem
Um começo de conversa
Objetivo de aprendizagem
Em busca de informação
5.1 Fundamentos
35
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Um processo de soldagem é classificado como manual quando todas as atividades citadas
são executadas e controladas pelo soldador. No outro extremo, para que o processo de
soldagem seja classificado como automatizado, todas essas atividades devem ser
executas e controladas pela máquina.
Fonte: MARQUES, Paulo Villani; MODENESI, Paulo José; BRACARENSE, Alexandre Queiroz. Soldagem Fundamentos e
Tecnologia. Belo Horizonte: editora UFMG, 2014.
A nomenclatura automático significa que todas as funções ou etapas de uma operação são
realizados em sequência, através de meios mecânicos e/ou eletrônicos, sem ajunte
executado pelo soldador, com exceção de uma ocasional programação do equipamento. A
automação pode ser parcial, com algumas funções ou etapas executadas pelo soldador.
Definir um processo como semiautomatizado implica dizer que está faltando algo para que
o mesmo se tornar automatizado. O termo semiautomático é largamente usado, porém a
rigor, prefere-se o uso do termo semimecanizado (é mais adequado às características do
processo). Segue a classificação dos processos de soldagem revisada – Figura 5.2
36
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 5.2: Classificação dos processos de soldagem revisada.
Fonte: MARQUES, Paulo Villani; MODENESI, Paulo José; BRACARENSE, Alexandre Queiroz. Soldagem
Fundamentos e Tecnologia. Belo Horizonte: editora UFMG, 2014.
5.2 Características
A finalidade da automação em processos, seja total ou parcial, é diminuir o custo de
manufatura, favorecendo o aumento da produtividade, melhorando a qualidade e a
confiabilidade do produto final (repetibilidade). Essas características são atingidas pela
redução ou eliminação de erros humanos. Um equipamento automatizado pode, em um
extremo, ser projetado para acomodar uma montagem simples ou uma família de
montagem similares (automação fixa), ou em outro extremo, pode ser flexível para ser
modificado rapidamente para executar uma operação similar sobre componentes ou
montagens diferentes (automação flexível).
A automação fixa consiste no sistema de soldagem automático que tem como atributos
uma combinação de dispositivos de movimentação do arco (único ou múltiplo) e uma
plataforma de trabalho, projetados para atuar em sincronia e soldar uma família específica
de produtos. Os mecanismos auxiliares de fixação e manuseio do metal de base estão
frequentemente incluídos e podem ser ajustados em função da junta que será submetida
ao processo de soldagem. Em geral, esses sistemas possuem controles simples e não são
reprogramáveis com facilidade. Esses respectivos equipamentos movimentam-se de
forma simples e são dimensionados para reduzir o tempo de setup (montagem e
desmontagem) e o de soldagem.
37
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
O operador, no âmbito do processo, somente carrega e descarrega as peças em
produção, objetivando uma maior produtividade. Emprega-se a automação fixa em
produção de larga escala de peças similares.
5.4 Dispositivos
Aconselha-se realizar a soldagem na posição plana, pois é mais favorável no que diz a
respeito de melhores taxas de deposição por kg/h, como resultado tem-se menores
tempos de execução.
Os dispositivos tem como funções fixar a peça e promover movimentos que proporcionem
ao soldador ou operador a execução do cordão de solda de maneira mais eficaz e
eficiente.
Em um torno adaptado para soldagem pelo processo GTAW, põe-se uma peça com
geometria cilíndrica, como eixo, tubo ou flange, fixada entre duas placas; nesta situação, é
possível fazer duas soldas ao mesmo tempo, sincronizando o movimento de giro do torno
com o movimento do cabeçote de soldagem. Este equipamento pode ter várias funções.
38
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 5.3: Mesa posicionadora.
O dispositivo mais comum é o que aplica pares de rolos para rotacionar peças cilíndricas.
É comum que este dispositivo trabalhe em conjunto com um manipulador de soldagem. O
rolo virador pode ter movimentação livre ou acionamento motor-redutor, com capacidade
que vão de 100kg até 300ton de peças em giro.
39
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 5.5: Rolo vibrador.
40
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Há sistemas mais simples, com menos graus de liberdade, e até sistema uniaxial, em que
o cabeçote se movimenta somente na horizontal. Esses sistemas atendem bem a
soldagem longitudinal de chapas finas.
Aplica-se o sistema de soldagem orbital nos processos GTAW, GMAW, PAW e SAW.
Nesse contexto, o processo, a soldagem orbital é controlada pela fonte por meio de
microprocessadores e é composto por motor-redutores de corrente contínua; existem
sistemas mais sofisticados que contêm também motores de passo e controle automático
da tensão do arco.
Fonte: http://www.sps-soldagem.com.br/catalogo/07-08_Tartilope_V4.pdf
Acesso em: 05/2020
41
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
• Explique com suas palavras quando um robô para soldagem pode ser considerado um
sistema automático e quando pode ser considerado semiautomático considerando as
definições apresentadas na tabela I e II. Em que situação é considerado mecanizado?
• Dentro da classificação proposta, de um exemplo de um sistema semimecanizado
para soldagem com eletrodo revestido.
• Quais são as vantagens em se automatizar processos?
• Que outros tipos de posicionadores você acha que poderiam ser utilizados para
soldagem?
Recapitulando
Referências Bibliográficas
42
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Fundamentos de
Soldagem
4º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Gabriel Mendes de Almeida Carvalho Unidade 3: Introdução aos metais – aço e ferro 59
fundido
Instrutores Colaboradores
60
3.1 Aço e ferro fundido
César Romero Afonso Goulart Júnior 60
3.2 Classificação dos aços
Lara Alves Rachid 61
3.3 Diagrama ferro carbono
63
3.4 Diagrama TT
64
3.5 Influência dos elementos de liga
66
3.6 Tipos de fagulhas
69
4.1 Tratamentos térmicos
4.2 Tratamentos termoquímicos 71
44
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1:
Propriedades dos
Materiais
Um começo de conversa
Todos sabem que tudo é formado por matéria. A matéria, que por sua vez é formada por
um conjunto de moléculas, apresenta propriedades distintas quando submetida ao
aumento e diminuição de temperatura, ela reage de forma diferente quando em contato
com outros tipos de moléculas ou elementos de natureza distinta. Para desenvolver um
projeto é necessário uma quantificação das propriedades dos materiais que serão
necessárias para o projeto a fim de se dimensionar custos, a escolha do material e
estimativa de vida útil do empreendimento. Portanto, nesse contexto, é necessário se
conhecer as propriedades dos materiais.
Objetivos da Aprendizagem
Tubulações, trocadores de calor e bombas são dispositivos que transportam fluidos com
uma finalidade, seja ela, trocar calor ou movimentar um fluido de um local para outro. Você
tem alguma ideia de como os sistemas citados são dimensionados? De quais materiais
eles são fabricados? Pois então, saber os valores de condutividade térmica, ponto de
fusão, ponto de ebulição dos fluidos de trabalho é de suma importância para o
desenvolvimento desses projetos. Que tal conhecer um pouco mais sobre essas
grandezas?
Em busca de informações
O tema abordado está fortemente atrelado ao estudo de química, você irá notar que as
propriedades citadas aqui estão todas relacionadas quanto a composição daquele
material. Caso queira, você pode consultar o assunto sobre tipos de elementos, tipos de
ligações químicas e as propriedades delas, você vai notar a relação entre as propriedades
do materiais aqui apresentadas!
45
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.1 Propriedades físicas
“Propriedades físicas são aquelas propriedades que podem ser mensuráveis, cujos valores
descrevem o estado físico de um sistema” (WIKIPEDIA, 2020a, tradução nossa) e que
pode ser observada sem transformar uma substância em outra. Ex: ponto de fusão, ponto
de ebulição, solubilidade.
Definições
Ponto de fusão: é a temperatura que uma substância passa do estado sólido para o
líquido.
Ponto de ebulição: é a temperatura que uma substância passa do estado líquido para o
gasoso.
Fonte: http://www.geocities.ws/saladefisica8/termologia/estado.html
46
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Definições
Calor específico: “é a quantidade de calor necessária para que cada grama de uma
substância sofra uma variação de temperatura correspondente 1°C.” (SILAS/ Brasil Esola)
Coeficiente de expansão térmica: é uma medida de variação unitária da grandeza de
uma de suas dimensões.
Condutividade térmica: é a grandeza que quantifica a habilidade dos materiais de
conduzir calor.
Fonte: Materials-engeneeringscience.blogspot.com/2011/04/termal-properties.html.
47
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Elasticidade – é a capacidade que o material apresenta de deformar-se elasticamente. A
deformação elástica de um material, acontece quando o material é submetido a um esforço
mecânico e o mesmo tem suas dimensões alteradas, e quando o esforço é cessado o material
volta as suas dimensões iniciais.
Tenacidade – é a capacidade do material de absorver energia antes de sua ruptura. Uma outra
definição para esse termo, é a capacidade que o material apresenta de resistir a esforços de
impacto. (VALLE, Aula 1 – introdução aos materiais de engenharia e propriedades, 2018, pg 21,
22, 23).
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/355366/
48
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Diagrama de tensão por deformação
É a curva que relaciona os valores de tensão com os de deformação de um material
através do ensaio de tração. Nele conseguimos identificar várias propriedades do material
como ductilidade, tenacidade, resiliência.
Figura 1. 4- Diagramas tensão-deformação: (a) esquemático para um aço baixo carbono, mostrando o tipo de
engenharia e verdadeiro; (c) a (f) esquemáticos para diferentes casos.
I- Comportamento elástico.
II- Escoamento e
deformação permanente
(deformação plástica).
III- Encruamento:
deformação permanente
com endurecimento,
deformação
aproximadamente
homogênea.
IV- Estricção: deformação
permanente localizada com
redução de diâmetro.
Fonte: https://www.scielo.br/pdf/si/v18n4/11.pdf
49
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.4 Ensaios mecânicos
Ensaio de Tração
“O ensaio de tração consiste em aplicar uma força
uniaxial no material, tendendo-o a alongá-lo até o
momento de sua fratura.” (TRIGO/ Info Escola, 2006
– 2020)
Figura 1. 5 - Ensaio de tração
Fonte: https://pt.slideshare.net/felipecrosa9/aula-6-
propriedades-mecnicas
Ensaio de dureza
Esse ensaio visa medir a resistência de um material
à deformação, indentação ou penetração por meios
como abrasão, perfuração, impacto, arranhões e /
ou desgaste, medidos por testes de dureza como
Brinell, Knoop, Rockwell ou Vickers.
Fonte: https://www.cursosguru.com.br/conheca-o-teste-de-
charpy-e-suas-vantagens/
50
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Ensaio de dobramento
Consiste em submeter um corpo de prova a uma deformação plástica por flexão.
Fonte: https://afinkopolimeros.com.br/ensaios-fisicos-quimicos/
51
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Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
Nesta seção viu-se sobre as propriedades físicas, térmicas e mecânicas dos materiais.
Além disso, foram apresentados os tipos de ensaios utilizados para definir os valores das
propriedades mecânicas citadas.
52
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Unidade 2: Metalografia
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Este capítulo foi inspirado nas práticas de metalografia, aqui você vai encontrar as
definições de cada ensaio metalográfico, as etapas de preparação das peças e aprenderá
sobre o maquinário utilizado para esses ensaios.
Em busca de informações
No seu dia a dia, você já ouviu falar de aço temperado? De material encruado? De metal
forjado? De aço cementado? Bom, um dos meios para caracterizar os materiais conforme
as definições citadas é a através da metalografia.
53
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2.1 O que é metalografia
Consiste no exame do aspecto de uma peça ou amostra metálica, segundo uma seção
plana devidamente polida em regra atacada por um reativo apropriado. O aspecto assim
obtido, chama-se macro estrutura. O exame é feito à vista desarmada ou com auxílio de
uma lupa. – ampliação máxima de dez vezes.
Fonte:
https://www.medicalexpo.com/pt/prod/kern-
sohn/product-69008-664920.html
54
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Figura 2. 3 - MEV(Microscópio Eletrônico de Varredura)
Fonte: http://unisinos.br/itt/ittfuse/servicos/microscopia-eletronica-de-varredura
2.4 Preparação
Corte
É a primeira etapa para obtenção da amostra a ser analisada. É necessário que o corte
não gere alterações físico químicas na peça. Para isso o corte é feito a frio, no primeiro
corte obtém-se um tamanho aproximado da amostra analisada. “Na sequência, usa-se um
equipamento denominado “Cut-Off” ou cortadora metalográfica que faz um corte mais
preciso, utilizando-se de um fino disco abrasivo e farta refrigeração, a fim de não provocar
alterações por calor na amostra.” (TECLAGO, 2016).
Fonte:
file:///C:/Users/larar/Pictures/Cortadora%20metalogr%C3%A1fica%20com%20gabinete%20inferior%20CM12
0%20_%20Teclago.html
55
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Embutimento
O embutimento é a etapa que envolve pequenas amostras em um outro material, com o
intuito de se ter uma superfície maior para manejar a peça a ser estudada. “O processo de
embutimento metalográfico pode ser dividido em dois grupos, embutimento a quente, no
qual é utilizado baquelite e uma embutidora metalográfica; e o embutimento a frio, em que
são utilizados dois produtos: resina e catalisador[...]”. (TECLAGO, 2016).
Figura 2. 5 - Embutimento de baquelite
Fonte: https://www.alcrisa.com.br/molde_de_silicone_para_embutimento_a_frio_30mm/prod-3572225/
Lixamento
O lixamento é o processo de retirada das imperfeições superficiais da amostra, nele são
utilizadas “Lixa d’água”. “[...]Normalmente inicia-se o lixamento com a lixa de granulometria
220, seguida pelas lixas 320, 400 e 600. Em alguns casos usa-se lixas mais finas que a
lixa 600, chegando-se a 1000 ou 1200. Todo o processo de lixamento é feito sob
refrigeração com água.” (TECLAGO, 2016).
Polimento
A etapa do polimento é seguida do lixamentos, essa etapa é feita para o estudo da
micrografia “[...]com o uso de uma politriz metalográfica e panos especiais, colados à
pratos giratórios, sobre os quais são depositadas pequenas quantidades de abrasivos.
Estes abrasivos variam em função do tipo de metal que está sendo preparado. Os mais
comuns são, o óxido de alumínio (alumina) e a pasta de diamante.” (TECLAGO, 2016).
Fonte:
https://img.alicdn.com/bao/uploaded/TB1T
BD_SFXXXXcgXpXXXXXXXXXX.jpg
56
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Ataque químico
O ataque químico evidência as
heterogeneidades presentes no material,
ou seja, alguma imperfeição ou diferença
de elementos químicos; pode também
evidenciar os contornos dos grãos das
estruturas cristalinas.
Exemplos de microestruturas
Figura 2. 8 - Amostras metalográficas de aço AISI 1020, a) aumento de 100x e b) aumento 200 x.
Fonte: https://www.scielo.br/img/revistas/rmat/v20n2//1517-7076-rmat-20-02-00384-gf1.jpg
57
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Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
58
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Unidade 3: Introdução
aos metais – aço e
ferro fundido
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
Este capítulo foi inspirado em referências globais na área de Ciência dos Materiais. O livro
“Ciência e Engenharia de Materiais – William Callister” foi a referência chave para
formulação deste capítulo.
59
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3.1 Aço e ferro fundido
Aço é uma liga de Fe-C-R (outros metais) que apresenta Carbono acima de 0,008% e
abaixo de 2,11% em sua composição.
Ferro fundido é uma liga de Fe-C-R (outros metais) que apresenta carbono acima de
2,11% e abaixo de 6,7% em sua composição.
Fonte: http://acosdovale.com.br/
60
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Tabela 3. 1- Lista normativa ABNT, AISI/SAE
61
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Figura 3. 2- Exemplo diagrama de fase da salmoura.
Fonte: Calister
62
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Transformação de fase em aços
Ferrita: A ferrita ou ferrite, ou ferro alfa (α-Fe), é um termo de ciência dos materiais para o
ferro puro com estrutura cristalina cúbica de corpo centrado.
Cementita: 𝐹𝑒3 𝐶 é a estrutura em forma de cristal ortorrômbico. Contém 6,67% de
carbono e 93,33% de ferro.
Austenita: A austenita ou austenite, ou ferro gama (γ-Fe) é uma fase sólida, não
magnética, constituída de ferro na estrutura CFC.
Perlita: Agregado de ferrita e cementita
L (fase liquidus):condição que o material se encontra no estado físico líquido.
Fonte: Calister
63
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Figura 3. 5 - Diagrama TTT de uma
liga Fe-C.
Fonte:https://www.passeidiret
o.com/arquivo/69330163/tecn
ologia-dos-materiais-
complementar
Enxofre (S): também é prejudicial pois além de frágeis torna os aços ásperos e granulosos
devido aos gases que produz na matriz metálica. Em alguns casos, é conveniente a adição
de enxofre em proporções de até 0,30%, o que torna o aço fácil de usinar pois os cavacos
destacam-se em pequenos pedaços, permitindo altas velocidades de corte.
Silício (Si): tem função desoxidante na fabricação do aço. Normalmente situa-se entre 0,10 e
0,30%, pois teores mais elevados tendem a favorecer a grafitização. Em alguns poucos
casos (aços resistentes ao choque) emprega-se silício elevado (1% ou 2%) para fins de
aumento de temperabilidade e aumento da resistência ao revenido sem que haja
abaixamento da linha Ms (favoreceria a austenita retida).
64
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Cromo (Cr): é o elemento adicionado com a função principal de elevar a temperabilidade, pois
é o que apresenta melhor relação custo/benefício. Além disso, o cromo forma carbonetos
endurecedores que são facilmente solúveis no tratamento de austenitização que precede a
têmpera [...].
Vanádio (V): atua como forte desoxidante (geralmente empregado em teores até 0,5%). O
vanádio tem forte efeito sobre a temperabilidade quando dissolvido na austenita. Entretanto a
sua função principal é a de atuar como estabilizador de grão pois o seu respectivo carboneto é
de difícil solubilização na austenita no tratamento de têmpera, evitando que haja o crescimento
da mesma. Em aços rápidos (devido ao emprego de corte a quente), o teor de vanádio situa-se
entre 1 e 2%.
Tungstênio (W): também atua como formador de carbonetos, favorecendo a obtenção do pico
de dureza secundária no tratamento de revenimento. Em teores inferiores a 1,5%, (mesmo com
alto carbono) o tungstênio tem pequeno efeito no aumento de dureza. Em teores próximos a
4%, há aumento significativo da resistência ao desgaste, a ponto de dificultar operações de
retificação após a têmpera. Em teores de 12 a 20%, o tungstênio eleva significativamente a
dureza a quente (até 6000C) e, por isso, é empregado frequentemente em aços rápidos (grupo
W e/ou grupo T).
Molibdênio (Mo): tem efeitos similares ao tungstênio, tendo sido usado para substituí-lo. O
custo do molibdênio é maior, porém a quantidade empregada é menor (normalmente o teor de
molibdênio substitui duas vezes a quantidade de tungstênio. Por exemplo, 18% de W equivalem
a 6%Mo mais 5%W). A maioria dos aços rápidos emprega Molibdênio e Tungstênio.
Cobalto (Co): tem a função principal de aumentar a dureza a quente dos aços rápidos, apesar
de não ser endurecedor. O cobalto aumenta a temperatura solidus, permitindo que se empregue
temperaturas mais elevadas de austenitização na têmpera. Isto permite maior dissolução de
carbonetos (dos outros elementos, tais como carbonetos de vanádio, molibdênio e tungstênio, já
que o cobalto por si só não é formador de carbonetos). O efeito final do cobalto é o de aumentar
a dureza no estado temperado (por elevar a dissolução de outros elementos). Aços rápidos com
5 ou 10% são usados para obter maior velocidade em corte contínuo (em corte intermitente há
problema de quebra de ferramenta devido elevada dureza e baixa tenacidade).
Alumínio (Al): tem efeito semelhante ao silício devido a sua grande afinidade com o oxigênio.
Também é considerado desoxidante. Muitas vezes é utilizado nos aços a serem nitretados, pois
o alumínio tem também grande afinidade com o nitrogênio.
Boro (B): em quantidades que variam de 0,001% até 0,003%, o boro melhora a
temperabilidade e a resistência à fadiga.
Chumbo (Pb): em pequenas quantidades (0,2% até 0,25%), este elemento melhora a usina-
bilidade do aço, sem qualquer prejuízo às propriedades mecânicas
Nióbio (Nb): produz tamanho de grão fino; aumenta a resistência em temperatura elevada; por
ser um forte formador de carboneto pode diminuir o endurecimento do aço por remoção do
carbono da matriz. (BOIEIRA A. P e BECK D, 2007, p. 55).
65
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3.6 Tipos de fagulha
Fonte: https://www.marvitubos.com.br/Antigo/fagulha_esmeril.htm
66
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Colocando o conhecimento em prática
2. Defina aço e ferro fundido a partir do diagrama FeC (desenhe o diagrama FeC para
fazer o exercício).
5. Quais são as quatro estruturas identificadas no diagrama TTT para aços carbono?
Recapitulando
Nesta unidade apresentou-se as principais classificações dos aços e as fases do ferro-
carbono dependendo da temperatura e da sua composição. Além da influência de cada
elemento de liga nas propriedades mecânicas das ligas de aço.
67
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Unidade 4: Tratamentos
térmicos
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
Este capítulo foi inspirado na área de Ciência dos Materiais. O livro “Tratamento Térmicos
das Ligas Metálicas, Chiaverini, V.” foi a referência chave para formulação deste capítulo.
68
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4.1 Tratamentos térmicos
Os tratamentos térmicos são um conjunto de operações que têm por objetivo modificar as
propriedades dos aços e de outros materiais através de um conjunto de operações que
incluem o aquecimento e o resfriamento em condições controladas.
Objetivos
• Remoção de tensões internas; • Melhora da resistência ao desgaste;
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Normalização
Tratamento térmico em que o metal é aquecido acima da zona crítica com posterior
resfriamento uniforme ao ar até atingir a temperatura ambiente. É semelhante ao
recozimento, pelo menos quanto aos objetivos. A diferença reside no fato de que o
resfriamento é menos lento (ao ar), o que dá como resultado uma estrutura mais fina do
que a produzida no recozimento.
Têmpera
É o tratamento térmico mais importante dos aços, principalmente naqueles que são
utilizados em construção mecânica. As condições de aquecimento são muito semelhantes
às que ocorrem no recozimento e na normalização. Entretanto, o resfriamento é muito
rápido, empregando geralmente meios líquidos para resfriar as peças. Este tratamento
resulta em modificações muito intensas nos aços que levam a um grande aumento da
dureza, da resistência ao desgaste, da resistência à tração, ao mesmo tempo em que as
propriedades relacionadas à ductilidade sofrem uma apreciável diminuição. Além disso,
tensões internas são geradas em grande intensidade. Os inconvenientes causados por
essas tensões internas geradas, associadas à excessiva dureza e quase total ausência de
ductilidade, exigem um tratamento térmico posterior chamado revenido, que melhora a
ductilidade e a tenacidade. A têmpera é um processo bastante geral e pode ser aplicado a
uma grande variedade de aços.
Fonte:
https://pt.scribd.com/doc/19423295/TRA Fonte: ftpaluno.umc.br
TAMENTOS-TERMICOS-GERAL
70
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Figura 4.3 - Têmpera por chama
Fonte:http://www.durochama.com.br/apostila.pdf
Revenimento ou Revenido
Revenimento é um processo feito após o endurecimento por têmpera. Peças que sofreram
têmpera tendem a ser muito quebradiças. A fragilidade é causada pela presença da
martensita. A fragilidade pode ser removida pelo revenimento. O resultado do revenimento
é uma combinação desejável de dureza, ductilidade, tenacidade, resistência e estabilidade
estrutural. As propriedades resultantes do revenimento dependem do aço e da temperatura
do revenimento.
Coalescimento ou Esferoidização
Tratamento térmico que objetiva a produção de uma estrutura globular ou esferoidal de
carbonetos no aço. É caracterizado pela melhora a usinabilidade, especialmente dos aços
alto carbono e facilita a deformação a frio.
71
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4.2.1 Principais tratamentos termoquímicos aplicados em aços
Cementação
Cementação é o tratamento termoquímico que consiste em se introduzir carbono na
superfície do aço pelo mecanismo de difusão atômica com o objetivo de se aumentar a
dureza superficial do material.
Figura 4.3 – Cementação
Fonte: Calister
Nitretação
Nitretação é um tratamento termoquímico da metalurgia em que se promove
enriquecimento superficial com nitrogênio, usando-se de um ambiente nitrogenoso à
determinada temperatura, buscando o aumento da dureza do aço até certa
profundidade tendo em vista a difusão do nitrogênio.
Figura 4.4 – Nitretação
Fonte: Calister
72
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Colocando o conhecimento em prática
Recapitulando
.Neste capítulo foi visto sobre os diferentes tipos de tratamento térmico e termoquímicos
duas definições e diferenças .
Referências Bibliográficas
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SILAS, J. O que é calor específico?, Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-calor-especifico.htm. Acesso em 20
mai. 2020.
TECLAGO. Etapas do Processo de preparação de amostra para metalografia. Teclago,
2016. Disponível em: https://www.teclago.com.br/veja-as-etapas-do-processo-da-
preparacao-de-amostras-para-metalografia/. Acesso em 20 mai. 2020.
TRIGO, T. Ensaio de tração. Info Escola. Disponível em:
https://www.infoescola.com/fisica/ensaio-de-tracao/. Acesso em 20 de maio 2020.
VALE, Í. Aula 01 - Introdução aos materiais de engenharia e propriedades. Disponível em:
https://www.passeidireto.com/arquivo/53799107/ok-aula-01-introducao-aos-materiais-de-
engenharia-e-propriedades-2018-2. Acesso em 20 de mai. 2020.
74
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Comunicação e
Relações Humanas
4º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1: Redação 77
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 Dicas para redação 77
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 Entendendo as partes da redação 78
Diretor da EEUFMG
Prof. Cícero Murta Diniz Starling Unidade 2: Introdução ao Cartão de Visitas 83
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado
2.1 O que é um cartão de visitas? 83
Instrutores Colaboradores
76
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Unidade 1: Redação
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
Em busca de informações
1. Leia com atenção o tema proposto e tome cuidado para não fugir do tema.
2. Antes de escrever, defina sua ideia central, seu objetivo, estabeleça uma linha de
argumentação e uma conclusão.
4. Seja claro: evite usar palavras difíceis que possam prejudicar a compreensão de seu
texto.
77
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1.2 Entendendo as partes da redação
INTRODUÇÃO
Depois, é interessante vir a tese, que é um recorte da realidade, uma forma de observar o
fenômeno. Ela pode ser já constituída de duas relações, causa e consequência é a dupla
de relações mais comum.
Exemplo de introdução
Em sua canção “Pela Internet”, o cantor brasileiro Gilberto Gil louva a quantidade de
informações disponibilizadas pelas plataformas digitais para seus usuários. No entanto,
com o avanço de algoritmos e mecanismos de controle de dados desenvolvidos por
empresas de aplicativos e redes sociais, essa abundância vem sendo restringida e as
notícias, e produtos culturais vêm sendo cada vez mais direcionados – uma conjuntura
atual apta a moldar os hábitos e a informatividade dos usuários. Desse modo, tal
manipulação do comportamento de usuários pela seleção prévia de dados é inconcebível e
merece um olhar mais crítico de enfrentamento.
DESENVOLVIMENTO
Nessa parte do texto, o autor deve criar os argumentos necessários para sustentar,
defender e convencer o leitor a respeito da tese proposta na introdução, de maneira coesa
e coerente.
Há uma seleção das ideias mais consistentes para fundamentar a ideia-central, por isso
certos aspectos e detalhes importantes podem servir para ampliar e explicar o ponto de
vista definido. Usam-se dois ou três parágrafos para essa parte. Assim, no
desenvolvimento fundamenta-se a tese, amplia-se o tema.
Existem muitos recursos linguísticos empregados para persuadir: dados ou fatos que
podem ser comprovados, verdades inquestionáveis, pronunciamentos de pessoas
renomadas, comparações, analogias, raciocínios constituídos de causa e consequência,
entre outros. É o que veremos a seguir:
78
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TIPOS DE ARGUMENTO
Procure observar como os textos são desenvolvidos por seus autores. Veja como ficam
desestimulantes se dizem o que já estamos cansados de ouvir, o que já é lugar-comum.
Observe como ficam interessantes se são construídos com dados recentes, se bem usam
a linguagem figurada, ou se embasam casos concretos.
Exemplo de desenvolvimento
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Em segundo lugar, vale salientar como o controle de dados pela internet vai de encontro à
concepção do indivíduo pós-moderno. Isso porque, de acordo com o filósofo pós-
estruturalista Stuart-Hall, o sujeito inserido na pós-modernidade é dotado de múltiplas
identidades. . Sendo assim, as preferências e ideias das pessoas estão em constante
interação, o que pode ser limitado pela prévia seleção de informações, comerciais,
produtos, entre outros. Por fim, seria negligente não notar como a tentativa de tais
algoritmos de criar universos culturais adequados a um gosto de seu usuário criam uma
falsa sensação de livre-arbítrio e tolhe os múltiplos interesses e identidades que um sujeito
poderia assumir.
CONCLUSÃO
A conclusão de uma redação corresponde ao parágrafo final, com poucas linhas, que
contém a reafirmação do raciocínio desenvolvido. Preferencialmente, possui uma proposta
de intervenção, ou seja, sugestão de solução ou minimização do problema.
Exemplo de conclusão
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar essa problemática. Para tanto, as
instituições escolares são responsáveis pela educação digital e emancipação de seus
alunos, com o intuito de deixá-los cientes dos mecanismos utilizados pelas novas
tecnologias de comunicação e informação e torná-los mais críticos. Isso pode ser feito pela
abordagem da temática, desde o ensino fundamental – uma vez que as gerações estão,
cada vez mais cedo, imersas na realidade das novas tecnologias – , de maneira lúdica e
adaptada à faixa etária, contando com a capacitação prévia dos professores acerca dos
novos meios comunicativos. Por meio, também, de palestras com profissionais das áreas
da informática que expliquem como os alunos poderão ampliar seu meio de informações e
demonstrem como lidar com tais seletividades, haverá um caminho traçado para uma
sociedade emancipada.
Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas
de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto
dissertativo-argumentativo
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Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos,
opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
Exemplo de Redação
Primeiramente, é importante lembrar que o ser humano é influenciado por tudo aquilo que
ouve e vê. Então, quando alguém assiste ou lê uma notícia sobre políticos da bancada
evangélica que são contra o aborto e repudiam homossexuais, esse alguém tende a
pensar que todos os seguidores dessa religião são da mesma maneira. Como já disse
Adorno, sociólogo que estudou a Indústria Cultural, a mídia cria certos esteriótipos que
tiram a liberdade de pensamento dos espectadores, forçando imagens, muitas vezes
errôneas, em suas mentes. Retomando o exemplo dos evangélicos, de tanto que são
ridicularizados por seus costumes e crenças na televisão e na internet e pelos jornais
destacarem a opinião de uma parte dos seguidores dessa religião, criou-se um modelo do
“típico evangélico”, que é ignorante, preconceituoso e moralista, o que, infelizmente, foi
generalizado para todos os fiéis.
Além disso, percebe-se que certos preconceitos estão enraizados no pensamento dos
brasileiros há muito tempo. Desde as grandes navegações, por exemplo, que os
portugueses chamavam alguns povos africanos de bruxos. Com a vinda dos escravos ao
Brasil, a intolerância só aumentou e eles foram proibidos de praticarem suas religiões,
tendo que se submeter ao cristianismo imposto pelos colonos. É por isso que as práticas
das religiões afro-brasileiras são vistas como “bruxaria” e “macumba” e seus fieis são os
que mais denunciam atos de discriminação (75 denúncias entre 2011 e 2014).
81
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Portanto, é possível dizer que, mesmo existindo o artigo 208 do código penal, que pune os
crimes de intolerância religiosa, ela ainda é muito presente. Para combatê-la, é preciso
acabar com os estereótipos, ensinando desde cedo a respeitar todas as religiões. Então, o
governo federal deve deixar obrigatória para todos os colégios (públicos e privados) a
disciplina Ensino Religioso durante o Ensino Fundamental. Outro caminho é o incentivo
das prefeituras para que a população conheça as religiões como elas realmente são, e não
a imagem criada pela mídia nem aquela herdada desde a época colonial, promovendo
visitas aos centros religiosos, palestras e programas na televisão e no rádio.
A partir da leitura do tema e textos motivadores selecionados pelo professor, e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-
argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
Recapitulando
Leia novamente as dicas de redação bem como as competências desejadas pelo Enem e
busque treinar elaborando diferentes textos.
Referências Bibliográficas
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Unidade 2: Cartão de
Visitas
Um começo de conversa
É muito importante e válido investir na comunicação online, mas muitos se esquecem que
um bom e velho aperto de mão pode ser a melhor das soluções em muitos casos.
Objetivos da Aprendizagem
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2.2 Qual a importância dos cartões de visita?
Mil compromissos e obrigações surgem quando se tem o próprio negócio, principalmente
no início das atividades ou em caso de expansão das operações. Na lista de afazeres do
empreendedor estão a contratação e a gestão de pessoas, o controle financeiro e a
definição dos procedimentos para fabricação de produto ou prestação de serviço.
Tais itens são apenas uma amostra do extenso rol de responsabilidades de quem deseja
empreender. Entre as tarefas, uma das mais importantes é mostrar sua empresa para o
mercado, criando canais de comunicação com os parceiros de forma direta e acertada.
O consumidor assimila melhor a empresa pelo recurso visual do que quando ouve sua
propaganda no rádio.
2) Fortalecimento da marca
Como o procedimento envolve escolha de cor, modelo, recorte e letra, o item consolida a
identidade visual do seu negócio. Representações simbólicas, slogans e logotipos — já
utilizados, por exemplo, na fachada de sua empresa e nas etiquetas que acompanham os
produtos — podem ser propagados no cartão de visita, fortalecendo a marca.
Além dos dados tradicionais (nome da empresa, endereço, contato via telefone e redes
sociais), a tecnologia trouxe novidades para o ramo: é possível incluir QR codes no cartão
de visita. Os códigos direcionam a pessoa para páginas na internet, como o site do
negócio, permitindo ao cliente maiores informações sobre o seu empreendimento.
Quando você coloca a identidade visual da sua empresa no papel e o distribui para as
pessoas, você profissionaliza a atividade. Elas têm a noção de uma estrutura empresarial
organizada, séria, comprometida e pronta para oferecer os melhores produtos e serviços.
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2.3 Algumas regras de elaboração
O cartão de visitas é a sua imagem profissional. Portanto, é esperado que você dedique o
mínimo de atenção no ato de entregar o cartão ou de planejar a confecção de um novo.
1) Profissionalize
2) Seja básico
Nome completo, cargo ou profissão, telefone, fax, e-mail e site. Caso sua empresa tenha
um logotipo que representa a marca, não se esqueça de inclui-lo. Não há necessidade de
preencher todo o espaço do papel com outras informações. O objetivo do cartão de visitas
é facilitar a vida de quem quer encontra-lo.
3) Frente e verso
O cartão duplo pode ser prático para profissionais que precisam incluir outros dados ou a
logomarca de revendedores.
4) Apresentação
O tipo de papel também deve ser levado em conta, utilize um de gramatura mais
resistente.
5) Revisão
Erros de português são inadmissíveis, então dedique um tempo para que nenhuma vírgula
saia errada. Ou peça auxílio a outras pessoas.
6) Armazenamento
Um porta cartão é bem vindo tanto para guardar cartões de visitas novos quanto para
arquivar os que você recebe ao longo de reuniões ou eventos de trabalho.
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2.4 Dicas para elaboração
Reflita: Tire um tempo para planejar os seus cartões de visita. Olhe para todos os cartões
de visita que você coletou durante todos esses anos e preste atenção em todos os
detalhes que inspiram você. Depois, incorpore-os no seu próprio modelo.
Individualidade: Seu cartão de visita deve dizer quem você é e o que você faz. Deve ser
pessoal e ser facilmente reconhecido como o seu cartão de visita.
Relevância: Quem está recebendo o seu cartão de visita? Crie o seu cartão de visita
pensando exatamente em quem estará recebendo-o e maximize o número de contatos
feitos.
Contexto: Seus cartões de visita foram feitos para entregar em reuniões de negócios,
deixar em mesas ou utilizar em eventos? Diferentes eventos requerem diferentes visuais
de cartão de visita. Atente-se nisso.
Impacto: Seus cartões de visita devem ser memoráveis. Eles devem despertar em seu
cliente ou contato interesse em saber mais sobre você ou seu negócio.
Qualidade: Seu cartão de visita deve causar uma boa impressão, tanto para os olhos
quanto para as mãos. Impressione os seus clientes entregando-lhes um cartão bonito e de
qualidade.
Detalhes: Assegure-se de que você colocou suas informações de contato de forma clara e
legível. Não polua com informações desnecessárias (ex.: todas as redes sociais que você
participa), mas tenha certeza de que os seus clientes conseguirão entrar em contato.
Mantenha seus cartões atualizados: Não entregue cartões de visita com informações
desatualizadas. Se você tem um novo produto ou serviço, coloque isso em seus cartões.
Se você utiliza-os como ferramenta de venda, faça pequenos pedidos de cartões e evite
desperdiçar dinheiro com pilhas de cartões com informações desatualizadas.
Utilize-os: Não há motivo para fazer os cartões de visita mais bonitos do mundo se for
para deixá-los em uma mesa. Carregue sempre consigo um estoque de cartões de visita.
Você nunca saberá quem irá encontrar no caminho, então esteja sempre preparado.
86
Eletricista
Mestre deInstalador
Tecnologia Obras Predial de Baixa Tensão
da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Você possui cartão de visitas? Avalie seu atual cartão, como ele pode te ajudar a melhorar
a divulgação do seu trabalho. Compartilhe suas experiências com os demais alunos da
turma.
Recapitulando
Referências Bibliográficas
87
Eletricista
Mestre deInstalador
Tecnologia Obras Predial de Baixa Tensão
da Soldagem CIPMOI 2020
Informática Básica
4º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida
Vice-reitor
Unidade 1: Introdução ao OpenOffice Calc 90
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
1.1 Iniciando uma planilha 91
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Claudia Andrea Mayorga Borges
1.2 Inserindo, excluindo e renomeando planilhas 91
Diretor da EEUFMG
Prof. Cícero Murta Diniz Starling 1.3 Inserindo, excluindo e renomeando células das 93
planilhas
Vice- Diretor da EEUFMG
Prof. Luiz Machado 1.4 Criando um novo arquivo, salvando e abrindo 94
arquivos já existente
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães
Unidade 2: Fórmulas 98
2.1 Fórmulas 99
Lauren Batista
Unidade 4: Gráficos 111
Gabriel Chaves
4.1 Gráficos de colunas 112
Luis Eduardo Brandão
89
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Introdução
ao OpenOffice Calc
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
90
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Em busca de informações
Quando você cria uma nova planilha, a tela do computador é dividida em linhas e
colunas, formando uma grade. A interseção de uma linha e de uma coluna é chamada
de célula. As linhas são numeradas sequencialmente, as colunas são identificadas por
letras também sequenciais, cada célula pela linha e coluna que a forma.
Uma célula pode conter números, texto, fórmulas ou funções. A possibilidade de usar
fórmulas é o que diferencia um programa de planilha de uma calculadora ou Word.
Quando colocamos uma fórmula em uma célula, dizemos que o conteúdo desta célula,
deve ser calculado em função dos valores contidos em outras células.
Normalmente, uma planilha é criada em duas etapas. Primeiro você determina os itens
que deseja calcular e as fórmulas a serem usadas para fazer esse cálculo. Depois, na
fase de utilização da planilha, é preciso digitar os valores correspondentes a cada item,
os resultados serão calculados automaticamente.
Vamos aprender primeiramente como realizar operações básicas com o programa.
91
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
No OpenOffice Calc, um arquivo, ou seja, uma pasta, pode conter várias planilhas
diferentes. Uma pasta de trabalho padrão apresenta, inicialmente, apenas uma
planilha.
Caso necessite de mais planilhas, você pode incluí-las clicando no botão “+” na aba
inferior. Também pode-se optar por clicar, com o botão direito, em cima do nome da
planilha e escolher a opção “’Inserir Planilha”. Observe na parte inferior da figura
abaixo a “Planilha 1”.
Caso não necessite mais de uma planilha, você pode excluí-la, simplesmente
selecionando-as e utilizando os comandos: Clique com o botão direito do mouse
sobre a planilha e clique na opção “Excluir planilha...”:
92
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
1.3 Inserindo, excluindo e renomeando células das planilhas
93
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
A definição de tamanho é extremamente comum para as linhas e colunas. Porém,
no OpenOffice Calc, as linhas e colunas da planilha, que contêm títulos ou aquelas
que contêm células, de conteúdo formatado com um tipo de letra diferente podem
ter a altura modificada. Para alterar, a altura de uma linha ou largura de uma coluna,
faça o seguinte: aponte o mouse entre as linhas 1 e 2, clique e arraste para alterar a
altura da linha ou aponte o mouse entre as colunas A e B, clique e arraste para
alterar a largura da coluna.
Criando um novo arquivo- Para criar um novo arquivo, clique no botão “Arquivo”,
no canto superior esquerdo da tela, abaixo do título do arquivo.
94
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 1.9: Salvar planilha através do menu
principal ou atalho “Ctrl + Shift + S”
Em seguida, selecione o local no qual o arquivo deve ser salvo e o nome que o
arquivo receberá, através da tela anterior. Deixe o tipo de arquivo como “Planilha
ODF (*.ods)”. Este procedimento é o mesmo que utilizamos no OpenOffice Writer.
Não se esqueça de salvar o arquivo com um nome fácil de compreender e em
um local que você lembrará!
95
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Abrindo um arquivo- Para abrir um arquivo já existente, clique no botão
“Arquivo”, selecione a opção “Abrir...” ou através do atalho “Ctrl + O”.
96
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Atividade 1:
• Abra um novo arquivo e escreva a tabela fornecida no slide do instrutor. Atente-se à
formatação apresentada;
• Faça alguma modificação nos valores da planilha e salve como um novo arquivo,
preservando o original;
• Abra algum arquivo existente;
• Clique em imprimir e observe as configurações de impressão.
Atividade 2:
• Tente elaborar sua própria planilha, formatando-a com fórmulas, condições e
gerando gráficos a partir dela. Sempre que necessário peça ajuda ao professor.
• Lembre-se que planilhas são extremamente versáteis, portanto, tente criar duas ou
mais planilhas diferentes, tanto no conteúdo como na forma e estrutura. Por
exemplo, monte um cronograma de atividades, utilizando fórmulas condicionais
para marcar atividades feitas e não feitas, e os recursos do Calc para agilizar seu
trabalho, analise e crie também uma planilha sobre orçamento de um trabalho,
utilizando fórmulas para calcular o gasto total.
Recapitulando
97
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Unidade 2: Fórmulas
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
98
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Em busca de informações
2.1 Fórmulas
99
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 2.2: Planilha Exemplo 1.
100
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Figura 2.3: Planilha Exemplo 1 com aplicação de fórmula na célula F4
101
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
B17 =B4+B5+B6+B7+B8+B9+B10+B11+B12+B13+B14+B15
Fonte:“https://support.office.com/pt-br/article/vis%C3%A3o-geral-de-f%C3%B3rmulas-no-Calc-
ecfdc708-9162-49e8-b993-c311f47ca173” Acesso em 30 de julho de 2018.
102
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Atividade:
• Abra um novo arquivo e escreva a tabela fornecida no slide do instrutor. Atente-se
à formatação e às fórmulas apresentadas.
• Busque realizar operações matemáticas utilizando as tabelas da seção 11.4 deste
capítulo.
• Agora, utilize as operações lógicas, também na seção 11.4 para comparar os
valores das células. Observe que os resultados são mostrados como
VERDADEIRO ou FALSO.
Recapitulando
103
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Unidade 3: Funções
Um começo de conversa
Objetivos da Aprendizagem
104
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Em busca de informações
3.1 Funções
105
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3.2: Planilha Exemplo 1 com aplicação da função soma em B17.
A seguir, precisamos copiar essa fórmula para as células de C17, D17 e E17. Podemos
usar o mesmo procedimento que foi descrito acima. O programa perceberá que elas
foram colocadas em outra coluna e ajustará as referências das colunas
automaticamente. Assim, após copiar a fórmula para a coluna C17, teremos
=Soma(C4:C15); na célula D17 aparecerá =Soma(D4:D15), e assim por diante.
Agora, nossa planilha está completa e basta digitar os valores unitários relativos a cada
mês e a cada tipo de produto, das linhas 4 a 15, das colunas B a E. O programa nos
dará, automaticamente, os valores da linha 17 e da coluna F.
A rapidez é uma das grandes vantagens dos programas de planilha. Se você cometer um
erro ou quiser modificar o valor de uma célula, basta digitar o valor correto e todos os
outros valores serão atualizados automaticamente.
Funções de uma planilha são comandos mais compactos e rápidos para se executar
fórmulas. Com elas é possível fazer operações complexas com uma única fórmula. As
funções são agrupadas em categorias, para ficar mais fácil a sua localização. As funções
também facilitam o trabalho com planilhas especializadas. Por exemplo, um engenheiro
pode utilizar funções matemáticas para calcular a resistência de um material. Um
contador usará funções financeiras para elaborar o balanço de uma empresa. Entre as
diversas funções, destacam-se:
• Funções financeiras - Para calcular juros, rendimento de aplicações, depreciação de
ativos etc.
• Funções matemáticas e trigonométricas - Permite calcular raiz quadrada, fatorial,
seno, tangente etc.
106
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
• Funções estatísticas - Para calcular a média de valores, valores máximos e mínimos
de uma lista, desvio padrão, distribuições etc.
• Funções lógicas - Possibilitam comparar células e apresentar valores que não
podem ser calculados com fórmulas tradicionais.
A escolha de um ou outro tipo de função depende do objetivo da planilha. Por isso, a
Ajuda do programa de planilha é um valioso aliado. Ela contém a lista de todas as
funções do programa, normalmente com exemplo.
Para ilustrar, usaremos a função estatística MÉDIA e a função lógica SE em uma
planilha que controla a nota dos alunos de uma escola. Se a média for superior a 5, o
aluno é aprovado; caso contrário, é reprovado.
Na tela abaixo, as notas foram digitadas nas colunas de B até E e suas médias
colocadas na coluna F, com o auxílio da função MÉDIA. Essa função calcula a média
das células indicadas. Para aplicá-la:
Digite a fórmula =Média(B3:E3) na célula F3. Ela indica o próximo passo a ser dado: o
cálculo da média das células de B3 a E3 (a média de B3, C3, D3 e E3).
107
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Figura 3.4: Planilha Exemplo 2 com a função Média.
Para que o programa indique se um aluno foi aprovado ou não, a média obtida por esse
aluno deve ser comparada com 5. Isso é feito digitando-se a fórmula
=Se(F3<5;”Reprovado”;”Aprovado”) na célula G3. Aprendemos o comando de
comparação na unidade anterior. Aqui, ele é usado dentro de uma função a fim de
configurá-la de forma a garantir seu funcionamento.
O conteúdo da célula G3 é determinado pela condição de teste F3<5. Ela exibirá o
“Reprovado” caso a condição F3<5 seja verdadeira, ou seja, se o aluno obtiver média
inferior a 5. Mostrará o valor “Aprovado” no caso de a condição F3<5 ser falsa, ou seja,
se o aluno obtiver uma média igual ou maior que 5.
108
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Segue abaixo uma lista das principais funções do Calc:
=DIATRABALHOTOTAL() Calcula quantos dias existem entre duas datas e retorna apenas os dias da semana
109
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Atividade:
• Abra um novo arquivo e escreva a tabela fornecida no slide do instrutor. Atente-se à
formatação e às funções apresentadas.
• Utilize em uma linha da tabela a fórmula SOMA() e divida pelo número de dados
utilizados. Compare seu valor com a utilização da função MEDIA().
• Utilize a função CONT.SE() tendo como condição a soma de números superiores a
50.
Recapitulando
110
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Unidade 4: Gráficos
Um começo de conversa
Nos últimos capítulos, aprendemos a trabalhar no Calc, utilizando seus recursos básicos,
suas fórmulas e funções. Nosso aprendizado, sobre o OpenOffice Calc está quase
completo, entretanto, ainda resta aprender um recurso muito importante: a obtenção de
gráficos no programa.
Visto que o OpenOffice Calc é um programa que lida com dados, é natural que
desejemos gerar gráficos a partir de determinados valores. Em uma planilha onde estão
os dados de vendas ao longo de um ano, um analista gostaria de verificar visualmente a
evolução das vendas nesse período, a forma mais prática é através da criação de um
gráfico com os dados da planilha.
Objetivos da Aprendizagem
Para finalizarmos nosso aprendizado sobre o OpenOffice Calc, vamos aprender a realizar
gráficos e formatá-los.
111
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Em busca de informações
Gráficos são representações visuais utilizadas para exibir dados, o Calc fornece a
possibilidade de utilizar vários modelos, focaremos nos 3 mais utilizados.
Esse modelo de gráfico também é conhecido como “Gráfico de Barra”, eles são usados
para comparar quantidades ou mesmo demostrar valores pontuais de determinado
período. As colunas podem surgir horizontal ou verticalmente. Veja o exemplo a seguir:
Esse modelo de gráfico também é conhecido como “Gráfico de Segmento”, ele é usado
para apresentar valores em determinado espaço de tempo. Sua finalidade é mostrar as
evoluções ou diminuições de algum fenômeno. Veja o exemplo a seguir:
Figura 4.2: Gráfico de Linha ilustrando os gastos mensais.
112
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
4.3 Gráficos de pizza
Esse modelo de gráfico possui um formato circular, semelhante a uma pizza, também é
conhecido como “Gráfico de Setores”. Neste gráfico, os valores de cada categoria
estatística representada são proporcionais às respectivas frequências ou intensidade:
Primeiramente, devemos criar uma tabela com os valores que se deseja criar o gráfico.
Usaremos como exemplo uma tabela sobre os gastos mensais de uma pessoa. Após
preencher os dados corretamente, selecione os valores conforme o exemplo a seguir:
113
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Em seguida, clique na guia “Inserir”. Ao clicar na guia, escolha a opção “Gráfico...”:
Figura 4.5: Criação de gráfico através da opção “Inserir” e “Gráfico do menu principal.
Figura 4.6: Assistente de gráficos. Caixa de diálogo que permite escolher o tipo,
intervalo de dados entre outros parâmetros.
Escolha o estilo de colunas que você preferir, assim, o gráfico é gerado automaticamente.
114
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
O gráfico se comporta como uma imagem. É possível movê-lo ou aumentá-lo como uma
imagem, observe a alteração:
Ao clicar duas vezes, com o botão esquerdo, em cima do gráfico aparece um menu de
configurações do gráfico na aba superior. Neste menu é possível alterar o tipo de gráfico
escolhido, legenda, titulo, e os dados de linhas e colunas da tabela, que originou o gráfico
e também inserir mais dados.
Figura 4.9: Guia de Formatação de Gráfico.
115
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Para inserir títulos no gráfico clicamos duas vezes sobre o gráfico, e em seguida
apertamos o botão direito do mouse. Ao mostrar o menu ilustrado na figura abaixo,
selecionamos a opção “Inserir títulos..”.
Quando aparecer a caixa de diálogo Título, fazemos a alteração desejada e apertamos
“Ok”.
Para inserir legenda seguimos o mesmo procedimento usado para inserir o título. No
entanto ao criarmos o gráfico ela é gerada automaticamente.
116
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
Atividade:
• Escreva a tabela a seguir:
Recapitulando
Referências Bibliográficas
117
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Matemática
4º Bimestre
Universidade Federal de Minas Gerais
Reitor
Sumário
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida Unidade 1:Juros Simples e Compostos 120
Vice-reitor
Um começo de conversa 120
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
Gabarito 128
Instrutores Colaboradores
Unidade 2: Custos de soldagem 129
2.1 Classificação dos custos 130
Caio César
Diego Silva
Marcela Martins
119
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 1: Juros
Simples e Compostos
Um começo de conversa
O conceito de juros é muito antigo, tendo sua existência observada desde as primeiras
civilizações, antes da criação do dinheiro, onde ele era aplicado sobre os produtos
agrícolas, entre outros. Desde então, ele faz parte do cotidiano da nossa sociedade pois
é o principal negócio dos bancos e instituições financeiras, que emprestam dinheiro aos
clientes, para cobrar um “pouco” mais depois de certo tempo. Assim, ele está presente
em quase toda transação financeira que as pessoas fazem, como o uso do cartão de
crédito, empréstimos, investimentos, parcelamento de produtos, etc. Os exemplos são
inúmeros. Não é preciso dizer que essa é uma disciplina indispensável para qualquer
pessoa que queira cuidar bem de seu dinheiro e usá-lo a seu favor.
Objetivos da Aprendizagem
Essa é umas das disciplinas mais importantes da matemática do ensino básico. Pois,
possui inúmeras aplicações no cotidiano, principalmente no mercado financeiro. Dessa
forma, ele é uma ferramenta extremamente útil na vida das pessoas. Assim, com seu
auxilio, poderemos calcular qual investimento seria melhor em um certo prazo, qual a
melhor forma de comprar um produto, à vista ou a prazo, quanto pagaríamos de juros
se deixássemos de pagar a fatura do cartão de credito e qual a melhor opção de
empréstimo para uma determinada situação, além de outras situações do cotidiano. Por
fim, nessa unidade é recomendado o uso de calculadora, pois em alguns cálculos, de
potência por exemplo, ficaria bem complicado e demorado fazê-los manualmente.
120
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Em busca de informações
x
x% =
100
Representações de porcentagem: A porcentagem pode ser representada de várias
maneiras, inclusive graficamente e listamos algumas formas, através do exemplo abaixo.
Figura 1.1: Representação de 10%
10
10
10% = = 0,1 =
100 90
10
300 = 0,1 300 = 10% 300 = 10% de 300 = 30
100
121
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Exemplo do cálculo de Aumento percentual: O valor de uma geladeira, que custava
R$ 800,00 reais, aumentou em 12%. Assim, qual o novo preço do produto?
Capital (C): Valor que está aplicado nesse momento, pode ser um investimento, dívida ou
empréstimo. Assim, no caso de um investimento é o valor atual que a pessoa tem na
aplicação, no caso da dívida é a dívida atual e no empréstimo, o valor que está devendo.
Taxa (i): Também chamada de taxa de juros, é o valor percentual pago pelo uso do
dinheiro, está sempre atrelada a um prazo. Por exemplo, em um empréstimo além do
valor que pegou emprestado a pessoa ainda paga a mais pelo aluguel do dinheiro. Por
fim, ela é sempre expressa em tempo, por exemplo ao ano, ao dia, ao mês.
Juros (J): Conceito muito atrelado à taxa de juros, corresponde ao valor obtido pelo
empréstimo do capital de acordo com uma taxa e em um determinado período, pode ser a
regime de juros simples ou compostos. É aquele valor que as pessoas pagam a mais
quando atrasam uma dívida, por exemplo a fatura do cartão de crédito.
122
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Montante (M): Montante equivale a soma entre o capital e os juros. Assim, no caso de um
investimento é o valor total que a pessoa retira depois de determinado tempo aplicado.
M =C+J
Tempo (t): Tempo é uma grandeza fundamental na matemática financeira, sempre
relacionado ao capital que está aplicado.
Aqui percebemos que, como o investimento foi feito no regime de juros simples o
rendimento ao mês é sempre igual, pois a taxa de juros é sempre referente ao primeiro
capital investido, que no caso foi de R$ 100,00. Assim, a resposta da pergunta é R$ 5,00.
Fórmula para o cálculo dos juros simples: A seguir apresentamos a fórmula usada no
cálculo dos juros simples. J : Juros Simples
C: Capital
J = C i t i: Taxa
t : tempo
M : Montante
M =C+J C: Capital
J : Juros
123
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Exemplo: João quer saber quanto receberá mantendo o seu dinheiro no investimento,
apresentado acima, na tabela, em 13 meses. Assim, esse problema poderia ser resolvido
fazendo a tabela e as contas manualmente até o 13° mês. Entretanto, uma maneira mais
fácil é usando a fórmula de juros simples com as informações disponibilizadas no
enunciado e é importante lembrar que x% = x/100.
Informações
C: R$ 100,00 5
i : 5% ao mês J = 100 13 = 65
100
t : 13 meses
Portanto, o investimento de João rendeu R$ 65,00 nos 13 meses que o capital foi
investido. O montante resgatado por ele é calculado abaixo.
Informações
C: R$ 100,00 M = 65 + 100 = 165
J : R$ 65,00
No final dos 13 meses João resgatará além dos R$ 100,00 inicias, R$ 65,00 de juros
atrelado ao investimento que no total será um montante de R$ 165,00.
Voltamos ao nosso amigo João que fez o mesmo investimento anterior, porém no regime
de juros compostos, o chamado juros sobre juros. Observe a tabela.
124
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Analisando a tabela acima, podemos perceber que apesar da taxa de juros não variar o
valor dos juros aumenta, mês a mês, isso ocorre pois o valor sobre o qual o juros é
cobrado aumenta com o tempo. Ademais, analisando as duas situações, notamos que nos
primeiros meses os valores são bem próximos, porém com o tempo vão se distanciando.
Essa diferença foi gerada pois, no sistema de juros compostos, deve-se calcular os juros
no fim de cada período, formando um capital sobre o qual se calculam os juros do período
seguinte, o que chamamos “juros sobre juros”.
Por fim, os Juros Compostos é o regime de juros que os bancos e demais instituições
financeiras praticam em suas transações. Dessa maneira, é preciso ficar atento ao uso do
cartão de crédito, empréstimos, financiamentos, entre outros. Pois, além de altas taxas de
juros, nesse regime os valores podem aumentar rapidamente.
Fórmula para o cálculo dos juros composto: Essa expressão é análoga ao de aumento
percentual, entretanto aqui ela acontece varias vezes, por isso usamos potência.
M : Montante
M = C (1 + i ) t C : Capital
J : Juros
i : Taxa
O montante que João resgatará no final do período de 13 meses pode ser calculado pela
fórmula abaixo.
Informações
5 13
M = 100 (1 + ) = 188,56 C: R$ 100,00
100 i : 5% ao mês
t : 13 meses
Exemplo: Tião quer saber quanto pagaria ao final de um ano se deixasse de pagar sua
fatura de cartão de crédito. Assim, sabendo que sua fatura é de R$ 1000,00 e a taxa de
juros cobrada pelo banco é de 9,79% ao mês , qual o valor que ele teria que pagar.
125
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Observação: A taxa de juros sempre deve estar de acordo com o tempo, se não estiver é
preciso converter a medida de tempo para se adequar a taxa. Assim, nesse exemplo,
devemos converter o ano para 12 meses, para ajustar a taxa de 9,79% ao mês.
Informações do problema
Portanto, no fim de um ano, se a fatura não for paga, Tião terá que desembolsar R$
3067,28 para quitar sua dívida, R$ 2067,28 a mais, por contas dos juros. Assim, sempre
evite deixar de pagar a fatura, pois em pouco tempo a dívida aumenta bastante.
126
Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão CIPMOI 2020
Colocando o conhecimento em prática
3. Calcule o juros, simples, produzido por R$ 50000,00, durante 2 anos, a uma taxa de
2,5% ao mês.
6. Por quanto tempo uma pessoa deve aplicar o capital de R$ 10000,00 para que
renda R$ 4000,00 a uma taxa de 5% ao mês, em juros simples?
8. Se uma mercadoria cujo preço é de R$ 200,00 for paga em 6 meses, com taxa de
20% ao ano, quanto será pago de juros no sistema de juros simples?
9. Na compra de um imóvel, cujo valor à vista é de 120000,00, foi dada uma entrada
de 20% e o restante foi financiado em duas prestações mensais e iguais. Sabendo
que a taxa de juros foi de 18% ao mês, qual será o valor de cada prestação?
10. Quanto receberá de juros, no fim de um semestre, uma pessoa que investiu, a juros
compostos, a quantia de R$ 6 000,00 à taxa de 1% ao mês?
12. Uma dívida de R$ 700,00 foi contraída a juros compostos de 2% ao mês para ser
quitada em 4 meses. Quanto deverá ser pago para quitar a dívida?
14. Um capital foi aplicado a juros compostos à taxa de 20% a.a., durante 3 anos. Se,
decorrido esse período, o montante produzido foi de R$ 864,00, qual foi o valor do
capital aplicado?
127
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Gabarito
128
Tecnologia da Soldagem CIPMOI 2020
Unidade 2 : Custo de
soldagem
Um começo de conversa
No mercado cada vez mais competitivo, todo tipo de vantagem pode fazer com que uma
empresa se sobressaia em relações as demais. Para isso, entender como funciona seus
custos e como isso está relacionado com a produtividade é algo crucial para aumentar a
competitividade da empresa. De acordo com um estudo realizado em 2002 pela AWS
(EUA) indicou que 57% das empresas não determinam os custos relacionados a
soldagem e 23% determinam de forma mínima.
Se entendemos o que influencia no custo da soldagem, podemos então tomar atitudes
para tornar o processo o mais otimizado possível e, consequentemente, diminuir o
custo. Dessa maneira, a margem de lucro pode ser maior ou então deixar o preço do
produto/serviço mais competitivo.
Objetivos da aprendizagem
O primeiro passo para conseguirmos calcular o custo na soldagem é entender quais são
esses custos. Podemos separá-los de uma maneira geral da seguinte forma:
• Mão de obra
• Consumíveis (metal de adição)
• Gases de proteção
• Equipamentos
• Energia
Obviamente, esses parâmetros podem alterar dependendo de cada caso e, por isso,
entender cada processo da solda irá auxiliar nessa classificação.
129
Tecnologia da soldagem CIPMOI 2020
Em busca de informações
CUSTO NA SOLDAGEM
Gas Arame Energia
4% 7% 4%
Equipame
ntos
15%
Mão-de-
obra
70%
Fonte: Acervo do Autor
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2.2 Como calcular
• Custo do metal de adição
O Custo do metal de adição, como o próprio nome sugere, é o valor gasto com o metal
utilizado para a solda. Nesse caso há dois parâmetros que influenciam muito no valor
final: a quantidade de metal depositado e a eficiência.
A quantidade de metal está relacionada ao volume soldado. Para quantizar esse valor
utilizamos a unidade kg/m, ou seja, a massa de metal depositado a cada metro soldado.
Já a eficiência é definida como sendo a razão entre a quantidade de metal depositado
por aquele que foi consumido no processo. Em outras palavras, se a quantidade de
metal depositada for muito próxima a quantidade consumida, a eficiência é alta, mas se
a quantidade de metal depositada for pequena em relação a quantidade consumida, a
eficiência é baixa.
Abaixo, a eficiências típicas dos processos ao arco:
• SMAW – eletrodos revestidos: 50~60%
• GMAW – arames sólidos: 95%
• FCAW – arames tubulares: 85%
• SAW – arco submerso: 99%
Entendendo esses dois parâmetros e sabendo o valor do material, podemos escrever a
seguinte fórmula para o custo do metal de adição (Cma):
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Taxa de deposição: Quantidade de metal depositado por unidade de tempo. Por
exemplo, a quantidade de kg de metal depositado por hora. Se aumentamos a taxa de
deposição significa que estamos depositando mais metal por unidade de tempo, logo, o
trabalho será efetuado em menos tempo.
Ciclo de Trabalho: Tempo de arco aberto por tempo total de trabalho expressa em
porcentagem. Uma porcentagem de 30%, por exemplo, significaria que 30% do tempo
trabalhado o arco estava aberto. Se aumentarmos o ciclo de trabalho, significaria que
estamos realizando mais solda por unidade de tempo, também contribuindo para a
redução do tempo de trabalho. Segue abaixo uma estimativa de ciclo de trabalho de
alguns processos.
• MMA: 10 ~ 30%;
• MIG/MAG e FCAW: 20 ~ 40%;
• SAW: 40 ~ 70 %.
Para o cálculo do custo da mão de obra (Cmo) utilizamos a seguinte fórmula:
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• Custo de fluxos
O consumo de fluxo geralmente é função da quantidade utilizada de arame. Como,
nesse processo, praticamente não há perdas, o custo, CF, é dado por:
𝑘𝑔 𝑘𝑔𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑅$
𝐶𝑓 = 𝑀𝑒𝑡𝑎𝑙 𝐷𝑒𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 × 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜( ) × 𝑃𝑟𝑒ç𝑜( )
𝑚 𝑘𝑔𝐴𝑟𝑎𝑚𝑒 𝑘𝑔
Exemplo:
Tabela 2.2: Consumo típico de kg fluxo neutro / kg de arame
• Custo de energia
O custo de energia, quando comparado aos demais custos, representa uma parcela
muito pequena. Por esse motivo, muitas vezes é desprezada. Entretanto podemos
facilmente calculá-la em função do consumo de energia do equipamento, da seguinte
forma:
𝑘𝑔 𝑘𝑊ℎ 𝑅$
𝐶𝑒 = 𝑀𝑒𝑡𝑎𝑙 𝐷𝑒𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 × 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎( ) × 𝑃𝑟𝑒ç𝑜( )
𝑚 𝑘𝑔 𝑘𝑊ℎ
Vale ressaltar que existe diferença no consumo de energia em função do processo de
soldagem. Segue abaixo uma tabela que ilustra o consumo de diferentes produtos
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• Custo de equipamento
O custo de equipamentos pode representar grande parcela de custo total, caso os
processos sejam altamente mecanizados. Caso contrário, representará pequena parcela
se o processo for pouco mecanizado. Para sabermos quanto é gasto com o
equipamento (Ceq) basta utilizar a seguinte fórmula:
Após calcularmos todos os custos citados a cima, basta soma-los de maneira a se obter
o custo total da soldagem. Ou seja:
Custo Total = Cma + Cmo + Cgp ou Cf + Ce + Ceq + ...
Onde:
• Cma = Custo metal de adição
• Cmo = Custo mão-de-obra
• Cgp ou Cf = Custo gás de proteção ou Custo de fluxos
• Ce = Custo de energia elétrica
• Ceq = Custo equipamentos ou depreciação
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• Utilizar soldas intermitentes sempre que possível;
• Utilizar chapas de menor espessura sempre que possível.
Para aumentar a taxa de deposição, pode-se adotar uma ou mais ações a seguir:
• Escolher o processo de soldagem e o consumível com elevadas taxas de
deposição;
• Usar correntes elevadas;
• Usar eletrodos com maiores diâmetros;
• Aumentar o “Stick-out”;
• Usar preferencialmente a posição de soldagem plana. Caso necessário usar
posicionadores;
• Mecanização.
E por fim, para o aumento do ciclo de trabalho, pode-se adotar uma ou mais ações a
seguir:
• Manter os equipamentos e consumíveis perto do local de trabalho;
• Evitar “tempo de espera (Downtime)” (ex. troca de bobinas, ressecagem do
consumível);
• Escolha de consumíveis com fácil remoção de escórias;
• Evitar respingos (Seleção do consumível / ajuste adequado de parâmetros);
• Mecanizar e/ou Robotizar;
• Prevenir defeitos e re-trabalho;
• Preparação de procedimentos de soldagem;
• Organização;
• Melhorar as condições de trabalho;
• Treinamento dos soldadores;
• Fácil acesso às juntas.
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Unidade 3: Média
Aritmética
Um começo de conversa
Vez ou outra alguém da família precisa de trocar o aparelho celular. A primeira coisa
que a maioria das pessoas vai fazer é: pesquisar preços na internet! São vários
modelos, marcas, preços e tecnologias diversas. Além disso, com a internet, a
quantidade de opções de lojas que podemos pesquisar os preços aumentaram
bastante, afinal, agora podemos ter acesso a qualquer loja do Brasil com apenas um
clique.
Com tantas opções, os preços encontrados são variados. Alguns com preços muito
abaixo ou muito acima da maioria dos oferecidos no mercado. Com tantas variações
de preço, provavelmente você já escutou ou se fez a seguinte pergunta: " Qual é o
preço em média desse produto?". Em outras palavras, queremos saber o valor que os
preços da maioria dos celulares estão próximos. Claro que haverá celulares mais
caros e mais baratos que esse valor médio, mas o valor da maioria deles não estará
tão longe desse preço médio. O que não sabíamos até agora é como calcular para
obtermos o preço médio de fato de um produto ou do que mais quisermos calcular.
Objetivos da Aprendizagem
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3. Em busca de informações
3.1 Introdução
Existem vários tipos de médias como, por exemplo, a médias aritmética, a média
geométrica e a média harmônica. Neste curso, veremos a média aritmética, que é a
mais utilizada no dia a dia. A seguir, temos alguns exemplos de utilização da média no
nosso cotidiano:
• média escolar;
• média de temperatura.
A média aritmética é considerada uma medida “central”, ou seja, ela tenta resumir um
conjunto de dados em um único valor. Para calcularmos a média aritmética simples,
basta somar todos os valores e dividir pela quantidade de valores que temos, isto é:
Agora que você sabe como calcular a média aritmética simples, que tal ver alguns
exemplos?
Exemplo 1:
Suponha que uma sala de aula tem 7 alunos, com as seguintes idades: 21, 35, 42, 57,
26, 38 e 64 anos. Qual é a média de idade desta sala?
Solução:
Como foi visto anteriormente,
𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴𝑟𝑖𝑡𝑚é𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 =
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠
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Neste exemplo, temos 7 alunos. Ou seja, a “quantidade de valores” é igual a 7.
Exemplo 2:
Solução:
Obs.: sabemos que não é possível fazer 2,6 gols em uma partida, porém a média nem
sempre dará um número inteiro, “completo”.
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Exemplo 3:
Solução:
Passando o 5 multiplicando,
𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 40 + ? = 13 𝑥 5
40 + ? = 65
Passando o 40 subtraindo,
? = 65 − 40
? = 25
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3.3 Média Aritmética Ponderada
Além da média aritmética simples, existe também a média aritmética ponderada. Ela
é utilizada quando os números possuem pesos diferentes, ou seja, quando alguns
valores têm mais importância (valor) que outros.
Agora que sabemos calcular a média aritmética ponderada, vamos ver alguns
exemplos.
Exemplo 4:
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Assim, temos que:
3 𝑥 8 + 3 𝑥 10 + 2 𝑥 5 + 2 𝑥 7
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 =
3+3+2+2
24 + 30 + 10 + 14 78
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 = = = 7,8
10 10
Exemplo 5:
Um professor aplicou 3 provas durante o ano em uma escola em que a média é 7,0.
O peso dessas provas eram, respectivamente, 1, 2 e 3. Sabendo que Marcos tirou
8,0 na 1ª prova e 5,0 na 2ª prova, quanto ele precisa tirar na 3ª prova para ficar na
média?
Solução
Então, a média ponderada tem que ser igual a 7,0. Assim, temos que:
1𝑥8+2𝑥5+3𝑥𝑛
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 = = 7,0
1+2+3
Realizando as multiplicações
8 + 10 + 3 𝑛
=7
6
“Passando” o 6 multiplicando,
18 + 3 𝑛 = 42
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“Passando” o 18 subtraindo,
3 𝑛 = 42 − 18
3 𝑛 = 24
“Passando” o 3 dividindo,
24
𝑛= =8
3
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Colocando o conhecimento em prática
Obs.: Os exercícios de média exigem interpretação para saber qual tipo de média
será utilizada em cada caso. Fique atento!
b) 4, 7, 5 e 16
c) 7, 9, 15, 23, 6 e 39
3) (UFPB 2008) Uma atleta participou de três provas de uma determinada competição.
Suas notas foram, respectivamente, o dobro e o triplo da nota da primeira. Sabendo-se
que a média aritmética das três provas foi 28,6 pontos, é correto afirmar que a nota da
primeira prova foi:
a) 8
b) 9,2
c) 12
d) 14,3
e) 15
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4) Em uma empresa, há 4 cargos: estagiário, assistente, gerente e presidente. Essa
empresa possui 2 estagiários, 7 assistentes, 2 gerentes e 1 presidente. O salário de
cada um dos cargos está presente na tabela a seguir:
Tabela 3.3: Cargos e salários (exercício 4)
Cargo da empresa Salário
Estagiário R$900,00
Assistente R$1.800,00
Gerente R$3.500,00
Presidente R$7.000,00
Fonte: Acervo do autor
6) Uma avaliação com seis questões foi realizada com os empregados de uma
pequena indústria. Os resultados foram apresentados em uma tabela. Observe:
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7) Brasil, Argentina e Chile resolveram disputar entre si as “Olimpíadas Escolares”.
Os resultados de cada país estão representados no gráfico a seguir:
Figura 3.1 – Resultados das Olimpíadas Escolares
Questões “desafio”
8) A média aritmética das notas dos alunos de uma turma formada por 25 meninas
e 5 meninos é igual a 7. Se a média aritmética das notas dos meninos é igual a 6, a
média aritmética das notas das meninas é igual a:
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Gabarito
1)
a) 7
b) 8
c) 16,5
2) Letra E
3) Letra D
4) R$2.366,67
5) 8,0
6) 3,25, aproximadamente
Campeão: Brasil
8) Letra B
9) Letra C
Referências Bibliográficas
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GIOVANNI, J. R.; CASTRUCCI, B. ; JR., J. R. G. A Conquista da Matemática: 4. ed. São
Paulo: Editora FTD S.A. 2005
ANDRINI, Álvaro; Praticando Matemática: 6ª Série. São Paulo: Editora do Brasil, 1989.
MORI, Iracema. ONAGA, Dulce. Matemática: ideias e desafios, 7° ano. 18ª Edição. São
Paulo: Saraiva, 2015.
DANTE, Luiz Roberto. Projeto Teláris: matemática: ensino fundamental 2. 2ª Edição. São
Paulo: Ática, 2015
DANTE, Luiz Roberto. Matemática : contexto & aplicações . 2ª Edição. São Paulo : Ática,
2013
SILVA, Marcos Noé Pedro da. "Média aritmética"; Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/matematica/media-aritmetica.htm>. Acesso em 9 de maio
de 2020.
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