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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

ALÍCIA OLIVEIRA DE MELO 11171503615

REATORES HETEROGÊNIOS:
REATOR DE LEITO FIXO

MOGI DAS CRUZES - SP


2021
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ALÍCIA OLIVEIRA DE MELO 11171503615

REATORES HETEROGÊNIOS:
REATOR DE LEITO FIXO

Trabalho bimestral apresentado ao curso de


Engenharia Química da Universidade de
Mogi das Cruzes para obtenção de nota na
disciplina “Cálculo de Reatores II”.

Prof. Orientador: Hernandes de Souza Brandão

MOGI DAS CRUZES - SP


2021
Sumário

1. DEFINIÇÃO ......................................................................................................... 4

2. REPRESENTAÇÃO DO REATOR ..................................................................... 4

3. PROCESSO DE SÍNTESE DE AMÔNIA ........................................................... 5

4. VANTAGENS E DESVANTAGENS ................................................................. 6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 7


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1. DEFINIÇÃO

O reator de leito fixo mais conhecido por Packed-Bed Reactor (PBR) em inglês, é um
reator em que normalmente seu meio reacional está em uma fase líquida ou gasosa, e tem-se
um catalisador em fase sólida que é constituído de muitas partículas pequenas que estão
depositadas ao longo do comprimento de um tubo. Sendo comumente chamado de reator
catalítico de leito fixo, é utilizado especialmente para catalisar reações gasosas. (PEREIRA E
SAMUEL, 2017).
No reator o que é responsável pelo aquecimento do leito é um fluxo de ar em alta
temperatura que passa pela região, para o leito fixo as partículas que compõem a região ficam
imóveis durante a passagem de ar. Existem dois tipos principais de leitos fixos, o downdraft
que é alimentado com gás em sua parte superior, e o updraft que tem uma alimentação pela
parte inferior do reator. (BASU, 2013)

2. REPRESENTAÇÃO DO REATOR

Na representação abaixo demonstra um esquema característico de um reator catalítico


de leito fixo monotubular, com uma camisa térmica envolvendo o cilindro interior, de modo a
possibilitar a troca térmica com o reator (MIRANDA, 2017).

Figura 1 – Reator monotubular

Fonte: MORAIS (2007)


Outro reator muito utilizado na indústria é o reator multitubular que pode ter até 30 mil
tubos, devido a alta necessidade de transferências de calor para reações exotérmicas, definido
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como uma carcaça cilíndrica que envolvem uma serie de tubos que é preenchida com partículas
de catalisador, sendo organizados de maneiras diferentes (MIRANDA, 2017).

Figura 2 – Reator Multitubular

Fonte: MORAIS (2007)

3. PROCESSO DE SÍNTESE DE AMÔNIA

Para exemplificar a utilização do reator de leito fixo, foi escolhido o processo de síntese
da amônia, sua obtenção vem principalmente através do processo de Haber-Bosch.
Neste processo emprega-se o gás nitrogênio proveniente do ar para reagir com o gás
hidrogênio que é normalmente derivado do gás natural, em altas pressões e temperaturas
utilizando um catalisador de ferro, geralmente na indústria a reação ocorre com a presença de
inertes como metano (CH4) e argônio (Ar) (MARIANA CARVALHO, 2016).
As etapas do processo de produção são basicamente a reforma catalítica, remoção do
CO2, metanação e unidade de conversão. As reações químicas podem ser descritas pelas etapas
a seguir:
• Processo de síntese da amônia:
N2 + 3H2 ↔ 2NH3
• Reforma primária, o gás de processo, unido a um catalisador de níquel reage
produzindo hidrogênio:
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CH4 + H2O ↔ CO + 3H2 e CO + H2O ↔ CO2 + H2


• Metanador onde são removidos os traços restantes de CO e CO2:
CO + 3H2O ↔ CH4 + H2O e CO2 + 4H2 ↔ 2H2O
Após a metanação a água resultante é condensada e o metano produzido segue na
corrente do gás de síntese, atuando como inerte, ele é purificado e depois comprimido por
compressores centrífugos com resfriadores entre estágios, até que se alcança a pressão
necessária para a reação de formação de amônia (MARIANA CARVALHO, 2016).
A seguir tem-se o fluxograma do processo de síntese de obtenção da amônia onde o
reator de leito fixo está localizado no bloco de reator de leito fixo.

Figura 3 - Fluxograma simplificado do processo de síntese de amônia.

Fonte: DANIEL RIBEIRO, 2013.

4. VANTAGENS E DESVANTAGENS

O Segundo o Professor Dr. Marco Antônio Pereira (2018), as vantagens são: altas
conversões por massa de catalisador dentre os reatores catalíticos, fácil construção, baixo custo
de operações, construção e manutenção, e bom desempenho em altas temperaturas e pressão. E
as desvantagens são: dificuldade de manutenção, catalisador de difícil remoção, formação de
canais preferenciais de escoamento, gradientes de temperatura e controle de temperatura ruim.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAIS, E. R. Modelagem e Análise de Reatores Catalíticos de Leito Fixo. 2007. 179 f. Tese
(Doutorado em Engenharia Química) – Faculdade de Engenharia Química, Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2007.

BASU, P. Biomass Gasification and Pyrolysis: Practical Design and Theory. [S.l.: s.n.], 2013.
v. 53. 1689–1699 p. ISSN 1098-6596. ISBN 9788578110796.

MIRANDA, Hiago. Simulação, controle e avaliação das configurações de troca térmica no


processo de desidratação de etanol em reator de leito fixo, 2017. Disponível em:
<http://portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_9835_Disserta%E7%E3o%20-
%20Hiago%20V.%20de%20Miranda.pdf>. Acesso em 01 de novembro de 2021.

RIBEIRO, Daniel. Processo de Haber-Bosch, 2013. Disponível em:


<https://www.fc.up.pt/pessoas/jfgomes/pdf/vol_1_num_1_26_art_processoHaberBosch.pdf>.
Acesso em 01 de novembro de 2021.

PEREIRA, João Paulo; SAMUEL, Wenderson. Reatores de leito fixo e fluidizado, 2017.
Disponível em: <https://pt.slideshare.net/WendersonSamuel/trabalho-reatores-leito-fixo-e-
fluidizado>. Acesso em 01 de novembro de 2021.

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