Você está na página 1de 3

A CRUZ NA VIDA DO HOMEM

L1 – Ontem cristo nos deu a eucaristia e o sacerdócio.

L2 – Hoje damos-lhe a CRUZ.

T – Hoje é dia da cruz


L3 – Cruz que salva. Cruz que escandaliza.
T – Cruz que mostrou a humanidade decaída o caminho mais curto do perdão.
L1 – Cruz, ápice da divina loucura amorosa.
L2 – Cruz, síntese do ódio extravasado pela humanidade.
L3 – Cruz, amor e ódio.
L4 – síntese do divino e antítese do humano.
L3 – por que loucura tamanha diante de uma diminuta e insignificante criatura?
T – só o amor.
L2 – só o amor seria capaz de traçar entre o céu e a terra o elo definitivo da eterna
aliança.
T – eis a cruz.
L1 – o horizontal e o vertical se encontrando duas traves de madeira.
T – eis a cruz.
L2 – ponto de chegada para os homens.
L3 – ponto de partida para Deus
L4 – para os homens, o FIM.
Para Deus, o PRINCIPIO.
L3 – fim de uma vida escrava e decaída.
Principio da libertação e salvação.
T – Cruz!
Hoje é dia da santa cruz.
L2 – É o dia da minha cruz, da sua cruz, da nossa cruz.
O incrédulo vê na cruz apenas o sinal do sofrimento e o símbolo da dor.
L1 – Para nós, cristãos, ela é mais. Ela é VITÓRIA.
Vitoria da luz sobre as trevas
Da vida sobre a morte
Vitoria sobre o mal, o pecado.
L2 – A cruz para nos hoje, e daí para sempre, ultrapassa a dimensão do sofrimento
humano.
T – cruz é salvação.
L3 – esta cruz não foi em vão.
Inúteis não foram os cravos!
A cruz faz parte de nossa vida, como o sangue que corre pelas nossas veias.
“Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”
L4 – Nossa cruz, às vezes, torna-se pesada e insustentável. Insustentável porque
carregamo-la sozinha. Isto é, arrancamos dela o Cristo que a abraçou tão fortemente.
Não a cruz sem cristo.
T – não a vida sem cruz!
Qual pai, qual mãe, qual família que não tem sua cruz?
L2 – uma cruz vejo rasgar a multidão. Um pai, uma mãe, os filhos.

É a família reunida e unida pela força cruz. Qual família não tem seus
problemas e suas preocupações? Seja a luta pelo trabalho, seja a educação dos filhos,
seja a luta pela preservação dos bons costumes e da moral. Qual família não chora a
perda do filho que se extraviou pelo caminho da perdição, das drogas? Qual família
não chora pelo esposo – pai que se entregou a prostituição bebedeira? Pelo esposo –
pai que abandonou a esposa e os filhos? Qual família não chora lagrimas de sangue
pela mãe esposa que renegou os filhos que gerou e o marido que um dia amou?

(O PAI DIZ:) cruz que reúne e une minha família. Cruz salvadora! Nela
encontro a força que muitas vezes sinto faltar-me. Nela encontramos a
esperança de uma vida melhor e menos sofrida. Esperança que este mundo
parece não nos dar. Nela encontramos alivio para nossas dores e sofrimentos.

L3 – e você, jovem, que ostenta coragem e bravura, onde esta sua cruz?Ou ela não
trem espaço na sua vida?Seja bravo e corajoso!Mostre que é de fato alente. Abraçe-a
enquanto você é jovem. Nela você encontrará a verdade, o caminho e o sentido da
vida. Não se afaste dela na juventude, pois correrá o risco de chegar a velhice e não
ter encontrado a razão da vida .Não faça da droga, das más companhias e dos falsos
amigos sua cruz.

L4 – Homem do campo! Você carrega a cru da injustiça. A injustiça dos altos juros.
A injustiça da falta de preço no momento da colheita. A injustiça do atravessador. A
injustiça principalmente do governo, pela falta de política agrícola racional. Homem
do campo!Você traz na palma das mãos os calos da cruz da enxada. Você traz
estampadas no rosto às marcas do sofrimento, da preocupação e da angustia.

T – Nossa cruz é a ganância do patrão.


È o lucro fácil.
Nossa cruz é a injustiça...
Nosso misero salário...
As condições subumanas de trabalho...
É a falta de assistência médica.

L1 – Você aí no meio da multidão!Olhe do lado e você verá uma criança carregando


uma cruz. A cruz que carrega é a cruz da orfandade. Ela é a criança órfã. E esta cruz
que ela carrega é a presença viva de alguém ausente muito importante em sua vida.
Esta cruz é a ausência do pai ou da mãe que ela perdeu. Esta cruz e a ausência do
amor é a ausência do carinho, do amparo, do aconchego dos braços do pai que ela
perdeu.
Vejam as dificuldades dela para vencer a multidão. A multidão de
dificuldades que rodeiam sua vida. Ela se sente perdida confusa e insegura. Quanta
falta o pai lhe faz! Quem dos senhores de dispõe a ajudá-la a carregar a sua cruz?
Se é pesada a cruz da orfandade que dizer da cruz de órfãos de pais vivos?
Esta cruz é terrível. Ela é a ausência de alguém presente alguém que existe,
mas não se faz presente nos momentos alegres ou difíceis. Alguém que fugiu da
responsabilidade que um dia assumiu. Alguém que se acovardou.
Pior. Alguém que existe, esta dentro de casa, mas longe da cruz da
paternidade
Esta ausência pesa mais, fere mais e dói mais, porque a criança sabe que tem
um pai e uma mãe e não pode contar com eles nos momentos de angustia de tristeza
e de solidão. Estes são pais porque foram geradores da vida. Mas isto não basta. É
preciso ser também geradores do amor.
É aqui que a cruz do pai e da mãe deve preencher os espaços vazios da vida da
criança.
É aqui, neste momento, que avaliamos a importância da cruz do pai e da mãe
na vida da criança, para que ela nunca venha se sentir órfã de pais vivos.

L2 – quem é esta mulher? Onde esta o seu esposo?


Abandonou-a?
L3 – sim abandonou-a, abandonou porque Deus o chamou.
Esta mulher é uma mãe viúva. Esta cruz que ela carrega todos os dias de sua vida é a
cruz da mãe viúva. A mãe sofrida. A mãe marcada pela dor da perda. Perda
irreversível, perda daquele que com ela pegava todos os dias, a cabeceira da cruz,
carregavam juntos a cruz. Pai, mãe, filhos.
Agora esta mesma cruz tornou-se mais pesada e mais difícil. Ser mãe viúva e
carregar a cruz da maternidade, da paternidade, da viuvez e assumir ao mesmo
tempo a cruz de cada um dos filhos. Tarefa dura, mas possível de ser vencida
Tarefa pesada, mas, quando vitoriosa, nos enche de alegria.

L4 – observem este homem que se aproxima

Este homem não traz nos ombros uma cruz.


Este deve ser um homem bem-aventurado... Aquele que já atingiu a beatitude, a
plena felicidade.
– Senhor, onde esta a sua cruz? Todos carregam a sua. O senhor não traz sua cruz?

L2 – sua cruz são estas correntes.


Mas como!
Sua cruz não é de madeira. Sua cruz é a pior das cruzes. Sua cruz é a cruz dos vícios.
Sua cruz é a cachaça maldita. Não sabe como se livrar dela. Sua cruz é o fumo, a
droga, o tóxico que o amarra como estas correntes e não consegue se livrar delas
(o acorrentado se livra das correntes)

L4 – triste e dolorosa realidade. Como este homem será capaz de reunir forças
capazes de superar tantas e tamanhas dificuldades?

L1 – onde a fraqueza humana encontrara vigor, energia suficiente para vencer e


cantar a VITÓRIA FINAL?

Você também pode gostar