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LIVRO DE FORMAÇÃO

Mestres de Cerimônias
2ª edição

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS ESTRELAS


2013
PARÓQUIA N. SRA. DAS ESTRELAS Vigário Paroquial
Rua Dr. Virgílio de Rezende, 333 - Centro Mons. Mário Donato Sampaio
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Pe. Lorival de Oliveira Pedro Diáconos
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Coordenador: Cerimoniários
Fábio Isaac Ferreira Gabriel Augusto Ferreira Silva
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Cerimoniários Gustavo Issamu Takagui Marques
Alex Da Silva Carvalho Leitão Junior Rua Roque de Almeida, 979 - Centro
Rua João Evangelista, 393 – Centro Tel.: 3511-7030 / 8129-9716
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aleex.carvalho@bol.com.br João Pedro Ayres Bernardes
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Daniel Makoto Ito Rua Rodolfo Miranda Leonel, 900 – Jd. Itália
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Fábio Moreira de Camargo Junior Rua Pedro Nunes de Melo, 290 – Vl. Aurora
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Felipe Matarazzo Canedo Rua José Pedro Strasburg JR,142 – Jd. Itália
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Cerimoniários
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Rafael Trindade Tatit Wilson Moreira de Camargo Neto
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Vinícius Giovanni Silva Mello
Rua Firmino José de Araujo, 452 – Vl. Nova
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

29/09 Conceitos Básicos

06/10 Estrutura da Santa Missa

13/10 Vestes e Objetos Litúrgicos

20/10 Livros Litúrgicos

27/10 Iniciação à fé cristã e Sacramentos

10/11 As Fontes da Santa Igreja

11/11 Bazar

24/11 Latim e Liturgia Romana

01/12 Prova teórica

Prática 1

08/12 Prática 2

15/12 Prova prática

Ensaio de Investidura

16/12 Investidura
1 INTRODUÇÃO

 O que é um Cerimoniário

Cerimoniário é o ministro, ordenado ou não, responsável pela organização


das celebrações litúrgicas, entre elas a Santa Missa, na Igreja Católica
Apostólica Romana. Para tal pode haver um, dois ou mesmo uma equipe
de cerimoniários, sendo um deles o cerimoniário-mor e os demais cuidam
de partes específicas da celebração. Não existe necessidade do
cerimoniário estar em preparação para o sacramento da ordem.

 Diferenças de coroinha, acólito, cerimoniário

O Cerimoniário não difere apenas na divisão de funções, como pode,


enganosamente, aparentar. O cerimoniário, além da execução do rito,
deve prepará-lo, contatando ministros ordinários e extraordinários, equipe
de música, liturgia, Data-show e todos os que auxiliarão na Missa. Deve
saber previamente de tudo o que irá acontecer na celebração, para poder
conduzi-la e manter a ordem. Já os coroinhas e acólitos, possuem funções
determinadas, auxiliando no altar, e não possuem tais responsabilidades.

 Importância

“Se a cerimônia é bela e tudo dá certo, parabéns ao Cerimoniário Principal.


Se algo dá errado, seja em qualquer aspecto, o Cerimoniário Principal é o
responsável”
Padre Lorival

Por essa citação dita pelo nosso Pároco inúmeras vezes, é fácil notar a
importância e responsabilidade que um cerimoniário carrega. Isso porque é
ele que deve manter a ordem e prezar pelo decoro da celebração litúrgica.
Tudo deve ser feito para tornar a cerimônia bela e harmoniosa.

 Divisão de Funções

Em cada celebração litúrgica, cada cerimoniário assume uma função, devendo


realizar os atos próprios dela.

1 – Principal: Também chamado de Mestre de Cerimônias ou Cerimoniário-


mor, é responsável pelo rito como um todo. Ele deve conhecer profundamente
a liturgia e ter em mente como será a celebração litúrgica, estudando
antecipadamente o rito. Deve recepcionar os sacerdotes, ajudá-los com suas
vestimentas, conferir todos os objetos a serem utilizados, assim como os livros
litúrgicos, se comunicar com o ministério de música, equipe de liturgia, pessoa
responsável pelo projetor, diáconos, ministros, irmãos do santíssimo, coroinhas

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e acólitos. Deve estar atento, durante o rito, ao celebrante, acompanhando-o
sempre do lado esquerdo, exceto durante a homilia.

2 – Auxiliar: É o cerimoniário responsável por conduzir as procissões, seja ela


de entrada, saída, internas ou externas à igreja. Também cabe a esse
cerimoniário, cuidar da Liturgia da Palavra. Deve sempre combinar com todos
os leitores, antes da cerimônia, seus lugares e explicar-lhes como irão adentrar
no presbitério. Este cerimoniário deverá buscá-los na assembleia e ficar ao lado
do ambão durante as leituras, a fim de auxiliar os leitores, segurando o
microfone para que eles possam fazer a devida vênia (reverência), guiá-los nos
Lecionários e auxiliando o Diácono, trocando o Lecionário pelo Livro dos
Evangelhos (Evangeliário). Ele deve receber as oblatas (oferendas), conduzindo-
as até o presidente da celebração e outras funções diversas, auxiliando o
Principal.

3 – Librífero: É o responsável pelo Missal Romano e outros livros litúrgicos, se


houver. Deve arrumá-los antes da celebração de acordo com a Liturgia.
Normalmente, segura o Missal Romano para o presidente durante a Oração do
Dia, Rito Eucarístico, Rito de Comunhão, Oração após Comunhão e Benção
Solene. O Missal também pode ser usado em outros momentos se o Sacerdote
necessitar.

4 – Turiferário: É responsável pelo uso do turíbulo. Deve acender o carvão


(entre 3 e 4 pedras para cada momento). Utilizar-se-á o turíbulo durante a
procissão de entrada, Evangelho, ofertório, Consagração e procissão de saída.
Deve ser utilizado na Benção do Santíssimo Sacramento e pode ser utilizado em
outras procissões. O turiferário deve manter sempre a limpeza e organização
da Sacristia. Deve sempre se ajoelhar no meio (corredores, frente do padre,
altar...) e não em laterais.

5 – Naveteiro: É responsável pelo uso da naveta com incenso. Dica: é


recomendável sempre moer o incenso antes de utilizá-lo, deixando-o em pó.
Isto produzirá muito mais fumaça. Deve andar sempre ao lado esquerdo do
turiferário, acompanhando-o e abrir a tampa da naveta para o padre utilizar o
incenso. Deve auxiliar o turiferário no acendimento, apagamento e limpeza.

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 Regras dos Cerimoniários:

 Atenção  Pensar no impossível


 Calma  Pensar no necessário
 Paciência  Pensar no que vem a seguir
 Educação  Saber se comunicar com o olhar
 Cortesia  Jamais fechar os olhos
 Humildade  Não entrar na unção da Missa
 Esperteza  Se preocupar com o rito e beleza
 Rapidez (agilidade)  Manter a sacralidade
 Postura  Estar em comunhão com o ritual
 Seriedade romano
 Compromisso

1.1 CONCEITOS BÁSICOS

 O que é liturgia

A palavra liturgia significa “obra pública”, ou seja “serviço da parte do povo e


em favor do povo”. Pela liturgia, o povo de Deus toma parte na “obra de Deus”.
Representa a celebração do culto divino, o anúncio do Evangelho e a caridade
em ato. Pela liturgia, Cristo continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de
nossa redenção.

 Diferenças entre Bispo, Padre e Diácono

Os três são chamados por Deus, na Igreja e pela Igreja, a exercer um serviço
especial na comunidade. São consagrados pelo Sacramento da Ordem, pelo
qual o Espírito Santo os torna aptos a agir na pessoa de Cristo-Cabeça para o
serviço de todos os membros da Igreja. Esse serviço consiste no ensino, no
culto divino e no governo pastoral. Existem três graus deste Sacramento:
Epsicopado (para bispos), Presbiterado (para padres) e Diaconato (para
diáconos).
O Bispo é investido da plenitude do Sacramento da Ordem, possuindo a
sucessão apostólica que passa de geração em geração e goza do sumo
sacerdócio. Ele é responsável por comandar a Igreja particular, ou diocese, que
lhe é confiada, em comunhão e sob a autoridade do Romano Pontífice. Tal
reunião da Igreja particular difunde-se e vive em cada grupo de fiéis, à frente
dos quais o Bispo coloca os seus presbíteros, para que, sob sua autoridade,
santifiquem e dirijam uma porção do rebanho do Senhor. Os sacerdotes são
cooperadores da ordem epsicopal, seu instrumento e auxílio, constituindo com
o Bispo um único presbitério.
Os diáconos prestam ajuda ao Bispo e a seu presbitério no ministério da
Palavra, do Altar e da Caridade. Como ministros do altar, anunciam o
Evangelho, servem na celebração do Sacrifício e distribuem o Corpo e o Sangue

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do Senhor. Nas ações litúrgicas, o diácono assiste o celebrante e serve junto do
altar, do livro e do cálice.

 Diferenças entre presidente e concelebrante

A celebração Eucarística deverá sempre possuir apenas um celebrante, também


chamado de presidente, o qual presidirá a cerimônia. Adicionalmente, podem
estar presentes outros sacerdotes, os quais serão os concelebrantes. Quando
um Bispo estiver presente, normalmente ele será o celebrante, colocando os
outros sacerdotes na posição de concelebrantes.

 O que são: Ministros, Irmãos do Santíssimo, leitores, salmistas

Os Ministros Extraordinários da Comunhão são leigos a quem são dadas


permissão, de forma temporária, de distribuir a comunhão aos fiéis na missa ou
noutras circunstâncias quando não há um ministro ordenado que o possa fazer.
Chamam-se extraordinários, pois só devem exercer seu ministério em caso de
necessidade.
A Irmandade do Santíssimo Sacramento é composta apenas por homens e tem
a finalidade de manter o culto de adoração ao Santíssimo Sacramento e
guardá-lo.
Os leitores são leigos que possuem a função de ler a Palavra de Deus na
assembleia litúrgica. Lembre-se o leitor da Dignidade da Palavra de Deus e da
importância do seu ofício, e preste assídua atenção à maneira de dizer e
pronunciar, de modo que a Palavra de Deus seja percebida com toda a clareza
pelos que participam.
Convém que o salmista seja perito na arte de salmodiar, devido a sua grande
importância litúrgica e pastoral. É recomendável que o salmo seja cantado, seja
de forma responsorial, ou seja todo seguido.

 Ano litúrgico (ou Calendário litúrgico)

O ano litúrgico é o período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos,


onde se celebram como memorial os mistérios de Cristo, assim como a
memória dos Santos. O ano litúrgico começa no 1º Domingo do Advento (cerca
de quatro semanas antes do Natal).

Tempo do Advento – possui duas finalidades: preparação para as solenidades


do Natal e a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Inicia-
se quatro domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. É um
tempo de festa, mas de alegria moderada.

Tempo do Natal – é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus


que se fez Homem. É a segunda festa mais venerável para a Igreja, após a
Páscoa. O tempo do Natal vai da véspera do Natal até o domingo depois da
festa da aparição divina, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do

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Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria, mãe de Jesus e do
Batismo de Jesus.

Tempo da Quaresma – tempo de conversão, penitência, jejum, esmola e


oração. Tempo de preparação para a Páscoa do Senhor e dura quarenta dias.
Nesse tempo não se diz o Aleluia nem se colocam flores na igreja. Não deve ser
usado muitos instrumentos musicais e não se canta o Glória, para que a alegria
seja expressada mais intensamente somente na Páscoa. Inicia-se na Quarta-
feira de Cinzas e termina na Missa na Ceia do Senhor (Quinta-feira Santa, à
tarde).

Tríduo Pascal – começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-feira


Santa, em que é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio e
comemora-se o gesto de humildade de Jesus de lavar os pés dos discípulos. Na
Sexta-feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do
ano que não tem Missa, acontecendo apenas uma Celebração da Palavra
chamada de “Ação ou Ato Litúrgico”. Durante o Sábado Santo, a Igreja não
exerce qualquer ato litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto
e sepultado. Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa,
acontece a solene Vigília Pascal. Conclui-se então o Tríduo Pascal, que
compreende a Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Sábado Santo, que
prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.

Tempo Pascal – a Festa da Páscoa ou Ressurreição do Senhor se estende por


cinquenta dias entre o Domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes,
comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão e o envio do Espírito Santo.
Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação no Cristo
Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.

Tempo Comum – período sem grandes acontecimentos, que nos mostra que
Deus se faz presente nas coisas mais simples.. É o tempo da Igreja continuar a
obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. Esse tempo é dividido em
duas partes: a primeira fica entre os tempos do Natal e da Quaresma e é um
momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino
de Deus; a segunda fica entre os tempos da Páscoa e do Advento e é o
momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo
no mundo (ser sal na terra e luz no mundo). É um tempo privilegiado para
celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.

 Festas de Guarda

Todos os católicos são obrigados a irem à missa em todos os domingos e festas


de guarda. A maior parte destas festas calham em um domingo (ex.: Domingo
de Ramos, Pentecostes, Domingo de Páscoa, Santíssima Trindade etc.). Então,
as festas de guarda que podem não ser no domingo são apenas dez:
1º de Janeiro – Solenidade de Maria Mãe de Deus

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6 de Janeiro – Epifania
19 de Março – Solenidade de São José
Ascensão de Jesus (data variável – quinta-feira da sexta semana da Páscoa)
Corpus Christi (data variável – 1ª quinta-feira após o domingo da Santíssima
Trindade
29 de Junho – Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo
15 de Agosto – Assunção de Maria
1º de Novembro – Dia de todos os Santos
8 de Dezembro – Imaculada Conceição de Maria
25 de Dezembro – Natal

 Cores litúrgicas

Branco – usado durante o Tempo Pascal e Natal do Senhor, bem como em suas
festas e memórias, exceto as da Paixão, nas festas e memórias da Bem-
Aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não Mártires, na Festa
de Todos os Santos (1º de novembro), na Natividade de São João Baptista (24
de junho), na Festa de São João Evangelista (27 de dezembro), da Cátedra de
São Pedro (22 de fevereiro) e da Conversão de São Paulo (25 de janeiro). O
branco é o símbolo da luz, tipificando a inocência, pureza, alegria e glória.

Vermelho – usado no Domingo de Ramos e na Sexta-feira Santa; no Domingo


de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos
e Evangelistas (com exceção de São João) e nas celebrações dos Santos
Mártires. Simboliza as línguas de fogo em Pentecostes e o sangue derramado
por Cristo e pelos Mártires, além de indicar a caridade inflamante.

Verde – usado durante o Tempo Comum. Simboliza a cor das plantas e das
árvores, prenunciando a esperança da vida eternas.

Roxo – usado no Tempo do Advento e da Quaresma. Também pode ser usado


nas Missas pelos mortos. Significa penitência, aflição e melancolia.

Preto – usado na celebração do Dia dos Fiéis Defuntos nas Missas dos Fiéis
Defuntos. Símbolo de luto, significando a tristeza da morte e a escuridão do
sepulcro.

Rosa – usado no 3º Domingo do Advento (Gaudete) e no 4º Domingo da


Quaresma (Lætare). Representa uma quebra na austeridade do Advento e da
Quaresma, simbolizando uma alegria contida. Opcionalmente, pode-se utilizar
o roxo nestes dias.

Azul – cor litúrgica não é prevista na Introdução Geral do Missal Romano


(IGMR). É uma cor opcional para as Festas e Solenidades da Santíssima Virgem.
Dourado e prateado – cores também não previstas na IGMR, mas que podem
ser utilizadas no lugar do branco, vermelho ou verde.

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1.3 EXERCÍCIO PROPOSTO

Faça um resumo de, no mínimo, 15 linhas do item “Mestres de cerimonônias”


baseando-se no livro Cerimonial dos Bispos, 1ª parte, capítulo 2, itens de 34 a 36.
http://senhoradasestrelas.com.br/wp-content/uploads/2011/11/Cerimonial-dos-Bispos.pdf

1.4 EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

Leia os itens de 1187 a 1199 do Catecismo da Igreja Católica, disponível em:


http://senhoradasestrelas.com.br/wp-content/uploads/2012/02/catecismo-completo.pdf

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2 ESTRUTURA DA SANTA MISSA

A essência da Santa Missa é a Consagração, o Sacrifício de Cristo oferecido na


Cruz e tornado real e novamente presente sobre o altar mediante a conversão
do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor. A Missa em rito romano,
sistematizada por São Pio V e reformada por Paulo VI e pelo Beato João Paulo
II, é constituída de duas grandes categorias. A primeira é aquela que abrange os
Ritos Iniciais e a Liturgia da Palavra. A segunda abrange a Liturgia Eucarística,
Ritos de Comunhão e Ritos finais, de modo a termos duas partes bem definidas.

2.1 A ESTRUTURA

 Ritos Iniciais
Procissão de entrada
Saudação trinitária
Ato Penitencial (Kyrie)
Hino de Louvor
Oração do dia (Coleta)

 Liturgia da palavra
Leituras
Salmo responsorial
Canto aleluítico
Evangelho (liturgia Verbi)
Homilia
Profissão de fé (Credo)
Oração universal ou dos fiéis

 Liturgia Eucarística
Ofertório, Preparação das Oferendas
Oração sobre as oferendas
Oração Eucarística
o Prefácio (Ação de Graças)
o Santo (“Sanctus”)
o Epiclese ou “Palavra-Memorial”
o Consagração (Narrativa da Instituição)
o Anamnese (relembrando sua bem aventurada paixão, a gloriosa
ressurreição e a ascensão aos céus)
 Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa
ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
 Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice,
anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a
vossa vinda!
 Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz
e ressurreição
o Oblação (oferecimento ao Pai da hóstia imaculada

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 “Nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da
salvação...”
o Intercessões
o Doxologia
 “Por Cristo, com Cristo, em Cristo...”
o Amém

 Ritos de Comunhão
Oração comunitária do “Pai-Nosso”
Embolismo (“Livrai-nos...”)
Doxologia (“Vosso é o reino...”)
Oração pela Paz
Que a Paz do Senhor...
Gesto da Paz
Fração do Pão + súplica “Cordeiro de Deus”
Antífona de Comunhão
“Senhor, eu não sou digno...”
Comunhão + canto
Oração após a comunhão
Amém

 Ritos finais
Avisos à comunidade
Bênção
Saudação final (diácono)
Procissão de saída

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2.2 EXERCÍCIO PROPOSTO

Quem é o Monsenhor Guido Marini? Faça observações e comentários a respeito de


suas posições, posturas, funções etc, exibidas no vídeo disponível em:
http://senhoradasestrelas.com.br/2012/02/guidomarini/
Mínimo 10 linhas.

2.3 EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

Leia os itens de 128 a 170 do Cerimonial dos Bispos, Parte II, Capítulo I
http://senhoradasestrelas.com.br/wp-content/uploads/2011/11/Cerimonial-dos-Bispos.pdf

Participe de uma Santa Missa com o Livro de Formação em mãos no item 3.1, para
ajudá-lo a se recordar e gravar as partes da Missa.
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3 VESTES E OBJETOS LITÚRGICOS

3.1 VESTES LITÚRGICAS

As roupas utilizadas pelos ministros sagrados nas celebrações litúrgicas são


derivadas das vestimentas gregas e romanas. Estes paramentos sacros
possuem um caráter de culto ao divino. Aquele que exerce uma função de culto
não atua como indivíduo por si mesmo, mas como ministro da Igreja e como
instrumento nas mãos de Jesus Cristo. Como prescreve o Ritual Romano, os
paramentos litúrgicos possuem um caráter sagrado e merecem o devido
respeito em seu manuseio.

3.1.1 VESTES PRÓPRIAS DOS CLÉRIGOS

 Túnica: é um manto geralmente branco, longo, que cobre todo do corpo.


Lembra a túnica de Jesus.
 Alva: Veste litúrgica comum dos ministros ordenados parecida com a túnica
(aberta na gola)
 Estola: é uma faixa vertical para sacerdotes e transversal para diáconos,
separada da túnica. Sua cor varia de acordo com a liturgia do dia. Representa o
poder sacerdotal.
 Casula ou planeta: vai sobre todas as vestes. É uma veste solene, que deve ser
usada nas missas dominicais e dias festivos. A cor também varia conforme a
liturgia do dia.
 Amito: é um pano branco que envolve o pescoço do celebrante.
 Cíngulo: é um cordão que prende a túnica à altura da cintura.
 Capa: Usada pelo sacerdote sobre os ombros durante as procissões, no
casamento, no batismo e bênção do Santíssimo. Também conhecida como
CAPA PLUVIAL ou CAPA DE ASPERGE.
 Véu umeral: manto utilizado sobre os ombros durante a Bênção do Santíssimo
Sacramento
 Batina (ou veste talar)
o Preta para padres
o Preta com filetes e botões violáceos: usada por bispos e monsenhores.
Pode ser usada em ocasiões não litúrgicas.
o Preta com filetes e botões vermelhos: usada por cardeais. Pode ser
usada em ocasiões não litúrgicas.
o Coral Epsicopal ou Litúrgica: violácea com botões, filetes, abotoaduras,
punhos e forro vermelhos. Usada por monsenhores e bispos. Usada
somente em ocasiões litúrgicas.
o Coral Cardinalícia: vermelha-carmesim. Usada por cardeais somente em
ocasiões litúrgicas.
o Branca para o papa ou para clérigos de regiões tropicais.
 Sobrepeliz
 Faixa
o Preta para padres
o Violácea para bispos e monsenhores
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o Vermelha-carmesim para cardeais
o Branca para o papa
 Clergyman
 Colarinho Romano
 Dalmática: aberta dos lados, tem as mangas largas e curtas. A cor varia de
acordo com a liturgia. É semelhante a uma casula. Comumente utilizada por
diáconos.
 Solidéu: pequena calota utilizada na cabeça. Significa “somente para Deus”
o Preto para padres, pretos com frisos violáceos para monsenhores,
inteiro violáceo para os bispos, vermelho-carmesim para os cardeais e
branco para o papa.
 Barrete: veste quadrangular que geralmente contém um pompom utilizada por
cima do solidéu. Pode ser utilizado por todos os clérigos.
o Padre: barrete preto com pompom preto
o Bispo: barrete violáceo com pompom violáceo
o Monsenhor: barrete preto com pompom violáceo
o Cardeal: barrete vermelho-carmesim sem pompom
 Mozeta ou murça: capa curta que cobre os ombros utilizada por bispos
(violácea), cardeais (carmesim) e pelo papa (branco).
 Vimpas: manto utilizado para segurar as insígnias epsicopais

3.1.2 INSÍGNIAS EPSICOPAIS

 Mitra: símbolo da autoridade e dignidade do Bispo. Formada por duas partes,


denominadas cúspides, em formato aproximado de pentágono, e por duas
faixas suspensas na parte traseira inferior, denominadas ínfulas.
 Báculo: simboliza o papel do pastor do rebanho divino. O Bispo pode usá-lo em
território sob sua jurisdição ou com o consentimento do Bispo local. Ele o
segura com a parte recurvada voltada para o povo.
 Cruz peitoral
 Anel: fidelidade e união nupcial com a Igreja, sua esposa. Deve usar sempre.

3.2 OBJETOS LITÚRGICOS

 Altar: representa a mesa que Jesus e os Apóstolos usaram para celebrar a Ceia
na Quinta-Feira Santa. O altar representa a mesa da Ceia do Senhor. Lembra
também a cruz de Jesus, que foi como um "altar" onde o Senhor ofereceu o
Sacrifício de sua própria vida. O altar deve ter o sentido de uma mesa de
refeição para celebrar a Ceia do Senhor.
 Alfaias: Designam todos os objetos utilizados no culto, como por exemplo, os
paramentos litúrgicos.
 Ambão: Estante na qual é proclamada a Palavra de Deus.
 Âmbula: É igual ao cálice, mas fechada com uma tampa justa. Nela colocam-se
as hóstias dos fiéis que depois serão guardadas no sacrário.
 Andor: Suporte de madeira, enfeitado com flores. Utilizado para levar a
imagem dos santos nas procissões.

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 Asperges: Utilizado para aspergir o povo com água-benta. Também conhecido
pelos nomes de aspergil, aspersório ou hissope.
 Bacia: Usada com o jarro para as purificações litúrgicas.
 Batistério: O mesmo que pia batismal. E onde acontecem os batizados.
 Caldeirinha: Vasilha de água-benta.
 Cálice: Uma espécie de taça, utilizada para depositar o vinho que será
consagrado e transformado no Sangue de Jesus. É feito de metal prateado ou
dourado.
 Castiçais: Suportes para as velas.
 Cibório: O mesmo que âmbula, conhecido por píxide. Atenção: na Paróquia das
Estrelas, definiu-se cibório como o recipiente maior, no qual se depositam as
partículas consagradas para permanecerem no sacrário.
 Círio Pascal: Uma vela grande onde se pode ler ALFA e ÔMEGA (Crista: começo
e fim) e o ano em curso. Tem grãos de incenso que representam as cinco
chagas de Crista. Usado na Vigília Pascal, durante o Tempo Pascal, e durante o
ano nos batizados. Simboliza o Cristo, luz do mundo.
 Colherinha: Usada para colocar gota de água no vinho e para colocar incenso
no turíbulo.
 Corporal: É uma toalha branca quadrada, que vai no centro no altar. Chama-se
corporal porque sobre ela coloca-se a Hóstia consagrada que é o corpo do
Senhor.
 Credência: Mesinha ao lado do altar, utilizada para colocar objetos do culto.
 Cruz de altar: colocado no centro do altar, para lembrar o sacrifício de Jesus.
 Cruz processional: Cruz com um cabo maior utilizada nas procissões. Atenção:
só pode existir uma cruz no presbitério, ou a processional, ou a de altar.
 Flores: as flores simbolizam beleza, amor e alegria.
 Galhetas: São duas jarrinhas que contém água e vinho. O vinho é para a
consagração. A água serve para misturar no vinho antes da consagração, para
simbolizar a união da humanidade com a Divindade em Jesus, lavar os dedos do
celebrante e purificar o cálice e as âmbulas depois da comunhão.
 Genuflexório: Faz parte dos bancos da Igreja. Sua única finalidade é ajudar o
povo na hora de ajoelhar-se.
 Hóstia: Pão Eucarístico. A palavra significa “vítima que será sacrificada”. É feita
de trigo puro, sem fermento. A grande o padre consagra para si, é maior para
que todos possam ver.
 Incenso: Resina de aroma suave, O incenso produz uma fumaça que sobe aos
céus, simbolizando nossa oração.
 Jarro: Usado, durante a purificação.
 Lamparina: É a lâmpada da Capela do Santíssimo. Indica Jesus presente no
sacrário vivo e real, como está no céu.
 Luneta: Objeto em forma de meia-lua utilizado para fixar a hóstia grande
dentro do ostensório.
 Manustérgio: Toalhinha utilizada para purificar as mãos antes da ação litúrgica.
 Matraca: Instrumento de madeira que produz um barulho surdo. Substitui os
sinos durante a Semana Santa.

17
 Naveta: Recipiente onde é depositado o incenso a ser usado na liturgia. Tem a
forma de um pequeno navio.
 Opa: Roupa utilizada pelos Irmãos do Santíssimo Sacramento.
 Ostensório: Utilizado para expor o Santíssimo, ou para levá-lo em procissão.
Também conhecido como custódia.
 Pala: É uma peça quadrada, que serve para cobrir o cálice com o vinho.
 Patena: Um tipo de pratinho sobre no qual é colocada a Hóstia grande do
celebrante.
 Sacrário: Caixa onde é guardada a Eucaristia após a celebração. Também é
conhecida como tabernáculo.
 Sanguinho ou sanguíneo: Pequeno pano utilizado para o celebrante enxugar a
boca, os dedos e o interior do cálice, após a consagração.
 Toalha: lembra a dignidade e o respeito que devem ao altar. Geralmente
branca, comprida. Deve ser limpa, condizente com a grandeza da Ceia do
Senhor
 Teca: Pequeno recipiente onde se leva a comunhão para os doentes.
 Turíbulo: Vaso de metal utilizado para queimar incenso.
 Velas acesas: lembra Cristo luz do mundo. A Missa só tem sentido para quem
tem fé.
 Pia batismal
 Santos óleos (catecúmenos, crisma e enfermos)

18
3.3 EXERCÍCIO PROPOSTO

Responda as 6 perguntas que estão no site:


http://senhoradasestrelas.com.br/2012/03/001/
http://senhoradasestrelas.com.br/2012/03/002/
http://senhoradasestrelas.com.br/2012/03/003/
http://senhoradasestrelas.com.br/2012/03/004/
http://senhoradasestrelas.com.br/2012/03/005/
http://senhoradasestrelas.com.br/2012/03/006/

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4 LIVROS LITÚRGICOS

 Missal Romano: apresenta o rito da Santa Missa, com grande variedade de


introduções para cada parte da celebração e para diversos tempos litúrgicos.
 Lecionários:
o I – Dominical: é o livro onde ficam a 1ª leitura, Salmo responsorial, 2ª
leitura e Evangelho dos domingos. É dividido em ano A, B e C. No ano A
leem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B o de São
Marcos e no ano C o de São Lucas. O Evangelho de São João é reservado
para ocasiões especiais, principalmente as grandes festas e solenidades.
o II – Semanal: é o livro onde ficam a 1ª leitura, Salmo responsorial e
Evangelho dos dias da semana.
o III – Santoral: é o livro formado pelas leituras, salmo e Evangelho
específicas para os dias dos Santos, para diversas necessidades e
votivas. São leituras diferentes do normal.
o IV – Pontifical: Possui leituras, salmo e Evangelho para celebrações
como Confirmação, Ordenação de Bispos, Presbíteros e Diáconos,
instituição de leitores e de acólitos e de admissão entre os candidatos à
Ordem Sacra, bênção de abade e abadessa, Consagração das Virgens,
profissão religiosa, dedicação de Igreja e de Altar.
 Evangeliário ou Livro dos Evangelhos: contém apenas o texto dos Evangelhos
dos domingos e de solenidades.
 Livro de Altar: é o livro que contém os Prefácios e Orações Eucarísticas. É
utilizado para auxiliar quando existe a presença de concelebrantes.
 Cerimonial dos Bispos: contém a liturgia epsicopal em geral.
 Ritual de bênçãos
 Ritual de Matrimônio

4.1 O MISSAL

É utilizado para as orações próprias do celebrante (um clérigo). É composto por:

 Promulgação
 Instrução Geral do Missal Romano
 Normas do Ano Litúrgico e Calendário
 Calendário Romano Geral
 Próprio do Tempo, que abrange os tempos litúrgicos:
o Tempo do Advento
o Tempo do Natal
o Tempo da Quaresma
o Tríduo Pascal
o Tempo Pascal
o Tempo Comum
 Ordinário da Missa', que é composto por:
20
o Ritos iniciais
o Liturgia da palavra
o Liturgia eucarística
o Rito da comunhão
o Ritos finais
 Próprio dos santos e santas
 Comum dos santos e santas
 Missas Rituais
 Missas e orações eucarísticas das diversas circunstâncias
 Missas Votivas
 Missas dos Fiéis Defuntos
 Apêndice
 Índice geral

4.2 GUIA PRÁTICO

O Mestre da Cerimônia, assim como o librífero, devem sempre estudar o


rito do dia utilizando o Missal, antes de começar a celebração. Já deve marcar tudo
o que será utilizado com as fitas de diversas cores e ler todas as rubricas.
Basicamente, a ordem no uso do Missal durante a Missa será:

 Antífona de entrada
 Oração do dia
 Oração sobre as Oferendas
 Prefácio (pode ser um prefácio próprio ou o próprio da Oração Eucarística)
 Oração Eucarística
 Rito de Comunhão
 Antífona de Comunhão
 Oração após Comunhão
 Benção solene (se houver)

4.3 ORAÇÕES EUCARÍSTICAS

 Tradicionais
 Oração Eucarística I ou Cânon Romano: é a mais solene de todas e,
geralmente, reservada para celebrações especiais e solenidades. Não
possui prefácio próprio, por isso, deve-se utilizar um outro de acordo
com o tempo litúrgico.
 Oração Eucarística II: é a mais utilizada e pode ser utilizada em qualquer
ocasião. Possui um prefácio próprio previsto no seu rito, mas pode ser
substituído por um outro prefácio permitido pela liturgia de acordo com
o tempo litúrgico.

21
 Oração Eucarística III: utilizada preferencialmente nos domingos e
festas, mas não tem um prefácio próprio. Deve-se utilizar um prefácio
de acordo com o tempo litúrgico.
 Oração Eucarística IV: pode ser utilizada nos domingos do Tempo
Comum, sendo que o prefácio próprio desta oração é o único que não
pode ser alterado. Contém um resumo completo da História da
Salvação.
 Oração Eucarística V (do Congresso de Manaus): possui prefácio
próprio que pode ser alterado. Pode ser usada em qualquer tempo.

 Das diversas circunstâncias


 Oração Eucarística VI: podem ser usadas sobretudo no Tempo Comum.
Possui prefácio que pode ser alterado. É subdividida em quatro orações,
podendo-se escolher aquela que estiver relacionado ao Evangelho do
dia:
o A (A Igreja a caminho da unidade)
o B (Deus conduz o seu povo no caminho da salvação)
o C (Jesus: caminho para o Pai)
o D (Jesus que passa fazendo o bem)
 Oração Eucarística VII: pode ser usada em qualquer tempo. É
subdividida em duas orações:
o Sobre a reconciliação-I
o Sobre a reconciliação-II

 Para missas com crianças


 Oração Eucarística IX
 Oração Eucarística X
 Oração Eucarística XI

22
4.4 EXERCÍCIO PROPOSTO

Pesquise quais são as alterações que estão sendo analisadas para a nova tradução do
Missal Romano.

23
5 INICIAÇÃO À FÉ CRISTÃ E SACRAMENTOS

5.1 Os dez Mandamentos


(Catecismo da Igreja Católica, n. 2084-2534)

1 – Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da casa da escravidão
Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida de nada
que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo, na terra, ou nas
águas que estão debaixo da terra. Não te prostrarás diante desses deuses e não os
servirás.
2 – Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão.
3 – Lembra-te de guardar o Dia do Senhor.
4 – Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o
Senhor, teu Deus, te dá.
5 – Não matarás.
6 – Não pecarás contra a castidade.
7 – Não roubarás.
8 – Não apresentarás um falso testemunho contra teu próximo.
9 – Não desejarás a mulher do próximo.
10 – Não cobiçarás as coisas alheias.

5.2 Os Artigos da Fé
(Catecismo da Igreja Católica, n. 2084-2534)

1 – Creio em Deus Pai todo-poderoso.


2 – E em Jesus Cristo, seu Filho único, Nosso Senhor.
3 – Jesus Cristo foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria.
4 – Jesus Cristo padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado.
5 – Jesus Cristo desceu aos Infernos, ressuscitou dos mortos no terceiro dia.
6 – Jesus subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, todo-poderoso.
7 – Donde virá julgar os vivos e os mortos.
8 – Creio no Espírito Santo.
9 – Creio na Igreja Católica.
10 – Creio no perdão dos pecados.
11 – Creio na ressurreição da carne.
12 – Creio na Vida eterna.

5.3 Os Cinco Mandamentos da Igreja


(Catecismo da Igreja Católica, n. 2041-2043)

1 – Participar da Missa inteira nos domingos e em outras festas de guarda e abster-se


de ocupações de trabalho.
2 – Confessar-se ao menos uma vez por ano.
3 – Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da Ressurreição.
4 – Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja.
5 – Ajudar a Igreja em suas necessidades.

24
5.4 Dias com obrigação de ouvir a Missa:

1 – Todos os domingos do ano.


2 – Dia 1º de janeiro, festividade de Santa Maria, Mãe de Deus.
3 – Festividade do Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), celebrada na quinta-feira
depois do Domingo da Santíssima Trindade.
4 – Dia 8 de dezembro, festividade da Imaculada Conceição da Virgem Maria.
5 – Dia 25 de dezembro, Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

5.5 Os Doze Apóstolos


(Mt 10, 2-4; Mc 3, 15-19; Lc 6, 14-16; At 1,13)

1 – Pedro (Simão) 8 – Tiago (o Menor – filho de Alfeu)


2 – Bartolomeu 9 – Judas Tadeu
3 – André 10 - Judas Iscariotes
4 – Filipe 11 – Simão (o Zelote)
5 – Tomé 12 – Mateus
6 – Tiago (o Maior – filho de Zebedeu) 12 - Matias
7 – João

5.6 As Três Virtudes Teologais


(Catecismo da Igreja Católica, n. 1813)

Fé Esperança Caridade

5.7 As Quatro Virtudes Cardeais


(Catecismo da Igreja Católica, n. 1805-1809)

Prudência Justiça Fortaleza Temperança

5.8 Os Sete Dons do Espírito Santo


(Catecismo da Igreja Católica, n. 1831)

Sabedoria Fortaleza Temor de Deus


Inteligência Ciência
Conselho Piedade

5.9 Os Doze Frutos do Espírito Santo


(Catecismo da Igreja Católica, n. 1832)

Caridade Fidelidade Bondade


Paz Continência Mansidão
Benignidade Alegria Modéstia
Longanimidade Paciência Castidade

25
5.10 Sete Obras de Misericórdia Espirituais
(Catecismo da Igreja Católica, n. 2447)

1 – Dar bom conselho.


2 – Ensinar os ignorantes.
3 – Corrigir os que erram.
4 – Consolar os aflitos.
5 – Perdoar as injúrias.
6 – Sofrer com paciência as fraquezas do próximo.
7 – Rogar a Deus pelos vivos e defuntos.

5.11 Sete Obras de Misericórdia Corporais


(Catecismo da Igreja Católica, n. 2447-2449)

1 – Dar de comer a quem tem fome.


2 – Dar de beber a quem tem sede.
3 – Vestir os nus.
4 – Dar pousada aos peregrinos.
5 – Visitar os enfermos e encarcerados.
6 – Remir os cativos.
7 – Enterrar os mortos.

5.12 Os Sete Pecados Capitais e as Virtudes Opostas


(Catecismo da Igreja Católica, n. 1866)

Orgulho – Humildade
Avareza – Generosidade
Inveja – Amor ao próximo
Ira – Mansidão
Luxúria – Castidade
Gula – Temperança
Preguiça – Diligência

5.13 Seis Pecados contra o Espírito Santo


(Catecismo da Igreja Católica, n. 1864)

1 – Desesperar da salvação.
2 – Presunção de se salvar sem merecimento.
3 – Contradizer a verdade conhecida por tal.
4 – Ter inveja das mercês que Deus faz a outros.
5 – Obstinação no pecado.
6 – Impenitência final.

26
5.14 Quatro Pecados que Bradam ao Céu
(Catecismo da Igreja Católica, n. 1867)

1 – Homicídio voluntário.
2 – Pecado sensual contra a natureza.
3 – Opressão dos pobres.
4 – Não pagar a quem trabalha.

5.15 Os Três Principais Gêneros de Boas Obras


(Catecismo da Igreja Católica, n. 2103)

Oração Jejum Esmola

5.16 Indulgências
(Catecismo da Igreja Católica, n. 1471-1479)

A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados


cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e
determinadas condições pela ação da Igreja que, enquanto dispensadora da Redenção,
distribui e aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos.
A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberar parcial ou totalmente a pena
devida pelos pecados. Todos os fiéis podem adquirir indulgências para si mesmos ou
aplicá-las aos defuntos.
Em geral, a obtenção das indulgências exige determinadas condições e o cumprimento
de certas obras. A Indulgência Plenária só pode ser obtida uma vez por dia, a não ser
“in artículo mortis”, caso em que o fiel poderá ganhar a indulgência plenária por esse
motivo, ainda que ao mesmo dia tenha ganho já outra indulgência plenária.
Para obter as Indulgências, tanto plenárias como parciais, é preciso que, pelo menos
antes de cumprir as últimas disposições da obra indulgenciada, o fiel esteja em estado
de graça. Além disso, é necessário que o fiel: tenha a disposição interior do completo
afastamento do pecado, mesmo só venial; se confesse sacramentalmente dos seus
pecados; receba a Santíssima Eucaristia (certamente é melhor recebê-la participando
na Santa Missa, mas para a Indulgência só é necessária a sagrada Comunhão), e reze
pelas intenções do Sumo Pontífice.
As Indulgências são sempre aplicáveis a si próprio ou às almas dos defuntos, mas não a
outras pessoas vivas sobre a terra.

5.17 Sacramentais

Chamamos de sacramentais os sinais sagrados instituídos pela Igreja, cujo objetivo é


preparar os homens para receber o fruto dos sacramentos e santificar as diferentes
circunstâncias da vida. Compreendem sempre uma oração, acompanhada de
determinado sinal, como a imposição da mão, sinal da cruz ou aspersão com água
benta.
Entre os sacramentais, ocupam em primeiro lugar as bênçãos, que são louvores a Deus
e pedidos para obter seus dons.

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Quando a Igreja exige publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que
uma pessoa ou objeto seja protegido contra a influência do maligno e subtraído a seu
domínio, fala-se de exorcismo. O exorcismo é praticado durante o Batismo e também
pode ser aplicado solenemtente, sendo denominado “grande exorcismo”. Este último,
só pode ser praticado por um sacerdote, com a permissão do bispo.

5.18 Os sete Sacramentos

5.18.1 Batismo

Através do sacramento do Batismo as portas para a vida cristã nos são abertas, somos
assim incorporados a comunidade católica, ao corpo místico de Cristo.
O batismo perdoa o pecado original e todos os pecados pessoais e as penas devidas
ao pecado. Possibilita aos batizados a participação na vida trinitária de Deus mediante
a graça santificante e a incorporação em Cristo e na Igreja. Confere também
as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo. Uma vez batizado, o cristão é para
sempre um filho de Deus e um membro inalienável da Igreja e também pertence para
sempre a Cristo.
O sacramento do batismo tem vários símbolos, mas existem quatro principais, que são
eles: água, óleo, veste branca e a vela. Cada um representa um mistério na vida do
batizado. Além desses símbolos (que são os principais) o rito romano ainda estabelece
o sal, mas este símbolo só é usado conforme as orientações pastorais das Igrejas
particulares.

Água: representa a passagem da vida "pagã" para uma "nova vida". Tem o fator de
purificação, lavando-nos do pecado original.
Óleo: representa a fortaleza do Espírito Santo. Antigamente, os lutadores usavam o
óleo antes das lutas para deixarem seus músculos rígidos e assim poderem vencer. Na
nova vida adquirida pelo batismo ele tem a mesma função, revestir o batizado para as
lutas cotidianas contra as ciladas do maligno.
Veste branca: representa a nova vida adquirida pelo batismo. Quando tomamos banho
vestimos uma roupa limpa, no batismo não seria diferente. Somos lavados na água e
vestidos de uma nova vida.
Vela: tem dois significados: o Espírito Santo e o dom da fé Pelo batismo somos
revestidos de muitas graças e a principal é o Espírito Santo, pois seremos unidos a
Deus como filhos para sermos santificados e esta santificação é realizada através do
Espírito Santo. A fé é um dom fundamental para nossa vida, é através dela que
reconhecemos Deus e por ela recebemos as suas graças.

5.18.2 Crisma ou Confirmação

O sacramento da Confirmação aperfeiçoa a graça batismal e nos dá a fortaleza de Deus


para sermos firmes na fé e no amor a Deus e ao próximo. A unção com o óleo do Santo
Crisma, que é abençoado na quinta feira da Semana Santa, é feita pelo bispo ou por
um padre autorizado e concede ao crismado os sete dons do Espírito Santo.

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A confirmação deve ser recebida quando já se alcançou o uso da razão ou antes,
quando existe perigo de morte. Ela deve ser recebida em estado de graça e com a
preparação conveniente.

5.18.3 Eucaristia

Após o Batismo e a Confirmação, a Eucaristia conclui os Sacramentos da iniciação


cristã. Os que foram elevados à dignidade do sacerdócio régio pelo Batismo e
configurados mais profundamente a Cristo pela Confirmação, por meio da Eucaristia,
participam do próprio sacrifício do Senhor.
A Eucaristia é o coração, é o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e
todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido uma
vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício, Ele derrama as graças da salvação
sobre o seu corpo, que é a Igreja.
A Eucaristia é o memorial da páscoa de Cristo, isto é, da obra da salvação realizada
pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação
litúrgica. É o próprio Cristo, sumo sacerdote eterno da nova aliança que, agindo pelo
ministério dos sacerdotes, oferece o sacrifício eucarístico. É também o mesmo Cristo,
realmente presente sob as espécies do pão e do vinho, que é a oferenda do Sacrifício
Eucarístico.
Os sinais essenciais do Sacramento Eucarístico são o pão de trigo e o vinho de uva,
sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo. O sacerdote pronuncia as
palavras da consagração ditas por Jesus durante a última Ceia: “Isto é o meu Corpo
entregue por vós. (...) Este é o cálice do meu Sangue (...)”.
Por meio da consagração, opera-se a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e
no Sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, Cristo mesmo,
vivo e glorioso, está presente de maneira verdadeira, real e substancial, seu Corpo e
Seu Sangue, sua Alma e Divindade (Conc. Trento, DS 1640).
Enquanto sacrifício, a Eucaristia é oferecida também em reparação dos pecados dos
vivos e dos defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais.
A ação litúrgica da Santa Missa faz memória, isto é, torna presente para o momento
atual, os acontecimentos da nossa salvação. A celebração Eucarística é a atualização,
por meio de sinais e ritos, da morte de Cristo na cruz em favor de nós. Na última Ceia,
Cristo instituiu o seu Memorial permanente, para que os homens, ao longo dos
tempos, tivessem ao seu alcance o Sacrifício da própria Redenção. Por isso, a
Eucaristia, além de ser o maior dos Sacramentos, é o próprio sacrifício de Jesus.

5.18.4 Reconciliação ou Penitência

“Dizendo isto soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo; aqueles a
quem perdoardes os pecados, os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles
aos quais os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”
Jo 20, 22-23

29
Quem peca fere a honra de Deus e seu amor, sua própria dignidade de homem
chamado a ser Filho de Deus e a saúde espiritual da Igreja, da qual cada cristão é uma
pedra viva.
O perdão dos pecados cometidos após o Batismo é concedido por um Sacramento
próprio chamado sacramento da Conversão, da Confissão, da Penitência ou da
Reconciliação.
Voltar à comunhão com Deus depois de a ter perdido pelo pecado é um movimento
que nasce da graça do Deus misericordioso e solícito pela salvação dos homens. É
preciso pedir este dom precioso para si mesmo e também para os outros.
O sacramento da penitência é constituído de três atos do penitente e da absolvição
dada pelo sacerdote. Os atos do penitente são o arrependimento, a confissão ou
manifestação dos pecados ao sacerdote e o propósito de cumprir a penitência e as
obras de reparação.
Os efeitos espirituais do sacramento da Penitência são:
- a reconciliação com Deus, pela qual o penitente recobra a graça;
- a reconciliação com a Igreja, que é Santa;
- a remissão da pena eterna devida aos pecados mortais;
- a remissão, pelo menos em parte, das penas temporais, sequelas do pecado;
- a paz e a serenidade da consciência e a consolação espiritual;
- o acréscimo de forças espirituais para o combate cristão.
Neste sacramento, o pecador, entregando-se ao julgamento misericordioso de Deus,
antecipa de certa maneira o julgamento a que será sujeito no fim desta vida terrestre.
Pois é agora, nesta vida, que nos é oferecida a escolha entre a vida e a morte e só pelo
caminho da conversão poderemos entrar no Reino do qual somos excluídos pelo
pecado grave.
O sigilo do sacramento da Reconciliação é sagrado e não pode ser traído sobre
nenhum pretexto.

5.18.5 Unção dos enfermos

A unção dos enfermos é o sacramento pelo qual o sacerdote reza e unge com óleo os
enfermos para estimular-lhes a cura mediante a fé, ouve deles os arrependimentos e
promove-lhes o perdão de Deus. Pode ser dado a qualquer enfermo, e não somente a
quem pode falecer a qualquer momento.

5.18.6 Ordem

O sacramento da ordem concede a autoridade para exercer funções e ministérios


eclesiásticos que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas. É dividido em
três graus:
O Episcopado: confere a plenitude da ordem, torna o candidato sucessor legítimo dos
apóstolos e lhe confia os ofícios de ensinar, santificar e reger.
O Presbiterato: configura o candidato ao Cristo sacerdote e bom pastor. É capaz de
agir em nome de Cristo cabeça e ministrar o culto divino.
O Diaconato: confere ao candidato a ordem para o serviço na Igreja, através do culto
divino, da pregação, da orientação e, sobretudo, da caridade.

30
5.18.7 Matrimônio

“Maridos amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se


entregou por ela. É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e
a sua Igreja”.
Ef 5,25.32

O pacto matrimonial, pelo qual um homem e uma mulher constituem entre si uma
íntima comunidade de vida e de amor, foi fundado e dotado de leis próprias pelo
Criador. O sacramento do matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. Concece
a graça aos esposos de amarem-se com o mesmo amor com que Cristo amou a sua
Igreja: a graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida
sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna.
O Matrimônio se baseia no consentimento dos contraentes, isto é, na vontade de
doar-se mútua e definitivamente para viver uma aliança de amor fiel e fecundo. A
unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade são essenciais ao Matrimônio.
A poligamia é impraticável ao Matrimônio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa
da fecundidade desvia a vida conjugal de seu “dom mais excelente”: a prole.
O lar cristão é lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é
chamado, com toda razão, de “Igreja doméstica”, comunidade de graça e de oração,
escola das virtudes humanas e da caridade cristã.

31
5.19 EXERCÍCIO PROPOSTO

Escreva um texto dissertativo / argumentativo sobre o tema dado (mín. 15 linhas).

32
6 AS FONTES DA SANTA IGREJA

“Tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja; as portas do


inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16,18)

Esta será sempre a nossa preocupação: não apresentar aos fiéis a “nossa” doutrina,
mas a da Santa Igreja, “Mestra da verdade”! (Dignitates Humanae – Concílio Vaticano
II).
A única Igreja de Cristo é aquela que o nosso Salvador entregou a Pedro para
apascentar e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la. Esta
Igreja constituída e organizada neste mundo é governada pelo sucessor de Pedro e
pelos bispos em comunhão com ele.
Sem ouvir a Igreja não se pode chegar ao conhecimento da verdade que salva, pois a
ela que o Senhor confiou esta mesma verdade.

6.1 Sagrada tradição

6.1.1 Tradição Apostólica

Um dos pilares sobre os quais se assenta a fé da Igreja Católica é a Sagrada Tradição


Apostólica. Esta Tradição, chamada pela Igreja de Sagrada, é tudo aquilo que ela
recebeu dos Apóstolos e que a eles foi confiado diretamente pelo próprio Jesus Cristo.
Não se trata da tradição dos homens, mas somente daquilo que se refere à salvação
das almas, e que nos foi deixado pelo Senhor.
Sabemos que o Magistério da Igreja extrai todo o ensinamento que dá aos fiéis, da
Revelação Divina, que se compõe da Tradição (oral) que veio dos Apóstolos e da
Tradição (escrita), a Bíblia. Portanto, a Igreja Católica não se guia apenas pela Bíblia (a
Revelação escrita), mas também pela Revelação oral que chegou até nós.
A transmissão do evangelho, feita pelos Apóstolos, fez-se de duas maneiras: oralmente
e, depois, por escrito, cerca de 20 anos após a morte de Jesus. No ensino oral os
Apóstolos “transmitiram aquelas coisas que ou recebemos das palavras, da
convivência e das obras de Cristo ou aprenderam das sugestões do Espírito Santo” (CIC,
76), nos ensina o Catecismo.
Os Apóstolos deixaram como seus sucessores os bispos, para que estes transmitissem
aos seus sucessores o “depósito da fé” que eles tinham recebido de Jesus.
O Catecismo explica que: “Essa transmissão viva, realizada no Espírito Santo, é
chamada de Tradição enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora intimamente
ligada a ela. Através da Tradição “a Igreja, em sua doutrina, vida e culto, perpetua e
transmite a todas a gerações tudo o que ela é, tudo o que crê” (CIC n.83)
“A Tradição que aqui falamos é a que vem dos Apóstolos e transmite o que estes
receberam do ensinamento e dos exemplos de Jesus e o que receberam do Espírito
Santo.” (CIC n.83)

33
6.1.2 Padres da Igreja

Chamamos de “Padre da Igreja” (Patrística) aqueles grandes homens da Igreja,


aproximadamente do século II ao século VII, que foram do oriente e no ocidente como
que “Pais” da Igreja, no sentido que foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé,
enfrentaram muitas heresias e, de certa forma foram responsáveis pelo que
chamamos hoje de Tradição da Igreja, sem dúvida, são a sua fonte mais rica.
Alguns foram Papas, nem todos; a maioria foi bispo, mas há diáconos, presbíteros e
até leigos. Entre eles muitos foram titulados de Doutor da Igreja pelos papas ao longo
séculos, por terem ensinado de maneira extraordinária os dogmas e verdades da nossa
fé. Ao todo os Doutores da Igreja até hoje são 34; 30 homens e 4 mulheres, mas nem
todos da época da Patrística.

6.1.3 A Santa Missa

Evidentemente os textos mais importantes sobre a presença real do corpo e sangue de


Nosso Senhor Jesus Cristo no pão e no vinho consagrados são os textos dos Evangelhos
(Mt 26, 28; Mt 14, 24; Jo 6, 22-71; Mc 14, 22-24; Lc 22, 19; 1 Cor 11, 23, 26).
No ano 56, São Pedro deixava claro aos coríntios que quem participasse indignamente
da Eucaristia, se tornaria réu “do corpo e do sangue do Senhor’ (1 Cor 11,23-26). As
graves conseqüências desse pecado, indicadas pelo Apóstolo, mostram que a
Eucaristia não é mero símbolo, mas presença real de Jesus nas hóstia consagrada.
“Porventura o cálice de benção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de
Cristo? O pão que partimos, não é porventura a comunhão com o corpo de Cristo?”(1
Cor 10, 16-21).
A Tradição da Igreja confirma esta verdade abundantemente.

6.1.4 A Virgem Maria

Toda Tradição fala abundantemente de Nossa Senhora, razão pela qual a Igreja lhe
presta um culto especial (hiperdulia). Os santos Padres e Doutores confirmam a nossa
fé.
“Virgem que deu à luz e, em quanto dava à luz, duplicava a virgindade” ( São Gregório
Magno 540-604, Papa e Doutor da Igreja).

6.2 Sagrada Escritura

A Carta aos Hebreus mostra-nos todo o poder da Palavra de Deus, as Sagradas


Escrituras:
“Porque a Palavra de Deus é viva, é eficaz, mais penetrante que uma espada de dois
gumes, e penetra até a divisão da alma e do corpo, e das juntas e medulas e discerne
os sentimentos e pensamentos do coração. Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu
e descoberto aos olhos daquele a quem haveremos de prestar conta” (Hb 4,12-13).
Ela tem grande poder porque é Palavra de Deus e não humana. Isto nos garante o
Apóstolo Paulo:

34
“Por isso também damos graças sem cessar a Deus porque recebestes a palavra de
Deus, que de nós ouvistes. Vós a recebestes não como palavra de homens, mas como
realmente é: Palavra de Deus, que age eficazmente em vós que crestes” (1 Tess 2,13).
Só a Igreja Católica recebeu de
Jesus o encargo de guardar e
ensinar as Escrituras. Como disse
São Pedro, há “passagens
difíceis” (2Pe 3,16) nas Escrituras,
cuja interpretação só o
Magistério da igreja, formado
pelo Papa e os bispos, pode dar.
A Constituição dogmática do
Concílio Vaticano II, “Dei
Verbum” (Palavra de Deus), diz:
“A Sagrada Tradição e a Sagrada
Escritura, constituem um só
depósito da Palavra de Deus
confiado a Igreja.”
“O ofício de interpretar
autenticamente a palavra de
Deus escrita ou transmitida foi
confiado unicamente ao
Magistério Ivo da Igreja, cuja
autoridade se exerce em nome de
Jesus Cristo” (n.10).
No entanto, mesmo sem
conhecimento profundo de
exegese bíblica, a palavra de
Deus é sempre para nós a luz de
nossa caminhada na terra.
“Tudo o que se escreveu, foi
escrito para a nossa instrução, a
fim de que pela paciência e consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança”
(Rom 15,4).

6.2.1 Os livros que compõem a Bíblia católica

Na figura é apresentada a composição da Bíblia católica, usada desde os Apóstolos,


pelos Santos Padres, pelos santos Doutores, e por toda a Igreja. Ela é composta de 73
livros, contando com Lamentações e Jeremias separados. São 46 Livros do Antigo
Testamento e 27 do Novo Testamento.

35
6.3 Sagrado Magistério

É o que garantiu a unidade da Igreja Católica, sua continuidade até hoje. De maneira
ininterrupta, conservando intacto o “depósito da fé”, que recebeu do Senhor, é a sua
apostolicidade; isto é, a sucessão apostólica.
Conferindo aos Apóstolos o encargo de dirigir a Igreja em toda a Terra, Jesus
estabeleceu sobre eles o que chamamos de Sagrado Magistério da Igreja, constituído
pelo Papa (sucessor de São Pedro) e os bispos (sucessores dos Apóstolos) em
comunhão com ele. Sem este Magistério oficial, querido por Jesus, o “depósito da fé”
já estaria esfacelado, como aconteceu fora da Igreja Católica.
Muito cedo a Igreja tomou consciência de que sua “identidade e missão” estava ligada
ao colégio dos Doze Apóstolos, e seus sucessores, os bispos.
Quando nos primeiros séculos surgia uma doutrina nova, às vezes uma heresia, o
critério do discernimento era o da apostolicidade: ‘esta doutrina esta de acordo com o
que ensinaram os Apóstolos? Está em conformidade com o que ensina a Igreja de
Roma, onde foram martirizados Pedro e Paulo?“. Essas eram as perguntas mais
importantes para se chegar ao discernimento. Isto porque os Apóstolos foram
testemunhas oculares do Senhor e dele receberam diretamente tudo o que Ele
ensinou e realizou para a salvação da humanidade.
Os bispos são os sucessores dos apóstolos, que foram testemunhas dos ensinamentos
e da Ressurreição de Jesus. Eles estabeleceram os princípios básicos para toda a vida
da Igreja, o Credo e a Tradição Apostólica. Cada um deles tinha jurisdição sobre as
comunidades cristãs fundadas. Vemos São Pedro na Capadócia, na Bitínia, no Ponto, e
na Samaria, em Antioquia e, por fim, em Roma. São Paulo em Filipos, Éfeso, Corinto,
Atenas, Tessalônica, Chipre, Creta, Roma.
Os Apóstolos ordenaram bispos, seus sucessores, para que a Igreja cumprisse até o fim
dos tempos a missão que Jesus lhes confiou: “Ide pelo mundo, pregai o Evangelho a
toda criatura” (Mt 28,18).
Os bispos da Igreja, que hoje são cerca de 4.300 (3.000 em plena função), embora não
tenham sido testemunhas diretas da ressurreição de Jesus, no entanto, pela “sucessão
apostólica”, participam do Colégio dos Apóstolos.
Cada bispo, individualmente, não tem o carisma da infalibilidade, apenas o Bispo de
Roma, o Papa, e o Colégio dos Bispos que sucede o Colégio dos Apóstolos. Essa
infalibilidade, que na maioria das vezes o colégio dos Bispos exerceu nos 21 Concílios
universais que a Igreja já realizou, se limita a definição de assuntos de fé e moral.
Ao Colégio dos doze, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo: tudo o que ligares na terra
será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu” (Mt 18,18).
É com esta autoridade, recebida diretamente de Jesus, que o Colégio Episcopal se
reúne em Concílios e Sínodos para “ligar na terra” o que é para o bem e a salvação dos
fiéis.

6.3.1 A importância do Papa

Ao instituir a Igreja, a partir do Colégio dos Doze Apóstolos, Jesus o quis como um
grupo estável e escolheu Pedro para chefiá-lo. É fácil compreender essa iniciativa do
Senhor.

36
Todo grupo humano precisa de uma “cabeça visível” para manter a sua ordem e
integridade. Nenhuma instituição humana sobrevive sem observar esta lei.
O Código de Direito Canônico da Santa Igreja, diz que:
“O Bispo da Igreja de Roma, no qual perdura o múnus concedido pelo Senhor
singularmente a Pedro, primeiro dos Apóstolos, para ser transmitido a seus sucessores,
é a Cabeça dos Bispos, Vigário de Cristo e aqui na terra Pastor da Igreja universal; ele,
pois, em virtude de seu múnus, tem na terra a poder ordinário supremo, pleno.
Imediato e universal, que pode sempre exercer livremente” (CDC,Cân.331).
A Igreja, que é semelhante ao próprio Jesus, isto é, ao mesmo tempo, humana e divina
precisa também ter uma cabeça visível. Ela tem a sua Cabeça divina, invisível, o próprio
Cristo; e tem a sua Cabeça humana, o seu chefe visível, o Papa. Cristo assim o quis. Diz
o Catecismo que:
“Somente a Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu como a pedra de
sua Igreja. Entregou-lhe as suas chaves, institui-o pastor de todo o rebanho” (CIC
n.881).
“E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do
inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus; tudo o
que ligares na terra será ligado no céu. E tudo o que desligares na terra será desligado
nos céus” (Mt 16,18-19).

37
6.4 EXERCÍCIO PROPOSTO

Responda o questionário do site: http://senhoradasestrelas.com.br/?p=3653

38
7 LATIM E LITURGIA ROMANA

7.1 Introdução

A Igreja Católica de Rito Romano utiliza o latim em sua liturgia e em sua burocracia,
fazendo do latim a língua padrão oficial da Santa Sé e do Vaticano. O latim utilizado na
Igreja é denominado latim eclesiástico.
Muitas pessoas acreditam que o Concílio Vaticano II inaugurou uma nova era na Igreja
Católica, tendo abolido o uso do latim. Porém, esta má interpretação do Concílio, está
se esclarecendo depois de 50 anos.
Um documento publicado no Concílio, denominado Sacrosanctum Concilium, diz, em
seu artido 36, parágrafo 1º:

“Deve-se convervar o uso do latim nos ritos latinos, salvo o direito particular”.

Ora, observa-se que a Igreja pede para que esta língua continue sendo utilizada. Então,
qual foi a mudança do Concílio? A resposta está no parágrafo seguinte:

“Dado, porém, que não raramente o uso da língua vulgar pode revestir-se de grande
utilidade para o povo, quer na administração dos sacramentos, quer em outras partes
da Liturgia, poderá conceder-se à língua vernácula lugar mais amplo, especialmente
nas leituras e admonições, em algumas orações e cantos, segundo as normas
estabelecidas para cada caso nos capítulos seguintes”.

Assim, é notável a importância do uso da língua vernácula em algumas partes da Santa


Missa, mas não em toda ela. O Papa Bento XVI insistentemente recomenda o uso do
latim. Isso nos leva a perceber que a Igreja Católica não possui 50 anos de existência,
como outras seitas, e sim mais de 2000! Pode-se aplicar o latim em algumas orações,
repetindo as mesmas palavras que os santos da Igreja rezaram durante séculos.

7.1.1 A Reforma

A Igreja é, desde sempre, sujeita a reformas. Imutável na sua essência, que é o Cristo, a
Igreja procura sempre a melhor forma de continuar sua missão e comunicar a salvação
aos homens de seu tempo.
Em termos de liturgia, a última grande reforma ocorreu no Concílio Vaticano II (1962-
1965). Ela ocorreu pela necessidade de atualização da forma de evangelizar frente aos
tempos modernos. Por isso, foi chamado de Concílio Pastoral, e não Dogmático, como
foram os anteriores, pois não formulou nenhum dogma.
No campo da liturgia, o Concílio propôs, através da Constituição Sacrosanctum
Concilium, os seguintes princípios: os fiéis devem participar plena, consciente e
ativamente das celebrações litúrgicas. No entanto, o Concíio sofreu uma má aplicação.
O principal motivo apontado é um falso conceito de liberdade e ignorância. Formou-se
a mentalidade de que a adaptação é mais importante que a norma, chegando a
suprimí-la. Sobre isso, expressa o Santo Padre, Papa Bento XVI:

39
“O primeiro modo de favorecer a participação do povo de Deus no rito sagrado é a
condigna celebração do mesmo; a arte da celebração é a melhor condição para a
participação ativa. Aquela resulta da fiel obediência às normas litúrgicas na sua
integridade, pois é precisamente este modo de celebrar que, há dois mil anos, garante
a vida de fé de todos os crentes, chamados a viver a celebração enquanto porvo de
Deus, sacerdócio real, nação santa (cf. 1 Pd 2,4-5.9)”.

7.1.2 A reforma da reforma

Um dos pontos fortes do pontificado do Papa Bento XVI é promover o que vem sendo
chamado de “reforma da reforma”: retomar o caminho do Concílio Vaticano II e
purificar a Igreja e a liturgia das interpretações equivocadas. Esse trabalho já
desempenhava antes de chegar ao trono de Pedro, quando ainda era Cardeal
Ratzinger: no livro Introdução ao Espírito da Liturgia, expressou o desejo de que na
Igreja aconteça um novo movimento litúrgico, que, de fato, vem tomando forma nos
últimos anos.
Bento XVI tem provocado esse novo movimento litúrgico e realizando a reforma da
reforma não a toque de decretos, como ele poderia fazer, mas através do trabalho
prudente e do exemplo. O Papa tem ensinado pelo exemplo, com seu modo reverente
e piedoso de celebrar, mostrando a centralidade de Deus no culto e resgatando sinais
litúrgicos da grande tradição da Igreja. Tudo isso vindo do Papa provoca admiração e
coragem em muitos bispos e padre, e fascina muitos jovens a quem ele confia o futuro
da Igreja.
Este deve ser nosso exemplo. A mudança não acontece da noite para o dia.
Celebrando os cinquenta anos do Concílio, ainda não o vimos plenamente aplicado.

7.1.3 Rito Ordinário e Rito Extraordinário

Anteriormente ao Concílio, a Santa Missa era rezada segundo o rito de São Pio V. Ela é,
popularmente e erroneamente, denominada a Missa em que o sacerdote se posiciona
“de costas para o povo” e rezada toda em latim. Porém, seu sentido correto é de o
sacerdote estar voltado para Deus, junto com o povo. Daí sua denominação versus
deum, já que o tabernáculo e a cruz eram posicionados no centro do altar.
Após o Concílio, o rito foi reformado, assim como os livros litúrgicos, como o Missal
Romano publicado por Paulo VI. Esta Missa, é conhecida atualmente como Rito
Ordinário, ou versus populum (de frente para o povo).
Em 7 de julho de 2007, o Papa Bento XVI promulgou o motu proprio Summorum
Pontificum, em que liberaliza o uso do Missal Romano de São Pio V, como forma
extraordinária do rito romano, cujo uso fica doravante ao arbítrio de cada sacerdote,
podendo a celebração ser solicitada por qualquer grupo de fiéis. Este rito é conhecido
como Missa Tridentina.

40
7.2 Estudo do latim

7.2.1 Pronúncia

 As vogais são sempre pronunciadas com seus sons originais. Ex.: em português,
a palavra belo pronuncia-se ‘bélu’. Em latim, a palavra bello pronuncia-se
‘bélo’. Ou seja, não pode-se substituir o “o” por “u” como fazemos em
português.
 Os grupos vocálicos “oe” e “ae” são pronunciados como ‘e’ aberto. Ex.: caelis
pronuncia-se ‘tchélis”.
 A letra “j” tem sempre som de ‘i’. Ex.: “Jesus” pronuncia-se ‘iésus”.
 A letra “t” antes de “i” tem som de ‘ts’, quando a sílaba não é tônica. Ex.: gratia
pronuncia-se ‘grátsia’.
 “ch” tem som de ‘k’. Ex.: Christe pronuncia-se ‘Kríste’.
 “gn” tem som de ‘nh’. Ex.: regnum pronuncia-se ‘rénhum’.
 “ph” tem som de ‘f’. Ex.: prophétas pronuncia-se ‘profétas’.

7.2.2.1 Pronomes

Caso reto:
Eu Tu Ele/Ela Nós Vós Eles/Elas
Ego Tu Is, Ea, Id Nos Vos Ii, Eae, Ea

7.2.2.2 Declinações

 Não há artigos definidos e indefinidos.


 Em geral, não há palavras oxítonas.
 É comum ficarem palavras ocultas.
 O verbo geralmente fica no final da oração.

O latim é uma língua declinável, ou seja, a terminação da palavra depende da função


sintática que ela tem na oração e de seu gênero. O exemplo a seguir utiliza a palavra
Pedro (substantivo masculino) nas as diferentes declinações:

 Nominativo (sujeito), terminação em us: Petrus bonus est - Pedro é bom.


 Genitivo (indica posse), terminação em i: liber Petri – livro de Pedro.
 Dativo (objeto indireto), terminação em o: librum Petro dedi – dei o livro a
Pedro.
 Acusativo (objeto direto), terminação em um: vidi Petrum – vi Pedro.
 Ablativo (adjunto adverbial), terminação em o: Cum Petro ambulavímus –
passeamos com Pedro.
 Vocativo (imperativo ou exclamativo), terminação em e: hoc vide, Petre – veja
isto, Pedro.

41
As terminações apresentadas no exemplo anterior são apenas para substantivos
masculinos regulares. Alguns exemplos para as declinações utilizando os três gêneros
existentes: masculino, feminino e neutro.

 1ª declinação: palavras terminadas em “a”

aqua, feminino (água)


Caso Singular Plural
Nominativo aqua aquae
Genitivo aquae aquarum
Dativo aquae aquis
Acusativo aquam aquas
Ablativo aqua aquis
Vocativo aqua aquae

 2ª declinação: palavras terminadas em “er”, “us”, “ir”, “um”

filius, masculino (filho) deus, masculino irregular (deus)


Caso Singular Plural Caso Singular Plural
Nominativo filius filii Nominativo deus dei, dii, di
Genitivo fili filiorum Genitivo dei deorum, deum
Dativo filio filiis Dativo deo deis, diis, dis
Acusativo filium filios Acusativo deum deos
Ablativo filio filiis Ablativo deo deis, diis, dis
Vocativo fili filii

 3ª declinação: admite diversas terminações

mater, feminino irregular (mãe) corpus, neutro (corpo)


Caso Singular Plural Caso Singular Plural
Nominativo mater matres Nominativo corpus corpora
Genitivo matris matrum Genitivo corporis corporum
Dativo matri matribus Dativo corpori corporibus
Acusativo matrem matres Acusativo corpus corpora
Ablativo matre matribus Ablativo corpore corporibus

 4ª declinação: palavras terminadas em “us”

domus, neutro irregular (casa)


Caso Singular Plural
Nominativo domus domus
Genitivo domus (i) domuum (orum)
Dativo domui (o) domibus
Acusativo domum domos (us)
Ablativo domo (u) domibus
42
 5ª declinação: palavras terminadas em “es”

fides, neutro irregular (fé)


Caso Singular Plural
Nominativo fides fides
Genitivo fidei fiderum
Dativo fidei fidebus
Acusativo fidem fides
Ablativo fide fidebus

Quando um adjetivo qualifica um substantivo, o mesmo também deve ser declinado.


Isto também vale para pronomes possessivos e demonstrativos.

A conjugação dos verbos ser e ter é apresentada a seguir:

Ser Esse Ter Habere


Eu sou Sum Eu tenho Habeo
Tu és Es Tu tens Habes
Ele/Ela é Est Ele/Ela tem Habet
Nós somos Sumus Nós temos Habemus
Vós sois Estis Vós tendes Habetis
Eles/Elas são Sunt Eles/Elas têm Habent

7.3 Santa Missa

7.3.1 Ritos Iniciais

7.3.1.1 Saudação

Signum Crucis
Per signum Sanctae Crucis de inimícis nostris líbera nos, Deus noster.
In nomine Patris, et Fílii, et Spíritus Sancti.
Amen.

S: Grátia Dómini nostri Iesu Christi, et cáritas Dei, et communicátio Sancti


Spíritus sit cum ómnibus vobis.
A: Et cum spiritu tuo.

7.3.1.2 Rito Penitencial

S: Frates, agnoscámus peccáta nostra, ut apti simus ad sacra mystéria


celebránda.

43
Confíteor
Confíteor Deo omnípotenti et vobis, frates, quia peccávi nimis cogitatióne,
verbo, ópere et omissióne; mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa. Ídeo
precor Maríam semper Vírtinem, omnes Ángelos et Sanctos, et vos, frátes,
oráre pro me ad Dóminum Deum nostrum. Ámen.

S: Mesereátur nostri omnípotens Deus et, dimíssis pecátis nostris, perdúcat


nos ad vitam aetérnam.
A: Amen.

Kyrie eleison
Kyrie eleison; Christe eleison; Kyrie eleison.

7.3.1.3 Glória

Glória in excelsis Deo


Glória in excélsis Deo
Et in terra pax homínibus bonae voluntátis.
Laudámus te. Benedícimus te.
Adorámus te. Glorificámus te.
Grátias ágimus tibi propter magnam glóriam tuam.
Dómine Deus, Rex caeléstis, Deus Pater omnípotens.
Dómine Fili unigénite, Iesu Christe.
Dómine Deus, Agnus Dei, Fílius Patris.
Qui tollis peccáta mundi, miserére nobis.
Qui tollis peccáta mundi, súscipe deprecatiónem nostram.
Qui sedes ad déxteram Patris, miserére nobis.
Quóniam tu solus sanctus.
Tu solus Dóminus.
Tu solus Altíssimus, Iesu Christe.
Cum Sancto Spíritu, in glória Dei Patris.
Amen.

7.3.1.4 Oração da Coleta

S: Oremus. (oratio)
A: Amen.

7.3.2 Liturgia da Palavra

7.3.2.1 Primeira Leitura

Depois da leitura:
L: Verbum Dómini.
A: Deo grátias.

44
7.3.2.2 Salmo Responsorial

7.3.2.3 Segunda Leitura

Depois da leiturar:
L: Verbum Dómini.
A: Deo grátias.

7.3.2.4 Alleluia

7.3.2.5 Evangelho

S: Dóminus vobíscum.
A: Et cum spíritu tuo.
S: Léctio santi evangélii secúndum N.,
A: Glória tibi, Dómine.

Depois de proclamado o Evangelho:


S: Verbum Dómini.
A: Laus tibi, Christe.

7.3.2.6 Creio Niceno-Constantinopolitano

Credo
Credo in unum Deum, Patrem onipotentem
Factórem caeli et terrae
Visibílium ómnium, et invisibílium.
Et in unum Dóminum Iesum Christum,
Fílium Dei unigénitum.
Et ex Patre natum ante ómnia saecula.
Deum de Deo, lumen de lúmine
Deum verum de Deo vero.
Génitum, non factum, consubstantiálem Patri:
Per quem ómnia facta sunt.
Qui propter nos hómines,
Et propter nostram salútem descéndit de caelis.
Et incarnátus est de Spíritu Sancto ex María Vírgine:
Et homo factus est.
Crucifíxus étiam pro nobis: sub Póntio Piláto
Passus et sepúltus est.
Et resurréxit tértia die, secúndum Scriptúras.
Et ascéndit in caelum: sedet ad déxteram Patris.
Et íterum ventúrus est cum glória,
Iudicáre vivos et mórtuos:
Cuius regni non erit finis.
Et in Spíritum Sanctum, Dóminum, et vivificántem:

45
Qui ex Patre Filióque procédit.
Qui cum Patre et Fílio simul adorátur, et conglorificátur:
Qui locútus est per Prophétas.
Et unam sanctam, cathólicam et apostólicam Ecclésiam.
Confíteor unum baptísma in remissiónem peccatórum.
Et exspécto resurrectiónem mortuórum.
Et vitam ventúri saeculi.
Amen.

7.3.3 Liturgia Eucarística

7.3.3.1 Oração sobre as Oferendas

S: Oráte, frates: ut meum ac vestrum sacrifícium acceptábile fiat apud


Deum Patrem Omnipoténtem.
A: Suscípiat Dóminus sacrifícium de mánibus tuis ad laudem et glóriam
nóminis sui, ad utilitátem quoque nostram totiúsque Ecclésiae suae santae.

7.3.3.2 Prefácio

S: Dóminus vobíscum.
A: Et cum spíritu tuo.
S: Sursum corda.
A: Habémus ad Dóminum.
S: Grátias agámus Dómino Deo nostro.
A: Dignum et iustum est.

7.3.3.3 Santo

Sanctus
Sanctus, Sanctus, Sanctus
Dóminus, Deus Sábaoth.
Pleni sunt caeli et terra glória tua.
Hosánna in excélsis.
Benedíctus qui venit
In nómine Dómini
Hosánna in excélsis.

7.3.3.4 Epiclese, Consagração, Anamnese, Oblação, Intercessões

7.3.3.5 Doxologia

S: Per ipsum, et cum ipso, et in ipso, est tibi Deo Patri omnipoténti, in
unitáte Spíritus Sancti, omnis honor et glória per ómnia saécula
saeculórum.
A: Amen.

46
7.3.4 Rito da Comunhão

S: Praecéptis salutáribus móniti, et divína institutióne formáti, audémus


dícere:

Pater Noster
Pater noster, qui es in caelis
Sanctificétur nomen tuum
Advéniat regnum tuum
Fiat voluntas tua
Sicut in caelo, et in terra.
Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie
Et dimítte nobis débita nostra,
Sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris
Et ne nos indúcas in tentatiónem
Sed líbera nos a malo. Amen.

S: Líbera nos, quaesumus, Domine, ab ómnibus malis, da propítius pacem


in diébus nostris, ut, ope misericórdiae tuae adiúti, et a peccáto simus
semper líberi et ab omni perturbatióne secúri: exspectántes beátam spem
et advéntum Salvatóris nostri Iesu Christi.
A: Quia tuum est regnum, et potéstas, et glória in saécula.
S: Dómine Iesu Christe, qui dixísti Apóstolis tuis: Pacem relínquo vobis,
pacem meam do vobis: ne respícias peccáta nostra, sed fidem Ecclésiae
tuae; eámque secúndum voluntátem tuam pacificáre et coadunáre
dignéris. Qui vivis et regnas in saécula saeculórum.
A: Amen.
S: Pax Dómini sit semper vobíscum.
A: Et cum spíritu tuo.
S: Offérte vobis pacem.

Agnus Dei
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, miserére nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, miserére nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, dona nobis pacem.

S: Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccáta mundi. Beáti qui ad cenam Agni
vocáti sunt.
A: Dómine, non sum dignus, ut intres sub téctum meum, sed tantum dic
verbo, et sanábitur ánima mea.

7.3.5 Ritos finais

S: Dóminus vobíscum.
A: Et cum spíritu tuo.

47
S: Benedícat vos omnípotens Deus, Pater, et Fílius, et Spíritus Sanctus.
A: Amen.
S: Ite, missa est.
A: Deo grátias.

7.4 Outras orações

Ave María
Ave María, grátia plena
Dóminus tecum
Benedícta tu in muliéribus
Et benedictus fructus
Ventris tui Jesus
Sancta María, Mater Dei
Ora pro nobis peccatóribus,
Nunc et in hora mortis nostrae.
Amém.

Salve Regina
Salve, Regina, Mater misericordiae
Vita, dulcédo et spes nostra, salve.
Ad te clamamus, éxsules filii Evae.
Ad te suspirámus geméntes et flentes
In hac lacrimárum valle.
Eia ergo, advocáta nostra
Illos tuos misericórdes óculos ad nos convérte
Et Jesum benedíctum fructum Ventris tui, nobis, post hoc exsílium,
osténde.
O clemens, o pia, o dulcis Virgo María!
Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix.
Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.
Amen.

Ángele Dei
Ángele Dei,
Qui custos es mei,
Me tibi commíssum pietáte supérna
Illúmina, custódi, rege et gubérna.
Amen.

Angelus Domini
V: Ángelus Dómini nunviávit Maríae;
R: Et concépit de Spíritu Sancto.
-- Ave Maria --
V: Ecce ancílla Dómini.
R: Fiat mihi secúndum verbum tuum.

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-- Ave Maria --

V: Et Verbum caro factum est.


R: Et habitávit in nobis.
-- Ave Maria --
V: Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix.
R: Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.

Veni Sancte Spíritus


Veni Sancte Spíritus reple tuórum corda fidélium,
et tu amóris in eis ignem accénde.
Emítte Spíritum tuum et creabúntur.
Et renovábis faciem terrae.
Oremus: Deus, qui corda fidélium Sancti Spíritus sápere,
et de ejus semper consolatióne gaudére.
Per christum Dóminum nostrum.
Amen.

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7.5 EXERCÍCIO PROPOSTO

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8 PRÁTICA DO RITO 1

 Missas dias de semana e finais de semana.


 Posições de um cerimoniário (não bater palmas, não levantar as mãos para
louvores, gestos de condução e direcionamento).
 Evitar passar entre o Altar e o padre. Mas, se for necessário, fazer reverência
para o altar. Se for o Bispo, pode-se fazer reverência tanto para o Altar, como
para ele. Mas, neste caso, evite-se ainda mais, por respeito para com um e para
com o outro.

8.1 SIGNIFICADO DOS GESTOS E POSIÇÕES

 Sentado: é uma posição cômoda, uma atitude de ficar à vontade para ouvir e
meditar, sem pressa. Estender a faixa sobre o joelho e posicionar as mãos sobre
os joelhos.
 De pé: é uma posição de quem ouve com atenção e respeito. Indica a prontidão
e disposição para obedecer. Observar, sempre, a postura, prezando pela beleza
e pelo decoro, assim como a posição das mãos juntas, discutidas adiante.
 De joelhos: posição de adoração a Deus diante do santíssimo sacramento e
durante a consagração do pão e vinho.
 Genuflexão: levar o joelho direito ao chão. É um gesto de adoração a Jesus na
eucaristia. Fazemos quando entramos na igreja e dela saímos, se ali existir o
sacrário e quando passamos em frente ao altar estando ali Jesus Eucarístico.
 Inclinação profunda ou vênia: ao passar pelo altar, se não portar em mãos um
objeto litúrgico. Ao passar em frente ao Bispo.
 Inclinação com a cabeça: Ao passar pelo altar portando algum objeto litúrgico,
ou ao referir-se na Santa Missa ao nome de Jesus, Maria ou ao Santo em cuja
honra se celebra a Missa.
 Mãos levantadas: é atitude dos orantes. Significa súplica e entrega a Deus.
Cerimoniários não levantam as mãos.
 Mãos postas: (45°) significam prontidão, atenção e um ato de quem serve.
Cerimoniários não devem “relaxar” as mãos, cruzando os dedos ou abaixando
as mãos. Deve sempre manter a boa postura.
 Silêncio: o silêncio ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. Fazer silêncio
também é necessário para interiorizar e meditar, sem ele a missa seria como
chuva forte e rápida que não penetra na terra. Os cerimoniários não devem
conversar sem necessidade durante o rito. Se for necessário dizer algo, deve
sair para a sacristia.

8.2 DICAS PRÁTICAS PARA A COMUNHÃO

Ao comungar com o Padre Lorival ou com o Bispo, receba a comunhão na


boca. Com o Padre Mário, na mão. Se houverem seminaristas, eles comungam logo
após o(s) diácono(s). Principal deve conduzir a distribuição dos cálices e âmbulas e
para onde eles vão. Os primeiros ministros, sempre devem distribuir para as fileiras
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dos outros ministros. Os próximos, para a equipe de canto. O Principal deve falar isso
para eles. Só então, os próximos irão para a assembleia.
A seguir, apresenta-se um resumo de como conduzir esse momento. Não é
regra, mas, se executado, manterá a ordem no presbitério.

 Padre com diácono(s)

o Padre comunga.
o Diácono(s) comunga(m) e já leva(m) um cálice e uma âmbula (cada um)
para distribuir para os ministros.
o Cerimoniários comungam.
o Principal e auxiliar distribuem os cálices e as âmbulas para ministros.

 Padre sem diácono

o Padre comunga.
o Principal chama 2 ministros que comungam com o padre.
o Principal distribui um cálice e uma âmbula para estes 2 ministros
enquanto os outros cerimoniários comungam com o padre.
o Principal comunga.
o Principal e auxiliar distribuem os cálices e as âmbulas para ministros.

 Bispo

o Bispo comunga.
o Diácono comunga.
o Bispo leva um cálice e uma âmbula e ministra a comunhão para os
ministros.
o Diácono ministra a comunhão para os cerimoniários.
o Principal e auxiliar distribuem os cálices e as âmbulas para ministros.

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9 PRÁTICA DO RITO 2

9.1 MISSAS SOLENES

9.1.1 RITOS DE ENTRADA E SAÍDA

Nas procissões de entrada e saída, obedece-se a ordem:

 Auxiliar do lado direito alguns passos à frente


 Turiferário ao centro e naveteiro à esquerda
 Cruciferário e tocheiros
 Irmãos do Santíssimo
 Leitores
 Ministros
 Coroinhas e acólitos
 Seminaristas
 Diáconos
 Concelebrantes
 Presidente
 Principal à esquerda e librífero à direita
 Mitrífero e baculífero (se presidida pelo Bispo)

9.1.2 INCENSAÇÃO

Para a incensação, devem-se estar presentes o turíbulo, a naveta e o incenso.


O turíbulo possui quatro correntes, três na base e uma na tampa. Ele deve ser
segurado com a mão esquerda e, como comodidade, pode-se utilizar o dedo polegar
na argola superior e o mínimo na inferior. A mão direita é utilizada para incensar,
segurando todas as correntes juntas em sua parte inferior.
Primeiramente, quando se incensa, faz-se reverência profunda antes e depois
da incensação, menos ao altar e às oblatas. Quem é incensado também faz reverência
profunda.
O uso do incenso dentro da Missa acontece em:

 Durante a procissão de entrada.


 No início da Missa, para incensar a cruz, altar e imagem do padroeiro ou santo
do dia.
 Na procissão e proclamação do Evangelho.
 Depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oblatas,
cruz, altar, sacerdotes e o povo.
 À ostentação da hóstia e do cálice depois das palavras da consagração.
 Durante a procissão de saída.

Antes da Missa, o sacerdote impõe incenso no turíbulo e o abençoa. Em


seguida, na procissão de entrada o turiferário vai acompanhado do naveteiro à frente
da cruz. Chegando ao altar, sobem sem fazer reverência e esperam que o

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sacerdote revencie o altar e o beije. Coloca-se incenso novamente, se for necessário.
Incensa-se o altar, a cruz e as imagens dos santos expostos à veneração pública.
Durante a Aclamação, o naveteiro e turiferário se aproximam do sacerdote
que permanece sentado. Ajoelham-se para a bênção do incenso. Levantando-se
afastam-se dele e aguardam até que o sacerdote ou o diácono peça a bênção para
proclamar o evangelho. dirigem-se processionalmente até oambão. Chegando, lê-se o
evangelho; após dizer "O senhor esteja convosco" e "Proclamação..." o sacerdote (ou o
diácono) incensa o livro ao centro, à esquerda e à direita. Devolve o turíbulo para
o turiferário. que aguarda a leitura do Evangelho. Então saem turiferário e
naveiteiro em procissão após a leitura do evangelho.

Após o sacerdote rezar "De coração contrito e humilde...". Os acólitos


aproximam-se dele, este abençoa o incenso. Em seguida incensa as oblatas, a cruz, o
altar; não porém relíquias ou imagens.
Após a incensação no ofertório, turiferário, naveteiro, e auxiliar se dirigem
para a porta da igreja. Ao entoar do Sanctus, entram na igreja em direção ao altar na
seguinte ordem: auxiliar, naveteiro e turiferário. Chegando à frente ficam de pé, sem
subir no presbitério. Ajoelham-se na epíclese. Incensam durante a elevação do Corpo e
do Sangue do Senhor, com 3 ictos e 3 ductos, alternando com a sineta. Saem durante o
canto da Anamnese.

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10 EXPOSIÇÃO E BENÇÃO DO SANTÍSSIMO COM PROCISSÃO

Para a benção do Santíssimo, deve-se utilizar: capa pluvial branca, estola


branca, véu umeral, rito da benção, turíbulo, naveta e incenso. É recomendável que
estejam presentes os cinco cerimoniários utilizados em missas solenes.
Primeiramente, o sacerdote coloca Jesus Eucarístico na luneta e a luneta na
custódia. Então, utilizando-se o véu umeral, expõe o Santíssimo Sacramento no altar.
Em seguida, retira-se o véu umeral e o sacerdote ajoelha-se em frente ao altar,
juntamente com os cerimoniários. À esquerda do padre, ajoelham-se principal e
librífero. À direita, turiferário e naveteiro. O auxiliar deve sempre esticar a capa, de
modo a cobrir os pés do sacerdote e segurar o véu umeral enquanto não estiver sendo
usado. Então, o padre abençoa o incenso, coloca no turíbulo e incensa o Santíssimo
com 3 ictos e 3 ductos. Ele se levanta, coloca o véu umeral (sempre assim: auxiliar o
coloca sobre os ombros e principal o abotoa). Retira o Santíssimo do altar e começa a
procissão. Somente devem ir na procissão, nesta ordem: Auxiliar, turiferário e
naveteiro, padre com o Santíssimo, 2 tocheiros (ou ceroferários) ao lado do padre,
principal e um acólito ou cerimoniário com a sineta. Em corredores estreitos, deve-se
ter um tocheiro na frente do Santíssimo e um atrás.
Terminando a procissão, o padre depõe o ostensório no altar, retira o véu e se
ajoela novamente na frente do altar com os cerimoniários da mesma maneira. Repete-
se a incensação, enquanto entoa-se o canto do Santíssimo Sacramento. Após terminar
a canção, ele profere a seguinte oração do rito da benção, que deve ser aberto pelo
librífero:

Do céu lhes destes o Pão. (Aleluia)


Que contém todo sabor. (Aleluia)
Oremos: Senhor Jesus Cristo, neste admirável Sacramento nos deixastes
o memorial de vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o
mistério do vosso corpo e do vosso sangue, que possamos colher
continuamente os frutos da Redenção. Vós que viveis e reinais com o
Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Em seguida, ele se levanta (cerimoniários auxiliam levantando suas vestes), o


padre dá a volta no altar, coloca o véu umeral e o padre realiza o sinal da cruz com o
Santíssimo (cerimoniários podem abrir a capa), enquanto toca-se a sineta. Então, o
padre coloca, novamente, o Santíssimo sobre o altar, retira o véu umeral e se ajoelha
com os cerimoniários em frente ao altar, do mesmo modo feito anteriormente.
Então, ele profere o ato de louvor:

Bendito seja Deus ,


Bendito seja seu santo nome.
Bendito seja Jesus Cristo,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja o seu sacratíssimo Coração.
Bendito seja seu preciosíssimo Sangue.

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Bendito seja Jesus Cristo
no Santíssimo Sacramento do Altar.
Bendito seja o Espírito Santo, Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus,
Maria Santíssima.
Bendita seja a sua gloriosa assunção.
Bendita seja a sua santa e Imaculada Conceição.
Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus santos.

Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e


dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos sobre o nosso Santo
Padre, o papa, sobre o nosso bispo, sobre o nosso pároco e todo o clero,
sobre o chefe da nação e do Estado e sobre todas as pessoas
constituídas em dignidade para que governem com justiça.
Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa.
Favorecei com os efeitos contínuos de vossa bondade o Brasil, este
(arce) bispado, a paróquia em que habitamos, cada um de nós em
particular e todas as pessoas por quem somos obrigados a rezar ou que
se recomendaram as nossas orações. Tende misericórdia das almas dos
fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz
eterna.

Em seguida, reza-se um Pai-nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai.


Encerrando, ele se levanta e guarda o Corpo Eucarístico na teca ou píxide (reposição).
Resumindo: o padre só deve estar vestido com o véu umeral quando for pegar
no ostensório. Em procissões dentro da igreja, não é necessário outros ministros
acompanharem. A sineta toca enquanto durar a procissão, ou seja, desde que o
sacerdote desce as escadas, até ele voltar. Nos momentos que o padre se levanta,
todos os cerimoniários, exceto principal e auxiliar, continuam ajoelhados. A ordem do
rito é:

 Colocar o ostensório com Jesus Eucarístico no altar (utilizando véu),


 Ajoelhar e incensar (sem véu),
 Procissão do Santíssimo,
 Colocar, novamente, o ostensório no altar, tirando o véu,
 Ajoelhar, incensar e canto do Santíssimo Sacramento,
 Oração do rito da benção
 Benção do Santíssimo
 “Bendito seja Deus...”
 Reposição

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11 MISSA COM O BISPO

Em uma Missa celebrada pelo Bispo, ele pode utilizar a mitra e o báculo. O
uso do solidéu é sempre obrigatório. Basicamente, a mitra é utilizada quando o Bispo
está sentado, durante a homilia, procissões de entrada e saída e benção final. O báculo
é utilizado nas procissões de entrada e saída, durante o Evangelho, durante a homilia e
na benção final. O solidéu é utilizado durante todo o tempo, exceto do prefácio até o
momento em que o Bispo se senta após distribuir a comunhão. O baculífero sempre
deve segurar o báculo com a curvatura voltada para ele mesmo, pois só o Bispo pode
segurá-la para a frente. O mitrífero pode segurar a mitra de ponta-cabeça, colocando
as ínfulas na parte interior de cima da mitra (parte da ponta).
Detalhadamente, tem-se que durante a procissão de entrada, ele porta a
mitra e o báculo. Subindo no presbitério, ele depõe ambos para o Mestre da
Cerimônia, o qual entrega para o mitrífero e baculífero. Fica somente de solidéu até o
momento de sentar. Ao sentar, fica somente de mitra para ouvir as leituras. Após ele
fazer a persignação, o Mestre entrega a ele o báculo. Antes de começar a homilia, o
Mestre lhe entrega a mitra, ajudando-o a segurar o báculo. Ele realiza a homilia de
mitra e báculo. Terminando a homilia, ele depõe ambos. Ao sentar-se para a procissão
das oferendas, ele veste-se da mitra. Ao levantar, a depõe. Imediatamente antes de
começar o prefácio, o cerimoniário principal tira o solidéu e o entrega ao mitrífero, que
o segura aberto sobre a mitra deitada. Após o Bispo comungar, o principal coloca o
solidéu sobre a cabeça do Bispo. Se o Bispo for beber o Sangue do Senhor, o
cerimoniário deve tirá-lo novamente. Quando o Bispo se sentar após a oração pós-
comunhão, ele veste-se da mitra. Quando o Bispo se levantar para a benção final, ele
permanece somente de mitra. O principal segura o báculo e o entrega apenas no
momento antes de ele falar: “Abençoe-vos, Deus, Todo Poderoso...”

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