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PSICANÁLISE PÓS-FREUD
ERIKSON
FROMM
ADLER
PSICANÁLISE
REICH WINNICOTT
Alfred Adler
Áustria
1870 - 1937
Adler: destaques
1900 – 1980
Alemanha
ERICH FROMM
• As paixões, os desejos, e as ansiedades modificam-se como resultado do
processo social, mas também o moldam.
• O protestantismo preparou o indivíduo psicologicamente para o papel a
exercer no moderno sistema industrial: resultou, paradoxalmente, em
maior liberdade individual e maior dependência.
• Liberdade econômica: não mais sistema social fixo (ligado ao
nascimento); liberdade religiosa (???).
• Liberdade, individualismo, solidão: sensação de insignificância e
impotência.
• O medo à liberdade: indivíduo perplexo e inseguro.
Normal e patológico
• PARA A SOCIEDADE: pessoa capaz de desempenhar seu papel na
sociedade (trabalhar e criar família);
• PARA O INDIVÍDUO: normal ou sadio: ponto ótimo de
crescimento e felicidade pessoal;
• ESTRUTURA SOCIAL E PONTO DE VISTA INDIVIDUAL
COINCIDEM?;
• Bom ajustamento social = neurose (pessoa renuncia ao próprio
ego para tornar-se o que se espera dela; perde espontaneidade e
individualidade genuína).
DEFESAS: FUGA À LIBERDADE
• AUTORITARISMO: anseio à submissão ou dominação
(impulsos masoquistas ou sádicos), fuga a uma
solidão insuportável.
Masoquismo: sentimento de inferioridade, impotência e
insignificância.
Sadismo: a) tornar outros dependentes para exercer domínio
absoluto e irrestrito; b) também explorar, roubar qualidades
emocionais ou intelectuais do outro; c) desejo de impor
sofrimento a outros (físico ou mental): humilhar, vexar.
• DESTRUTIVIDADE: eliminação do objeto (destruir
para não ser massacrado). Produto da vida não-
vivida.
DEFESAS: FUGA À LIBERDADE
• CONFORMISMO DE AUTÔMATOS: solução majoritária na
sociedade; indivíduo cessa de ser si mesmo e adota
inteiramente a personalidade que é dominante pelos
padrões culturais (ser o que se espera que sejam).
• Discrepância entre “eu” e mundo desaparece e também
sentimento de solidão e impotência.
• Pessoa desiste do ego individual e se converte em autômato,
idêntica aos milhões de outros autômatos
• OUTROS: alheamento do mundo (psicoses); inflação do ego
(mundo torna-se diminuto).
Fromm: medo à liberdade
•Significado psicológico do fascismo
Frankfurt, Alemanha
1902 - 1994
DESENVOLVIMENTO E IDENTIDADE
• Na adolescência o indivíduo desenvolve os requisitos
preliminares do crescimento fisiológico, amadurecimento
mental e responsabilidade social;
• Crise de identidade: aspecto psico-social da adolescência;
• Estar vivo, não estar doente NÃO significa estar saudável;
• Crescimento humano: conflitos internos e externos que a
personalidade vital suporta, ressurgindo de cada crise com
sentimento maior de unidade (capacidade de “agir bem”,
pelos próprios padrões e daqueles que são significativos).
IDENTIDADE E PERSONALIDADE
• Unidade da personalidade
• Perspectiva temporal x confusão de tempo
• Autoconfiança x inibição
• Experimentação de papel x fixação em papéis
• Aprendizagem x paralisia operacional
• Confiança x desconfiança
• Autonomia x dúvida, vergonha
• Iniciativa x culpa
• Indústria x inferioridade
• Reconhecimento mútuo x isolamento autístico
• Identificação com tarefa x sentimento de futilidade
IDENTIDADE E INTIMIDADE
• Só quando a identidade está bem desenvolvida é que a verdadeira
intimidade é possível;
• Intimidade: fusão de identidades;
• Intimidade versus distanciamento;
• Genitalidade, potência orgástica: dissolução de identidades;
• Maturidade sexual: cada parceiro deixa de tentar apenas alcançar a
si mesmo.
Galitzia
1897 - 1957
Destaques
•Militância política
•Trabalho psicanalítico e social em Centro de
Saúde
•Clínica Social
•Rompimento com Freud: divergências sobre
instinto de morte e visão política da prática
clínica
ELEMENTOS TEÓRICOS
• Neurose é epidemia
• Condições sociais de vida, p. ex., pobreza, impactam saúde mental
• Diferença entre clientela privada, de hospitais e centros públicos de
saúde
• Psicoterapia individual: raio de alcance sócio-político limitado
• Tipo de neurose mais comum em certas classes sociais (histeria é
típica de uma classe social)
• Alguns quadros eram inofensivos em ricos e adquiriam outra
conotação em pessoas pobres
• Estudos de antropologia (Malinowsky): repressão sexual não existia
nas tribos da Polinésia
ELEMENTOS TEÓRICOS
• Trabalho com jovens em orientação sexual (contracepção,
função da genitalidade, aborto, homossexualidade).
• Existe orientação sexual hoje???
• Conflito da puberdade: resultado da negativa que a sociedade
impõe à vida sexual dos jovens. Quando o amor sadio e normal
não segue seu curso, o adolescente regride à neurose infantil de
forma mais intensa [estudos antropológicos]
• Família reproduz a moral vigente em dada sociedade: visão da
sexualidade de crianças e adolescentes.
ELEMENTOS TEÓRICOS
• Mecanização do comportamento = couraça caracteriológica
• Couraça do caráter: proteção contra perigos que ameaçam do
exterior e impulsos interiores reprimidos [semelhante aos
mecanismos de defesa (Freud)]. Pela rigidez, a defesa torna-se
crônica, diminuindo a mobilidade psíquica total
• Observação do trabalho operário: couraça permitia ao operário
suportar o trabalho mecânico, sem sentido
• Sublimação via trabalho: cientistas, engenheiros, etc. (a elite)
PSICANÁLISE E POLÍTICA
• Reich rompe com Psicanálise porque esta não levava em
consideração elementos sócio-econômicos (era elitista).
Psicanálise: burguesia vienense.
• Posteriormente rompe com o Partido Comunista e com os
social-democratas que tinham visão estreita sobre saúde
mental [partido era lar para os que não tinham lar].
Slogans e ideologias não conseguem trazer a “grande
política” para a “pequena vida pessoal”.
SOCIAL CLINIC
1896 – 1971
Grã-Bretanha
WINNICOTT: Brincar e Criar
• Freud: princípio do prazer e da realidade
• Princípio da transformação
• 3ª via: criatividade como um sistema de pulsões e
funções psíquicas com traços distintivos próprios, não
necessariamente derivados dos outros sistemas,
princípios do prazer e da realidade
• Objeto transicional
• Espaço potencial
Espaço potencial
Área intermediária de experiência, situada entre a
realidade interna e externa, na qual participam tanto
uma quanto a outra; ele está fora do indivíduo, mas não
é o mundo externo. Em continuidade direta com a área
do brincar da criança pequena, nele tem lugar tanto o
brincar da criança quanto, no ser adulto, as artes, a
religião, o viver imaginativo e o trabalho científico
criador, ou seja, a cultura.
Objeto transicional
• Transição de um estado em que o bebê está fundido com a
mãe para outro em que está em relação com algo externo e
separado
• Objeto transicional “guarda consigo a possibilidade
concreta de ser o ´não-eu´ ao mesmo tempo em que
verdadeiramente representa o ´eu´
• “Faz de conta que...”
• Evolução direta dos fenômenos transicionais para o brincar,
do brincar para o brincar compartilhado e deste, para as
experiências culturais.
Criatividade: eu - não eu
• Nos fenômenos transicionais entrelaça-se um mundo de
experiências internas com outro mundo de experiências de
relações com objetos exteriores e, no enlace desses mundos
emerge uma terceira zona, a chamada zona intermediária de
experiência.
• Fenômenos criativos emergem no encontro ou intersecção
entre diferentes ordens de processos, eles acionam um sistema
capaz de produzir estes efeitos a partir da construção “entre”
mundos diversos.
• Zona intermediária entre os processos internos da pessoa e a
relação com objetos externos a ela.
CRIATIVIDADE X REPRESSÃO
• “O objeto da criatividade se define por sua mobilidade potencial”,
o que contrasta com a noção freudiana de fixação, pertencente ao
mundo do reprimido para a psicanálise.
• Pessoa criativa: funções egóicas envolvidas na capacidade de
suportar incerteza, frustração, tolerar certa quantidade de
angústia, exercendo o controle dos impulsos.
• Lei do movimento, antagônica à repetição compulsiva,
identificada pela psicanálise como base dos processos
neuróticos. A repetição é antagônica à lei deste sistema.
Brincar e criar (Winnicott)
A análise do acontecimento criador deve se apoiar em
um tripé:
• o potencial criador,
• a experiência criativa e
• as condições afetivas que favorecem a ocorrência do
acontecimento (o clima)
Criar e brincar
• Possibilidade das coisas serem diferentes do que são!
• Aspecto lúdico (faz-de-conta, imaginação)
• Percepção de novos ângulos, novos significados (o objeto e a
subjetividade humana);
• Picasso: “Quando eu era uma criança, eu podia pintar como
Rafael, mas levou um tempo enorme (quase a vida toda) para
aprender a desenhar como uma criança”
BIBLIOGRAFIA