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Cirurgia – aula 3 – parte 1

EXODONTIA

• 1º principio: Necessidade clínica, avaliação clínica e avaliação radiográfica.


• 2º principio: possibilidade
• 3º principio: planejamento cirúrgico, técnica que será usada

Paciente está na cadeira, qual a primeira ação que eu tomo? A antissepsia extra-oral, com
clorexidina 2% ou iodo, é um excelente antisséptico e barato, porém é ruim pela cor e cheiro e
pode dar alergia, clorexidina não há relato de reação alérgica na literatura, perguntar sobre o
iodo na anamnese . Ela é feita com a pinça foreston comprida com a ponta ativa aberta que pega
grandes volumes, então você pinça a gaze nela e começa da região principal para a periferia em
movimentos circulares ou de um lado depois do outro expandido. Depois começa a intra-oral,
bochecho com clorexidina 0,12% ou posso fazer com gaze (não tem melhor, mas damos
preferência a com gaze, pois o bochecho pode liberar placa e liberar bactérias) pega gaze e limpa
toda a região, língua, palato toda a região intra oral. Essa pinça entrou em contato com o
paciente ANTES da antissepsia, então não deve voltar para a bandeja pois está CONTAMINADA.
Deve ser colocada em outro local, joga na pia, só não pode voltar para bandeja, e se você usar
outra pinça como a kelly ou a mosquito você vai estragar ela pois não está prepara para isso.

Próximo passo: anestesia. Tem um detalhe, tem a delimitação do campo que tem uma abertura
fenestrada, então a gente pede para dobrar o campo no peito do paciente e deixar a cabeça
livre para dar a anestesia, tomar cuidado para não apoiar a luva no cabelo. Isso é importante
para ver a reação do paciente, se está passando mal, como está, acalmar ele, sem se contaminar.
Anestesia, checa se deu certo, explica que mesmo com a anestesia o paciente sente o que está
acontecendo, sente pressão, movimentação, mas não sente DOR. Se você acha que a anestesia
não pegou não fale isso para gente! Fale “eu não consegui dar anestesia”, por que a falha foi sua
na técnica e não do paciente, anestésico e etc. pega um instrumental e aperta do lado
anestesiado e do lado não para mostrar a diferença... bastante atenção com a técnica anestésica

Abre o campo novamente.

*processo de erupção é todo o movimento desde a formação do germe ate a “morte”. Dentes
Irrompidos são dentes na boca já.

Manobra de Dierése

SINDESMOTOMIA: Pega uma espátula romba, hollemback 3 ou qualquer descolador, escorrega


pelo dente, encosta, forma sobre o dente e chega ate a crista óssea. Se possuir saúde
periodontal esse espaço vai ser de no máximo 3 mm, se não tiver vai ser maior do que isso,
depende da bolsa. Contorna todo esse colo anatômico (vest – Ling -Distal – Mesial). Isso é uma
manobra de divulsão, vai desinserir as fibras do ligamento periodontal do dente. Isso é diferente
da incisão gengival que fica fibra no dente e na gengiva e quando vc junta elas se refazem. Então
a divulsão é so em dentes que vamos extrair. Ela ajuda também a identificar a crista óssea
daquele dente, que é a nossa referência para posicionar os fórceps e elevadores.
Manobra de Exerése

LUXAÇÃO: aplicação do fórceps e elevadores que é uma manobra de avulsão. Aqui começa a
exérese, que é a retirada de um órgão. Aplico uma força controlada, devo usufruir do
mecanismo que os instrumentais fornecem. Eu luxo o dente para criar uma via desimpedida,
uma abertura maior que o diâmetro do dente, dilata as tabuas ósseas (fazer no sentido
Vestibular-Lingual) para o dente sair. Se não criar essa abertura maior, não sai ou quebra.

CURETAGEM: cureta com a Cureta de Lucas para checar se não há nenhum resíduo, retirar os
restos de fibras, ver se não tem lesão.

Manobra de Síntese

SUTURA: aqui começa manobra de síntese que regularizar o rebordo, deixar limpo e suturar.

Sai mordendo uma gaze durante 20 a 30 minutos para favorecer a formação do coágulo

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Qual a necessidade de uma exodontia? Casos óbvios como

• grande destruição,
• extremamente mal posicionado,
• semi-incluso que não vai erupcionar,
• dentes de leite,
• dentes que estão fora de posição (ortodôntica)
• supranumerários,
• dentes em linha de fratura (3º molar ex.),
• pacientes pré radio/quimio remove qualquer foco de infecção no período de
imusupressão,
• motivos sócio-economicos e culturais,
• indicações pré protéticas
• lesões patológicas

Tem uma parcela de dentes que as vezes não sabemos, primeiro sempre tente ver não o dente
isolado, tente ver a boca toda! Ver se não pode ser apoio de uma fixa, a saúde periodontal de
forma geral.

Ex: tenho uma raiz residual de pré-molar, posso fazer um núcleo, depois uma coroa. Em um
paciente de 30 anos com todos os dentes na boca isso pode dar muito certo, mas se eu tenho
um paciente sem molar, que sobrecarrega esse pré-molar, com perda óssea, a chance de não
dar certo é grande. Essa decisão cabe ao paciente, por isso explica toda a situação, avalia os
riscos de deixar o dente como abcessos, lesões, fraturar a raiz depois de 2 anos.

POSICIONAMENTO DO PACIENTE E OPERADOR.

A sua força tem que ser transmitida pelo


instrumental, então se eu levantei ou fechei o
ombro eu perdi potencia. Se eu não apoiar o
elevador direito no dente a força aplicada vai
para outra estrutura como a gengiva ou osso
dificultando a cirurgia.

Arco inferior = plano oclusal paralelo ao solo, ou


seja, a cadeira vai estar levemente inclinada
para tras. Sempre na altura do cotovelo, ou
seja, levemente levantada.

Arco superior = o paciente fica mais deitado, pelo menos a 45º e um pouco a mais, nunca 100%
deitado. Sempre na altura do cotovelo para não ter que levantar o ombro e perder potencia.

Quanto mais perto ele estiver maior a sua força. O que é melhor para tecnica.

A exodontia deve ser feita de pé. Se eu faço sentada eu não consigo ter um “braço de força” de
grande potencia como em pé. Sentada é tecnicamente errada.

A mao auxiliar do paciente é para imobilizar a cabeca do paciente, para não perder força e ter
uma percepção tatil, apoiando a tabua ossea vestibular e palatina nos superiores e na tabua
vestibular e mandibula nos inferiores.

Tem duas modalidades de exodontia:

1. VIA ALVEOLAR: em que o dente vai sair pelo alveolo. Para luxar os dentes uso os forceps
e elevadores, retiro de forma mecanica. Quanto maior a area de contato do fórceps com
o meu dente, maior minha forca! Entao escolho o forceps que se adapta ao dente. Para
diferenciar inferior de superior vc olha a relação entre o cabo e a ponta ativa, a ponta
ativa esta em um plano inferior ao cabo nos INFERIORES. Nos SUPERIORES é ao
contrario, minha ponta ativa esta no mesmo plano do meu cabo, por isso o paciente
esta mais alto, esta em uma linha reta minha aplicação de força. A ponta nos vemos por
grupo de dente, molares são mais largos entao eu pego uma ponta ativa mais larga, de
pré tem a ponta ativa mais fina. Nos molares tem a questao da furca, entao eu vou
aplicar sempre por vestibular ou palatina/lingual. Ele vai ter um “dentinho” na ponta
ativa que vai ajudar a apreensão. Nos molares superiores tem furca por vestibular
apenas entao eu tenho um para o 1 quadrante e outro pro 2 quadrante .

Abraça o instrumento, e coloca o dedão no fulcro. Vai aplicando da MENOR força para a MAIOR
força para dar tempo do osso dilatar, se aplica de cara a maior, pode ocorrer fratura. Posiciona
a cabeca do forceps lá na crista, o mais apicalmente possivel.

2. VIA NÃO ALVEOLAR: é a exodontia onde eu tenho que destruir esse alveolo para extrair
o dente. Nesse possui a osteotomia, ou seja, eu modifico o alveolo.

PASSO A PASSO - IMAGENS

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