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CURSO: Técnico de Design de Moda ANO: 1º TURMA TDM

DISCIPLINA: Área de Integração


FICHA DE TRABALHO: 3H
MÓDULO (Nº E NOME): Módulo 2 - Um desafio global. O desenvolvimento sustentável
ANO LETIVO: 2019/2020 DATA: 16 de março de 2020
PROFESSOR: Inês Batista Silva

ENUNCIADO
Ficha de trabalho enviada para o email da turma para a aula do dia 16 de março
1ª PARTE – 1h30

Após a visualização do documentário An inconveniente truth, responda às seguintes questões:


1. Quem é o autor do documentário?
2. Qual é o tema?
3. Enumere algumas consequências para a saúde humana decorrentes da variação da temperatura.
4. E quais são as consequências para o nosso planeta?
5. Indique quatro causas responsáveis pelas alterações climáticas.
6. Que medidas apresentadas no final do documentário são fundamentais para a diminuição das emissões
de dióxido de carbono para a atmosfera?
7. Qual foi o momento que mais o marcou ao longo do documentário? Justifique.

2ª PARTE - 45 minutos

1. Veja os seguintes vídeos.


https://www.youtube.com/watch?v=pF72px2R3Hg
https://www.youtube.com/watch?v=CSUmo-40pqA

2. O que se entende por zero waste?


3. Que conclusões tira após a visualização dos vídeos?
4. Consegue imaginar-se a ser praticante do conceito zero waste? Justifique a sua resposta.
5. Em que consiste a pegada ecológica?
6. Já alguma vez calculou a sua?
http://etnoideia.pt/ws/images/stories/docs/pegeco.pdf
https://zerowasteeurope.eu/

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Sites para consulta
https://www.goingzerowaste.com/
https://www.lipor.pt/pt/sustentabilidade-e-responsabilidade-social/projetos-desustentabilidade/compras-
publicas/pegada-ecologica/

3ª PARTE - 45 minutos
Imagine que estava nas suas mãos o salvamento do planeta Terra. Que soluções apresentaria e
implementaria para que todos pudéssemos contribuir para um mundo melhor? Leia o artigo seguinte,
retirado do jornal Público e indique várias soluções REALISTAS e aplicáveis ao nosso dia a dia.

Se o mundo imitasse a pegada


ecológica de Portugal precisávamos
de 2,2 planetas
Um novo alerta sobre a débil saúde do planeta. E uma
chamada de atenção para a necessidade de travar a sua
degradação. Relatório da WWF mostra como continuamos a
empurrar os ecossistemas para um limite.

Margarida David Cardoso 


30 de Outubro de 2018, 0:01

Mesmo em anos de crise, com o recuo do consumo e da actividade económica


portuguesa, seriam precisos 2,19 planetas para repôr os recursos naturais se
todas as pessoas do mundo consumissem como os portugueses. Este é o
preocupante saldo anunciado para Portugal no Relatório Planeta Vivo, divulgado
esta terça-feira e que é publicado bianualmente pela organização não-
governamental ambientalista WWF. Dado que desde 2014 (ano de referência
destes dados), se deu um boom do turismo e a recuperação do poder de compra,

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o próximo balanço sobre a pegada ecológica pode não reflectir a mesma
tendência de diminuição.

O relatório que mede o pulso ao estado do planeta volta a fazer um retrato


alarmante: a actividade humana continua a empurrar os ecossistemas que
sustentam a vida na Terra para um limite. Feitas as contas, para responder à
pegada mundial era necessário termos 1,69 planetas.

Em relação a Portugal, o documento nota que a crise levou a um recuo da pegada


ecológica do país. Esta é medida em hectares globais (gha) por pessoa, ou seja, a
área que cada um precisa para produzir o que consome e absorver o lixo que
produz. O país passou de uma pegada de 3,9 gha por pessoa em 2012, que o
colocava na 59ª posição a nível mundial para 3,69 em 2018, baixando para o 66º
lugar. No entanto, o consumo continua a estar bem longe de acompanhar a
capacidade de regeneração dos ecossistemas. A chamada biocapacidade é, em
Portugal, 1,27 gha por pessoa e tem-se mantido mais ou menos constante desde
1961, alheia à pressão que os padrões de consumo impõem ao planeta desde os
anos 90.

mentar

Em primeiro lugar no ranking da pegada ecológica, enquanto país com pior


desempenho ambiental, surge o Qatar e antes de Portugal aparecem países como
os EUA, Austrália, Canadá, França, Itália, Reino Unido, Países Baixos, Bélgica,
Espanha, Suíça e Alemanha. Portugal está, aliás, abaixo da média europeia, que
era de 4,69 gha por pessoa em 2018 e acima da mundial que é de 2,84 gha por
pessoa.  O físico e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do
Desenvolvimento Sustentável, Filipe Duarte Santos, aponta aqui o facto de a
população portuguesa exercer uma pressão muito menor nos ecossistemas
quando comparado com países como a Holanda, onde a densidade populacional
é muito superior.

A WWF também identifica boas notícias: o carbono, ainda que constitua 57% da
pegada ecológica dos portugueses, foi a componente que mais decresceu. Em

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2004, pesava 63% neste cálculo. “A isto está naturalmente associado o consumo,
mas também a alteração das fontes de produção de energia nacional, fruto da
aposta nas energias renováveis”, diz a WWF Portugal em comunicado.

“A emissão de gases com efeito de estufa diminuiu desde 2005, mas tem vindo a
subir no período pós-crise. Também porque as secas se tornaram mais
frequentes e nesses períodos temos que recorrer às centrais de carvão que
emitem muito CO2 [dióxido de carbono] para a atmosfera”, afirma Filipe Duarte
Santos.

Perda de 60% da vida selvagem

Tal como no primeiro relatório, há 20 anos, a WWF continua a calcular o Índice


do Planeta Vivo, um indicador que traça as tendências da abundância global de
vida selvagem, calculado a partir de dados recolhidos em intervalos regulares de
tempo em várias fontes (relatórios de governos, jornais, bases de dados). Para
2014, foram tidas em conta mais de 16 mil populações de 4005 espécies. E
chegou-se à conclusão de que as populações mundiais de peixes, aves,
mamíferos, anfíbios e répteis diminuíram 60% entre 1970 – ano a partir do qual
há informação robusta para determinar o início de vários indicadores – e 2014.

Um planeta em exaustão

Uma análise mais fina permite perceber é que nos trópicos que extinção é
especialmente pronunciada, sendo que a região da América do Sul e Central
sofreu o declínio mais acentuado, de 89%. As populações de espécies de água
doce também diminuíram drasticamente, com o índice que as mede a
demonstrar uma diminuição de 83% desde 1970 até 2014. E isto é
particularmente preocupante, nota a WWF, porque estes habitats (lagos, rios e

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zonas húmidas), ricos em biodiversidade, estão fortemente expostos a múltiplas
ameaças: das espécies invasoras à pesca excessiva, da poluição às mudanças nos
ecossistemas devido, por exemplo, ao aumento da temperatura da água.

E para a organização não-governamental não há dúvidas de que as principais


ameaças a estas espécies são as actividades humanas (que, em última análise,
dependem sempre de serviços prestados pela natureza). “Uma avaliação recente
descobriu que apenas um quarto do solo está substancialmente livre dos
impactos das actividades humanas. Prevê-se que diminua para apenas um
décimo até 2050”, nota o relatório. A perda de floresta é preocupante: embora
tenha abrandado globalmente, acelerou nas florestas tropicais, redutos com altos
níveis de biodiversidade no planeta.

“A degradação em curso tem muitos impactos nas espécies, na qualidade dos


habitats e no funcionamento dos ecossistemas. Dois estudos recentes mostraram
reduções drásticas no número de abelhas e outros polinizadores e nos riscos para
a biodiversidade do solo, fundamentais para sustentar a produção de alimentos e
outros serviços dos ecossistemas”, detalha a WWF. E Filipe Duarte Santos não
prevê melhorias nesta matéria com a eleição de um presidente brasileiro que
"promete continuar explorar o valor económico" da Amazónia.que o crescimento
económico já está a ser prejudicado pelo consumo excessivo de recursos, a
degradação dos ecossistemas e as alterações climáticas. As matérias-primas,
quando escasseiam, tornam-se mais caras. As secas e ondas de calor cada vez
mais frequentes têm elevados custos para os Estados. Assim como as acções de
mitigação, como as operações de sustentação de arribas e as manobras de
combate à erosão, a descontaminação de aquíferos, a limpeza de plásticos do
fundo dos mares. “Imagina-se o custo que não terá a protecção da orla costeira
no final do século quando o nível médio da água do mar tiver subido um metro”,
aponta Filipe Duarte Santos.

Fica então clara a necessidade de uma mudança dramática que coloque


consumidores e empresas a olhar para a natureza como algo mais que fonte de
rendimento, diz a WWF. E, já havendo compromissos internacionais com metas
como a descarbonização da economia, “existe actualmente uma janela de

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oportunidade única para reverter a tendência”. Por isso, a WWF repete um apelo
já este ano feito pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas:
que se faça “o mais ambicioso acordo global até agora”, para que “escolhas
políticas, financeiras e de consumo” reflictam a ideia de que a humanidade e a
natureza podem “prosperar em harmonia num único planeta”.

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