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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da MM.

Vara Cível do Foro do Município de


XXXXXXX

XXX, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XXX, com sede na
XXX, nº XXX, sala XXXX, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu
procurador legalmente constituído (instrumento de mandato em anexo), com fulcro no
art. 165 do Código Tributário Nacional, ajuizar

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO

Contra Prefeitura do Município de XXX, localizada na XXX, nº XXX, em XXX


(cidade), XXX (estado), pelos fatos e fundamentos que seguem:

DOS FATOS

1. A empresa Demandante é sociedade profissional devidamente registrada, atuando na


área de segurança desde o ano de 1997, e, como tal, sempre adimpliu suas obrigações
fiscais quando do pagamento do ISSQN.

2. Todavia, recentemente, foi a empresa Autora notificada pelo Município de XXX para
que pagasse o ISSQN acerca dos serviços prestados dentro de sua territorialidade. A
Demandante prontamente informou ao Município de XXX que havia efetuado todos os
pagamentos referentes ao ISSQN junto à prefeitura do Município Réu, onde a Autora
possui sua sede.

3. A discussão foi levada a Juízo (documentos em anexo), e culminou com a


condenação da Empresa Demandante ao pagamento do ISSQN referente o Município de
XXX no que dizia respeito aos serviços prestados dentro da territorialidade do mesmo.

4. Com a referida condenação, verificou a empresa Demandante que havia pago


indevidamente ao Município Réu valores referentes ao ISSQN por serviços prestados
fora da territorialidade do mesmo, e, assim, seria então credora dos valores pagos
indevidamente.

5. Porém, não foi esse o entendimento do Município Réu, pois, embora tenha a empresa
Autora apresentado requerimento onde pleiteava a devolução de valores que lhe haviam
sido pagos incorretamente, a mesma foi sumariamente negada pelo Demandado.

6. Dessa forma, no intuito de fazer preservar o seu direito à repetição de indébito dos
valores recolhidos indevidamente aos cofres do Município Réu, vem a Autora ajuizar a
presente Demanda, certa de que seu direito será reconhecido por este Juízo, e que o Réu
será condenado à devolução dos valores, com juros e correção monetária.

DOS FUNDAMENTOS
7. A Lei Complementar nº 116 de 2003, que regula o ISSQN, determina em seu art. 3º,
XVI, que o serviço considera-se prestado e o ISSQN devido no local onde encontram-se
os bens ou domicílios das pessoas vigiadas, seguradas ou monitoradas.

8. Ou seja, conforme determina a Lei, no caso específico dos serviços prestados pela
empresa Autora, o ISSQN deve ser recolhido ao Município no qual o serviço foi
prestado.

9. Com isso, temos que o ISSQN recolhido aos cofres do Município Réu em função de
serviços realizados pela Autora fora de seu território são indevidos.

10. Tal conclusão nos remete para o art. 165 do Código Tributário Nacional, que
determina:

“Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à


restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento,
ressalvado o disposto no § 4º, do art. 162, nos seguintes casos:

I – cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em


face de legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato
gerador efetivamente ocorrido.”

11. Como bem se observa, a própria norma tributária prevê que no caso de pagamento
de tributo indevido, como no caso dos autos onde o Autor efetuou o recolhimento do
ISSQN para os cofres do Município Réu inadvertidamente, na ignorância de que o
pagamento estava sendo realizado de forma errônea, deve ser o mesmo restituído ao
contribuinte.

DO PEDIDO

12. Ante todo o Exposto, REQUER:

A citação do Município Réu para, querendo, responder a presente demanda, sob pena de
revelia e confissão;

Seja a presente Demanda julgada procedente e condenado o Município Réu à devolução


de todos os valores do ISSQN recolhidos indevidamente aos seus cofres pelo Autor;

Sejam permitidos todos os meios de prova permitidos em direito, em especial a prova


documental e a oitiva do representante do Demandado;

A condenação do demandado ao pagamento de honorários sucumbenciais e custas


judiciais.

Dá a causa o valor de R$ XXXXX

Pede e espera o deferimento.

(local e data)
Assinatura do procurador

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