Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CARDIOLOGIA VOL. 2
Autoria e colaboração
Assessoria didática
Rafael Munerato de Almeida
Atualização 2017
José Paulo Ladeira
Apresentação
Um excelente estudo!
Índice
2
No diagnóstico diferencial de dor torácica, devem ser
avaliados o quadro clínico do paciente e já tomadas medi-
das como monitorização cardíaca, obtenção de acesso
venoso e oxigênio suplementar. Enquanto se realiza o
exame físico e se pergunta sobre a história clínica, deve
ser realizado eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações
com resultado em, no máximo, 10 minutos da entrada
no pronto-socorro. Essas medidas visam estabelecer
Diagnóstico
um diagnóstico para o paciente dentro do quadro de
dor torácica: infarto agudo do miocárdio, pericardite,
dissecção aguda de aorta, tromboembolismo pulmo-
diferencial da
nar, dor esofágica e dispepsia e dor osteomuscular ou
psicogênica.
dor torácica
30 sic cardiologia
1. Introdução
A dor torácica, principalmente no contexto da sala de emergência,
Importante pode ser de diagnóstico problemático, pois, embora, na maioria dos ca-
sos, apresente etiologias benignas, pode estar associada a patologias
graves potencialmente fatais e de rápida evolução.
As síndromes coronaria-
nas representam cerca de O diagnóstico diferencial das patologias que podem evoluir com dor
20% dos pacientes com torácica é vasto, e torna-se quase impossível realizar uma investigação
complementar a todas essas possibilidades. Assim, a avaliação inicial a
dor torácica que procu-
partir da história e do exame físico é importante para a triagem dos po-
ram os serviços de emer- tencialmente graves. De forma mais específica, também é importante
gência. Embora a minoria descartar as síndromes coronarianas agudas, o tromboembolismo pul-
se apresente na forma de monar (TEP) e a dissecção de aorta.
síndromes instáveis, o
quadro desses indivíduos 2. Epidemiologia
é o que apresenta a maior
dificuldade na diferen- Um estudo relativamente recente, com cerca de 400 pacientes, descre-
ciação de outras causas veu as causas de dor torácica em diferentes serviços de emergência. Os
benignas. resultados estão especificados na Tabela 1.
6
O edema agudo pulmonar constitui uma urgência clínica
e motivo frequente de internação hospitalar. Quanto à
origem do edema, temos o cardiogênico, que apresenta
aumento da pressão hidrostática do capilar pulmonar
(>18mmHg), e o não cardiogênico, com pressão hidrostá-
tica do capilar pulmonar normal (<18mmHg). O aumento
da pressão hidrostática no território capilar pulmonar
determina o extravasamento de líquido para o interstí-
cio pulmonar e para o alvéolo, resultando em hipóxia. A
perda aguda da função ventricular e o aumento da pós
Edema agudo
e da pré-carga são as causas mais comuns do edema. O
paciente apresenta-se extremamente dispneico, cianó-
tico e agitado, evoluindo com rápida deterioração para
pulmonar
torpor, depressão respiratória e, eventualmente, apneia
com parada cardíaca. Assim, o diagnóstico é essencial-
mente clínico. O tratamento do edema agudo de pulmão
cardiogênico envolve o uso de oxigênio, CPAP, morfina,
furosemida, nitroglicerina e/ou nitroprussiato de sódio.
O emprego do CPAP associa-se à redução do número de
intubações e do tempo de internação hospitalar, além de
reduzir a mortalidade.
110 sic cardiologia
1. Introdução
A - Etiologia
O Edema Agudo Pulmonar (EAP) é uma síndrome clínica que pode re-
sultar de diferentes condições:
--Distúrbios hemodinâmicos: insuficiência ventricular esquerda, obstru-
ção ao nível da valva mitral, arritmias cardíacas, hipervolemia, infarto
agudo do miocárdio, hipertensão renovascular e crise hipertensiva;
--Aumento da permeabilidade da membrana alveolocapilar: sepse, in-
fecção pulmonar, afogamento, aspiração pulmonar, anafilaxia e sín-
drome do desconforto respiratório agudo;
--Elevação da pressão negativa intrapleural: obstrução da via aérea;
--Outras: após traumatismo cranioencefálico, exposição a grandes alti-
B - Fisiopatologia
O edema pulmonar
cardiogênico apresenta Na gênese do edema pulmonar, é importante considerar a fisiopatologia
aumento da pressão presente, a depender se de origem cardiogênica ou não cardiogênica.
hidrostática do capilar O edema pulmonar não cardiogênico está associado ao aumento do lí-
pulmonar (>18mmHg), e quido no interstício pulmonar por alteração da permeabilidade do capilar
o edema pulmonar não pulmonar; são exemplos dessa condição o edema pulmonar na síndrome
cardiogênico apresenta do desconforto respiratório agudo e o edema pulmonar das grandes al-
titudes. Nessas situações, a pressão hidrostática do capilar pulmonar en-
pressão hidrostática do
contra-se normal (abaixo de 18mmHg), e não há hipertensão pulmonar.
capilar pulmonar normal
(<18mmHg), sendo o No edema pulmonar cardiogênico, o mecanismo principal fisiopato-
mecanismo principal a lógico é a ação da pressão hidrostática capilar elevada (hipertensão
pulmonar >18mmHg), que determina o aumento do edema intersticial
alteração da permea- pulmonar, como na insuficiência cardíaca descompensada e na insufi-
bilidade da membrana ciência mitral aguda do infarto do miocárdio.
alveolocapilar.
Neste capítulo, trataremos especificamente do edema agudo de pul-
mão cardiogênico.
Figura 1 - Diferenças na fisiopatologia dos edemas pulmonares cardio- Figura 2 - Edema “em asa de borboleta”, típico de
gênico e não cardiogênico edema agudo de pulmão
SIC CARDIOLOGIA VOL. 2 - REVALIDA
QUESTÕES E COMENTÁRIOS
Índice
QUESTÕES COMENTÁRIOS
Cap. 2 - Diagnóstico diferencial da dor torácica .....171 Cap. 2 - Diagnóstico diferencial da dor torácica .... 177
Cap. 5 - Insuficiência cardíaca ...................................... 173 Cap. 5 - Insuficiência cardíaca ...................................... 179
Cardiologia Questões
Cardiologia
Cardiologia Comentários
Cardiologia