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SIC CLÍNICA MÉDICA

CARDIOLOGIA VOL. 2
Autoria e colaboração

José Paulo Ladeira


Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Clínica Médi-
ca, em Medicina Intensiva e em Medicina de Urgência pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Univer-
sidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médico plantonista das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Sírio-Libanês e
do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Fabrício Nogueira Furtado


Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Especialista
em Cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Rodrigo Antônio Brandão Neto


Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista
em Clínica Médica, em Emergências Clínicas e em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde é médico assistente da disciplina de Emergências Clínicas.

Rafael Munerato de Almeida


Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Clínica Médi-
ca pela Santa Casa de São Paulo. Especialista em Cardiologia e em Arritmia Clínica pelo Instituto do Coração (InCOR),
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

Mário Barbosa Guedes Nunes


Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital de
Clínicas Gaspar Vianna (Pará). Especialista pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

Roberto Moraes Júnior


Especialista em Clínica Médica e em Medicina de Urgência pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM). Espe-
cialista em Cardiologia Clínica pela Real e Benemérita Sociedade de Beneficência Portuguesa de São Paulo. Instrutor
oficial dos Cursos de Atendimento em Emergências Cardiovasculares da American Heart Association e editor dos
livros-texto dos cursos Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS) para o Brasil e Portugal (Diretrizes 2010 -
ILCOR). Diretor científico do Instituto Paulista de Treinamento e Ensino (IPATRE). Secretário nacional da Associação
Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência (ABRAMURGEM).

Thiago Prudente Bártholo


Graduado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialista em Clínica Médica e em
Pneumologia pela UERJ. Pós-graduado em Medicina Intensiva pela Faculdade Redentor e em Tabagismo pela Ponti-
fícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Médico pneumologista da Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro (FIRJAN) e da UERJ. Chefe do Gabinete Médico do Colégio Pedro II (Rio de Janeiro). Mestre em Pneumologia
e doutorando em Pneumologia pela UERJ, onde é coordenador dos ambulatórios de Asma e de Tabagismo.

Assessoria didática
Rafael Munerato de Almeida

Atualização 2017
José Paulo Ladeira
Apresentação

Os desafios da Medicina a serem vencidos por quem se decide pela área


são tantos e tão diversos que é impossível tanto determiná-los quanto
mensurá-los. O período de aulas práticas e de horas em plantões de vários
blocos é apenas um dos antecedentes do que o estudante virá a enfrentar
em pouco tempo, como a maratona da escolha por uma especialização e do
ingresso em um programa de Residência Médica reconhecido, o que exigirá
dele um preparo intenso, minucioso e objetivo.

Trata-se do contexto em que foi pensada e desenvolvida a Coleção SIC


Principais Temas para Provas, cujo material didático, preparado por profis-
sionais das mais diversas especialidades médicas, traz capítulos com inte-
rações como vídeos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamen-
tos, temas frequentes em provas e outros destaques. As questões ao final,
todas comen­tadas, proporcionam a interpretação mais segura possível de
cada resposta e reforçam o ideal de oferecer ao candidato uma preparação
completa.

Um excelente estudo!
Índice

Capítulo 1 - Angina estável ............................. 15 Capítulo 5 - Insuficiência cardíaca ................81

1. Introdução e definições ...........................................16 1. Introdução ................................................................. 82

2. Epidemiologia.............................................................16 2. Definições e etiologia.............................................. 82

3. Fisiopatologia .............................................................16 3. Fisiopatologia ............................................................84

4. Manifestações clínicas ............................................ 17 4. História natural ....................................................... 85

5. Classificação da dor torácica ................................18 5. Quadro clínico ........................................................... 85


6. Exames complementares...................................... 89
6. Diagnósticos diferenciais .......................................18
7. Tratamento ................................................................ 92
7. Diagnóstico e exames complementares ............19
8. Insuficiência cardíaca diastólica ......................... 98
Resumo ............................................................................ 28
9. Insuficiência cardíaca descompensada ............. 99
Resumo .......................................................................... 107
Capítulo 2 - Diagnóstico diferencial da dor
torácica............................................................... 29

1. Introdução .................................................................. 30 Capítulo 6 - Edema agudo pulmonar ......... 109

2. Epidemiologia............................................................ 30 1. Introdução .................................................................110

3. Quadro clínico ............................................................32 2. Quadro clínico .......................................................... 112

4. Exames complementares.......................................35 3. Diagnóstico ............................................................... 112

Resumo ............................................................................40 4. Tratamento ............................................................... 113


Resumo ........................................................................... 116

Capítulo 3 - Síndromes miocárdicas


isquêmicas instáveis ........................................41 Capítulo 7 - Valvulopatias ............................. 117
1. Introdução .................................................................. 42 1. Estenose aórtica ...................................................... 118
2. Angina instável/IAMSSST .................................... 42 2. Insuficiência aórtica ...............................................122
3. IAMCSST ..................................................................... 54 3. Estenose mitral ......................................................126
Resumo ............................................................................ 63 4. Insuficiência mitral ................................................ 131
5. Estenose tricúspide e insuficiência
tricúspide...............................................................137
Capítulo 4 - Parada cardiorrespiratória...... 65
6. Insuficiência pulmonar e estenose
1. Introdução .................................................................. 66 pulmonar..................................................................140
2. Manobras de suporte básico de vida..................67 Resumo ...........................................................................143
3. Manobras de suporte avançado de vida ...........72
4. Cuidados após a reanimação ............................... 78 Capítulo 8 - Miocardites ................................145
5. Fatores prognósticos .............................................. 78 1. Critérios diagnósticos ........................................... 146
Resumo ............................................................................80 2. Sintomas e sinais.................................................... 148
3. Exame físico.............................................................. 149
4. Exames diagnósticos ............................................ 149
5. Tratamento................................................................ 151
6. Prognóstico...............................................................152
Resumo............................................................................152

Capítulo 9 - Doenças do pericárdio .............153

1. Pericardites infecciosas ........................................ 154


2. Síndromes relacionadas a cirurgias cardíacas....... 155
3. Outras causas de síndromes pericárdicas.......155
4. Pericardite aguda....................................................157
5. Derrame pericárdico.............................................. 160
6. Tamponamento cardíaco....................................... 161
7. Pericardite constritiva............................................165
Resumo........................................................................... 168
Rodrigo Antônio Brandão Neto
José Paulo Ladeira

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No diagnóstico diferencial de dor torácica, devem ser
avaliados o quadro clínico do paciente e já tomadas medi-
das como monitorização cardíaca, obtenção de acesso
venoso e oxigênio suplementar. Enquanto se realiza o
exame físico e se pergunta sobre a história clínica, deve
ser realizado eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações
com resultado em, no máximo, 10 minutos da entrada
no pronto-socorro. Essas medidas visam estabelecer

Diagnóstico
um diagnóstico para o paciente dentro do quadro de
dor torácica: infarto agudo do miocárdio, pericardite,
dissecção aguda de aorta, tromboembolismo pulmo-

diferencial da
nar, dor esofágica e dispepsia e dor osteomuscular ou
psicogênica.

dor torácica
30 sic cardiologia

1. Introdução
A dor torácica, principalmente no contexto da sala de emergência,

Importante pode ser de diagnóstico problemático, pois, embora, na maioria dos ca-
sos, apresente etiologias benignas, pode estar associada a patologias
graves potencialmente fatais e de rápida evolução.
As síndromes coronaria-
nas representam cerca de O diagnóstico diferencial das patologias que podem evoluir com dor
20% dos pacientes com torácica é vasto, e torna-se quase impossível realizar uma investigação
complementar a todas essas possibilidades. Assim, a avaliação inicial a
dor torácica que procu-
partir da história e do exame físico é importante para a triagem dos po-
ram os serviços de emer- tencialmente graves. De forma mais específica, também é importante
gência. Embora a minoria descartar as síndromes coronarianas agudas, o tromboembolismo pul-
se apresente na forma de monar (TEP) e a dissecção de aorta.
síndromes instáveis, o
quadro desses indivíduos 2. Epidemiologia
é o que apresenta a maior
dificuldade na diferen- Um estudo relativamente recente, com cerca de 400 pacientes, descre-
ciação de outras causas veu as causas de dor torácica em diferentes serviços de emergência. Os
benignas. resultados estão especificados na Tabela 1.

Tabela 1 - Resultados do estudo


Causas Prevalência (%)
Dor osteomuscular 36
Gastrintestinais 19
Cardíacas 16
Angina estável 10,5
Psiquiátricas 8
Pulmonares 5
Outras causas cardíacas 3,8
Angina instável ou Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) 1,5
Outras 16

A dor musculoesquelética é o principal motivo de procura por dor torá-


cica em serviços de emergência, representando 36% das causas, em que
a osteocondrite é responsável por 13% dos casos. Cerca de 60% dos ca-
sos de dor torácica não têm doença pulmonar, cardíaca ou mesmo gas-
trintestinal como causa-base. Considerando as gastrintestinais, menos
de 20% daqueles com dor torácica apresentam uma causa que pode ter
evolução potencialmente desfavorável. A prevalência de doença car-
díaca é relativa à idade; em pacientes com menos de 35 anos, apenas
7% têm causas cardíacas como motivo da dor. Porém, entre aqueles
com mais de 40 anos e em especial aqueles acima de 50 anos, essas
causas podem ter prevalência de até 50%. A Tabela 2 descreve as prin-
cipais causas de dor torácica, e a Tabela 3, causas de dor torácica e sua
apresentação clínica.

Tabela 2 - Causas de dor torácica


Dor óssea e neuromuscular
- Lesões costais (fraturas/trauma/neurites);
- Osteocondrite (síndrome de Tietze);
- Neurite intercostal (herpes-zóster);
- Outras causas de dor osteomuscular.
José Paulo Ladeira
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Fabrício Nogueira Furtado

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O edema agudo pulmonar constitui uma urgência clínica
e motivo frequente de internação hospitalar. Quanto à
origem do edema, temos o cardiogênico, que apresenta
aumento da pressão hidrostática do capilar pulmonar
(>18mmHg), e o não cardiogênico, com pressão hidrostá-
tica do capilar pulmonar normal (<18mmHg). O aumento
da pressão hidrostática no território capilar pulmonar
determina o extravasamento de líquido para o interstí-
cio pulmonar e para o alvéolo, resultando em hipóxia. A
perda aguda da função ventricular e o aumento da pós

Edema agudo
e da pré-carga são as causas mais comuns do edema. O
paciente apresenta-se extremamente dispneico, cianó-
tico e agitado, evoluindo com rápida deterioração para

pulmonar
torpor, depressão respiratória e, eventualmente, apneia
com parada cardíaca. Assim, o diagnóstico é essencial-
mente clínico. O tratamento do edema agudo de pulmão
cardiogênico envolve o uso de oxigênio, CPAP, morfina,
furosemida, nitroglicerina e/ou nitroprussiato de sódio.
O emprego do CPAP associa-se à redução do número de
intubações e do tempo de internação hospitalar, além de
reduzir a mortalidade.
110 sic cardiologia

1. Introdução
A - Etiologia
O Edema Agudo Pulmonar (EAP) é uma síndrome clínica que pode re-
sultar de diferentes condições:
--Distúrbios hemodinâmicos: insuficiência ventricular esquerda, obstru-
ção ao nível da valva mitral, arritmias cardíacas, hipervolemia, infarto
agudo do miocárdio, hipertensão renovascular e crise hipertensiva;
--Aumento da permeabilidade da membrana alveolocapilar: sepse, in-
fecção pulmonar, afogamento, aspiração pulmonar, anafilaxia e sín-
drome do desconforto respiratório agudo;
--Elevação da pressão negativa intrapleural: obstrução da via aérea;
--Outras: após traumatismo cranioencefálico, exposição a grandes alti-

Importante tudes e embolia pulmonar.

B - Fisiopatologia
O edema pulmonar
cardiogênico apresenta Na gênese do edema pulmonar, é importante considerar a fisiopatologia
aumento da pressão presente, a depender se de origem cardiogênica ou não cardiogênica.
hidrostática do capilar O edema pulmonar não cardiogênico está associado ao aumento do lí-
pulmonar (>18mmHg), e quido no interstício pulmonar por alteração da permeabilidade do capilar
o edema pulmonar não pulmonar; são exemplos dessa condição o edema pulmonar na síndrome
cardiogênico apresenta do desconforto respiratório agudo e o edema pulmonar das grandes al-
titudes. Nessas situações, a pressão hidrostática do capilar pulmonar en-
pressão hidrostática do
contra-se normal (abaixo de 18mmHg), e não há hipertensão pulmonar.
capilar pulmonar normal
(<18mmHg), sendo o No edema pulmonar cardiogênico, o mecanismo principal fisiopato-
mecanismo principal a lógico é a ação da pressão hidrostática capilar elevada (hipertensão
pulmonar >18mmHg), que determina o aumento do edema intersticial
alteração da permea- pulmonar, como na insuficiência cardíaca descompensada e na insufi-
bilidade da membrana ciência mitral aguda do infarto do miocárdio.
alveolocapilar.
Neste capítulo, trataremos especificamente do edema agudo de pul-
mão cardiogênico.

Figura 1 - Diferenças na fisiopatologia dos edemas pulmonares cardio- Figura 2 - Edema “em asa de borboleta”, típico de
gênico e não cardiogênico edema agudo de pulmão
SIC CARDIOLOGIA VOL. 2 - REVALIDA
QUESTÕES E COMENTÁRIOS
Índice

QUESTÕES COMENTÁRIOS

Cap. 1 - Angina estável ....................................................171 Cap. 1 - Angina estável ................................................... 177

Cap. 2 - Diagnóstico diferencial da dor torácica .....171 Cap. 2 - Diagnóstico diferencial da dor torácica .... 177

Cap. 3 - Síndromes miocárdicas isquêmicas Cap. 3 - Síndromes miocárdicas isquêmicas


instáveis ...............................................................171 instáveis .............................................................. 177

Cap. 4 - Parada cardiorrespiratória ........................... 173 Cap. 4 - Parada cardiorrespiratória ...........................178

Cap. 5 - Insuficiência cardíaca ...................................... 173 Cap. 5 - Insuficiência cardíaca ...................................... 179

Cap. 6 - Edema agudo pulmonar................................. 174 Cap. 6 - Edema agudo pulmonar.................................179

Cap. 7 - Valvulopatias ..................................................... 175 Cap. 7 - Valvulopatias .................................................... 180

Cap. 8 - Miocardites ........................................................ 175 Cap. 8 - Miocardites ....................................................... 180

Cap. 9 - Doenças do pericárdio.................................... 175 Cap. 9 - Doenças do pericárdio.................................... 181

As questões INEP e UFMT, que compõem a maior parte dos testes


utilizados neste volume, foram extraídas de provas de revalidação. Por
isso, nos casos de temas ainda não abordados ou pouco explorados nas
provas do Revalida, selecionamos questões de Residência Médica como
complemento de estudo.
Questões

Cardiologia Questões
Cardiologia

Angina estável Diagnóstico diferencial da dor torácica

2011 - INEP - REVALIDA 2016 - UNITAU


1. Uma mulher de 58 anos, diabética, é admitida no pronto- 3. Um homem de 50 anos foi admitido no pronto atendi-
-socorro com dor precordial opressiva, intensa, irradiada mento com relato de dor torácica súbita, de leve intensi-
para membro superior esquerdo há 40 minutos, associada dade, em aperto, iniciado a 15 minutos de sua admissão.
a sudorese fria e sensação de morte iminente. Durante o Após rápida coleta de enzimas de injúria miocárdica, seu
exame clínico, encontra-se em bom estado geral, eup- eletrocardiograma revelou corrente de lesão subepicár-
neica, com PA = 100x70mmHg, FC = 92bpm, FR = 20irpm. dica nas derivações D2, D3 e aVF. Ao exame físico, apre-
Pulmões limpos. Ritmo cardíaco regular, de 2 tempos, sentava PA = 160x80mmHg e FC = 100bpm. Em se tra-
sem sopros. Abdome flácido, sem visceromegalias, ruídos tando de infarto agudo do miocárdio, qual dos critérios
hidroaéreos presentes. Sem edemas de membros inferio- a seguir determina a reperfusão coronariana imediata?
res, panturrilhas livres. Fez uso de dinitrato de isossorbida a) característica da dor torácica
5mg sublingual, tendo cessado a dor. Eletrocardiograma b) achado eletrocardiográfico
realizado na admissão está normal. Qual é a recomendação c) nível de pressão arterial
para o acompanhamento dessa paciente? d) frequência cardíaca
a) acompanhamento ambulatorial, se troponina e CK- e) valores das enzimas cardíacas
-MB-massa colhidas na admissão estiverem normais
b) internação hospitalar, monitorização cardíaca contí- Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
nua, mesmo com troponina normal à admissão Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
c) acompanhamento ambulatorial especializado, com
cardiologista, se troponina colhida na admissão esti- 2016 - SANTA CASA-GO
ver normal 4. Um homem de 74 anos, hipertenso e tabagista, foi
d) internação hospitalar, monitorização cardíaca contí- admitido por dor torácica retroesternal de forte inten-
nua, se troponina colhida na admissão estiver elevada sidade, em pressão, há 1 hora. Ao exame clínico, obser-
e) internação hospitalar, sem monitorização cardíaca vam-se pulso = 100bpm, FR = 20irpm, PA = 180x100m-
contínua, se a troponina e CK-MB-massa colhidas na mHg no membro superior direito, pulsos assimétricos e
admissão estiverem normais bulhas cardíacas normofonéticas com sopro diastólico
em foco aórtico (3+/6+). Eletrocardiograma mostrou in-
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão farto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
segmento ST de parede inferior. Qual é a conduta farma-
2015 - UNESP cológica necessária ao paciente neste momento na sala
2. Uma mulher de 60 anos, dislipidêmica, com sobre- de emergência?
peso, há 2 meses iniciou atividade física. Desde então, a) betabloqueador intravenoso
refere que, após 30 minutos de caminhada, sente dor to- b) trombólise
rácica irradiada para o MSE, com duração de 5 minutos c) anticoagulação
e que cessa com repouso. Na 1ª consulta, foi medicada d) antiagregação plaquetária
com AAS, betabloqueador, estatina e isossorbida sub-
lingual, se necessário. Realizou, ainda, teste de esforço Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
positivo para isquemia coronariana. No retorno, referiu
melhora dos sintomas. Porém, ao subir uma ladeira,
apresentou a mesma dor. Ao exame físico, apresentou
PA = 130x80mmHg, FC = 80bpm e restante sem altera- Síndromes miocárdicas isquêmicas instáveis
ções. A próxima conduta é:
a) otimizar betabloqueador
b) solicitar cateterismo cardíaco 2016 - INEP - REVALIDA
c) prescrever nitrato VO, 2x/d 5. Um homem de 52 anos, hipertenso, em uso de anlodi-
d) associar clopidogrel pino, procura a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
com dor torácica anterior esquerda, irradiando para o
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão epigástrio, em aperto, de intensidade 8/10, com início
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder súbito há cerca de 1 hora, após refeição. Ao exame, en-
Comentários

Cardiologia Comentários
Cardiologia

b) Correta. O achado de supradesnivelamento de segmen-


to ST presente configurando comprometimento de uma
Angina estável
das paredes cardíacas define infarto agudo do miocárdio
com supra, sendo a conduta imediata a reperfusão mio-
cárdica, por angioplastia ou pelo uso de trombolítico.
Questão 1. Dor precordial típica, sudorese fria e sensação
c) Incorreta. A pressão arterial não define se iremos ou
de morte iminente em paciente acima de 50 anos e dia-
bética devemos estar atentos a possibilidade de corona- não realizar reperfusão imediata. Esta, neste contexto,
riopatia. A despeito do eletrocardiograma normal a curva é fundamentalmente um parâmetro hemodinâmico im-
enzimática deve ser acompanhada mesmo se a 1ª dosagem portante.
enzimática for normal. Novo eletrocardiograma e nova do- d) Incorreta. Mesmo a presença de arritmia não define
sagem de enzimas devem ser realizadas nas 4 a 8 horas se- indicação de reperfusão coronariana.
guintes. Devemos internar, monitorar e estar atento para e) Incorreta. Nesta opção, pode haver dúvida, mas de-
a possibilidade de coronariopatia aguda que necessite de vemos lembrar que o infarto agudo do miocárdio sem
intervenção. Caso durante as novas próximas avaliações supra também eleva a enzima cardíaca, e nesse caso não
apareça alteração sugestiva de isquemia miocárdica no há indicação de reperfusão imediata.
eletrocardiograma ou aumento de enzima cardíaca esta Gabarito = B
paciente deve ser internada em unidade coronariana, ini-
ciada terapia anti-isquêmica e antitrombótica. Questão 4. Analisando as alternativas:
Gabarito = B a) Correta. Dor torácica retroesternal, hipertensão no
membro superior direito com pulsos assimétricos e pre-
Questão 2. Analisando as alternativas: sença de sopro de insuficiência aórtica compõem um
a) Correta. A paciente apresenta FC = 80bpm, fato que quadro típico de dissecção aórtica. A diferença entre
possibilita o aumento da dose do betabloqueador. O alvo os membros superiores se dá pela dissecção da artéria
é uma FC em torno de 60bpm. Essa droga pode ajudar a subclávia. Mas e supra da parede inferior? Quando há
paciente, pois reduzirá a demanda miocárdica, podendo envolvimento do óstio coronariano, o infarto agudo do
reduzir os episódios de dor aos grandes esforços. miocárdio da parede inferior pode aparecer decorrente
b) Incorreta. A indicação de cateterismo, neste caso. da própria dissecção aórtica. Com isso, devemos tratar
seria angina com baixa resposta ao tratamento clínico. essa dissecção, sendo o tratamento indicado composto
Como a paciente refere melhora, não há neste momen- por betabloqueador e nitroprussiato de sódio.
to indicação de cateterismo (o famoso CAT). A dor aos b) Incorreta. A suspeita de dissecção aórtica contraindi-
grandes esforços pode ser manejada, otimizando-se a ca de forma absoluta a trombólise.
medicação já prescrita. c) Incorreta. Não há indicação de anticoagulação no mo-
c) Incorreta. A paciente melhorou da dor, não sendo ne- mento, pois estamos diante de dissecção aórtica.
cessário aumentar a dose de nitrato, e podemos deixar d) Incorreta. Não há indicação no momento de antia-
como medida SOS. gregante plaquetário, pois estamos diante de dissecção
d) Incorreta. A indicação de clopidogrel na paciente, nes- aórtica.
te momento, seria se ela apresentasse contraindicação/ Gabarito = A
alergia ao uso de AAS®.
Gabarito = A
Síndromes miocárdicas isquêmicas instáveis

Diagnóstico diferencial da dor torácica


Questão 5. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. O quadro é típico de Infarto Agudo do Mio-
Questão 3. Analisando as alternativas: cárdio (IAM), e o eletrocardiograma demonstra supra-
a) Incorreta. A característica da dor aponta para a pos- desnivelamento do segmento ST na parede inferior (D2,
sibilidade de síndrome coronariana aguda, porém a dor D3 e aVF). Foi realizada trombólise devido à dificuldade
não define conduta. de conseguir angioplastia. São drogas de rotina pós-IAM

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