Você está na página 1de 17

Garantia da Qualidade em química clínica

Dosagem de Alumínio Sérico

Dra. Paula Távora

Declaração de Conflitos de Interesse

• Nada a declarar.
O Metal - Alumínio
• O alumínio
al mínio é um
m metal le
leve,
e macio porém resistente
resistente,
de aspecto cinza prateado e fosco, devido à fina
camada de oxidação que se forma rapidamente
quando exposto ao ar. Descoberto em 1809.

• O Alumínio é um dos elementos mais abundantes na


crosta terrestre na forma de óxido de alumínio (Al2O3).

• O alumínio puro é muito maleável e adequado para a


mecanização e para a fundição, além de ter uma
excelente resistência à corrosão e durabilidade devido
à camada pprotetora de óxido.

• Por ser um bom condutor de calor, é muito utilizado em


panelas de cozinha.
Alumínio: Útil e Mortal???
• Na Itália, famosa por seus restaurantes, é proibido de usar panelas
de alumínio por determinação do governo italiano.

• É que as panelas
l d de alumínio
l í i contaminam
i a comida
id iintensamente.

• Pesquisa da Universidade do Paraná demonstrou que as panelas


vendidas no Brasil deixam resíduos de alumínio nos alimentos que
vão de 700 a 1.400 vezes acima do permitido ao preparar a comida.

• Se esta ficar guardada na panela por algumas horas, ou de um dia


para o outro,
t estet valor
l poded ttriplicar
i li ou quintuplicar.
i t li

• Esse metal tem espantosa versatilidade, sendo utilizado em muitas


ligas metálicas
metálicas.

• Depois do aço, é o metal mais usado no mundo:


– p
panelas,, embalagens
g aluminizadas,, latas de refrigerantes
g e
cervejas, antiácidos e desodorantes antitranspirantes, assim
como vasilhames para cães e gatos.
Características do alumínio

• Em condições normais, a principal fonte de alumínio


para o organismo
i h
humano é a didieta,
t seguindo-se
i d a
inalação de partículas de pó deste metal.

• Alimentos preparados em utensílios de alumínio não


parecem representar uma importante fonte de
contaminação,
t i ã a menos que estes
t alimentos
li t sejam
j
ácidos e o tempo de preparo muito longo.

• Estudos recentes mostram que apenas uma pequena


fração do alumínio ingerido é absorvido pelo trato
gastrointestinal.
i i l
Alumínio
u o e Renal
e a CCrônico
ô co
• Sob condições fisiológicas, a dieta habitual fornece de 5 a 10 mg de
alumínio por dia, que são, quase totalmente, eliminados por filtração
glomerular renal.
renal

• Naqueles indivíduos em que a função renal está prejudicada e se


encontram em terapia substitutiva ou hemodiálise e diálise
peritoneal
it l a exposição
i ã ou ingestão
i tã por muito it tempo
t d alumínio
do l í i
em concentrações altas pode levar a sérios problemas de saúde.
saúde.

• Nestes
Nestes, a falha da depuração renal
renal, associada a
medicamentos e líquidos usados na diálise contendo Al,
podem acarretar:

– encefalopatia
– doença óssea não responsiva à vitamina D
– anemia microcítica
Importância
po tâ c a C
Clínica
ca

• A principal utilização da dosagem do Al encontra-se nos


pacientes com insuficiência renal crônica (IRC)
(IRC).

• As manifestações da doença óssea e da encenfalopatia


ocorrem após meses de diálise,
diálise tendo como sinais e
sintomas: fraqueza, dor muscular e óssea, fraturas,
perda de memória, distúrbios da fala, tremores, tiques
mioclônicos,, demência,, sonolência e convulsões.

• Trabalhadores expostos ao Al podem desenvolver


fibrose p
pulmonar. São descritos associações
ç entre
exposição ao Al e maior incidência de neoplasias de
pulmão, bexiga, e esclerose lateral amiotrófica.
Legislação
eg s ação
• Portaria nº 82, de 3 de Janeiro de 2000
• Portaria nº 154, de 24 de Junho de 2004

– Controle da concentração sérica do Al em pacientes submetidos


ao tratamento hemodialítico.

– Determinação sérica de Al, a cada ano.

– Se o valor do Al menor que 30 mcg/l, manter exames anuais.

– Se o valor for igual ou maior à 30 mcg/l, realizar o Teste de


mobilização com Desferroxamina (DFO), realizando dosagem
do Al a cada dois meses.

– Se a diferença entre as duas dosagens de Al sérico for menor


que 50 mcg/l, manter exame anual.

– Se > 50 mcg/l, deve ser realizada biópsia óssea e tratamento


com Desferoxamina.
Garantia da Qualidade
D
Dosagem e Al
Alumínio
í i Sérico
Sé i

“ Compreende técnicas e atividades


operacionais que se destinam a
monitorar um processo e eliminar causas
de desempenho insatisfatório em todas as
etapas para atingir a eficácia econômica”
NBR ISO 8402/1994
Gestão da Fase Pré-analítica

• Geralmente este exame é


referenciado a laboratório de apoio.
• Selecionar
S l i o laboratório
l b tó i –
Especializado
Reblas/Certificação

• Ter procedimentos para receber o


material de coleta e treinamento das
instruçoes de coleta –
“CRÍTICO”
Gestão da Fase Pré-analítica

Informar obrigatoriamente

• tratamento com medicamento à base de alumínio ex:


antiácidos, vacinas recentemente administradas.

• História de insuficiência renal crônica


crônica,

• Tratamento de hemodiálise.

Atenção: Lembrar que o alumínio é um elemento


abundante e precauções especiais deverão ser
tomadas para evitar possível contaminação da amostra.
Gestão da Fase Pré-analítica
• Tubos
T b adequados
d d – seco e livres
li d
de
metal
• Sempre colher a vácuo.
vácuo
• Identificação do paciente, requisitante,
amostra data e hora da coleta.
amostra, coleta
• Muita atenção na coleta em serviços
de hemodiálise – Coleta feita pela
enfermagem. Evitar o braço da fístula.
• Não utilize luvas de látex para p
manipular amostras e materiais para
análises de elementos em baixas
concentrações.
concentrações
Momento certo de colher !!
“ 60 minutos após início da Diálise”
Gestão da Fase Pré-analítica

• Separar o material e transferir para o


t b plástico
tubo lá ti desmineralizado
d i li d próprio
ó i
para o transporte da amostra.
• A manipulação da amostra deve ser
realizada com luvas de plástico sem
talco siliconizada.
• Caso seja necessária mais de uma
amostra para outro exame, o tubo
“Trace” deve ser coletado
primeiramente
• A coleta não deve ser realizada por
meio de tubo com gel separador.
Gestão da Fase Pré-analítica

• Separar o material e transferir para o


t b plástico
tubo lá ti desmineralizado
d i li d próprio
ó i
para o transporte da amostra.
• A manipulação da amostra deve ser
realizada com luvas de plástico sem
talco siliconizada.
• Caso seja necessária mais de uma
amostra para outro exame, o tubo
“Trace” deve ser coletado
primeiramente
• A coleta não deve ser realizada por
meio de tubo com gel separador.
Garantia da Qualidade
D
Dosagem e Al
Alumínio
í i Sé
Sérico
i

• A transferência do soro ao tubo plástico de transporte é


crítica não devendo ser utilizado pipetas.

• Realizar transferência tubo a tubo.

• Deve ser executada de forma rápida em bancada


previamente limpa, sem poeiras e que não teve contato
com vidrarias,, metais,, borrachas,, alguns
g tipos
p de plástico
p
(polietileno).

• Enviar tubo de transporte separadamente refrigerado ou


temperatura ambiente até 8 horas.
Comentários
Co e tá os e Co
Conclusões
c usões

• É um exame problemático?

• Sua utilidade clínica!

• N
Naqueles
l i di íd
indivíduos em que a função
f ã
renal está prejudicada e se encontram em
terapia substitutiva ou hemodiálise e
diálise peritoneal –
“Atenção
Atenção redobrada na fase pré analítica
analítica”
Comentários
Co e tá os e Co
Conclusões
c usões

• Laboratório de apoio – Avaliação de


fornecedor

• Repetições de resultados alterados nem


sempre são esclarecedoras.

• Cuidados pré- analíticos representam 85%


do sucesso analítico.
Muito Obrigada !

paula@vacsim.com.br

Você também pode gostar