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confiáveis.
Normas IFS
Fraude no Alimento
Diretrizes para implementação
PORTUGUÊS
IFS gostaria de agradecer a todos os membros dos grupos de trabalho nacionais,
ao comitê técnico internacional, à equipe e especialistas IFS que participaram
ativamente na concepção e revisão destas diretrizes.
Introdução 5
1 Termos e definições 7
Anexos 30
Anexo 1
Exemplo IFS Alimentos versão 6.1 – Avaliação da vulnerabilidade,
desenvolvimento do Plano de redução e revisão do Plano de redução 31
Anexo 2
Exemplo IFS PACsecure versão 1.1 – Avaliação da vulnerabilidade,
desenvolvimento do Plano de redução e revisão do Plano de redução 40
Anexo 3
O auditor pergunta e documentação 47
Anexo 4
Referências 49
Abatedouro
BROKER
Abatedouro
BROKER
Introdução
Fraude no produto abrange uma ampla gama de atos deliberadamente perpetrados relacionados com
o alimento e embalagens de alimentos, sendo que todos os atos têm motivação econômica com sérias
consequências para consumidores e empresas.
O ato fraudulento mais sério é a adulteração intencional economicamente motivada (AEM) de alimentos
e embalagens com risco elevado para a saúde do consumidor. O exemplo da adulteração de formulações
infantis e leite com melamina em 2008, serve para mostrar à indústria alimentícia quão vulneráveis são
estes sistemas ao longo da cadeia de suprimento e demonstrar a total falta de consideração pela saúde
humana por parte dos fraudadores.
Fraude em produtos não é uma forma de crime recente. Existem incidentes bem documentados datando
de várias centenas de anos atrás, que foram os principais motivadores para a elaboração e implemen-
tação da legislação de alimentos. O escândalo da carne de cavalo na Europa em 2013, deu à fraude nos
alimentos maior visibilidade e expôs as deficiências até de algumas das maiores empresas do ramo de
alimentos, além de realçar os desafios sem precedentes que a indústria de alimentos enfrenta para manter
a integridade e segurança de sua cadeia de suprimento ao mesmo tempo em que a mesma se torna mais
complexa e globalizada. Dependendo da fonte de informação, estima-se que fraudes nos alimentos custam
às indústrias alimentícias, mundialmente, entre US$20 a U$50 bilhões por ano.
Em adição às exigências legais que foram promulgadas com a finalidade de prevenir a fraude do produto e
atividades de fiscalização subsequentes tanto nacional- como internacionalmente, organismos da indústria
como a Iniciativa Global para a Segurança dos Alimentos (GFSI – Global Food Safety Initiative) incentivaram
esquemas relativos à segurança dos alimentos como as Normas IFS, a introduzir e implementar sistemas
voltados para a redução do risco de fraude nos alimentos.
A fraude no produto pode ocorrer em qualquer ponto ao longo da cadeia de suprimento de alimentos.
Portanto, as Normas IFS (IFS Alimentos v.6.1, IFS PACsecure v. 1.1 e IFS Logística v. 2.2) incorporaram medi-
das para a redução da fraude no produto para atender os requisitos do documento v. 7.1 de benchmarking
da GFSI.
Estas diretrizes foram desenvolvidas para ajudar os usuários das Normas IFS a compreenderem a intenção
dos requisitos IFS relativos à fraude no produto e entenderem como práticas podem ser aplicadas para
atender estes requisitos em relação ao escopo de uma norma específica.
Fraude no produto
A substituição deliberada e intencional, a alteração de rotulagem e adulteração ou falsificação
de alimentos, matérias-primas ou embalagens colocadas no mercado com a finalidade de ganho
econômico. Esta definição também se aplica a processos terceirizados.
Notar que o método para avaliação do risco pode variar de empresa para empresa. Recomenda-se
que, sempre que possível, a empresa utilize a metodologia de avaliação de risco com a qual está
mais familiarizada e/ou sente-se mais confortável. O resultado da avaliação de risco quantitativa
tipicamente é uma estimativa “numérica” ou “de nível”, que pode então ser utilizada para decidir
sobre o nível adequado de monitoramento e medidas de controle a serem implementadas para
reduzir atos fraudulentos contra a empresa. Reafirma-se que a IFS não prescreve uma metodo-
logia específica para a avaliação do risco.
Apesar da variedade de metodologias para a avaliação de risco, existem critérios que devem sem-
pre ser considerados quanto às vulnerabilidades do produto em relação à fraudes. Estes critérios
são específicos para identificar eventual exposição do produto à fraude e diferem consideravel-
mente dos critérios relacionados com segurança e defesa do produto.
Estas diretrizes foram desenhadas para ajudar os usuários das Normas IFS a entenderem o con-
ceito de gestão de risco relacionado com ameaças de fraude no produto e de que maneira as
avaliações de vulnerabilidade constituem-se em parte integrante do processo de gestão de risco.
A gestão de risco inclui o planejamento, a identificação do risco, a análise qualitativa e quantita-
tiva de riscos, planejamento de respostas ao risco, monitoramento e controle destas respostas.
(Referência Figura 1).
A aplicação de gestão de risco em relação à fraude nos alimentos é exemplificada na Figura 2
abaixo.
FIGURA 1
Avaliação de risco
Estabelecer a equipe
de avaliação de risco
Identificação
do risco
Revisão e melhoria
Avaliação do risco
do processo
Implementação
e monitoramento Planejamento da
dos controles resposta ao risco
Elaborar a
Revisar e melhorar o avaliação da
Plano de redução de vulnerabilidade do
fraude no produto produto quanto
à fraude
Implementar o
monitoramento das
medidas de controle Desenvolver o
conforme o Plano de Plano de redução de
redução de fraude no fraude no produto
produto
No caso das Normas IFS, os princípios de avaliação de risco devem ser seguidos e aplicados no
desenvolvimento do Plano de redução de fraude no produto.
O desenvolvimento do Plano de redução de fraude no produto segue uma série de etapas, a saber:
• Identificação de potenciais atividades de fraude no produto, utilizando fontes de dados conhe-
cidas e confiáveis;
• Avaliação do nível de risco, tanto do produto como das fontes de suprimento por meio da exe-
cução de uma avaliação de vulnerabilidade do produto quanto à fraude;
• Avaliação quanto à necessidade de medidas de controle adicionais;
• Utilização da avaliação de vulnerabilidade do produto quanto à fraude para desenvolver o Pla-
no de redução de fraude no produto;
• Implementação do monitoramento e das medidas de controle definidas no Plano de redução
de fraude no produto;
• A avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude e o Plano de redução de fraude no
produto devem ser revisados anualmente, ou sempre que houver aumento de risco determina-
do por mudanças nos critérios de risco definidos.
É importante lembrar que a eficácia do desenvolvimento e manutenção de qualquer Plano de
redução de fraude no produto depende dos dados disponíveis para a avaliação e da competência
dos membros da equipe de avaliação de fraude no produto. Levou-se em consideração nestas
diretrizes que os escopos de cada norma variam quanto à sua especialidade técnica e comercial
e que os membros de cada Equipe de avaliação de fraude no produto também podem não ser os
mesmos. Exemplos disso são gestores técnicos, analistas, tecnólogos de embalagens, gestores de
compra, e gestores da cadeia de suprimento/logística.
Nas seções destas diretrizes, orientações gerais foram desenvolvidas para cada norma e exemplos
específicos foram incorporados em cada seção ou em um anexo:
• IFS Alimentos v. 6.1 (anexo 1)
• IFS PACsecure v. 1.1 (anexo 2)
• IFS Logística v. 2.2 (seção 5)
POR QUE
Para executar uma avaliação de vulnerabilidade eficaz a Equipe de avaliação de fraude no produto
deve identificar as fontes de informação e de dados relacionados com fatores de risco que serão
usados na avaliação da vulnerabilidade. As fontes de dados devem ser documentadas, bem como
a frequência na qual esses dados devem ser avaliados e por quem. Por exemplo, dados do comér-
cio como preço e disponibilidade do produto, devem ser de responsabilidade dos membros do
departamento de compras na Equipe, enquanto que dados técnicos como relatórios de atividades
fraudulentas e desenvolvimentos nas metodologias de detecção devem ser de responsabilidade
dos membros das áreas técnicas na Equipe.
COMO
A informação e fontes de dados usados para avaliar o potencial de fraude no produto e outras
informações relacionadas devem ser pesquisadas e, uma vez acordadas, devem ser documenta-
das antes da avaliação da vulnerabilidade. A informação inicial a ser coletada sempre deve ser
uma lista exaustiva de todos os produtos (matérias-primas, ingredientes e embalagens) e dos
respectivos fornecedores. Onde um processo é terceirizado, o fornecedor correspondente deve
ser identificado. A responsabilidade pela revisão destas fontes de dados deve ser documentada.
Novas fontes sempre devem ser consideradas para inclusão na lista de fontes de dados.
POR QUE
Uma avaliação de fraude no produto sistemática e documentada identificará o risco de possível
atividade fraudulenta ao longo da cadeia de suprimento. Como uma fraude pode tomar a forma
de uma substituição, adulteração, rotulagem enganosa ou falsificação deliberada e intencional, a
avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude deve ser executada para matérias-primas,
ingredientes, embalagens e os próprios alimentos (incluindo processos/produtos terceirizados). A
avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude, se corretamente executada, identificará
as fraquesas potenciais ao longo da cadeia de suprimento que devem ser abordadas no Plano de
redução de fraudes no produto para minimizar o risco de fraude.
Uma fraude no produto pode resultar em consequências significativas para a segurança do con-
sumidor, afetar a lucratividade da empresa e potencialmente prejudicar a reputação da empresa.
FIGURA 3
Exemplo típico de uma matriz de risco quadrática
Muito provável
Provável
Probabilidade
Bem possível
Possível
Improvável
Impacto
FIGURA 4
Exemplo de uma matriz do risco de vulnerabilidade do produto com classificação de risco considerando os
eixos probabilidade de ocorrência e probabilidade de detecção atual
Muito provável
5 Médio Médio Alto Alto Alto
Probabilidade de ocorrência
Provável
4 Baixo Médio Médio Alto Alto
Bem possível
3 Baixo Baixo Médio Médio Alto
FIGURA 5
Exemplo de uma matriz de risco de vulnerabilidade do produto com classificação do risco pontuado para
probabilidade de ocorrência e probabilidade de detecção nos eixos e classificação do produto dentro da
matriz
Facilidade para atividade • Natureza física do produto (líquido, em pó, pedaços moídos,
fraudulenta integral)
• Custo e complexidade do processo de fraudação (localização,
maquinário para processamento, custo da embalagem, custo
da distribuição)
• Colaboradores envolvidos na atividade de fraudação (número,
facilidade de ocultação, número de localizações)
• Formatos das embalagens (embalagem da matéria-prima e
adulterante)
CONDIMENTOS E VEGETAIS
PIMENTÕES VERMELHOS: Espanha, África do Sul,
México, Turquia
PIMENTA: México, Espanha, China
MILHO VERDE: Espanha, EUA, Israel
QUEIJO MUSSARELA PEPINOS: Polônia, Hungria
Dinamarca, Alemanha, Itália, França
CHAMPIGNON: Irlanda, Holanda, Polônia, França
Probabi- Fatores • Preço (quanto mais alta a margem de lucro, tanto maior o risco)
lidade de econômicos • Disponibilidade do produto (quanto mais baixa a disponibilidade,
ocorrência tanto maior o risco)
• Disponibilidade do adulterante (quanto maior a disponibilidade e
menor o preço do adulterante, tanto maior o risco)
• Custo tarifário (quanto mais alto o custo tarifário, tanto maior o risco)
• Flutuação de preço (a frequência e nível da flutuação são determi-
nantes para o risco))
EProbabi- Facilidade • Natureza física do produto (líquidos são os produtos de mais alto risco
lidade de de atividade e mistura de componentes individuais, p.ex. peixes inteiros, são os
ocorrência fraudulenta produtos com o menor risco)
• Custo e complexidade do processo de fraudação (quanto mais
complexo e caro o processo, tanto menor o risco)
• Envolvimento dos colaboradores na atividade de fraudação (quanto
maior envolvimento dos colaboradores, tanto menor o risco)
• Formato da embalagem – matéria-prima e adulterante (se o produto
está disponível sem marca e a granel, maior o risco; se o produto vem
pré-embalado, etiquetado/rotulado e deve ser desenbalado, menor
o risco)
Probabi- Complexidade • Origem geográfica (quanto maior a distância da fonte até a empresa,
lidade de da cadeia de tanto maior o risco)
detecção suprimento • Número de organizações longo da cadeia de suprimento
atual (quanto maior o número de organizações, tanto maior o risco)
• Tipos de organizações (quanto maior o número de fabricantes e
agentes ao longo da cadeia de suprimento, tanto maior o risco)
• Número de fábricas da organização fornecedora (quanto maior o
número de unidades fabricantes numa organização fornecedora,
tanto maior o risco)
Histórico da empresa • Tempo de negócios entre as empresas (quanto mais longo o tempo de
negócios entre o fornecedor e a empresa, tanto menor o risco)
• Boa história de negócios, p.ex. sem disputas, sem problemas comerciais
ou técnicos (quanto melhor o histórico de relacionamento entre fornece-
dor e emprsa, tanto menor o risco)
Ética empresarial e do país • Nível de corrupção no país do fornecedor (quanto mais alto o
nível de corrupção, tanto mais alto o risco)
• Condições de trabalho éticas (quanto mais pobres as condições
de trabalho ético no país do fornecedor, tanto maior o risco)
• Condições ambientais (quanto mais pobres as condições a
mbientais no país do fornecedor, tanto maior o risco)
O risco do fornecedor, da mesma forma como o risco do produto pode ser graduado dependendo
da confiança no fornecedor que a empresa tem. É baseada em fatores e subfatores de risco defi-
nidos na tabela acima.
Por exemplo:
Critérios para medidas de controle
Existem vários exemplos de critérios que também devem ser considerados ao avaliar a eficácia de
medidas de controle:
Medidas de controle Critérios a serem considerados
Certificados de análise • Emitidos por laboratório acreditado / não acreditado (certificado emitido por
laboratório acreditado, menor o risco)
• Certificado relativo ao lote entregue / código do lote produzido (se o certificado
é específico para o lote, menor o risco)
Auditoria técnica de pri- • Auditoria realizada por pessoal próprio (quanto mais competente o colaborador,
meira parte tanto menor o risco)
• Frequência e escopo da auditoria (quanto mais frequente a auditoria e consistente
o escopo, tanto menor o risco)
Certificação da cadeia de • Organismo de certificação acreditado e norma conhecida e autenticada (um orga-
custódia nismo de certificação acreditado caracteriza menor risco)
• Organismo de certificação não acreditado e norma conhecida e autenticada (um
organismo não acreditado caracteriza maior risco)
• Relatório de auditoria e certificado (um relatório detalhado e certificado correspon-
dente caracterizam menor risco)
• Certificado (certificado sem relatório caracteriza maior risco))
Análise de balanço de • Análise do balanço de massa como parte da certificação da auditoria técnica ou
massa da auditoria de cadeia de custódia (análise executada de acordo com o processo
de certificação caracteriza menor risco)
• Análise extraordinária de balanço de massa (análise extraordinária realizada sob
controle da empresa caracteriza menor risco)
• Frequência e escopo da análise (quanto mais frequente e consistente o escopo,
tanto menor o risco)
• Relatório (um relatório detalhado caracteriza menor risco)
COMO
Os membros da Equipe de avaliação de fraudes no produto devem ter acesso aos dados e infor-
mações apropriadas relativas aos fatores de risco utilizados para a avaliação da vulnerabilidade.
A elaboração do Plano de redução de fraudes no produto inicial deve ser considerada como
uma “foto do momento” e deve-se reconhecer que fatores de risco mudam numa indústria tão
dinâmica como a indústria de alimentos. Isto significa que deve ser considerada a necessidade
de reavaliar produtos individuais (e os fornecedores destes produtos), e avaliações de risco caso
exista a possibilidade de alterações no risco geral relativo à possível fraude no alimento.
A Equipe de avaliação de fraudes no produto deve revisar a avaliação de vulnerabilidade do pro-
duto quanto à fraude quando ocorrerem mudanças significativas. Na lista abaixo encontram-se as
mudanças tidas como significativas e que levam a Equipe a revisar a avaliação de vulnerabilidade:
• mudança no fornecimento de matérias-primas, p.ex. novo fornecedor
• mudança na gestão ou situação financeira do fornecedor
• mudança de custo de matéria(s)-prima(s)
• mudança que afeta o custo do produto acabado, p.ex. aumento de tarifas, custo de transporte
• mudança na cadeia de suprimento, p.ex. fornecedores adicionais, tipo de fornecedor
• mudança na disponibilidade da matéria-prima, p.ex. escassez sazonal, baixa qualidade
• evidência de fraude encontrada através de medida de controle como análise laboratorial
• evidência de aumento de reclamações por parte de clientes ou consumidores relacionadas
com possível fraude, p.ex. baixa qualidade ou não consistente
• emergência de um recém identificado novo adulterante
• desenvolvimento de informação científica relativa ao processo, ao produto ou identificação
analítica
COMO
Os membros da Equipe de avaliação de fraudes no produto devem ter acesso aos dados e infor-
mações apropriadas relativas aos fatores de risco utilizados para a avaliação da vulnerabilidade, o
que permitirá a realização de avaliações de vulnerabilidade eficazes.
Conforme a primeira parte deste requisito, os membros da Equipe devem revisar dados e informa-
ções regularmente quanto a mudanças significativas. Contudo, todas as matérias-primas, ingre-
dientes, materiais de embalagem e processos terceirizados devem ser revisados por meio de uma
avaliação completa da vulnerabilidade pelo menos anualmente. A Equipe de avaliação de fraudes
no produto deve utilizar a mesma metodologia para a avaliação da vulnerabilidade, porém deve
consultar fontes de dados e informações para avaliar se as novas fontes de dados e informações
são apropriadas.
As avaliações de vulnerabilidade completas devem ser documentadas e datadas de acordo com
os requisitos de controle de documentação da empresa.
COMO
Quando a Equipe de avaliação de fraudes no produto realiza a completa avaliação de vulnerabi-
lidade anual ou avaliações de vulnerabilidade intermediárias de matérias-primas, ingredientes,
materiais de embalagem ou processos terceirizados individuais, a necessidade de também revisar
a eficácia da medidas de controle definidas no contexto do Plano de redução de fraudes no pro-
duto também é dada.
A Equipe de avaliação de fraudes no produto deve utilizar a mesma metodologia usada para
o desenvolvimento do Plano de redução de fraudes no produto, mas deve revisar as decisões
relativas às medidas de controle. Se existirem mudanças nas medidas de controle vigentes, estas
devem ser implementadas o mais rapidamente possível.
Quaisquer mudanças no Plano de redução de fraudes no produto devem ser documentadas e
datadas de acordo com os requisitos de controle de documentação da empresa.
POR QUE
Uma análise e avaliação de perigos identificará o risco de possível atividade de fraudes no con-
texto da cadeia de suprimento logístico. Como a fraude pode ser a substituição deliberada e
intencional, a análise de perigos deve ser realizada para matérias-primas, ingredientes, materiais
de embalagem de alimentos e alimentos na cadeia de suprimento logístico. A análise de perigos,
se corretamente executada, identificará potenciais fraquesas na cadeia de suprimento logístico
que devem ser abordadas pelas medidas de controle para redução do risco.
Anexo 1
Exemplo para IFS Alimentos v. 6.1 - Avaliação da vulnerabilidade, desenvolvimento do
Plano de redução e revisão do Plano de redução
Anexo 2
Exemplo para IFS PACsecure v. 1.1 - Avaliação da vulnerabilidade, desenvolvimento do
Plano de redução e revisão do Plano de redução
Anexo 3
O auditor pergunta e documentação
Anexo 4
Referências
• Extrato de tomate
A Equipe de avaliação de fraudes no produto atribuirá uma pontuação, por consenso, para cada
fator de risco, através da avaliação dos fatores de risco e critérios em questão. Isso, por sua vez,
confirmará a posição do produto na matriz de risco de vulnerabilidade do produto. (Tabelas de
referência na seção 4.3).
O risco geral total do produto geral pode ser classificado e atribuído para cada produto / processo
através da multiplicação da pontuação de probabilidade de ocorrência pela pontuação da proba-
bilidade de detecção atual. Assim se obtém a posição do produto / processo na matriz de risco de
vulnerabilidade do produto.
5
5 5
(Muito provável)
4
4
(Provável)
3
(Bem possível)
2
2
(Possível)
1
(Improvável)
Baixo risco de
ocorrência
Alto risco atual de não Complexidade Medidas de controle Pontuação mais alta
ser detectado da cadeia de vigentes atribuída
fornecimento
5
(Improvável)
4
(Possível)
3
3 3
(Bem possível)
2
2
(Provável)
1
(Muito provável)
5
(Muito provável)
4
(Provável)
3
(Bem possível)
2
(Possível) 2 2 2 2
1
(Improvável)
Baixo risco de
ocorrência
Alto risco atual de não Complexidade Medidas de controle Pontuação mais alta
ser detectado da cadeia de vigentes atribuída
fornecimento
5
(Improvável)
4
(Possível)
3
(Bem possível)
2
(Provável) 2 2
1
(Muito provável) 1
5
(Muito provável)
4
(Provável)
3
(Bem possível)
2
(Possível) 2 2
1
(Improvável) 1 1
Baixo risco de
ocorrência
Probabilidade de detecção atual – Tampas pré-impressas para bandejas de papelão tipo Kraft
Alto risco atual de não Complexidade Medidas de controle Pontuação mais alta
ser detectado da cadeia de vigentes atribuída
fornecimento
5
(Improvável)
4
(Possível)
3
(Bem possível)
2
(Provável)
1
(Muito provável) 1 1 1
Pontuação geral de risco do produto para Tampas pré-impressas para bandejas de papelão
tipo Kraft = 2
Probabilidade de ocorrência (Mais alta pontuação atribuída) x Probabilidade de detecção atual
(Mais alta pontuação atribuída)
Probabilidade de ocorrência 2 x Probabilidade de detecção atual 1 = 2
5
(Muito provável) 5 5
4
(Provável)
3
(Bem possível) 3 3
2
(Possível)
1
(Improvável)
Baixo risco de
ocorrência
Alto risco atual de não Complexidade Medidas de controle Pontuação mais alta
ser detectado da cadeia de vigentes atribuída
fornecimento
5
(Improvável)
4
4 4
(Possível)
3
(Bem possível)
2
2
(Provável)
1
(Muito provável)
• Quando uma matéria-prima como extrato de tomate tem a classificação ”possível” para pro-
babilidade de ocorrência e a classificação “provável” para probabilidade de detecção atual, a
classificação de risco geral na matriz será na área de baixo risco da matriz.
• Quando material de embalagem como tampa pré-impressa para bandejas de papelão tipo Kra-
ft tem uma classificação “possível” para probabilidade de ocorrência e uma classificação “muito
provável” para probabilidade de detecção atual, a classificação geral na matriz será na área de
baixo risco da matriz.
virgem
Provável
4
Bem possível
3
Possível Extrato de
2 tomate
Improvável
1
Provável
4
Bem possível
3
Possível Tampa da
2 bandeja
Improvável
1
• Extrato de tomate: espera-se que as medidas de controle vigentes sejam revisadas quanto à eficá-
cia e decisões tomadas.
• Tampas pré-impressas para bandejas de papelão tipo Kraft: espera-se que as medidas de controle
vigentes sejam revisadas quanto à eficácia e decisões tomadas.
Matéria-prima, Fornece- Pontuação Pontua ção Pontuação Classificação Decisão da Medidas de controle
ingrediente, material dor de risco do de risco do de risco da medida Equipe
de embalagem, produto fornece dor geral de controle
alimento e processos vigente
terceirizados
Azeite de oliva Manter Manter as medidas de
extra virgem fornecedor controle. Programa de análise
W 15 1 15 Média
do produto – 2 análises por
ano
Azeite de oliva Manter Aumentar programa de
extra virgem X 15 2 30 Média fornecedor análise do produto para 4
análises por ano
Azeite de oliva Manter Aumentar programa de
extra virgem Y 15 2 30 Média fornecedor análise do produto para 4
análises por ano
(*) – PEFC: Programme for the Endorsement of Forest Certification (Programa para a aprovação da certificação florestal)
Matéria-prima, Fornecedor Pontuação Pontua ção Pontuação Classificação Decisão da Medidas de controle
ingrediente, material de risco do de risco do de risco da medida Equipe
de embalagem, produto fornece dor geral de controle
alimento e proces- vigente
sos terceirizados
Azeite de oliva Manter Manter as medidas de controle.
extra virgem W 15 1 15 Média fornecedor Programa de análise do produto – 2
análises por ano
Azeite de oliva Manter Identificados problemas na região
extra virgem fornecedor do fornecimento. Aumentar
X 15 2 30 Média
programa de análise do produto
análises por 6 ano
Azeite de oliva Manter Identificados problemas na região
extra virgem fornecedor do fornecimento. Aumentar
Y 15 2 30 Média
programa de análise do produto
análises por 6 ano
Azeite de oliva Considerar Se mantido, aumentar programa de
extra virgem descarte análise do produto para 8 análises
Z 15 4 60 Média por ano. Certificado de análise para
cada remessa
A Equipe de avaliação de fraudes no produto atribuirá uma pontuação, por consenso, para cada fator
de risco, através da avaliação dos fatores de risco e critérios em questão. Isso, por sua vez, confirmará a
posição do produto na matriz de risco de vulnerabilidade do produto. (Tabelas de referência na seção
4.3).
O risco geral do produto geral pode ser pontuado e atribuído para cada produto / processo através
da multiplicação da pontuação de probabilidade de ocorrência pela pontuação da probabilidade de
detecção atual. Assim se obtém a posição do produto / processo na matriz de risco de vulnerabilidade
do produto.
5
(Muito provável)
4
4 4
(Provável)
3
3
(Bem possível)
2
2
(Possível)
1
(Improvável)
Baixo risco de
ocorrência
Alto risco atual de não Complexidade Medidas de controle Pontuação mais alta
ser detectado da cadeia de vigentes atribuída
fornecimento
5
(Improvável)
4
(Possível)
3
(Bem possível) 3 3
2
(Provável) 2
1
(Muito provável)
5
(Muito provável)
4
(Provável)
3
(Bem possível)
2
2 2 2
(Possível)
1
1
(Improvável)
Baixo risco de
ocorrência
Alto risco atual de não Complexidade Medidas de controle Pontuação mais alta
ser detectado da cadeia de vigentes atribuída
fornecimento
5
(Improvável)
4
(Possível)
3
(Bem possível) 3 3
2
(Provável) 2
1
(Muito provável)
Pontuação geral de risco do produto para Base poliéster para filme de cobertura = 6
Probabilidade de ocorrência (Mais alta pontuação atribuída) x Probabilidade de detecção atual (Mais
alta pontuação atribuída)
Probabilidade de ocorrência 2 x Probabilidade de detecção atual 3 = 6
Filme adequado para vácuo e atmosfera modificada para a fabricação de sacos plásticos
Pontuação para probabilidade de ocorrência – Filme adequado para vácuo e atmosfera modificada para
a fabricação de sacos plásticos
4
(Provável)
3
3 3
(Bem possível)
2
2 2
(Possível)
1
(Improvável)
Baixo risco de
ocorrência
Alto risco atual de não Complexidade Medidas de controle Pontuação mais alta
ser detectado da cadeia de vigentes atribuída
fornecimento
5
(Improvável)
4
(Possível)
3
(Bem possível)
2
(Provável)
1
(Muito provável) 1 1 1
Pontuação geral de risco do produto para Filme adequado para vácuo e atmosfera modifi-
cada para a fabricação de sacos plásticos = 3
Probabilidade de ocorrência (Mais alta pontuação atribuída) x Probabilidade de detecção atual (Mais
alta pontuação atribuída)
Probabilidade de ocorrência 3 x Probabilidade de detecção atual 1 = 3
• Quando uma matéria-prima como Base poliéster tem uma classificação “provável” para probabilidade de
ocorrência e “bem possível” para probabilidade de detecção atual, a classificação de risco geral na matriz
de risco será na área de risco baixo.
• Quando uma embalagem como Filme adequado para vácuo e atmosfera modificada para fabricação de
sacos plásticos tem uma classificação “bem possível” para probabilidade de ocorrência e “muito prová-
vel” para probabilidade de detecção atual, a classificação de risco geral na matriz de risco será na área
de risco baixo.
Provável
4 Bandeja Kraft marc.
PEFC
Bem possível
3
Possível
2 Base poliéster
Improvável
1 Filme p/ vácuo e
AM
Assim sendo, a posição do produto / processo na Matriz de risco do produto determinará se ações preci-
sam ser tomadas para redução de qualquer risco possível quanto à atividade fraudulenta. Em relação aos
exemplos acima:
• Bandeja Kraft marcada PEFC: se as medidas de controle atuais não forem adequadas espera-se que
medidas de controle adicionais sejam consideradas e implementadas urgentemente.
• Base poliéster: espera-se que as medidas de controle atuais sejam revisadas quanto à eficácia e alguma
decisão tomada.
• Filme adequado para vácuo e atmosfera modificada: espera-se que as medidas de controle atuais se-
jam revisadas quanto à eficácia e alguma decisão tomada.
Seção 4.2
Perguntas que o auditor deve fazer e que a empresa deve ser capaz de responder:
• Quem são os membros da Equipe de avaliação de fraude no produto?
• Como foram treinados os membros da Equipe de avaliação de fraude no produto?
• As responsabilidades da Equipe de avaliação de fraude no produto estão claramente definidas?
• Como a direção da empresa apoia Equipe de avaliação de fraude no produto?
• Como são identificadas fontes de dados relacionadas com fraudes no produto?
• Existe uma lista das fontes de dados com informação sobre sua revisão e respectiva frequência?
• São utilizadas fontes de dados verossímeis?
• Como são utilizados os dados pelos membros da Equipe de avaliação de fraude no produto?
Documentos que o auditor poderia estar avaliando
• Registros do treinamento dos membros da Equipe de avaliação de fraude no produto
• Lista de informações e de fontes de dados
• Evidência sobre a revisão regular de informações e de fontes de dados
Seção 4.3
Perguntas que o auditor deve fazer e que a empresa deve ser capaz de responder:
• Qual é a metodologia definida para avaliação da vulnerabilidade?
• Que fatores de risco foram definidos para o produto; (matéria-prima, ingrtediente ingrediente
e material de embalagem) e fornecedores?
• Todas as matérias-primas, ingredientes e materiais de embalagem são submetidos a avaliações
de vulnerabilidade?
• Pontuações, classificações ou graduações de vulnerabilidade estão disponíveis para revisão?
• Qual a frequência de realização de avaliações de vulnerabilidade?
• São feitas avaliações de vulnerabilidade para todas as matérias-primas, ingredientes, materiais
de embalagens novos e respectivos fornecedores?
Documentos que o auditor poderia estar avaliando
• Registros das avaliações de vulnerabilidade
• Lista das matérias-primas, ingredientes e materiais de embalagem e seus fornecedores.
• Resultados da revisão de auditorias internas.
Seção 4.6
Perguntas que o auditor deve fazer e que a empresa deve ser capaz de responder:
• Qual a frequência da realização de avaliações da vulnerabilidade?
• No procedimento do Plano de redução de fraude no alimento foram definidos critérios quan-
to à periodicidade para a revisão da avaliação da vulnerabilidade de fraude no alimento, além
da revisão anual? (Por exemplo, quando ocorrerem mudanças de risco).
• A eficácia do Plano de redução de fraude no alimento é revisada? Se sim, como é executada?
• Requisitos de monitoramento e controle são alterados? Se sim, porque?
Documentos que o auditor poderia estar avaliando
• Procedimentos do Plano de redução de fraude no produto
• Medidas de controle, registros e revisão (e ações) do Plano de redução de fraude no produto
• Reclamações de clientes e consumidores
• Resultados de auditorias internas.
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