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DISCIPLINA: DIREITO PENAL – PARTE GERAL

PROFESSOR: GABRIEL HABIB


MATÉRIA: LEI PENAL NO ESPAÇO / APLICAÇÃO DA LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS
PESSOAS/IMUNIDADES PARLAMENTARES E DIPLOMÁTICAS / TEORIA DA CONDUTA

Indicações bibliográficas:
Código Penal, Rogério Greco.

Leis e artigos importantes:


Art. 5º, 6º, CP

Palavras-chave:

Territorialidade, extraterritorialidade

TEMA: LEI PENAL NO ESPAÇO / APLICAÇÃO DA LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS


PESSOAS/IMUNIDADES PARLAMENTARES E DIPLOMÁTICAS / TEORIA DA CONDUTA

PROFESSOR: GABRIEL HABIB

Lei penal no espaço / Aplicação da lei penal em relação às pessoas / Imunidade Parlamentares e
Diplomáticas / Teoria da Conduta

Lei Penal no Espaço

1. Lugar do crime

Onde o crime o tempo considera-se praticado?

Conduta e resultado no mesmo local.

Conduta MG Resultado PR

Teoria da Atividade – Conduta praticada

Teoria do Resultado – No local onde ocorreu o resultado

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Teoria Intenção – No local onde o resultado deveria ocorrer segundo a intenção do agente

Teoria da Ubiquidade (art. 6º do CP) – Mista, tanto no local do resultado quanto no local da
conduta praticada.

2. Territorialidade e Extraterritorialidade

Territorialidade: aplicação da lei penal brasileira às infrações penais cometidas no do


território nacional.

Extraterritorialidade: aplicação da lei brasileira às infrações penais cometidas fora do


território nacional.

Territorialidade (Art. 5º, CP)

Territorialidade temperada

Território nacional:

- superfície terrestre (solo e subsolo)

- águas territoriais (fluviais, lacustres e marítimas)

- espaço aéreo correspondente

Mar territorial:

Constitui-se da faixa ao longo da costa, incluindo o leito e o subsolo, respectivos, que


formam a plataforma continental, até 12 milhas marítimas a partir do litoral brasileiro,
conforme a lei 8.617/93.

Extensão do território nacional:

Art.5º, §1º: aeronaves e embarcações brasileiras

Art.5º, §2º: aeronaves e embarcações estrangeiras

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Extraterritorialidade (art. 7º, do CP)

Extraterritorialidade Incondicionada (art. 7º, I do CP)

Extraterritorialidade Condicionada (art. 7º, II do CP)

Princípios ou subprincípios da Extraterritorialidade

1. Princípio da Personalidade ativa (art, 7º, II, b, do CP) – quando o autor da infração for
brasileiro.

2. Princípio da Personalidade passiva (art. 7º, §3º, do CP) – quando a vítima for
brasileira.

3. Princípio da Defesa, Real ou proteção – não tem CP

4. Princípio da Justiça Universal ou Cosmopolita (Art. 7º, II, a, do CP) – se o Brasil é


signatário de um Tratado internacional

5. Princípio da Representação, do Pavilhão ou Bandeira (art. 7º, II, c, do CP)

Aplicação da lei penal em relação às pessoas

1. Imunidades parlamentares

Origem – irresponsabilidade do rei

Parlamentar Federal (art. 53 da CR) –deputados federais e senadores

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a. Imunidade material (art. 53, caput, da CR)

Opiniões, palavras e votos

Exigência do nexo funcional (em razão da função)

Não há limite territorial

b. Imunidade processual (art. 53, §§ 3º ao 5º)

Autorização EC 35

Sustação

c. Imunidade prisional (art. 53, §2º da CR)

Flagrante + crime inafiançável

d. Imunidade de testemunho (art. 53, §6º da CR)

Não

e. Imunidade de foro (art. 53, §1º c/c 102, I, b da CR)

Foro especial por prerrogativa de função

Aquisição e perda superveniente

Parlamentar afastado para exercer função de Ministro no Executivo, mantém a


imunidade?

Não. A súmula 4 do STF foi cancelada.

“Não perde a imunidade parlamentar o congressista nomeado ministro de estado”.

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Parlamentar estatual (art. 27, §1º da CR)

Mesmas imunidades

Parlamentar municipal (art. 29, VIII da CR)

Apenas a imunidade material

No limite da circunscrição do Município

2. Imunidades diplomáticas

Origem – Princípio da Territorialidade Temperada

Previsão: Convenção de Viena, promulgada no Brasil pelo Decreto 56.435/65

Imunidade de jurisdição

Art. 31 da Convenção de Viena: “O agente diplomático gozará de imunidade de jurisdição


penal do Estado acreditado...”

Natureza jurídica?

***1ª C) Causa pessoal de exclusão de pena.

2ª C) Causa exclusão da jurisdição nacional.

Teoria do Crime

Conceito de Crime

Material – causar lesão

- exponha um bem jurídico em perigo

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Formal – conduta delituosa prevista em lei

Analítico (controvérsia) –

1ª C) Fato típico

2ª C) Fato típico + ilicitude

3ª C) Fato típico + ilicitude + Culpabilidade – prova objetiva ir com esta corrente!!!

4ª C) Fato típico + ilicitude + Culpabilidade + Punibilidade

Fato típico Ilicitude Culpabilidade

Teoria da ratio cognoscendi Imputabilidade


Dolo/culpa Causas de exclusão:
Conduta - Legítima defesa
Comissiva/ omissiva
- Estado de necessidade Potencial consciência da
Resultado ilicitude
- Estrito cumprimento do de
legal

Nexo causal - Exercício regular do direito


formal
Exigibilidade de conduta
Tipicidade diversa
Causas supralegais de
material exclusão da ilicitude.

Teoria da conduta

Direito penal moderno: Direito penal da conduta

Welzel: a tipicidade, antijuricidade e a culpabilidade são os três elementos que convertem


a ação em delito

A conduta é primeiro elemento do fato típico

O CP brasileiro não conceitua conduta. Fica a cargo da doutrina Alemã.

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Teoria da conduta

Teoria causalista (Franz Von Liszt, Beling e Gustav Radbruch)

Teoria finalista (Welzel)

Teorias da Conduta

Teoria causalista, causal, causal-naturalista, ou sistema causalista

Ação humana: movimento corporal voluntário que causa uma modificação no mundo exterior

A manifestação de vontade é toda conduta voluntária resultante de um movimento corporal

A ação humana era composta por 3 elementos:

1. Vontade

2. Movimento corporal

3. Resultado

Beling: a ação humana tem 2 partes

Parte externa: Inervação muscular. Movimento muscular

Parte interna: comportamento corporal voluntario

Ex.: mexer a perna, levantar o braço, falar...

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Mezger: essa teoria se limita a perguntar o que foi causado pelo agente, e não o que o
agente quis com a sua ação

Separava entre vontade e finalidade. Bastava a vontade de praticar a conduta,


independentemente da sua finalidade.

Pergunta: o ato foi voluntário? Sim. Então há ação

O conteúdo dessa conduta (finalidade) era analisada lá na culpabilidade.

Críticas à teoria causalista

1. Tentativa

2. Crimes omissivos

3. Especiais fins de agir

4. Inimputável (critério biopsicológico)

Teoria finalista da conduta, final ou sistema finalista

Origem do finalismo:

Platão Anaxágoras

Aristóteles (Metafísica)

Santo Tomás de Aquino (Suma Teológica)

Immanuel Kant e Guilherm Hegel

Nicoli Hartmann

Com a ação humana percorrem-se 3 estágios:

1. O homem antecipa seus objetivos

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2. O homem coloca em movimento os meios adequados para atingir ou obter seus
objetivos

3. O homem consegue a sua realização

Welzel escreveu isso pela primeira vez em “Kausalitãt und Hadlung” (causalidade e
ação)

Welzel começa seu livro Direito Penal Alemão com a seguinte frase: “A ação
humana é exercício de uma atividade final”.

Welzel acabou com separação insustentável entre a vontade e seu conteúdo

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