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2016
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Prof.ª Eliza Damiane Woloszyn Batista
Prof.ª Julia Mara dos Santos
Prof.ª Tathyane Lucas Simão
341.617
B333p
208 p. : il.
ISBN 978-85-515-0044-6
1.Segurança do Trabalho.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Daremos início aos estudos da disciplina de Primeiros Socorros. Com
este estudo, você, acadêmico, entenderá melhor os conceitos e os princípios
voltados ao atendimento de vítimas de acidentes ou qualquer outro mal
súbito.
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO..................................................1
VII
TÓPICO 3 – ASPECTOS LEGAIS DE PRIMEIROS SOCORROS...................................................33
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................33
2 LEIS DA CONSTITUIÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS..........................................................33
2.1 OMISSÃO DE SOCORRO................................................................................................................33
2.2 DIREITOS DA VÍTIMA.....................................................................................................................34
2.3 CASOS DE NEGLIGÊNCIA.............................................................................................................35
2.4 DIREITO DE SIGILO.........................................................................................................................35
3 SEGURO DE ACIDENTES DE TRABALHO....................................................................................36
3.1 LEGISLAÇÃO VIGENTE.................................................................................................................36
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................................37
AUTOATIVIDADE...................................................................................................................................38
VIII
4.1.5 Hemorragia do sistema digestivo (hematêmese).................................................................59
4.1.6 Hemorragia intracraniana........................................................................................................60
4.1.7 Hemorragia interna..................................................................................................................61
4.1.8 Melena.........................................................................................................................................61
4.2 MEDIDAS DE SOCORRO................................................................................................................62
4.3 TÉCNICAS PARA CONTROLES DA HEMORRAGIA...............................................................62
4.3.1 Técnica de compressão direta sobre o ferimento.................................................................62
4.3.2 Técnica da elevação do ponto de sangramento....................................................................63
4.3.2 Técnica da compressão sobre os pontos arteriais.................................................................63
4.3.4 Técnica de torniquete...............................................................................................................64
5 ESTADO DE CHOQUE ........................................................................................................................65
5.1 CAUSAS DO ESTADO DE CHOQUE............................................................................................66
5.2 TRATAMENTO PARA O ESTADO DE CHOQUE.......................................................................67
6 CHOQUE ANAFILÁTICO....................................................................................................................68
RESUMO DO TÓPICO 5.........................................................................................................................69
AUTOATIVIDADE...................................................................................................................................70
IX
AUTOATIVIDADE...................................................................................................................................111
X
3.3.2 Loxosceles – Aranha marrom....................................................................................................192
3.3.3 Latrodectus - Viúva-negra.........................................................................................................193
3.4 ACIDENTE COM HIMENÓPTEROS.............................................................................................193
3.4.1 Apidae – Abelhas........................................................................................................................193
3.4.2 Vespidae – Vespas.......................................................................................................................195
3.4.3 Formicidae – Formigas...............................................................................................................196
3.5 ACIDENTES POR LEPIDÓPTEROS...............................................................................................196
3.6 EMERGÊNCIA ESPECIAL: O CHOQUE ANAFILÁTICO.........................................................199
LEITURA COMPLEMENTAR.................................................................................................................201
RESUMO DO TÓPICO 3.........................................................................................................................203
AUTOATIVIDADE...................................................................................................................................204
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................205
XI
XII
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, o acadêmico estará apto a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. Em cada um deles você
encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
SOCORROS DE URGÊNCIA E
SUPORTE DA VIDA
1 INTRODUÇÃO
Esta unidade tem como objetivo apresentar um conhecimento geral de
primeiros socorros, as técnicas e os procedimentos descritos foram pesquisados
em materiais atualizados e coerentes com a medicina brasileira.
2 PRIMEIROS SOCORROS
A definição de primeiros socorros é determinada por um conjunto de
procedimentos de emergência, que são aplicados às vítimas no momento em que
sofreram um acidente, mal-estar ou quando se encontram em perigo de vida.
3
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
4
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
• Medicamentos básicos.
5
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Estabilização cervical.
• Respiração eficiente.
6
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
• Constância da circulação.
Deverá ser realizado um exame, que consiste no tratamento das lesões que
não comprometem a vida da pessoa. Na Figura 3 são apresentadas as etapas para
a realização da avaliação primária.
7
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Circulação: existe pulso para indicar que está circulando sangue? Existe algum
sangramento grave?
8
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
• Exame padronizado da cabeça aos pés: exame e inspeção visual realizada pelo
socorrista, de forma ordenada e sistemática, tentando identificar na vítima sinais
de lesões ou problemas físicos.
• Nome e idade (se é menor de idade, entrar em contato com os pais ou um adulto
conhecido).
9
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Manter a calma: pare e pense, não faça nada por instinto ou por impulso.
• Garantir a segurança.
• Fazer uma análise da situação das vítimas, avaliando a gravidade geral do acidente.
10
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
4. Antes e após cada atendimento, lave bem as mãos com água abundante e sabão.
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
12
AUTOATIVIDADE
13
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
1 INTRODUÇÃO
Para prestar atendimento e serviço especializado em primeiros socorros,
existem instituições e setores governamentais especializados em cuidar das
vítimas em situações de emergência. Em caso de acidentes, esses setores devem
ser acionados, mesmo que os primeiros socorros estejam sendo realizados.
Algumas informações devem ser fornecidas pelo socorrista, que deve estar
atento e fazer a seguinte análise:
15
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
Uma das ações a ser realizada para manter a ordem do fluxo do trânsito
e dos indivíduos que estão analisando o acidente, é o de investigar o cenário do
acidente e, conforme as circunstâncias, realizar o transporte das vítimas.
16
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
17
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
18
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
19
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
Para Fernandes e Silva (2007, p. 113), “outra regra básica para garantir a
qualidade no atendimento, o socorrista deve iniciar o socorro à vítima, através do seu
contato com ela, com base em quatro fases: informar, ouvir, aceitar e ser solidário”.
20
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
• INFORMAR à vítima o que está fazendo, para ajudá-la. Desta forma, o acidentado
será mais receptivo aos seus cuidados.
21
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
pequena batida no crânio, ou uma lesão cerebral grave, podendo ser do tipo de
lesão fechada ou aberta (penetrante).
22
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
23
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Solicite auxílio para outras pessoas, a fim de deslizar com cuidado a vítima sobre
uma superfície reta e lisa, produzida com material rígido estabilizador.
24
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
25
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
26
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
• Fala e comunica-se.
• Responde ao estímulo de toque.
• Atende à dor.
• Respiração boca a boca: coloca-se uma das mãos abaixo da mandíbula da pessoa
e com a outra mão apertar as narinas com o polegar e o indicador, exercer uma
pressão na região frontal, para obter a extensão da cabeça e a abertura da boca.
Fazer a inspiração profunda e adaptar firmemente a sua boca a boca da vítima e
soprar, injetando ar nas vias aéreas.
27
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Manobras para liberação das vias aéreas obstruídas: quatro manobras manuais
são recomendadas para remover a obstrução das vias aéreas por corpos
estranhos: palmadas nas costas, compressão manual do abdômen, compressão
manual do tórax e remoção com os dedos.
28
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
29
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, aprendemos que:
• Para que seja possível realizar um atendimento específico para cada tipo de
atendimento, existem equipes de pronto atendimento e serviços especializados.
30
AUTOATIVIDADE
1 Quais são os tipos mais comuns de trauma torácico, que acontece em mais de
60% dos pacientes com diagnóstico de lesão fechada de tórax?
31
32
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
As pessoas próximas ao local do acidente não são legalmente obrigadas a
realizar os procedimentos de primeiros socorros, porém, quando o fizerem, devem
ter conhecimento de como agir para que não aconteçam futuros processos judiciais.
33
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
No caso de concreta omissão de socorro, a pessoa que o fizer, irá arcar com
as consequências, com determinação de:
Caso a vítima se recuse a aceitar o atendimento ela não pode ser pressionada
a ir contra a sua vontade. O papel do socorrista nesse caso é garantir que o socorro
especializado seja acionado, porém, o socorrista deve permanecer monitorando a
vítima.
• Não é indicado discutir com a vítima sobre qualquer que seja o motivo.
• Não faça interrogações, sobre os motivos pelo qual levam o acidentado a não
querer que seja prestado os primeiros socorros.
• A orientação é que a vítima não seja tocada sem o seu consentimento, isto pode
ser considerado como ofensa aos seus direitos.
34
TÓPICO 3 | ASPECTOS LEGAIS DE PRIMEIROS SOCORROS
35
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
O caso do acidentado não deverá ser exposto, a vítima não pode ser
identificada, senão pelo atendimento especializado, caso assim for de sua vontade.
O que for falado pela vítima deverá ficar em sigilo, assim como seu comportamento
ou aparência pessoal.
Este percentual varia de 1% para risco leve, 2% para risco médio e de 3% para
risco grave, porém, não foram definidas as definições de risco leve, médio e grave.
36
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, aprendemos que:
37
AUTOATIVIDADE
1 Com relação à lei do Código Penal Brasileiro, descrita no Artigo 135 a respeito
de omissão de primeiros socorros, assinale a alternativa CORRETA:
38
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Toda lesão ou doença tem formas e características de se manifestar e isso
poderá ajudar o socorrista a diagnosticar a vítima. Essas indicações são divididas
em dois grupos: sinais e sintomas.
Os sinais são detalhes que você poderá detectar, fazendo o uso dos
sentidos da visão, tato, audição e olfato durante a avaliação das vítimas. Sinais
comuns de lesão incluem sangramento, inchaço, aumento de sensibilidade ou
deformação.
39
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
2.1 RINS
Contribuem para o controle hidroeletrolítico do corpo e na eliminação
espontânea de substâncias tóxicas do metabolismo, como a ureia e creatina,
eliminando-as através da bexiga.
2.3 FÍGADO
É a maior glândula e o segundo maior órgão do corpo humano, tendo a
capacidade de armazenar substâncias essenciais, assim como destruir substâncias
tóxicas. Tem a função de condensar e transformar a composição do sangue.
40
TÓPICO 4 | FUNÇÕES E SINAIS VITAIS DO CORPO HUMANO
2.4 PULMÃO
Produz oxigênio e retira a ventosidade resultante da respiração, é o principal
órgão do sistema respiratório, tendo como missão absorver o oxigênio e transferir
para o sangue, além de retirar o dióxido de carbono através da expiração.
2.5 CORAÇÃO
É o principal órgão do sistema circulatório, pois tem a função de receber,
filtrar e bombear o sangue para todo o corpo. Desta forma, transporta nutriente e
oxigênio para outros órgãos e células do corpo humano.
Além disso, é importante saber que a hipóxia (falta de ar) prolongada, tem
como sequela a morte do Sistema Nervoso Central, em aproximadamente três
minutos e, em consequência, a falência geral dos órgãos do corpo.
3 SINAIS VITAIS
Os sinais vitais fornecem informações importantes sobre as funções básicas
do corpo: pressão arterial, pulso (frequência cardíaca), respiração (presença
respiratória) e temperatura corporal.
41
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
Uma pele fria e úmida, geralmente de cor pálida, é uma indicação de uma
reação do sistema nervoso, predisposto a um traumatismo ou perda sanguínea
(estado de choque).
A intensa exposição ao frio produz uma pele fria e seca, em casos de uma
pele quente e seca, pode originar febre, ou ser o resultado de uma exposição
excessiva ao calor, como caso de insolação.
3.2 PULSO
O pulso é uma intensidade de sangue gerada pelos batimentos cardíacos
e difundido no decorrer das artérias. A frequência comum de pulsos em adultos é
de 60 a 100 batimentos por minuto, a frequência de pulso nas crianças em geral é
superior a 80 batimentos por minuto.
42
TÓPICO 4 | FUNÇÕES E SINAIS VITAIS DO CORPO HUMANO
3.3 RESPIRAÇÃO
A respiração normal é identificada quando for fácil, sem esforço aparente
e sem dor, sendo que a frequência pode variar. Uma pessoa adulta respira
normalmente de 12 a 20 vezes por minuto.
43
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
3.5 PUPILAS
As pupilas, quando em estado normal, são do mesmo diâmetro e possuem
contornos regulares. Quando as pupilas estiverem contraídas pode dignificar que
a vítima é viciada em drogas.
44
TÓPICO 4 | FUNÇÕES E SINAIS VITAIS DO CORPO HUMANO
4 PRINCÍPIOS DE REANIMAÇÃO
Para que a vida possa ser preservada, é necessário que se mantenha um
fluxo constante de oxigenação no cérebro. O oxigênio é transportado para os
tecidos cerebrais através da circulação sanguínea.
45
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, vimos que:
• As funções do cérebro e do coração são vitais para que o ser humano permaneça
vivo.
46
AUTOATIVIDADE
4 Quais são as funções básicas do corpo avaliadas, através dos sinais vitais?
47
48
UNIDADE 1
TÓPICO 5
ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Os socorros de urgência e emergência são as atitudes que uma pessoa
treinada deverá realizar com relação à pessoa acidentada ou que tenha sofrido um
mal súbito, antes da chegada do atendimento especializado.
Estas normas são importantes, pois fornecem uma orientação com relação
às condições que precisam ser identificadas e tratadas com prioridade, conforme a
gravidade, analisando os riscos de vida imediata.
2 PARADA RESPIRATÓRIA
A parada respiratória pode ser definida como uma supressão imediata dos
movimentos respiratórios, podendo ser ou não acompanhada de parada cardíaca.
Em caso de um diagnóstico de parada respiratória, siga as instruções descritas.
49
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
50
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
• Soprar lentamente até o peito dela se encher de ar, em seguida, retire sua boca e
deixe o ar sair livremente.
3 PARADA CARDÍACA
A parada cardíaca é determinada como uma cessação instantânea e
inesperada na duração dos batimentos cardíacos. Segundo Oliveira (1998), o
coração para de bombear o sangue para o organismo e os tecidos começam a sentir
os efeitos da falta de oxigênio.
1ª o coração está situado entre o osso esterno (que é móvel) e a coluna vertebral
(que é fixa); e
52
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
O socorrista deve avaliar o pulso após o primeiro minuto que realizar o RPC,
e assim a cada minuto depois. É indicado não demorar mais de cinco segundos
para verificar a pulsação, para não comprometer o ritmo das compressões.
53
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
No caso de uma vítima criança, a massagem cardíaca deve ser feita com
apenas uma das mãos, posicionada sobre o meio do peito da vítima, no terço
inferior do osso esterno.
54
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
• A vítima não estar em posição horizontal (se a cabeça estiver elevada, o fluxo
sanguíneo cerebral ficará inadequado).
• As compressões forem muito longas ou muito rápidas, pois desta forma não
impulsionam volume sanguíneo adequado.
55
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
56
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
4 HEMORRAGIAS
A hemorragia ou o sangramento representam o mesmo caso, isto é, quando
o sangue vaza das artérias, veias ou vasos capilares. As hemorragias podem ser
especificadas como um excesso de perda no volume sanguíneo circulante no corpo
do ser humano.
57
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Sentar a vítima em uma cadeira, em local fresco e arejado, com a parte do tórax
recostado e a cabeça elevada, tentado acalmá-la.
• Apertar a narina que está sangrando com os dedos, fazendo uma ativa pressão
sobre a lateral do orifício nasal onde há fluxo de sangue, para que suas paredes
estejam em contato e, por pressão direta, controlar o sangramento.
• Utilizar uma bucha de algodão ou gazes para tapar a narina que está sangrando.
• Deitar a vítima em posição de decúbito lateral, virada para o lado do ouvido que
está sangrando.
• Acalmar a vítima.
60
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
• Estender a vítima com a cabeça em um nível mais baixo que o corpo, mantendo-
o mais imobilizado possível.
4.1.8 Melena
Melena é a perda de sangue, pelo orifício anal, eliminado com as fezes,
que se apresentam no estado pastoso, de cor escura e de cheiro fétido. É sinal de
sangramento baixo, porém lento o suficiente para possibilitar a oxidação do sangue.
• Conduzir a vítima com urgência para um local onde possa receber assistência
especializada.
61
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Sentar a vítima em uma cadeira, em local fresco e arejado, com a parte do tórax
recostado e a cabeça elevada, buscando acalmar a vítima.
• Comprimir a narina que estiver sangrando com o auxílio dos dedos, fazendo
ligeira compressão sobre o ferimento de onde flui o sangue, de forma que suas
paredes se toquem, e por compressão direta, contenha o sangue.
62
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
63
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
Este método deverá ser utilizado como uma última opção e somente para
controle do sangramento provocado por ferimentos graves nas extremidades,
apenas quando todos os outros procedimentos de controle não forem suficientes.
• Uma faixa larga deve ser dobrada até que fique com aproximadamente 10
centímetros de largura, após amarrar esta faixa larga, duas vezes ao redor da
extremidade lesada.
• Aproveite o bastão de madeira para fazer uma manivela para rodar e apertar a
faixa.
64
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
• Nunca deve ser utilizado qualquer material cortante para aplicar a técnica, use
ataduras largas de panos leves.
5 ESTADO DE CHOQUE
O estado de choque é um quadro grave, de origem imprevista e caracteriza-
se por uma falência no sistema circulatório, que tem a função de compartilhar
sangue com oxigênio e nutrientes para as partes do corpo.
Em caso de, por qualquer causa, começar a faltar oxigênio nos tecidos
corporais, acontece o que é determinado estado de choque, ou seja, as células
começam a entrar em sofrimento e, se esta situação não for revertida, as células do
corpo morrerão.
65
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
Este tipo de caso de emergência também pode ter outras causas, como:
• Aceleração cardíaca.
• Queimaduras graves.
• Envenenamentos.
• Afogamento.
• Choque elétrico.
66
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
• Agasalhar a vítima.
67
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
6 CHOQUE ANAFILÁTICO
Este tipo de choque pode ser definido como uma intensa reação alérgica,
com potencial de morte, que poderá acontecer em pessoas mais sensíveis, após a
ingestão de certos alimentos, a injeção de medicamentos específicos ou picada de
alguns insetos.
Este tipo de reação alérgica faz com que determinadas substâncias sejam
liberadas na corrente sanguínea da vítima, gerando uma dilatação nas veias e
uma obstrução respiratória na altura do pescoço, que como consequência poderá
originar uma asfixia.
68
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, vimos que:
69
AUTOATIVIDADE
1 Com relação à manobra de reanimação ou ressuscitação cardiopulmonar, é
correto afirmar que:
70
UNIDADE 2
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. Em cada um deles você encon-
trará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
71
72
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Os primeiros socorros são indispensáveis para salvar
vidas, seja em casos de acidentes de trabalho ou mal súbito. Os primeiros socorros
têm como finalidade manter as funções vitais e evitar que a condição da vítima
se agrave antes da chegada do serviço especializado. É de suma importância que
existam pessoas treinadas na empresa para prestar esse atendimento.
ATENCAO
2 EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
Em casos de emergências respiratórias, o socorrista deve identificar os
sintomas e sinais da complicação respiratória, podendo a respiração estar mais lenta
ou mais rápida. Neste caso, os primeiros socorros têm como propósito conservar
73
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
2.1 HIPERVENTILAÇÃO
A hiperventilação se caracteriza pela respiração muito rápida, acarretando
uma instabilidade entre as concentrações de oxigênio e dióxido de carbono no
sangue.
Ainda seguindo o que diz Brunet et al. (2014, p. 93, grifo do original), a
sequência a ser seguida é:
74
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
2.2 ASMA
A crise de asma ocorre devido a estreitamento dos brônquios decorrente
de espasmos musculares, normalmente associados a processos inflamatórios ou
irritação pulmonar. A crise asmática pode ocorrer devido a:
• IgE elevada.
75
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
E
IMPORTANT
A reação inflamatória deve ser tratada juntamente com a crise asmática. Caso,
após medicado, os sintomas permaneçam, significa que apenas o bronquiodilatador não é
suficiente, sendo necessário ministrar medicação para a inflamação.
76
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
Para Fortes et al. (2010, p. 74), ainda existem os motivos indiretos para
manifestação da insuficiência respiratória, que podem ser:
• Dificuldade respiratória.
• Sensação de cansaço e ansiedade ou agitação (devido à falta de O2 no
sistema nervoso central).
• Sons atípicos durante a respiração.
• Antecedente de crises semelhantes prévias.
• Tosse.
• Cianose (falta de O2 no sangue).
• Formigamento e contratura muscular em extremidades na dispneia
de origem psicogênica (causada por fatores emocionais).
77
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
78
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
• Dispneia.
• Cianose.
• Ansiedade e agitação.
• Expectoração rosada e espumosa.
• Sensação de afogamento.
• Aumento da frequência respiratória.
• Aumento da frequência cardíaca.
• Aumento da pressão arterial (na maioria dos casos).
• Palidez e sudorese.
• Respiração ruidosa tipo farfalheira, comparável ao som provocado por
uma panela de água a ferver.
Ainda de acordo com Valente et al. (2012, p. 19), os primeiros socorros são:
79
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
3 EMERGÊNCIAS CIRCULATÓRIAS
Enquanto as emergências respiratórias impedem a passagem de oxigênio
e, consequentemente, a sua absorção pelos pulmões, as emergências circulatórias
interferem na distribuição de oxigênio no sangue, afetando coração, cérebro e
vasos sanguíneos.
80
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
81
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
• Palpitações ou taquicardias.
• Falta de ar.
• Tonturas.
• Desmaios.
• Palidez.
• Sudorese.
• Confusão mental.
• Fraqueza.
• Pressão baixa.
82
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
83
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
E
IMPORTANT
Algumas vezes se falou no método SAMPLE, você sabe que método é esse?
Vamos lhe explicar: Esse método se refere às seguintes observações:
84
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
85
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
86
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
87
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
1. Avalie a situação.
2. Proceda ao exame da vítima.
3. Chame o 192.
4. Não desloque a vítima, a não ser por motivos de segurança. Uma
manipulação demasiadamente brusca poderia agravar o seu estado.
Proteja-a de eventuais ferimentos causados por objetos próximos de si.
Se a vítima estiver consciente:
5. Instale-a confortavelmente, em posição semissentada.
6. Mantenha as suas vias respiratórias desobstruídas.
7. Assegure-se de que ela não tenha nada na boca.
8. Desaperte-lhe as roupas no pescoço e na cintura.
Se a vítima não conseguir engolir a saliva ou se vomitar, coloque-a em
posição lateral de segurança, sobre o lado não afetado, para permitir o
escoamento dos fluidos e prevenir complicações respiratórias.
9. Se ver que a vítima tem um corpo estranho na boca (alimento, pastilha,
elástico etc.), retire-o.
10. Não dê nada à vítima pela boca, pois existe um risco elevado de
engasgamento.
11. Se a vítima tiver sede, umedeça-lhe apenas os lábios.
88
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
89
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A avaliação dos sintomas e sinais é relevante para que você consiga definir como
irá agir em determinada situação. A partir disso, para que seja realizado um
atendimento adequado, a pessoa que for socorrer já necessita de algum tipo de
treinamento para aplicar as técnicas cabíveis para cada caso. As empresas devem
possuir pessoas capazes de realizar esse atendimento, a fim de salvar vidas.
90
AUTOATIVIDADE
91
92
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Este tópico traz uma contextualização sobre os primeiros
socorros que devem ser prestados às vítimas de emergências clínicas gerais.
2 CÓLICA RENAL
“A cólica renal é uma síndrome extremamente dolorosa, de caráter
espasmódico, que aparece subitamente” (BRASIL, 2003, p. 92).
“Na maioria das vezes essas crises dolorosas são provocadas por distúrbios
renais ligados à presença de concreções ou cálculos urinários e processos
puramente nervosos; existem outras patologias que podem levar à cólica renal,
como infecções” (BRASIL, 2003, p. 92).
93
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
O paciente que sentir as dores e sintomas relacionados deve ficar atento aos
sinais e procurar atendimento médico especializado.
Caso o paciente já tenha algum remédio para cólica renal, pode tomar.
Quando não possui, não se deve oferecer remédios para o paciente. Lembrando
que o quanto antes for possível, o paciente deve receber atendimento médico.
94
TÓPICO 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS
Coma Diabético
O organismo tentará superar a falta de açúcar em suas células usando
outros alimentos como fonte de energia, e isto será feito através da
gordura armazenada. O uso desta fonte é ineficaz, os produtos de
degradação da gordura usada para fornecimento de energia normal
aumentam acentuadamente a acidez do sangue. Se a perda de líquidos e
o aumento da acidose forem muito intensos, haverá o desenvolvimento
de coma diabético. Nesta condição, o nível sanguíneo de açúcar é muito
alto, porém não é ele que causa diretamente o coma. A presença no
sangue de produtos ácidos de degradação e a perda de líquidos é que
leva o diabético ao coma.
O desenvolvimento do coma geralmente ocorre quando um paciente
diabético não tratado, ou que não faz uso da insulina prescrita, sofre
algum tipo de estresse, ou uma infecção.
95
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
96
TÓPICO 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS
4 INSOLAÇÃO
É causada pela ação direta e prolongada dos raios de Sol sobre o
indivíduo. É uma emergência médica caracterizada pela perda súbita de
consciência e falência dos mecanismos reguladores da temperatura do
organismo. Este tipo de incidente afeta, geralmente, as pessoas que
trabalham com exposição excessiva a ambientes muito quentes ou que
sofrem exposição demorada e direta aos raios solares (BRASIL, 2003).
1. Surgem lentamente:
• Cefaleia (dor de cabeça)
• Tonteira
• Náusea
• Pele quente e seca (não há suor)
• Pulso rápido
• Temperatura elevada
• Distúrbios visuais
• Confusão
2. Surgem bruscamente:
• Respiração rápida e difícil
• Palidez (às vezes desmaio)
• Temperatura do corpo elevada
• Extremidades arroxeadas
Eventualmente pode ocorrer coma. A ocorrência de hiperventilação
causa alcalose respiratória inicial.
Devemos sempre ficar atentos aos primeiros sintomas e logo após iniciar os
primeiros socorros, que segundo o Manual da Fiocruz são:
97
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Devemos sempre ficar atentos aos primeiros sintomas e logo após iniciar os
primeiros socorros, que segundo o Manual da Fiocruz são:
6 CÃIBRAS DE CALOR
Estas cãibras são provocadas por uma perda excessiva de líquidos e de
sais (eletrólitos) como o sódio, o potássio e o magnésio, devido a uma
sudação intensa, tal como acontece durante a prática de uma atividade
física extenuante. [...]
As cãibras provocadas pelo calor são muito comuns entre os
trabalhadores manuais, como o pessoal das casas das máquinas, os
ferreiros e os mineiros. O excesso de proteção, como o vestuário que os
alpinistas ou os esquiadores usam, pode ocultar uma grande sudação.
[...]
As cãibras musculares se caracterizam por uma contratura dolorosa
repentina, por exemplo, após um esforço físico (durante a prática de um
esporte) ou durante o sono, à noite (CRIA SAÚDE, 2016, s.p.).
98
TÓPICO 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS
A dor causada por uma crise de cãibra é muito forte. As cãibras são
passageiras e não apresentam quadros de consequências complicadas.
Devemos sempre ficar atentos aos primeiros sintomas e logo após iniciar os
primeiros socorros, que segundo o Manual da Fiocruz são:
7 DIARREIA
“O que caracteriza a diarreia é o número excessivo de evacuações e a mudança
de consistência das fezes. Ir ao banheiro muitas vezes e apresentar fezes muito
amolecidas ou praticamente líquidas são sinais de diarreia” (CONTE, 2016, s.p.).
99
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
E
IMPORTANT
Adultos são mais resistentes, mas bebês, crianças e idosos desidratam-se com
facilidade. Boca seca, lábios rachados, letargia, confusão mental e diminuição da urina são
sintomas de desidratação que, além de diminuir as reservas de água do corpo humano,
constituído por cerca de 75% de água, reduzem os níveis de dois importantes minerais: sódio
e potássio (VARELLA, 2011, s.p.).
8 DESMAIO
“É a perda súbita, temporária e repentina da consciência, devido à
diminuição de sangue e oxigênio no cérebro” (BRASIL, 2003, p. 105). Varella (2012,
s.p.) descreve as principais causas e sintomas do desmaio como:
Causas
O desmaio em si não é uma doença, mas pode ser manifestação de
inúmeras alterações orgânicas, tais como:
- Doenças cardiovasculares: arritmias, distúrbios hemodinâmicos,
paradas cardiorrespiratórias, porque comprometem o fluxo normal do
sangue para os tecidos, em especial para o cérebro.
- Distúrbios metabólicos: hipoglicemia (falta de açúcar no sangue
causada por jejum prolongado ou diabetes descompensado), anemia
intensa, hemorragias, desidratação e desequilíbrio na composição dos
sais minerais da corrente sanguínea.
- Uso de medicações: diversos medicamentos, entre eles os diuréticos,
podem provocar desmaios, quando usados em doses mais altas.
- Hipotensão ortostática: a queda brusca da pressão arterial provocada
pela mudança repentina de posição (a pessoa estava sentada ou deitada
e fica em pé de repente). A hipotensão ortostática frequentemente
está associada à desidratação, ao uso de diuréticos e aos distúrbios
cardiovasculares.
- Outras causas: cansaço extremo, emoções súbitas, nervosismo intenso,
dores fortes e permanência prolongada em lugares fechados e quentes.
100
TÓPICO 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS
Sintomas
Existem alguns sintomas que prenunciam a perda da consciência e do
tônus postural. Os mais indicativos são palidez, fraqueza, suor frio,
náusea e ânsia de vômito, pulso fraco, tontura, visão turva, pressão
arterial baixa e respiração lenta.
B. Havendo o desmaio:
• Manter o acidentado deitado, colocando sua cabeça e ombros em
posição mais baixa em relação ao resto do corpo.
• Afrouxar a sua roupa.
• Manter o ambiente arejado.
• Se houver vômito, lateralizar-lhe a cabeça, para evitar sufocamento.
• Depois que o acidentado se recuperar, pode ser dado a ela café,
chá ou mesmo água com açúcar.
• Não se deve dar jamais bebida alcoólica (BRASIL, 2003, p. 106).
101
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
102
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A insolação é causada pela ação direta e prolongada dos raios de Sol sobre o
indivíduo. É uma emergência médica caracterizada pela perda súbita de
consciência e falência dos mecanismos reguladores da temperatura do
organismo. Este tipo de incidente afeta, geralmente, as pessoas que
trabalham com exposição excessiva a ambientes muito quentes ou que
sofrem exposição demorada e direta aos raios solares (BRASIL, 2003).
103
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Rim.
b) ( ) Fígado.
c) ( ) Pulmão.
d) ( ) Pâncreas.
104
UNIDADE 2
TÓPICO 3
ALTERAÇÕES MENTAIS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Este tópico traz uma contextualização sobre os primeiros
socorros que devem ser prestados às vítimas que apresentam algum tipo de
alteração mental.
2 CONVULSÃO
A convulsão é uma alteração que é apresentada por a pessoa expor
retraimento muscular involuntário. Sobre as convulsões, Brunet et al. (2014, p. 247)
dizem que:
105
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
106
TÓPICO 3 | ALTERAÇÕES MENTAIS
Quando nos depararmos com uma pessoa que está passando por uma crise
de convulsão, devemos manter a calma e nunca deixar a pessoa sozinha, enquanto
ela não melhorar e receber atendimento médico. Conforme Fernandes e Silva
(2012, p. 146), os primeiros socorros para vítimas de convulsão são:
A vítima que acabou de passar por uma crise de convulsão não pode
fazer grandes esforços e atividades de atenção, como: trabalhos com máquinas
ou equipamentos, dirigir veículos, entre outras, antes de passar por uma
avaliação médica.
3 NEUROSE HISTÉRICA
“A neurose histérica, ou crise de ansiedade, é uma síndrome psiconeurótica
caracterizada por estados de expectativa, apreensão, muita tensão e nervosismo”
(BRASIL, 2003, p. 110).
107
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
4 ALCOOLISMO AGUDO
Quando uma pessoa ingere uma quantidade excessiva de bebida alcoólica,
seu corpo sofre grandes consequências e ter o que podemos chamar de alcoolismo
agudo.
108
TÓPICO 3 | ALTERAÇÕES MENTAIS
109
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Quando uma pessoa ingere uma quantidade excessiva de bebida alcoólica, seu
corpo sofre grandes consequências e ter o que podemos chamar de alcoolismo
agudo.
110
AUTOATIVIDADE
1 Sabemos que as convulsões podem ter várias fontes de origem. Após o estudo
deste tópico, quais são os sinais de convulsão?
2 Quando nos deparamos com uma vítima que está com sintomas de alcoolismo
agudo, qual a primeira atitude que deve ser tomada?
a) ( ) Crise de dores.
b) ( ) Crise de ansiedade.
c) ( ) Crise de nervosismo.
d) ( ) Crise de pânico.
111
112
UNIDADE 2
TÓPICO 4
PRIMEIROS SOCORROS EM
EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Este tópico traz uma contextualização sobre os primeiros
socorros que devem ser prestados às vítimas de acidentes que apresentam lesões
traumáticas nas articulações, nos ossos e nos músculos.
113
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
114
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
ATENCAO
E
IMPORTANT
115
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
116
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
117
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
118
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
Lesão nos
músculos, nas
articulações e
nos ossos
Fratura de mão
ou dos dedos
Fratura de
antebraço
119
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Fratura de
cotovelo
Fratura do
braço
Fratura de
tornozelo ou
pé
Fratura da
perna
120
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
Fratura da coxa
ou fêmur
2.1 AMPUTAÇÕES
A amputação pode ser de todo o membro ou de parte dele. Ela pode
ser criminosa ou ser consequência de acidentes variados, como os de trabalho.
A prevenção desse grave traumatismo está no manuseio correto das máquinas e
das ferramentas potencialmente mutiladoras, na utilização dos equipamentos de
proteção e na máxima cautela do trabalhador.
121
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
• Estancar a hemorragia.
• Realizar a compressão no local quando possível.
• Recolher o membro amputado e acondicioná-lo adequadamente em
um pano seco (gases estéreis ou ataduras), depois colocá-lo em saco
plástico para que possa ser reimplantado.
• Buscar ajuda médica.
De acordo com Brunet et al. (2014, p. 177), os sinais e os sintomas das lesões
musculares são: “Edema (inchaço): presente, músculo muito duro; Movimentos
funcionais: mais ou menos difíceis devido aos espasmos e à fraqueza muscular;
Dor: presente, por vezes acompanhada de cãibras”.
122
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
4.1 AS ENTORSES
Uma entorse é uma “lesão traumática de uma articulação resultante da sua
distorção brusca com alongamento (distensão), uma contusão ou arrancamento
dos ligamentos, mas sem deslocamento permanente das superfícies articulares”
(GARNIER; DELAMARE, 2010 apud BRUNET et al., 2014, p. 177). Segundo o
Manual de Primeiro Socorros da Fiocruz, as entorses e luxações:
São lesões dos ligamentos das articulações, onde estes esticam além de
sua amplitude normal, rompendo-se. Quando ocorre entorse há uma
distensão dos ligamentos, mas não há o deslocamento completo dos
ossos da articulação. As formas graves produzem perda da estabilidade
da articulação às vezes acompanhada por luxação. As causas mais
frequentes da entorse são violências como puxões ou rotações, que
forçam a articulação. No ambiente de trabalho a entorse pode ocorrer
em qualquer ramo de atividade (BRASIL, 2003, p. 153).
“Os locais mais frequentes de entorses são as regiões cervical e dorso lombar
e as articulações do punho, dos dedos, do joelho e do tornozelo. As entorses dos
tornozelos representam a lesão mais frequente no continente norte-americano”
(BRUNET et al., 2014, p. 177). Os sinais e sintomas da entorse são:
• Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas. Após este tempo,
aplicar compressas mornas.
• Imobilizar o local como nas fraturas. A imobilização deverá ser feita na posição
que for mais cômoda para o acidentado (BRASIL, 2003).
123
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
E
IMPORTANT
4.2 AS LUXAÇÕES
Uma luxação é o “deslocamento permanente de duas superfícies articulares
que perdem completamente o contato normal que mantinham entre si” (GARNIER;
DELAMARE, 2010 apud BRUNET et al., 2014, p. 177).
124
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
Por exemplo, uma lesão ocular grave pode levar à cegueira e causar
uma ansiedade extrema na vítima. Deste modo, o interveniente em
primeiros socorros ou socorrista deve avaliar adequadamente a vítima e
agir de forma apropriada e rápida, contribuindo assim para diminuir a
sua ansiedade (BRUNET et al., 2014, p. 196).
• Contusões no olho: resultam de uma pancada direta infligida por um objeto que
pisa o olho sem provocar feridas. A equimose nem sempre surge de imediato,
mas pode haver efusão sanguínea no olho (hifema) e danos na sua parte interna.
A vítima com este tipo de lesão deverá ser transportada para o hospital/centro
de saúde com a cabeça imobilizada.
125
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
• Irrigar o olho com soro fisiológico durante vários minutos se for o caso
de lesão por agentes químicos ou corpos estranhos.
• Não utilizar medicamentos tópicos (colírios ou anestésicos) sem
avaliação do oftalmologista.
• Não remover objetos, estabilizá-los com curativo sem pressionar os
olhos.
• Ocluir os dois olhos, com gaze umedecida, mesmo em lesões de apenas
um olho. Essa conduta reduz a movimentação ocular e o agravamento
da lesão.
• Em caso de o globo ocular sair, não tentar recolocá-lo.
• Efetuar a oclusão dos dois olhos.
Um traumatismo no olho, por mais insignificante que possa ser, pode causar
muita ansiedade na vítima; o socorrista deverá, portanto, tranquilizá-la. Deverá
explicar-lhe bem o que se passa e manter um contato verbal constante, mas também
um contato não verbal, como segurar-lhe a mão, para tranquilizá-la ainda mais.
126
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
127
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
128
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
DICAS
129
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
130
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
DICAS
• Se a vítima estiver consciente, aproxime-se dela de frente, para que o veja sem
ter de voltar a cabeça.
131
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Brunet et al. (2014, p. 168) ainda citam que “as duas regiões mais vulneráveis
da coluna vertebral são a cervical e a lombar. É, portanto, nestas regiões que ocorre
a maioria das lesões”.
132
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
• Dor: pode ser viva, como se a vítima estivesse a ser cortada em duas, ou estar
completamente ausente.
• Deformação: possível.
133
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Ela poderá conseguir ouvir, uma vez que a audição é o último sentido
a ser afetado.
• Se a vítima vomitar, coloque luvas de vinil descartáveis e coloque-a
em posição lateral de segurança, assegurando-se de que virará
simultaneamente a cabeça e o corpo, se possível com a ajuda de outros
socorristas.
• Observe se existe líquido a sair pelos ouvidos ou pelo nariz. Em caso
afirmativo, não tente parar o escoamento. Cubra ligeiramente o ouvido
ou o nariz com uma compressa esterilizada para prevenir uma infecção.
• Observe a respiração da vítima: é ruidosa por causa das secreções
acumuladas na boca ou de um traumatismo cerebral? É rápida ou
superficial? Retire da boca qualquer objeto causador de obstrução,
incluindo dentes partidos ou próteses dentárias se estiverem a perturbar
a respiração.
• Se houver parada respiratória, proceda a respiração artificial abrindo
as vias respiratórias através do traço maxilar, sem inclinação da cabeça,
se conhecer esta técnica específica.
• Observe também os sinais de circulação sanguínea, a reação à dor,
qualquer subida da temperatura e qualquer alteração do estado
neurológico.
• Não deixe a vítima sozinha.
• Tape-a para evitar o estado de choque e a perda de calor. Nunca
lhe eleve as pernas. Esta manobra aumentará a pressão sanguínea na
cabeça e provocará complicações em caso de hemorragia cerebral, de
compressão cerebral e fratura craniana.
• Enquanto aguarda pelos Serviços de Emergência, vigie constantemente
o estado da vítima. Volte a efetuar o exame primário e verifique
regularmente o seu estado de consciência, continuando a falar sempre
com ela.
• Se a vítima estiver consciente:
• Insista na importância de permanecer imóvel, para não agravar o seu
estado.
• Proceda a um exame neurológico. Este exame é um bom indicador
do funcionamento cerebral, uma vez que este pode ser afetado em caso
de traumatismo na coluna vertebral. Verifique se a vítima apresenta
entorpecimento, formigamento ou perda de sensibilidade ou de
atividade muscular nas extremidades. Na sequência de uma ruptura
da medula espinhal, a vítima poderá ter dificuldade ou ser incapaz de
executar movimentos. Peça à vítima para mexer levemente os dedos das
mãos e dos pés e toque neles para ver se ela sente. Em caso afirmativo,
peça-lhe para apertar ligeiramente a sua mão. Verifique igualmente a
orientação T-E-P (tempo, espaço, pessoas) e a dimensão das pupilas. A
escala de coma de Glasgow pode fazer igualmente parte da avaliação
neurológica do socorrista.
Se a vítima estiver usando capacete:
Não tire o capacete se ela estiver respirando. Levante apenas a viseira.
Se existir uma amarração no queixo, desaperte-a, retirar um capacete
é uma manobra delicada. Quando um motociclista tem um acidente,
apenas um socorrista com formação especializada poderá tirar-lhe o
capacete, caso contrário este deve ser mantido na cabeça. Se a vítima
não respirar e o socorrista tiver a formação necessária, pode tirar-lhe o
capacete para efetuar as manobras de RCR. Caso não tenha formação
especializada para retirar o capacete, limitar-se-á a fazer compressões
torácicas.
134
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
DICAS
135
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
136
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
A primeira coisa a ser feita é providenciar para que seja encontrado socorro
médico ou remoção especializada o mais rápido possível. Em seguida, colocar o
acidentado em local confortável, em decúbito dorsal, colocando uma manta ou
cobertor enrolado sob seus joelhos, para diminuir a pressão sobre o ventre e
impedir o afastamento muscular (BRASIL, 2003). Observe a figura a seguir.
LEITURA COMPLEMENTAR
137
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Já a NR-7 estabelece:
138
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
139
UNIDADE 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
140
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
141
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• Se suspeitar de fratura a nível cervical, o socorrista pode utilizar um colar cervical para
estabilizar a vítima. É importante salientar que apenas os socorristas especializados
podem imobilizar a cabeça com um colar cervical (BRUNET et al., 2014).
• São diversas as situações que podem conduzir a uma lesão na coluna vertebral.
Um choque direto ou indireto força a coluna a curvar-se para além dos seus
limites anteriores ou posteriores.
142
• As lesões traumáticas podem assumir proporções desastrosas se não atendidas
com o primeiro socorro adequado. A maioria das lesões traumato-ortopédicas
não apresenta muita gravidade (BRASIL, 2003).
143
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Colocar gelo no local e não imobilizar, uma vez que a fratura está
desalinhada.
b) ( ) Realinhar a fratura bem lentamente e imobilizar o local atingindo a
articulação acima e abaixo da lesão.
c) ( ) Colocar gelo sobre a área em desalinho e fazer curativo compressivo
antes de imobilizar apenas o local da fratura.
d) ( ) Imobilizar o local, atingindo a articulação acima e abaixo da lesão, sem
realinhar a fratura.
144
UNIDADE 3
PRIMEIROS SOCORROS EM
EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles você
encontrará atividades que o auxiliarão na apropriação dos conhecimentos.
145
146
UNIDADE 3
TÓPICO 1
CHOQUE ELÉTRICO
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Nesse tópico, você irá estudar sobre o choque elétrico e
seus primeiros socorros. Sabemos que são muito comuns acidentes com choque
elétrico em empresas de diversos ramos de atividades. Mesmo a legislação sendo
vigorosa em relação à eletricidade, as fatalidades ainda existem.
2 CHOQUE ELÉTRICO
Quando uma corrente elétrica percorre o corpo humano, ela produz
calor, queimando seriamente os tecidos, a ponto de destruir. A descarga elétrica
pode ocasionar diversos problemas no sistema elétrico do corpo, gerando assim
problemas no desempenho do coração, como uma parada cardíaca.
“O choque elétrico ocorre quando uma corrente elétrica (I) passa pelo
corpo humano e a diferença de potencial – tensão (V) – é capaz de vencer a
resistência elétrica desse corpo” (SALIBA, 2015, p. 47). Em outras palavras,
podemos complementar que “o choque elétrico ocorre quando há passagem de
uma corrente elétrica pelo corpo em contato com um objeto eletrificado, o que
pode provocar queimaduras, parada respiratória e outras lesões” (FERNANDES;
SILVA, 2012, p. 86).
147
UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
148
TÓPICO 1 | CHOQUE ELÉTRICO
“Quanto maior for o tempo de exposição à corrente, maior será seu efeito
no organismo e maiores serão as consequências do choque. Assim, o acidente de
maior gravidade normalmente ocorre quando o trabalhador fica preso ao circuito
elétrico” (SALIBA, 2015, p. 51).
Quando a vítima sofreu uma eletrocussão quer dizer que ela foi exposta a
uma dose de energia elétrica que foi fatal, ocasionando a sua morte. Essa energia
geralmente é fornecida pelos fios de alta tensão e também pelos raios, que possuem
uma voltagem maior do que 600 volts.
Sabemos que o choque elétrico não é uma situação fácil de lidar. Uma
pessoa que levou um choque elétrico pode se apavorar, deixando a situação mais
complicada ainda, pois além de levar o choque, a pessoa pode deslocar ou até
149
UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
fraturar alguma parte do corpo, pode a vítima ficar inconsciente, entre outras
situações complicadas.
Efeitos gerais:
• Mal-estar geral
• Sensação de angústia
• Náusea
• Cãibras musculares de extremidades
• Parestesias (dormência, formigamento)
• Ardência ou insensibilidade da pele
• Escotomas cintilantes (visão de pontos luminosos)
• Cefaleia
• Vertigem
• Arritmias (ritmo irregular) cardíacas (alteração do ritmo cardíaco)
• Falta de ar (dispneia).
Principais complicações
• Parada cardíaca
• Parada respiratória
• Queimaduras
• Traumatismo (de crânio, ruptura de órgãos internos etc.)
• Óbito.
150
TÓPICO 1 | CHOQUE ELÉTRICO
E
IMPORTANT
151
RESUMO DO TÓPICO 1
• O choque elétrico ocorre quando uma corrente elétrica (I) passa pelo corpo
humano e a diferença de potencial – tensão (V) – é capaz de vencer a resistência
elétrica desse corpo.
• Quanto maior for o tempo de exposição à corrente, maior será seu efeito no
organismo e maiores serão as consequências do choque. Assim, o acidente
de maior gravidade normalmente ocorre quando o trabalhador fica preso ao
circuito elétrico.
• Não tocar na vítima até que ela esteja separada da corrente elétrica ou que esta
seja interrompida.
152
AUTOATIVIDADE
a) ( ) NR-1.
b) ( ) NR-5.
c) ( ) NR-10.
d) ( ) NR-22.
153
154
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, veremos sobre as queimaduras e as medidas de primeiros
socorros prestadas às vítimas acometidas por essas lesões, independentemente se
o acidente foi no ambiente de trabalho ou doméstico.
2 QUEIMADURAS
A temperatura – calor ou frio – e os contatos com gases, eletricidade,
radiação e produtos químicos podem causar lesões diferenciadas no corpo humano
(BRASIL, 2003).
155
UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
156
TÓPICO 2 | PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURAS
E
IMPORTANT
157
UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
158
TÓPICO 2 | PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURAS
3 FATORES DE RISCO
“Fatores de risco como a idade, a presença de doenças cardiovasculares,
respiratórias ou renais, de diabetes ou de problemas arteriais, o enfraquecimento
generalizado e a má nutrição tornam as vítimas menos aptas a se recuperarem de
uma queimadura” (BRUNET et al., 2014, p. 212).
DICAS
159
UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
160
TÓPICO 2 | PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURAS
Saram geralmente
Comparável ao no espaço de cinco a
Primeiro grau
eritema seis dias sem deixar
cicatrizes.
Epiderme
danificada;
presença de
Cicatrizam,
vesículas.
Segundo grau habitualmente, no
Dor intensa
superficial espaço de três a
devido ao
quatro semanas.
atingimento
das terminações
nervosas
161
UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
Quarto grau
Tecidos
carbonizados,
secos, castanhos
ou brancos.
Perda total da
sensibilidade.
Diminuição
Quarto grau ou perda dos
movimentos se
a queimadura
atingir uma
extremidade de
um membro.
Risco de
amputação. FONTE: Disponível em: < http://
slideplayer.com.br/slide/390936/>.
Acesso em: 30 set. 2016.
FONTE: Adaptado de Brunet et al. (2014)
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TÓPICO 2 | PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURAS
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 2 | PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURAS
Evite o contato direto com a vítima se ela ainda estiver sofrendo o choque
elétrico; procure desligar a fonte de energia e, se não for possível, afaste-a da fonte da
corrente, utilizando um mau condutor de energia, como madeira, pedaços de tecidos
fortes, luvas, conforme podemos visualizar na Figura 6. Mantenha a vítima deitada.
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
“A maioria dos danos é interna, danos esses que podem ser mais extensos
e profundos do que aparentam, pois estão associados à intensidade e trajetória da
corrente e à duração da exposição” (BRUNET et al., 2014, p. 221).
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TÓPICO 2 | PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURAS
Atenção:
• Pequenos pontos calcinados com aspecto oco, rodeados de pele esbranquiçada
e por uma zona de pele vermelha nos pontos de entrada e saída da corrente
elétrica.
• Ausência frequente de dor, devido à destruição das fibras nervosas pela
passagem da eletricidade.
• A vítima pode estar estupefata (espantada) e confusa.
• Inconsciência e parada cardiorrespiratória possíveis.
• Possibilidade de fraturas ou deslocamentos por causa da força da corrente.
• Eventual lesão na cabeça ou no pescoço na sequência de uma queda.
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 2 | PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURAS
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
Veja alguns cuidados básicos que se deve tomar em caso de socorro à vítima
de queimaduras.
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TÓPICO 2 | PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURAS
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
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RESUMO DO TÓPICO 2
• Queimadura é toda e qualquer lesão sofrida pelos tecidos, ocasionada pela ação
do calor em todas suas modalidades (seco ou úmido), por contato direto; por
radiação e até mesmo por meio de alguns animais e plantas, como: as larvas, a
água viva e a urtiga (FERNANDES; SILVA, 2012).
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o Segundo grau: quando as lesões provocam a formação de bolhas, pele
avermelhada, manchada e com coloração variável, dor, inchaço, provável
estado de choque, com os restos da pele queimada soltos. Quando atingem
grande área do corpo, podem provocar alterações do estado geral do
organismo.
• Lesões induzidas pela passagem de corrente elétrica pelo corpo de uma pessoa
que, dependendo da intensidade da corrente, da resistência, da voltagem e do
tempo de exposição, podem ser mais, ou menos graves. Algumas literaturas
classificam a queimadura produzida por corrente elétrica como sendo de quarto
grau (ROCHA, 2011).
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• Antes de qualquer intervenção junto de uma vítima de queimaduras elétricas,
o socorrista deverá assegurar-se de que ele próprio ou outra pessoa não serão
eletrocutados (BRUNET et al., 2014).
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AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 3
TÓPICO 3
ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Quando se ouve falar em intoxicação e envenenamento, pensamos logo
em veneno, mas o que é um veneno? Podemos definir veneno como substâncias
que, devido a suas propriedades e dose, quando absorvidas pelo corpo, podem
produzir lesões temporárias ou permanentes. Devido a esses danos, a intoxicação
ou envenenamento pode ser considerada uma emergência médica.
DICAS
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
Ingestão
- Vestígios do veneno em torno e no interior da boca.
- Lábios inchados, vermelhos e manchados.
- Saliva excessiva.
- Hálito com odor particular (nos derivados de petróleo).
Sinais
- Transpiração abundante.
- Vômitos.
- Convulsão.
- Sonolência com possível deterioração de estado de consciência.
- Dificuldade respiratória (possível inchaço da laringe).
- Calafrios.
Sintomas - Náuseas.
- Queimaduras na boca e em torno desta, se o produto for corrosivo.
- Dores na boca, no estômago e no abdômen (cãibras).
FONTE: Adaptado de Brunet et al. (2014, p. 238)
1. Não faça a vítima vomitar. Se, no entanto, ela vomitar, conserve uma
amostra do vômito.
2. Nos primeiros minutos após a absorção de uma substância corrosiva,
faça-a beber uma ou duas goladas de água com a maior brevidade
possível; após os cinco minutos, não lhe dê nada.
3. Não dê leite: o leite não é antiveneno. Pelo contrário, favorece a
absorção das substâncias lipossolúveis (por exemplo: bolas de naftalina
e cânfora).
4. Em alguns casos, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica
recomenda a administração de um xarope vomitivo (ipeca), quando o
produto ingerido não é corrosivo e a vítima não está sonolenta. Esse
vomitivo só deve ser dado por indicação do Centro de Informação e
Assistência Toxicológica (BRUNET et al., 2014, p. 240).
ATENCAO
Plantas venenosas
As plantas venenosas crescem nos campos, jardins, casas e no local do trabalho. Sua ingestão pode
causar alterações nos sistemas circulatórios, gastrointestinal ou nervoso central. Cerca de meia
hora após a ingestão de uma planta venenosa, a vítima pode apresentar sinais clássicos de colapso
circulatório; frequência cardíaca alta; queda de pressão arterial; sudorese; cianose e fraqueza.
A diefembácia ("comigo-ninguém-pode") é uma planta encontrada com muita frequência em
casa e nos escritórios e outros ambientes de trabalho. A ingestão de uma dessas plantas pode
causar edema das membranas mucosas, provocando dificuldade de deglutição. Se o edema
for intenso, a vítima corre risco de vida devido à total obstrução das vias aéreas. O atendimento
especializado é urgente após a aplicação do suporte básico da vida.
As seguintes plantas são exemplos de agentes que podem causar distúrbios circulatórios ou
irritação cutânea nas vítimas: Nabo venenoso; Lírio-do-vale; Coração-de-Maria; Íris; Loureiro;
Erva-de-passarinho; Pedófilo; Trepadeira venenosa; Cogumelos; Cicuta venenosa; Quatro
horas; Broto de batata; Maconha; Caroço de pêssego; Diefembácia; Caroço de cereja; Caroço
de damasco (BRASIL, 2003, p. 175).
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
E
IMPORTANT
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
DICAS
Acesse os sites:
Normalmente, os membros inferiores são mais afetados, por isso o uso dos
equipamentos de proteção individual (sapatos, botas, luvas de couro, perneiras)
pode reduzir o número desse tipo de acidente. A faixa etária mais afetada é de 15 a
49 anos e em trabalhos no campo. Em 2013, segundo o SINITOX, foram registrados
983 acidentes com serpentes.
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
FIGURA 42 – CASCAVEL
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
FIGURA 43 – JARARACUÇU
FIGURA 44 – SURUCUCU
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
FIGURA 45 – CAIÇARA
FIGURA 46 – COTIARA
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
Proteolítica
Poucos casos estudados: manifestações clínicas semelhantes
Hemorrágica
Evidentes ao acidente por Bothrops, acrescidas de sinais de excitação
Neurotóxica
vagal (bradicardia, hipotensão arterial e diarreia).
Lachesis Coagulante
Dor muscular
generalizada. Urina Urina avermelhada ou marrom
Miotóxica avermelhada ou escura (hemoglobinúria e
marrom. Edema discreto mioglobinúria). Oligúria e
Discretas ou no local da picada. anúria (Insuficiência renal
Crotalus
ausentes aguda).
Hemolítica Urina avermelhada
* Nos acidentes causados por filhotes de Bothrops o edema e a dor no local da picada podem
estar ausentes, predominando a ação coagulante do veneno.
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
Deve-se:
- Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão.
- Manter o paciente deitado.
- Manter o paciente hidratado.
- Procurar o serviço médico mais próximo.
- Se possível, levar o animal para identificação.
O que não se deve:
- Fazer torniquete nem garrote.
- Cortar o local da picada.
- Perfurar ao redor do local da picada.
- Colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes.
- Oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos (FERNANDES;
SILVA, 2012, p. 163, grifo do original).
Algumas ações podem ser tomadas a fim de prevenir esse tipo de acidente,
tais como:
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
Os primeiros socorros gerais para acidentes com aracnídeos são iguais aos
de acidentes com serpentes e o tratamento se concentra na administração de soro
específico. A seguir vamos conhecer algumas informações relevantes sobre cada
gênero e os sintomas e sinais em caso de picada desses animais.
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
NOTA
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
presença das cerdas, após 24-48 horas do contato e infiltração histiocitária, células
gigantes e granulomas envolvendo as cerdas com fibrose variável em danos tardios
(CARDOSO; JUNIOR, 2005). A FUNASA (2001, p. 74) indica como tratamento:
• Não acumular entulho, lixo doméstico, ferro velho, telhas e tijolos, mantendo
limpos quintais, jardins e terrenos baldios.
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
• Fazer a limpeza de locais com vasta folhagem, usando botas, luvas e calças
compridas.
• Muros e calçamentos devem ser cuidados para que não apresentem frestas
onde a umidade se acumule e os animais possam se esconder.
• Por telas nas janelas, vedar ralos de pia, tanque, chão e soleiras de portas com
saquinhos de areia ou frisos de borracha.
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TÓPICO 3 | ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Lagartas Urticantes
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UNIDADE 3 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA
Aranhas
Escorpiões
Serpentes
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RESUMO DO TÓPICO 3
• Nunca devemos nos esquecer de que, antes de prestar o socorro à vítima, temos
que assegurar a nossa segurança para que possamos atuar de maneira adequada.
203
AUTOATIVIDADE
204
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.
Acesso em: 26 jan. 2016.
205
FORTES, J. I. et al. Curso de especialização profissional de nível técnico em
enfermagem – livro do aluno: urgência e emergência. São Paulo: FUNDAP, 2010.
MANUAL MSD. Cãibras produzidas pelo calor. 2016. Disponível em: <http://
www.manuaismsd.pt/?id=304>. Acesso em: 15 set. 2016.
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ANOTAÇÕES
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