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1º) identificar sua sólida estruturação da desigualdade social brasileira e apontar para o modo
como ela se torna uma forma de violência (física e simbólica), contra as vidas e os corpos
periféricos. A desigualdade é beneces economicas, culturais, luxo, opções variadas (campo da
informação e doa posse dos canais de infor) enquanto a base da piramide, precisa gozar com o
mínimo qe dipoe, recursos parcos, escasssez, privação, faltaa de acessso, falta de informação,
parquissimas opções, exropriação, recuros exiguos. Mas evidente que a potencia vital não é
menor, querem poder, querem acesso, querem gozar. E quanto mais exposição ao luxo e a
riqueza se sofre hoje me dia no mundo ultramidiatico, então as ganas de ter aumentam, ainda
mais tendo em vista um campo de experiencias que impele como o mais importante o ter. Antes
a religião oficial e dominante estimulava aos pobres a não ter, a sofrer privações conformados, e
tirando dela uma promessa de futuro extramundano. Mas hoje em dia nem a religiao
predominante nas periferias e zonas urbanas em geral não são baseadas na pobreza, mas
também impele ao incremento drástico, exponencial e mágico das rendas, muito afim da
dinamica do capital, portanto. O sonho do capital adentrou na mente e nos afetos, e , mesmo nas
regras morai sdo povo globalizado, e está nas favelas tal como nas reuniões de negócio dfeitas
em hoteis de luxo em qe se arranjam grandes negocios.
2º) mostrar de que modo estas condições sociais e afetivas inviabilizam os processos
educacionais que lhes são oferecidos pelas instituições escolares, que de resto, funcionam ainda
dentro dos moldes das expectativas e dos padrões de vida das classes médias.
De 2014 a 2019 foram 4 anos de aumento ininterrupto do aumento da desigualdade, uma série
recorde na ampliação da iniquidade do trabalho no Brasil (ver NERI, FGVSocial). Apenas em
2015 a pobreza cresceu 19%, arrastando para a escassez algo mais de 3,6 milhões de pessoas
(ibidem, p. 15)
A Crise instalada em 2014, porém não gerou perda de renda para todos os brasileiros. As
camadas mais ricas tiveram aumento de seus dividendos com a ruptura política e o caos social
criado com ela.
Nesse gráfico se vê que os 10% mais ricos tiveram um acrescimo de 2,5% em sua renda
de lá pra cá, os 5% mais ricos um aumento de 4,3% e o 1% mais rico uma elevação maior ainda,
de 10%. Ou seja, a crise foi um bom negocio para os mais ricos.
***
Até aqui uma pequena introdução à política de manutenção da exclusão social como um
programa que toma conta das mentes da sociedade, partindo dos grupos da elite e sendo
adaptadas e divulgadas pela mídia para as classes médias e absorvidas por falta de opção pelas
classes pobres.
Busquemos perceber agora os moldes que amarram as vidas humanas em mundos bem
separados, isto é, as estruturas da desigualdade social. Verificaremos agora o “mapa da
desigualdade” para a cidade de São Paulo, com dados de 2019.
São 96 distritos, que são as unidades apontadas. Vamos indicar os extremos para
averiguar a situação da região de Cidade Lider, Artur Alvim e Itaquera, considerando que esses
dados não refletem a situação das favelas situadas na Lider ou outras, mas sim de toda a região,
na qual as favelas tem um peso que são contrabalanceado por moradores do bairro em
melhores espaços e condições.
Alto de Pinheiros 0
Bela Vista 0
Brás 0 Gravidez na adolescência
Cambuci 0 (Proporção de nascidos vivos cujas mães tinham 19
Consolação 0 anos ou menos, em relação ao total de nascidos vivos
Jardim Paulista 0 (%)
Moema 0
Perdizes 0 Moema 0,35
… Perdizes 0,54
Itaquera 6,89 Itaim Bibi 0,70
Artur Alvim 7,59 Jardim Paulista 0,74
Cidade Líder 7,85 Pinheiros 0,92
… …
Morumbi 16,59 Cidade Líder 10,12
Parque do Carmo 19,26 Itaquera 10,51
… Parque do Carmo 11,97
Jardim Ângela 25,83 …
Campo Limpo 26,63 Cidade Tiradentes 16,42
Capão Redondo 27,66 Parelheiros 16,53
Vila Sônia 27,72 Marsilac 18,85
Sacomã 27,98
Brasilândia 29,60
Vila Andrade 49,15 Idade média ao morrer
Moema 80,57
Jardim Paulista 79,85
Consolação 79,43
Alto de Pinheiros 79,09
Itaim Bibi 78,67
…
Artur Alvim 68,86
Cidade Líder 65,15
Itaquera 64,62
…
Grajaú 58,64
Marsilac 57,51
Cidade Tiradentes 57,31
MAPA DA VIOLÊNCIA CONTRA JOVENS NEGROS
No ano de 2016 , 62.517 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, 33.590 jovens
foram assassinados, sendo 94,6% do sexo masculino e desse percentual, 71,5% são
negros. A taxa de homicídios de negros é de 40,2 por 100 mil habitantes enquanto que a
taxa de homicídios de não negros é de 16,0.
Na cidade de São Paulo, a taxa de homicídio é de 12,6 por 100 mil habitantes, índice
abaixo da média nacional de 21,9 por 100 mil habitantes. Ainda assim, a população
negra e em especial a sua juventude é a mais vitimada pela violência letal.
O número de jovens abaixo da linha de pobreza, na cidade de São Paulo é duas vezes
superior ao dos jovens brancos, todavia a quantidade de jovens negros beneficiados por
programas sociais de transferência de renda (PTR) é apenas 1% maior.[verificar em
MAPA DA JUVENTUDE, 2014 em :
https://ceapg.fgv.br/sites/ceapg.fgv.br/files/u60/mapa_da_juventude_da_cidade_de_sao_paulo.pdf]
O Mapa da Juventude, outro importante indicador, trouxe em seus estudos que os
distritos mais vulneráveis apresentam taxas de mortalidade de três a quatro vezes
superiores que os demais jovens do restante da cidade. O segmento que mais morre por
causas externas é a população masculina entre 20 e 24 anos.
Ao analisar a distribuição dos homicídios no espaço urbano de São Paulo, o Instituto Sou
da Paz encontrou dados referentes à violência letal no período de janeiro de 2012 a
junho de 2013, constatando que as localidades de maior incidência de homicídios
concentram-se nas áreas correspondentes à 6ª seccional. Esta reúne diversos distritos
policiais da zona sul e abrange os bairros de Parelheiros, Santo Amaro e Cidade Ademar,
representando 25,3% dos homicídios.
Veja-se a proporção de jovens assassinados no distrito Cidade Lider. A EMEF O
Negro está exatamente na mancha correspondente à altíssima taxa.
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O histórico das mortes violentas no Estado de SP apresenta um aumento vertiginoso ao
desde o inicio da decada de 1980 até o ano 2000 chegando a patamares aos de paises
em guerra civil. Este periodo sensivelmente critico da sociedade é fruto do colapso da
proliferação urbana sem planejamento (que já vinha sendo realizado por migrantes
sobretudo do NE desde 1960-1970), com descaso social, cujos fundamentos sociais
eram a sede de lucro das grandes empresas que prosperavam em areas da cidade
distantes das moradias pobres de seus funcionários. Nos espaços de maior abandono a
juventude relegada a própria sorte, formada sobretudo por negros, se entregava ao caos
de injustiça, humilhadas pela riqueza exposta nas midias ao qual se viam decididamente
privados e cuja indignação era sufocado pelas forças políciais - não só aos criminosos
de fato, ma distribuidos aleatoriamente pelas periferas numa tática oficalizada de
prevenção, orientadas por uma política pública de segurança projetada pela Escola
Superior de Guerra, por meio de documentos oficiais cuja orientação frente ao
crescimento das populações pobres e faveladas, era “matá-los e destrí-los” (cf.a cartilha
da ESG chamado ‘Desafios para o séc. XXI”, IN:Prof. Dennis de Oliveira EXTERMINIO DE
JOVENS NEGROS)
graf. abaixo retirado do artigo VINTE ANOS DE HOMICÍDIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO,
de Paulo Borlina Santos, pesquisador do SEADE.
Desde a decada de 90 com a proporção alarmante dos assassinatos, muito se
tem debatido sobre o tema, gerando or exemplo o Instituto Sou da Paz, o Atlas da
Violencia IPEA?, o Nucleo de Estudos da Violência-USP, a política de desarmamento, a
revisão da política de assasinato feita pela corporação da PM depois dos escanda-los da
chacina do carandiru e da Favela Naval.
O tema da violência explodiu nas vozes populares dessa população com a
emerção do RAP na cultura popular da periferia, tendo ocmo acontecimento iconico o
disco Sobrevivendo no Inferno de 1997, cuja vendagem foi de astros da música, mesmo
sem receber investimento em propaganda pelas gravadoras. O corpus literario desse
disco problematza e expoe aspectos importantes da violencia das ruas paulistanas
naquele momento, pondo destaque no estilo de vida das comunidades negras, muitas
vezes nos coloca diante dos dilemas, pensamentos e atitudes do grupo de jovens
inclinados à criminalidade vivem. Nos termos prpopostos pelo grupo, são canções que
nos sujerem tentar entrar na “mente do vilão”, como é o caso da faixa, “artigo 157” ou em
“Racionais Versiculo 3”
a DESIGUALDADE SOCIAL E ECONOMICA É DE FATO DISFARÇADA QUANDO O
ASSUNTO É O APRENDIZADO ESCOLAR. Não querendo admitir que a exclusão é
definitiva na disposição para com os estudos, que forma a predisposição e a visã ode
mundo, dá a estabilidade emocional necessária e prepara o sindividuos para se
comportarems no padrão que a escola exige, que não é natural, mas um arbitrário
cultural construido por certas classes sociais. E a vida que veio das senzadas,
carregadas de violência que permanecem se reproduzndo nas violencias políciais, na
subnutrição, na subinformação, na exploração máxima de seus responasaveis pelo
mundo do trabalho precarizado, em que não há baba o upreceptorese as crianças
passam a viver em situação de rua, jogadas a própria sorte. Em meio a problemas de
vicios e alcoolismo que as classe spobres recorrem para aplacar o desespero,a
frustração e o fracasso social. As elites quando falam em educação não levam em conta
as difererntes formações sociais e culturais que existe por trás da exloração economica.
É o que podemos notar na materia abaixo que transcreve a opinião do grupo Todos pela
educação sobre o baix orendimento das crianças pobres nas provas de alfabetização de
2014:
As desigualdades na qualidade da educação começam cedo no Brasil, e crianças de
famílias com nível socioeconômico mais alto têm desempenho considerado adequado
desde a alfabetização. Entre aquelas com nível socioeconômico mais baixo, o percentual
das que têm aprendizado adequado chega a ser seis vezes menor.
Os dados são de levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação (TPE), com
base nos resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) de 2014. Entre as
crianças que pertencem a camadas mais pobres da população, ou seja, cuja família tem
renda de até um salário mínimo (R$ 937), apenas 45,4% têm o nível adequado,
estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) em leitura; 24,9%, em escrita; e 14,3%,
em matemática.
Entre as crianças de famílias mais ricas, com renda familiar acima de sete salários
mínimos (R$ 6.559), os percentuais aumentam: 98,3% têm nível considerado adequado
em leitura; 95,4%, em escrita, e 85,9%, em matemática. O levantamento do TPE levou em
consideração o Indicador de Nível Socioeconômico (Inse) do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que além de renda, inclui
outros dados, como a escolaridade dos pais ou responsáveis.
"O que preocupa é notar que as desigualdades começam muito cedo", diz o gerente de
Conteúdo do Todos pela Educação, Ricardo Falzetta. "Se tivesse um sistema
funcionando muito bem, todos teriam as mesmas oportunidades, independentemente
de raça, cor, religião, localidade. As condições socioeconômicas não mudam a
capacidade da criança de aprender. Se tiver educação de qualidade, ela vai ter a mesma
aprendizagem que qualquer outra criança."
Nelas a culpa é certamente da escola que não ensina direito, já que é a educação que
não funciona direito. Temos a compartilhar certamente críticas à educação, mas
certamente não estamos de acordo que o periodo que corresponde o ciclo de letramento
(3anos) não são suficientes para deixar crianças de oriegens sociais absurdamente
dispares em pé de igualdade. Em resumo: não, as crianças não tem a mesma igualdade
de oportunidades porque frequentaram as mesmas escola por 3 anos. POis por trás
desses 3 anos existem o dobro do periodo em algum lugar que preparava as
precondições da aprendizagem. A habilidade de ouvir em silencio, de argumentar,
acesso a um vocabulário rico, a explicações de mundo, a locais privados e públicos
variados. Acesso a uma familia que acompanha e se interessa pela vida escolar do filho
como por uma série de outras questões da vida pessoal da criança. Lidamos com
crianças que com 10 ou 11 anos não sabem da data do seu aniversário. Essas lacunas
são fundamentais no processo de bloqueio do inconsciente pelas questões que dizem
respeito ao saber em geral. Como interessará a uma criança dominar os conteúdos
escolares se na sua formação fetal, na sua tenra infância sentia-se rejeitada, desprezada,
ofendida por condições miseráveis e uma cultura da pauperizada, em que não fazia
sentido a comemoração do aniversário de uma criança, seja por um desleixo familiar
seja por falta de condições de arcar financeiramente com os pressupostos desse
simples ritual familiar. Lidamos com crianças cujo endereço lhes são desconhecidos,
dessa vez porque de fato não existe, não há numeração no barracos da favela, não há
precisão nas ruelas e o serviço postal d o Estado não adentra aquela área, como muitos
outros não o fazem. Essas condições sociai,s, economicas e culturais abrem uma
perspectiva existencial de tal maneira caótica e desalentada que torna muito equivocada
a afirmação de “as condições socioeconômicas não mudam a capacidade da criança de
aprender”.
O discurso liberal aqui em questão não chega a rejeitar a influência das condições
emocionais e mentais atordoadas pela privação, a humilhação social, ele simplesmente
o ignora, o mantém oculto voluntaria ou involuntariamente. Daí é claro, a culpa que não é
de uma origem de privações e agressẽs, é do s professores, como diz textualmente:
"Essas crianças estão avançando nas séries sem o devido desenvolvimento. O domínio
da língua passa a ser cada vez mais fundamental para avançar em todas as áreas", diz
Falzetta. Ele ressalta, no entanto, que não é possível desistir dessas gerações. "Não
adianta dizer que a culpa é de quem não alfabetizou direito. Tem que entender que vai
haver crianças em turmas heterogêneas e que é preciso ter estratégias para cada
grupo."
(http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-04/alfabetizacao-entre-criancas-mais-ricas-e-seis-vezes-maior-que-entre-po
bres)