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22/06/2019 Versão para impressão

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1. Número: 70081181612 Órgão Julgador: Décima Sétima Câmara Cível

Tipo de Processo: Apelação Cível Comarca de Origem: Comarca de Canela

Tribunal: Tribunal de Justiça do RS Seção: CIVEL

Classe CNJ: Apelação Assunto CNJ: Contratos Bancários

Relator: Liege Puricelli Pires Decisão: Acórdão

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO MONITÓRIA. EMBARGOS. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO. CAPITAL DE GIRO. DEMONSTRATIVO DE EVOLUÇÃO DO DÉBITO. AFASTADA PRELIMINAR DE
INÉPCIA DA INICIAL. SÚMULA 247 DO STJ. JUROS REMUNERATÓRIOS. CAPITALIZAÇÃO MENSAL. COMISSÃO DE
PERMANÊNCIA. I. Nos termos da Súmula 247 do STJ, é cabível o ajuizamento, por instituição financeira, de ação monitória fundada em
débito decorrente de contrato de abertura de crédito em conta-corrente, bastando, para tanto, a juntada do contrato e de extratos mensais que
demonstrem a evolução do crédito. II. Juros remuneratórios: As taxas de juros aplicadas nos contratos bancários não podem desbordar da
média praticada pelo mercado financeiro para o mesmo tipo de contrato e período, segundo tabela divulgada pelo BACEN. No caso dos
autos, não verificada abusividade. III. Capitalização dos juros: Desde que expressamente pactuada, é possível a capitalização mensal dos
juros remuneratórios em se tratando de contrato firmado por instituição financeira após 31 de março de 2000, nos termos do artigo 5º da
Medida Provisória nº 2.170-36/01. No caso dos autos, há cláusulas prevendo a capitalização mensal dos juros. IV. Comissão de
permanência: Segundo súmula 294 do STJ, não é potestativa a cláusula contratual que prevê a comissão de permanência calculada pela taxa
média de mercado apurada pelo Banco Central do Brasil, desde que limitada à taxa de juros do contrato prevista para o período da
normalidade. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70081181612, Décima Sétima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 13/06/2019)

Data de Julgamento: 13/06/2019

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