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Conceitos Básicos de

Telecomunicações

Elaborado por: Roberto Giampietro Pagano


Julho/99
TERMINOLOGIA

Velocidade de transmissão – Indica a capacidade de transmissão de dados


usando os conceitos bit/byte. É determinado pelo equipamento do cliente e não
pelo serviço da Embratel.

Protocolo – É a maneira pela qual o computador transmite seus dados. É a


linguagem que permite a comunicação entre computadores.

Acesso Comutado – É igual ao acesso discado, no qual a ligação com a EBT é


feita pela operadora local.

Meios de Transmissão – Definido por conceitos elétricos. A Fibra ótica por


exemplo, converte o sinal elétrico em luz e o transmite. O fio de cobre
transmite originalmente voz, que é um sinal analógico e se distorce em grandes
distâncias. O modem transforma esse sinal numa forma mais adequada para
circular pelo fio. A transmissão também pode ser via rádio.

Multiplex – Canaliza velocidades diferentes que chegam a central e faz um


arranjo definindo o que vai sair de forma agregada, mas mantendo a
individualidade das ligações pelo que se chama “trem de bits”.

Interface – É a ligação específica entre os equipamentos. A porta é uma


interface.

Backbone – É a malha de redes da EBT. O cliente também tem backbone.

Transparência – Significa que o meio não atrapalha o protocolo do cliente.

Agregado – Também chamado de banda, se relaciona ao conceito de


velocidade de transmissão de dados.

Nó – Ponto de entrada do sinal na rede.

Enlace – Caminho que o sinal segue entre dois nós consecutivos.

Encapsulamento – Adotar protocolos diferentes, um dentro do outro.

Throughput – Taxa de transmissão de dados reais.

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Multiplexação Digital – Permite compatibilizar as velocidades e produzir
agregados de sinais das mais diversas naturezas, fazendo com que um mesmo
meio possa ser compartilhado por vários canais.

Topologia – É o desenho de uma rede.

Concentração – Recurso em que a fonte fica ativa durante curtos intervalos de


tempo e com um certo número de canais. Por exemplo, em média um assinante
da rede telefônica só usa o telefone alguns minutos por dia.

Transdata – Serviço que provê circuitos dedicados de dados em baixa


velocidade, fim-a-fim, síncronos e assíncronos, está em phase-out com
incentivo á migração dos clientes para o Megadata ou Renpac.

Rede E1 – São os pontos de presença da EBT. É a rede de suporte da EBT.

Re-roteamento – Ocorre numa interrupção de acesso, a informação é re-


roteada por outra rede.

Modem – dispositivo que é um conjunto modulador (para transmitir) e


demodulador (para receber) informações, adequando as velocidades aos
requisitos dos meios de transmissão.

Host – Computador ligado a uma rede física. O tamanho de um host varia


desde um computador pessoal até um supercomputador.

Gateway – Computador conectado a mais de uma rede física, responsável pela


transmissão de dados entre tais redes.

IP (Internet Protocol) – Protocolo “connectionless”(sem estabelecimento de


circuito) da camada “internet” na arquitetura TCP/IP, responsável pela conexão
lógica entre as redes.

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SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

Pode ser definido como o conjunto de técnicas de transmissão a distância,


através de recursos tecnológicos da eletricidade e da eletrônica.
(tele = distância + comunicação)

Receptor
Emissor
Fonte de Destinatário
de Meio de Transmissão
Sinal Sinal

Ruído

Emissor de Sinal – Engloba todos os equipamentos que tratam o sinal original


até compor o sinal elétrico que vai ser enviado pelo meio de transmissão.

Receptor de Sinal – Tem função inversa. Capta o sinal e trata-o para entregar
ao usuário.

Comunicação Analógica

CL CTd CTr Multiplex Rádio Rádio Multiplex CTr CTd CL

A ligação é realizada pela conexão de trechos menores de transmissão atravé de


centrais de comutação (acesso discado). As centrais locais (CL) são as que os
assinantes são diretamente ligados. As centrais tandem (CTd) ligam entre si
centrais locais na área urbana. As centrais de trânsito (CTr) fazem ligações com
meios interurbanos.

A transmissão entre o telefone e a central local é a linha de assinante. A


transmissão entre centrais telefônicas é o tronco.

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O tronco na área urbana geralmente é um par de fios, na interurbana exige
equipamentos mais complexos. O multiplex permite a um grande número
de canais telefônicos compartilharem o mesmo meio de transmissão de longa
distância, no caso o radio-enlace, tornando o seu uso mais econômico.

Comunicação Digital
(entre um terminal e um computador)

Sistema de
T Modem Modem TRANSDATA Transmissão TRANSDATA Modem Modem
Convencional

 Circuito dedicado, usando facilidades da rede transdata .

O sinal de natureza digital se caracteriza por apresentar ruídos que só podem


variar dentro de certa cadência.

1 0 0 1 1 1 1
0 0 0

A transmissão deste sinal por qualquer meio físico vai deformá-lo, seja
arredondando-o nas transições, seja somando-lhe ruído. O recurso da
regeneração do sinal permite restaurar o formato digital limpo para o sinal.

Meio de Transmissão Regenerador

As técnicas digitais permitem grande economia no projeto de sistemas, pois a


eletrônica digital moderna e as técnicas de integração permitem obter

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componentes baratos, de baixo consumo e ocupando pouco espaço. A
confiabilidade é superior e a frequência de manutenção é muito menor do que
em equipamentos analógicos. Por outro lado, é mais sensível aos efeitos do
desvanecimento seletivo. A rede atual é essencialmente destinada à transmissão
analógica, o que implica em uma fase de coexistência de sistemas e uma
substituição gradual, devido aos altos investimentos necessários.

Análise topológica da rede

Está relacionada aos pontos servidos e com a capacidade destes pontos se


interligarem entre si. Consideremos um esquema onde um terminal pode se
comunicar com dois outros usando linhas físicas. É necessária a presença de
um nó intermediário. Se o ponto A pode enviar simultaneamente para B e C o
nó intermediário é um nó de distribuição e o circuito é um circuito
multiponto.

Se no nó intermediário se toma uma decisão, de modo que o sinal vindo de A


seja enviado para B ou C, o nó intermediário é um nó de comutação. Em cada
uma das opções a ligação se efetua apenas entre dois nós terminais e o circuito
é referido como circuito ponto-a-ponto comutado, ou circuito comutado.

B B

A A

C C

A,B,C – nós terminais A,B,C – nós terminais


O – nó intermediário de - nó intermediário de
distribuição comutação

Quando há referências a um serviço comutado, isto não equivale a dizer que


existem circuitos comutados. O serviço comutado ocorre quando o usuário

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pode escolher a que pontos deseja enviar o seu sinal e ele mesmo comanda a
operação de comutação. Um circuito pode ser montado com vários nós
intermediários como mostrado a seguir:

a) Circuito Multiponto – com vários nós de distribuição que são realizados


fisicamente por unidades de derivação, ligando um computador numa
cidade a terminais em diversas cidades.

CL CTd CTr CTr CTd CL

b) Circuito Comutado – com vários nós de comutação que são realizados


fisicamente por centrais de comutação, no caso de uma ligação telefônica de
uma cidade para outra.

Ao conceito de concentração vale ilustrar que o feixe de canais de uso comum


pode ser bem menor que o feixe de canais entrantes. Apenas quando um certo
canal fica ativo é preciso providenciar a sua conexão com um dos canais
comuns. O incoveniente deste esquema é que se o número de canais entrantes
ativos superar o número de canais de uso comum, o excesso entrante não
conseguirá saída, configurando uma condição de bloqueio.

Existem vários métodos operacionais correntes para esta situação, um deles é o


de prioridade preestabelecida, onde:

- Existe um controle centralizado, onde um único centro examina as


condições da rede e terminais, liberando uma fonte de cada vez.
- Existe um rodízio sistemático, onde em cada momento uma fonte tem o
direito de transmitir o sinal, o qual é transferido a uma fonte vizinha da rede,
assim que termina sua mensagem.

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TRANSMISSÃO ANALÓGICA E DIGITAL
Transmissão Analógica

O que a caracteriza é a manutenção das características do formato do sinal de


transdução, na multiplexação e na modulação, nos quais é conservado as
características do sinal de transmissão pelo meio.

Os efeitos da distorção e do ruído não são eliminados, sendo apenas


controlados dentro de limites aceitáveis, sendo o parâmetro de referência a
relação sinal-ruído.

Transmissão Digital

A ênfase é dada a comunicação de informação, que é semprecodificada em bits.


Com a regeneração do sinal em pontos intermediários consegue-se eliminar os
efeitos da distorção e do ruído, o que só é possível pela natureza discreta do
sinal digital.

Meios de Transmissão

De maneira geral podem ser classificados em Confinados (meios físicos) ou


Não-Confinados (meios rádio). Onde num meio confinado o sinal é guiado ao
longo de um caminho determinado pelo meio, uma linha física. Num meio não
confinado a energia do sinal propaga livremente, o meio é o espaço livre.

Meios Confinados

As linhas físicas de transmissão mais usadas são:

Par de fio – fio de cobre com isolamento plástico, aplicados principalmente em


rede interna, entrocamento residencial, predial, etc.

Cabo de pares – Dispositivo que agrupa diversos pares de fios com o objetivo
de facilitar a interligação entre pontos de demanda concentrada.
Linha Aberta – Também emprega dois fios, mas são montados afastados um do
outro, correndo paralelo e podendo ou não empregar revestimento isolante.

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Cabo Coaxial – Emprega dois condutores, um com formato tubular que
envolve o outro que fica no eixo. Um tipo importante é o cabo submarino
metálico, empregado nas comunicações internacionais.

Guia de Ondas – Corresponde a situação limite de um coaxial em que o


condutor foi tão reduzido que fica apenas o tipo externo.

Fibra Optica – Permite a transmissão de sinais luminosos, denominados raios


ópticos. Suas principais vantagens em relação aos cabos metálicos são:

- Grande largura de borda, maior capacidade de transmissão.


- Imunidade à interferência de campos eletrostáticos e eletromagnéticos
(ruidos)
- Ausência de diafonia
- Insensibilidade a descarga atmosférica
- Segurança quanto a grampeamentos
- Cabos leves e de diâmetro reduzido
- Disponibilidade ilimitada de matéria-prima.

MEIO DE TRANSMISSÃO FAIXA DE PASSAGEM

Pares / Cabo de pares 0 Hz a 12 MHz

Linha Aberta 4 KHz a 30 MHz

Cabo Coaxial 60 KHz a 60 MHz

Guia de Ondas 2 GHz a 200 GHz

Fibra Ópticas 14 THz a 15 THz

Alguns exemplos de aplicação:

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ALOCAÇÃO DE FREQUÊNCIA DE RÁDIO
EXEMPLOS DE
FAIXA DE FREQUÊNCIA DESIGNAÇÃO TÉCNICA DESIGNAÇÃO LEIGA UTILIZAÇÃO

300 Hz a 3000 Hz E.L.F Ondas extremamente Comunicação para


longas submarinos,
3 kHz a 30 kHz V.L.F Ondas muito longas escavações de minas,
etc.
30 kHz a 300 kHz L.F Ondas longas Auxílio a navegação
aérea, serviços
300 kHz a 3000 kHz M.F Ondas Médias marítimos,
radiodifusão local
3 Mhz a 30 Mhz H.F Ondas Tropicais Radiodifusão local e
Ondas Curtas distante, serv.
Marítimos (estações
costeiras)
30 Mhz a 300 Mhz V.H.F Transmissão de TV,
sist.comerciais,
300 Mhz a 3000 Mhz U.H.F particulares e de Seg.
pública de
comunicação.
3 Ghz a 30 Ghz S.H.F Microondas Comunicação pública
a longa distância. Ex:
30 Ghz a 300 Ghz E.H.F sist.interurbanos e
internacionais,
satélites, etc.

Legenda

E.L.F – Extremely low frequency V.L.F – Very low frequency


L.F - Low Frequency M.F. - Medium frequency
H.F - High Frequency V.H.F - Very High Frequency
U.H.F – Ultra High Frequency S.H.F – Super High Frequency
E.H.F – Extremely High Frequency

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Natureza da Propagação Rádio-Elétrica

Sabemos que um objeto cai sobre a superfície de um liquido em repouso


provoca ondas que se propagam em círculos, cujo centro é o ponto de impacto,
o qual entra em oscilação na direção vertical e que passam para as partes
adjacentes do liquido em todas as direções. Um transmissor de rádio é um
elemento que provoca continuamente, através de sua antena, uma perturbação
eletromagnética de forma localizada, no espaço, que vão se atenuando com a
distância. Uma antena receptora pode “sentir” estas perturbações e se estiver
ligada adequadamente a um receptor, haverá recepção dos sinais daquele
transmissor. Estas perturbações chamam-se ondas eletromagnéticas.

A parte das ondas que se dirige para o espaço (de 80 a 150 km), encontra uma
camada refletora chamada ionosfera. Este “espelho natural” é formado
principalmente pela energia solar que incide na alta atmosfera.

Neste modo de propagação há um problema: o “espelho natural”, a ionosfera


não é muito confiável. Quando há perturbações intensas no sol (tempestades
magnéticas) as comunicações ficam interrompidas para longas distâncias.

A ionosfera é transparente a transmissão de frequencias mais elevadas (VHF e


UHF) não se refletindo mais para a terra. A parte das ondas que raspa na terra é
útil até o horizonte (+/- 80 a 100 km), este tipo de transmissão é utilizada por
exemplo em televisão, rádio frequencia modulada (FM) ou serviços que exigem
alta confiabilidade. Observe-se que a onda terrestre, em frequencias mais
baixas, atinge distâncias maiores, pois acompanha a superficie da terra até se
atenuar completamente. (por isso pode-se sintonizar uma rádio européia de
ondas curtas, mas não se pode sintonizar em São Paulo, um canal de TV do Rio
(VHF e UHF).

Estações Repetidoras

Em cada repetidora, a antena capta o sinal proveniente da direção de origem.


Este sinal é canalizado por um guia de ondas para o receptor, que trata
eletronicamente o sinal e passa para o transmissor. Este amplia
convenientemente o sinal e reenvia para a antena rtansmissora. Assim artavés
de repetições sucessivas, o sinal de microondas (a informação) sai da estação

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terminal de origem e atinge a de destino. As antenas de microondas
(transmissora e receptora) podem rtansmitir/receber mais de uma portadora.

Estações repetidoras Estação rádio-terminal

Central M M
R R Central
Interurbana U U
D D Interurbana
X X

Cidade A Cidade B

Cada portadora é denominada “Canal de RF”(rádio-frequencia) que pode


transmitir 960 canais telefônicos. Em cada tronco de canais RF temos o canal
principal e outro canal de proteção. Assim, os troncos são designados pelo
numero de canais de RF, como abaixo:

Sistema 2 + 1 = 2 canais de RF principais e 1 de proteção


Sistema 6 + 2 = 6 canais de RF principais e 2 de proteção

Um sinal de TV ocupa uma faixa de frequencias da ordem de 1000 canais


telefônicos.

Sistema de Rádio de Tropodifusão

Sistema de telecomunicação utilizado para transmissões a regiões inóspitas. É


um sistema de microondas, que não utiliza a “visada direta” pois os números de
canais de voz variam somente de 100 a 300.

Sistemas de Radiovisibilidade Utilizando Satélites

Os satélites tem um movimento de translação ao redor da terra, com a mesma


velocidade angular que a da rotação deste planeta. Resulta, assim, que o satélite

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permanece estacionário sobre um ponto da terra. Este equilibrio ocorre a
aproximadamente 3600 km de altura, quando a força da gravidade é equilibrada
pela força centrífuga. Existem dois segmentos de transmissão via satélite: O
espacial e o terrestre.

O espacial corresponde a uma estação repetidora do sistema de microondas.


No satélite existem pequenos receptores e transmissores para receber, ampliar e
reenviar os sinais para terra. A energia consumida é a solar obtida através de
painéis solares. Há também no satélite um reservatório de combustível, que
permite o acionamento dos motores para sua colocação em órbita e de comando
de correção de posição. O consumo de combustível determina o tempo de vida
do satélite (+/- 8 anos). Genericamente existem os seguintes tipos de antena:

Feixe Global – destinada a cobrir toda a àrea da terra vista pelo satélite.
Feixe Hemisférico - destinada a cobrir uma parte hemisférica da terra.
Feixe Concentrado - destinada a cobrir uma àrea limitada da terra.

O segmento terrestre é constituido de estações, que são os terminais de origem


e destino das comunicações e operam em microondas na faixa de 6 Ghz no
enlace de subida e 4 Ghz no de descida. Devido as grandes distâncias
envolvidas, há que se ter amplificadores de alta potência denominados HPA.

Adaptação do Sinal ao Meio

O sinal elétrico representando a informação, da forma que é produzido, não


apresenta condição de alcançar condições satisfatórias, devido a propagação
das ondas eletromagnéticas na forma em que é gerado. Por isso foram
desenvolvidas duas técnicas: a modulação e a multiplexação.

Modulação – Consiste na variação de uma característica qualquer da onda


portadora, essa variação é realizada proporcionalmente ao sinal modulador,
sendo que se pode processar de duas maneiras: por Modulação de Amplitude
(AM) em que a característica a ser variada é a amplitude. Ou por Modulação
Angular (Frequencia ou fase), nesse caso a característica a ser variada é o
ângulo, podendo ser em fase (PM) e em frequencia (FM).

Multiplexação – Os equipamentos multiplex vão tomar os sinais de cada


conversação e processá-los de tal forma que a transmissão no par de fios possa
ser feita com simultaneidade e com sigilo desejados.

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M M
U U
L L
T T
I I
P P
L L
E E
X X

Isto é possível através de dois métodos gerais, conhecidos como Multiplex por
divisão de frequencia (FDM), no qual moduladores produzem faixas de
frequencia distintas para os canais de voz. O outro método é conhecido como
Multiplex por divisão em tempo (TDM), onde o tempo de transmissão é
dividido em intervalos de tempo curtos, chamados “janelas de tempo”. Neste
sistema, cada amostra de cada telefone (fala do usuário) é transformada num
código formado por sinais elétricos que são transmitidos. É o chamado de
estágio de codificação. Do lado da recepção, estes códigos são interpretados e
transformados nas amostras originais – é o estágio da decodificação,
transformando-se novamente no sinal de voz original.

SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES DA EMBRATEL (REDE BÁSICA)

Sistema Nacional – É formado pela rede terrestre de microondas que interliga


as principais cidades brasileiras, pelas rotas de fibra ótica com 3 satélites de
comunicações e estações terrenas,são divididos em 3 meios de transmissão
distintos, a saber:

Enlaces terrestres por Microondas em Visibilidade – É o meio terrestre mais


utilizado (fonte: 1995), em média as estações repetidoras estão distantes 50 km.
Estes enlaces permitem o tráfego de todos os serviços, ou seja, voz, textos,
som, imagens e dados, divididos em rádios analógicos e digitais.

Enlaces terrestres via Fibras Óticas – São divididos entre submarinos e


terrestres, sendo que os terrestres acompanhas as rotas de malhas ferroviárias e
rodoviárias utilizadas para apoio e manutenção do sistema. O aumento da
capacidade de transmissão pode ser avaliado pelo fato que um mesmo par de
fibras que transmitia a uma taxa de 34 Mbits/s (480 canais de voz) hoje
transmite 4 Gbits/s (61 mil canais de voz). Já está prevista a utilização de 10
Gbits.

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Sistema brasileiro de transmissão via satélite (SBTS) – Inicialmente utilizado
para a complementação do sistema nacional, em localidades com grande
demanda de tráfego e/ou sem facilidades para a implantação de troncos de
microondas em visibilidade. Comunidades for a do raio de difusão das
emissoras locais podem ter acesso aos sinais de TV através de antenas de
recepção de propriedade local.

Sistema Internacional – A transmissão é feita através de três diferentes meios:

Satélites (Intelsat e Inmarsat) – São realizadas através de estações do segmento


terrestre, que prestam serviço de rastreamento, telemetria, comando e
monitoração de satélites do Intelsat. O Inmarsat destina-se a comunicações
marítimas, através de um consórcio de 46 países.

Cabos Submarinos – Permite transmitir todos os serviços de telecomunicação,


exceto TV. O cabo Bracen liga a Europa com 4910 km de extensão. O cabo
Brus liga os USA, com extensão de 4190 km. O Atlantis faz parte de um
consórcio entre países da América do Sul, África e Europa e é dividido em duas
seções que ligam Recife a Senegal e Senegal a Portugal. Atualmente estão em
operação também cabos submarinos de fibra ótica com capacidade muito maior
para transmissão de canais de voz.

Enlaces Terrestres – São ligações terrestres por microondas em visibilidade


destinados a atendimento de países fronteiriços.

COMUTAÇÃO

Entende-se por comutação a interligação temporária entre dois circuitos


elétricos. Na medida que cresce o número de assinantes, se tornaria
impraticável a ligação de assinante a assinante, para evitar o problema de uma
rede em proporções monstruosas, foi desenvolvida a ligação entre cada
assinante e o equipamento de comutação (Central de Comutação) que é feita
por um par de fios (linha de assinante), assim se realiza uma conexão
temporária, que ficará mantida durante todo o tempo que durar a comunicação
desejada.

 Assinante
Linha de assinante
Ligação temporária
Central de comutação

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A comutação pode ser Eletromecânica, quando tanto as funções lógicas quando
tanto as funções lógicas de comando e controle quanto as de conexão são
executadas por dispositivos eletromagnéticos (tais como relés) ou eletrônicos,
no caso Comutação Eletrônica, produzindo um caminho físico que fica
permanentemente a disposição dos assinantes.

Fonte (A) nó de origem

Nó de destino (B) Destinatário

Enlace
Enlace ocupado com ligação

Comutação de Mensagens

Com base no endereço de destino da mensagem e considerando o estado da


rede (congestionada, enlaces for a de operação, etc.) o centro de comutação
escolhe uma rota de saída e, quando estiver disponível, a mensagem é
transmitida para o próximo centro de comutação e este procedimento é repetido
até que a mensagem atinja seu destino (store and forward).

A principal desvantagem é que o atraso induzido depende do tamanho das


mensagens e de filas de mensagem, inviabilizando a consulta a banco de dados,
aplicações bancárias On-line, etc. Devido a estas dificuldades, foi desenvolvido
o conceito de comutação de pacotes, no qual as mensagens são fragmentadas
em “pacotes”de tamanho máximo definido, incrementando a capacidade de
escoamento de tráfego. Daí existem dois modos de transmissão: O Modo do
circuito virtual onde os pacotes são transmitidos através de uma mesma rota, e
o Modo Datagrama, onde o pacote pode seguir qualquer caminho. Este

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procedimento pode aliviar o sistema em caso de congestionamento, mas os
pacotes chegam ao destino desordenados.

A fim de permitir que um assinante de uma central seja ligado com o assinante
de outra central, é necessário que outras centrais sejam interligadas entre si. A
seguir consideramos três áreas de concentração de assinantes. Considerando o
caso de centrais que servem até 10.000 assinantes, estes podem ser
identificados pelo número 0000 até 9999, precedidos por três digitos que
identificam uma central específica. Cada canal interligando centrais é referido
como tronco e o conjunto de troncos entre duas centrais é designado de
entrocamento.

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Àrea de centrais

No caso de telefones com tecla, a informação do número é transmitida em


forma codificada, assim o aparelho possui 7 geradores de frequencias e a tecla
5 por exemplo, libera as frequencias 770 hz e 1336 hz para serem enviadas
simultaneamente a um receptor na central que, no caso, conclui tratar-se do
dígito 5, esse padrão é conhecido como sinalização multifrequencial, o que
indica que se usam duas frequencias simultâneas para representar cada sinal.

Hz 1209 1336 1477


697 1 2 3
770 4 5 6
852 7 8 9
941 - 0 -

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No caso de ligações para areas diferentes (Fe C), como dito anteriormente, a
ligação tem forçosamente que passar pelas centrais de trânsito tandem,
envolvendo 3 operações de comutação. Mas, se a área da central A tem um
interesse muito grande de comunicação com a área da central B, torna-se anti-
econômico realizar sempre as conexões passando através da central de trânsito.
Desta forma é criada a conexão de rota direta.

F C

Quando se tratam de ligações entre assinantes de duas cidades diferentes, a


interligação direta se torna incoveniente, tendo assim que passar
obrigatoriamente por centrais de trânsito interurbanas podendo ser providos
entroncamentos diretos (rotas de alto uso) entre as centrais de trânsito
interurbanas que apresentam elevado tráfego entre si, com o tráfego de
transbordo passando por uma central de trânsito interurbana de ordem superior
– classe I (hierarquia de classes de I a IV). Para ligações internacionais o
procedimento ocorre de forma semelhante. A numeração deverá caracterizar e
indicar a passagem, através dos números 0 e 00, pelas passagens interurbanas
ou internacionais.

Abaixo, alguns tipos de centrais:

Tandem – Centrais que distribuem automaticamente chamadas interurbanas em


áreas locais e de trânsito da rede local.

Central mista – É quando uma central, além de possuir funções de uma


terminal, desempenha também as funções de trânsito.

Centrais Públicas – São utilizadas para escoamento do tráfego entre aparelhos


telefônicos da rede pública, urbana ou interurbana.

Centrais Privadas – Classificam-se em:

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PBX (Private Branch eXchange) – são centrais manuais, onde um operador
realiza as interligações entre ramais ou entre um ramal e rede pública.

PAX (Private Automatic Branch eXchange) – realizam ligações apenas entre


ramais, não existindo troncos para a rede pública (é um intercomunicador). As
centrais dividem-se em classes (de I a IV) sendo classificadas hierarquicamente
na ordem crescente e pela maior capacidade de transmissão.

Tarifas

A tarifa é o valor a ser pago pelo usuário dependendo dos custos envolvidos.
Tarifa independente de tráfego
- taxa de instalação: assinatura mensal, calculada de modo a cobrir a
depreciação dos equipamentos utilizados e a manutenção dos mesmos.
Tarifa dependente do tráfego
- tempo de utilização: tarifa associada à duração da chamada
- degrau tarifário: tarifa associada à distância da chamada
- sazonalidade: tarifa associada ao período do dia da chamada.

Rede Inteligente

A principal diferença em relação à rede convencional é que o nó de comutação,


que até então detinha o controle das conexões, transfere parte desse controle a
um computador a ele associado, através de meios de transmissão e protocolos
apropiados, aumentando significativamente a capacidade da rede de armazenar,
processar e utilizar dados na prestação de serviços.

Na prestação de serviços da rede inteligente há uma série de funções


elementares que se repetem, como transferência de controle, coleta de
informações, acesso ao banco de dados, etc., o conjunto destas funções são
denominados Componentes Funcionais (CF). Numa rede inteligente plena, o
PCS (Ponto de controle de serviço) controla a prestação de serviços fazendo
composição de alguns (ou vários) elementos de serviços e componentes
funcionais nela disponíveis.

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PROVEDO GERENCI
RES PCS a
DE
SERVIÇO

GERENCIA
PTS

P
P
I PAS PAS I

CENTRAL
LOCAL

Rede Inteligente Plena

PTS – Ponto de transferência de sinalização


PAS – Ponto de acesso ao serviço
PCS – Ponto de controle de serviço
PI - Periférico Inteligente

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“Cardápio de Serviço”

Elementos de Serviço Órgão Provedor


1. Receptor de sinal MF PI
2. Receptor de sinal digital PI
3. Sintetizador de voz PI
4. Validação de códigos de acesso PS
5. Lista “negra” PS
6. Tarifação PAS
7. Operador manual PS
8. Interligação entre usuários PCS
9. Números interceptados PCS
10. Informações bancárias PS

Por exemplo, no serviço “Informação Automática de número interceptado” o


PCS deverá recorrer aos elementos 3,8 e 9 que poderia ser processado
conforme abaixo:

- O nó de comutação que receber o sinal de número intercepta e reencaminha


a chamada ao PAS.
- O PAS consulta ao PCS, transferindo a este o número interceptado.
- O PCS consulta sua base de dados para saber o que informar ao usuário
chamador (número 9 do cardápio)
- O PCS solicita ao PAS uma conexão entre PCS-PI e PI-usuário chamador
(numero 8 do “cardápio”)
- O PCS transfere ao PI, no formato digital, as informações a serem prestadas
solicitando a conversão em voz e envio ao usuário. (fazendo uso do # 3).

OBS:
- O PAS encarrega-se também da proteção de serviços relacionados com
conexões, como: tarifação, teste, bloqueio, etc.
- O PI (Periférico Inteligente) destina-se a complementar os serviços básicos
prestados pela rede, sem alterar os nós de comutação.
- A principal vantagem da Rede Inteligente, comparada com a Rede
Convencional, é a facilidade para implementação de novos serviços, pois
nos convencionais é necessário adaptações, muitas vezes envolvendo todos
os nós de comutação relativos à area de abrangência do serviço em questão.

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CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DA REDE

Comunicação de dados é a técnica de transferência da informação de um ponto


a outro, incluindo não apenas as funções de transmissões, mas também
detecção e correção de erros, conversão ao formato mais adequado para a
transmissão pelo meio, retransmissão, etc.

É uma estrutura com a função de permitir que qualquer ETD ligado a ela possa
interligar-se com qualquer outra também ligada.

50 bit/s
TRANSMISSÃO 100 bit/s ASSÍNCRONA
TELEGRÁFICA 200 bit/s

300 bit/s
Baixa 600 bit/s SÍNCRONA/
1200 bit/s
Velocidade 2400 bit/s ASSÍNCRONA
4800 bit/s
TRANSMISSÃO 9600 bit/s

DE
19200 bit/s
DADOS 48 kbit/s
56 kbit/s
Alta 64 kbit/s
128 kbit/s SÍNCRONA
Velocidade 256 kbit/s
512 kbit/s
1024 kbit/s
1544 kbit/s
2048 kbit/s

Transmissão Assíncrona – Caracteriza-se pela possibilidade de ser iniciada a


qualquer momento, sem limitação do tamanho da mensagem. Cada caracter
recebe bits adicionais que indicarão o início e o fim dos mesmos.

22
Transmissão Síncrona - Caracteriza-se pela possibilidade de se transmitir em
bloco inteiro, com adição de controles apenas no começo e fim do bloco.

Transmissão em Banda de base (modems digitais) – É realizada


empregando-se dispositivos denominados modems digitais, que não executam
exatamente uma modulação e sim uma espécie de codificação do sinal, que
difere muito em relação ao sinal analógico gerado pelos modems analógicos. O
custo e simplicidade destes modems são muito menores quando comparados
aos analógicos mas seu emprego é limitado a distâncias curtas ou médias
(âmbito local/urbano).

Interfaces – Os modems, analógicos ou digitais, assim como os terminais,


apresentam interfaces para ligação entre si, segue descrição de cada caso:

Interface V.24 – usada para circuitos com velocidade de até 19,2 kbit/s.
Recomendação elétrica V.28
Interface V.35 – usada para circuitos com velocidade de até 2 Mbit/s.
Recomendação elétrica V.28
Interface V.11 – usada para circuitos com velocidade de até 10 Mbit/s.
Recomendação elétrica V.11
Interface G.703 – Recomendada para circuitos com velocidade de até 64 kbit/s.
3 tipos: co-direcional, contra-direcional, clock centralizado.
Interface V.36 – Recomendada para uso em modems, com taxa de transmissão
de até 72 kbit/s. Recomendação elétrica V.10 e V.11

CONCEITO DE PROTOCOLOS

Em qualquer sistema de teleprocessamento, existe um conjunto de regras que


possibilitam a comunicação entre os equipamentos envolvidos de maneira
organizada. A este conjunto se dá o nome de protocolo, sendo um conjunto de
procedimentos que orientam a transmissão ordenada e automática de dados.
Suas funções são: endereçamento, estabelecimento de conexão, confirmação de
recebimento, controle de erro, retransmissão e controle de fluxo. Alguns tipos:
- Protocolo Start/Stop
- Protocolo BSC
- Protocolos orientados a bit
- Protocolo X.25 (assegura conectividade de equipamento com a rede)

23
REDE DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

Redes Não-Comutadas e Comutadas

O conceito de rede de conexão (network) aparece de maneira mais natural


quando se deseja interligar um grande número de usuários que necessitam de
comunicação. Obviamente pode-se pensar em interconectar diretamente um
número pequeno de usuários através de enlaces ponto a ponto.

Existem reders dedicadas a comunicação de voz (rede telefônica), rede para


comunicação de dados ou ambos. Os sinais que trafegam nas redes são
parecidos e de grande velocidade; os diferentes serviços são implementados por
softwares e equipamentos diferenciados nas periferias das redes.

Rede Transdata (ou Megadata 9.6/19.2)

Utiliza um sistema de multiplexação por divisão do tempo, onde a informação


trafega em forma digital e sob constante processo de regeneração. A rede é
constituida basicamente de centros de transmissão (CTs) e Centros Remotos
(CRs) onde as informações geradas pelos usuários são reunidas, multiplexadas
e transmitidas, sincronamente e em alta velocidade, para as respectivas
localidades de destino.

O Centro de Supervisão de transmissão de dados (no RJ) é a estação principal


de controle da rede e reúne todas as informações inerentes à operação de
equipamentos instalados nos CTs e CRs.

A Estação terminal do usuário – local onde estão instalados basicamente o


equipamento de dados do usuário e os equipamentos da EBT necessários à
conexão daquele circuito de comunicação de dados.

Circuito de Comunicação de dados – É fisicamente construido a partir de dois


componentes básicos: circuito transdata e circuito de acesso. Enquanto que
circuitos transdata se destinam a interligação dos centros de transmissão e
centros remotos da rede, o circuito de acesso é utilizado para conexão dos
terminais de dados dos usuários às extremidades dos circuitos transdata.

Serviço Transdata – tem como finalidade básica possibilitar a transferência de


informação de um ponto a outro (ou outros) por meio de circuitos

24
permanentemente conectados e projetados para comunicação de dados. Seus
canais são exclusivos e disponíveis para os usuários 24 horas/dia. Inclui-se no
circuito de comunicação de dados os modems e demais equipamentos
necessários para utilização ponto a ponto e multiponto.

Rede RENPAC

A estrutura básica compreende centros de comutação (nós) e centros de


concentração (concentradores) interligados por meios de transmissão de alta
velocidade, tendo sido projetada buscando vantagens consideráveis de custo e
operacionalidade, onde:

- Terminais necessitam acessar um ou mais computadores


- Usuários desejam transmitir pequenos volumes de dados entre longas
distâncias.
- Terminais dispersos geograficamente desejam acessar um computador de
modo interativo.
- Existe necessidade de comunicação entre terminais com diferentes
características (velocidade, código, etc.)

Os serviços Renpac podem ser divididos entre o serviço via acesso comutado
ou via acesso discado.

REDES LAN, MAN, WAN

Redes Locais (LAN)

Estende-se um suporte de comunicação para interconexão de equipamentos


numa àrea restrita, a cobertura geográfica da rede na faixa de centenas de
metros a 2 ou 3 km. Ela consiste de um número de equipamentos usuários, isto
é, computadores, impressoras, terminais servidores, etc. que se ligam à sub-
rede de comunicações, ficando assim interconectados via interfaces. Dentre as
aplicações citem-se a automação de escritórios, o controle de processos e o
processamento distribuído.

25
REDE
LOCAL

Estação de trabalho

Servidor

O meio de transmissão pode ser um cabo coaxial, par trançado, fibra ótica ou
um canal de rádio ou satélite. Devido ao seu pequeno tamanho, a velocidade de
transmissão chega a dezenas de megabit por segundo.

Ethernet

É um esquema de cabeamento e sinalização para redes locais, proporcionando


transmissão de alta velocidade (até 10 Mbit/s) a um preço econômico. O
método de acesso CSMA/CD (Carrier sense multiple acess with collision
detection) foi desenvolvido e adotado na rede Ethernet (xerox) e
posteriormente modificado e padronizado pela ISO. Os principais padrões de
cabeamento utilizado são os seguintes:

- CSMA/CD 10 base 2 – cabo coaxial fino


- CSMA/CD 10 base 5 – cabo coaxial grosso
- CSMA/CD 10 base T – par trançado
- CSMA/CD 10 base F – fibra ótica

26
CSMA/CD 10 BASE T CSMA/CD 10 BASE 5
Estação
Servidor Estação
terminação

transceptor
repetidores
Hub (concentrador)

servidor

Token Ring – Também é um esquema de cabeamento, mas a rede é constituida


por um conjunto de estações com topologia em anel. Somente a estação que
possui uma permissão (token) pode inserir mensagens no anel. O token passa
de uma estação para outra, de acordo com a sequência física do anel as
transmissões são da ordem de 4/16 Mbit/s.

Redes Metropolitanas (MAN)

Podem ser definidas como uma rede de dados de alta velocidade (100 Mbit/s ou
mais) capaz de transmitir voz e dados a distâncias da ordem de 400 a 800 km
interligando redes locais situadas em uma mesma àrea geográfica, sendo que
possui dois padrões:

DQDB (Distributed queue dual bus) – inclui 2 conexões de cabo paralelo


conectando cada nó, geralmente um roteador de um segmento de rede.

FDDI (Fiber distributed data interface) – permite uma taxa de transmissão de


até 80 Mbit/s e estão limitadas a areas menores que o DQDB.

Redes de longa distância (WAN)

São redes com dimensões estaduais ou nacionais (wide area network)


interligando redes locais e se caracterizam pela baixa taxa de transmissão em
comparação com as redes LAN e MAN.

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As redes WAN são utilizadas normalmente para a interconexão de LAN’s
situadas a longa distância, podendo ser realizadas através de redes públicas ou
privativas. O serviço mais utilizado é a rede de pacotes RENPAC, já abordado
anteriormente neste documento.

As redes X.25 possuem grande confiabilidade, oferecem um grande número de


pontos, o que aumenta sua flexibilidade e atendem tanto as conexões
temporárias como permanentes.

Frame Relay

O conceito se baseia na constatação de que os sistemas de transmissão são


confiáveis e tem pouco ruído, retirando parte dos pontos de comutação da rede,
deixando-as a cargo dos terminais em cada ponta. Se houver algum problema
com um pacote, por exemplo, se um bit se perder ou se um nó estiver tão
congestionado a ponto de receber mais pacotes do que consegue processar. A
rede frame relay se limitará a descartar os dados, esperando que o terminal
tome as providências adequadas.

FRAME
RELAY

Servidor Router

REDE
REDE LOCAL
LOCAL TOKEN RING
TOKEN RING

Est.trabalho

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REDES DE ALTA CAPACIDADE

Comunicações Multimídia

Tem como enfoque principal o aumento efetivo do processamento e


assimilação da informação pelo ser humano. São constituídos por uma
combinação de vídeo e monitores de computadores pessoais, controladores
remotos, alto-falantes, softwares aplicativos, além de uma substancial
quantidade de memória de computadores associados a grande capacidade de
processamento.

Sistemas Multimídia

São enxergados geralmente em termos de software e tecnologia de transmissão,


com diferentes mercados para cada um. Existem muitos meios através dos
quais a multimídia poderia ser utilizada nos computadores pessoais, por
exemplo, para anotações de voz e vídeo a serem incorporadas aos
processadores de texto ou banco de dados. O conceito de apresentações
multimídia se baseiam no envio de informações coordenadas de áudio (voz e
som), dados (texto) e visual (imagem), permitindo ao usuário imergir-se
totalmente em um mundo de simulações em tempo real criado pelo
computador.

RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados)

É uma rede, que em geral evolui da rede telefônica, que provê conectividade
digital, ponta a ponta para suporte de uma ampla gama de serviços (incluindo
voz e não voz) a qual os usuários tem acesso através de conjunto limitado de
interfaces usuários-rede padronizado. Os serviços na RDSI devem ser flexíveis
e versáteis para permitir acesso aos usuários, são agrupados de dois modos:

Serviços de Suporte: A responsabilidade de administração se restringe ao


transporte da informação de um ponto a outro. (ex: serviços em modo de
circuito 64 kbit/s)

Teleserviços: A administração se responsabiliza pela comunicação como um


todo, compatibilizando o equipamento do usuário ao serviço solicitado. (ex:
telefonia, telex, fac-símile).

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Serviços Suplementares: Podem ser associados aos serviços de suporte como
aos teleserviços (ex: discagem abreviada numa ligação telefônica, apresentação
do número de origem e de destino).

a) RDSI faixa estreita – é dito quando um acesso a assinante tem


disponibilidade de canais de informação com taxa de até 2 Mbit/s.

b) RDSI faixa larga – é baseada na comutação de pacotes de informação


(células) permitindo serviços de taxas variadas, desde bit/s até centenas de
Mbit/s. (tradicionalmete taxas acima de 2 Mbit/s).

Os serviços na RDSI faixa larga dividem-se em:

 INTERATIVO: Envolve troca de informações entre um usuário de origem e


um usuário de destino, com transmissão nas duas direções. É subdividido
em:
 Conversacional: em que o enviador e o transmissor estão presentes
simultâneamente (telefonia, video-telefonia, fac-símile, video conferência,
etc.)
 Mensagem: A informação é enviada para armazenagem em uma base de
dados (telefônica: correio de voz, dados: correio eletrônico)
 Recuperação: Correspondem a acessos às bases de dados através de um
acesso seletivo (recuperação de imagens: compras em casa, projeto técnico,
imagens médicas)
 Distributivo: a informação pode ser acessada por mais de um usuário ao
mesmo tempo, sem canal de retorno (TV alta definição, audio estéreo), que
são divididos em dois tipos:
a) Sem controle de apresentação pelo usuário – o fluxo de informação é
continuo
b) Com controle de apresentação pelo usuário – a informação é
ciclicamente repetida, sendo permitido ao usuário selecionar um quadro
de uma sequência transmitida em difusão.

30
ATM (Asynchronous transfer mode)

É o modo de transferência de informação que engloba tanto aspectos


relacionados à transmissão quanto à comutação da informação em uma rede.

O ATM é uma tecnologia baseada em transporte de células de tamanho fixa,


oferece uma grande escalabilidade quanto a velocidade de transmissão (desde
alguns kbit/s até centenas de Mbit/s) e suporta diferentes tipos de tráfego com
voz, vídeo e dados.

Nas redes STM, a banda reservada a uma conexão deve ser igual à taxa de pico,
desperdiçando uma parte da capacidade de transporte. Já na rede ATM, a banda
reservada a uma conexão não é estritamente a taxa de pico (na realidade, são
reservados um nível de recursos para a taxa média em regime).

GIRS

A gerência integrada de redes e serviços (GIRS) é o conjunto de ações


realizadas vizando obtera máxima produtividade da planta e dos recursos
disponíveis integrando de forma organizada as funções de operação,
administração, manutenção e provisionamento para todos os elementos da rede
de serviços de telecomunicações.

A gerência é integrada no sentido de ser única para equipamentos semelhantes


de fabricantes distintos, um operador tem acesso a todos os recursos de
gerência pertinentes ao seu trabalho, independente do sistema de suporte à
operação onde estes recursos estão disponíveis.

Tipos de Modems:

V22 – rede telefônica 1200 bits


V22 bits – 1200 ou 2400
V32 – 1200 a 9600
V32 bits – 1200 a 14400
V34 – 1200 a 28800
V34 bits – 1200 a 33600

Fall back – adequação de velocidades do modem.

31
INDICE

- TERMINOLOGIA Pg. 2
- SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES Pg. 4
Comunicação Analógica
Comunicação Digital
- ANÁLISE TOPOLÓGICA DA REDE Pg. 6
Circuito Multiponto
Circuito Comutado
- TRANSMISSÃO ANALÓGICA E DIGITAL Pg. 8
Meios de transmissão
Alocação de frequência de rádio
- NATUREZA DA PROPAGAÇÃO RÁDIO ELÉTRICA Pg. 11
Estações repetidoras
Sistema de rádio tropodifusão
Sistema de rádiovisibilidade
Sistema de rádio utilizando satélites
- ADAPTAÇÃO DO SINAL AO MEIO Pg. 13
Modulação
Multiplexação
- SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES DA EBT Pg. 14
(REDE BÁSICA)
- COMUTAÇÃO Pg. 15
Tipos de Centrais
Tarifas
Rede Inteligente
- CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DA REDE Pg. 22
Transmissão Assíncrona
Transmissão Síncrona
Transmissão em Banda de Base (modems digitais)
Interfaces
- CONCEITO DE PROTOCOLO Pg. 23
- REDE DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Pg. 24
Redes não Comutadas e Comutadas
Rede Transdata (ou Megadata 9.6/19.2)
Rede Renpac
- REDES LAN, MAN, WAN Pg. 25
Frame Relay
- REDES DE ALTA CAPACIDADE Pg. 29
Comunicações Multimídia
Sistemas Multimídia
- RDSI Pg. 29
Faixa Estreita
Faixa Larga
- ATM Pg. 31

32
33

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