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Acompanhe dicas no Persicope: Súmulas 108, 265, 338, 342, 383, 492
Cristiane Dupret e 500 do STJ
Insta: @cristiane_dupret
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: CURSO DE Vejamos os enunciados acima
DIREITO DA CRIANÇA E DO mencionados:
ADOLESCENTE. 3ª. Edição. Cristiane
Dupret, 2015, Editora Letramento. Súmula 108:
A aplicação de medidas socio-educativas ao
Leis importantes para o estudo do adolescente, pela pratica de ato infracional,
conteúdo da disciplina Direito da Criança e da competencia exclusiva do juiz.
e do Adolescente:
Lei 8069/90 – ECA (Estatuto da Súmula 265:
Criança e do Adolescente) É necessária a oitiva do menor infrator antes
Leis alteradoras do ECA: de decretar-se a regressão da medida sócio-
Lei 12010/09 (já incorporada no ECA) educativa.
Lei 12015/09 (já incorporada no ECA)
Lei 11829/08 (já incorporada no ECA) Súmula 338:
Lei 12415/11 (já incorporada no ECA) A prescrição penal é aplicável nas medidas
Lei 12594/12 (Alterou os artigos 90, sócio-educativas.
122, parágrafo 1º, incluiu o parágrafo 7º
no artigo 121, alterou o caput e inciso II Súmula 342:
do artigo 198, incluiu o inciso X no artigo No procedimento para aplicação de medida
208 e alterou o artigo 260 do ECA. Dispõe sócio-educativa, é nula adesistência de
acerca da execução das medidas outras provas em face da confissão do
socioeducativas e deve ser estudada em adolescente.
conjunto com o ECA)
Lei 12696/12 (Alterou os artigos 132, Súmula 383:
134, 135 e 139) A competência para processar e julgar as
ações conexas de interessede menor é, em
Lei 12955/13 - Acrescenta § 9o ao art.
princípio, do foro do domicílio do detentor de
47 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990
sua guarda.
(Estatuto da Criança e do Adolescente),
para estabelecer prioridade de tramitação
Súmula 492:
aos processos de adoção em que o
O ato infracional análogo ao tráfico de
adotando for criança ou adolescente com
drogas, por si só, não conduz
deficiência ou com doença crônica.
obrigatoriamente à imposição de medida
Lei 12962/14 – Dispões sobre direitos
socioeducativa de internação do
de crianças e adolescentes filhos de pais
adolescente.
privados da liberdade
Lei 13010/14 – Lei Menino Bernardo, Súmula 500:
vedando castigos físicos e tratamento A configuração do crime do art. 244-B do
cruel ou degradante ECA independe da prova da efetiva
Lei 13046 / 14 – Obriga entidades a corrupção do menor, por se tratar de delito
terem, em seus quadros, pessoal formal.
capacitado para reconhecer e reportar
maus-tratos de crianças e adolescentes.
Inclui os artigos 70 B, 94 A e o inciso XII No que tange às alterações legislativas,
no artigo 136 do ECA importante destacar suas principais
Lei 13106/15 – Revoga a disposições:
contravenção penal do artigo 63 da LCP e
altera o artigo 243 do ECA A Lei 12955/14 incluiu o parágrafo 9º no
Arts. 226 e 227 da CF e art. 7º, XXXIII artigo 47, passando a prever que:
da CF
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regra, aplicado o ECA. Este apenas será em situação de risco, sendo, em regra, o
aplicado excepcionalmente aos maiores de Conselho Tutelar a autoridade
18 anos, nos termos do que dispõe o competente para sua aplicação, com
parágrafo único do art. 2º. É o caso do exceção da colocação em família
previsto no art. 121, par. 5º . substituta e do acolhimento familiar.
As regras relacionadas ao Conselho Tutelar
REGRAS DE INTERPRETAÇÃO sofreram algumas alterações pela Lei
O art. 6º do ECA traz as diretrizes para sua 12.696/12.
interpretação, o que acaba por consagrar a O ECA dispõe acerca do Conselho
regra de que sempre deve ser observado o Tutelar a partir do seu artigo 131. Os
melhor interesse do menor, já que o ECA é artigos 132, 134, 135 e 139 do ECA (Lei
formado por regras protetivas à criança e 8.069/90) foram alterados pela Lei
adolescente. 12.696/12, que entrou em vigor no dia 26
de julho de 2012, trazendo substanciais
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se- modificações quanto ao Conselho Tutelar.
ão em conta os fins sociais a que ela se Podemos estabelecer que as modificações
dirige, as exigências do bem comum, os disseram respeito aos seguintes
direitos e deveres individuais e coletivos, e a aspectos:
condição peculiar da criança e do Local de constituição do Conselho
adolescente como pessoas em Tutelar
desenvolvimento. Tempo de mandato dos Conselheiros
Esclarecimento quanto ao conceito do
SITUAÇÕES DE RISCO E MEDIDAS DE termo recondução
PROTEÇÃO Ampliação dos direitos dos
Situações de risco (art.98 do ECA) – as Conselheiros
medidas de proteção são aplicadas Retirada da prerrogativa de prisão
sempre que os direitos previstos no ECA especial, com a pequena alteração do artigo
forem ameaçados ou violados: 135, mantendo as demais prerrogativas
Sempre que houver ação ou omissão do Instituição de regras para o processo de
estado ou da sociedade; escolha dos Membros do Conselho Tutelar,
Falta, abuso, omissão dos pais ou com unificação em todo o território nacional
responsável; de data de eleição e posse
Em razão de sua conduta.
Antes da alteração legislativa, o artigo 132
estabelecia que “Em cada Município haverá,
Cuidado para não confundir as medidas no mínimo, um Conselho Tutelar composto
de proteção com as medidas de cinco membros, escolhidos pela
socioeducativas. Vejamos abaixo um comunidade local para mandato de três
quadro esquemático com as principais anos, permitida uma recondução”. Ocorre
distinções entre as medidas de proteção e que a lei não esclarecia como se dava essa
as socioeducativas: recondução, o que era explicitado pela
Resolução 139 do CONANDA, que em seu
artigo 6º, parágrafo 1º já trazia a previsão de
que a recondução seria feita mediante novo
processo de escolha, exatamente o que
passa a dispor a nova redação do artigo
132:
Art. 132. Em cada Município e em cada
Dessa forma, podemos estabelecer que as Região Administrativa do Distrito Federal
medidas de proteção previstas no artigo haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar
101 podem ser aplicadas a qualquer como órgão integrante da administração
criança ou adolescente que se encontre pública local, composto de 5 (cinco)
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membros, escolhidos pela população local Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá
para mandato de 4 (quatro) anos, permitida sobre o local, dia e horário de
1 (uma) recondução, mediante novo funcionamento do Conselho Tutelar,
processo de escolha. inclusive quanto à remuneração dos
respectivos membros, aos quais é
Outra questão que o ECA não esclarecia era assegurado o direito a:
a natureza deste Órgão, se ele integrava a I - cobertura previdenciária;
Administração Pública. O que agora se II - gozo de férias anuais remuneradas,
encontra expressamente previsto no ECA, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da
como percebemos acima, na redação do remuneração mensal;
artigo 132, também já integrava a Resolução III - licença-maternidade;
139 do CONANDA (Conselho Nacional dos IV - licença-paternidade;
Direitos da Criança e do Adolescente), em V - gratificação natalina.
seu artigo 3º, que estabelecia que em cada Parágrafo único. Constará da lei
Município e no Distrito Federal, haveria no orçamentária municipal e da do Distrito
mínimo um Conselho Tutelar, como órgão Federal previsão dos recursos necessários
da Administração Pública local. ao funcionamento do Conselho Tutelar e à
remuneração e formação continuada dos
A inovação mais garantista aos membros conselheiros tutelares.
dos Conselhos Tutelares se deu por meio
do artigo 134. A Resolução 139 do Desta forma, com as alterações, em cada
CONANDA trazia em alguns de seus artigos Município e em cada região
a necessidade de adequação da legislação, administrativa do Distrito Federal haverá,
para que fossem assegurados aos membros no mínimo, um Conselho Tutelar como
do Conselho Tutelar a remuneração pelo órgão integrante da Administração
exercício de sua função, assim como as Pública local, composto de cinco
demais vantagens e direitos sociais membros, escolhidos pela população
assegurados aos demais servidores local para mandato de quatro anos,
municipais (tendo em vista que ao ECA permitida uma recondução, mediante
citava que a lei municipal disporia sobre novo processo de escolha.
“eventual remuneração). No entanto, as
previsões contidas nos artigos 37 e 38 da Lei municipal ou distrital disporá sobre o
Resolução eram meramente diretrizes ao local, dia e horário de funcionamento do
Poder Público, que as implemetaria em nível Conselho Tutelar, inclusive quanto à
local se assim o desejasse. Desta forma, na remuneração dos respectivos membros.
prática, era comum encontrar Municípios em O exercício efetivo da função de conselheiro
que os Conselheiros Tutelares eram constituirá serviço público relevante e
remunerados e Municípios em que isso não estabelecerá presunção de idoneidade
ocorria. moral.
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contrário, trata-se de lar coletivo, sempre natural (art.19 do ECA) – se não pode
com o intuito de proteger a criança ou estar com sua família natural, deve seguir a
adolescente. ordem e colocar em família extensa ou
ampliada e caso não seja possível, deve ser
Modalidades de colocação em família colocado em família substituta.
substituta
1. Guarda (art. 148, §único, “a” do ECA) Acolhimento institucional – é uma medida
- só será competente o juiz da vara da protetiva provisória como forma de transição
infância e juventude se houver situação de para colocação em família substituta. Se o
risco para o menor. menor é afastado do convívio familiar e é
2. Tutela (art. 148, §único, “a” do ECA) - recolhido pelo Conselho Tutelar,
só será competente o juiz da vara da provisoriamente, como forma de transição
infância e juventude se houver situação de ficará na família voluntária (inclusão em
risco para o menor. programa de acolhimento familiar) ou na
3. Adoção – competência exclusiva do juiz instituição de acolhimento (antigo abrigo).
da vara da infância e juventude (art.148, III Logo, assim fica a ordem:
ECA). 1º família natural;
2º família extensa;
Art.101, VII e VIII - saiu a palavra abrigo e 3º família substituta, mas se não for possível
colocação em família substituta, mas com o sua imediata colocação, a criança ou
advento da lei 12010/09 no lugar do abrigo adolescente ficará provisória e
entra a nomenclatura acolhimento transitoriamente em acolhimento familiar ou
institucional e acolhimento familiar e mantida institucional.
a colocação em família substituta, tendo
havido renumeração, do inciso VIII para o A família voluntária concorda em receber
IX. A Lei 12010/09 realizou importantes provisoriamente a criança ou adolescente
alterações no ECA. para depois colocar na família substituta.
Essa família que recebe criança como
Lei 12010/09 – dispõe sobre o família voluntaria tem preferência na
aperfeiçoamento da sistemática relacionada adoção.
a garantia do direito a convivência familiar. Prazo do acolhimento institucional – 2
anos.
A lei 12010/09 criou mais uma
modalidade de família que é a família MODALIDADES DE COLOCAÇÃO EM
extensa ou ampliada. FAMÍLIA SUBSTITUTA
Guarda
Família extensa ou ampliada – é a
comunidade formada pelo menor com seus Art. 33. A guarda obriga a prestação de
parentes próximos, com os quais ele possua assistência material, moral e educacional à
relação de afinidade e afetividade. (art. 25, criança ou adolescente, conferindo a seu
par. Único) detentor o direito de opor-se a terceiros,
inclusive aos pais. (Vide Lei 12.010, de
Família natural – é a comunidade formada 2009) Vigência
pelos pais com seus filhos. Ou só pai e filho
ou só mãe e filho. (art. 25, caput) § 1º A guarda destina-se a regularizar a
posse de fato, podendo ser deferida, liminar
Quando o menor é criado pelo irmão ou incidentalmente, nos procedimentos de
mais velho, pelo tio, pelo primo, qual é tutela e adoção, exceto no de adoção por
esse tipo de família? Atualmente, família estrangeiros.
extensa ou ampliada.
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a
O ECA estabelece expressamente que o guarda, fora dos casos de tutela e adoção,
menor deva permanecer na sua família para atender a situações peculiares ou
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suprir a falta eventual dos pais ou poder familiar. Já a adoção rompe com
responsável, podendo ser deferido o direito todos os vínculos anteriores.
de representação para a prática de atos
determinados.
- Espécies de guarda
§ 3º A guarda confere à criança ou
adolescente a condição de dependente, 1) Guarda para regularizar a posse de fato
para todos os fins e efeitos de direito, É possível que a criança ou adolescente já
inclusive previdenciários. esteja sendo criado por alguém, que não
possui o termo de guarda. O objetivo, nesta
§ 4o Salvo expressa e fundamentada modalidade de guarda, é tornar de direito
determinação em contrário, da autoridade uma situação meramente fática.
judiciária competente, ou quando a medida
for aplicada em preparação para adoção, o 2) Guarda liminar ou incidental no processo
deferimento da guarda de criança ou de adoção
adolescente a terceiros não impede o Artigo 33, parágrafo primeiro – guarda
exercício do direito de visitas pelos pais, liminar ou incidental nos procedimentos de
assim como o dever de prestar alimentos, tutela e adoção, exceto por estrangeiros.
que serão objeto de regulamentação Com base nesse dispositivo, é possível que,
específica, a pedido do interessado ou do durante o processo de adoção, os futuros
Ministério Público. (Incluído pela Lei 12.010, pais adotivos tenham a guarda da criança ou
de 2009) adolescente.
Art. 34. O poder público estimulará, por 3) Guarda para atender situação peculiar
meio de assistência jurídica, incentivos ou para suprir falta eventual
fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a
forma de guarda, de criança ou adolescente São as hipóteses previstas no artigo 33,
afastado do convívio familiar. (Redação parágrafo 2o –situação peculiar. Pode até
dada pela Lei 12.010, de 2009) mesmo implicar em responsabilidade sobre
o menor até os 18 anos de idade. Tal guarda
§ 1o A inclusão da criança ou adolescente pode por fim ao processo, decidindo com
em programas de acolhimento familiar terá quem vai ficar o menor. No entanto, nada
preferência a seu acolhimento institucional, impede a revogação dessa guarda,
observado, em qualquer caso, o caráter consoante dispõe o artigo 35 do ECA. O que
temporário e excepcional da medida, nos prepondera é o interesse do menor, e não a
termos desta Lei. (Incluído pela Lei 12.010, pretensão dos pais ou do guardião. A perda
de 2009) ou a modificação da guarda poderá ser
decretada nos mesmos autos do
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo a procedimento, consoante o disposto no
pessoa ou casal cadastrado no programa de artigo 169, parágrafo único. Quanto à
acolhimento familiar poderá receber a guarda para suprir falta eventual dos pais, é
criança ou adolescente mediante guarda, possível que, durante uma viagem de
observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta estudos, por exemplo, o menor esteja em
Lei. (Incluído pela Lei 12.010, de 2009) guarda com determinada pessoa, até que os
pais voltem a exercer a guarda.
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a
qualquer tempo, mediante ato judicial - Efeitos da guarda
fundamentado, ouvido o Ministério Público.
- Prestação de assistência material, moral
A guarda não retira o poder familiar dos e educacional.
pais, diferentemente da tutela, que - Passa o menor a figurar como
pressupõe a perda ou a suspensão desse dependente para todos os fins e efeitos de
direito, inclusive previdenciários.
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afetividade com aquele não detentor da § 2o A simples guarda de fato não autoriza,
guarda, que justifiquem a excepcionalidade por si só, a dispensa da realização do
da concessão. estágio de convivência.
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Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente Art. 52-D. Nas adoções internacionais,
no exterior em país ratificante da Convenção quando o Brasil for o país de acolhida e a
de Haia, cujo processo de adoção tenha adoção não tenha sido deferida no país de
sido processado em conformidade com a origem porque a sua legislação a delega ao
legislação vigente no país de residência e país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de,
atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo mesmo com decisão, a criança ou o
17 da referida Convenção, será adolescente ser oriundo de país que não
automaticamente recepcionada com o tenha aderido à Convenção referida, o
reingresso no Brasil. processo de adoção seguirá as regras da
§ 1o Caso não tenha sido atendido o adoção nacional.
disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da
Convenção de Haia, deverá a sentença ser A adoção foi a medida de colocação em
homologada pelo Superior Tribunal de família substituta que mais sofreu
Justiça. alterações com a Lei 12.010/2009. Além de
todas as disposições gerais que vimos
§ 2o O pretendente brasileiro residente no acerca das modalidades de colocação em
exterior em país não ratificante da família substituta, passemos a estudar
Convenção de Haia, uma vez reingressado especificamente a adoção, de acordo com
no Brasil, deverá requerer a homologação as novas diretrizes estabelecidas pela Lei
da sentença estrangeira pelo Superior 12.010/2009.
Tribunal de Justiça.
Antes da reforma promovida pela Lei
Art. 52-C. Nas adoções internacionais, 12.010/2009, a adoção de criança e
quando o Brasil for o país de acolhida, a adolescente era tratada pelo ECA, além de
decisão da autoridade competente do país incidirem também as disposições dos artigos
de origem da criança ou do adolescente 1.618 a 1.629 do Código Civil. Com a
será conhecida pela Autoridade Central reforma, a Lei 12.010/2009 revogou os
Estadual que tiver processado o pedido de artigos 1.620 a 1.629 do Código Civil, que
habilitação dos pais adotivos, que passou a estabelecer em seu artigo 1.618 e
comunicará o fato à Autoridade Central 1.619 que a adoção de crianças e
Federal e determinará as providências adolescentes passa a ser regida
necessárias à expedição do Certificado de exclusivamente pelo ECA, que também
Naturalização Provisório. incidirá, no que couber, na adoção de
maiores de 18 anos.
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que viesse unificar os procedimentos quanto possível a adoção de maior de 18 anos pelo
ao cadastro. ECA, mas de forma excepcional.
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adotando já estiver sob a tutela ou guarda dados são cruzados para encontro da futura
legal do adotante durante tempo suficiente família substituta.
para que seja possível avaliar a
conveniência da constituição do vínculo. A Ressalte-se que a referida inscrição apenas
simples guarda de fato, por si só, não se dará após o preenchimento de todos os
autoriza a dispensa do estágio de requisitos previstos no artigo 50 do ECA,
convivência. Antes da reforma, a idade de que sofreu substancial alteração pela Lei
até um ano do adotando dispensava o 12.010/2009, antes formado pelo caput e
estágio de convivência. Tal exceção foi dois parágrafos, e passando, agora, a ser
suprimida pela Lei 12.010/2009. integrado pelo caput e por 14 parágrafos,
como colocamos no início do tópico. Além
A duração do estágio de convivência não é disso, passa a existir um procedimento
predeterminada legalmente, devendo o juiz prévio, que é a habilitação para a adoção,
estabelecer o prazo de acordo com as que ainda estudaremos.
peculiaridades do caso. No entanto, a lei
prevê um período mínimo nos casos de Define-se adoção intuitu personae como
adoção internacional, em que o estágio de aquela em que os pais biológicos, ou um
convivência deverá ser cumprido em deles, ou, ainda, o representante legal do
território nacional por um período mínimo de adotando, indica expressamente aquele que
30 dias. Lembramos que, nos casos de vem a ser o adotante.
adoção internacional, sempre deverá existir
o estágio de convivência, tendo em vista que Não é vontade dos pais biológicos que a
a dispensa não pode incidir por não ser criança seja simplesmente adotada, mas
admitida a guarda liminar ou incidental que seja adotada por pessoa específica.
nessa modalidade de adoção. Este tipo de adoção é bastante comum
quando verificamos a realidade brasileira.
- Do consentimento dos pais e da adoção Mães entregam seus filhos a determinada
intuitu personae pessoa ou permitem que a criança seja
Estabelece o artigo 45 do ECA que a acolhida no seio de determinada família.
adoção depende do consentimento dos pais. Obviamente, tal pessoa ou família é
No entanto, a adoção poderá ocorrer ainda conhecida do parente biológico e,
que contrariamente à vontade dos pais certamente, de sua confiança.
biológicos, se esses perderem o Poder
Familiar ou forem desconhecidos, exceção A indicação expressa daquele que vem a ser
expressa do parágrafo 1º do artigo 45. Tal o adotante não implica ignorar os requisitos
previsão influencia algumas disposições que legais a serem preenchidos, com exceção
estudaremos no capítulo referente às do prévio cadastro de postulantes à adoção.
disposições procedimentais, como, por
exemplo, a previsão da possibilidade de No que tange à adoção intuitu personae,
revogação do consentimento. No estudo para Adalberto Filho, esta é polêmica e
dessa parte, analisaremos, detalhadamente, perigosa, pois não há aplicação do artigo 50
cada característica e formalidade do do ECA, que determina a ordem de
consentimento necessário. preferência para adoção aos que estiverem
habilitados na lista. Isso tudo porque,
Quando o ECA estabelece a necessidade de durante esse processo de habilitação, os
consentimento dos pais biológicos, isso não adotantes passam por uma série de exames
significa que os pais biológicos escolhem os e testes psicológicos e físicos, que, dependo
pais adotivos. Pelo contrário; em regra, isso dos resultados, se tornarão aptos ou não à
não ocorre. As crianças e adolescentes que paternidade.
estão disponíveis para a adoção ficam
inscritas em registro mantido pela autoridade Não há norma específica que proíba os pais
judiciária em cada comarca ou foro regional , biológicos escolherem quem serão os pais
assim como os pretensos pais adotivos. Os afetivos de seu filho. No entanto, a contrario
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senso, o artigo 50, parágrafo 13, só permite certidão. A adoção desconstitui os vínculos
a dispensa do prévio cadastramento nos anteriores da criança ou adolescente com
casos nele especificados e não contempla a sua família biológica. Passa a constar no
escolha dos pais adotivos pelos pais Registro de Nascimento o nome dos
biológicos. adotantes como pais, além do nome dos
progenitores, sem qualquer menção ou
Sustentando-se a possibilidade da adoção averbação relacionada à adoção, que é
intuitu personae, porém, é fundamental que origem do ato. Tal disposição visa à garantia
se estabeleçam alguns critérios para a do direito constitucional à igualdade entre
adoção direcionada, visando, sobretudo, filhos naturais e adotivos.
prevalecer o vínculo de afeto existente entre
adotante e adotado, a fim de que esta - Do direito à ciência da origem biológica
modalidade de adoção não represente uma O artigo 48 do ECA trazia disposição acerca
"troca de interesses". da irrevogabilidade da adoção, que agora
passa a fazer parte do parágrafo 1º do artigo
Apesar desta modalidade, claramente, 39. A nova redação do artigo 48 dispõe
priorizar o melhor interesse do adotado, a acerca de grande inovação relacionada à
inutiliza a regra do art. 50 do ECA (Cadastro adoção: o direito à ciência de origem
Nacional de Adotantes), o que faz parte da biológica. Tal direito é inerente ao direito de
doutrina defender o não uso da adoção personalidade. Assim, dispõe o artigo 48:
intuitu personae "pelos riscos de comércio
ou intermediação indevida, com exploração O adotado tem direito de conhecer sua
decorrente, o desrespeito ao direito origem biológica, bem como de obter acesso
fundamental da criança de ser criada em irrestrito ao processo no qual a medida foi
sua família natural ou ampliada, e a aplicada e seus eventuais incidentes, após
manifesta burla ao cadastro de pretendentes completar 18 (dezoito) anos.
à adoção.
Parágrafo único. O acesso ao processo de
Porém, é preciso reconhecer que o excesso adoção poderá ser também deferido ao
de burocratização no processo de adoção, adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu
recentemente atualizado pela Lei 12.010/10, pedido, assegurada orientação e assistência
beneficia este tipo de adoção, visto que nas jurídica e psicológica.
hipóteses do artigo 46 do ECA haverá uma
comissão interdisciplinar acompanhando o Tal disposição não significa direito ao
processo judicial, que poderá avaliar o reconhecimento de paternidade e de
estado psíquico dos pais ou da mãe que alimentos, tendo em vista que, como dito , a
entregou seu filho à determinada pessoa. adoção desconstitui os vínculos anteriores
Não apresentando, assim, qualquer risco com a família biológica. Torna-se,
para essa criança/adolescente. especificamente, de direito de conhecer a
Assim, não deve ser a inscrição na lista de sua origem biológica. Dessa forma, o
adotantes uma condição sine qua non, um adotado passa a ter garantido o acesso
requisito insuperável, absoluto, para a irrestrito ao processo de adoção. Se tal
efetivação da adoção. Deve-se, sobretudo, direito for exercido pelo menor de 18 anos,
atentar ao direito da criança de ser adotada tendo em vista sua condição peculiar de
por quem já lhe dedica cuidado e atenção, pessoa em desenvolvimento, deverá ser
em vez de priorizar os adultos pelo simples assegurada a orientação e assistência
fato de estarem incluídos numa listagem, e jurídica e psicológica.
só por isso. Tal direito, como direito de personalidade, é
imprescritível e personalíssimo. Pensamos
- Constituição do vínculo na adoção que, com a atual disposição expressa do
A constituição do vínculo de adoção se dá ECA, passa a constituir dever dos pais
por sentença judicial inscrita no registro adotivos dar ciência ao filho adotado sobre a
mediante mandado, do qual não se expedirá origem do vínculo entre eles, de forma a
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A habilitação de postulantes estrangeiros 6
Ouvido o Ministério Público, a Autoridade
terá duração máxima de um ano. Central Estadual somente deixará de reconhecer
os efeitos daquela decisão se restar
5
O credenciamento tem validade no Brasil demonstrado que a adoção é manifestamente
por dois anos (artigo 51, parágrafo 60, contrária à ordem pública ou não atende ao
ECA). interesse superior da criança ou do adolescente.
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nos casos em que delegue o processo de Rol taxativo – o juiz não pode aplicar
adoção ao país de acolhida, tal processo medidas sócioeducativas fora do rol do
será o observado para a adoção nacional art.112.
(artigo 52-D).
Embora a adoção internacional seja medida Autoridade competente para aplicar
extrema, que nega a nacionalidade brasileira medidas socioeducativas – juiz da infância
ao adotado, além de inseri-lo em uma e juventude.
cultura diferenciada, muitas vezes é a única
hipótese de garantir e assegurar o direito à
convivência familiar para as crianças e As medidas socioeducativas são elencadas
adolescente que são preteridas em taxativamente no artigo 112. São elas:
detrimento da sua etnia, idade, estado de 1. Advertência;
saúde, sexo e aparência, no próprio país de 2. Obrigação de reparar o dano;
origem. 3. Prestação de serviços à comunidade;
4. Liberdade assistida;
Quando a preterição ocorre em razão da 5. Inserção em regime de semiliberdade;
idade, denomina-se a hipótese de adoção 6. Internação em estabelecimento
tardia. Alguns consideram tardias as educacional;
adoções de crianças com idade superior a
de dois anos de idade. Ao determinar qual medida deve ser
Os postulantes à adoção optam pela adoção cumprida pelo adolescente em conflito com
de crianças com idade menor possível, a lei, o juiz deve levar em conta a
buscando a possibilidade de uma adaptação capacidade do adolescente para
tranquila7 na relação de pai e filho, cumprimento da medida, as circunstâncias e
almejando imitar o vínculo biológico- a gravidade da infração (artigo 121,
sanguíneo. Sonham acompanhar parágrafo 1º), sendo a medida de internação
integralmente o desenvolvimento físico e sempre excepcional.
psicossocial, que se manifestam desde as Levar em conta a capacidade não significa
primeiras expressões faciais, como o que o menor portador de doença mental não
sorriso, e movimentos dos olhos possa sofrer medida socioeducativa. O ECA
acompanhando objetos e demonstrando o prevê expressamente no parágrafo 2º do
reconhecimento das figuras parentais, além artigo 112 que os adolescentes portadores
das primeiras falas e passos. Querem de doenças ou deficiência mental receberão
realizar o desejo materno e paterno de tratamento individual e especializado, em
trocar as fraldas, dar colo, amamentar, ninar, local adequado às suas condições. O
dar banho, trocar-lhe as roupas, dentre Superior Tribunal de Justiça já admitiu até
outros; enfim, construir uma história familiar mesmo o cumprimento de medida de
e registrá-la, desde os primeiros dias de vida internação por adolescente em conflito com
do filho. (CAMARGO, 2006). a lei acometido de doença mental.
As regras atinentes às medidas
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS socioeducativas em espécie encontram-se a
partir do artigo 113.
Medidas socioeducativas (art.112 do CP)
Apenas o adolescente poderá receber A mais importante delas, por ser a mais
medida socioeducativa, quando praticar ato objeto dos julgamentos pelos nossos
infracional. Tribunais, é a medida de internação.
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artigo 178, à delegacia especializada onde 3º) em sede judicial para que ao final o
houver e se não houver vai para a Delegacia juiz possa proferir sentença aplicando ou
comum. Adolescente é apreendido em não uma medida sócioeducativa. Essa
flagrante e não preso. O Art.171 determina fase se inicia com o oferecimento da
que nos casos em que a prisão do representação pelo MP e deverá ter
adolescente se dá por ordem judicial, ele é presença obrigatória do advogado, conforme
levado para a justiça da infância e art.207 do ECA. Teremos a realização de
juventude. Se for o adolescente apreendido duas audiências, uma de apresentação e
em flagrante vai para a delegacia outra audiência em continuação (que
especializada, conforme art. 172 do ECA. equivale a uma AIJ) , é nessa audiência que
Estas são as duas únicas formas de se serão produzidas as provas, ou seja, na
privar o adolescente de sua liberdade. Não audiência em continuação irão ocorrer a
há, a título de exemplo, a apreensão para garantia da ampla defesa, do contraditório e
averiguação. Sua ocorrência caracteriza do devido processo legal. O juiz profere
crime previsto no ECA. Chegando na sentença que pode ser: absolutória ou
delegacia especializada deve ser sancionatória (medida sócioeducativa e/ou
apresentado a autoridade policial para que medida protetiva). Dessa sentença cabe
lavre o auto de apreensão pela pratica de apelação sendo possível o juízo de
ato infracional (esse auto só será lavrado retratação, no prazo de 10 dias.
numa situação que ocorra ato com violência
ou grave ameaça), ou pode lavrar boletim do Criança pratica ato infracional?
ocorrência circunstanciado, nos demais Art.105 do ECA – criança pratica ato
casos. Depois de todo este procedimento, infracional e a diferença será em relação as
será liberado e devem os pais se encarregar medidas aplicáveis. Criança não passa pelo
de levar o menor para ser ouvido pelo o MP procedimento estudado acima, deve ser
no mesmo dia ou no dia útil seguinte. Logo, encaminhada ao Conselho Tutelar, e só
os pais devem prestar termo de recebe medidas de proteção.
compromisso.
INFRAÇÕES PREVISTAS NO ECA
2º) em sede ministerial – O Promotor vai Infrações praticadas contra a criança e
realizar a oitiva informal. Essa oitiva informal adolescente - se dividem em infrações
é do adolescente, dos pais, da vítima, das penais e infrações administrativas. Todos os
testemunhas. Depois da oitiva informal o MP crimes previstos no ECA são de ação penal
poderá: pública incondicionada.
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