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METROLOGIA

A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em particular, às dimensões lineares e


angulares das peças mecânicas. Nenhum processo de usinagem permite que se obtenha
rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é necessário conhecer a grandeza do erro
tolerável, antes de se escolherem os meios de fabricação e controle convenientes.
Finalidade do Controle
O controle não tem por fim somente reter ou rejeitar os produtos fabricados fora das normas;
destina-se, antes, a orientar a fabricação, evitando erros. Representa, por conseguinte, um fator
importante na redução das despesas gerais e no acréscimo da produtividade.
Um controle eficaz deve ser total, isto é, deve ser exercido em todos os estágios de transformação
da matéria, integrando-se nas operações depois de cada fase de usinagem.

Todas as operações de controle dimensional são realizadas por meio de aparelhos e instrumentos;
devem-se, portanto, controlar não somente as peças fabricadas, mas também os aparelhos e
instrumentos
verificadores:
 De desgastes, nos verificadores com dimensões fixas;
 De regulagem, nos verificadores com dimensões variáveis;
Isto se aplica também às ferramentas, aos acessórios e às máquinas-ferramentas utilizadas na
fabricação.
Medição
O conceito de medir traz, em si, uma ideia de comparação. Como só se podem comparar “coisas” da
mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte definição, que, como as demais, estão
sujeita a contestações:
“Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada como unidade”. Uma
contestação que pode ser feita é aquela que se refere à medição de temperatura, pois, nesse caso,
não se comparam grandezas, mas, sim, estados.

A expressão “medida de temperatura”, embora consagrada, parece trazer em si alguma inexatidão:


além de não ser grandeza, ela não resiste também à condição de soma e subtração, que pode ser
considerada implícita na própria definição de medir.

Quando se diz que um determinado comprimento tem dois metros, pode-se afirmar que ele é a
metade de outro de quatro metros; entretanto, não se pode afirmar que a temperatura de quarenta
graus centígrados é duas vezes maior que uma de vinte graus, e nem a metade de outra de oitenta.

Portanto, para se medir um comprimento, deve-se primeiramente escolher outro que sirva como
unidade e verificar quantas vezes a unidade cabe dentro do comprimento por medir. Uma superfície
só pode ser medida com unidade de superfície; um volume, com unidade volume; uma velocidade,
com unidade de velocidade; uma pressão, com unidade de pressão, etc.
UNIDADE
Entende-se por unidade um determinado valor em função do qual outros valores são enunciados.
Usando-se a unidade METRO, pode-se dizer, por exemplo, qual é o comprimento de um corredor. A
unidade é fixada por definição e independem do prevalecimento de condições físicas como
temperatura, grau higroscópico (umidade), pressão, etc.

Padrão
O padrão é a materialização da unidade; é influenciada por condições físicas, podendo-se mesmo
dizer que é a materialização da unidade, somente sob condições específicas. O metro-padrão, por
exemplo, tem o comprimento de um metro, somente quando está a uma determinada temperatura, a
uma determinada pressão e suportado, também, de um modo definido. Óbvio que a mudança de
qualquer uma dessas condições alterará o comprimento original.
Método, Instrumento e Operador
Um dos mais significativos índices de progresso, em todos os ramos da atividade humana, é a
perfeição dos processos metrológicos que neles se empregam. Principalmente no domínio da técnica,
a Metrologia é de importância transcendental.

O sucessivo aumento de produção e a melhoria de qualidade requerem um ininterrupto


desenvolvimento e aperfeiçoamento na técnica de medição; quanto maiores são as necessidades de
aparatos, ferramentas de medição e elementos capazes. Na tomada de quaisquer medidas, devem
ser considerados três elementos fundamentais: o método, o instrumento e o operador.
Método
a) Medição Direta
Consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta com instrumentos, aparelhos e
máquinas de medir.
Esse método é, por exemplo, empregado na confecção de peças protótipos, isto é, peças originais
utilizadas como referência, ou, ainda, quando o número de peças por executar for relativamente
pequeno.
b) Medição Indireta por Comparação
Medir por comparação é determinar a grandeza de uma peça com relação à outra, de padrão ou
dimensão aproximada; daí a expressão: medição indireta.

Os aparelhos utilizados são chamados indicadores ou comparadores-amplificadores, os quais,


para facilitarem a leitura, amplificam as diferenças constatadas, por meio de processos mecânicos
ou físicos (amplificação mecânica, ótica, pneumática, etc.).

Instrumentos de Medição
A exatidão relativa das medidas depende, evidentemente, da qualidade dos instrumentos de
medição empregados. Assim, a tomada de um comprimento com um metro defeituoso dará
resultado duvidoso, sujeito a contestações. Portanto, para a tomada de uma medida, é
indispensável que o instrumento esteja aferido e que a sua aproximação permita avaliar a grandeza
em causa, com a precisão exigida.
Operador
O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. Ela é a parte inteligente na apreciação
das medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a precisão conseguida. Um bom
operador, servindo-se de instrumentos relativamente débeis, consegue melhores resultados do que
um operador inábil com excelentes instrumentos. Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os
instrumentos que utiliza ter iniciativa para adaptar às circunstâncias o método mais aconselhável e
possuir conhecimentos suficientes para interpretar os resultados encontrados.

LABORATÓRIO DE METROLOGIA
Nos casos de medição de peças muito precisas, torna-se necessário uma climatização do local;
esse local deve satisfazer às seguintes exigências:
1 - Temperatura constante;
2 - Grau higrométrico correto; (higrométrico: diz-se dos corpos sensíveis à variação do grau de humidade
ambiente)
3 - Ausência de vibrações e oscilações;
4 - Espaço suficiente;
5 - Boa iluminação e limpeza.
Do que respeita à Temperatura, Umidade, Vibração e Espaço.
 Fixou-se em 20ºC a temperatura de aferição dos instrumentos destinados a verificar as dimensões
ou formas.
 A umidade relativa do ar não deverá ultrapassar 55%; é aconselhável instalar um higrostato
(aparelho regulador de umidade).
 Para se protegerem as máquinas e aparelhos contra vibração do prédio, forra-se a mesa com
tapete de borracha, com espessura de 15 a 20 mm, e sobre este se coloca chapa de aço, de 6
mm.
 No laboratório, o espaço deve ser suficiente para acomodar em armários todos os instrumentos e,
ainda, proporcionar bem-estar a todos que nele trabalham.
Iluminação e Limpeza
A iluminação deve ser uniforme, constante e disposta de maneira que evite ofuscamento. Nenhum
dispositivo de precisão deve estar exposto ao pó, para que não haja desgastes e para que as partes
óticas não fiquem prejudicadas por constantes limpezas. O local de trabalho deverá ser o mais limpo e
organizado possível, evitando-se que as peças fiquem umas sobre as outras.

Normas Gerais de Medição


Medição é uma operação simples, porém só poderá ser bem efetuada por aqueles que se preparam
para tal fim. O aprendizado de medição deverá ser acompanhado por um treinamento, quando o aluno
será orientado segundo as normas gerais de medição.
Normas gerais de medição: Recomendações
1) Tranquilidade
Os instrumentos de medição são utilizados para determinar
2) Limpeza
3) Cuidado grandezas. A grandeza pode ser determinada por comparação e
4) Paciência
por leitura em escala ou régua graduada.
5) Senso de responsabilidade
6) Sensibilidade É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos
7) Finalidade da posição medida
instrumentos de medição, mantendo-se assim por maior tempo
8) Instrumento adequado
9) Domínio sobre o instrumento. sua real precisão.
Evite:
1. Choques, queda, arranhões, oxidação e sujeira.
2. Misturar instrumentos
3. Cargas excessivas no uso, medir provocando atrito entre a peça e o instrumento.
4. Medir peças cuja temperatura, que pela usinagem e por exposição a uma fonte de calor, esteja fora
da temperatura de referência.
5. Medir peças sem importância com instrumentos caros.
Cuidados:
 USE proteção de madeira, ou borracha, para apoiar os instrumentos.
 DEIXE a peça adquirir a temperatura ambiente, antes de tocá-la com o instrumento de medição.
TOLERÂNCIIA GEOMÉTRICA
Os desvios geométricos permissíveis para a peça são previamente indicados, aplicando-se
tolerâncias geométricas que são os limites dentro dos quais as dimensões e formas geométricas
possam variar sem que haja comprometimento do funcionamento e intercambiabilidade das peças.
Tais desvios podem ser macro-geométricos, sendo desvios macroscópicos como retilineidade,
planeza, dimensões nominais e desvios micro-geométricos, sendo desvios superficiais microscópicos
como rugosidade e aspereza.
A figura abaixo ilustra os tipos de tolerâncias que compõem as tolerâncias geométricas.

Unidades Dimensionais
As unidades de medidas dimensionais representam valores de referência, que permitem:
 Expressar as dimensões de objetos (realização de leituras de desenhos mecânicos);
 Confeccionar e, em seguida, controlar as dimensões desses objetos (utilização de aparelhos e
instrumentos de medida).
SISTEMAS DE MEDIDAS
Definição do Metro
O metro é definido por meio da radiação correspondente à transição entre os níveis “2 p 10” e “5 d 5”
do átomo de criptônio 86 e é igual, por convenção, a 1.650.763,73 vezes o comprimento dessa onda
no vácuo.
O “2 p 10” e “5 d 5” representa a radiação por usar na raia vermelho- laranja do criptônio 86. Seu
comprimento de onda é de 0.6057 micrômetros.
Metro Padrão Universal
O metro-padrão universal é a distância materializada pela gravação de dois traços
no plano neutro de uma barra de liga bastante estável, composta de 90% de
platina e 10% de irídio, cuja secção, de máxima rigidez, tem a forma de um X.

Sistemas Inglês e Americano


Os países anglo-saxões utilizam um sistema de medidas baseado na farda imperial (yard) e seus
derivados não decimais, em particular a polegada inglesa (inch), equivalente a 25,399 956 mm à
temperatura de 0ºC.
Em razão da influência anglo-saxônica na fabricação mecânica, emprega-se frequentemente, para as
medidas industriais, à temperatura de 20ºC, a polegada de 25,4mm.
O Sistema Internacional de Unidades (SI)
O SI estabelece 7 grandezas físicas fundamentais das quais são derivadas todas as outras. São elas:

A Mecânica utiliza as três primeiras e suas derivadas.

Cada unidade fundamental tem um padrão, alguma coisa que pode ser reproduzida em qualquer
lugar. Por exemplo, se alguém for verificar se uma régua tem suas divisões corretas deve utilizar o
padrão adequado.

Os padrões de
comprimento, o metro e,
de tempo, o segundo,
têm definições muito
complicadas devido às
exigências da Ciência e
da Tecnologia modernas.
Outras Grandezas
Área
Área ou superfície é o produto de dois comprimentos. O metro quadrado é a unidade SI da área, e o
seu símbolo é m2.
Volume
Volume é produto de três comprimentos (comprimento, largura e altura). O metro cúbico é a unidade
SI do volume, e o seu símbolo é m3.
Massa
O quilograma é a unidade SI de massa, com o símbolo kg. O correto em português é escrever
quilograma, entretanto trataremos a unidade de massa como quilograma por coerência gráfica (kg).
Pressão
Na área industrial trabalhamos com três conceitos de pressão:
 Pressão Atmosférica ou Barométrica - É a pressão do ar e da atmosfera vizinha.
 Pressão Relativa ou Manométrica - É a pressão tomada em relação à pressão atmosférica. Pode
assumir valores negativos (vácuo) ou positivos (acima da pressão atmosférica).
 Pressão Absoluta - É a pressão tomada em relação ao vácuo completo ou pressão zero. Portanto
só pode assumir valores positivos.

O Pascal é a unidade SI de
pressão, e o seu símbolo é Pa. Um
Pascal é a pressão de uma força de
1 Newton exercida numa superfície
de 1 metro quadrado.
Temperatura
O Kelvin é unidade SI de temperatura, e o seu símbolo é K. O Kelvin é definido como a fração
1/273, 15 da temperatura termodinâmica do ponto tríplice da água (equilíbrio simultâneo das fases
sólida, líquida e gasosa). Na prática utiliza-se o grau Celsius (ºC). Existem também as escalas
Rankine e Fahrenheit.

Força
Força é uma grandeza vetorial, derivada do produto da massa pela aceleração, ou seja, quando se
aplica uma força F em um corpo de massa m, ele se move com uma aceleração a, então: F = m.a
(unidades: newton e Dina)
RÉGUA GRADUADA
O mais elementar instrumento de medição
utilizado nas oficinas é a régua graduada
(escala). É usada para medidas lineares,
quando não há exigência de grande
precisão. Para que seja completa e tenha
caráter universal, deverá ter graduações do
sistema métrico e do sistema inglês
Características da Régua Graduada
1 – Ser de aço inoxidável.
2 - Ter graduação uniforme.
3 - Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em preto.

Conservação
1 - Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.
2 - Evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre.
3 - Limpe-o após o uso, para remover o suor e a sujeira.
4 - Aplique-lhe ligeira camada de óleo fino, antes de guardá-la.
PAQUIMETRO
O paquímetro é um instrumento
usado para medir as dimensões
lineares internas, externas e de
profundidade de uma peça.
Consiste em uma régua
graduada, com encosto fixo, sobre
a qual desliza um cursor.

O cursor ajusta-se à régua e


permite sua livre movimentação,
com um mínimo de folga.
Ele é dotado de uma escala
auxiliar, chamada de nônio ou
vernier.
Essa escala permite a leitura de
frações da menor divisão da
escala fixa.
O paquímetro é usado quando a quantidade de peças que se quer medir é pequena. Os instrumentos
1"
mais utilizados apresentam uma resolução de: 0,05 𝑚𝑚; 0,02 𝑚𝑚; 𝑜𝑢 0,001
128
As superfícies do paquímetro são planas e polidas e o instrumento geralmente é feito de aço
inoxidável. Suas graduações são calibradas a 20 °C
PAQUÍMETRO UNIVERSAL COM RELÓGIO
O relógio acoplado ao cursor facilita a leitura, agilizando a medição.
PAQUÍMETRO DE PROFUNDIDADE
Servem para medir a profundidade de furos não
vazados, rasgos, rebaixos, etc. esse tipo de
paquímetro pode apresentar haste simples ou
haste com gancho.
Paquímetro digital
Utilizado para leitura rápida, livre de
erro de paralaxe e ideal para controle
estatístico.
Principio do nônio
A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier (Pierre Vernier), o nônio possui uma divisão a mais
usada que a unidade usada na escala fixa.

No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões equivalentes a nove
milímetros (9 mm). Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o primeiro traço da escala fixa e o
primeiro traço da escala móvel
Calculo de resolução
As diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um
paquímetro podem ser calculadas pela sua resolução. A
resolução é a menor medida que o instrumento oferece. Ele é
calculada utilizando-se a seguinte formula:

SISTEMA MÉTRICO
Na escala fixa ou principal do paquímetro, a leitura feita antes do zero do nônio corresponde à altura
em milímetro. Em seguida, se devem contar os traços do nônio até o ponto em que um deles
coincidir com um traço da escala fixa. Depois se deve somar o numero que leu na escala fixa ao
numero que leu no nônio.
Para entender o processo de leitura no paquímetro, são apresentados a seguir, dois exemplos de
leitura.
Exemplo: Escala em milímetros e nônio com 10 divisões.
MICROMETRO
Jean L. Palmer apresentou, pela primeira vez um micrometro para requerer sua patente. O instrumento
permitia a leitura de centésimo de milímetro de maneira simples.
Com o decorrer do tempo, o micrometro foi aperfeiçoado e possibilitou medições mais rigorosas e
exatas do que o paquimetro.
Os principais componentes de um micrometro
 O arco é constituído de aço especial ou fundido, tratadas termicamente para eliminar asa tensões
internas.
 O isolante térmico, fixado ao arco, evita sua dilatação porque isola a transmissão de calor das mãos
para o instrumento.
 O fuso micrométrico é constituído de aço especial temperado e retificado para garantir exatidão do
passo da rosca.
 As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-se rigorosamente planos e
paralelos. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal duro, de alta resistência ao desgaste.

 A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico, quando isso é necessário.
 O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso micrométrico. Portanto, a
cada volta, seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrometro.
 A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante
 A trava permite imobilizar o fuso numa medida predeterminada
CARACTERÍSTICAS:
Os micrometros caracterizam-se pela: Capacidade – Resolução - Aplicação
A capacidade de medição dos micrometros normalmente é de 25 mm (1”) variando o tamanho do arco
de 25 em 25 mm (1” em 1”). Podem chegar a 2000 mm (80”)
A resolução nos micrometros pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; 0.001” ou 0.0001”. No micrometro de
0 a 25 mm ou de 0 a 1”, quando as faces dos contatos estão juntas, a borda do tambor coincide com o
traço zero (0) da bainha. A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero (0) da escala do
tambor.
MICROMETRO DE PROFUNDIDADE
Conforme a profundidade a ser medida utilizam-se
hastes de extensão, que são fornecidas juntamente
com o micrômetro.
MICROMETRO COM ARCO PROFUNDO
Serve para medições de espessuras de bordas ou de partes salientes das peças
MICROMETRO COM DISCOS NAS HASTES
O disco aumenta a área de contato possibilitando a medição de papel, cartolina, couro, borracha,
pano, etc. também é empregado para medir dentes de engrenagens.
MICROMETRO PARA MEDIÇÃO DE ROSCAS
Especialmente construído para medir roscas triangulares, este micrometro possui as hastes furadas
para que se possam encaixar as pontas intercambiáveis, conforme o passo para o tipo da rosca a
medir.
MICROMETRO COM CONTATO EM FORMA DE “V”
É especialmente construído para medição de ferramentas de corte que possuem números ímpar de
cortes (fresa de topo, macho, alargadores, etc.). Os ângulos em V dos micrometros para medição de
ferramentas de 3 cortes é de 60 °; 5 cortes; 108 ° e 7 cortes; 128 ° 34.17”.
MICROMETRO PARA MEDIR PAREDE DE TUBOS
Este micrometro é dotado de arco especial e possui o contato a 90° com a haste móvel, o que
permite a introdução do contato fixo no furo do tubo.
MICROMETRO CONTADOR MECÂNICO
É para uso comum, porem sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador mecânico. Facilita
a leitura independentemente da posição de observação (erro de paralaxe)
MICROMETRO DIGITAL ELETRÔNICO
Ideal para leitura rápida, livre de erros para paralaxe, próprio para uso em controle estatístico de
processos, juntamente com microprocessadores.
TOLERÂNCIAS
Dimensão nominal: é a dimensão obtida a partir do projeto (dimensionamento) e que fixa a origem
dos afastamentos nominais.
Dimensão efetiva: é o valor obtido medindo-se a peça com o instrumento adequado.

Dimensões limites: valor máximo e mínimo admissíveis, para a dimensão efetiva


Dimensão máxima: é o máximo valor admissível da dimensão efetiva
Dimensão mínima: é o valor mínimo admissível da dimensão efetiva
Tolerância: é a variação permissível da dimensão da peça, dada pela diferença entre dimensões
máxima e mínima.
Afastamento: é a diferença entre as dimensões limites e a normal
Afastamento inferior: é a diferença entre a dimensão mínima e a normal; Símbolos: Ai para furo; ai
para eixo.
Afastamento superior: é a diferença entre a dimensão máxima e normal. Símbolos: As para furo, as
para eixo.
Linha zero: é a linha que nos desenhos fica a dimensão nominal e serve de origem aos
afastamentos.
Terminologia de ajustes

Eixo: termo convencional aplicado para fins Furo: termo convencionalmente aplicado para
de tolerâncias e ajustes como sendo qualquer fins de tolerância e ajustes, como sendo todo
parte de uma peça cuja superfície externa é espaço delimitado por superfície interna de
destinada a alojar-se na superfície interna de uma peça e destinado a alojar o eixo.
outra.
Folga ou jogo: é a diferença entre as dimensões do furo
e do eixo, quando o eixo é menor que o furo. Símbolo F.

Folga máxima: é a diferença entre as dimensões máxima do furo e a mínima do eixo, quando o eixo é
menor que o furo. Símbolo Fmax.
Folga mínima: é a diferença entre as dimensões mínima do furo e a máxima do eixo, quando o eixo é
menor que o furo. Símbolo: Fmin.
Interferência: é a diferença entre as dimensões do eixo e do furo, quando p eixo é maior que o furo. Símbolo I.
Interferência máxima: é a diferença entre a dimensão máxima do eixo e a mínima do furo quando é maior que
o furo. Símnolo: Imax.
Interferência mínima: é a diferença entre a dimensão mínima do eixo e a máxima do furo, quando o eixo é
maior que o furo. Símbolo: Imin
Ajuste ou acoplamento: é o comportamento de um eixo num furo, ambos da mesma dimensão
nominal caracterizado pela folga ou interferência apresentada
Ajuste com folga: é aquele em que o afastamento superior do eixo é menor ou igual ao afastamento
inferior do furo.
Ajuste com interferência: é aquele em que o
afastamento superior do furo é menor ou igual
ao afastamento inferior do eixo.
Eixo base: é o eixo em que o afastamento superior
é preestabelecido como sendo igual a zero
Furo base: é o furo em que o afastamento inferior é
preestabelecido como sendo igual a zero.

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