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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA 10° VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO


BRANCO, ESTADO DO ACRE

A FAZENDA DO ESTADO, nos autos da ação supra, vem à presença de V.Exa.


apresentar CONTESTAÇÃO ao pedido, pelos motivos de fato e de direito a seguir
expostos:
Contestação
No incidente de indenização por danos materiais, pelos fatos e fundamentos que passa
expor.
Breve relato da ação proposta
João Vasconcelos, pedreiro, em 10 de janeiro de 2004, na cidade de Rio Branco-AC, teve seu
veículo automotor abalroado por uma viatura da Polícia Militar do Estado do Acre,
conduzida pelo policial militar Sérgio Vargas, que, com os sinais luminosos e sonoros
acionados, encontrava-se em perseguição a um veículo Volkswagen Gol, conduzido por
Junior “Mão Leve”, furtador contumaz da região. Apurou-se em procedimento
administrativo instaurado pela citada corporação que o miliciano, após solicitação via rádio,
deslocou-se, já com sinais sonoros e luminosos acionados, mas com velocidade compatível
com a via pública, para o local em que Junior “Mão Leve” havia acabado de subtrair o veículo
Gol. Ao avistar a viatura policial, Junior empreendeu fuga, tendo início a perseguição. O PM
Sérgio Vargas, como dito, acionou os sinais sonoros e luminosos da viatura, conduzindo-a,
porém, dentro do limite de velocidade. Em determinado cruzamento, sua rota foi
interceptada por João Vasconcelos, que, desrespeitando as regras do Código de Trânsito
Brasileiro, continuou com sua rota inicial, colidindo com a viatura policial. Conforme
orçamentos juntados aos autos pelo autor, o conserto de seu veículo remontou a
importância de R$ 3.500,00, motivo pelo qual ajuizou ação indenizatória, pelo rito ordinário,
em face do Estado do Acre, alegando haver responsabilidade objetiva em razão de ato
danoso causado por agente público. A ação foi distribuída em 12/07/2012, tendo havido a
citação do Estado e o encaminhamento do mandado de citação a este Procurador do Estado
na Comarca de Rio Branco.
Preliminar
Consoante se depreende dos autos o autor propôs a ação em 2004 e o evento que deu
ensejo à causa ocorreu em 2012, portanto fora do prazo previsto no art. 206 IX, do Código
Civil. Dessa forma requer a extinção do processo com resolução do mérito pela prescrição
nos termos do artigo 269, IV, CPC.

“Art. 206. Prescreve:

IX – a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no


caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
§ 5º Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou
particular;
Nesses Termos,
Pede Deferimento.

Rio Branco, 05 de Julho de 2012.

Astrogildo Pironaldo
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