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Probabilidades: uma nova abordagem

L. Zim1
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FUDIDA – Faculdades Unificadas de DIreito da Dona Alzira.

Neste trabalho fazemos uma crı́tica concisa e direta à teoria de probabilidades que é difundida em
toda a sociedade ocidental. Mostramos que esta teoria na verdade está errada e propomos uma nova
teoria, mais simples, completa, auto-consistente e de aplicações imediatas nas ciências naturais.

I. INTRODUÇÃO logicamente, iremos provar que a teoria é errada.


Primeiramente, daremos o exemplo do jogo de
Todas as ciências naturais (quı́mica, biolo- moedas (único exemplo que a teoria ocidental
gia, astrologia, economia, biblioteconomia, fı́sica, (TO) coincide com a teoria verdadeira, mas so-
etc.), de uma forma ou de outra tentam explicar mente em 50% das vezes). Ao se jogar uma moeda
fenômenos e prever coisas novas. Umas fazem isso (não viciada, claro), é intuitivo para todos que a
com um grau maior de desespero que as outras probabilidade do evento cara (ou coroa) é:
(vide, por exemplo, a teoria fı́sica da mecânica
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quântica [1]). Por mais que uma teoria seja cor- PT O = = 50%. (1)
reta, sempre haverá erros intrı́nsecos (erros de me- 2
dida, erros humanos, erros psicológicos) que nunca, Isto é lógico.
jamais, em hipótese alguma poderão ser evitados. Iremos introduzir agora o segundo exemplo: o
Assim, sempre os cientistas têm que recorrer à uma dado de 6 lados. Segundo a TO, ao se jogar um
análise estatı́stica de seus experimentos. Normal- dado de 6 lados (não viciado, claro) a probabili-
mente o que os cientistas fazem é prever o resul- dade de dar, por exemplo, o número 2 (desde que
tado de um experimento, e ao resultado deste eles este esteja marcados com números; se o dado es-
atribuem a probabilidade de que o dito cujo ocorra: tiver marcado com bolinhas, seria o lado com 2
ou seja, quão provável o resultado de um experi- bolinhas; se ele estivesse marcado com carinhas
mento é capaz de ocorrer. diferentes, a carinha que correspondesse ao número
Até aqui tudo bem, de nada podemos discordar 2, e assim por diante) seria:
dos cientistas, esse é seu ’trabalho’, tudo o que
eles fazem e se propõem a fazer. Porém, a análise 1
estatı́stica que os cientistas, com sua mentalidade PT O = = 16.666666666666666666666666666667%.
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ocidental e aristocrática [2], utilizam se baseia em (2)
uma teoria de probabilidades desenvolvida por pes- Isto NÃO é lógico. Primeiro por que o resul-
soas incapazes e de pouco caráter. Vários livros tado é um numero com infinitas casas decimais
foram editados sobre este tópico, e ele continua (aproximamos aqui pois senâo gastarı́amos infini-
sendo ensinado como uma ’verdade matemática’, tas páginas para escrevê-lo). Segundo, se o resul-
inclusive contemporaneamente (para citar alguns: tado de dar as outras possibilidades é, de fato,
[3]). Qualquer mente superior consegue identificar maior que o que realmente ocorreu, por que ele
que tudo isso não possui nenhuma consistência. não ocorreu ao invés do já ocorrido?
Neste trabalho nós propomos uma nova, simples Qualquer ser pensante, com esses 2 (dois) exem-
e deliciosa teoria de probabilidades. Uma teoria plos, consegue enxergar as falhas da TO. Partire-
que consegue, acima de tudo, ser consistente den- mos agora para nossa teoria maravilhosa da prob-
tro de sua própria inconsistência. Nas próximas abilidade.
sessões explicaremos matematicamente nossa em-
polgante teoria, bem como daremos exemplos sim-
ples e diretos de seu funcionamento. III. A NOVA ABORDAGEM

II. A TEORIA OCIDENTAL Nossa teoria (vulgarmente chamada de teoria


dos 50%) se baseia no exemplo da moeda (não vi-
ciada, claro). A partir das discussões anteriores
A teoria probabilı́stica, antiga e ocidental diga-
começamos nossa teoria. A probabilidade inicial de
se de passagem [3], utilizada normalmente pelas
qualquer evento ocorrer num determinado espaço
pessoas sem senso crı́tico se baseia nas regras
de eventos é dada por:
da matemática e da lógica. Vista pelo lado
matemático a teoria é correta, possuindo vários 1
teoremas [? ] que comprovam este fato. Porém, P = = 50%. (3)
2
2

Isso demonstra um simples fato presenciado por IV. EXEMPLO 1: MOEDA E DADO DE 6
todo ser pensante: ou o evento ocorre ou não! Se o LADOS
evento ocorrer, ele ocorreu. Se ele não ocorrer, sig-
nifica que algum outro evento (dentre as infinitas Previamente, neste artigo, vimos que a TO nos
possibilidades de ocorrência de eventos) ocorreu. dá 2 (dois) valores distintos para a probabilidade
relativa a um evento, nesses dois exemplos distin-
Partindo dessa condição inicial, digamos assim: tos, ocorrer. Esta abordagem só faz a teoria ser
mais complexa e exigente: demanda cálculos te-
1 diosos das pessoas que com ela trabalham. Além
P (0) = = 50%, (4) de que, em 50% das vezes resulta em dados erra-
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dos.
e utilizando o fato bem conhecido que a probabil- Na nossa abordagem, digamos, simpática
idade se conserva (fato copiado descaradamente, possuı́mos apenas 1(um) resultado, dado pela
e erroneamente, na pseudo-ciência ’mecânica equação (6). Sendo assim, as perguntas:
quântica’):
• Qual a probabilidade de, ao se jogar uma
dP (t) moeda, cair cara?
= 0, (5)
dt
• Qual a probabilidade de, ao se jogar um dado
chegamos à conclusão principal de nossa empol- de seis lados marcados com bolinhas colori-
gante teoria: das que indicam o numero, de 1 (um) a 6
(seis), de cair com a face com 2 (duas) bolin-
1 has para cima?
P (t) = = 50%. (6)
2
possuem o mesmo resultado:
Ou seja, toda e qualquer probabilidade é 50%.
Esta conclusão, além de intuitiva, é esclarecedora P = 50%. (7)
e faz previsões no mı́nimo desconcertantes. Todo
evento ou acontece ou não (conclusão intuitiva). Este belı́ssimo resultado nos diz, em poucas
Todo evento possui a mesma probabilidade de palavras: o evento ocorreu ou não. O que é a
acontecer (conclusão desconcertante). Na figura mais pura verdade, se levarmos em conta que ou o
(1) mostramos EXATAMENTE a probabilidade de evento ocorre ou qualquer outro evento no universo
qualquer evento ocorrer no universo em função da ocorre. Por exemplo, ao jogarmos uma moeda num
tentativa de ocorrência do mesmo. jogo de azar esta pode cair num bueiro [4], e as-
sim nunca saberemos o que ocorreu com a moeda.
O mesmo podemos dizer a respeito do dado. Este
pode ser roubado (caso seja um dado valioso) por
alguém de caráter duvidoso enquanto se encontra
sem um estado definido.
1.0
0.8
V. EXEMPLO 2: DADO DE 1 LADO
0.6
P

0.4 Vale ressaltar que esta teoria foi fruto de várias


discussões, além do brilhantismo intelectual do
0.2 Doctor Zim. Vários experimentos tentando refutar
a teoria foram lançados, porém eles funcionaram
0.0 exatamente 50% das vezes, comprovando assim a
0 2 4 6 8 10 teoria. O maior exemplo disso foi o exemplo do
dado de 1 (um) lado (DD1L), descrito violenta-
n mente pelo Doctor Dênis (DD) [5].
A pergunta proposta foi:
Figura 1: Probabilidade da ocorrência de qualquer • E se lançarmos um dado de 1 (um) lado ape-
eventos no espaço de eventos em função de n, onde nas?
n significa a tentativa que este evento ocorra.
Uma pergunta no mı́nimo capiciosa. Durante br-
ever 15 segundos me entretive com a visão do que
seria um dado de 1 (um) lado. Mas, uma mente que
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consegue pensar mais que todas as coisas ajudada onde J~ é o dito fluxo de probabilidades e P (~x, t) é
pelo intelecto de DD conseguiu resolver o prob- a densidade de probabilidades.
lema. O DD1L não passa de uma esfera! Vocês, Segundo vimos e demonstramos rigorosamente
possuidores de mentes pensantes, já devem ter no- nas seções anteriores, a parte da direita da equação
tado que a esfera é o que chamamos de paradoxo acima é igual a 0 (zero). Assim, nossos resultados
[6]: descrevem corretamente o universo (claro, em 50%
• uma esfera possui apenas 1 (um) lado, o de das vezes), pois prevemos com exatidão a inex-
fora (se não contarmos o lado de dentro, ob- istência de monopólos probabilı́sticos. Além disso,
viamente; e este pode ser devidamente inver- comprovamos o lógico: ou o evento acontece ou
tido para o lado de fora, desde que exista não acontece. Este resultado demonstra o extremo
um ponto de torção [7] – este ponto pode caráter que nossa abordagem possui. E podemos
ser visto como uma biqueira de uma bola de dizer mais: com este resultado a ’mágica’ deixa de
futebol); ser uma pseudo-ciência para se tornar algo real e
útil.
• uma esfera possui infinitos lados. Isto é fato VII. CONCLUSOES
e deve existir algum teorema provando [8].
Sendo assim, o problema está resolvido: o DD1L Neste trabalho revisamos alguns pontos cruci-
possui 50% de chance de cair com um ponto in- ais da Teoria Ocidental de probabilidades, demon-
finitesimal deste para cima, com toda a sua su- strando que ela está na verdade errada em 50%
perfı́cie sendo o restante do universo de possibili- das vezes. Propomos uma teoria linda de proba-
dades. bilidades que descreve o comportamento do uni-
verso com exatidão, e que é totalmente consistente
dentro de sua proópria inconsistência. Por fim,
VI. EXEMPLO 3: MECÂNICA aplicamos nossa estonteante teoria em alguns ex-
QUÂNTICA emplos práticos e conseguimos melhorar a mágica
(teoria da mecânica quântica).
A mecânica quântica (de agora em diante
chamaremos de ’mágica’) nos diz a probabilidade
de um evento fı́sico (não, ela não se preocupa com
eventos sociais) acontecer. Isso é tudo.
Porém, a mágica se baseia na teoria estatı́stica VIII. AGRADECIMENTOS
baseada na TO, que a deixa copiosamente e mali-
ciosamente entre as piores teorias de todos os tem- Agradecemos a várias pessoas, porém em espe-
pos. Um exemplo pode ser dado pela chamada cial ao Doctor Zim, que escreveu este artigo na 1a
’equação de continuidade da probabilidade’, dado pessoa do plural, demonstrando assim sua extrema
por [9]: modéstia e humildade, sendo que ele fez sozinho e
∂P (~x, t) sem ajudas todo este belo trabalho. Agradecemos
∇ · J~ = − , (8) o apoio financeiro do RFPq-Brasil.
∂t

[1] http : //desciclo.pedia.ws/wiki/M ecânica Quântica [7] Doctor Lama e Doctor Zim. Comunicações pri-
[2] http : //pt.wikipedia.org/wiki/Aristocrática vadas.
[3] http : //pt.wikipedia.org/wiki/P robabilidade; [8] http : //br.answers.yahoo.com/question/index?qid =
Probabilidade: teoria e problemas, Teresinha de 20070411131119AARdZzV &show = 7
Maria B. S. Xavier, Airton Fontenele Sampaio [9] http : //pt.wikipedia.org/wiki/Equaçeao de continuidade;
Xavier; Probabilidade e estatı́stica, Murray R Quantum Mechanics, Claude Cohen-Tannoudji,
Spiegel; Probabilidade: um curso em nı́vel inter- Bernard Diu, Frank Laloe; Modern Quantum Me-
mediário, Barry R. James. chanics, Revised Edition, Sakurai, J. J.; Quantum
[4] http : //pt.wikipedia.org/wiki/Bueiro Mechanics: Two Volumes Bound as One, Albert
[5] Doctor Dênis e Doctor Zim. Comunicações pri- Messiah, Messiah; dentre outros.
vadas.
[6] http : //pt.wikipedia.org/wiki/P aradoxo

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