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UNIDADE CURRICULAR: Metodologia das Ciências Sociais: Métodos

Qualitativos

CÓDIGO: 41038

DOCENTE: Ana Paula Cordeiro – Tutora: Catarina Moreira

A preencher pelo estudante

NOME: Ana Margarida Cabral Ferreira da Silva

N.º DE ESTUDANTE: 1400609

CURSO: Licenciatura em Ciências Sociais, Minor de Psicologia

DATA DE ENTREGA: 18 de novembro de 19

Fonte:https://abrilguiadoestudante.files.wordpress.com/2016/10/definir-tema-pos-pensando2.jpg?

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TRABALHO / RESOLUÇÃO:
Neste trabalho é solicitado que escolha um tema, um campo de pesquisa e preparar a
pesquisa. A escolha de um tema para a pesquisa torna-se um grande desafio como
também uma das maiores dificuldades para qualquer pesquisador. Como salienta
Beaud & Weber: “A escolha de seu tema de pesquisa é um momento determinante
que irá condicionar todo o seu trabalho posterior” [CITATION web07 \p 21 \t \l 2070
]
“O primeiro problema que se põe ao investigador é muito simplesmente
o de saber como começar bem o seu trabalho” [ CITATION Qui05 \l 2070 ]
O tema terá de ser inédito que não foi ainda explorado. O pesquisador poderá utilizar a
sua área de estudo ou utiliza o ambiente profissional aonde se encontra inserido. Uma
vez que partindo da sua actividade profissional ou académica poderá ser uma mais
valia, uma vez que tem conhecimento prévio do tema e saberá aonde poderá adquirir
os dados para a elaboração da pesquisa. Deve-se evitar assuntos sem grande
interesse ou que assuntos fáceis de serem pesquisados.
Deste modo, uma vez que me encontro a exercer funções no Ministério de Educação
achei oportuno desenvolver um tema bastante real e bastante problemático. É o caso
do tema do Bullying nas escolas.
O tema do Bullying tem vindo a ser referido como um comportamento agressivo, cruel,
intencional e repetitivo por parte de um ou mais indivíduos contra alguém indefeso que
não consegue defender e não entende tais procedimentos. Estes tipos de
comportamentos têm vindo a crescer na comunidade estudantil em quase todos os
níveis de ensino sendo de variadas formas.
O tema, como salienta Beaud&Weber: “deve obedecer a duas regras. De um lado, ser
realizável na prática. De outro lado, estar apoiado em questões prévias (…) brotada
de primeiras leituras.”[CITATION web07 \p 24 \n \y \t \l 2070 ] , é necessário
realizar uma exaustiva pesquisa documental. Essas fontes poderão ser; a experiência
que se vive e de que existe uma necessidade em conhecer melhor o tema, ou então
que se tem interesse em resolver o problema de uma forma mais eficiente. Para isso o
pesquisador deverá ter em consideração o material bibliográfico que dispõe, como por
exemplo; livros, revistas e jornais periódicos evitando sempre temas exaustamente
pesquisáveis.
O pesquisador deverá ser estar atento a tudo o que lhe rodeia. A questão da
observação é muito importante, uma vez que vai poder surgir situações em que o
pesquisador observa e que poderá ser importante para colocar no seu estudo.

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“(…) a monografia local (…), uma maneira eficaz e sólida de apoiar e orientar um
trabalho de campo. “[CITATION web07 \p 58 \t \l 2070 ]
Para que a pesquisa tenha um fundamento científico, o pesquisador terá de evitar o
senso comum, uma vez que é “inimigo” da ciência, uma vez que podemos obter
informações que à primeira vista são verdadeiras e que não temos comprovação
científica, mas não deve ser totalmente excluído. O pesquisador poderá valer dessa
suposição ou questão que ainda não tem comprovação para utilizar na sua pesquisa.
A partir daí poderá tentar através do método científico comprovar se é ou não
verdadeira.
Após encontradas todas as fontes credíveis há que refletir sobre o que será importante
para ser pesquisado.
O “principio básico de qualquer pesquisa far-se-á uma boa pesquisa se se escolher
(…) do qual se queira saber mais, descobrir coisas.”[CITATION web07 \p 28 \t \l
2070 ].
A partir daqui e para continuar a realização pesquisa de campo, o pesquisador deverá
formular uma “questão de partida”. Essa questão deve ser clara e precisa e deve
ajudar a compreender melhor o fenómeno a estudar, uma vez que “orientará suas
primeiras leituras e o motivará a escolher seu campo e seu modo de pesquisa.”
[CITATION web07 \p 28 \n \y \t \l 2070 ]
Ao fazer uma pergunta o pesquisador está a problematizar o tema que pretende
pesquisar, está a criar um problema para pesquisar com mais determinação, mais
objetivo e mais linear.
Deste modo poderei, na minha pesquisa sobre o tema do Bullying, delimitar a minha
ação de pesquisa e o local aonde irei estar mais diretamente selecionada. Então
poderei estudar o tema sobre o Bullying, mas no que respeita à reação/intervenção
dos pais e encarregados de educação nas escolas de Lisboa.
Quando a questão é criada surge uma dúvida que sobressai e o pesquisador tem que
delimitar toda a sua pesquisa para esse determinado problema. A questão deverá ser
clara e precisa, como também deverá ter um carácter empírico. Deverá o pesquisador
evitar, como disse anteriormente, o senso comum, uma vez que deverá sempre evitar
os juízos de valor. Ao criar um problema o pesquisador terá de ter uma percepção que
tipo de instrumentos poderá utilizar, que tipo de dados poderá coletar e para a sua
pesquisa. Caso seja complicado a recolha dos dados fará com que tenha de modificar
todo o seu problema. Ao delimitar o foco do problema, o pesquisador estará a ter não
só um resultado diferente como também a pesquisa poderá ter algumas conclusões
mais concretas.

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Ao elaborar um problema, com a formulação de uma Questão de Partida, o próximo
passo para o pesquisador é estabelecer uma ou mais possíveis hipóteses. As
hipóteses formuladas não têm de ser obrigatoriamente que serem confirmadas. São
suposições que o pesquisador tem e que lhe poderá serem respondidas à pergunta
que foi feita no início da pesquisa. Caso a hipótese não for confirmada o trabalho não
será um fracasso para o pesquisador. Terá sempre um valor científico uma vez que foi
feito sobre os moldes científicos. Caso a hipótese não for validada, o pesquisador
poderá renovar a hipótese e criar uma pesquisa nova
“A leitura de trabalhos históricos ou de pesquisa de campo sobre o contexto de
pesquisa será o primeiro passo para chegar a decifrar os relatos dos pesquisados,
para compreender as explicações que estes, sem duvida, lhe dão” [CITATION web07
\p 49 \t \l 2070 ]
Toda a recolha da informação faz com que o pesquisador consiga tirar conclusões
precisas e soluções para lidar e combater o problema social que não poderá ser
ignorado. Essas conclusões poderão ir ao encontro de soluções que poderão ser
administradas para diminuir este comportamento abusivo a inocentes.

BIBLIOGRAFIA
Carmo, H., & Ferreira, M. M. (2008). Metodologia da Investigação: Guia para Auto-
Aprendizagem (2ª ed.). Lisboa: Universidade Aberta. Acedido em 13 de novembro de
2019
Flick, U. (2005). Métodos Qualitativos na Investigação Ciêntifica (1ª ed.). Lisboa: Monitor.
Acedido em 13 de novembro de 2019
Fontelles, M. J. (2009). METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA: DIRETRIZES
PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE PESQUISA. Acedido em 16 de
Novembro de 2019, de http://files.bvs.br/upload/S/0101-5907/2009/v23n3/a1967.pdf
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Portilho, G. (16 de Maio de 2017). Como escolher um tema de pesquisa para a pós? Acedido
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https://guiadoestudante.abril.com.br/pos-graduacao/como-escolher-um-tema-de-
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Quivy, R., & Campenhoudt, L. (2005). Manual de Investigação em Ciências Sociais (4ª ed.).
Lisboa: Gradiva. Acedido em 11 de novembro de 2019

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de uma pesquisa. Acedido em 16 de novembro de 2019, de Gestão e Evolução:Texto,
artigos,pensamentos e comentários sobre evolução:
http://gestaoeevolucao.blogspot.com/2013/08/metodologia-cientifica-fases-de.html
Weber, F., & Beaud, s. (2007). Guia para a pesquisa de campo. Ediora Vozes. Acedido em 12
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