Dor torácica na pneumologia
7 de dezembro de 2018
• Dor torácica:
- Ocorre devido ao acometimento de estruturas
contínuas intratorácicas:
- Pleura parietal
- Artérias pulmonares
- Árvore brônquica
- Mediastino
• Sinais e Sintomas associados
- Dor torácica ventilatório dependente geral-
mente unilateral ("pontada") - dor pleurítica
- Febre, tosse, dispneia
- Sinais de hipoxemia (taquicardia e dessatura-
ção)
- Diagnóstico diferencial da dor músculo es-
quelética - presença de dor à palpação e piora a mo-
bilização do membro superior ou tronco.
• Ferramentas diagnósticas
- Anamnese, exame físico, exames de imagem (rx
de tórax, tc de tórax, AngioTC de t)
- Exames laboratoriais (hemograma, PCR, D-
dímero)
- Descartar causas cardíacas (ECG, enzimas e
ecocardio)
• Caso Clínico
- 52 anos, quadro de dor torácica a direita as-
sociada a febre e dispneia progressiva com piora
nos últimos 4 dias, SatO2 86% em AA. FC=110
BPM. Ausculta respiratória diminuida em base di-
reita. Após 4 dias a paciente evoluiu com taqui-
dispneia e taquicardia, apresentou novo episódio
de febre.(leuco=14600, PCR=318)/(Leuco=18600,
PCR=285)
- Conduta= drenagem pleural ou videotora-
coscopia
- Antibioticoterapia
- 21 anos, quadro de dor torácica ventilatório de-
pendente a esquerda iniciado há 2 meses, sudorese
noturna e perda ponderal
- Conduta=tuberculose pleural
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• Biópsia de pleura com agulha de cope
- Indicações:
- Suspeita de neoplasia com acometimento
pleural
- Suspeita de tuberculose pleural
• Derrame pleural
- Causas: Transudato
- Aumento da pressão hidrostática dos capila-
res e linfáticos (ICC)
- Diminuição da pressão oncótica (cirrose he-
pática, sind. nefrótica)
- Causas: Exsudato
- Aumento da permeabilidade capilar (PNMs e
serosites)
- Bloqueio de drenagem linfática por invasão
neoplásica
• Diagnóstico e Tratamento
- Tratar a causa de base = maioria
- Toracocentese
- Drenagem pleural fechada (infeccioso)
- Videotoracoscopia diagnóstica e terapeutica
(descorticação pulmonar)
- Pleurostomia (empiema fase III)
• 17 anos, apresentou dor torácica súbita após esforço
físico, queixa de dispneia leve e dor torácica ventilató-
rio dependente a direita. Ausculta diminuida em HTD.
- Diagnóstico = Pneumotórax espontâneo.
• Tratamento definitivo - Pneumotórax espontâneo.
- Bulectomia com pleurodese por videotoracos-
copia
• 60 anos, dor precordial aguda, dispneia aos pe-
quenos esforços, enzimas cardíacas normais, ex-
tabagista, ex-usuário de cannabis
- pneumotórax espontâneo secundário
• Pneumotórax
- Simples
 Dor torácica • Pneumologia • 2018 - Fernando Barros
- Conduta: drenagem pleural fechada
- Hipertensivo
- Conduta imediata: punção com Abocath cali-
broso (14) no 2º EIC na linha hemiclavicular ou a nivel
da axila
- Seguido de drenagem pleural fechada
• 32 anos, pós operatório recende de cirurgia de abdo-
minoplastia, evoluindo com dor torácica intensa asso-
ciada a dispneia progressiva e dessaturação, ausculta
evidencia creptos em bases.
- Leuco: 11500 Bast: 2%
- D-dímero: 2350
- Conduta: anticoagulação plena, trombectomia
endovascular + filtro de veia cava
- Tromboembolismo pulmonar (TEP)
• Tromboembolismo pulmonar (TEP)
- Dor torácica de início súbito (por vezes
ventilatório-dependente) associada à taquidispneia,
dessaturação podem estar presente.
- Bases para diagnóstico de TEP são a probabili-
dade clínica pré-teste, o uso do D-dímero e os méto-
dos de imagem.
- Principais fatores de risco:
- Trauma não cirúrgico e cirúrgico;
- Idade maior que 40 anos
- Tromboembolismo venoso prévio;
- Imobilização, doença maligna;
- Insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio
- Paralisia dos MMII, obesidade, veias varico-
sas;
- Estrogênio elevado; parto
• Tromboembolismo pulmonar
- Diagnóstico
- D-dímero é útil na exclusão da hipótese
- Rx de tórax= as anormalidades mais comuns
são atelectasias, pequenos derrames pleurais e redu-
ção localizada do fluxo sanguíneo periférico.
- Cintilografia ventilação-perfusão pulmonar:
os exames de cintilografia de alta probabilidade con-
firmam o diagnóstico de TEP. Sua limitação está re-
lacionada a elevado número de pacientes em que os
achados não são conclusivos.
- AngioTC de tórax: o diagnóstico se baseia
na identificação da falhas de crescimento intralumi-
nal pelo contraste.
- Angiografia pulmonar: maior morbimortali-
dade, mais invasivo
• 63 anos, com queixa de dor torácica posterior a di-
reita, tosse e perda de força nos membros inferiores,
ex-tabagista de longa dat.
- Neoplasia pulmonar
- Biopsia transtorácica percutanea
• Cancer de pulmão
- Cancer de pulmão é classificado em dois ti-
pos principais: carcinoma de pequenas células e não-
pequenas células (85%)
- Estima-se que, até 2020, a fração atribuível à
pop. de câncer de pulmão relacionada com o taba-
gismo no Brasil será de 83,3% em homens e 64,8%
em mulheres.
- No geral, aprox. 70% dos pacientes apresen-
tam doença localmente avançada ou metastática (es-
tágio III e IV, respectivamente)
- Diagnóstico
- Radiografia de tórax
- TC de tórax
- Broncoscopia flexível
- Biópsia pulmonar transtorácica
- Estadiamento
- Tc de abdome total
- RNM de cranio/TC de cranio
- PET-CT
- Mediastinoscopia cervical
- Tratamento
- Cirurgico (estágio IA-IIIA)
- Paliativo (estágio IIIA-IV)