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O pensamento é uma força viva.

Ele é capaz de criar e


destruir.
 

“Cuidado com os seus desejos, eles podem se tornar realidade.”


A frase esconde uma verdade que nem todos conhecem: o fato
de que, mais cedo ou mais tarde, nós nos transformamos
naquilo que pensamos. Descobertas da ciência e da psicologia
modernas, em coro com as mais antigas doutrinas das grandes
religiões e do ocultismo, ensinam que o pensamento humano é
uma força viva dotada de poder criativo – e destrutivo – cujo
alcance apenas começa a ser desvendado

Nas décadas de 60 e 70, a parapsicologia irrompeu nos meios


acadêmicos dos Estados Unidos, da Europa e da ex-União
Soviética. Chegou como um tsunami de renovação. Muitos
cientistas foram seduzidos por essa nova disciplina e passaram a
investigar, cada um dentro da sua especialidade, a realidade dos
assim chamados fenômenos paranormais. Experiências feitas em
laboratório com pessoas dotadas de capacidades extrassensoriais
levaram à confirmação de uma hipótese fascinante: a de que o
pensamento humano é uma força capaz de influenciar e
transformar a própria matéria. Centenas de casos extraordinários
foram verificados.

Nas décadas de 70 e 80, a paranormal russa Nina Kulagina fez


sensação ao mostrar ser capaz de mover pequenos objetos com a
força do seu pensamento.

Em Moscou, a russa Nina Kulagina causou estupor ao


demonstrar, diante de câmeras de cinema e de televisão, ser capaz
de mover para lá e para cá bolas de pingue-pongue, caixas de
fósforos e outros pequenos objetos colocados dentro de redomas
de vidro, usando exclusivamente a força do seu pensamento. Ela
simplesmente se concentrava, olhava fixo para os objetos e com
um comando mental fazia com que eles se movessem.
Nos Estados Unidos, as proezas do norte-americano Ted Serios
deixaram atônitos os investigadores: ele conseguia gravar em
películas fotográficas Polaroid imagens produzidas na sua mente.
Cúpulas de igrejas, a Torre Eiffel, ônibus em movimento, a rainha
Elizabeth, o Taj Mahal, o Vaticano, o Pentágono, paisagens e
pessoas desconhecidas, e centenas de outras imagens pensadas
por Serios foram parar na superfície dos filmes.

A figura da Rainha Elizabeth II foi uma das imagens que Ted


Serios conseguiu gravar na película Polaroid.

Outras duas imagens produzidas mentalmente por Ted Serios e


gravadas em películas Polaroid.

Eles lá estão, até hoje, guardados nos arquivos da Universidade da


Califórnia e de alguns institutos especializados, sem que nenhuma
explicação convencional de como o fenômeno acontece ainda
tenha sido formulada.
Entidades importantes da pesquisa científica norte-americana e a
própria empresa Polaroid financiaram programas para investigar
as capacidades de Serios sob condições de laboratório. Tudo o
que se conseguiu foi provar que o fenômeno não constituía um
truque. Era bem real. Serios segurava diante dos olhos uma
câmera Polaroid; concentrava-se durante alguns segundos para
formar com clareza na mente a imagem solicitada; ao sentir que
ela estava bem nítida, procurava “projetá-la” para dentro da
câmera, ao mesmo tempo em que apertava o disparador. Revelada
a chapa, lá estava a figura que Serios criara. Detalhe curioso e
talvez significativo: Serios tomava umas boas doses de uísque
puro antes de trabalhar. Sem a bebida, as imagens eram menos
nítidas.

Tambem nas décadas de 1970 e 1980 o paranormal americano


Ted Serios submeteu-se a experiências de laboratório, sobretudo
na Universidade da Califórnia. Ele era capaz de imprimir imagens
mentais numa película Polaroid.

Ao final de anos de trabalho, a equipe de cientistas que investigou


o paranormal fez uma declaração importante: “O fenômeno das
psicopictografias de Serios e as pesquisas mais modernas da física
sugerem a existência de uma interferência entre o campo das
partículas materiais e o campo psiplasma, ou seja, o psiquismo
humano.” Traduzindo para uma linguagem mais simples,
significava que a energia do pensamento e da psique parece ter a
capacidade de agir sobre a matéria, alterando as suas
propriedades.
Ao mesmo tempo, pesquisadores da física atômica faziam uma
descoberta fundamental: alguns fenômenos no âmbito das
partículas subatômicas aconteciam de um certo modo como se
alguém estivesse a observá-los, e de um outro modo quando não
havia ninguém olhando. Concluiu-se, portanto, que o simples
olhar humano, lançado com atenção sobre alguma coisa, parece
ser capaz de alterar a estrutura subatômica da matéria.
Todas essas descobertas e experiências revolucionaram tudo o
que se sabia sobre as interações entre mente humana, energia e
matéria, e isso foi apresentado nos meios da ciência como grande
novidade. Mas se aqueles cientistas tivessem folheado qualquer
tratado básico sério de ciências ocultas, ou de magia, saberiam
que, desde sempre, a força do pensamento, bem como a força da
vontade, da atenção e do olhar humanos não são entendidas como
coisas abstratas e subjetivas. Bem ao contrário, são consideradas
forças materiais objetivas, vivas e atuantes, capazes de influenciar
a nós mesmos e as coisas da natureza e do mundo. A física
moderna parece prestes a confirmar isso. Como verdadeiros
magos contemporâneos que usam fórmulas matemáticas em lugar
de diagramas cabalísticos, há inclusive cientistas que chegam a
afirmar que, no futuro, serão inventados aparelhos capazes de
detectar, pesar e medir o fluxo energético dos pensamentos
humanos.
A ideia do pensamento como energia objetiva já existia no cerne
de sistemas religiosos antigos, como os do Antigo Egito, da
Grécia, China e Índia. Mais recentemente, na segunda metade do
século 19, época de uma grande Renascença ocultista, foi o
movimento teosófico, desencadeado pela russa Helena Petrovna
Blavatsky, que passou a defender essa ideia.
Na segunda metade do século 19, a russa Helena Blavatsky,
fundadora da Sociedade Teosófica, desenvolveu a teoria das
"formas-pensamento".

A teosofia, que tem como principais fontes de inspiração as


filosofias esotéricas do budismo e do hinduísmo, desenvolveu a
teoria das “formas-pensamento”, geradas e alimentadas pela
energia dos pensamentos, emoções e sentimentos das pessoas.
Essas formas, uma vez criadas, passam a existir como verdadeiras
entidades energéticas “inteligentes”. Elas se fixam na estrutura da
aura – o corpo de energia sutil da pessoa – e, como a imagem
fotográfica firmemente impressa na superfície do filme, passam a
fazer parte daquela estrutura. Mesmo depois de cessado o
pensamento que lhe deu origem, a forma-pensamento permanece
como uma entidade viva. E, como toda entidade viva, ela exige
alimento para não morrer. Para tanto, tende a fazer com que a
pessoa que a criou repita mais e mais os mesmos pensamentos
que lhe servem de nutrição.
As formas-pensamento atuam e interagem no campo de energia
sutil das pessoas, podendo provocar nele grandes alterações.
Charles Leadbeater, escritor teosofista, escreveu que “quando eles
(os pensamentos) são dirigidos para outras pessoas, as formas em
verdade se movem pelo espaço em direção a essa pessoa,
introduzem-se na sua aura e com ela se fundem em muitos casos.
Quando, porém, os pensamentos e os sentimentos se concentram
na própria pessoa que os emite – o que, receio, deve acontecer
com a maioria das pessoas –, as formas ficam agrupadas em torno
de quem lhes deu origem.”

No final do século 19, o escritor teosofista inglês Charles


Leadbeater desenvolveu ainda mais a teoria das formas-
pensamento lançada por Helena Blavatsky.

A teoria considera que todo ser pensante constroi para si mesmo


uma espécie de concha de formas-pensamento: uma verdadeira
vestimenta feita de energia mental; assim, todos os pensamentos e
sentimentos que emitimos reagem constantemente sobre nós
mesmos. Nós os geramos, nós os tiramos de dentro de nós e, eles
situam-se agora exteriormente e são capazes de reagir sobre nós e
de nos influenciar, sem que tenhamos consciência de sua
proximidade e de seu poder. Pairando à nossa volta, as forças que
nós mesmos irradiamos nos parecem vir todas de fora. Mas o
pensamento de hoje pode ser, e em geral é, apenas um reflexo do
nosso próprio pensamento da véspera ou da semana anterior. Os
pensamentos, portanto, são coisas, capazes de influir sobre outras
coisas. Capazes, principalmente, de influir sobre quem os emite.
E, por isso, como dizem os ocultistas, como pensa o homem,
assim ele é.
Como sempre acontece, grandes descobertas da ciência
rapidamente caem no domínio do grande público e passam a fazer
parte do nosso dia a dia. O uso da força da mente, o controle do
poder do pensamento é tema central de milhares de livros
publicados nas últimas décadas. Toda livraria dispõe hoje de uma
seção de “mentalismo”, nome genérico que designa esse gênero
de literatura. Trata-se, em sua maioria, de livros cujo conteúdo
mistura teorias e técnicas originárias de muitas áreas, como a
medicina psicossomática, as psicologias práticas, a
parapsicologia, as reli-giões ocidentais e orientais e uma boa dose
do chamado conhecimento oculto ou esotérico.
Embora a qualidade da maioria dessas obras possa ser discutida, o
fato inegável é que todas elas se assentam numa mesma crença. A
ideia de que o pensamento é uma força poderosa capaz de influir
sobre nossas vidas, alterando radicalmente os seus rumos. Ele é,
depois do amor, a maior de todas as forças mágicas.
“Pensamento e ação são os carcereiros do destino”, diz o escritor
norte-americano James Allen, “se forem vis, aprisionam; são
também os anjos da liberdade – se forem nobres, libertam”.
Bons pensamentos e atos jamais produzirão maus resultados. É
fácil entender essa lei no mundo natural, mas poucos são os que a
entendem no plano mental e moral e, portanto, não cooperam com
ela. Nas ciências ocultas e nas grandes religiões, bem como na
moderna psicologia, o sofrimento é quase sempre o efeito do
pensamento errado em algum sentido.

Para o escritor norte-americano James Allen, "os pensamentos são


os carcereiros do destino. Se forem vis, aprisionam; se forem
nobres, libertam".

Por outro lado, imaginamos que o pensamento pode ser mantido


em segredo, mas não pode. Para Allen, bem como para os demais
especialistas no assunto, ele se cristaliza rapidamente em hábitos,
e os hábitos se concretizam em circunstâncias. Pensamentos de
medo, dúvida e indecisão, por exemplo, cristalizam-se em hábitos
fracos e irresolutos, os quais se concretizam em circunstâncias de
fracassos, indigência e servil dependência. Pensamentos de ódio,
crítica negativa e condenação cristalizam-se em hábitos de
acusação e violência, os quais se concretizam em circunstâncias
de injúria e perseguição. Mas pensamentos de coragem,
autoconfiança e decisão firme cristalizam-se em hábitos
enérgicos, os quais se concretizam em circunstâncias de êxito,
abundância e liberdade. Pensamentos de amor e de altruísmo
cristalizam-se em hábitos de disposição espontânea para perdoar,
os quais se concretizam em circunstâncias de segura e duradoura
prosperidade e contentamento – a verdadeira riqueza.
O corpo é escravo da mente, diz, por seu lado, a medicina
psicossomática em coro com a sabedoria esotérica. Doença e
saúde têm suas raízes no pensamento. Pensamentos doentios se
expressarão através de um corpo doentio. Pensamentos de medo
fazem adoecer e podem até matar. As pessoas que vivem sob o
medo da doença, como os hipocondríacos, são as que mais
adoecem. A angústia e a tensão levam todo o corpo a entrar num
rápido processo de abatimento e o deixa aberto às enfermidades.
Pensamentos impuros e negativos – de ódio, ressentimento,
inveja, desconfiança, cinismo, revolta e não aceitação da realidade
– não tardarão a destruir o sistema nervoso. O corpo é um
instrumento plástico, delicado e sensível, que responde
prontamente aos pensamentos que o impressionam.
Baseados em todas essas descobertas, toda uma nova geração de
pensadores dedica-se agora ao desenvolvimento de uma nova
ciência, batizada de “ecologia mental”. De modo análogo à
ecologia terrestre – parte da biologia que estuda as relações entre
os seres vivos e o meio ambiente onde vivem, bem como as suas
recíprocas influências –, a ecologia mental estuda as relações
entre os pensamentos e os seres humanos e o modo como os
primeiros influenciam os segundos.
Uma das primeiras constatações importantes da ecologia mental
fala da necessidade urgente de se proporcionar às crianças, a
partir dos primeiros anos escolares, uma educação da mente.
Ensiná-las a pensar corretamente e a discernir entre pensamentos
negativos, escuros e destrutivos, que devem ser evitados, e
pensamentos positivos, luminosos e criativos, que devem ser
estimulados.

Em Berlim, Alemanha, um estudante-cobaia usa o poder da mente


para mover o cursor de um PC. Pesquisadores do Fraunhofer
Institute trabalham agora na manipulação de computadores,
próteses e outros instrumentos através da força do pensamento. A
técnica cérebro-computador-interface (sigla BCI, em inglês) em
breve pode se tornar uma ponte para a religação de conexões
interrompidas entre o cérebro e os músculos em pessoas
paraplégicas.

Mas, desde já, todos nós podemos, se quisermos ser mais


saudáveis e felizes, colocar isso em prática usando simplesmente
o bom-senso. Maus pensamentos nos levarão fatalmente à ruína.
Bons pensamentos nos levarão a um permanente desabrochar de
nossas melhores possibilidades. A escolha é de cada um.
Para concluir, um outro aspecto fundamental da ciência do poder
da mente diz respeito à necessidade de que o pensamento seja não
apenas positivo, mas também claro e objetivo. Carlos Castañeda,
em seus livros, refere-se frequentemente à conveniência do
controle da “tagarelice mental”, o fluxo desenfreado e
descontrolado de pensamentos destituídos de objetivo preciso. O
pensamento é energia que não se deve jogar fora em atividades
vazias, destituídas de sentido. Desenvolver esse tipo de
autocontrole constitui uma base fundamental preconizada por
qualquer escola séria de conhecimento, tanto psicológico quanto
espiritual. Os métodos de meditação e de concentração, por
exemplo, são, todos eles, técnicas criadas para ajudar o buscador
de si mesmo na difícil tarefa que é o controle do próprio fluxo
mental. Pois, como dizem os iniciados, sem que o pensamento
esteja ligado a um objetivo, não haverá realização inteligente. A
falta de objetividade nos pensamentos é, portanto, um vício que
deve ser corrigido. Sem essa objetividade, a função mental torna-
se um inútil desperdício de energia e de tempo. Mas, quando o
indivíduo consegue ser senhor dos seus próprios pensamentos, já
terá dado passos importantes para a criação de si mesmo como ser
plenamente consciente e realizado.

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