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Dagmar Rodrigues1
Camila do Espírito santo2
Introdução/ Desenvolvimento
O homem dotado de prudência é superior aos não dotados de tal virtude porque o
seu agir é sempre um agir correto. Uma vez que a análise minuciosa de suas possíveis ações
é sempre critério primeiro para que possa agir de acordo com a reta razão, prudentemente,
corretamente. Por isso, se diz do que possui tal disposição, que ele saberá em qualquer
ocasião o que é bom tanto pra si como para os outros. Ele é temperante. Possuir tal
característica é coisa boa porque ela preserva nossa sabedoria. Ele é o que possui o
privilégio da intelectualidade, intelectualidade essa que não é transmitida por discursos
racionais.
1 A Prudência na Ética a Nicômaco de Aristóteles, Universidade Federal do Ceará – Cariri, Ceará,
dagmarreyle@hotmail.com.
Se pretendermos fazer uma escolha certa devemos desejar aquilo que afirma a
razão. Primeiro desejamos algo e se, por conseguinte, queremos agir de maneira correta,
raciocinamos para que nossa escolha seja certa e que nossa ação seja boa. Assim, a escolha
deve vir acompanhada de razão e intelecto e de disposição moral. Isso porque a boa ação só
é possível graças à combinação do bom uso da razão com o saber escolher o meio termo
correto.
Logo escolher o que é certo nos é possível por possuirmos capacidade de raciocinar,
analisando qual a melhor decisão a ser tomada. Sendo que nossa escolha tanto será boa e
correta quando fizermos uso da razão, isso porque ela sabe o que é bom e
consequentemente nos guiara para escolher o que é bom para nós e também para os demais.
Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri
IV Encontro Universitário da UFC no Cariri
Juazeiro do Norte-CE, 17 a 19 de Dezembro de 2012
No entanto, só poderemos escolher sobre o que nos possibilita o futuro, porque o futuro é a
possibilidade, ela ainda não é. E como deliberar só é possível sobre o que está para
acontecer e pode ser diferente, pode ser mudado, é sobre ele que se delibera. Coisas
passadas não podem ser objeto de escolha, pois, já aconteceram. Mas com relação ao que
vai acontecer tanto podemos quanto devemos escolher. Sendo que nossa escolha será boa
quando formos prudentes e soubermos deliberar.
4Ibid., 1140 b 10
Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri
IV Encontro Universitário da UFC no Cariri
Juazeiro do Norte-CE, 17 a 19 de Dezembro de 2012
Para Aristóteles quanto mais demorado uma deliberação, melhor. Devendo-se
colocar logo em prática a conclusão da deliberação. Mas tomar cuidado, pois deliberar mal
pode levar ao erro. Por isso se diz que o jovem embora possua facilidade para aprender
matemática não pode ser prudente, visto não ter experiência, pois quando deliberar pode ser
levado pelas paixões e acabar fazendo uma escolha errada. Por isso qualquer um pode
deliberar, mas deliberar bem, só ao prudente cabe.
Considerações finais
Referência Bibliográfica
ZINGANO, Marco. Aristóteles: tratado da virtude moral; Ethica Nicomachea I13 – III
8. 1ª Ed, São Paulo: Odysseus Editora, 2008.
ALBENQUE, Pierre. A Prudência em Aristóteles. Trad.: LOPES, Marisa. 2ª Ed, São Paulo:
Discurso Editorial, Paulus, 2008.