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❖ Conceitos iniciais
❖ Teoria do consumidor
❖ Utilidade
❖ Curvas de indiferença
❖ Taxa marginal de substituição (TMS)
❖ Restrição orçamentária
❖ Equilíbrio do consumidor
❖ Conceitos iniciais
➢ economia
▪ estuda o problema da escassez
• recursos limitados x desejos ilimitados
▪ escolhas
• melhor maneira de se lidar com a escassez
▪ custo de oportunidade
• custo de se fazer uma escolha
▪ coeteris paribus
• tudo o mais constante
• ignora todas as demais variáveis
➢ fronteira de possibilidades de produção (FPP)
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• aumento dos fatores de produção
▪ abaixo da FPP
• existe capacidade ociosa (não há pleno emprego)
• não é necessário abdicar da produção de um bem para aumentar o outro
• custo de oportunidade é zero
➢ princípios (Mankiw)
▪ princípio 1: pessoas enfrentam tradeoffs
• para obter uma coisa que desejamos, temos de abrir mão de outra coisa
• tradeoff clássico: eficiência (sociedade recebe o máximo possível por seus
recursos escassos) X equidade (justa distribuição da prosperidade econômica)
▪ princípio 2: o custo de alguma coisa é do que você desiste para obtê-la
• custo de oportunidade: aquilo de que se abre mão para obter algo
▪ princípio 3: pessoas racionais pensam na margem
• alterações marginais: pequenos ajustes incrementais a um plano de ação
• para se tomar uma ação, o benefício marginal deve superar o custo marginal
▪ princípio 4: pessoas respondem a incentivos
• como as pessoas tomam decisões comparando custos e benefícios, seu
comportamento pode mudar quando os custos ou benefícios se alteram
▪ princípio 5: o comércio pode melhorar a situação de todos
• o comércio permite que cada pessoa se especialize nas atividades em que é
mais apta; comerciando com outros, as pessoas podem comprar uma maior
variedade de bens e serviços a um custo menor
▪ princípio 6: os mercados são, em geral, uma boa forma de organizar a atividade
econômica
• economia de mercado: empresas e famílias interagem no mercado, no qual o
preço e o interesse próprio orientam as decisões
• mão invisível
▪ princípio 7: os governos podem, às vezes, melhorar os resultados do mercado
• 2 razões para que o governo intervenha: promover a eficiência e promover a
equidade
• falha de mercado (mercado por si só não consegue alocar recursos
eficientemente): 2 causas -> externalidade (impacto das ações de alguém sobre
o bem-estar dos que estão em torno) e poder de mercado (capacidade que
uma pessoa, ou grupo, tem para influenciar os preços de mercado)
• promover equidade: políticas públicas
▪ princípio 8: o padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir
bens e serviços
• quase toda a variação nos padrões de vida pode ser atribuída a diferenças na
produtividade (quantidade de bens e serviços produzida em uma hora de
trabalho)
▪ princípio 9: os preços sobem quando o governo emite moeda demais
• inflação: aumento no nível geral de preços da economia
• quando um governo emite grandes quantidades de moeda, seu valor cai
▪ princípio 10: a sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e
desemprego
• curva de Phillips
• surge porque alguns preços demoram a se ajustar
❖ Teoria do Consumidor
❖ Conceito
➢ consumidor busca obter a maior utilidade (satisfação)
➢ restrição de orçamento deve ser respeitada
➢ premissas
▪ mais unidades são preferíveis a menos unidades de um mesmo bem
▪ transitividade: se A > B e B > C → A > C
▪ preferências são completas
• consumidor conhece todas as cestas que estão no mercado
▪ consumidor é racional
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▪ consumidor é racional
• tem um padrão
• não quer dizer que não possa se arrepender de suas decisões
➢ preço marginal de reserva (professores da USP)
▪ preço máximo que um consumidor está disposto a pagar por uma unidade
adicional de uma mercadoria
❖ Utilidade
➢ utilidade total
▪ Ut1 (10) < Ut2 (17) < Ut3 (22)
▪ é sempre crescente
➢ utilidade marginal
▪ é a satisfação que cada unidade adicional proporciona ao consumidor
▪ Umg1 (10) > Umg2 (7) > Umg3 (5)
▪ é sempre decrescente
▪ enquanto a Umg estiver acima do custo de oportunidade, o produto será
consumido
• comparação de custos e benefícios
• Umg > P → consumidor compra
❖ Curvas de indiferença
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➢ consumidor prefere curvas de indiferença mais altas
▪ curva 2 é melhor que a 1; curva 3 é pior que a 1 → 2 > 1 > 3
➢ duas curvas de indiferença nunca se cruzam
▪ viola a regra da transitividade
➢ mapa de curvas de indiferença
▪ permite saber a estrutura de preferências do consumidor
➢ curvas de indiferença para bens substitutos
▪ A ~ B ~ C – 1 par
▪ curvas formam ângulos retos
▪ TMS infinita ou 0
• depende se a análise é feita pela horizontal ou pela vertical
❖ Taxa Mg de Substituição (TMS)
➢ taxa de troca de um produto pelo outro, mantendo a satisfação total constante
➢ é decrescente
➢ é a inclinação da curva de indiferença
➢ movimentação ao longo da mesma curva de indiferença
➢ TMS = UMg1/UMg2
❖ Restrição orçamentária
Página 4 de ECO
➢
➢ restringe o número de cestas entre as quais o consumidor pode fazer sua escolha
➢ racionalidade: consumidor racional vai gastar tudo
▪ não existe poupança
➢ limite de consumo
➢ consumidor não pode escolher uma cesta fora da restrição orçamentária
➢ ponto em que a curva toca cada eixo: toda a renda é gasta com aquele bem
▪ R/P2 e R/P1
➢ inclinação da restrição orçamentária é dada pela relação de preços (preços relativos)
▪ P1/P2
➢ deslocamentos da restrição orçamentária
▪ renda
Página 5 de ECO
•
D>A~B~C
E e F estão fora da restrição orçamentária
➢ ponto ótimo = D
▪ maximiza utilidade
▪ respeita restrição de orçamento
▪ ponto de contato da restrição orçamentária com a curva de indiferença de maior
utilidade
▪ TMS = relação de preços
• inclinação da curva de indiferença = inclinação da restrição orçamentária
➢ preço marginal de reserva = preço efetivo de mercado (professores da USP)
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Demanda e oferta
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:49
▪ alterações no preço
➢ deslocamentos da demanda
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▪
▪ renda
• ↑R – deslocamento para a direita (DEM’)
• ↓R – deslocamento para a esquerda (DEM’’)
▪ preços de bens substitutos
• ↑Ps – DEM’
• ↓Ps – DEM’’
▪ preços de bens complementares
• ↑Pc – DEM’’
• ↓Pc – DEM’
▪ gostos e preferências
• ↑G – DEM’
• ↓G – DEM’’
▪ expectativas
• ↑Exp – DEM’
• ↓Exp – DEM’’
❖ Classificação de bens – preço
➢ bens normais
▪ relação negativa entre o preço do bem e a quantidade demandada
• ↑P ↓Q
• ↓P ↑Q
➢ bens de Giffen/Veblen
▪ relação positiva entre o preço do bem e quantidade demandada
• ↑P ↑Q
• ↓P ↓Q
➢ bens substitutos
▪ relação positiva entre o preço de um e a quantidade demandada de outro
• ↑Pa ↑Qdb
• ↓Pa ↓Qdb
➢ bens complementares
▪ relação negativa entre o preço de um e a quantidade demandada de outro
• ↑Pa ↓Qdb
• ↓Pa ↑Qdb
❖ Classificação de bens – renda
➢ bens normais
▪ relação positiva entre o preço do bem e a renda
• ↑R ↑Qd
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• ↑R ↑Qd
• ↓R ↓Qd
➢ bens inferiores
▪ relação negativa entre o preço do bem e a renda
• ↑R ↓Qd
• ↓R ↑Qd
❖ Efeito renda (ER) e efeito substituição (ES)
➢ efeito renda: impacto sobre o consumo de um produto causado por uma alteração na renda
▪ altera a curva de indiferença
➢ efeito substituição: impacto sobre o consumo de um produto causado por uma alteração
nos preços relativos
▪ busca do consumidor de manter a mesma utilidade
▪ altera o ponto na curva de indiferença
➢ bem normal: ES e ER no mesmo sentido
▪ ↓R ↓Q
▪ ↑Prel ↓Q
➢ bem inferior: ER e ES em sentidos opostos
▪ ↓R ↑Q
▪ ↑Prel ↓Q
➢ bens de Giffen: ER > ES
❖ Curva de Engels
➢ descreve como a despesa em um bem varia de acordo com a renda
➢ ajuda a determinar se um bem é inferior, normal ou de luxo
❖ Bens de Giffen e Veblen
➢ os dois têm elasticidade-preço positiva
➢ Giffen
▪ ↑P ↑Qd
• é caracterizado pela relação com o preço e não com a renda
▪ curva de demanda é positivamente inclinada
▪ situação de extrema pobreza
▪ são sempre bens inferiores
▪ aumento do preço do bem inviabiliza o consumo de outros bens
• aumenta a demanda, mesmo com o preço mais alto
➢ Veblen
▪ ↑P ↑Qd
▪ bens de luxo
▪ aumento do preço significa maior status
• aumenta a demanda, mesmo com o preço mais alto
▪ elasticidade renda da demanda > 1
❖ Bens públicos e privados
➢ relação natural entre rivalidade e excludência
▪ rivalidade
• competição
• capacidade de individualizar
➢ aproxima da ação privada
• o fato de uma pessoa acessar os benefícios sociais de determinado bem faz que
outra pessoa não tenha o mesmo benefício
• custo marginal de prover o benefício para outra pessoa é existente
• benefício é de quem tem a propriedade do bem
▪ excludência
• acesso
• força da propriedade
➢ aproxima da lógica privada
• capacidade de excluir
• uma pessoa pode ser impedida de acessar os benefícios sociais daquele bem
➢ bens privados
▪ rivais
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▪ rivais
▪ excludentes
▪ bem divisível
▪ precificável
▪ ex: vestido de alta costura
➢ bens públicos
▪ suprem mercados em que a iniciativa privada não atinge a plena eficiência
▪ Cmg = 0
▪ não precificável
▪ não rivais
▪ não excludentes
▪ bem indivisível
▪ podem aparecer “caronas” (free riders)
▪ não tem como mensurar o custo marginal
▪ ex: defesa nacional, iluminação pública
▪ análise custo-benefício
• vale a pena quando o benefício social é maior que o custo social
❖ Bens de recurso comum
➢ relação não natural entre rivalidade e excludência
➢ rivais
➢ não excludentes
➢ preocupação central: tragédia dos comuns – quanto se pode usar do bem
▪ lógica smithiana não funciona
• cada um fazer o melhor para si, para atingir o melhor para a coletividade
▪ agentes econômicos atuam de forma racional e independente
▪ atuam em contrariedade aos melhores objetivos e interesses da comunidade
▪ ação individual não leva ao resultado de Pareto
▪ leva a um resultado de externalidade negativa
▪ esgotamento de um recurso comum
▪ livre acesso a recursos comunitários e com baixa elasticidade (demanda necessária)
pode condenar o uso do recurso
• pode gerar socialização das perdas
▪ não pode ser solucionada apenas por meios técnicos
• demanda mudança cultural ou ação social
➢ ex: meio ambiente
➢ solução da tragédia dos comuns
▪ conjunto de normatizações e instituições
▪ heterodoxos
• maior regulação do governo sobre as estruturas
▪ ortodoxos
• privatização e exploração normatizada
❖ Bens meritórios (bens semi públicos)
➢ relação não natural entre rivalidade e excludência
➢ não rival – todos que possuírem acesso ao bem serão beneficiados
➢ excludente
➢ ex: educação pública
➢ até certo ponto, se comporta como bem público
▪ passa a ter excludência a partir de um certo ponto de demanda
➢ custo fixo alto
▪ mas retornos crescentes de escala
▪ CMg = 0
➢ atenção: Mankiw chama isso de monopólio natural
❖ Oferta – características gerais
➢ relação positiva de preços – curva positivamente inclinada
▪ ↑P ↑Qo
▪ ↓P ↓Qo
➢ função de oferta: P = +aQ + b
▪ a: coeficiente angular (inclinação da curva)
Página 10 de ECO
▪ a: coeficiente angular (inclinação da curva)
▪ b: coeficiente linear (preço quando Q = 0)
➢ deslocamento ao longo da curva
▪ alterações no preço
❖ Deslocamento da oferta
➢ /custos de produção
▪ ↑C – OF’’
▪ ↓C – OF’
➢ tecnologia
▪ leva à redução dos custos de produção
▪ ↑T – OF’
▪ ↓T – OF’’
➢ expectativas
▪ ↑Exp – OF’
▪ ↓Exp – OF’’
❖ Equilíbrio
Página 11 de ECO
➢
➢ equilíbrio é estável
➢ igualdade entre oferta e demanda
➢ Ótimo de Pareto
▪ estabilidade é assegurada
▪ nenhum dos dois lados pode melhorar sua condição sem piorar a do outro
➢ falha de mercado
▪ mercado que não se equilibra naturalmente
▪ assimetrias
▪ desestabilização macroeconômica
➢ deslocamentos do equilíbrio
Página 12 de ECO
▪
Página 13 de ECO
▪ risco moral
• risco racional de ruptura
• risco de um agente romper de forma programática o acordado
• gera a necessidade de um constante realinhamento contratual
• mecanismos para compensação de danos
• faz o mercado ficar estagnado - compensação de danos desvia recursos de
novos investimentos
• prejuízos da ruptura são socializados
• gera externalidade negativa
• pode causar dilema do Agente-Principal
agente pode agir em defesa dos interesses próprios
ex: diretor de uma empresa
▪ seleção adversa
• pune o bom demandante, porque existem maus demandantes
• condutas para limitar danos de maus agentes
• relação com risco moral
• ex: pirataria - preço sobe mesmo para quem não pirateia
➢ externalidades
➢ bens públicos
❖ Externalidades
➢ qualquer coisa que fuja ao controle dos agentes econômicos
➢ equilíbrio natural: equilíbrio de mercado
▪ Smith: excedentes do consumidor e do produtor são iguais
▪ Pareto: preço é equivalente ao custo do produtor e ao benefício do demandante
• custo privado = valor privado
➢ equilíbrio social: com externalidade
➢ externalidade negativa (oferta)
Página 14 de ECO
▪
Página 15 de ECO
Elasticidades
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:49
❖ Conceito
❖ Elasticidade preço da demanda
❖ Elasticidade preço cruzada da demanda
❖ Elasticidade renda da demanda
❖ Elasticidade preço da oferta
❖ Conceito
➢ sensibilidade de uma variável a uma segunda variável
➢ medida pela variação
➢ medida em percentual
❖ Elasticidade preço da demanda
• E>1
Página 16 de ECO
▪
• E<1
▪ quanto mais horizontalizada, mais elástica
▪ bem de elasticidade unitária – E = 1
Página 17 de ECO
➢
Página 18 de ECO
▪
Página 19 de ECO
Efeitos de políticas do governo
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:49
❖ Peso morto
❖ Preços máximos
❖ Preços mínimos
❖ Subsídios
❖ Impostos
❖ Peso morto
➢ deriva da restrição ao acesso
❖ Preços máximos
➢ preocupação com os consumidores
➢ inefetivo
Página 20 de ECO
•
Página 21 de ECO
▪ novo equilíbrio
• favorece o produtor
▪ mercado inelástico
▪ mercado elástico
Página 22 de ECO
➢
➢ s = Ps – Pb
➢ elasticidades
▪ se a razão Ed/Es for pequena: benefício recai mais sobre o consumidor
▪ se a razão Ed/Es for maior: benefício recai mais sobre o produtor
❖ Impostos
➢ tributo específico
▪ quantia fixa cobrada por unidade vendida
▪ Pt = P + T
• T é variação exógena – desloca a curva
➢ tributo ad valorem
▪ quantia percentual cobrada sobre o preço do produto
▪ Pt = P. (1+t)
• t é variação endógena – ao longo da curva
• muda a inclinação da curva
➢ equilíbrio de mercado original
Página 23 de ECO
▪
▪ Pc – Pp = t (cunha fiscal)
▪ reduz o mercado (quantidade de equilíbrio)
▪ mercados mais elásticos apresentam maior peso morto
▪ peso morto: perda líquida de EM por um imperfeito funcionamento do mercado
Página 24 de ECO
▪
Página 25 de ECO
Teoria da firma
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:49
❖ Fórmulas básicas
❖ Conceitos básicos
❖ Princípios
❖ Equilíbrio da firma
❖ Economias/rendimentos
❖ Custo de produção
❖ Receitas
❖ Função de produção
❖ Fórmulas básicas
❖ Conceitos básicos
➢ prazo
▪ curtíssimo prazo: todos os insumos são fixos
▪ curto prazo: pelo menos 1 insumo é fixo e pelo menos 1 é variável
▪ longo prazo: todos os insumos são variáveis
➢ lei dos rendimentos marginais decrescentes
Página 26 de ECO
adicional
• em um primeiro momento, pode ser crescente
• pode se tornar negativa
• Pmgl > salário – vai contratar
• Pmgl < salário – vai demitir
• Pmgl = salário – equilíbrio
❖ Princípios
➢ firmas são maximizadoras de lucros
▪ se P > Ctme: vale a pena vender
▪ se P < Ctme: não vale a pena vender
▪ vender por um preço menor que o custo médio não significa abandonar o máximo
lucro
• é melhor vender que não vender
▪ máximo lucro ocorre sempre no equilíbrio do mercado
➢ máximo lucro: Rmg = Cmg
Página 27 de ECO
❖ Equilíbrio da firma
➢ ocorre no ponto de máximo lucro (RMg = CMg)
➢ economias de escala
▪ ↑Q ↓Ctme
➢ deseconomias de escala
▪ ↑Q ↑Ctme
➢ rendimentos de escala
▪ crescentes = economia de escala
Página 28 de ECO
•
▪ média: padronizada
• custos médios respondem aos custos marginais
▪ marginal: individualizada
➢ custos explícitos: exigem desembolso monetário
➢ custos implícitos: não exigem desembolso monetário
▪ mais importante: custo de oportunidade
➢ custo de oportunidade
Página 29 de ECO
➢ custo de oportunidade
▪ se extingue no momento da decisão
➢ custo afundado
▪ não há resgate
➢ custo total
▪ custo contábil + custo de oportunidade
• custo contábil: todo custo que implica saída de dinheiro
• custo de oportunidade: tudo aquilo que se deixa de ganhar por estar
realizando certa atividade
• lucro econômico é sempre menor que o lucro contábil – inclui custo de
oportunidade)
▪ Cv + Cf
• não existe custo fixo no longo prazo – todos os custos são variáveis
• Ct é, necessariamente, crescente – Cv é crescente
Página 30 de ECO
•
➢ custo marginal
▪ Cmg = ∆Ct = ∆Cv
➢ custo variável
Página 31 de ECO
➢
Página 32 de ECO
• TMST infinita
➢ Curva de Possibilidades de Produção (CPP)
▪ restrição orçamentária da firma
▪ isocusto
• r = depreciação
• W = salário
▪ inclinação da curva é a relação entre o custo dos fatores
▪ professores da USP
• combinações de quantidades utilizadas dos fatores representam o mesmo
custo total
• linha reta
• negativamente inclinada
• curva de possibilidades de produção é uma isocusto
➢ isorrendimento (professores da USP)
▪ combinações de quantidades utilizadas dos fatores que, após a venda no mercado,
geram a mesma receita total para a firma
Página 33 de ECO
Mercados e concorrência
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:49
❖ Concorrência perfeita
❖ Monopólio
❖ Comparação concorrência perfeita X monopólio
❖ Oligopólio
❖ Concorrência monopolística
❖ Monopsônio/oligopsônio
❖ Discriminação de preços
❖ Concorrência perfeita
➢ muitos produtores
▪ elevado nível de rivalidade
▪ são tomadores de preços
▪ são incapazes de, sozinhos, alterar o preço de mercado
▪ agentes são tomadores de custos
• nenhum consegue, sozinho, condicionar o custo
• estão todos sujeitos aos mesmos custos
➢ muitos consumidores
➢ mercado simétrico
▪ oferta e demanda têm acesso às informações
➢ produto homogêneo
▪ produto endogenamente idêntico
➢ não existem barreiras à entrada e à saída de firmas
➢ como o produtor individual vê o mercado
▪ demanda de cada firma
• Cmg é a própria curva de oferta da firma – a partir do ponto em que Cmg >
Cvme
Página 34 de ECO
▪
➢ P = Rmg = Cmg
▪ Rmg é constante
▪ valor obtido na venda de qualquer unidade é sempre o mesmo
➢ tendência de P = Ctme e de Le = 0
▪ se P = Ctme – Le = 0
• lucro econômico = 0 significa equilíbrio (lucro contábil equivale ao custo de
oportunidade)
• não há nem entrada nem saída de firmas
▪ se P > Ctme – Le > 0
• entrada de novos produtores
• ↓P
▪ se P < Ctme – Le < 0
• saída de firmas
• ↑P
➢ no mercado
Página 35 de ECO
▪
Página 36 de ECO
▪
Página 37 de ECO
➢
❖ Oligopólio
➢ poucos produtores
▪ baixa rivalidade
➢ produto homogêneo
➢ existem barreiras à entrada e à saída de firmas
➢ existe capacidade de cooperação
▪ preço é maior que o de equilíbrio
➢ oligopólio cooperativo
▪ firmas combinam P ou Q
▪ objetivo: maximizar lucro do grupo
▪ tem capacidade de gerar peso morto
▪ se for normatizado: cartel
▪ se não for normatizado: colusão tácita/concluio
➢ oligopólio não cooperativo
▪ firmas competem via P ou Q
▪ objetivo é maximizar lucro individualmente e ampliar market share
▪ relação com teoria dos jogos
• equilíbrio de Nash
➢ Modelo de Cournout
▪ reação em quantidade
▪ duas empresas entram ao mesmo tempo no mercado e precisam definir um nível de
produção
• levam em conta quanto a outra irá produzir
• produtos homogêneos
▪ curva de reação
Página 38 de ECO
•
Página 39 de ECO
▪ agentes seguem rebaixamento de preços, mas não aumento
▪ modelo da procura quebrada
▪ curva de demanda é elástica para preços acima do preço de equilíbrio e inelástica
abaixo do preço de equilíbrio
▪ oligopolistas reconhecem a interdependência
▪ uma das explicações para a estabilidade de preços no oligopólio
❖ Concorrência monopolística
➢ muitos produtores
➢ produtos heterogêneos exogenamente
▪ marca é importante
➢ produtos homogêneos endogenamente
▪ produtos têm a mesma característica básica
▪ mas são diferenciados por fatores externos ao produto
• marca
• origem
• propaganda
➢ não tem barreiras à entrada e à saída de firmas
➢ não tem cooperação
▪ vão competir até chegar ao preço de concorrência perfeita
➢ no curto prazo, análise se assemelha ao monopólio
▪ mas a demanda é mais elástica
➢ tendência de longo prazo: Le = 0
➢ equilíbrio de Pareto
❖ Monopsônio/oligopsônio
➢ monopsônio
▪ só um comprador
▪ comum em mercados agrícolas
• pecuarista vende somente para um frigorífico
▪ comprador define preço
➢ oligopsônio
▪ poucos compradores
❖ Discriminação de preços
➢ preços diferenciados para consumidores diferenciados
➢ de primeiro grau (discriminação perfeita)
▪ cobra de cada consumidor exatamente a disposição a pagar de cada um
▪ somente produtor tem excedente
• a = EP = EM
• problema não é de eficiência (não tem peso morto), é de distribuição
➢ de segundo grau
▪ variação de preço em função da quantidade ou da qualidade que se compra
▪ gera mais distorção de mercado
➢ de terceiro grau
▪ resíduo (tudo que não é nem do primeiro nem do segundo)
▪ preços distintos de pessoas distintas para o mesmo produto
▪ região geográfica
▪ mulher paga menos
▪ passagem de avião
Página 40 de ECO
Equilíbrio microeconômico
terça-feira, 17 de abril de 2018 20:02
➢ dilema do prisioneiro
▪ fazer o melhor possível, sem ter certeza do que o outro fará
❖ Resultado de Pareto
➢ lógica liberal
➢ ótimo de Pareto
▪ equilíbrio natural da economia
▪ estabilidade é assegurada
▪ maior bem-estar possível
▪ nenhum dos lados pode melhorar sua condição sem piorar a situação do outro
Página 41 de ECO
▪ nenhum dos lados pode melhorar sua condição sem piorar a situação do outro
▪ fim geral de todo o mercado livre
➢ melhoria de Pareto
▪ caso seja possível melhorar a situação de um dos lados sem piorar a situação do
outro lado
▪ pode ser estimulado pelo governo
• ver Efeitos de políticas do governo
Página 42 de ECO
Balanço de pagamentos
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:49
❖ Conceito
❖ Mudanças para o BPM 6
❖ Conta de Transações Correntes
❖ Conta Capital
❖ Conta Financeira
❖ Variação de reservas
❖ Identidades do BP
❖ Ajustes no BP
❖ Conceitos
➢ registra as relações entre residentes e não residentes de um país num determinado período
de tempo
➢ residência dos agentes é definida pelo centro econômico de interesses
➢ mede variáveis de fluxo
▪ são medidas em um determinado período de tempo
▪ déficit é uma variável de fluxo
▪ obs: variáveis de estoque são medidas em um ponto do tempo
• dívida é uma variável de estoque
➢ precisa ter comparabilidade internacional
▪ normas gerais definidas pelo FMI
➢ no Brasil, é elaborado e divulgado pelo Bacen
➢ classificação das transações
▪ autônomas
• transações voluntárias
• exportações e importações, transferências unilaterais, investimentos diretos e
de portfolio
▪ compensatórias
• transações das quais o governo se utiliza para compensar um resultado no BP
• venda de reservas de moeda, empréstimos
➢ partidas dobradas
▪ todo lançamento deve ter uma contrapartida em outra conta
▪ a cada crédito corresponde um débito
▪ do ponto de vista contábil, garante que o resultado do BP seja 0
➢ capitais autônomos
▪ nomenclatura antiga
▪ capitais que entram e saem livremente do país
▪ empréstimos, investimentos diretos, capitais de curto prazo, etc
❖ Mudanças para o BPM 6
➢ objetivo
▪ incorporar os desenvolvimentos econômicos e financeiros recentes
▪ incorporar avanços metodológicos de tópicos específicos
▪ promover maior harmonização entre estatísticas macroeconômicas
Página 43 de ECO
➢
Página 44 de ECO
▪ renda primária
• lucros reinvestidos são registrados aqui, com contrapartida no IDP
▪ conta capital
• transferências de migrantes saiu do BP
➢ formato de apresentação do BP
Página 45 de ECO
➢ balança de rendas
▪ lucros, juros, salários
▪ rendas de trabalho
▪ rendas de investimento
• investimento direto
• investimento em carteira
• outros investimentos
▪ no BPM 6: lucros reinvestidos
• contrapartida na conta financeira
▪ Brasil: tradicionalmente deficitário
➢ transferências unilaterais
▪ doações
▪ remessas de migrantes
▪ Brasil: tradicionalmente superavitário
❖ Conta capital e financeira
➢ registra transações em capital
▪ também chamadas de autônomas
❖ Conta Capital
➢ alteram estoque de capital da economia
➢ repatriações
▪ bens não financeiros e transferência de capital
▪ transferência de patrimônio de migrantes
➢ direitos autorais e patentes
➢ determinantes (também para conta financeira)
▪ taxa de juros doméstica
▪ taxa de juros externa
▪ risco-país
▪ risco cambial
▪ regulação
▪ capacidade tecnológica de transformação (PIB)
❖ Conta Financeira
➢ fluxos de capitais de passivos
➢ investimento direto
▪ participação no capital de empresas
▪ empréstimos intercompanhias
➢ investimento em carteira
▪ ações
▪ títulos
➢ derivativos financeiros
➢ outros investimentos
❖ Variação de Reservas
➢ haveres da autoridade monetária
➢ variação negativa = aumento das reservas
❖ Identidades do BP
➢ TC = BC + BS + BR + TU
➢ TC + CCF + EO = BP
➢ HAM = - BP
➢ BP + HAM = 0
➢ saldo das transações correntes do BP = - Sext
▪ quanto de $ foi pego no exterior para pagar o excesso de gasto
▪ é dívida
❖ Ajustes no BP
➢ desvalorização cambial: + BC
➢ aumento de tarifas/cotas de importação: + BC
➢ concessão de subsídios às exportações (+ G): + BC
➢ redução no nível da atividade econômica: + BC
▪ menor crescimento, menor consumo, menos importações
➢ restrições à saída de capitais e à remessa de lucros: + BR + CF
Página 46 de ECO
➢ restrições à saída de capitais e à remessa de lucros: + BR + CF
➢ elevação da taxa interna de juros: + CF
Página 47 de ECO
Agregados macroeconômicos
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:49
❖ Características gerais
❖ Identidades
❖ Relação agregados-BP
❖ PIB
○ deflator
❖ Renda Privada Disponível (RPD)
❖ Renda Nacional Bruta
○ = PNB
❖ Equivalência I = S
❖ Fluxo circular da renda
❖ Características gerais
➢ contas nacionais
➢ manual das contas nacionais é publicado pelas Nações Unidas
➢ definição e mensuração das variáveis macroeconômicas
➢ busca-se mensurar atividade econômica corrente
➢ líquido = bruto – depreciação
➢ método das partidas dobradas
➢ moeda é sempre considerada neutra
▪ não se levam em conta os agregados monetários na contabilidade social
❖ Identidades
➢ PIB = C + I + G + (X – M)
➢ RNB = PIB + RRE – REE
▪ RNB = PIB – RLEE
▪ RLEE = conta de rendas do BP com sinal trocado
➢ PIB = RNB + RLEE
➢ RND = RNB + TUR
➢ RNB = RND – TUR
➢ RND = C + Sp + Rlg
▪ privado: C + Sp
▪ público: Rlg
➢ Rlg = G + Sg
➢ RNB = C + Sp + Rlg – TUR
Página 48 de ECO
➢
❖ Relação agregados-BP
Página 49 de ECO
• soma dos gastos finais na economia em bens e serviços
• identidade macroeconômica fundamental
▪ por todas, vai dar o mesmo resultado
PRODUÇÃO = DEMANDA = RENDA
➢ PIB = C + I + G + (X-M)
▪ Consumo
• consumo das famílias
• depende da renda disponível (relação positiva - ↑Rd ↑C)
• Rd = Rb – tributos
Rb: renda bruta
• renda disponível divide-se em consumo e poupança (renda não consumida)
▪ Investimento
• investimento produtivo
• depende da taxa de juros (relação negativa - ↑i ↓I)
• I = FBKF (formação bruta de capital fixo) + variação de estoques
máquinas e equipamentos
construção civil
• variável de fluxo
• corresponde à variação do estoque de capital da economia
▪ Gastos do governo
• variável política
• emissão monetária
▪ (X – M)
• exportações líquidas
• preços internos (relação negativa - ↑P ↓EL)
• preços externos (relação positiva - ↑P* ↑EL)
• taxa de câmbio (relação positiva - ↑Tc ↑EL)
• PIB interno (relação negativa - ↑Y ↓EL)
• PIB externo (relação positiva - ↑Y* ↑EL)
▪ C + G = consumo final
▪ C + I + G = consumo aparente/absorção interna
➢ PIB a custo de fatores + impostos indiretos – subsídios = PIB a preço de mercado
▪ a custo de fatores: nas fábricas, custos de produção
➢ deflator
▪ permite comparar PIB de anos diferentes
• dá uma mesma base de referência, apesar da diferença de preços
• não tem como comparar a produção a valor corrente - valor nominal
▪ deflator: estudo de comparação de preços
• adequa os preços de uma temporalidade para outra
• deflator é a distorção de preço do período
▪ PIB nominal é impactado pelas variações de preços
▪ permite analisar o produto real
• desconta inflação
▪ produto nominal = produto real X deflator
▪ deflator = PIB nominal/PIB real
❖ Renda Privada Disponível (RPD)
➢ salários
➢ juros, lucros e alugueis
➢ transferências pagas a indivíduos
➢ menos impostos sobre renda e patrimônio
➢ lucros retidos nas empresas
➢ reserva para depreciação
❖ Renda Nacional Bruta (= PNB)
➢ PNB = RNB = PIB – RLEE
❖ Renda Disponível Bruta
➢ toda a renda disponível em um país
Página 50 de ECO
➢ toda a renda disponível em um país
➢ conceito mais amplo de renda de uma economia
➢ renda + poupança (renda não consumida)
➢ RDB – (C + I + G) = saldo das transações correntes
▪ C + I + G: despesas internas/absorção interna
▪ RDB > C + I + G: superávit em TC – exporta Sext
▪ RDB < C + I + G: déficit em TC – absorve Sext
➢ RDB = RNB + transferências unilaterais
➢ RDB = RLG + RPD
▪ RLG = impostos diretos e indiretos – transferências e subsídios
❖ Equivalência I = S
➢ I = Sp + Sg + Sext
➢ Sext = (Ip + Ig) – (Sp + Sg)
▪ Sext = (Ip – Sp) + (Ig – Sg)
• Ig – Sg = deficit público
➢ Sp + Sg = Sd (poupança doméstica)
➢ Sext = (M – X) – TUR + RLEE
▪ saldo da conta corrente do BP (com sinal invertido)
➢ se I > S
▪ ↑ juro
▪ ↑S ↓I
▪ representa um déficit em TC
➢ se I < S
▪ ↓ juro
▪ ↓S ↑I
➢ portanto, existe tendência de I = S
❖ Fluxo circular da renda
➢ lado real e monetário da economia
▪ fluxo monetário representa a contrapartida pelo fluxo real
▪ fluxo monetário
• empresas pagam salários às famílias
• famílias pagam pelo consumo dos produtos
▪ fluxo real
• bens e serviços
• serviços dos fatores de produção
➢ economia sem formação de capital
▪ desconsidera poupança e juros
▪ economia em estado estacionário
➢ economia com formação de capital
▪ considera poupança e investimento
▪ economia em estado dinâmico
▪ I = FBKF + variação estoques
➢ economia a dois fatores
▪ apenas famílias e empresas
▪ fechada - sem relações com o exterior
▪ sem governo
▪ famílias fornecem fatores de produção
▪ empresas fornecem bens e serviços
➢ economia a três fatores
▪ famílias, empresas, governo
➢ economia a quatro fatores
▪ famílias, empresas, governo, setor externo
Página 51 de ECO
Sistema monetário
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:49
❖ Moeda
○ agregados monetários
○ multiplicador bancário
❖ Instituições bancárias
❖ Sistema monetário internacional - histórico
○ padrão ouro (1873-1914)
○ padrão câmbio-ouro (1925-1931)
○ padrão dólar-ouro (1945-1971)
▪ paradoxo de Triffin
❖ Moeda
➢ conceitos
▪ moeda é qualquer ativo que a sociedade reconheça como capaz de cumprir 3
funções
▪ liquidez: capacidade de um ativo se tornar moeda
▪ dolarização
• pode ser oficial ou não
• pode ser evitada por meio da indexação (ex: Brasil 1980s)
➢ funções
▪ meio de troca
• viabiliza o comércio
▪ unidade de conta
• estabelece preços
▪ reserva de valor
• transfere poder de compra no tempo
▪ em processos inflacionários
• perde capacidade de ser unidade de conta – reajustes diários
• perde capacidade de ser reserva de valor
➢ demanda por moeda (Keynes)
▪ preferência pela liquidez
▪ decisão de reter moeda
▪ renda - ↑R ↑demanda por moeda
▪ taxa de juros - ↑i ↓demanda por moeda
• taxa de juros representa o custo de oportunidade de reter moeda
Página 52 de ECO
• especulação
➢ equação de Fisher
▪ taxa de juros nominal = taxa de juros real + taxa de inflação
➢ oferta
▪ Bacen detém o monopólio da emissão
▪ mas é possível criar moeda por outros meios
▪ oferta de moeda = liquidez
▪ quanto maior a oferta, menor a taxa de juros
➢ agregados monetários
▪ M1 = MP = PMPP + DV
• confere disponibilidade de poder de compra ao público
• MP: meios de pagamento
• PMPP: papel moeda em poder do público = moeda manual
• DV: depósitos a vista = moeda escritural ou bancária
cheque, cartão de débito, transferências bancárias
▪ M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + poupança + títulos emitidos por
instituições depositárias
▪ M3 = M2 + fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas na Selic
• Selic: serviço de liquidação e custódia
não é a taxa Selic definida pelo COPOM
▪ M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
• poupança financeira
➢ base monetária
▪ base monetária é a emissão primária de moeda pelo Bacen
▪ somente o Bacen cria base monetária
▪ PMC = PME – Eam
• PMC: papel moeda em circulação
• PME: papel moeda emitido
• Eam: encaixes da autoridade monetária (caixa Bacen)
• no Brasil, Eam = 0 – legalmente, PME precisa estar em circulação
• mas Bacen libera os encaixes aos poucos, para não gerar inflação
▪ PMC = PMPP + caixa dos bancos comerciais
▪ BM = PMPP + Et
• BM: base monetária
• Et: encaixes totais dos bancos comerciais (= caixas dos bancos, depósitos
voluntários no Bacen e compulsório)
• Et = R.DV
R: reserva dos bancos
porcentagem dos DV que poderia emprestar, mas não emprestou
➢ criação e destruição
▪ criação e destruição: transação entre o setor bancário e o setor não bancário
• criação: setor monetário compra do setor não monetário
• destruição: setor monetário vende para o setor não monetário
Página 53 de ECO
➢ multiplicador bancário
▪ MP = BM.m
▪ cria meios de pagamento, ainda que sem emissão de moeda
▪ m: multiplicador bancário
• mede o quanto o MP (M1) é maior que a BM
• velocidade com que os bancos estão criando DV por meio dos empréstimos
• m = M/BM
Página 54 de ECO
➢ Conselho Monetário Nacional
▪ regulação para mercado monetário e cambial
▪ instância decisória
▪ estabelece diretrizes
▪ objetivos
• adaptar volume de meio de pagamentos
• regular, evitando forte inflação ou deflação
• regular o BP e o valor da moeda no exterior
• zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras
• coordenar a política monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida
pública, interna e externa
• principal: garantir a estabilidade econômica
▪ competências
• autorizar as emissões de papel moeda
• aprovar os orçamentos monetários preparados pelo Bacen
• fixar diretrizes e normas da política cambial
• disciplinar o crédito
• principal: direcionar as ações de execução e controle do Bacen e da CVM
▪ integrantes
• Ministro da Fazenda
• Ministro do MPOG
• Presidente do Bacen
➢ COPOM
▪ depositário dos títulos públicos
• determina a taxa básica de juros
▪ faz parte do Bacen
▪ responsável pela execução da política monetária
➢ Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
▪ criada em 1976
▪ autarquia federal subordinada ao Ministério da Fazenda
▪ executa o que o CMN determina sobre o mercado de capitais
▪ promove a expansão e o funcionamento correto, eficiente e regular do mercado de
ações
▪ assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente de bolsas de valores, do mercado
de balcão e das bolsas de Mercadorias e Futuros
▪ responsável por fazer cumprir a lei n º 6404 de 15 de dezembro de 1976 (Lei da
Sociedade por Ações)
• contabilidade das SAs
▪ fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento
➢ Conselho Nacional de Seguros Privados
▪ política executada pela SUSEP (Superintendência Nacional de Seguros Privados)
• fiscalizar as sociedades seguradoras, de capitalização, de previdência privada
aberta e resseguradoras
• autarquia subordinada ao Ministério da Fazenda
❖ Sistema Monetário Internacional – histórico
➢ sistema monetário internacional – 3 elementos
▪ regime de taxa de câmbio
▪ regime de reservas
▪ mecanismos de ajustes
➢ 1873: início de um sistema monetário internacional
▪ antes disso, já existia a consciência de um lastro em ouro
▪ lastro deve ser primário
• vem da natureza
• se não tiver natureza, é referência
➢ Padrão-ouro (1873-1914)
▪ ouro como lastro
• única estrutura conversível
Página 55 de ECO
• única estrutura conversível
• única forma de pagamento entre países
▪ taxas fixas de câmbio
• diferentes para cada país
• mecanismos de compensação cambial – golden points (definição das taxas)
• determina a quantidade de moeda nacional em relação às reservas de ouro
▪ títulos cambiais
• pagamento futuro em ouro
• a prazo
• moeda nacional não pode ser emitida com base em títulos cambiais
▪ mecanismo de ajuste
• ajustamento automático do BP
▪ só funciona em momentos de estabilidade
➢ I GM (1914-1918)
▪ necessidade de maior moeda para financiar o esforço de guerra
▪ abandono do padrão-ouro
▪ guerra altera as reservas dos países
▪ necessidade de revisão da cotação
➢ 1918-1922: negociações para novo lastro
▪ ainda sem lastro
➢ 1922: Acordo de Gênova
▪ tentativa de controle da estabilização monetária e cambial
▪ economias se comprometem a adotar um modelo entre o padrão-ouro e a
flexibilidade cambial
▪ futuro padrão câmbio-ouro
▪ principais moedas são fixadas com lastro em ouro e passam a ser conversíveis
▪ deveria ser um sistema temporário
➢ Padrão câmbio-ouro (1925-1931)
▪ gold exchange standard
▪ moedas fortes conversíveis em ouro
▪ política de pauperização do vizinho
• corrida pela desvalorização
• países se tornam exportadores e acumulam reservas
• gera aquecimento das economias e inflação
▪ acaba com a crise de 1929
➢ II GM (1939-1945)
▪ sem lastro
➢ Padrão dólar-ouro (1945-1971)
▪ sistema de Bretton Woods
▪ tentativa de resgate do padrão câmbio-ouro
▪ debate
• Keynes: paridade cambial ao ouro de uma moeda única (mix de moedas) com
base na média das moedas fortes
• White: não existe tempo para compor esse mix – “vencedor”
▪ regime de taxas de câmbio
• moedas têm valor definido pelo dólar
• dólar como única moeda conversível
• dólar com câmbio fixo lastreado em ouro
• taxas fiscalizadas pelo FMI
▪ reservas em ouro e dólar
▪ mecanismo de ajuste
• ajuste feito nas moedas nacionais
• depende da valorização ou desvalorização do dólar
▪ paradoxo de Triffin
• problema estrutural do sistema
• sistema fica dependente de uma única economia
• EUA perdem política monetária para crescimento econômico
Página 56 de ECO
• EUA perdem política monetária para crescimento econômico
• problema fica claro na década de 1960
• ou os EUA tem superávit e limitam o crescimento mundial – ouro se concentra
nos EUA
• ou os EUA tem déficit e gera crise de confiança
▪ direitos especiais de saque
• criados na década de 1960, para driblar o paradoxo
• EUA podem emitir além do lastro
• antecipação de emissão de dólares
• caso sejam encontradas novas reservas de ouro, primeiro paga o que já foi
emitido, para depois emitir mais
• gera desconfiança no sistema
▪ 1971: rompimento do lastro
• aumento das taxas de juros europeias – Europa reconstruída começa a atrair
dólares
• financiamento da Guerra do Vietnã – necessidade de liquidez para os EUA
➢ 1971-...: não lastro
▪ ruptura unilateral pelos EUA
▪ FMI passa a ter a responsabilidade de garantir a estabilidade dos BPs
▪ flutuação completa
▪ 1979: Sistema Monetário Europeu
• contexto: choque do petróleo
• mix de moedas
• crawling pegs
• bandas cambiais progressivas
• 1990s: ataques especulativos às moedas europeias
• influência sobre as crises especulativas dos anos 1990 – adoção do crawling
peg
Página 57 de ECO
Instrumentos de política macroeconômica
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:50
❖ Política fiscal
○ características gerais
○ meios de PF
○ efeito multiplicador
○ críticos da PF expansionista
○ PF brasileira
❖ Política monetária
○ características gerais
○ efeitos
○ mercado de fundos emprestáveis
○ meios clássicos/tradicionais
○ meios não convencionais
○ PM brasileira
❖ Política fiscal
❖ Características gerais
➢ política do governo em relação a seus gastos e tributos
❖ Meios de PF
➢ gastos do governo
➢ tributação
❖ Efeito multiplicador
➢ Keynes
➢ aumento dos gastos do governo incentiva investimento e consumo
➢ não há rivalidade entre Estado e iniciativa privada
➢ fórmula
Página 58 de ECO
➢
▪ em uma política fiscal expansionista, PIB continua o mesmo, mas tem inflação
▪ análise de longo prazo – PIB potencial (pleno emprego)
➢ efeito crowding out
▪ ↑Estado ↓iniciativa privada - ↓eficiência
➢ equivalência ricardiana
▪ aumento dos gastos do governo para estimular o crescimento não é efetivo
▪ pessoas sabem que gastos atuais significam aumento de impostos no futuro, para pagar
os gastos
➢ Estado deve ser disciplinado
▪ não deve gastar mais que arrecada
▪ ↑dívida pública – crescimento constante (Ypot) – ↑t/↓G para pagar a dívida
❖ Política fiscal brasileira
➢ metas de superávit primário
▪ arrecadação – gastos (exceto juros) = resultado primário
▪ resultado primário – juros = resultado nominal (= necessidade de financiamento do
poder público)
➢ mostra preocupação com disciplina fiscal
➢ gastos com juros são necessários para controlar a inflação
▪ respeito às metas de inflação
▪ por isso, Brasil adota superávit primário, e não nominal
❖ Política monetária
❖ Características gerais
➢ controle da oferta de moeda pelo governo
➢ principal preocupação é com os meios de pagamento
▪ por conta da capacidade dos bancos de criar moeda (DV)
❖ Efeitos
➢ para os clássicos
Página 59 de ECO
▪
▪ premissas
• longo prazo
• flexibilidade nos preços dos fatores de produção
▪ política monetária expansionista (↑DA)
• eleva o nível de preços, mas não tem impacto sobre o produto
• produção encontra-se no pleno emprego
• não gera crescimento econômico
▪ política monetária serve apenas para combate à inflação
• reconhecem efeitos no curto prazo, mas é o longo prazo que interessa
➢ para os keynesianos
▪ política monetária é importante para estimular o crescimento
▪ tolerância com a inflação
▪ desemprego dos fatores é a regra
▪ moeda não é neutra
▪ armadilha de liquidez
• em um cenário de incerteza
• solução: aumento dos gastos do governo
• ↑precaução (retém mais liquidez) ↓demanda efetiva
• gera recessão
• moeda colocada em circulação será retida – moeda não é neutra
▪ monetária expansionista
• ↑oferta de fundos emprestáveis - ↓juro - ↑C ↑I - ↑demanda efetiva -
↑emprego ↑crescimento
❖ Mercado de fundos emprestáveis
Página 60 de ECO
➢
Página 61 de ECO
• ↑venda de títulos - ↓valor de arremate - ↑juro
• ↓venda de títulos - ↑valor de arremate - ↓juro
• se o governo gasta o que ganhou com a venda, é financiamento de déficit público
▪ tem relação com a credibilidade do governo
• governo mais confiável paga taxa de juro menor (maior valor de arremate)
▪ contracionista
• venda de títulos – tira moeda de circulação
▪ expansionista
• compra de títulos – coloca moeda em circulação
▪ taxa Selic
• taxa média do interbancário
• referência para a taxa de juro (custo do crédito)
• não é decretada
• aumento da Selic em 0,5% - governo vai vender títulos até a Selic subir 0,5%
❖ Meios não convencionais
➢ quantitative easing
▪ exemplo radical de open market
▪ emissionismo vinculado à compra de títulos
➢ qualitative easing
▪ compra de títulos públicos e privados
❖ Política monetária brasileira
➢ metas de inflação
▪ desde 1999
▪ CMN escolhe a meta
▪ Copom decide a taxa de juros para atingir a meta
▪ Bacen deve manter a meta
• atuando para manter a meta da Selic também
▪ tolerância de 2% para mais ou para menos
Página 62 de ECO
Modelos macroeconômicos
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:50
❖ Características gerais
❖ Clássicos X Keynesianos
❖ Modelo de Oferta agregada/Demanda agregada
❖ Clássicos
❖ Modelo keynesiano simples
❖ IS-LM
❖ Características gerais
➢ explicar o funcionamento de 3 variáveis macroeconômicas
▪ PIB
▪ emprego
▪ inflação
➢ macroeconomia
▪ estuda variáveis agregadas
▪ análise global e não setorial
• mercado de bens
• mercado monetário
• mercado cambial
• mercado de trabalho
❖ Clássicos x Keynesianos
Clássicos Keynesianos
Preços dos Existe flexibilidade Não existe flexibilidade
fatores de - pleno emprego - não existe tendência ao pleno emprego
produção - PIB potencial - desemprego dos fatores é a regra
- OA vertical - falhas de mercado
Demanda Variações na DA impactam Demanda efetiva
somente a inflação - crescimento
- sem impacto sobre - emprego dos fatores
variáveis reais (emprego,
produto, renda)
- lei de Say: oferta cria sua
própria demanda
Política Somente combate à inflação Moeda não é neutra
monetária - moeda é neutra - preferência pela liquidez
- armadilha de liquidez
Política fiscal Disciplina fiscal Estado como coordenador das expectativas
- Estado mínimo - política anticíclica
- ↓efeito deslocamento - tolerância com indisciplina
- ↑eficiência - efeito multiplicador
Trade-off inflação Não existe Existe
x desemprego - políticas econômicas - expansionista: ↑inflação ↓desemprego
afetam apenas o nível de - contracionista: ↓inflação ↑desemprego
preços
- desemprego é o natural do
pleno emprego
Poupança Poupança prévia é Poupança é resíduo, não precisa ser prévia
fundamental - paradoxo da parcimônia: quanto mais poupa,
- ↑S = ↑I = ↑Y menos consome, menor é a demanda efetiva e
menor é o crescimento
Expectativas Existem, mas não mudam a Influenciam consumo e investimento
Página 63 de ECO
Expectativas Existem, mas não mudam a Influenciam consumo e investimento
realidade no longo prazo
❖ Modelo de Oferta Agregada/Demanda Agregada
➢ determina o produto agregado (PIB) e o nível geral de preços da economia (inflação)
➢ une mercados de trabalho, de bens e monetário
➢ modelo neoclássico
➢ comportamento no longo prazo
➢ demanda agregada
▪ relações de consumo
▪ mercado de bens
▪ mercado monetário
▪ mercado cambial
▪ influenciada pelas políticas econômicas
• monetária (ajustada a preços) e fiscal
• políticas de curto prazo
• políticas fiscal e monetária na mesma curva
▪ Y = f(M/P, G, T)
➢ oferta agregada
▪ relações de produção
▪ mercado de trabalho
▪ influenciada pelos preços e salários
• políticas de longo prazo
▪ equilíbrio natural
▪ P = P. f(u, Y, z) . (1 +μ)
• relação negativa com desemprego
• relação positiva com renda
• relação positiva com seguro-desemprego
• relação positiva com lucro
• relação positiva com preço
expectativa de inflação
componente inercial
➢ curva de oferta pode ser mais ou menos inclinada
▪ depende da capacidade ociosa
▪ vertical
• choques de DA não afetam o produto, apenas o nível de preços
▪ horizontal
• choques de DA aumentam o produto, sem pressionar o nível de preços
➢ choques de demanda
▪ políticas expansionistas
➢ choques de oferta
▪ insumos
▪ fatores de produção
➢ efeito taxa de juros
▪ queda no nível geral de preços
▪ consumidores precisam de menos moeda para comprar bens e serviços
▪ redução da taxa de juros
▪ menor demanda por meio circulante e maior demanda por ativos financeiros
➢ equilíbrio agregado
▪ demanda agregada = oferta agregada
Página 64 de ECO
▪
➢ hiatos
▪ curva de Phillips
• relação entre hiato da inflação e hiato do desemprego
• relação negativa
▪ lei de Okun
• curto prazo
• relação entre o hiato do desemprego e o hiato do crescimento
▪ ver Pensamento Macroeconômico
❖ Clássicos
➢ mercado é a melhor forma de organizar a economia
▪ não intervenção
▪ lucro é o motor da economia
• veículo do crescimento econômico
• distribui renda
• lucro → investimento e produção → crescimento → demanda por trabalho →
↑salários
➢ mercado de mão de obra
Página 65 de ECO
▪
Página 66 de ECO
▪
Página 67 de ECO
▪ muita liquidez
▪ renda baixa
▪ apesar de ter muita moeda, consumo é baixo
▪ se a taxa de juros for alta, não tem armadilha
➢ demanda efetiva
▪ conceito mais importante
▪ determina a dotação dos fatores de produção
▪ determina o ritmo de crescimento econômico
▪ é o ponto da DA que se efetua
▪ demanda induz a oferta
▪ Produto = renda = demanda efetiva
➢ não existe I = S
▪ é normal ter poupança ociosa (desempregada)
▪ flutuação dos juros não garante I = S
▪ deve-se levar em conta as expectativas
▪ paradoxo da parcimônia
• se todos resolvem poupar, a poupança não aumenta, pois diminui a renda
➢ tolerância com a inflação
➢ consumo
▪ C = Ca + c.Yd
• Ca: consumo autônomo – não depende de renda – subsistência
ponto em que a curva de consumo agregado corta o eixo do gráfico
• c: propensão marginal a consumir
▪ consumo dependente (c.Yd)
• depende da renda disponível (Yd = Y – T)
• consumo aumenta menos que a renda
• nem toda a renda é consumida
• existe a propensão marginal a poupar
▪ propensão marginal a consumir (PMgC ou c)
• porcentagem da renda disponível que se torna consumo
• indica a relação entre o aumento da renda e o aumento do consumo
• 0 < PMgC < 1
➢ investimento
▪ depende da taxa de juros
▪ juros altos inibem investimento
• empréstimo fica caro – custo contábil
• rentabilidade da aplicação financeira compensa mais que investimento
produtivo – custo de oportunidade
▪ investimento determina poupança
Página 68 de ECO
▪ investimento determina poupança
• por meio do multiplicador
▪ determinantes (Paulani)
• preferência pela liquidez – base da determinação da taxa de juros da economia
• eficiência marginal do capital – rendimento futuro esperado
▪ Paulani: é uma variável instável
➢ gastos do governo
▪ exógeno (fora do modelo)
▪ decisão política
▪ corte de gastos produz mais impacto que aumento da tributação
• corte no gasto atua diretamente sobre o produto
• aumento da tributação atua sobre o consumo, para daí afetar o produto
➢ (X-M)
▪ termos de troca
• se estão mais altos, ↑EL
▪ câmbio
• se depreciado, ↑EL
▪ renda
• ↑PIB ↑M
• PMgM (propensão marginal a importar): relação entre o aumento da renda e o
aumento da importação
• 0 < PMgM < PMgC < 1
➢ equação básica
▪ Y = 1/(1-c) x (Ca – c.T + I + G + X – M)
• 1/(1-c): multiplicador keynesiano
▪ demanda é mais acelerada que a oferta
▪ contraria a Lei de Say
▪ no gráfico
• uma reta
• mais horizontal (mais acelerada)
• como produto e renda são sempre iguais – curva linear com 45° de inclinação
(pontilhado azul)
• existe apenas um ponto de equilíbrio
• cruz keynesiana
• ponto A: equilíbrio entre produto, demanda e renda (mercado de bens)
• equilíbrio efetivo – apenas um ponto
• determinado pela demanda (demanda efetiva)
➢ multiplicador keynesiano
Página 69 de ECO
▪
▪ toda vez que ocorrer aumento da demanda agregada autônoma, haverá aumento mais
que proporcional na renda da economia
▪ variação no PIB é mais que proporcional ao aumento da DA
▪ círculo virtuoso da despesa
• ↑ gastos autônomos → ↑renda → ↑consumo → ↑renda → ↑consumo...
▪ importação é vista como um vazamento de DA
❖ IS-LM
Página 70 de ECO
▪
Página 71 de ECO
▪
Página 72 de ECO
Mercado de trabalho
quarta-feira, 4 de abril de 2018 18:53
❖ Mercado de trabalho
➢ marco do início do longo prazo
➢ visão de Marx
▪ sempre vai existir certo nível de desemprego
• motivo: é impossível empregar 100% da população de um país
• desemprego é natural
• exército de reserva de mão de obra
• torna possível a redução dos salários
• salário sempre será uma variável rebaixada
▪ arma do capitalista: preço
• repassa aumentos de salário aos preços
▪ arma do proletário: salário
• explica organização sindical
➢ ofertantes de trabalho: proletários
▪ determinantes do salário (W)
• ↑ desemprego (u) → ↓ salário
• ↑ renda (Y) → ↑ salário
• ↑ preço (P) → ↑salário
• ↑ seguro desemprego (z) → ↑ salário
▪ W = P x f(u, Y, z)
• P: preço futuro/esperado – considera projeção da inflação
▪ salário nominal X salário real
• W = salário nominal
• W/P = salário real
• aumento do preço gera redução do salário real - perde poder de compra
• salário real impacta o PIB
▪ curva de determinação salarial
Página 73 de ECO
•
Página 74 de ECO
• acontece no pleno emprego
▪ desemprego estrutural
• alteração na estrutura
• no caso de ampliação ou redução da capacidade produtiva do país
• fora da condição de pleno emprego
▪ desemprego cíclico
• conjuntural
• expansões e contrações de renda de um país
▪ taxa de desemprego aberto
• relação entre o número de pessoas desocupadas (procurando trabalho) e a PEA
▪ taxa de atividade
• relação entre PEA e PIA
▪ proporção de pessoas ocupadas por setor de atividade
• relação entre o número de pessoas ocupadas num determinado setor e o
número de pessoas ocupadas
▪ proporção de pessoas ocupadas por posição na ocupação
• relação entre o número de pessoas ocupadas em cada posição e o número de
pessoas ocupadas
▪ taxa de participação na força de trabalho
• pessoas na força de trabalho/pessoas em idade de trabalhar
• único índice que relaciona uma medida de nível e uma medida de condição
▪ nível da ocupação
• pessoas ocupadas/pessoas em idade de trabalhar
• medida de nível
▪ taxa de ocupação
• pessoas ocupadas/pessoas na força de trabalho
• medida de condição
▪ nível da desocupação
• pessoas desocupadas/pessoas em idade de trabalhar
• medida de nível
▪ taxa de desocupação
• pessoas desocupadas/pessoas na força de trabalho
• medida de condição
Metodologia antiga Metodologia nova
Página 75 de ECO
Inflação e índices de preço
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:50
Página 76 de ECO
▪ mês completo
➢ INPC
▪ IBGE
▪ índice nacional de preços ao consumidor
▪ mês completo
➢ IGP
▪ FGV
▪ índice geral de preços
▪ mês completo
➢ IPC
▪ FIPE
▪ índice de preços ao consumidor
▪ mês completo
▪ município de SP
❖ Consequências inflacionárias
➢ concentração de renda
▪ quem tem maior renda, pode ganhar com a inflação
• ex: overnight no Brasil (1980s)
➢ corrói o crescimento econômico
➢ imposto inflacionário
▪ perda de poder de compra
▪ causa mais comum é a senhoriagem
• pode ter senhoriagem sem imposto inflacionário, quando a economia possua
grande capacidade ociosa
▪ Paulani
• no contexto de pagamento de juros reais
• perda de poder aquisitivo das empresas e dos indivíduos decorrente da inflação
• parte do valor correspondente a tais juros é arrecadada pelo governo
➢ distorção de preços relativos
➢ incerteza para investidores
▪ dificuldade para prever retorno dos investimentos
➢ aumento dos custos de transação da economia
➢ Efeito Oliveira-Tanzi (Gremaud)
▪ sobre as finanças públicas
▪ inflação corrói arrecadação do governo
▪ defasagem entre fato gerador e recolhimento dos impostos
Página 77 de ECO
Pensamento macroeconômico
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:50
Página 78 de ECO
•
curva de oferta
curva de cima: incremento tecnológico
• produção de uma economia é dada pela quantidade de capital por trabalhador
empregada
• k = K/L
letra maiúscula: absoluto
letra minúscula: relativo (%)
• y = f(k)
y: renda per capita por trabalhador
• lei dos rendimentos decrescentes continua valendo
explica a curva não ser uma linha reta
lei de saturação
▪ demanda é dada pelo consumo e pelo investimento
• y = c + i (tudo per capita/por trabalhador)
• investimento sofre o impacto da lei dos rendimentos decrescentes e é igual a
uma parte da renda que foi poupada – i = s.y
curva de investimento
s = poupança per capita
• estoque de capital sofre depreciação
• depreciação não segue lei dos rendimentos decrescentes
Página 79 de ECO
Página 80 de ECO
▪ diminuição da tributação hoje equivale ao aumento da tributação no futuro
▪ pode não estimular o consumo
▪ para ser efetiva, redução da tributação deve ser acompanhada de redução do gasto
público
• de forma equivalente, não igual – deve considerar a diferença dos
multiplicadores
➢ teorema de Coase – macroeconomia pós 1970s
▪ solução para as externalidades negativas
▪ negociação entre as partes, sem participação do governo
• solução privada
▪ transformação do custo social em estrutura privada vendável
▪ demanda que não tenha custos de transação
• custos de busca e coleta de informações
• custos de barganha, negociação e elaborações de contratos
• custos de monitoramento e garantia do cumprimento dos contratos
▪ forma de atingir o resultado eficiente no mercado privado
▪ não funciona quando tem indivisibilidade do bem ou é bem público
➢ Phillips moderna, Friedman, Okun
▪ Phillips (1950s)
• inflação de demanda
• relação entre o hiato da inflação e o hiato do desemprego
• não é uma relação de um para um – ajuste matemático
• existe trade-off entre inflação e desemprego
• política econômica deve focar ou na inflação ou no desemprego
• classicistas não concordam
• keynesianos concordam
▪ Friedman-Phelps
• inflação inercial
• crítica monetarista à curva de Phillips
Página 81 de ECO
• crítica monetarista à curva de Phillips
• longo prazo
• desemprego é o nível de desemprego natural do pleno emprego
• não existe trade-off – pode existir apenas no curto prazo
▪ lei de Okun
• curto prazo
• relação entre o hiato do desemprego e o hiato do crescimento
• ↑Y ↓desemprego
➢ agentes racionais (Tobin)
▪ comparação com o que se pode obter de lucro
▪ para que uma economia cresça, deve existir um equilíbrio entre a dinâmica real da
produção (bens) e a estrutura da rentabilidade no mercado de emprestáveis (crédito)
▪ concentração bancária e altas taxas de juros provocam ausência de crescimento no
longo prazo
▪ crescimento ocorre quando rentabilidade produtiva > rentabilidade financeira
❖ Teoria do Crescimento (Schumpeter)
➢ longuíssimo prazo
▪ alteração estrutural da economia
➢ abertura comercial
▪ ampliação de mercados para exportáveis
▪ absorção de bens de alto valor agregado
▪ absorção de bens de capital
▪ absorção de bens de tecnologia
▪ construção de elos intraindústria
▪ inserção com valor agregado em cadeias
▪ canal de absorção para adaptação criativa
➢ inovação e ciclos econômicos
▪ ciclos integrados
• dados pela dinâmica inovativa
▪ ondas de inovação
▪ primeiro momento – destruição criativa
• empreendedores buscam novas tecnologias para obter ganhos sobre a
produtividade
• onda empreendedora e tecnológica
• crescimento, inovação, investimento e ampliação do emprego
• inovação motivada pela oferta
▪ segundo momento – adaptação criativa
• demanda abertura comercial
• tecnologia é absorvida pelos demais
• contraciclo tecnológico
• expectativas de ganhos reduzidas
• recessão, concorrência, desinvestimento e desemprego
▪ terceiro momento – destruição criativa
• novo momento de inovação
▪ armadilha da renda média
• é uma derivação da teoria de Schumpeter
• situação de perpetuação da condição mediana de desenvolvimento, pela
adaptação criativa
• liberais defendem uma taxa de crescimento menor, mas com diferenciações no
parque industrial
➢ inovação e ampliação da produtividade
▪ esforço econômico de longo prazo para destruição criativa e participação nas “ondas
de inovação”
▪ construção de polos de tecnologia
▪ investimentos em novos negócios
▪ aproveitamento de realidades regionais
▪ integração de produção intraindústria
Página 82 de ECO
▪ integração de produção intraindústria
▪ integração em cadeias regionais e globais
▪ produção de bens de capital e de consumo
▪ controle de variáveis de longo prazo
❖ Ciclos Econômicos Reais, Prescott
➢ nova teoria do crescimento
▪ longuíssimo prazo
❖ Instituições
➢ instituições
▪ comportamentos estruturados e regulares
▪ moldam, padronizam e ordenam as interações econômicas entre indivíduos
▪ garantem estabilidade ao sistema
➢ dimensão regulativa
▪ aspectos comportamentais
▪ institucionalismo contemporâneo
• Hodgson e Chang
• Hodgson – hábito e regras se complementam e criam as instituições que
delimitam as ações e reações
• Chang – instituições como mecanismos que possibilitam o alcance de finalidades
que requerem coordenação supraindividual e que são constitutivas dos
interesses e visões de mundo dos atores econômicos
➢ dimensão normativa
▪ aspectos formais
▪ nova economia institucional
• North, Coase e Williamson
• Coase – decisões com custo de transação e instituições como redutor desses
custos
• Williamson – decisões com racionalidade limitada e instituições como redutor da
limitação
• North – instituições formais e informais como limitantes das ações humanas –
redução do risco moral
➢ dimensão cognitiva
▪ aspectos simbólicos
▪ velha economia institucional
• Veblen, Commons e Mitchell
• evolucionismo
• causa/efeito X equilíbrio natural ortodoxo (impede ação mental)
• ação instintiva
• Mitchell – práticas imperativas que condicionam
• Commons – costumes desorganizados e ações organizadas
➢ ações econômicas são coordenadas
➢ arranjos institucionais indicam direções para os agentes
➢ gera um equilíbrio estável
Página 83 de ECO
Macroeconomia aberta
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:50
❖ IS-LM-BP
❖ Mobilidade de capitais
❖ Taxa de câmbio
❖ Câmbio flutuante
❖ Câmbio fixo
❖ Câmbio misto
❖ Ajuste do BP e regime de câmbio
❖ Paridade do poder de compra (PPC)
○ paridade de juros
❖ Juro X Câmbio
❖ Curva J cambial
❖ IS-LM-BP
Página 84 de ECO
➢
Página 85 de ECO
▪
➢ perfeita mobilidade
▪ sem barreiras legais ou tecnológicas
➢ imobilidade
➢ alta mobilidade
➢ baixa mobilidade
➢ instrumentos de controle
▪ quarentena
• prazo mínimo para permanência para o capital
▪ tributação
• imposto sobre o capital estrangeiro
• reduz o retorno, forçando a ficar mais tempo no país
▪ tributação regressiva no tempo
• diminui a alíquota de acordo com o tempo que ficar no país
❖ Taxa de câmbio
➢ preço da moeda estrangeira
▪ taxa de câmbio nominal (e)
➢ relação com juros
▪ aumento dos juros: reduz taxa de câmbio - valoriza moeda
▪ redução dos juros: aumenta taxa de câmbio - desvaloriza moeda
➢ ↑TC: desvalorização/depreciação da moeda nacional
▪ BP -: saída de capitais
➢ ↓TC: valorização/apreciação da moeda nacional
▪ BP +: entrada de capitais
➢ taxa de câmbio real (E)
Página 86 de ECO
➢ câmbio paralelo
▪ proibido
➢ câmbio futuro
▪ para operações futuras
▪ fixa-se a taxa, para eliminar riscos
➢ convenções
▪ certo
• preço da moeda doméstica em termos da moeda estrangeira
▪ incerto
• preço da moeda estrangeira em termos da moeda doméstica
• Brasil usa essa
❖ Câmbio flutuante
➢ taxa de câmbio é determinada pelo mercado
▪ gráfico de oferta e demanda
➢ não há lastro, há referência
➢ liberdade para as reservas internacionais
➢ diminui chance de ataque especulativo
➢ tendência a BP = 0
❖ Câmbio fixo
Página 87 de ECO
➢
Página 88 de ECO
❖ Ajuste do BP e regime de câmbio
➢ BP > 0 (+)
▪ câmbio flutuante
• moeda doméstica aprecia
• ↓X ↑M
• ajuste automático
▪ câmbio fixo
• Bacen compra US$ e vende R$ - aumenta oferta de moeda doméstica
• ↓juros
• ↑renda
• ↑M
➢ BP <0 (-)
▪ câmbio flutuante
• moeda doméstica deprecia
• ↑X ↓M
• ajuste automático
▪ câmbio fixo
• Bacen vende US$ e compra R$ - reduz oferta de moeda doméstica
• ↑juros
• ↓renda
• ↓M
❖ Paridade do poder de compra (PPC)
➢ teoria para determinação da taxa de câmbio nominal
➢ “lei do preço único”
▪ um bem deve ter o mesmo preço em todos os países, quando medido na mesma moeda
➢ Pbr = e X Peua
➢ não funciona na prática
▪ existem bens não comercializáveis
• definidos por características locais
• ex: aluguel
▪ impostos
• política comercial (tarifas, cotas, barreiras tarifárias e não tarifárias)
• política tarifária interna
▪ estruturas de mercado não competitivas
• uma mesma firma vende a preços diferentes em lugares diferentes
• características monopolísticas
• discriminação de preços
➢ se funcionasse, taxa de câmbio real seria 1 (E = 1)
➢ PPC em termos relativos
▪ se preocupa com a variação da taxa
Página 89 de ECO
▪ ↑oferta US$
▪ ↓Tc = valorização da moeda nacional
❖ Curva J cambial
➢ deve-se levar em conta a temporalidade no impacto do câmbio sobre a economia
➢ caso governo desvalorize a moeda – aumento de competitividade
▪ no início, ocorre o aprofundamento do déficit
• contratos antigos
• importadores antecipam a compra, para evitar o aumento da desvalorização no
futuro
▪ ganhos da desvalorização são percebidos no médio prazo
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Teorias de comércio
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:50
❖ Mercantilistas
❖ Fisiocracia
❖ Doutrina do Preço-Espécie-Fluxo
❖ Teoria do Valor-Trabalho
❖ Vantagens absolutas (Smith)
❖ Vantagens comparativas (Ricardo)
❖ Teoria neoclássica
❖ Teoria cepalina
❖ Novas teorias de comércio
❖ Mercantilistas
➢ séculos XV e XVI
➢ conjunto de práticas, não chega a ser uma escola econômica
➢ monopólios
▪ companhias de comércio
➢ acumulação de metais preciosos
➢ não há livre comércio
➢ não há valorização da estrutura produtiva
➢ o que é bom para o Estado é bom para a economia
❖ Fisiocracia
➢ século XVII
➢ primeira escola de pensamento econômico
➢ o que é bom para o Estado não é, necessariamente, bom para a economia
➢ economia é regida por leis naturais
▪ determinadas por Deus
➢ livre comércio: laissez faire, laissez passer
➢ não intervencionismo
▪ Estado atrapalha leis naturais
➢ agricultura era o único setor capaz de criar excedentes
▪ riqueza vem da terra
➢ trabalho humano não cria valor
❖ Doutrina do Preço-Espécie-Fluxo
➢ David Hume
➢ promoveria o ajuste automático do BP dos países
➢ déficit (redução das reservas de ouro - fluxo) levaria a uma destruição de moeda nacional
(espécie)
▪ por conta do lastro
▪ efeito preço
➢ menor poder de compra da população doméstica
➢ menor demanda doméstica
➢ queda dos preços domésticos
➢ aumento das exportações
➢ equilíbrio
❖ Teoria do Valor-Trabalho
➢ clássicos
▪ trabalho é um elemento homogêneo – equaliza as trocas
➢ Ricardo
▪ valor das mercadorias depende do total de trabalho para produzi-las
➢ Marx
▪ todas as mercadorias são produtos do trabalho
• mercadoria = bem não produzido para uso próprio
▪ valor da força de trabalho
• valor dos meios de subsistência necessários à manutenção do trabalhador
• pode criar um valor superior ao que encerra
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• pode criar um valor superior ao que encerra
▪ mais valia
• tempo de trabalho excedente do trabalhador, que é apropriado pelo dono dos
meios de produção
• diferença entre salário e valor da mercadoria que produz
❖ Vantagens absolutas (Smith)
➢ século XVIII
➢ racionalismo econômico
➢ premissa: pessoas são egoístas
➢ não intervenção
▪ se alguém busca o interesse individual, contribui para o interesse coletivo
➢ economia é regida por leis de mercado
➢ livre iniciativa, livre mercado, livre competição
➢ crescimento tem como veículo o lucro
▪ crescer para dividir
➢ mão invisível
▪ oferta < demanda - ↑preço - ↑produção
➢ divisão do trabalho
▪ melhora a produção
▪ é natural ao ser humano
▪ é impulsionado pelo mercado (concorrência)
➢ teoria das vantagens absolutas
▪ cada país deve se especializar em produzir aquilo em que possui vantagens
absolutas
• menor custo absoluto
▪ livre comércio é mutuamente benéfico
• produtos melhores e mais baratos
▪ especialização relativa
❖ Vantagens comparativas (Ricardo)
➢ século XIX
➢ distribuição da riqueza
▪ lucro tende a ser igual nos diversos setores (no longo prazo)
➢ renda da terra
▪ todos os fatores de produção podem ser expandidos, exceto a terra
▪ nascimento do conceito de custo de oportunidade
• não usa o termo, mas usa a ideia
▪ renda da terra sempre existe
• mesmo quem está produzindo na própria terra, está abrindo mão de alugar
para outra pessoa
▪ 1º momento: terras férteis + renda da terra baixa = lucro agrícola alto
▪ 2º momento: terras não férteis + renda da terra alta = lucro baixo
▪ crescimento econômico ataca suas próprias bases
• gera tendência de diminuição do lucro, que leva a uma diminuição do
crescimento
▪ forma de adiar o Estado estacionário: mais terra – imperialismo
➢ teoria das vantagens comparativas
▪ cada país se especializa naquilo que tiver vantagens comparativas
• melhor produtividade do trabalho
▪ especialização total (DIT)
❖ Teoria Neoclássica
➢ Marshall (1880-1940s)
▪ minimiza as variáveis
▪ economia vista como bem-estar individual
▪ utilitarismo
• economia é busca constante pela utilidade
• essa busca é racional
▪ marginalismo
Página 92 de ECO
▪ marginalismo
• não analisa toda a produção
• analisa uma unidade
▪ entendendo cada parte, é possível entender o todo
▪ oferta produz sua demanda
• mas demanda não é infinita
• condições são diferentes para cada consumidor
▪ base da 2ª Revolução Industrial
• extrapola produção para outros países
• entende a especificidade de cada mercado
▪ equilíbrio entre oferta e demanda é constante
▪ governo rompe o equilíbrio
➢ Hecksher-Ohlin
▪ vantagens comparativas dependem da dotação de fatores
▪ países vão exportar bens intensivos no fator abundante e importar bens intensivos
no fator escasso
▪ equalização da remuneração dos fatores
▪ dotações fixas e espacialização completa
▪ DIT completa
➢ paradoxo de Leontieff
▪ Gremaud
• no pós-guerra, EUA tendiam a exportar bens intensivos em mão de obra e
importar bens intensivos em capital
• contraria o modelo de Heckscher-Ohlin
➢ teorema de Stolper-Samuelson
▪ proteção contra a concorrência de produtos importados
▪ aumento da remuneração do fator produtivo intensivo no setor protegido
❖ Teoria Cepalina
➢ 1940s
➢ países periféricos são exportadores de produtos primários e importadores de
manufaturados
➢ tendência à deterioração dos termos de troca
➢ produtos agrícolas: elasticidade-renda e elasticidade-preço (demanda) baixas
➢ solução: industrialização por substituição de importações
❖ Novas Teorias de Comércio
➢ equilíbrio em jogos
▪ não equilíbrio liberal (perfeito)
▪ mercado é imperfeito
▪ ver Equilíbrio microeconômico
➢ comércio intraindústria
▪ comércio intraindústria aumenta quando o escopo comercial diminui
• maior desagregação – menor índice
• quanto mais segmentada a produção, mais forte alguém se torna no jogo
▪ foca o desenvolvimento nos elos da cadeia
▪ determinantes
• tamanho do país
• desenvolvimento industrial
• abertura econômica
• integração comercial de cadeias produtivas com o resto do mundo
▪ especialização deve ocorrer
• ganhos de escala
• concorrência imperfeita
➢ política comercial estratégica
▪ intervenções governamentais estratégicas podem trazer maiores benefícios do
comércio internacional
▪ barreiras à importação e subsídios à exportação
▪ absorção de externalidades positivas
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▪ absorção de externalidades positivas
▪ mitigação de danos por imperfeições de mercado
➢ nova geografia econômica
▪ cadeias globais de valor
▪ visão da produção e do comércio na dimensão espacial
▪ comércio é afetado pelos custos de transação no espaço
• principalmente transporte
▪ cadeias verticais de produção condicionam a inserção e os ganhos comerciais
▪ custos de transporte e escalas dos mercados + rendimentos crescentes e
concorrência imperfeita = concentração industrial
➢ Helpman e Krugman
▪ importância das economias de escala
• incentivo adicional para o comércio, mesmo se os países possuírem a mesma
dotação de fatores
• ajuda a explicar comércio internacional entre países desenvolvidos
▪ hipóteses
• dois fatores de produção (capital e trabalho)
• dois tipos de produtos (manufaturados e alimentos)
• dois países comercializando produtos entre si
• manufaturados funcionam no mercado de concorrência monopolística
▪ especialização é determinada pela junção das vantagens comparativas com as
economias de escala
▪ considera existência de comércio intraindústria
▪ Estado deve intervir
• no processo de competição entre firmas nacionais e estrangeiras
• promover maior bem-estar para a sociedade nacionais
• via política comercial
➢ Michel Porter
▪ foco nas estratégias empresariais dentro das nações
▪ dotação de fatores é insuficiente para explicar a competitividade de um país
▪ competitividade depende da produtividade do trabalho
▪ vantagem competitiva: eficiência com que são usados os fatores
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Defesa e promoção comercial
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:51
❖ Protecionismo X Liberalismo
❖ Países X e M
❖ Tarifas ou impostos de importação
❖ Cotas de importação
❖ Outros instrumentos
❖ Subsídios
❖ Dumping comercial
❖ Salvaguarda
❖ Protecionismo x Liberalismo
➢ argumentos a favor da restrição do comércio
▪ perda de emprego
▪ segurança
▪ indústria nascente
▪ deterioração dos termos de troca
❖ Países X e M
➢ país M (em livre comércio)
▪ Pi < P
▪ produtor doméstico deve cobrar o Pi
▪ coletivamente, sociedade foi beneficiada
➢ país X
▪ Pi > P
❖ Tarifas ou Impostos de importação
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➢
Página 96 de ECO
➢
➢ competitividade artificial
➢ s: subsídio
➢ produtor recebe P* + s
▪ amplia seu excedente: +a
➢ consumidor paga P*
➢ custo do subsídio: a + b
➢ peso morto: b
➢ em uma economia aberta, reduz as importações
❖ Dumping comercial
➢ ganho artificial de competitividade
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➢ ganho artificial de competitividade
➢ preços predatórios
▪ menores que o custo
▪ quebrar o concorrente
➢ ambiental, social ou cambial
❖ Salvaguarda
➢ um setor de um país está perdendo competitividade
➢ não é contra comércio desleal
➢ proteção temporária para um setor específico
▪ para ter tempo de se adaptar
➢ independe da origem do produto
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Orçamento e indicadores
sexta-feira, 9 de março de 2018 18:51
Página 99 de ECO
▪ gastos autorizados para o ano
❖ Despesas do governo
➢ despesas correntes
▪ despesas de custeio
• manter a máquina pública funcionando
▪ transferências correntes
• repasses entre os entes da federação
➢ despesas de capital
▪ aumento de patrimônio
▪ investimentos
▪ inversões financeiras
▪ transferências de capital
➢ estão nas leis como créditos orçamentários
▪ possibilidades de gasto
▪ dependem de autorização ministerial para que sejam realizados
❖ Receitas do governo
➢ servem para custear o déficit
▪ se não for pago no tempo devido, vira dívida
➢ receitas correntes
▪ tributária
▪ contribuições
▪ patrimonial
▪ agropecuária
▪ industrial
▪ serviços
▪ transferências correntes
▪ outras receitas correntes
➢ receitas de capital
▪ operações de crédito
▪ alienações de bens
▪ amortização de empréstimos
▪ transferências de capital
▪ outras receitas de capital
▪ superávit do orçamento corrente é uma receita de capital
❖ Curva de Laffer
❖ Brasil e Arbache
➢ armadilha de baixo crescimento
➢ elevada volatilidade no PIB
➢ baixo crescimento de produtividade
❖ Produtividade
➢ o quanto o sistema econômico consegue agregar de valor à produção
➢ demanda integração comercial e dinâmicas inovativas
▪ tecnologia
▪ geram ganhos de produtividade
➢ integração comercial
▪ ampliação de mercados para exportáveis
▪ absorção de bens de alto valor agregado
▪ absorção de bens de capital
▪ absorção de bens de tecnologia
▪ absorção para adaptação criativa
• Schumpeter
• curto e médio prazo
• aumenta competitividade internacional
• essa absorção não é boa se ocorrer só no longo prazo - risco de armadilha da
renda média
▪ estruturação de setores
▪ construção de elos intra-indústria
• cadeia de produção
▪ inserção com valor agregado em cadeias
➢ dinâmicas inovativas
▪ esforço de longo prazo para destruição criativa e participação da "ondas de inovação"
▪ construção de polos de tecnologia
▪ investimentos em novos negócios
▪ aproveitamento de realidades regionais
▪ integração de produção intra-indústria
▪ integração em cadeias regionais e globais
▪ produção de bens de capital e de consumo
▪ controle de variáveis de longo prazo
❖ Distribuição de renda e indicadores
➢ inflação
▪ concentra renda
▪ política de combate à inflação, naturalmente, ajuda a distribuir renda
▪ algumas das variáveis que auxiliam no combate à inflação concentram renda
• elevação da taxa de juros
▪ medidas para combater a inflação concentram renda, mas uma inflação mais baixa
distribui renda
➢ PIB per capita
▪ mostra o desempenho e o desenvolvimento econômico
➢ índice de Gini
▪ mostra a distribuição de renda
➢ linha de pobreza
▪ mínimo de renda que cada habitante do país deve possuir para satisfazer suas
necessidades básicas
▪ indicado em dólares/dia por pessoa
➢ IDH
▪ renda per capita + indicadores sociais
• índice de esperança de vida
• taxa de alfabetização de adultos
❖ Crise estrutural
➢ afeta todo o sistema capitalista
▪ não ocorre em decorrência de um erro de algum governo
➢ inerente ao sistema capitalista
➢ exemplos
▪ crise de 1929
▪ crise do subprime (2008)
❖ Crise conjuntural
➢ mudança no contexto econômico mundial leva algumas economias à crise
➢ não é inerente ao sistema
➢ exemplos
▪ choques do petróleo
❖ Crises de conjuntura interna
➢ afeta um país especificamente
➢ gerada pela estrutura econômica adotada pelo país ou pela condução econômica dada pela
equipe
❖ Estrutura financeira
➢ superfície do capitalismo financeiro
▪ grandes bancos - regulados
▪ seguradoras
▪ dispersão do risco
▪ absorvem títulos com menor risco e alto retorno
▪ agentes "prime": maior renda, emprego mais estável, patrimônio mais estável
➢ global shadow banking system
▪ "nas profundezas"
▪ bancos menores - menos regulados
▪ pequenas agências de empréstimo
▪ assumem maior risco
▪ pouco patrimônio líquido gera limitações para a sobrevivência
▪ agentes "subprime": maior risco
❖ Crise de 2008
➢ mecanismo de formação
▪ grandes bancos e seguradoras repassam títulos de maior risco e menor retorno
para o "shadow banking"
▪ se o banco de superfície vende títulos à exaustão para o shadow
• banco acaba se desfazendo de patrimônio
• reduz sua capacidade de empréstimo frente ao índice da Basileia
▪ existem cada vez menos bons pagadores para os bancos grandes
• substituídos pelos maus pagadores
• aumenta o risco
▪ solução: a superfície compra as profundezas
• compram bancos menores
• em caso de não pagamento, quem leva o calote é o banco menor
• aumento do patrimônio sem sujar o balanço
• continuidade dos empréstimos
➢ crise sistêmica e estrutural
▪ grande parte dos ativos dos bancos de superfície eram bancos menores de
subprime
▪ seguradoras não conseguiram sustentar o risco
❖ Acordos de Basileia
➢ bancos devem estabelecer mecanismos de avaliação de risco
▪ análise de crédito
▪ classificam os clientes
➢ bancos devem ter patrimônio líquido suficiente para cobrir os empréstimos
▪ depósito compulsório
▪ necessidade de absorver ativos (títulos)
❖ Agências de classificação de risco
➢ estruturas privadas
➢ devem mostrar a potencialidade de insolvência
➢ classificam os riscos que envolvem um empréstimo ou a concessão de crédito a
determinado agente
▪ tanto estruturas públicas quanto privadas, nacionais ou multilaterais
➢ foram responsabilizadas em parte pela crise
▪ não existia regulação para as agências
▪ geraram distorção de informações
▪ dificuldade para impedir movimento de compra do shadow banking
▪ dificulta avaliação real de risco
➢ continuam tendo credibilidade
▪ mas existe debate sobre necessidade de regulação
➢ risco soberano
❖ Causas
➢ exigências para entrar na UE
▪ necessidade de equalização do desenvolvimento econômico, para fazer a integração
funcionar
➢ questão da dívida pública
▪ aumento da dívida eleva o risco
▪ governo passa a ter dificuldades para vender títulos públicos
➢ questão do déficit público
➢ condução flexível da economia
▪ para conseguir crescer
▪ necessidade de absorção de renda de fora do governo
• arrecadação não era suficiente
➢ problemas de equiparação econômica
❖ Pivô da crise foi o governo grego
❖ Agentes de captação
➢ injetam capital no governo grego
➢ sustentam a economia
➢ bancos privados gregos
▪ compra de títulos públicos
➢ bancos privados internacionais
▪ compra de títulos públicos
➢ FMI
▪ empréstimos de regularização
▪ estabilização das reservas
➢ agentes privados e povo grego
▪ compra de títulos públicos
▪ maior tributação
❖ Agentes de financiamento
➢ governo utiliza para pagar a dívida
➢ Troika
➢ FMI
▪ credor - empréstimos de recuperação
▪ estabilização de reservas
➢ Banco Central Europeu
➢ Comissão Europeia
▪ destina recursos para o governo grego
▪ recursos captados em euro e em dólar
▪ Alemanha como garantidora do câmbio
• tem maiores reservas
▪ disciplina quantidade de moeda que será emitida para sanear a dívida do governo
grego
❖ Pacotes de estabilização fiscal
➢ elaborados pela Troika
▪ postura ortodoxa
➢ estabilizar os fundos governamentais
➢ sanear desequilíbrios monetários
➢ impedir problemas de variações no euro
▪ diminui expectativas negativas
➢ garantir o pagamento de dívidas anteriores
➢ direcionamento de pagamento de dívidas
➢ exigências
▪ controle das políticas de curto prazo
▪ austeridade fiscal
▪ controle bancário e da multiplicação da moeda