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Por Martin Hirt , Sven Smit , Chris Bradley , Robert Uhlaner , Mihir Mysore , Yuval Atsmon, e Nicholas
Northcote
A maior parte das empresas será muito vulnerável às consequências econômicas das
extensas medidas de isolamento público e dos funcionários. À medida que os problemas
enfrentados pela sua empresa provavelmente irão aumentando, há duas iniciativas
práticas que podem ser tomadas para ajudar a manter-se à frente:
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4/20/2020 Antecipando-se ao próximo estágio da crise do coronavírus | McKinsey
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Exhibit 1
Como primeira tarefa, a equipe deve desenvolver uma versão do “dia um” de um plano
estratégico de ações contra a crise trabalhando nos cinco esquemas descritos na próxima
seção deste artigo. Velocidade é essencial e esperar por respostas perfeitas pode ser
contraproducente: é preciso lidar com a incerteza, não permita que ela se torne um
gargalo para sua tomada de decisão. Sua equipe de planejamento antecipado deverá
atualizar e aprimorar os planos continuamente, integrando nova inteligência à medida que
estiver disponível.
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Enquanto cada empresa avalia o melhor rumo a seguir, é fundamental evitar o que
frequentemente vemos nos processos regulares de planejamento estratégico: tentar
controlar totalmente a incerteza ou relegá-la a uma análise de riscos no final da
apresentação. O plano estratégico de ação contra a crise deve ser usado para nortear sua
resposta ao longo dos próximos estágios da crise à medida que os eventos se
desdobrarem (Quadro 2).
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Exhibit 2
Para desenvolver esse plano, é preciso encarar a incerteza de frente. Sua equipe de
planejamento antecipado deve trabalhar dentro dos cinco esquemas a seguir:
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Exhibit 3
O objetivo não é discutir quais cenários são mais prováveis, mas sim explorar as
possibilidades e preparar-se para qualquer situação que pareça plausível. Uma falha
comum das análises de cenários é cortar "as pontas" para eliminar as eventualidades mais
extremas, resultando em meras variantes do caso base. Embora alguns cenários pareçam
ser terríveis demais para serem contemplados, não significa que devam ser
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Uma abordagem que consideramos útil é começar pelo desenvolvimento de uma visão
clara de como a principal ameaça ou oportunidade que a organização enfrenta pode
evoluir (por exemplo, tendências macro ou da indústria, operações e regulação). Em
seguida, deve-se avaliar como a evolução dessa ameaça ou oportunidade pode afetar a
performance da empresa. Executar esse ciclo algumas vezes ajuda a adquirir uma visão
diferenciada de como o ambiente provavelmente irá mudar.
A equipe de planejamento antecipado está mais bem posicionada para definir os inputs
necessários para o desenvolvimento de cenários e processos de tomada de decisão de
uma organização, pois é a equipe responsável pela coleta de informações pertinentes e de
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Diante de uma disrupção da magnitude da pandemia da COVID 19, ter uma perspectiva
sobre o que mudou permanentemente é essencial. Isso ajuda a evitar uma abordagem de
hedging em relação ao futuro, na qual a empresa “espalha” seus recursos, como se fosse
manteiga, em uma série de oportunidades, sem adotar uma postura clara. Muitas
empresas bem-sucedidas enfrentaram momentos como esse quando tiveram que se
comprometer com uma visão de futuro. Na década de 1980, por exemplo, Bill Gates não
sabia qual sistema operacional emergiria como dominante, mas sabia que, em qualquer
cenário, a computação pessoal seria o próximo grande advento e os computadores
funcionariam em interfaces gráficas de usuários. Ele também sabia que era provável que
os vencedores levariam tudo, o que fez com que a Microsoft adotasse uma postura clara –
buscar vencer a corrida pelo sistema operacional de PCs.
A partir do desenvolvimento de seus cenários, sua organização terá refletido sobre como
os choques duplos na sua demanda e no seu modelo de negócios podem se desdobrar.
Assim, será possível entrever algumas versões possíveis do próximo normal. Enquanto se
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Exhibit 4
Com a crise da COVID 19, dificilmente alguém estará no canto inferior esquerdo do mapa
mostrado no Quadro 4, pois o desafio é onipresente. Algumas empresas terão um
imperativo dominante de sustentação, pois retornarão de forma similar, mas com
diferentes velocidades de recuperação (por exemplo, serviços essenciais de assinatura,
como telefonia básica e varejo de energia). Outras terão como principal foco a
reestruturação para se adequarem a um ambiente de demanda muito mais enxuto (por
exemplo, companhias aéreas e operadoras de cruzeiros). Outras, ainda, terão choques de
demanda menos graves, mas enfrentarão comportamentos radicalmente diferentes por
parte dos consumidores e terão que mudar seus modelos de negócio. Por outro lado,
haverá empresas e indústrias que estarão em um território completamente diferente, em
ambos os eixos apresentados no Quadro 4, e serão obrigadas a moldar negócios
inteiramente novos.
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Uma característica notável da crise da COVID 19 é uma mudança radical nos modelos de
negócios à distância. Em questão de dias, as pessoas intensificaram massivamente o uso
de tecnologias que permitem aprendizagem, trabalho, serviços e consumo remotos. Será
que essa adoção irá regredir após a crise ou passaremos a um novo status quo? Como
resultado, sua empresa deve agora acelerar os investimentos em um modelo de negócio
digital? Será necessário reduzir seus planos de investimento de capital com foco no
aumento do alcance físico e garantir largura de banda para hospedar seus negócios
virtualizados? Considerando o nível de incerteza, não se deve colocar todos os ovos em
uma cesta ou apostar na esperança. O principal resultado deste esquema é estabelecer
convicção sobre temas futuros antes de definir quaisquer iniciativas.
Algumas iniciativas farão sentido em todos os cenários – essas são as ações “no regret”
com as quais é possível prosseguir com confiança. Outras compensariam muito em alguns
cenários, mas prejudicariam em outros – essas são as grandes apostas e a chave nesses
casos é coletar o máximo possível de informações antes de tomar uma decisão go/no-go.
Se possível, procure decompô-las em partes menores, fazendo investimentos em fases
para minimizar o risco de fazer um único investimento grande com alto grau de incerteza.
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Como discutido, a maioria dos movimentos que descrevemos somente fará sentido em um
certo conjunto de circunstâncias. No entanto, muitas empresas que enfrentam disrupção
começam a discutir esses movimentos apenas quando as circunstâncias estão
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claramente presentes. Isso, juntamente com uma tomada de decisão altamente emocional
e potencialmente baseada em consenso, é a raiz do atraso ou da falta de ação que assola
muitas equipes de gestão.
Para evitar esse tipo de problema, é extremamente importante assegurar que cada
movimento seja acompanhado de pontos de gatilho claramente articulados, que indiquem
quando a organização deve começar o planejamento detalhado e a execução do
movimento em questão. Cada ponto, ou alavanca, indica o momento em que a
probabilidade de que esse movimento seja necessário aumentou e, portanto, faz sentido
investir em uma equipe para garantir que a organização possa agir rapidamente. Tomar
uma decisão sobre quando os pontos de gatilho foram alcançados – e quando o
planejamento e a execução detalhados devem começar – é papel-chave do CEO, em
conjunto com a equipe de planejamento antecipado.
Além disso, uma realidade de muitas das empresas com as quais estamos falando é que
seus orçamentos atuais estão à deriva e elas não têm uma forma confiável de definir
novos orçamentos. Isso forçará uma abordagem muito mais ágil e em tempo real à
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alocação de recursos, talvez uma que trabalhe com sprints trimestrais. O financiamento
será liberado em fases e serão requeridos pontos de gatilho para fazer desinvestimentos
ou novos cortes. Talvez seja necessário eliminar prontamente a longa distância que separa
as funções de estratégia e finanças.
Tudo isso pode parecer muito, e sua organização provavelmente não tem a capacidade
para gerenciar tudo sozinha. É por isso que, mesmo que a sua equipe de crise esteja
ocupada em manter o negócio em andamento, é preciso ter uma equipe modular e
escalonável de planejamento antecipado ao seu lado para dar suporte ao seu ciclo de
planejamento iterativo ao longo da crise – não importa quão devastadores os problemas
pareçam ser (Quadro 5).
Exhibit 5
Sob altos níveis de incerteza, é necessário operar em alta velocidade. Será preciso
executar o playbook regularmente, com tendência à velocidade e não à perfeição –
quanto mais cedo começar, melhor. Aceite que a primeira execução não será 100%
correta, mas você obterá melhores respostas a cada iteração. Os cenários serão refinados
e atualizados, e mais informações surgirão à medida que o tempo passa. Algumas coisas
vão desaparecer, outras serão aceleradas. Evolua para uma resposta mais sofisticada.
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Quando um conjunto cada vez maior de problemas desencadeados pela próxima onda da
crise da COVID 19 atingir sua empresa, a sua equipe de planejamento antecipado será
quem manterá a sua visão do todo e ajudará a vencer a corrida contra o tempo. Para estar
à frente do próximo estágio da crise, é preciso lançar a sua equipe de planejamento
antecipado agora.
1. Hugh Courtney, Jane Kirkland e Patrick Viguerie, “Strategy under uncertainty”, Harvard Business
Review, novembro–dezembro de 1997, pág. 66 81, hbr.org.
2. Kevin Buehler, Ezra Greenberg, Arvind Govindarajan, Martin Hirt, Susan Lund e Sven Smit,
“Protegendo nossas vidas e nossos meios de sobrevivência: o imperativo do nosso tempo” , março de
2020.
3. Para saber mais sobre desenvolvimento de cenários, ver “The use and abuse of scenarios” de
Charles Roxburgh, novembro de 2009.
Martin Hirt é sócio sênior da McKinsey no escritório de Taipei, Sven Smit é sócio sênior
no escritório de Amsterdã, Chris Bradley é sócio sênior no escritório de Sydney, Robert
Uhlaner é sócio sênior no escritório de São Francisco, Mihir Mysore é sócio no escritório
de Houston, Yuval Atsmon é sócio sênior no escritório de Londres e Nicholas Northcote
é diretor de estratégia e finanças corporativas no escritório de Bruxelas.
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