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Angola está caracterizada por quatros regiões: Norte, Sul, Centro Sul e Leste. Política
e administrativamente está organizada pelas seguintes unidades: províncias (18),
municípios (164), comunas e bairros.
Angola está dividida administrativamente em 18 províncias, lideradas por
governadores provinciais, nomeados pelo Presidente da República, que é também o Chefe
do Governo. A província de Cabinda é um enclave que forma um pequeno território
separado do território principal do país através da República Democrática do Congo,
estando confinado pelo norte e nordeste pela República do Congo.
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Namibe 57.091 Namibe 5 471.613
Províncias
Municípios
Os municípios são a circunscrição territorial decorrente da divisão territorial das
províncias, ou seja, “o órgão descentralizado da Administração do Estado na Província, que
visa assegurar a realização das funções do Estado no Município”. O administrador municipal
é directamente responsável perante o respectivo governador provincial, sendo nomeado por
este através de despacho. No que diz respeito à gestão do território e urbanismo, compete
ao administrador municipal, nomeadamente, aprovar os projectos de construção particular e
fiscalizar a sua execução.
Comunas
São parte integrante dos Municípios e resultam da sua divisão territorial. Esses órgãos
assumem uma importância vital nas áreas rurais, dada a sua responsabilidade pela
manutenção do elo direito entre as comunidades e os demais órgãos da Administração do
Estado.
Os administradores comunais respondem directamente perante os administradores
municipais, tendo competência, nomeadamente, para promover a construção, manutenção e
controlo dos mercados, acompanhar e apoiar a autoconstrução dirigida.
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cidade turística e pela sua actividade agro-pecuária que esta que se desenvolve cada vez
mais e pela sua característica físico-geográfica;
Benguela – a conhecida cidade das acácias rubras, destaca-se pelas suas atraentes
praias, é uma cidade com um grande potencial industrial e pesqueiro;
Huambo – já foi considerada uma das mais belas cidades do país, está num bom
ritmo de crescimento e reabilitação das suas infra - estruturas, destruídas pela guerra, foi o
segundo polo industrial de Angola. Para além da indústria, o Huambo também desenvolve
outras actividades económicas importantes para o país como a agro-pecuárias;
Cabinda - cidade distinta de Angola devido aos seus recursos naturais,
especificamente o petróleo e a madeira;
As Lundas são as cidades que, apesar de pequenas, têm grande importância para o
país devido á sua potência mineira, são cidades onde se exploram muitos diamantes.
Cada uma das cidades com a sua particularidade e seu contributo que prestam ao
país são todas muito importantes para ao desenvolvimento socioeconómico nacional.
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A aplicação das políticas de Ordenamento do Território surge na necessidade de o
Estado ter de administrar o território prevendo as melhores condições para as comunidades.
Assim que, pode ser definido sob vários pontos de vista e/ou perspectivas. Neste sentido, do
ponto de vista da legislação angolana, Ordenamento do Território, é definido como o
sistema integrado de normas, princípios, instrumentos, e acções de Administração Pública
que tem por função a organização e gestão do espaço Isaac Simão Santo (2016)
Segundo o Dicionário de Geografia (Edições Sílabo1998:146) ordenamento do
Território é a organização do território através da elaboração de planos a diferentes níveis e
nos diferentes sectores económicos, tendo em vista o crescimento e um desenvolvimento
económico e social, com base nos respectivos recursos naturais e humanos, e com
objectivos e estratégias bem definidos.
Ordenamento do Território corresponde, na maior parte dos casos a vontade corrigir
os desequilíbrios de um espaço nacional ou regional (…) e pressupõe por um lado, uma
percepção e uma concepção de conjunto de território e, por outro lado, uma análise
prospectiva Baud in Isaac Simão Santo (2016).
E para que estes princípios, normas e instrumentos previstos no ordenamento do
território sejam implementados é necessário um planeamento (processo de desenvolvimento
e criação de planos e programas) que resulta numa série de planos que podem ser
regionais provinciais e municipais. Os planos são instrumentos indispensáveis na
concretização de acções do desenvolvimento territorial, quer quanto: A organização do
espaço- planos de ordenamento e ao desenvolvimento socioeconómico – planos de
desenvolvimento.
Planeamento é processo de desenvolvimento e criação de planos e programas.
(Leonardo Alves, sd).
O planeamento e ordenamento do território são determinantes para a promoção da
qualidade de vida, que estimula o regresso de muitas pessoas ao interior do país (suas
áreas de origem e não só) Aldino Miguel Francisco (2013)
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destes constitui um espaço privilegiado para identificação e superação de problemas
específicos.
A lei do ordenamento do território e urbanismo – Lei nº3/04, de 25 de Junho).
Planos Territoriais:
Artigo 28: Classificação dos planos territoriais
Planos nacionais
Planos provinciais
Planos municipais
Planos regionais
Planos nacionais abrangem todo o território nacional e têm por objectivo a definição
da política nacional de ordenamento do território. Neste primeiro nível situam-se as
Principais Opções de Ordenamento do Território (POOT) que constituem um instrumento de
desenvolvimento territorial de natureza estratégica, com carácter genérico relativamente a
todo território nacional. Com efeito, as POOT estabelecem os princípios e as opções em
matéria de ordenamento e planeamento territorial. Assumem a forma de lei, são elaborados
pelo Governo (deve-se Presidente da República) e aprovadas pela Assembleia Nacional,
após consulta da Comissão Consultiva Nacional, e constituem o paradigma de referência
para todos os planos de natureza inferior. Incluem-se também os Planos Territoriais
Especiais Nacionais ou Planos Especiais de Ordenamento do Território (PEOT). Estes
abrangem áreas determinadas em função de fins específicos de ordenamento do território,
designadamente: as áreas agrícolas, áreas de turismos, áreas de indústria, áreas ecológicas
de reserva natural, de repovoamento, de defesa e segurança, reconversão, requalificação,
revitalização, reabilitação de centros históricos, remodelação de infra-estruturas especiais
como portos e aeroportos, os Planos Sectoriais Nacionais ou Planos Sectoriais de
Ordenamento do Território (PSOT) abrangem sectores de infra-estruturas colectivas, como
redes viárias de âmbito nacional, provincial ou comunal, redes de transportes, de
abastecimento de águas energia e tratamento de efluentes.
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- Planos provinciais contêm as grandes opções estratégicas de carácter genérico
referentes ao desenvolvimento provincial, definindo o modelo de ocupação dos solos rurais
e urbanos. São planos hierarquicamente inferiores às POOT mas que servem de orientação
aos planos municipais. Os planos provinciais são da iniciativa do Governador Provincial,
sendo a sua preparação acompanhada pela Comissão Consultiva Nacional que emite
parecer, tal como a Comissão Consultiva Provincial. A sua aprovação compete à Comissão
Interministerial do Ordenamento do Território, sendo submetidos a ratificação pelo titular do
Poder Executivo.
Os Planos Interprovinciais do Ordenamento do Território (PIPOT) têm a mesma
natureza dos planos provinciais e visam a coordenação e integração complementar de duas
ou mais províncias. Podem ter a natureza de planos sectoriais ou especiais, sendo as suas
principais finalidades a coordenação e integração de planos provinciais; combate das
assimetrias provinciais, manutenção da coerência e eficiência na protecção dos sistemas
rurais e naturais; garantia de maior eficiência na programação de infra-estruturas que sirvam
de duas ou mais províncias.
- Planos municipais, relativos a toda ou apenas parte de área territorial municipal. O
Plano Director Municipal (PDM) representa o tipo central e fundamental de planos
municipais, contendo directrizes de natureza estratégica e carácter genérico, representa o
quadro global de referência, podendo estabelecer a classificação dos terrenos urbanos e
dos terrenos rurais de um município. O PDM aplicável aos municípios cuja área territorial
abrange solos rurais e urbanos, pode ser, com as devidas adaptações, também aplicável
aos municípios integrados nas grandes cidades que tenham apenas solos urbanos e
urbanizáveis. Os planos municipais podem abranger dois ou mais municípios, surgindo
assim, os Planos Intermunicipais de Ordenamento do Território.
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Organização do Sistema de Ordenamento Territorial criado pela LOTU angolana
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Regime dos Planos Territoriais
3.1. Origem e composição étnica. Os grandes grupos etnolinguísticos.
Artigo 53: Direito a informação.
As pessoas (cidadãos) têm direito a informação tanto do conteúdo, como das
alterações dos planos territoriais e tanto na fase de elaboração.
Artigo 59: Ratificação pelo Governo
Qualquer plano provincial, inter-provincial, inter-municipal e municipal deve ser
ratificado pelo governo.
Artigo 60: Para serem legais, os planos no nível provincial devem ser publicados por
edital.
Artigo 68: Este Artigo define os seis regulamentos que ainda devem ser elaborados.
Três já foram elaborados, mas não publicados no Diário da República e assim ainda não
tem validade.
1. Regulamento Geral dos Loteamentos
2. Regulamento Geral das Edificações Urbanas
3. Regulamento do Licenciamento de Obras e Construções
Mais três ainda não foram elaborados, estes são:
1. Regulamento dos Planos Urbanísticos e do Ordenamento Rural
2. Regulamento que fixa os Perímetros Urbanos e Concessão de Forais de Cidades
3. Regulamentos Especiais dos Planos Territoriais: Planos Provinciais, Regionais,
Especiais e Territoriais coerências para a localização das diferentes funções que neles
coexistem – a indústria, o comércio, a habitação ou a agricultura. São os Planos de
Urbanização, os de pormenor ou de salvaguarda que, e mais uma vez a escalas diversas,
delimitam e desenham as malhas que estruturam e definem a cidade.
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Se pensarmos que cada região, cada local, cada povoação tem características
próprias, identificáveis e analisáveis, realidades e necessidades diferentes que variam
substancialmente com o contexto onde se inserem, podemos concluir que cada sítio terá
que ser estudado como entidade autónoma. Contextualizando essa análise na lógica das
ocupações do território para se poderem compreender os motivos e as regras da sua
estrutura.
BIBLIOGRAFIA
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