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UNIVERCIDADE ABERTA ISCED

Curso: Administração Pública

Cadeira: Planeamento na Administração Pública

3º Ano

Tema: A concepção do estado, poder, povo e soberania Jean bodin

Nito Magaço

Beira ,Março de 2023


UNIVERCIDADE ABERTA ISCED

Curso: Administração Pública

Tema: Ordenamento do território

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Administração Pública do ISCED. é inerente a
cadeira Planeamento na Administração Pública

Nito Magaço

Beira ,Março de 202

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Índice
Introdução.................................................................................................................................... 4

Ordenamento do território ........................................................................................................... 5

Estado atual da política em Moçambique ................................................................................... 6

Desafia políticos ordenamento do território ................................................................................ 7

Proposta de melhoria para política Ordenamento do território .................................................. 7

Conclusão .................................................................................................................................... 8

Referências bibliográficas ........................................................................................................... 9

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Introdução

O ordenamento do território é um instrumento de aplicação administrativa que consiste na


estruturação, no arranjo e na gestão do território, contribuindo, por conseguinte, na melhor
planificação e uso da terra. O planeamento, tem sido definido como a ação ou efeito de planear,
identificação dos objetivos e dos meios para os atingir, previsão de futuras necessidades,
função ou serviço de preparação de uma atividade a ser realizada a curto, médio e longo prazo,
é um processo de análise do passado e do presente, de antecipação ao futuro, de
programação, de execução, de controlo, de correção e de avaliação dos resultados.

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Ordenamento do território

De acordo com SANTA INEZ (2004), o conceito de Ordenamento do Território, ainda considerado
um conceito em construção, emerge na França pós-revolução (amenagement du territoire), quando
surge a necessidade de subdividir o território para fins de administração.
Naturais do território – no caso as bacias hidrográficas – com as características de ordem
administrativa e econômica – como a produção agrícola, mineração – de maneira a facilitar o
levantamento do território Para LENCIONI (1999) apud PERES e CHIQUITO (2012), a
modernidade, fundada na indústria e no urbano, dissolvia os lugares, fazendo necessárias a
ordenação territorial e a regionalização como meios de afirmação da identidade nacional.
BECKER (2005), apud PERES e CHIQUITO (2012), procurou ressaltar alguns pontos
convergentes, dentre os quais se destacaram:

✓ O território é o espaço da prática e implica a apropriação de uma parcela de espaço. Como


qualquer prática social implica a noção de limite e manifesta uma intenção de poder, inclusive,
sobre os movimentos. É também um produto usado, vivido e utilizado como meio para a prática
social.
✓ Existem três equívocos comuns que precisariam ser esclarecidos. Primeiro, ordenamento se
diferencia do “uso do solo”, já que se trata de proposições de escalas distintas, relacionadas a
diferentes competências legislativas e executivas. Segundo, o ordenamento não equivale ao
planejamento regional stricto sensu, política macroeconômica destinada à indução de fluxos ou à
correção de desigualdades espaciais. Terceiro, o ordenamento não se reduz ao
zoneamento em suas várias modalidades, mas este é o seu mais difundido instrumento.

✓ O ordenamento territorial diz respeito a uma visão macro do espaço, enfocando grandes
conjuntos espaciais e espaços de interesses estratégicos ou usos especiais. Trata-se de uma escala
de planejamento que aborda o território nacional em sua integridade, em uma visão de
contiguidade que se sobrepõe a qualquer manifestação pontual do território.

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Estado atual da política em Moçambique

Moçambique faz fronteira com a Tanzânia, Malawi, Zâmbia, Zimbabué, África do Sul e Eswatini.
O seu extenso litoral de 2 500 quilómetros ao longo do Oceano Índico está virado a nascente, para
Madagáscar.

Cerca de dois terços da sua população estimada em 32 milhões (2021) vive e trabalha nas zonas
rurais. O país possui recursos amplos de terra arável, água e energia, bem como recursos minerais
e o recém-descoberto gás natural ao longo da costa; três portos marítimos de águas profundas e
uma potencial reserva relativamente elevada de mão-de-obra. Também possui uma localização
estratégica: quatro dos seis países com quem faz fronteira são interiores e, consequentemente,
dependentes de Moçambique para acederem aos mercados globais. Os fortes laços de Moçambique
com o motor económico da região, a África do Sul, salientam a importância do seu
desenvolvimento económico, político e o desenvolvimento para a estabilidade e crescimento da
África Austral como um todo. A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Resistência
Nacional Moçambicana (Renamo) continuam a ser as principais forças políticas do país, seguidas
do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). A Frelimo ganhou por esmagadora maioria
tanto as eleições presidenciais de 2019 como as eleições legislativas, assegurando uma maioria de
dois terços na assembleia nacional. A Frelimo também ganhou as eleições provinciais, que se
realizaram pela primeira vez neste mesmo ano, nomeando assim governadores em todas as 10
províncias do país. As últimas eleições municipais realizaram-se em 2018. Também nestas a
Frelimo saiu vitoriosa, tendo conquistado 44 das 53 cidades e vilas em todo o país. A Renamo
ganhou oito municípios no norte e no centro, as províncias mais populosas, enquanto o MDM
reteve o seu reduto na estratégica e central cidade portuária da Beira. Moçambique vai realizar as
suas sextas eleições municipais em Outubro 2023, marcando o início de um outro ciclo eleitoral
que culminará nas eleições presidenciais, legislativas e provinciais, um ano mais tarde, em Outubro
2024.

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Desafia políticos ordenamento do território
Apesar de ter uma das economias que mais cresceu na África Subsariana entre 2000 e 2015, a
criação de emprego, redução da pobreza e acumulação de capital humano foram limitadas, com a
maior parte da riqueza gerada beneficiando secções limitadas da economia. Com um índice de
capital humano de 0,36, os níveis extremamente baixos de capital humano são um constrangimento
a um crescimento rápido, inclusivo e sustentável em Moçambique. Os serviços básicos na saúde e
educação são prestados de forma irregular em todo o país, levando a desigualdades territoriais,
com mecanismos limitados para proteger os mais vulneráveis dos impactos dos choques,
conduzindo assim à fragilidade, instabilidade e violência.

A ausência de uma boa formação e os fracos elos entre a oferta e a procura produzem um mercado
de trabalho débil e o aumento da baixa produtividade. O desemperramento entre as raparigas e as
mulheres prejudica o crescimento através de níveis desfavoráveis de fertilidade, elevada
mortalidade infantil e materna, baixos níveis de competências das mulheres e a baixa
produtividade das mulheres no mercado laboral. Os desafios adicionais incluem a manutenção da
estabilidade macroeconómica, tendo em consideração a exposição do país às flutuações dos preços
das matérias-primas e os esforços adicionais para se restabelecer a confiança mediante a melhor
governação económica e o aumento da transparência. São necessárias reformas estruturais para
apoiar o sector privado em dificuldades. Este facto e a diversificação da economia, afastando-a do
seu enfoque em projetos com grande intensidade de capital e da agricultura de subsistência de
baixa produtividade, – conquanto reforcem os principais motores da inclusão, tais como uma
melhor qualidade da prestação dos serviços de saúde e de educação – podiam por seu turno
melhorar os indicadores sociais

Proposta de melhoria para política Ordenamento do território

 Dimensão ambiental: um ambiente muito especial


 Dimensão físico –territorial: uma metrópole em formação
 Dimensão econômica: uma metrópole dinâmica e em plena transformação
dimensão social: uma metrópole desigual
 Dimensão político-institucional: uma frágil institucionalidade
 Dimensão sócio ambiental como conceito estratégico primaz na visão de futuro.

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 Sustentabilidade entendida como crescimento econômico com inclusão social e proteção
ambiental.
 Ações de promoção econômica e de desenvolvimento territorial necessariamente
articuladas com ações nas áreas de vulnerabilidade social e ambiental.

Conclusão

No presente trabalho conclui que O planeamento constitui uma ferramenta de extrema


importância no processo de organização e gestão territorial. É uma via para alcançar os
objetivos do ordenamento do território e do desenvolvimento sustentável, mediante a análise
e avaliação de objetivos, selecionando as diferentes alternativas para os alcançar, definindo os
meiose os processos através dos quais esses objetivos devem ser alcançados, gerindo e
controlando a execução das ações definidas e monitorizando os efeitos das ações ao
longo do tempo, numa perspectiva de antecipar eventuais problemas e alterações que
comprometam os objetivos estabelecidos

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Referências bibliográficas
ALFREDO, Manuel. Alguns aspectos do regime jurídico do passe do direito de uso e
aproveitamento de terra e os conflitos emergentes em Moçambique. Maputo. 2009.

BAIA, Alexandre Monteiro. Os Conteúdos da urbanização em Moçambique. Considerações


a partir da expansão da cidade de Nampula. Tese de doutorado (apresentado ao programa
de Pós-graduação em Geografia Humana no departamento de Geografia da Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo). 2009.

FARQUILHA, Cadete Salvador. O paradoxo da Articulação dos órgãos Locais do Estado


com as autoridades Comunitários em Moçambique. Do discurso sobre a descentralização a
conquista dos espaços políticos a nível local. Lisboa. Editora CEA. 2017

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ONCLUSÃO
As formas de obtenção da terra em Moçambique, ligadas às tradições, muitas
comunidades rurais encaram com indiferença, e, em algumas ocasiões, com suspeitas
a introdução de novos métodos de promoção a produção e ao desenvolvimento; as
crenças em suas práticas culturais, as populações, acreditam que o seu modo de vida é
o melhor fazendo transpasses ilegais, facto que concorre para uma ocupação
desordenada da terra.
O ordenamento territorial, sendo um conjunto de instrumentos que diz respeito a
uma visão macro do espaço, enfocando grandes conjuntos espaciais e espaços de
interesses estratégicos ou usos especiais, que trata de uma escala de planejamento que
aborda o território nacional em sua integridade e em uma visão de contiguidade, que
se sobrepõe a qualquer manifestação pontual do território, visa estabelecer um
diagnóstico geográfico do território, indicando tendências e aferindo demandas e
potencialidades de modo a alcançar sua meta.

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