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Setembro de 2014
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Sumário
Introdução ....................................................................................................... 3
Legislação ....................................................................................................... 4
O Êxodo Rural................................................................................................. 12
Considerações finais....................................................................................... 15
Referências bibliográficas............................................................................ 16
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INTRODUÇÃO
LEGISLAÇÃO
INICIATIVA PIONEIRA
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fundiária dos territórios quilombolas entre órgãos governamentais e a sociedade
civil.
De acordo com o secretário Nacional de Articulação Social da Presidência da
República, Paulo Maldos, a oficialização da Mesa foi uma iniciativa pioneira que
garante a participação social nas decisões governamentais. “Espaços como esse
nos ajudam a construir soluções efetivas para diversos problemas. Isso nos dá uma
segurança de que as decisões estão sendo discutidas, e, assim, sendo, de fato,
implementadas”, afirma.
A demora das ações para com a questão agraria por parte do Governo
Federal no Brasil traduz uma realidade social insustentável no contexto rural. A
relutância do Estado em fazer cumprir a Constituição Federal por ele instituída
contribuiu para que movimentos sociais de luta, fossem criados, dentre os quais se
destacou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, mais conhecido por
Movimento dos Sem-Terra ou MST.
A luta dos movimentos sociais por reforma agraria é algo mais antigo que a
criação do MST, pois este teve sua origem relacionada a um movimento
denominado “As Ligas Camponesas” entre 1958 e 1963, o qual fez história no
interior do Nordeste. Este movimento foi iniciado em Pernambuco por Francisco
Julião e seus companheiros, mas foi na Paraíba, especialmente na cidade de Sapé,
que o movimento ficou conhecido nacionalmente, nesta cidade os camponeses,
liderados por João Pedro Teixeira, Pedro “Fazendeiro” e pelo “Nego Fubá”
realizaram várias ocupações de terras, entrando em conflitos com policiais e
proprietários de terras. Em um desses conflitos treze pessoas perderam a vida, entre
as quais camponeses, policiais e um empresário. O movimento teve seu fim com o
Golpe de Estado do Regime Militar, pois com esse a repressão, foi instaurada e os
líderes que ainda sobreviviam foram presos e dados como “desaparecidos”.
A ditadura calou por um tempo o grito dos movimentos sociais e em nada
contribuiu para a reforma agraria no Brasil e desde 1965, o número de
assentamentos eram mínimos contribuindo para uma maior concentração de terras.
Com o fim da ditadura, as lutas por terras ganhou nova força. Em 1985, era
criado o MST o qual foi se estruturando ao longo dos anos, chegando aos moldes
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atuais. A solução encontrada para fazer pressão ao governo para fazer cumprir a
Constituição Federal no tocante para a Reforma Agraria foi a invasão de terras
consideradas improdutivas. Muitas dessas invasões ocorrem de forma violenta
gerando sérios conflitos e tensões.
Na maior parte dos assentamentos do MST há vasta estrutura educacional, e
nestes complexos educacionais são formados os futuros líderes do Movimento. O
dinheiro que financia o MST é de entidades internacionais, dos assentados e de
doações civis.
As Comissões Pastorais da Terra é outro movimento que luta junto aos sem
terra, pela distribuição da terra, sendo estas comissões financiadas pela igreja
Católica Romana.
O MST recebe muitas críticas devido ao emprego de violência nas invasões, e
aos critérios utilizados para definir se a terra é ou não improdutiva, e ainda a
participação política do movimento atualmente. Cabe portanto, que seja realizada
uma análise crítica e imparcial desta realidade (apesar da imparcialidade ser
impossível segundo Max Weber[9]). A violência das invasões não é uma regra, pois
muitas delas ocorrem de forma pacifica, porém há casos onde ocorre uma repressão
violenta aplicada contra os camponeses. Pelos critérios de produtividade ainda não
ser tão claros há possibilidade de terras serem invadidas equivocadamente.
No que tange a participação política no MST é natural que o movimento se
aproxime de um partido que represente seus interesses. O que não pode ocorrer é
tomar rumos para o vandalismo, saques a mercados, e ainda afronta ao Governo.
O MST há de reconhecer que o governo atual tem se esforçado para melhorar
as questões da reforma agrária, ainda que de forma muito discreta e deficitária para
uma questão tão antiga como a reforma agrária. O Governo ataca os sem-terra,
dizendo que estes descumprem o artigo 184 da Constituição [10] em seu parágrafo
22, enquanto que os camponeses se apegam ao mesmo artigo quando este faz
menção à questão da função social. O Governo alega que é apenas de sua
competência definir quais terras são passíveis à Reforma Agrária e ainda acusa o
MST de agir ilegalmente, desrespeitando as instituições e colocando em risco a
democracia. Há sempre um conflito de interesses.
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Foto: Sebastião Salgado, Terra.
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, inegavelmente é um dos
maiores e mais organizados movimentos sociais do Brasil, sendo alvo de diversos
ataques da mídia e daqueles contrários às suas ideologias. Inseridos em sua
organização estão algumas propostas que vão além de seu principal objetivo – a
reforma agrária.
Esse filme é baseado na história de vida de Marcos Tiarajú, que foi o primeiro
bebê nascido na Fazenda Annoni, no norte do Rio Grande do Sul. Essa foi a
primeira área ocupada pelo recém-criado grupo. O local, para onde migraram 1.500
famílias de agricultores pobres, é o berço do movimento e tornou-se símbolo da
batalha pela terra. José Correa da Silva e Roseli Celeste Nunes da Silva. Sua mãe,
Rose, foi morta durante essa luta. Os pais, entraram no MST após ficarem cansados
da vida miserável. O ano de 1985 foi o início de uma nova etapa na luta pela
reforma agrária no Brasil. Essa história da ocupação, que culminou com a conquista
da terra e de novas oportunidades de vida, é contada em premiados documentários
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. Hoje muitos anos depois, Marcos já com 22 anos, é bolsista de medicina em Cuba.
A história é uma saga de conquista de direitos humanos, através da luta social, uma
história de superação de desigualdades e injustiças, de marginalização e miséria.
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distribuir para famílias que não possuem terras para plantar. Dentro deste sistema
as famílias que recebem:
Os lotes de terra,
Condições para desenvolver o cultivo:
Sementes, implantação de irrigação e eletrificação,
Financiamentos;
Infra-estrutura;
Assistência social e
Consultoria.
Tudo isso oferecido pelo governo. Mas, nesse mesmo período, o MST vem
renovando, em escala ampliada, a estrutura de impenitentes contradições internas,
pois, como vimos, sua dinâmica reflete, para o bem e para o mal, uma complexidade
na qual ancora expectativas e objetivos sociais contraditórios.
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representados por pessoas magérrimas e com expressões que transmitem
sentimentos de fome e miséria.
Os personagens ilustrados por Candido Portinari parecem reais, possuem
aparência de um povo muito sofrido, magros, famintos, desnutridos, sedentos de
água, sujos e descalços. As crianças parecem até deformadas, com barrigas
enormes.
No céu azul os pássaros pretos aparecem com a finalidade de retratação da
morte, lembrando os urubus ave que sorrateiramente aguarda a hora de se
aproveitar daqueles que não resistem mais e morrem.
Os retirantes fugiram da seca, fenômeno que causou a desnutrição e elevou
os índices de mortalidade infantil no Nordeste. A desigualdade social, e a fome
Contribuíram para essa migração.
O Êxodo Rural
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Aumento do subemprego: em decorrência da falta de emprego e necessidade de
ganhar o sustento, muitas pessoas se sujeitam a desempenhar atividades sem
vínculos empregatícios para, pelo menos, conseguir adquirir sua alimentação.
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O conceito de cidade e campo confunde-se com o urbano e o rural. A cidade,
vista como área da centralidade administrativa e territorial, onde se fabrica, origina o
conceito de urbano, estende-se para além dela, não restringindo-se a um território
fixo, mas passa s ser visto como um modo de vida, um estilo de vida, onde se
propagam, costumes e hábitos urbanos, os quais influenciam, por meio dos
instrumentos de comunicação e transporte, o meio rural. Dessa forma, o modo de
vida urbano alcança os limites geográficos dos interesses e ações existentes na
cidade, dos investimentos efetuados no campo.
O rural, atualmente desenvolvendo atividades múltiplas além das primárias,
passou a ser visto como uma questão territorial, onde o uso do solo e as atividades
da população residente no campo se vinculam à várias atividades terciárias, sendo
compreendido como não-urbano, ou seja, o que não pertence à cidade.
A discussão em torno desta problemática, evidencia o processo de
mecanização e qualificação do campo, o qual serve e abastece a cidade de seus
produtos. Os costumes rurais não são os mesmos do passado. As mudanças na
forma de produção, de vestir, do falar, no administrar o campo, seguem os ditames
da cidade, pois acredita-se que de lá é que vem o conhecimento, como mencionado
anteriormente. O campo está sofrendo um processo de urbanização. Sendo assim,
rural e urbano se confundem, se completam e interdependem-se, pois um não
existiria sem o outro.
Ainda na cidade, famílias ou pessoas procuram cultivar hábitos rurais, tidos
como mais saudáveis, de produzir alguns produtos para consumo próprio em jardins,
terraços e sacadas. Isso reflete o desejo de estar próximo da natureza, buscando
uma melhora nas condições de vida e de saúde, ingerindo alimentos sem
agrotóxicos.
Mas, com o avanço da urbanização, percebe-se que ela é uma moeda de dois
lados: de um lado vê-se o aprimoramento das técnicas, das condições de vida, dos
atrativos culturais; de outro, vê-se a precariedade das favelas, a chaga do
desemprego, da marginalidade. Mas, sabe-se que tudo tem um preço a ser pago,
pois vive-se sobre a certeza de que as pessoas não voltariam para o campo sem
eletricidade e outros confortos.
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Brasil sem Miséria
FRUTO da Terra. Direção: Tetê Moraes. Brasil, Rio de Janeiro: 2008. Disponível em:
<http://portacurtas.org.br/filme/?name=fruto_da_terra>. Acesso em: 19 de setembro
de 2014
POR LONGOS dias. Direção: Mauro Giuntini. Brasil, Distrito Federal: 1998.
Disponível em: <http://portacurtas.org.br/filme/?name=por_longos_dias>.
Acesso em: 19 de setembro de 2014
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REFORMA Agrária no Brasil - Reforma Agrária no Brasil
Disponível em: http://reforma-agraria-no-brasil.info/ Último acesso em: 19 de
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