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Sorocaba - SP
2019
ANDRÉ LUIZ FERREIRA CARLOS- RA 425788
DANIELE AMANDA PEREIRA CONSERVANI – RA 606111
GISELE DO AMARAL MACHADO - RA 639400
GRACI MARIELI VIEIRA DE ARRUDA - RA 639419
KARINA BISPO – RA 639222
TÁCIA CAMILA M. DE MENESES - RA 639028
TÁCYLA AGUM THEOTONIO DE LIMA - RA 639010
Sorocaba - SP
2019
1. ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO: MOVIMENTO DOS TRABALHADORES E
TRABALHADORAS RURAIS SEM TERRA - MST
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Concepção disponível em: http://www.mst.org.br/nossa-historia/.
transição do feudalismo para o capitalismo especialmente na Europa.
No segundo grupo, estão as revoluções agrárias que ocorreram no
bojo das revoluções socialistas. No terceiro grupo estão a Revolução
Mexicana e a guerra civil dos Estados Unidos (OLIVEIRA, p. 71, 2007).
Sendo assim, foi com as Ligas Camponesas, que a luta pela Reforma
Agrária ganhou dimensões nacionais e por meio dos enfretamentos sociais
conseguiu garantir leis essenciais para assegurar a constituição do processo.
Em especial no governo de João Goulart, no qual foi garantido o debate
legislativo sobre a temática, por meio da promulgação de leis primordiais para
trilhar o caminho, tais como a Lei n. 4.132, em 10 de setembro de 1962 ou
“Estatuto da Terra”.
Em 1981, um ano de destaque, para a luta pela terra, ano no qual os Sem
Terra reuniram mais de quinze mil pessoas em um manifesto, a notícia se
espalhou por todo Porto Alegre como “a maior manifestação realizada por
trabalhadores rurais na história do Rio Grande do Sul”. Foi por meio do “Boletim
Informativo da Campanha de Solidariedade aos Agricultores Sem Terra” (que
mais tarde se tornou “Jornal Sem Terra”). Na Encruzilhada Natalino as famílias
assentadas se viram cercadas por uma tropa militar sob o comando do Coronel
Curió, este fato repercutiu o mundo todo, porém não conquistaram a reforma
mesmo com tanta luta, passaram pela repressão militar. Após isso, vários pontos
de resistência surgiram em todo o país contra a Ditadura. Foram 208 dias no
campo de concentração resistindo bravamente. Mais tarde, no dia 25 de
fevereiro de 1992 a Igreja Católica conseguiu uma área de 108 hectares em
Roma Alta para abrigar as famílias
As condições sociais do período militar sufocaram a luta pela Reforma
Agrária, desarticularam as Ligas Camponesas e foi somente no processo final
deste período que os debates sobre a questão agrário retomaram o cenário
nacional do país.
Em 21 de janeiro de 1984, ocorre o 1º Encontro Nacional dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra, em Cascavel (PR), com o apoio da Pastoral
da Terra da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) o encontro reuniu
camponeses, Sindicatos Rurais e Movimentos Sociais do Campo e tem como
fruto a criação do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem
Terra (MST), que hoje é o maior expoente na luta pela terra no cenário brasileiro.
O encontro decidiu que o MST deveria lutar pela terra, pela reforma
agrária e por mudanças sociais no país. O novo movimento absorveria
a experiência histórica das Ligas Camponesas e do Movimento dos
Agricultores Sem Terra (Master), que levantaram a bandeira da
reforma agrária antes do golpe de 1964. O MST participaria ativamente
da luta pela redemocratização e pela conquista de direitos sociais
(ALONSO, 2019, p.1).
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Disponível em: http://www.mst.org.br/nossa-historia/70-82/.
Lino, salientou que a escolha da Pedagogia (dentro de uma perspectiva
progressista) utilizada nas escolas dos assentamentos, passa por um estudo
das matrizes pedagógicas dentro realidade local, e assim, optam pelo modelo
que acreditam estar mais próximo de suas vivências, ou seja, assim como ao
lavrar a terra, faz-se um movimento que mistura, transforma e constrói novo
sentido a variados componentes que possibilita criar uma síntese pedagógica
de acordo a identidade e realidade local, sendo que todas são permeadas pelo
que há de comum no Movimento em sua totalidade: a luta, a coletividade, a
organicidade, o trabalho com a terra, a produção de alimentos, a sua cultura e
história.
O MST compreende essa construção histórica dentro de sua pedagogia
trazendo diferentes perspectivas, Educação Popular, que tem como práxis a
Pedagogia do Oprimido, fundamenta no diálogo com a dimensão educativa
contra as opressões; a Pedagogia Socialista que visa a dimensão pedagógica
do trabalho e da organização coletiva; a Pedagogia do Meio por meio do diálogo
da concepção materialista histórico-dialética e a da sociedade humana como
parceira solidária de seu próprio desenvolvimento histórico por meio das lutas.
A palestrante, aponta a Pedagogia da Alternância, que aparece na
trajetória histórica, nos processos e nas práticas educativas, do Movimento,
permeadas pelas vivências socioculturais constituidoras da experiência humana
do Movimento. Ela enfatizou a importância da educação para o trabalho não
alienado, e assim pensar e intervir nas necessidades humanas prioritárias que
vai contra as necessidades do mercado, retoma também o conceito da educação
omilateral trazido por Caldart (2000), que visa uma perspectiva de formar o ser
humano em sua totalidade no ápice de suas potencialidades.
Mesmo em meio a dificuldade de se implantar uma determinada Matriz
Pedagógica que abarque o Movimento como um todo, há presente na
perspectiva Político-Pedagógica do MST, o materialismo histórico-dialético, o
embasamento em pedagogias de origem histórico-crítica, Pedagogias
Socialistas e Educação Popular, que se expressa na práxis da Pedagogia do
Oprimido. Tais perspectivas nos possibilitam a reflexão de que o uso de matrizes
diferentes, acaba por constituir uma matriz pedagógica própria que irá permear
as práticas concretas na formação dos sujeitos daquele determinado
assentamento/ acampamento. Desta maneira, estuda-se como tais teorias
podem colaborar com determinada localidade e realidade e a partir dessa análise
em movimento, considera-se também o que há de comum para o Movimento em
sua totalidade, ou seja o posicionamento de crítica à sociedade capitalista.
4. AVALIAÇÃO DO GRUPO
CONCLUSÃO
ALONSO, Antônio. Das lutas pela terra, há 35 anos nascia o MST. Disponível
em: https://fpabramo.org.br/2019/01/21/das-lutas-pela-terra-ha-35-anos-nascia-
o-mst/. Acesso em: 29 de novembro de 2019.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 2ªed. São Paulo. Paz e Terra, 2011.