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1º. GRUPO
Quelimane
2023
ABEL VICTOR MILADO
ATIJA YAZIDO ALI
ADMIRO JUSTINO
BETUEL ROSARIO
CARIMO GORGES ARMANDO
SHARON VANESSA
JOÃO TOME JOÃO
Quelimane
2023
Índice
1. Introdução .......................................................................................................................... 3
2. Objectivos .......................................................................................................................... 3
3. Metodologia ....................................................................................................................... 3
5. Conclusão ........................................................................................................................ 16
1. Introdução
2. Objectivos
3. Metodologia
A Extensão Rural nasce nos Estados Unidos, numa época de grandes transformações
em diversos sectores da economia, proporcionadas pela Revolução Industrial, e incluiu uma
transição de métodos de produção artesanais para a produção fabril, produção de ferro e aço,
uso crescente da energia, criação de máquinas e ferramentas, além da utilização de
combustíveis não renováveis (Romaniello e Thiago 2015).
Segundo Costa (1982), o termo “Extensão” com referência ao sector agrícola remonta
aos anos de 1755 a 1855 com a criação das Sociedades Agrícolas nos Estados Unidos.
Eram organizações formais, de carácter local, constituídas de agricultores e familiares,
organizadas em núcleos para a divulgação de informações elementares sobre agricultura,
pecuária e economia doméstica. Essas sociedades ofereciam aos agricultores oportunidades de
trocarem entre si informações sobre problemas relativos à agricultura (palestras, informativos,
feiras agrícolas) com vistas a alavancar a produção e, sobretudo, veicular informações.
Entre o período de 1855-1914, após avaliação de que essas sociedades não eram
suficientes para prestarem o apoio necessário foram criados Institutos Agrícolas. Estes
institutos, organizam reuniões, em que técnicos do Estado e professores dos Colégios
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Conforme apontou Luchetti (2003), o início do serviço de extensão foi uma resposta a
industrialização crescente; a necessidade em incrementar o fornecimento de matérias-primas
de origem vegetal e animal, sendo por isso a agricultura convocada a intensificar a sua
produção. Durante esse período ocorreu um incremento genético com o surgimento de novas
sementes, novas raças de animais. O aumento da produtividade envolvia a aprendizagem de
novas técnicas, o que levou a criação da extensão para ensinar como melhorar os métodos de
trabalho dos agricultores. Estas experiências foram implementadas por outros países, por
Escolas de Agricultura, Universidades ou Instituições de Pesquisa (Luchetti (2003).
Segundo Olinger (1996), o maior interesse da extensão rural nascido nos Estados
Unidos era o de habilitar o agricultor e a sua família a obter maior produtividade, por meio do
uso racional dos factores de produção como insumos, maquinaria e crédito rural. Toda a
óptica do processo de desenvolvimento da extensão rural norte-americana desenvolveu-se sob
a óptica dos interesses capitalistas.
aprovada durante o período colonial. Por conseguinte, não existia uma metodologia
estruturada de comunicação na extensão rural no pais. Metodologia estruturada no sentido de
um esquema organizado que funcionasse como padrão para a transmissão de informações
sobre inovações agrícola aos camponeses (Anselmo, 2000).
É que fora da extensão que se praticava com relação às culturas de rendimento, não
existia uma outra que pudesse apoiar os camponeses com vista a elevar a sua condição de vida
no campo. Isso significa que não foram criadas no campo as condições para levar os
produtores do sector familiar a passar dos métodos tradicionais de produção para outros novos
e mais científicos, que incluíssem novos componentes tecnológicos, visando aumentar e
melhorar as quantidades de produção (Anselmo, 2000).
O sector familiar produzia a sua própria alimentação, além de uma grande variedade
de culturas para a venda, assim como fornecia mão-de-obra para os sistemas capitalistas em
Moçambique e na África do Sul. A população moçambicana engajada neste sector vivia
geralmente duma forma dispersa, ou seja, a distribuição da população através do território
ordenou-se de acordo com os interesses do colonial-capitalismo português. Este tipo de
provamento disperso apenas era interrompido, donde em onde, por pequenos aglomerados
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Havia uma forte ligação entre os sectores familiar e privado, ou seja, sector privado
capitalista dependia do sector familiar e vice-versa (Anselmo, 2000).
As razões de não se falar abertamente sobre extensão rural explicam-se com a intenção
do governo querer apoiar o sector familiar através das cooperativas agrícolas. Essa pretensão
pode ser notada em alguns projectos preparados pelo Ministério da Agricultura sob
financiamento do MONAP, em apoio ao sector familiar.95 São exemplos os projectos CO-1
(desenvolvimento de cooperativas agrícolas), CO-2 (Criação de centros regionais de
experimentação e desenvolvimento) e FO-7 (Promoção de indústrias de pequena escala nas
Aldeias Comunais) (Anselmo, 2000).
O sector agrícola, tal como todos os sectores da economia colonial, foram seriamente
afectados na altura da independência com a partida da população colona portuguesa, que
representava a maior parte da força de trabalho qualificada e administrativa (Amisse, 1997).
O III Congresso da FRELIMO, realizado em 1977, veio a deixar claro a estratégia que
o novo poder pretendia seguir para o desenvolvimento rural em Moçambique.
eficiente para alimentar os serviços de extensão, falta de meios transporte para os agentes de
extensão, fraco nível técnico dos agentes de extensão, ausência de outros serviços de apoio à
produção agrícola, como os serviços de provisão de insumos, fraca participação dos
produtores, entre outros, tornaram o modelo menos efectivo e muito criticado. Esta situação
obrigou a que fossem operadas, em 1992, algumas modificações no sistema original,
passando a chamar-se de “Sistema de Treinamento e Visitas Modificado” e com enfoque
participativo (Anselmo, 2000).
O grupo alvo principal dos extensionistas era o “produtor de contacto” que devia
transmitir os novos conhecimentos aos agricultores vizinhos. Porém, frente a conjuntura
conturbada as orientações dos extensionistas e dos produtores pouco atingiram os agricultores
em razão destas condições: baixo nível de escolaridade dos segmentos que compunham a
agricultura familiar, heterogeneidade dos agricultores, hábitos culturais, pobreza absoluta,
guerra, produção e comercialização sem mercado e sem infra-estrutura (Anselmo, 2000).
5. Conclusão
6. Referências bibliográficas
Romaniello, Marcelo Márcio e Thiago, Rodrigo de Paula Assis (2015). Extensão Rural e
Sustentabilidade: guia de estudos. Lavras, UFLA. 114 p. : il.