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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI


INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
UNAÍ – MG

QUESTÕES DE ENSINO E APRENDIZAGEM


EXTENSÃO RURAL

Autor do Exercício: Prof. Dr. Ezequiel Redin

Exercício de autoaprendizagem (compõe a nota de trabalhos em Sala de Aula)


O texto escrito por Ezequiel Redin, de uso privado para a disciplina de Extensão Rural,
objetiva analisar os conceitos e as diferentes fases atribuídas ao campo da Extensão Rural
a partir da década de 50 no Brasil.
Leia o texto: “EXTENSÃO RURAL: CONCEITOS E APLICAÇÕES NO CAMPO
BRASILEIRO” de autoria do Prof. Ezequiel Redin e responda as seguintes questões.

ATENÇÃO:

● NÃO SERÃO ACEITAS TAREFAS QUE POSSUAM CÓPIA LITERAL DE


TEXTO. O OBJETIVO É USAR A BASE DO TEXTO, MAS TAMBÉM
ESCREVER COM SUAS PALAVRAS.

● CASO UTILIZAR ALGO EXTERNO, FAVOR CITAR NO CORPO DO TEXTO E


REFERENCIAR NO FINAL, CONFORME AS NORMAS DA ABNT.

● A TAREFA É INDIVIDUAL.

Nome do Acadêmico(a): Guilherme de Almeida Ramos

1. Com base no texto, qual era o papel da Extensão Rural no momento da sua
implantação no Brasil, na segunda metade de século XX. Além disso, apresente um
exemplo de como isso acontecia na prática.

R: A Extensão Rural no Brasil foi implementada como uma assistência, em caráter


educacional, focado nos lideres das comunidades rurais, afim de melhorar a produção
dos mesmos, onde tal assistência se via importante tanto para modificar o modo de
viver do produtor quanto para ajuda-los a entrar no mercado e melhorar o seu produto.

2. Com base nas aulas de Extensão Rural, apresente uma crítica ao conceito de Extensão
Rural apresentado por Fonseca (1985), qual seja: Extensão Rural é “ um processo
educacional que visa induzir o povo (considerando povo, indivíduos e instituições) a
interpretar e responder de maneira apropriada, as mensagens de mudanças para a
promoção do desenvolvimento socioeconômico do meio rural através da integração
das forças vivas da comunidade”. Responda de forma sólida e justificada (sugere-se
que seja com mais de cinco linhas).

R: Apresentado e introduzido no cenário dos produtores, como algo impositivo não


levando em conta o conhecimento do produtor, ou seja, toda orientação é passada
como sendo correta, sem considerar a rotina da propriedade ou o conhecimento do
produtor, tanto que, com o passar do tempo, se modifica a forma como a extensão é

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feita, onde, em algumas vezes, o extensionista auxilia o produtor em aspectos não
relacionados à produção em si.

3. Na década de 60 foi adotado o “modelo difusionista-inovador” na extensão rural.


Defina o objetivo dessa perspectiva e forneça um exemplo prático que explique essa
situação diante da relação entre assistência técnica e agricultor.

R: Tal modelo visava somente o aumento da produção através do uso de novas


tecnologias, sendo usado com um determinado grupo, geralmente do produtor com
melhor poder financeiro, de uma forma pratica, o extensionista, levava ate um certo
grupo ou proprietário um novo produto (semente, fertilizante, etc.), com a promessa de
aumento de produtividade.

4. Com base nas aulas do Professor Ezequiel Redin e no texto-base, explique qual foi a
influência de Paulo Freire na Extensão Rural Brasileira, no final da década de 80.
Argumente de forma consolidada.

R: Paulo Freire, através da sua filosofia com foco na comunicação, e na troca de


conhecimentos, influencia a extensão rural no pais no que tange a ação dos
extensionistas, que passam a atuar de forma a conhecer a propriedade e o produtor,
passando a auxiliar o produto naquilo que o mesmo tem dificuldades ou mesmo
naquilo em que o produtor queira atuar, facilitando a troca de ideias e se tornando um
aliado do produtor e de sua propriedade.

5. Na década de 80, ocorreu uma agenda mundial voltada para a sustentabilidade. O


relatório intitulado como Nosso Futuro Comum definiu que Desenvolvimento
Sustentável é: "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a capacidade das
gerações futuras de suprir as suas próprias necessidades". Você, como futuro
profissional, Extensionista Rural, explique como você interpreta esse conceito de
Desenvolvimento Sustentável aplicado nas unidades de produção familiares
(propriedades agrícolas). Além da explicação, acrescente um exemplo concreto.

R: Pode-se explicar o desenvolvimento sustentável como sendo uma forma de aumentar o


que se produz dentro da propriedade com o menor impacto a mesma, ou seja, o
desenvolvimento sustentável, é uma forma da propriedade se consolidar e se manter
ativa durante gerações de modo que, seus recursos não se esgotem, trazendo como
exemplo, projetos de extensão voltados ao desenvolvimento de técnicas
conservacionistas de produção como o uso de ILPF’s.

6. Explique, com suas palavras:


a) o conceito de Extensão Rural Agroecólogica;

R: Extensão voltada para um método de produção sustentável, que visa, trazer ao


produtor, técnicas e conceitos de produção voltadas a preservação ambiental.

b) o papel da Extensão Rural Agroecológica;

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R: Aproximar e facilitar o entendimento do produtor com o que se pede do mesmo no
mundo atual: produção em larga escala e preservação do meio ambiente (produção
sustentável)

c) o perfil profissional do novo Extensionista Rural nessa fase;

R: Um extensionista aberto a ideias que possam facilitar a vida do produtor, tendo grande
participação na vida da propriedade acompanhado a mesma de forma a se tronar um
aliado da mesma, com ideias inovadoras e modernas para a produção.

d) o futuro da extensão rural Agroecológica.

R: Deve se aliar de novas ideias desenvolvidas pela Ciência Agroecológica, além de se


adaptar às novas formas de comunicação acompanhando e ajudando a desenvolver a
vida no campo usando de mecanismos que auxiliem a ecoar e desenvolver tais ideias.

7. Após 2003, houve um longo debate sobre um repensar da Extensão Rural que
culminou na Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, a qual instituiu a Política
Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e
Reforma Agrária (PNATER). Procure a Lei na internet e apresente as seguintes
questões:

a) os princípios da Pnater;

R: I - desenvolvimento rural sustentável, compatível com a utilização adequada dos


recursos naturais e com a preservação do meio ambiente; 
II - gratuidade, qualidade e acessibilidade aos serviços de assistência técnica e extensão
rural; 
III - adoção de metodologia participativa, com enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e
intercultural, buscando a construção da cidadania e a democratização da gestão da
política pública; 
IV - adoção dos princípios da agricultura de base ecológica como enfoque preferencial
para o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis; 
V - equidade nas relações de gênero, geração, raça e etnia; e 
VI - contribuição para a segurança e soberania alimentar e nutricional. 

b) os objetivos da Pnater;

R: I - promover o desenvolvimento rural sustentável;


II - apoiar iniciativas econômicas que promovam as potencialidades e vocações regionais
e locais;
III - aumentar a produção, a qualidade e a produtividade das atividades e serviços
agropecuários e não agropecuários, inclusive agroextrativistas, florestais e artesanais;
IV - promover a melhoria da qualidade de vida de seus beneficiários;
V - assessorar as diversas fases das atividades econômicas, a gestão de negócios, sua
organização, a produção, inserção no mercado e abastecimento, observando as
peculiaridades das diferentes cadeias produtivas;
VI - desenvolver ações voltadas ao uso, manejo, proteção, conservação e recuperação dos
recursos naturais, dos agroecossistemas e da biodiversidade;

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VII - construir sistemas de produção sustentáveis a partir do conhecimento científico,
empírico e tradicional;
VIII - aumentar a renda do público beneficiário e agregar valor a sua produção;
IX - apoiar o associativismo e o cooperativismo, bem como a formação de agentes de
assistência técnica e extensão rural;
X - promover o desenvolvimento e a apropriação de inovações tecnológicas e
organizativas adequadas ao público beneficiário e a integração deste ao mercado
produtivo nacional;
XI - promover a integração da Ater com a pesquisa, aproximando a produção agrícola e o
meio rural do conhecimento científico; e
XII - contribuir para a expansão do aprendizado e da qualificação profissional e
diversificada, apropriada e contextualizada à realidade do meio rural brasileiro.

c) os beneficiários da Pnater.

R: I - os assentados da reforma agrária, os povos indígenas, os remanescentes de


quilombos e os demais povos e comunidades tradicionais; e 
II - nos termos da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006, os agricultores familiares ou
empreendimentos familiares rurais, os silvicultores, aquicultores, extrativistas e
pescadores, bem como os beneficiários de programas de colonização e irrigação
enquadrados nos limites daquela Lei. 
Parágrafo único.  Para comprovação da qualidade de beneficiário da Pnater, exigir-se-á ser
detentor da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar - DAP ou constar na Relação de Beneficiário - RB, homologada
no Sistema de Informação do Programa de Reforma Agrária - SIPRA. 

8. Explique, com suas palavras, a diferença entre fazer assistência técnica para
agricultores patronais (larga escala) e agricultores familiares (produção com baixa
escala de produção). Apresente no argumento as seguintes diferenças: a) aceitabilidade
e aquisição de tecnologia agropecuária; b) tipo de produção agropecuária e estratégias;
c) acesso ao crédito rural; d) assistência técnica.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010. Institui a Política Nacional de Assistência
Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o
Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na
Reforma Agrária - PRONATER, altera a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras
providências. Congresso Nacional, DF, 11 jan. 2010. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm. Acesso em: 25
mar. 2019.
REDIN, E. Vivências de Teoria e prática em Extensão Rural: uma viagem pela história,
conceitos e atividades profissionais. 2008. (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade
Estadual do Rio Grande do Sul, Cachoeira do Sul, 2008.

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REDIN, E. Extensão Rural: conceitos e aplicações no campo brasileiro. 2020. (Texto para
aula). Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Instituto de Ciências
Agrárias, Unaí, 2020.

Estudar na UFVJM é excelente!


Estudar com o Prof. Ezequiel, então, nem se fala!

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