Você está na página 1de 27

1

I.CONTEXTUALIZAÇÃO

Nas últimas décadas, tem sido cada vez mais reconhecido, em nível mundial, que a
promoção e protecção da saúde e bem-estar são determinadas, dentre outros
factores, pela qualidade do ambiente, equacionado num contexto mais

O processo de assentamento dos agrupamentos populacionais, o sistema de


drenagem se sobressai como um dos mais sensíveis dos problemas causados pela
urbanização, tanto em razão das dificuldades de esgotamento das águas pluviais
como devido à interferência com os demais sistemas de infra-estrutura, além de
que, com retenção da água na superfície do solo, surgem diversos problemas que
afectam directamente a qualidade de vida desta população.

O sistema de drenagem de um núcleo habitacional é o mais destacado no processo


de expansão urbana, ou seja, o que mais facilmente comprova a sua ineficiência,
imediatamente após as precipitações significativas, trazendo transtornos à
população quando causa inundações e alagamentos. Além desses problemas
gerados, também propicia o aparecimento de doenças como a leptospirose,
diarreias, febre tifóide e a proliferação dos mosquitos anofelinos, que podem
disseminar a malária. E, para isso tudo, estas águas deverão ser drenadas e como
medida preventiva adoptar-se um sistema de escoamento eficaz que possa sofrer
adaptações, para atender à evolução urbanística, que aparece no decorrer do tempo.
É de fundamental importância a realização de pesquisas entomo-epidemiológicas
detalhadas, para identificação com precisão dos locais escolhidos pelo vector para
reprodução, de forma a orientar as acções de drenagem um sistema geral de
drenagem urbana é constituído pelos sistemas de micro drenagem e macro
drenagem.
2

II.OBJECTIVOS

GERAL

 Estudar sistema de colecta, tratamento e disposição final de esgotos.

ESPECÍFICOS:

 Analisar que tipos de esgotos pode se encontrar no meio urbano;


 Compreender como pode se apresentar os resíduos sólidos;
 Compreender como funciona a rede de esgoto;
 Estudar e compreender qual é o tratamento e disposição final de esgotos
(transporte, possível reutilização, etc.);
3

III.METODOLOGIA

Para a realização do presente conteúdo académico, foi concebido através de


pesquisas e aprofundamento da matéria com auxílio de algumas referências
bibliográficas.
4

De um modo geral pode se dizer que:


Os resíduos sólidos são materiais heterogéneos, (inertes, minerais e orgânicos)
resultante das actividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente
utilizados, gerando, entre outros aspectos, protecção à saúde pública e economia de
recursos naturais. Os resíduos sólidos constituem problemas sanitários, económico
e principalmente estético.[ CITATION Bar95 \l 1033 ].
De modo geral, os resíduos sólidos são constituídos de substâncias:
 Facilmente Degradáveis: restos de comida, sobras de cozinha, folhas,
capim, cascas de frutas, animais mortos e excrementos;
 Moderadamente Degradáveis: papel, papelão e outros produtos
celulósicos;
 Dificilmente Degradáveis: trapo, couro, pano, Madeira, borracha, cabelo,
Pena de galinha, osso, plástico;
 Não Degradáveis: metal não ferroso, vidro, pedras, cinzas, terra, areia,
cerâmica.
Sua composição varia de comunidade para comunidade, de acordo com os hábitos
e costumes da população, número de habitantes do local, poder aquisitivo,
variações sazonais, clima, desenvolvimento, nível educacional, variando ainda para
a mesma comunidade com as estações do ano.
IV. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, QUANTO À SUA ORIGEM:

 Domiciliar;
 Comercial;
 Industrial;
 Serviços de saúde;
 Portos, aeroportos, terminais ferroviários e terminais rodoviários;
 Agrícola;
 Construção civil;
5

 Limpeza pública (logradouros, praias, feiras, eventos, etc.);


 Abatedouros de aves;
 Matadouro;
 Estábulo.
V. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:

 Compressividade: é a redução do volume dos resíduos sólidos quando


submetidos a uma pressão (compactação);
 Teor de Humidade: compreende a quantidade de água existente na massa
dos resíduos sólidos;
 Composição Gravimétrica: determina a percentagem de cada constituinte
da massa de resíduos sólidos, proporcionalmente ao seu peso;
 Perca pita: é a massa de resíduos sólidos produzidos por uma pessoa em um
dia (kg/hab/dia);
 Peso Específico: é o peso dos resíduos sólidos em relação ao seu volume.
VI. CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS

 Poder Calorífico: indica a quantidade de calor desprendida durante a


combustão de 1 quilo de resíduos sólidos;
 Teores de Matéria Orgânica: é o percentual de cada constituinte da
matéria orgânica. (cinzas, gorduras, macro nutrientes, micro nutrientes,
resíduos minerais, etc.);
 Relação Carbono/Nitrogénio (C/N): determina o grau de degradação da
matéria orgânica;
 Potencial de Hidrogénio (pH): é o teor de alcalinidade ou acidez da Massa
de resíduos.
VII.CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS
6

Na massa dos resíduos sólidos apresentam-se agentes patogénicos e


microrganismos, prejudiciais a saúde humana.
VIII.IMPORTÂNCIA SANITÁRIA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos constituem problema sanitário de importância, quando não


recebe os cuidados convenientes. As medidas tomadas para a solução adequada do
problema dos resíduos sólidos têm, sob o aspecto sanitário, objectivo comum a
outras medidas de saneamento: de prevenir e controlar doenças a eles relacionadas.
Além desse objectivo, visa-se ao efeito psicológico que uma comunidade limpa
exerce sobre os hábitos da população em geral, facilitando a instituição de hábitos
correlatos. Obviamente, os resíduos sólidos constituem problema sanitário porque
favorecem a proliferação de moscas.
É de notar-se também a possibilidade de contaminação do homem pelo contacto
directo com os resíduos sólidos ou através da massa de água por estes poluídos.
Por serem fontes contínuas de microrganismos patogénicos, tornam-se uma
ameaça real à sobrevivência do catador de resíduos sólidos.[ CITATION Cet90 \l 1033 ]
Os resíduos sólidos, por disporem água e alimento, são pontos de alimentação para
animais, como cães, aves, suínos, equinos e bovinos.
Prestam-se ainda os resíduos sólidos à perpetuação de certas parasitoses, como as
triquinoses, quando se faz o aproveitamento de restos de cozinha (carnes
contaminadas) para a alimentação

IX.ACONDICIONAMENTO, COLECTA E TRANSPORTE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Acondicionamento nas Fontes Produtoras


Existem várias maneiras de acondicionar os resíduos sólidos, conforme descrição
abaixo:
 Resíduos Domiciliares/Comerciais:
7

- Recipientes metálicos ou plásticos;


- Recipientes de borracha (pneus de caminhão);
- Sacos plásticos tipo padrão;
- Sacos plásticos de supermercado.
 Resíduos de Varrição:
- Sacos plásticos apropriados;
- Recipientes basculantes – cestos;
- Contêineres estacionários.
 Feiras Livres e Eventos:
- Recipientes basculantes - cestos
- Contêineres estacionários
- Tambores de 100/200L;
- Cestos coletores de calçadas.
 Entulhos:
- Contêineres estacionários.
 Podas:
- Contêineres estacionários.
 Resíduos dos Serviços de Saúde:
- Sacos plásticos confeccionados com material incinerável param os resíduos
comuns;
- Recipientes feitos com material incinerável como polietileno rígido, papelão,
ondulado ou outro material com as mesmas características, parai acondicionamento
dos resíduos infectantes.
 Outros (Matadouros e Estábulos):
- Estes são colectados e transportados para o destino final, ou acondicionados em
contêineres estacionários
8

Fig 11: Papeleira para Postes

FIG 10: Acondicionadores Domiciliares

X.SANEAMENTO AMBIENTAL

É o conjunto de acções socioeconómicas que têm por objectivo alcançar níveis de


Salubridade Ambiental, por meio de abastecimento de água potável, colecta e
disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, promoção da disciplina
sanitária de uso do solo, drenagem urbana, controle de doenças transmissíveis e
demais serviços e obras especializadas, com a finalidade de proteger e melhorar as
condições de vida urbana e rural.[ CITATION RIB90 \l 1033 ]

ESGOTOS DOMÉSTICOS

O esgoto doméstico é aquele que provem principalmente de residências,


estabelecimentos comerciais, instituições ou quaisquer edificações que dispõe de
instalações de banheiros, lavandarias e cozinhas. Compõem-se essencialmente da
água de banho, excretas, papel higiénico, restos de comida, sabão, detergentes e
águas de lavagem.

CARACTERÍSTICAS DOS EXCRETAS


9

As fezes humanas compõem-se de restos alimentares ou dos próprios alimentos


não transformados pela digestão, integrando-se as albuminas, as gorduras, os
hidratos de carbono e as proteínas. Os sais e uma infinidade de microrganismos
também estão presentes. Na urina são eliminadas algumas substâncias, como a
ureia, resultantes das transformações químicas (metabolismo) de compostos
nitrogenados (proteínas).
As fezes e principalmente a urina contêm grande percentagem de água, além de
matéria orgânica e inorgânica. Nas fezes estão cerca de 20% de matéria orgânica,
enquanto na urina 2,5%. Os microrganismos eliminados nas fezes humanas são de
diversos tipos, sendo que os coliformes (Escherichia coli, Aerobacter aerogenes e o
Aerobacter cloacae) estão presentes em grande quantidade, podendo atingir um
bilhão por grama de fezes.

XI.CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS

1.Características Físicas
As principais características físicas ligadas aos esgotos domésticos são: matéria
sólida, temperatura, odor, cor e turgidez e variação de vazão.

 Matéria Sólida: os esgotos domésticos contêm aproximadamente 99,9% de


água, e apenas 0,1% de sólidos. É devido a esse percentual de 0,1% de
sólidos que ocorrem os problemas de poluição das águas, trazendo a
necessidade de se tratar os esgotos;

 Temperatura: a temperatura do esgoto é, em geral, pouco superior à das


águas de abastecimento. A velocidade de decomposição do esgoto é
proporcional ao aumento da temperatura;
10

 Odor: os odores característicos do esgoto são causados pelos gases


formados no processo de decomposição, assim o odor de mofo, típico do
esgoto fresco é razoavelmente suportável e o odor de ovo podre,
insuportável, é típico do esgoto velho ou séptico, devido a presença de gás
sulfídrico;

 Cor e Turbidez: a cor e turgidez indicam de imediato o estado de


decomposição do esgoto. A tonalidade acinzentada acompanhada de alguma
turbidez é típica do esgoto fresco e a cor preta é típica do esgoto velho;

 Variação de Vazão: a variação de vazão do efluente de um sistema de


esgoto doméstico é em função dos costumes dos habitantes. A vazão
doméstica do esgoto é calculada em função do consumo médio diário de
água de um indivíduo. Estima-se que para cada 100 litros de água
consumida, são lançados aproximadamente 80 litros de esgoto na rede
colectora, ou seja 80%.

2. CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS

As principais características químicas dos esgotos domésticos são: matéria


orgânica e matéria inorgânica.

 Matéria Orgânica: cerca de 70% dos sólidos no esgoto são de origem


orgânica, geralmente esses compostos orgânicos são uma combinação de
carbono, hidrogénio e oxigénio, e algumas vezes com nitrogénio.
11

Os grupos de substâncias orgânicas nos esgotos são constituídos por: - compostos


de: proteínas (40 a 60%), carbohidratos (25 a 50%), gorduras e óleos (10%) e
ureia, sulfatam, fenóis, etc.

 As proteínas: são produtoras de nitrogénio e contêm carbono, hidrogénio,


oxigénio, algumas vezes fósforos, enxofre e ferro. As proteínas são o
principal constituinte de organismo animal, mas ocorrem também em
plantas.
O gás sulfídrico presente nos esgotos é proveniente do enxofre fornecido pelas
proteínas;

 Os Carbonatos: contêm carbono, hidrogénio e oxigénio. São as principais


substâncias a serem destruídas pelas bactérias, com a produção de ácidos
orgânicos, (por esta razão os esgotos velhos apresentam maior acidez);

 Gordura: é o mesmo que matéria graxa e óleos, provem geralmente do


esgoto doméstico devido o uso de manteiga, óleos vegetais, da carne, etc.;

 Os sulfatans; são constituídos por moléculas orgânicas com a propriedade


de formar espuma no corpo receptor ou na estação de tratamento de esgoto;

 Os Fenóis: são compostos orgânicos originados em despejos industriais.

 Matéria Inorgânica
Nos esgotos é formada principalmente pela presença de areia e de substâncias
minerais dissolvidas.
12

3. CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

As principais características biológicas do esgoto doméstico são: microrganismos


de águas residuais e indicadores de poluição.

 Microrganismos de Águas Residuais


Os principais organismos encontrados nos esgotos são: as bactérias, os fungos, os
protozoários, os vírus e as algas. Deste grupo as bactérias são as mais importantes,
pois são responsáveis pela decomposição e estabilização da matéria orgânica, tanto
na natureza como nas estações de tratamento.

 Indicadores de Poluição
Há vários organismos cuja presença num corpo de água indica uma forma qualquer
de poluição. Para indicar no entanto a poluição de origem humana usa-se adoptar
os organismos do grupo coliforme como indicadores.
As bactérias coliformes são típicas do intestino do homem e de outros animais de
sangue quente (mamíferos) e por estarem presentes nas fezes humanas (100 a 400
bilhões de coliformes/hab.dia) e de simples determinação, são adoptadas como
referência para indicar e medir a grandeza da poluição. Seria por demais trabalhoso
e antieconómico se realizar análises para determinar a presença de patogénicos no
esgoto; ao invés disto se determina a presença de coliformes e, por segurança, se
age como se os patogénicos também estivessem presentes.
XII.CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DO SOLO

1. CARACTERÍSTICAS DO SOLO

Os componentes do solo são areia, silte e argila. O tamanho das partículas governa
o tamanho dos poros do solo, os quais, por sua vez, determinam o movimento da
13

água através do mesmo. Quanto maiores as partículas constituintes do solo,


maiores os poros e mais rápida será a absorção.

2. TESTE DE ABSORÇÃO DO SOLO

Sua finalidade é fornecer o coeficiente de percolação do solo, o qual é


indispensável para o dimensionamento de fossas absorventes e campos de
absorção.

Fig 1: Teste de Percolação

Esgotamento Sanitário
Solução Individuais para Tratamento e Destinação Final dos Esgotos
Domésticos

Definição
A privada de fossa seca compreende a casinha e a fossa seca escavada no solo,
destinada a receber somente os excretas, ou seja, não dispõe de veiculação hídrica.
14

As fezes retidas no interior se decompõem ao longo do tempo através do processo


de digestão anaeróbia.[ CITATION Leo11 \l 1033 ]

Fig 2: Privada Convencional com Fig 3: Privada com Fossa


Seca Ventilada Fossa Seca

LOCALIZAÇÃO

Lugares livres de enchentes e acessíveis aos usuários. Distante de poços e fontes e


em cota inferior a esses mananciais, a fim de evitar a contaminação dos mesmos. A
distância varia com o tipo de solo e deve ser determinada localmente. Adoptar uma
distância mínima de segurança, estimada em 15 metros.
15

Fig 4: Localização da Fossa Seca

Fig 5: perfil de localização da Fossa Seca

DIMENSIONAMENTO

Para dimensionamento da fossa seca deverá ser levado em consideração o tempo


de vida útil da mesma e as técnicas de construção. As dimensões indicadas para a
maioria das áreas rurais são as seguintes:
 Abertura circular com 90cm de diâmetro, ou quadrada com 80cm de lado;
 A profundidade varia com as características do solo, o nível de água do
lençol freático etc., recomendando-se valores em torno de 2,50m.
16

Fig 6: Escavação da Fossa

SOLUÇÃO COLETIVAS PARA O TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DOS


ESGOTOS

À medida que as comunidades e a concentração humana tornam-se maiores, as


soluções individuais para remoção e destino do esgoto doméstico devem dar lugar
às soluções de carácter colectivo denominadas sistema de esgotos. [ CITATION Rob94 \l
1033 ]

XIII.TIPOS DE ESGOTOS

1. Esgotos Domésticos: incluem as águas contendo matéria fecal e as águas


servidas, resultantes de banho e de lavagem de utensílios e roupas;
2. Esgotos Industriais: compreendem os resíduos orgânicos, de indústria de
alimentos, matadouros, etc., as águas residuais agressivas, procedentes de
indústrias de metais etc.; as águas residuais procedentes de indústrias de
cerâmica, água de refrigeração, etc.;
3. Águas Pluviais: são as águas procedentes das chuvas;
4. Água de Infiltração: são as águas do subsolo que se introduzem na rede.
TIPOS DE SISTEMAS

1. Sistema Unitário
17

Consiste na colecta de águas pluviais, dos esgotos domésticos e dos despejos


industriais em um único colector. Além da vantagem de permitir a implantação de
um único sistema, é vantajoso quando for previsto o lançamento do esgoto bruto,
sem inconveniente em um corpo receptor próximo.
No dimensionamento do sistema deve ser prevista as precipitações máximas com
período de recorrência geralmente entre cinco e dez anos. Como desvantagem,
apresenta custo de implantação elevado e problemas de deposições de material nos
colectores por ocasião da estiagem.
Quanto ao tratamento, o custo de implantação é também elevado tendo em vista
que a estação deve ser projectada com capacidade máxima que , no sistema
unitário, ocorre durante as chuvas. Outrossim, a operação é prejudicada pela brusca
variação da vazão na época das chuvas, afectando do mesmo modo a qualidade do
efluente.
2. Sistema Separador Absoluto
Neste sistema, o esgoto doméstico e o industrial ficam completamente separados
do esgoto pluvial.
O custo de implantação é menor que o do sistema anterior, em virtude das
seguintes razões:
 As águas pluviais não oferecem o mesmo perigo que o esgoto doméstico,
podendo ser encaminhado aos corpos receptores (rios, lagos, etc.) sem
tratamento, este será projectado apenas para o esgoto doméstico;
 Nem todas as ruas de uma cidade necessitam de rede de esgotamento
pluvial. De acordo com a declividade das ruas, a própria sarjeta se
encarregará do escoamento, reduzindo assim, a extensão da rede pluvial;
3. Esgotamento Sanitário
 Esgoto doméstico deve ter prioridade, por representar um problema de saúde
pública. O diâmetro dos colectores é mais reduzido;
18

 Nem todo esgoto industrial pode ser encaminhado directamente ao esgoto


sanitário. Dependendo de sua natureza e das exigências regulamentares, terá
que passar por tratamento prévio ou ser encaminhado à rede própria.
4. Sistema Misto
A rede é projectada para receber o esgoto sanitário e mais uma parcela das águas
pluviais. A colecta dessa parcela varia de um país para outro. Em alguns países
colhe-se apenas as águas dos telhados; em outros, um dispositivo colocado nas
bocas de lobo recolhe as águas das chuvas mínimas e limita a contribuição das
chuvas de grande intensidade.
5. Sistema Público Convencional
1) Partes Constitutivas do Sistema
 Ramal Predial: são os ramais que transportam os esgotos das casas até a
rede pública de colecta;
 Colector de Esgoto: recebem os esgotos das casas e outras edificações,
transportando-os aos colectores tronco;
 Colector Tronco: tubulação da rede colectora que recebe apenas
contribuição de esgoto de outros colectores;
 Interceptor: os interceptores correm nos fundos de vale margeando cursos
de água ou canais. São responsáveis pelo transporte dos esgotos gerados na
sub bacia, evitando que os mesmos sejam lançados nos corpos de água.
Geralmente possuem diâmetro maiores que o colector tronco em função de
maior vazão;
 Emissário: são similares aos interceptores, diferenciando apenas por não
receber contribuição ao longo do percurso;
 Poços de Visita (PV): são câmaras cuja finalidade é permitir a inspecção e
limpeza da rede. Os locais mais indicados para sua instalação são:
 Início da rede;
19

 Nas mudanças de: (direcção, declividade, diâmetro ou material), nas junções


e em trechos longos. Nos trechos longos a distância entre PV`s deve ser
limitada pelo alcance dos equipamentos de desobstrução.

Fig 7: Poço de Visita


 Elevatória: quando as profundidades das tubulações tornam-se
demasiadamente elevadas, quer devido à baixa declividade do terreno, quer
devido à necessidade de se transpor uma elevação, torna-se necessário
bombear os esgotos para um nível mais elevado. A partir desse ponto, os
esgotos podem voltar a fluir por gravidade.
 Estação de Tratamento de Esgotos (ETE): a finalidade da ETE é a de
remover os poluentes dos esgotos, os quais viriam causar uma deterioração
da qualidade dos cursos de água. Um sistema de esgotamento sanitário só
pode ser considerado completo se incluir a etapa de tratamento. A estação de
tratamento de esgoto (ETE), pode dispor de alguns dos seguintes itens, ou
todos eles:
1) Grade;
2) Desarenador;
20

3) Sedimentação primária;
4) Estabilização aeróbica;
5) Filtro biológico ou de percolação
6) Lodos activados;
7) Sedimentação secundária;
8) Digestor de lodo;
9) Secagem de lodo;
10) Desinfecção do efluente.
 Disposição Final: após o tratamento, os esgotos podem ser lançados ao
corpo de água receptor ou, eventualmente, aplicados no solo.
Em ambos os casos, há que se levar em conta os poluentes eventualmente ainda
presentes nos esgotos tratados, especialmente organismos patogénicos e metais
pesados. As tubulações que transportam estes esgotos são também denominadas
emissário.[ CITATION Fri97 \l 1033 ].
21

Fig 8: Partes Constitutivas do Sistema Convencional

6. Sistema Condominial
O sistema condominial de esgotos é uma solução eficiente e económica para
esgotamento sanitário, este modelo se apoia, fundamentalmente, na combinação da
participação comunitária com a tecnologia apropriada.
Esse sistema proporciona uma economia de até 65% em relação ao sistema
convencional de esgotamento, graças às menores extensão e profundidade da rede
colectora e à concepção de micro-sistemas descentralizados de tratamento.
O nome Sistema Condominial é em função de se agregar o quarteirão urbano com
a participação comunitária, formando o condomínio, semelhante ao que ocorre
num edifício de apartamentos (vertical); dele se distingue, todavia, por ser informal
quanto à sua organização e por ser horizontal do ponto de vista físico.
Desse modo, a rede colectora básica ou pública apenas tangencia o quarteirão
condomínio ao invés de circundá-lo como no sistema convencional. As edificações
são conectadas a essa rede pública por meio de ligação colectiva ao nível do
condomínio (Ramal condominial), cuja localização, manutenção e, às vezes, a
execução são acordadas colectivamente, no âmbito de cada condomínio e com o
prestador do serviço, a partir de um esquema de divisão de responsabilidade entre a
comunidade interessada e o poder público.
Partes Constitutivas do Sistema
 Ramal Condominial: rede coletora que reúne os efluentes das casas que
compõem um condomínio e pode ser:
1) - De Passeio: quando o ramal condominial passa fora do lote, no passeio em
frente a este à aproximadamente 0,70m de distância do muro;
22

2) - De Fundo de Lote: quando o ramal condominial passa por dentro do lote, no


fundo deste. Esta é a alternativa de menor custo pois desta maneira é possível
esgotar todas as faces de um conjunto com o mesmo ramal;
3) - De Jardim: quando o ramal condominial passar dentro do lote, porém na
frente do mesmo.

Fig 9: Tipos Mais Comuns de Ramal Condominial

4) Rede Básica: rede colectora que reúne os efluentes da última caixa de


inspecção de cada condomínio, passando pelo passeio ou pela rua;
5) Unidade de Tratamento: a cada micro-sistema corresponde uma estação para
tratamento dos esgotos, que pode ser o tanque séptico com filtro anaeróbio.
Tecnologia para tratamento de esgotos sanitários
No campo de tecnologias para o tratamento de esgotos sanitários, a escolha entre
as diversas alternativas disponíveis é ampla e depende de diversos factores, entre
eles:
23

 A área disponível para implantação da Estação de Tratamento de Esgoto


(ETE);
 Topografia dos possíveis locais de implantação e das bacias de drenagem e
esgotamento sanitário; volumes diários a serem tratados e variações horárias
e sazonais da vazão de esgotos;
 Características do corpo receptor de esgotos tratados;
 Disponibilidade e grau de instrução da equipe operacional responsável pelo
sistema;
 Disponibilidade e custos operacionais de consumo de energia eléctrica;
 Clima e variações de temperatura da região;
24

XIV.CONCLUSÃO

Pude concluir que para o funcionamento de uma urbe, é necessário a criação de


rede de esgoto. E ajuda na prevenção de inundações.

E sendo uma necessidade para a estruturação de uma cidade, acaba sendo viável a
sua implantação porque ajuda no escoamento das águas pluviais e podendo se
controlar a sua vazão, e evita encharcos em principais edifícios da urbe assim
como em principais áreas de lazer públicos e privados (jardins, parques,
residenciais, etc.).

E sabe-se que a ausência de saneamento e da criação da rede de esgotos diminui a


qualidade de vida dos citadinos da urbe. O correcto tratamento das águas pluviais,
assim como a disposição de postos de colectas de lixo, entre outras acções de
melhoria de sociais de higiene públicas é também vista como uma questão de
saúde pública devido ao crescimento da rede urbana.
25

BIBLIOGRAFIA
Barros. ( 1995.). saneamento e Sistema de tratamento de esgotos. Belo horizonte :
Escola de engenharia da UFMG.

Cetesb. (1990). ( manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios,


2). Sao Paulo.

Friedrich Obdladen, A. (1997). Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio


Ambiente. Instruções para Projetos. Curitiba: Visao editoras .

RIBEIRO, J. W., & ROOKE. (1990). opções para tratamento de esgotos de


pequenas comunidades. São Paulo: Universidade Federal de Juiz de Fora.

Szuster, L. B. (2011). ESTUDO DE CASO DO SISTEMA DETRATAMENTO DE


ESGOTO. Belo Horizonte: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS.

Young, R. (1994). APOSTILA I Curso de Projetos de Macrodrenagem para


engenheiros da FNS. Editora Universitária Champagnat , 225-324.
26

ÍNDICE
I.Contextualização...........................................................................................................................1

II.Objectivos....................................................................................................................................2

Geral................................................................................................................................................2

Específicos:......................................................................................................................................2

III.Metodologia................................................................................................................................3

IV. Classificação dos Resíduos Sólidos, Quanto à sua Origem:.....................................................4

V. Características Físicas:................................................................................................................5

VI. Características Químicas...........................................................................................................5

VII.Características Biológicas.........................................................................................................5

VIII.Importância Sanitária dos Resíduos Sólidos............................................................................6

IX.Acondicionamento, Colecta e Transporte dos Resíduos Sólidos...............................................6

X.Saneamento Ambiental................................................................................................................8

Esgotos domésticos..........................................................................................................................8

Características dos Excretas............................................................................................................8

XI.Características dos Esgotos........................................................................................................9

2. Características Químicas...........................................................................................................10

3. Características Biológicas..........................................................................................................12

XII.Capacidade de Absorção do Solo............................................................................................12

1. Características do Solo..............................................................................................................12

2. Teste de Absorção do Solo........................................................................................................13

Localização....................................................................................................................................14

Dimensionamento..........................................................................................................................15

Solução Coletivas para o Tratamento e Destinação Final dos Esgotos.........................................16


27

XIII.Tipos de Esgotos....................................................................................................................16

Tipos de Sistemas..........................................................................................................................16

1.Sistema Unitário.........................................................................................................................16

2.Sistema Separador Absoluto.......................................................................................................17

3.Esgotamento Sanitário................................................................................................................17

4.Sistema Misto.............................................................................................................................18

5.Sistema Público Convencional...................................................................................................18

XIV.Conclusão..............................................................................................................................24

Bibliografia....................................................................................................................................25

Você também pode gostar