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Alfabetização Da Pessoa Com Surdez Nos Anos Iniciais
Alfabetização Da Pessoa Com Surdez Nos Anos Iniciais
RESUMO
Entende se por Educação Inclusiva todo o processo pelo qual o espaço físico da escola, o
corpo docente e demais profissionais da educação passam para receberem pessoas Com
deficiência (PCD), dando condições de que o aluno se integre ao ambiente de forma
dinâmica e constante, fazendo com que este se sinta parte desta comunidade escolar. O
presente trabalho visa objetivar a análise dos desafios encontrados nas práticas de
alfabetização tanto da LIBRAS (L1), quanto da Língua Portuguesa (L2) no dia a dia do
aluno surdo em sala de aula regular, a importância de metodologias práticas e concretas,
proporcionando o aluno a percepção do mundo vivenciado, a necessidade de um
interprete em sala de aula. E também a relevância em investir na qualificação
especializada dos docentes da rede pública de ensino devido ao grande crescimento do
número anual de discentes com alguma deficiência.
INTRODUÇÃO
A pesquisa traz como tema Alfabetização da pessoa com surdez nos anos iniciais,
visando as dificuldades que o aluno e o professor encontram no seu dia a dia. Este traz
uma reflexão da prática quanto a alfabetização desde a educação infantil.
Ao longo das duas últimas décadas a comunidade surda do Brasil, vem reivindicado o
direito a uma educação igualitária mais de qualidade de ensino com a inclusão de libras
nas escolas.
Deste modo, este nos faz reforçar a necessidade de maior conhecimento na área
quanto aos futuros profissionais que virá. Uma das reivindicações foi a criação e
implantação das salas AEE-Atendimento Educacional Especializado nas redes públicas,
de rede privada e ou Instituições comunitárias, confessionais, sem fins lucrativos
(RES.001/2012-CEE-Conselho Estatual de Educação). Para servir de apoio às classes
regulares.
Veremos nos tópicos a seguir uma pesquisa de cunho bibliográfico onde apresentará
nas páginas seguintes como deverão ocorrer a alfabetização dos alunos surdos e como
nos futuros profissionais deverão desenvolver para o melhor aprendizado dos alunos.
.
As crianças surdas, filhas de pais surdo, geralmente fazem a aquisição da
linguagem através da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Esse processo se dá
como primeira língua (L1), porém algumas pesquisas mostram que as crianças
surdas, filhas de pais ouvintes, devido ao fato de não serem expostos à Lingua
Brasileira de Sinais (LIBRAS), desenvolve sistemas de sinais naturais para se
comunicar com a familia, ocasionando uma falta de identificação. Ou seja, se não
participarem da comunidade de surdos adultos ou da própria cultura surda, poderão
ficar sem lingua culta, não adquirindo a lingua nem dos surdos e nem a dos
ouvintes.
A gestualidade é característica da pessoa surda, sendo considerada com materna
(Língua Materna) a escola deve reconhecer e utiliza-la como meio institucional no
processo de ensino e aprendizagem, fazendo o uso de materiais didaticos e
métodos especificos que atendam as necessidades dos surdos.
As escolas devem pedagogicamente “pensar em como estas línguas estarão
acessíveis ás crianças, além de desenvolver as demais atividades escolares”. Para
isso, “as línguas podem estar permeando as atividades escolares ou serem objetos
de estudos em horários específicos”(QUADROS, 2006,p.18)
A escola torna-se um espaço linguistico fundamental, pois normalmente é o
primeiro espaço que a criança surda entra em contato com a lingua brasileira de
Sinais. A criança surda pode ter acesso à representação gráfica da língua
portuguesa, processo psicolingüístico da alfabetização e á explicitação e construção
das referências culturais da comunidade letrada. A tarefa de ensino da língua
portuguesa tornar-se possivel, se o processo for alfabetização de segunda língua,
sendo a língua de sinais reconhecida e efetivamente a primeira língua.
O ensino do português pressupõe a aquisição da lingua de sinais brasileira-“a”
língua da criança surda. A língua de sinais também apresenta um papel fundamental
no processo de ensino-aprendizagem do português. A ideia não e simplismente uma
trasferencia de conhecimento da (L1) para (L2), mas sim um processo paralelo de
aquisição e aprendizagem em que cada língua apresenta seus papeis e valores
sociais representados.
Para se comunicar atráves dessa lingua, os sinais são utilizados a partir de
combinações, movimentos e expressões que são realizados no momento da
comunicação.
Bilinguismo: defende o uso da língua de sinais (LIBRAS, no Brasil) e do
Português, como duas línguas distintas, reconhecendo o surdo na sua
diferença e especificidade.
a) configuração das mãos: são formas das mãos, que podem ser datilologia (alfabeto
manual) ou outras formas feitas pela mão predominante, ou pelas duas mãos do
emissor ousinalizador;
b) ponto de articulação: local em que se faz o sinal, podendo tocar alguma parte do
corpo ou estar em um espaço neutro;
c) movimentos: os sinais podem ter um movimento ou não;
d) ponto de articulação:os sinais têm uma direção com realação aos parâmetros
acima;
e) expressão facial e/ou corporal: as expressões faciais ou corporais são de grande
importância para o entendimento real do sinal, sendo a entonação em Língua de
Sinais é feita pela expressão facial
Espaço da escola regular organizada para acolher todos os alunos e, desta forma,
ensejar a convivência entre o aluno com surdez e os demais, aja vista que para contribuir
com o sucesso faz-se necessário a redução de alunos em sala para 20 (vinte), previsto na
RES. 001/2012 – Art.13 Inciso D, A1 - CEE/MT. Cria-se salas multifuncionais com intuito
de contribuir no processo de desenvolvimento dos alunos em questão, possibilitando
complementação e suplementação, não sendo responsável para a alfabetização.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que este artigo, sobre alfabetização da pessoa com surdez tem se
mostrado firmemente completa em sua proposta educacional. Porém os desafios são
persistentes mas espera-se que o mesmo não perca a sua força devido ao aumento
singular de crianças que necessitam ser alfabetizada na L1 e na L2.
Com tudo conclui-se que o processo de alfabetizar o aluno surdo ainda é um
desafio enorme e espera-se que os professores sejam capazes de vencer, percebeu-se
que a falta de preparo dos docentes ainda existe quanto alfabetizar uma pessoa com
surdes ou com qualquer outra deficiência.
Alfabetizar alunos surdos exige uma metodologia de ensino que inove, que ofereça
ao professor uma qualificação diferenciada, pois na sala de aula está inserido alunos com
deficiência auditiva e Surdez, ao professor cabe o papel de alfabetiza-lo lembrando que
tem a sua língua materna também e precisa ser respeitada. Um sistema inclusivo deve
respeitar o outro independente da sua dificuldade. Ao aluno surdo cabe aplicar ao método
de ensino bilinguismo para conseguir alfabetiza-lo.
Percebemos que ainda há muitos desafios que precisam ser superados por todos
os envolvidos na área de educar, incluindo a mais importante família e escola e também a
sociedade que acolhe a todos. Torcemos por mudanças significativas nas partes
estruturais, pedagógicas, também na política tudo que envolva as pessoas com surdez.
Que seja criado aberturas de espaços e novas práticas que possa contribuir na educação
dos alunos surdos que potencializem as suas diferenças linguísticas e culturais que
consolide o bilinguismo principalmente no ato de alfabetizar.
REFERÊNCIAS
Novaes, Edmarcius Carvalho Surdos: educação, direito e cidadania/ Rio de Janeiro: War
Ed.,2010.188p.:21cm