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II

Índice

Lista de tabelas............................................................................................................IV

Lista de siglas e símbolos.............................................................................................V

Lista de figuras.............................................................................................................VI

Declaração de Honra..................................................................................................VII

Dedicatória.................................................................................................................VIII

Agradecimentos...........................................................................................................IX

Resumo.........................................................................................................................X

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................11

1.1.Problema............................................................................................................12

1.2.Justificativa.........................................................................................................12

1.2.Objectivos..........................................................................................................13

1.2.1.Geral............................................................................................................13

1.2.2.Específicos..................................................................................................13

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................14

2.1. Origem e Aspectos Botânicos da papaieira (Carica papaya L.)......................14

2.2. Descrição das características da papaieira......................................................14

2.2.1. Flores..........................................................................................................14

2.2.2. Frutos..........................................................................................................15

2.3. Características Agronómicas............................................................................16

2.4. Variedades........................................................................................................16

2.5. Importância nutricional, social e económica da papaieira................................17

2.6. Atributos físicos e químicos da papaieira.........................................................18

2.6.1. Firmeza.......................................................................................................18

2.6.2. Cor..............................................................................................................18

2.6.3. Acidez Titulavél e PH.................................................................................18

2.6.4. Sólidos solúveis (SS)..................................................................................19


III

2.7. Melhoramento Genético da papaieira...........................................................19

2.7.1. Diversidade genética..................................................................................21

3. MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................22

3.1.Coleta de Amostras...........................................................................................22

3.2.Caracterização físico-química...........................................................................23

3.3.Análises estatísticas..........................................................................................24

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................25

5.CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..................................................................33

6. Referências Bibliográficas.......................................................................................34

Apêndices....................................................................................................................38
IV

Lista de tabelas

Tabela 1: Procedências e coordenadas geográficas dos genótipos analisados na


pesquisa......................................................................................................................22

Tabela 2: Estatística descritiva de peso do fruto (PF), comprimento do fruto (CF),


diâmetro do fruto (DF), comprimento da cavidade interna (CCI), diâmetro da
cavidade interna (DCI), espessura da polpa (EP) e peso das sementes do fruto (PS)
em 18 genótipos de papaieiras...................................................................................26

Tabela 3: Estatística descritiva da acidez titulavél (AC), potencial hidrogenióco (pH),


Vitamina C (VC), Açúcares Totais (AT) e Açúcares Redutores de 18 genótipos de
papaieiras....................................................................................................................28

Tabela 4: Contribuição relativa dos caracteres através do método de Singh (1981).30

Tabela 5: Média das variáveis analisadas para os três grupos formados pelo método
de agrupamento UPGMA............................................................................................32
V

Lista de siglas e símbolos


AC Acidez titulavél
AR Açúcares Redutores
AT Açúcares Totais
CCC Coeficiente de correlação cofenético
CCI Comprimento da cavidade interna
CF Comprimento do fruto
Cm Centímetros
CV (%) Coeficiente de variação
DCI Diâmetro da cavidade interna
DF Diâmetro do fruto
EP Espessura da polpa
g Grama

GPS Sistema Global de Posicionamento


mm Milímetros
PF Peso do fruto
pH Potencial hidrogenióco
PS Peso das sementes do fruto
UPGMA Método de grupo de par não ponderado com média aritmética

VC Vitamina C
VI

Lista de figuras

Figura 1: Matriz de correlação entre as variáveis: peso do fruto (PF), comprimento do


fruto (CF), diâmetro do fruto (DF), comprimento da cavidade interna (CCI), diâmetro
da cavidade interna (DCI), espessura da polpa (EP) e peso das sementes do fruto
(PS) em 18 genótipos..................................................................................................29

Figura 2: Dendrograma obtido pelo método UPGMA a partir distancia Euclidiana


média padronizada entre 18 genótipos de papaieiras caracterizados por descritores
quantitativos................................................................................................................31

Figura 3: Diagrama de dispersão dos genótipos obtido pela análise de componentes


principais.....................................................................................................................31

Figura 4: A: Autor na colecta de genótipos de papaieiras. B: Medição do diâmetro do


fruto. C: Peso do fruto; D: Medição do peso de sementes; E: Medição da espessura
da polpa; F: Medição do diâmetro da cavidade interna do fruto e G: Medição do
comprimento da da cavidade interna..........................................................................39
VII

Declaração de Honra

Eu, Alexano Artur Checua, filho de Artur Checua e de Elisa Ali, natural de Nampula,
Província de Nampula declaro por minha honra que esta Monografia Científica é
fruto da minha investigação e das orientações do meu supervisor e todas as fontes
consultadas para sua elaboração se encontram citadas no trabalho.

Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma


Instituição para obtenção de qualquer Grau Académico.

Lichinga, 11 de Junho de 2019

Estudante

__________________________________________

/ Alexano Artur Checua /


VIII

Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus pais Artur Checua e Elisa Ali, aos meus irmãos
Décia, Eliseu, Jedilson, Egípcia, Geraldo, Beldade e Hortêncio, аоs amigos е
colegas, pelo incentivo е pelo apoio constante.
À minha família pela sua capacidade de acreditar е investir em mim. Mãe, sеυ
cuidado е dedicação deram esperança pаrа seguir. Pai, sυа presença significou
segurança е certeza de qυе não estou sozinho nessa caminhada.
À todos aqueles qυе de alguma forma estiveram е estão próximos de mim,
fazendo esta vida valer cada vez mais а pena.
IX

Agradecimentos

Em primeiro lugar agradeço à Deus que me iluminou e tem iluminado meu caminho
dia pois dia.
À Direcção Nacional de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico
Profissional pelo financiamento deste projecto que culminou coma realização desta
pesquisa.
À Universidade Pedagógica / Delegação de Niassa, que oportunizou a janela que
hoje vislumbro um horizonte superior.
Ao mestre Virgílio Carménia Cossa pela supervisão, pelo apoio incondicional, pelo
encorajamento, acima de tudo pela paciência e pela maneira sabia na execução
desta monografia e sempre estava disponível para esclarecer as minhas dúvidas.
Aos produtores de papaieira que forneceram os genótipos para a realização da
pesquisa.
A Direcção do Instituto Agrário de Lichinga, pela permissão no uso do laboratório.

À todos os docentes do Departamento de Ciências Naturais e Matemática, por


terem contribuído no meu crescimento intelectual.

Aos meus pais Artur Checua e Elisa Ali, pelo encorajamento, aos meus irmãos,
aos colegas da Faculdade, especialmente à Alfadino Malfezer.
À todos os que directa ou indirectamente contribuíram para a realização do trabalho.
X
10

Resumo
A papaieira (Carica papaya L.) é uma planta que produz frutos ricos em sais
minerais e vitamina C, que garantem uma fonte de renda para os pequenos
produtores da cultura. Esta pesquisa teve como objectivo caracterizar físico-
quimicamente genótipos de papaieiras colectados na cidade de Lichinga, com
vista, a selecção e recomendação dos genótipos com características vantajosas
para sua incorporação em programas de melhoramento genético da cultura.
Foram analisadas as seguintes variáveis físicas: peso do fruto, comprimento e
diâmetro do fruto, comprimento, diâmetro da cavidade interna do fruto e
espessura da polpa. As características peso do fruto e peso de sementes com
38,36% e 41,72%, apresentaram os maiores coeficientes de variação, também
foram analisadas as variáveis químicas: acidez titulavél, potencial hidrogenióco,
vitamina c, açúcares totais e açúcares redutores e observou-se que a acidez
titulavél e os açúcares redutores apresentaram os maiores coeficientes de
variação de 40 e 39%, respectivamente, indicando a existência de variabilidade
genética para estes caracteres. Foram observadas correlações positivas e
significativas entre as variáveis. O diâmetro da cavidade interna e a espessura da
polpa são as características que contribuíram mais para a divergência genética,
tendo sido formados três grupos de dissimilaridade, revelando a existência de
variabilidade genética que pode ser explorada em futuros programas de
melhoramento genético da cultura, com vista a obtenção de híbridos com
características superiores, que podem surgir do cruzamento entre genótipos dos
grupos um e três, para possibilitar a segurança alimentar das populações.

Palavras-chave: Carica papaya L., qualidade de frutos, melhoramento genético.


11

1. INTRODUÇÃO

A papaieira (Carica papaya L.) é uma planta com grande importância


socioeconómica, pois é uma fonte de renda para os produtores dessa cultura em
todas regiões tropicais e subtropicais do mundo. A planta produz frutos com sabor
e aroma agradáveis e sua polpa possui características nutricionais, que a tornam
um alimento bastante apreciado e saudável para as pessoas de todas idades
(Viana et al., 2015).

A polpa da papaia destaca-se pelo baixo valor energético e baixa


concentração de carboidratos, bem como pelo elevado valor nutritivo, devido à
presença de sais minerais e vitamina C (Viana et al.,2015). No entanto, a
composição química e consequentemente, a qualidade dos frutos depende da
variedade, do clima da região, dos tratos culturais e do estado de maturação.

A qualidade dos frutos, também é atribuída aos caracteres físicos que


respondem pela aparência externa, entre os quais destacam-se o tamanho, a
forma do fruto e a cor da casca. Essas características estão relacionadas ao
conjunto de atributos referentes à aparência, sabor, odor, textura e valor nutritivo,
que em conjunto garantem a produção e a comercialização dos frutos (Chitarra &
Chitarra, 2005).

A produção da papaia em Moçambique é bastante reduzida, quando


comparada com países, tais como, Brasil, Tailândia e Índia, que são os maiores
produtores da cultura a nível mundial. A baixa produção da cultura no país deve-
se ao uso de variedades não melhoradas, incidência de doenças e pragas e a
baixa qualidade dos frutos, que os torna não apreciados pelos consumidores.

Neste sentido, faz-se necessária a caracterização físico-química de


genótipos de papaieiras, colectados em várias propriedades rurais e quintais, com
vista, a busca de genótipos com características vantajosas, para sua futura
incorporação em programas de melhoramento genético da cultura. A
12

caracterização físico-química tem sido usada com sucesso, na identificação a


composição química de várias frutas: banana, maçã, goiaba, pêra, ananás,
manga, laranjas, papaia, e outras tantas.

1.1.Problema

Tem se observado que alguns residentes da cidade de Lichinga dedicam-se na


produção e venda das papaias. Estes frutos da papaieira constituem uma fonte de
renda aos pequenos produtores na cidade de Lichinga. Entretanto, nota-se que
algumas papaias, comercializadas possuem características físico-químicas, não
apreciadas pelos consumidores, o que causa perdas enormes e
consequentemente o não retorno económico ao produtor.

1.2.Justificativa

Apesar de existirem vários produtores de papaieiras na cidade de Lichinga,


nota-se que alguns frutos apresentam uma fraca qualidade. Considerando que
pouco são os estudos voltados a caracterização físico-química de genótipos de
papaieiras que favorecem a identificação de genótipos que apresentam
características favoráveis para sua incorporação em futuros programas de
melhoramento genético da cultura, buscando a obtenção de novas variedades
que agregam todas características desejáveis tais como, tais como, boa firmeza
da polpa, tamanho dos frutos, alto teor de açúcares, redução da ocorrência de
deformação de flores, alta produtividade, precocidade e porte da planta faz com
que os produtores limitem-se acabando por reutilizar as mesmas variedades que
consequentes produzem papaias com mesmas características anteriormente
obtidas. Com a caracterização físico-química de genótipos de papaieiras,
pensasse que este estudo poderá contribuir para selecção e obtenção de
melhores genótipos, consequentemente a produção da papaia de boa qualidade
que garantira o agronegócio ao nível da cidade de Lichinga.

Em relação a relevância social do presente estudo pensasse que os


produtores da cultura em referência daquela cidade poderão ter a acesso aos
melhores genótipos da papaieira que garantem uma boa produção. O que de
13

certo modo poderá contribuir para o retorno económico ao produtor e na melhoria


das condições de vida, a partir da venda das papaias produzidas localmente.

No que diz respeito a relevância académica do presente estudo, pensasse que


vai contribuir em mais uma obra de consulta em matéria de análise físico-química
de genótipos de papaieiras.

1.2.Objectivos

1.2.1.Geral

 Caracterizar físico-quimicamente genótipos de papaieira colectados na cidade


de Lichinga, com vista, a selecção e recomendação dos genótipos com
características vantajosas para sua incorporação em programas de
melhoramento genético da cultura.

1.2.2.Específicos

 Acessar a variabilidade genética entre genótipos de papaieiras através de


características físico-químicas;
 Determinar as variáveis físico-químicas que mais contribuem para a
diversidade genética;
 Predizer as combinações que resultem em híbridos segregantes e
promissores.
14

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Origem e Aspectos Botânicos da papaieira (Carica papaya L.)

Segundo Valério (2017) acredita-se que o centro de origem do género


Carica é o noroeste da América do Sul, na porção oriental dos Andes até a
América Central e sul do México.

A papaieira (Carica papaya L.) pertence ao reino Plantae, divisão


Angiospermae (actualmente Magnoliophyta), classe Dicotiledoneae (actualmente
Magnoliopsidae), ordem das Violales, família Caricaceae composta por 6 géneros
e 35 espécies. Os géneros Carica (1 espécie), Horovitzia (1 espécie), Jacaratia (7
espécies), Jarilla (3 espécies) e Vasconcellea (21 espécies) são originários do
continente americano, enquanto o género Cylicomorpha (2 espécies) pertence ao
continente africano. É uma espécie diploide, com 2n=18 cromossomas e número
básico de n=9 cromossomas (Valério., 2017).

2.2. Descrição das características da papaieira

A papaieira é uma planta herbácea, de clima tipicamente tropical, de modo


que a cultura está difundida em regiões que apresentam pluviosidade elevada,
solos férteis e bem drenados. A planta tem sistema radicular pivotante, com
ramificações laterais. O caule é do tipo herbáceo lenhoso, fistuloso nas regiões
dos entrenós, erecto, contendo numerosas cicatrizes foliares, terminando com um
grupo denso de grandes folhas na região apical. As folhas são alternadas,
grandes, com cerca de 20 a 60 cm de comprimento e até 70 cm de diâmetro,
profundamente palma tilobadas, apresentando nervuras mais salientes na face
abaxial. Apresentam coloração verde-clara na face superior e verde-branca pálido
na face inferior, coberto por material ceroso. (Silva et al., 2007).

2.2.1. Flores

As flores têm sido classificadas de diferentes maneiras por diversos autores,


devido à grande quantidade de formas florais que são observadas no campo.
15

Diante disso, afirma-se que a espécie é sexualmente polígama porque apresenta


três tipos de plantas (estaminadas, pistiladas e hermafrodita), nas quais levam a
classificação de plantas com flores masculinas, femininas e hermafroditas,
respectivamente (Silva at al., 2007).

As plantas do com flores masculinas apresentam flores distribuídas em


pedúnculos longos, originados nas axilas das folhas localizadas na parte superior
da papaieira. O órgão masculino é constituído por 10 estames funcionais,
enquanto o feminino é muito rudimentar e geralmente estéril, impedindo que as
plantas produzam frutos (Shinagaw., 2009).

As flores femininas são maiores que as hermafroditas e se desenvolvem


igualmente nas axilas das plantas, em números que variam de um a três.
Possuem pétalas totalmente livres até a parte inferior da corola. Apresentam
apenas o órgão feminino, constituído de ovário grande e arredondado. No ápice
inserem se cinco estigmas. Plantas femininas produzem frutos arredondados ou
ligeiramente ovalados (Shinagaw, 2009). Necessitam de pólen das flores
masculinas ou hermafroditas para fecundação e formação de frutos arredondados
e ovalados, com cavidade interna, grande, em relação à espessura da polpa
(Silva et al., 2007).
As plantas com flores hermafroditas formam flores com pedúnculos curtos
nas axilas foliares. São flores menores com as pétalas soldadas na base ou até
quase a metade do seu comprimento. O órgão feminino é constituído de um
ovário, geralmente alongado com variação piriforme a cilíndrico, com cinco
estigmas em forma de leque, enquanto o masculino apresenta de cinco a dez
estames funcionais, com anteras de cor amarelas (Silva et al., 2007).

2.2.2. Frutos

O fruto é carnoso, com formato arredondado, cilíndrico ou periforme,


possuindo pedúnculo curto ou longo. Quanto à coloração diversifica-se de
amarelo ao alaranjado quando em estado maduro, a casca é fina e lisa, variando
de amarelo-claro a alaranjado. A polpa apresenta consistência suave, que varia
de 7 à 30 cm de comprimento e 250 à 3000g de massa. Deste modo, a cor da
16

polpa comummente é amarela, alaranjada ou vermelha. O fruto é descrito como


ovóide, esférico, ou piriforme, podendo ter outras classes, com tamanhos
variados, desde pequenos (com 2 a 10 cm de comprimento por 1,5 a 6 cm de
largura) até muito grandes em cultivo (Sousa, 2004).
Em parentes silvestres, o interior pode ser completamente preenchido por
sementes e massa. As sementes são pretas, esféricas variando de 5 à 7 mm de
diâmetro, lisas, duras e rugosas, apresentando-se envolvidas pela sarcotesta e
inseridas na cavidade interna do fruto, contendo numerosas protuberâncias
irregularmente dentadas, em formas de cristas agudas e irregulares, bastante
próximas. O embrião é recto, com cotilédones ovóides e achatados (Silva et al.,
2007).

2.3. Características Agronómicas

A papaieira é uma planta tipicamente tropical, vigorosa, que apresenta


crescimento regular e produz frutos de excelente qualidade em lugares de grande
insolação, com temperaturas entre 22ºC a 28ºC. A temperatura média ideal para o
cultivo está em torno de 25ºC, com boa distribuição e quantidade de chuva, ou
com irrigação. Em temperaturas abaixo de 15 °C, a papaieira paralisa o seu
desenvolvimento vegetativo, reduz o florescimento, atrasa a maturação e produz
frutos de qualidade inferior. (Trindade., 2000).

Os ventos muito fortes podem provocar a queda das folhas, reduzindo a


área foliar da planta e consequentemente, afecta a capacidade fotossintética,
além de expor os frutos aos raios solares, sujeitando-os a queimaduras. Podem,
também, provocar a queda de flores e dos frutos e, principalmente, das plantas
em fase de produção, pois estas apresentam consistência herbácea e sistema
radicular relativamente fraco (Trindade, 2000).
Embora a papaieira cresça nos mais diversos solos, estes devem apresentar
como principal característica uma boa permeabilidade. Desta maneira, os solos
mais adequados para o plantio da papaieira são os de textura média ou areno-
argilosa, com pH variando de 5,5 à 6,7 e deve-se evitar solos muito argilosos,
pouco profundos ou localizados em baixadas, pelo fato de encharcarem com
facilidade nas épocas de chuvas intensas. Solos com problemas de
encharcamento proporcionam também maior incidência da doença podridão-do-
17

colo-da-papaieira, causada por fungos do género Phytophthora. Assim, em locais


de índice pluvial elevada, é recomendado o plantio em áreas com pequena
declividade, a fim de evitar o acúmulo de água próximo às raízes (Trindade,
2000).

2.4. Variedades

As variedades actualmente existentes da Carica papaya L., são de 2 grupos


básicos: Solo e Formoso. As do grupo solo são exploradas em várias regiões do
mundo apresentando frutos com peso médio, variando de 250 à 700 g e o grupo
formoso é geralmente composto por variedades híbridas que apresentam frutos
com alto peso, entre 800 a 3000g. Dentre as variedades do grupo ‘Solo’,
destacam-se as variedades Sunrise Solo, Improved Sunrise Solo Line 72/12 e
Baixinho de Santa Amália. Em virtude da maior exigência do mercado externo, as
cultivares Sunrise Solo, Improved Sunrise Solo Line 72/12, que são muito
susceptíveis à Mancha Fisiológica do Papaeira (MFM), estão sendo substituídas
pela variedade Sunrise Golden. Do grupo ‘Formosa’, destacam-se os híbridos
Tainung 01, Tainung 02 e Tainung 03 (Ferreira, 2010).

2.5. Importância nutricional, social e económica da papaieira

A cultura da papaieira vem sendo um mercado em expansão, em virtude da


boa aceitação do produto pelo mercado consumidor e das possibilidades de
aproveitamento, seja in natura, na fabricação de alimentos industrializados e
doces, na extracção de papaína e na produção de cosméticos (Mendonça et al,
2006).

A papaia apresenta elevado valor nutricional, possui alto teor de açúcares e


compostos bioactivos, em destaque os carotenoídes e a vitamina C, além de
sabor e aroma agradáveis e de grande aceitação pelo mercado consumidor. Do
látex das folhas e frutos, obtém-se a enzima papaína, utilizada nas indústrias de
alimentos, farmacêutica e de cosméticos. Da planta pode-se ainda extrair a
carpaína, que funciona como activador cardíaco (Ferreira, 2010).
18

A importância social da cultura também deve ser considerada, uma vez que
representa geração de empregos directos e indirectos e fonte de renda
(Mendonça et al, 2006).

Segundo Alucuamala, (2017) em alguns países como Moçambique, o cultivo


da Carica papaya L., não tem grande impacto na economia do Pais, pois não se
produz a papaia em grande escala para a exportação, mas verifica-se casos de
produtores particulares que produzem para o consumo e rendimento familiar, com
vista a garantir a segurança alimentar.

2.6. Atributos físicos e químicos da papaieira

De acordo com Chitarra & Chitarra, (2005) os alimentos devem reunir


atributos que satisfaçam a exigência do consumidor. A reunião coordenada e
harmónica de atributos físicos, químicos e sensoriais caracterizam a qualidade
dos alimentos. A qualidade deve ser entendida como um conceito subjectivo que
pode variar de acordo com o mercado consumidor e suas expectativas e
exigências.
Segundo Fagundes e Yamanish (2001) o estudo das qualidades do fruto,
podem ser adoptados vários parâmetros, sejam eles físicos como cor e firmeza,
sejam químicos, como sólidos solúveis totais, pH, acidez titulável e açúcares
totais.

2.6.1. Firmeza

A firmeza é um factor importante na determinação da qualidade dos frutos.


Frutos armazenados sob refrigeração durante várias horas, geralmente
apresentam um grau de firmeza maior quando comparado àqueles mantidos à
temperatura ambiente. A firmeza é fortemente correlacionada ao conteúdo de
substâncias pécticas presentes nas frutas e hortaliças. As substâncias pécticas
são os principais componentes químicos dos tecidos responsáveis pelas
mudanças de textura das frutas e hortaliças. À medida que os frutos amadurecem
19

ocorre degradação das substâncias pécticas, o que pode ser facilmente


observado pelo amolecimento da polpa dos referidos alimentos (Vilas Boas 2002).

2.6.2. Cor

De acordo com Vilas Boas (2002), a cor representa o mais importante


determinante da aparência em vegetais, frescos ou processados. É uma
característica da luz que sensibiliza a retina do olho do observador humano na
faixa visual do espectro electromagnético que ocorre dos limites de 700 a 400 nm.
Comummente apresentam-se de cor amarela, alaranjada e vermelha.

2.6.3. Acidez Titulavél e PH

A acidez da papaia é dada pela presença dos ácidos cítrico e málico, em


quantidades iguais, seguidos do ácido alfa-cetoglutárico em quantidade bem
menor, os quais, juntamente com o ácido ascórbico, contribuem com 85% do total
dos ácidos testando o ácido cítrico como o mais predominante. O teor de ácidos
orgânicos tende a diminuir durante o processo de maturação devido à oxidação
dos ácidos tricarboxílicos em decorrência da respiração. A medição da acidez
titulavél é usualmente determinada por titulometria ou por potenciometria que
converte as concentrações dos ácidos em unidades de pH. Os resultados podem
ser expressos em mg/100mL do suco (Chitarra & Chitarra, 2005).

2.6.4. Sólidos solúveis (SS)

Os sólidos solúveis totais (SS) representam os compostos solúveis em água


presentes no fruto, tais como açúcares, vitaminas, ácidos e aminoácidos. O teor
de açúcares redutores é dependente do estágio de maturação no qual o fruto é
colhido e geralmente aumenta durante a maturação pela biossíntese ou
degradação de polissacarídeos (Chitarra & Chitarra, 2005).

De acordo com Chitarra & Chitarra (2005) o teor de sólidos solúveis (SS) é
quantidade, em gramas, de SS existentes em 100mL de solução (suco ou polpa
da hortaliça). Os sólidos solúveis também podem ser expressos como
percentagem em peso, ou quantidade de SS, em gramas, existentes em 100
20

gramas de solução. Os métodos de determinação são baseados na modificação


do índice de refracção da solução com auxílio de refractometria.

2.7. Melhoramento Genético da papaieira

Os trabalhos de melhoramento são feitos a partir da reunião do maior


número possível de variedades em um local para seleccionar, entre elas, aquelas
que apresentarem características fenotípicas desejáveis para um estudo de
capacidade combinatória para produção de híbridos adaptados às condições
ambientais do país, agregando características desejáveis, tais como, boa firmeza
da polpa, tamanho dos frutos, alto teor de açucares, redução da ocorrência de
deformação de flores e alta produtividade, precocidade e porte da planta têm
fornecido informações que permitem predizer, com um considerável grau de
certeza, que híbridos entre indivíduos de duas variedades distintas poderão ser
obtidos (Cruz et al., 2004).

O melhoramento tradicional da papaieira baseia-se na selecção indirecta,


que é a maneira mais fácil e prática de se obter ganhos para determinada
característica de interesse. Todavia, há maior risco do surgimento de alterações
indesejáveis em outras características importantes, devido à associação genética
entre elas. Assim, a fim de aumentar as chances de sucesso, sugere-se a
selecção simultânea de um conjunto de características importantes. Por conta
disso, os estudos devem considerar a análise de multicaracterísticas e suas
relações que, se forem exploradas adequadamente, podem conduzir a análises
mais informativas e eficientes para avaliar os indivíduos (Cruz et al., 2004; Dias et
al., 2011).

Deste modo, o conhecimento da variabilidade genética, da relação entre as


características e da estimativa da sua herdabilidade são pré-requisitos
fundamentais para o sucesso dos programas de melhoramento. Com o avanço
dos estudos em melhoramento da papaieira, têm ganhado destaques a avaliação
de linhagens e híbridos quanto ao potencial agronómico em diferentes
ecossistemas, os estudos acerca do uso de marcadores moleculares na predição
precoce do sexo em plantas e a avaliação de populações F2 de híbridos, visando
à identificação de genótipos superiores (Silva et al., 2007).
21

Além disso, as pesquisas têm objectivado antecipar a avaliação de


características capazes de pressupor ganhos genéticos. Em teoria, a avaliação de
características vegetativas e juvenis, como maior diâmetro do caule, pode
predizer a maior produtividade. O aumento do número de frutos pode ser predito
pelo maior diâmetro do caule e pela diminuição da altura das plantas. A maior
massa dos frutos está relacionada com maiores diâmetro do caule e comprimento
dos frutos. A altura da planta, o número de flores por pedúnculo e a largura da
folha estão relacionados com o número de frutos, sendo características de fácil
mensuração e que se manifestam antes da produção, o que as tornam indicadas
para a selecção directa (Silva et al., 2007; Ruggiero et al., 2011).

Enquanto as características agronómicas relacionados à produção da


papaieira são bem exploradas as bases da qualidade fisiológica dos frutos no
melhoramento ainda são pouco investigadas. Assim, enfatiza-se a necessidade
de pesquisas que levantem informações acerca da qualidade de frutos, avaliados
quanto à divergência ou similaridade entre genótipos, permitindo identificar
materiais de alto desempenho e de interesse para pesquisas de melhoramento
genético (Ruggiero et al., 2011).

2.7.1. Diversidade genética

O estudo da diversidade genética permite o agrupamento de materiais


genéticos similares e/ou a separação de genótipos de destaque para
determinadas características de interesse agronómico. A avaliação da divergência
genética é efectuada por diversos métodos que levam em consideração as
características agronómicas, fisiológicas, genéticas e morfológicas. Isso fornece
informações para a identificação de genitores que, quando cruzados, aumentam
as chances de produzirem genótipos superiores nas gerações segregantes. Além
disso, estes estudos permitem identificar progenitores que, em futuros
cruzamentos, possibilitem maior efeito heterótico. Logo, apresentam especial
importância em programas de melhoramento que envolvam hibridações, como é o
caso da papaieira (Cruz et al., 2004).
22

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1.Coleta de Amostras

Os dezoito genótipos de papaieiras foram colectados aleatoriamente nos


quintais de bairros da cidade de Lichinga (Figura 4A). A localização dos pontos de
colecta foi feita através de coordenadas geográficas (latitude, longitude e altitude) a
partir do Sistema Global de Posicionamento (GPS) (Tabela 1), visando à realização
de estudos futuros. Em algumas propriedades foram colectados dois frutos por
genótipo e em outras apenas um fruto, visto que alguns proprietários das plantas
exigiam que se pagasse quando se colectava acima de um fruto.
Todo material colectado foi identificado, armazenado em sacos plásticos e
transportado para o laboratório de Biologia da Universidade Pedagógica –
Delegação de Niassa.
As análises das frutas foram feitas no período de Outubro à Dezembro de
2017, no laboratório de Biologia da Universidade Pedagógica e no laboratório de
Instituto Agrário de Lichinga-Niassa.

Tabela 1: Procedências e coordenadas geográficas dos genótipos analisados na pesquisa.

Genótipos Procedência Latitude (S) Longitude (E) Altitude (m)

1 Chiuaula 13º18’778’’ 35º15’909’’ 1329


2 Cêramica 13º18’486’’ 35º15’283’’ 1351
3 Cêramica 13º18’390’’ 35º15’239’’ 1348
4 Muchenga 15º18’145’’ 35º15’166’’ 1357
5 Bandeze 11º94’790’’ 35º32’941’’ 445
6 Bandeze 12º69’699’’ 34º95’440’’ 478
7 Chiuaula 13º19’045’’ 35º15’307’’ 1356
8 Sanjala 13º17’638’’ 35º14’347’’ 1357
9 Sanjala 13º17’638’’ 35º14’347’’ 1357
10 Namacula 13º17’303’’ 35º14’717’’ 1359
11 Namacula 13º17’290’’ 35º14’702’’ 1358
23

12 Matola 13º18’89’’ 35º16’191’’ 1337


13 Matola 13º18’844’’ 35º16’121’’ 1335
14 Muchenga 13º18’664’’ 35º15’251’’ 1358
15 Quarteirão 18 13º18’960’’ 35º14’672’’ 1364
16 Popular 13º17’814’’ 35º14’819’’ 1345
17 Nzinge 13º19’148’’ 35º14’678’’ 1315
18 Nzinge 13º19’208’’ 35º14’846’’ 1378
3.2.Caracterização físico-química

Antes das análises físicas e químicas, os frutos de genótipos de papaieiras


foram lavados com água corrente, para a remoção de alguns detritos.

Posteriormente, os frutos de cada genótipo foram avaliados para as seguintes


características físicas: peso do fruto (PF) e peso das sementes de cada fruto (PS)
(determinados em balança semi-analítica e os resultados expressos em gramas (g);
comprimento (CF) e diâmetro do fruto (DF), espessura da polpa (EP) (determinados
com auxílio de um paquímetro digital, em mm), comprimento (CCI) e diâmetro da
cavidade interna (DCI) do fruto (determinados com uma régua graduada, em cm),
espessura da polpa (com paquímetro digital, em mm) (Figura 4B a G, vide nos
apêndices).

Para as análises químicas uma amostra de um fruto foi pesada e


homogeneizada em liquidificador a fim de ser utilizada para as seguintes análises:
pH, acidez titulavél (AC) segundo (Carvalho et al., 1990) e os resultados expressos
em g de ácido cítrico por 100 g de polpa); ácido ascórbico (VC) (segundo Carvalho
et al., 1990) e os resultados expressos em mg de ácido ascórbico por 100 g de
polpa); açúcares totais (AT) e açúcares redutores (AR) segundo (Instituto Adolfo
Lutz., 1985).
24

3.3.Análises estatísticas

Os dados aferidos foram submetidos a estatística descritiva, para determinar


os valores: mínimos, máximos, médios, desvio padrão e coeficiente de variação (CV
%). Foi realizada a correlação de Pearson entre as características, tendo sido
aplicado o teste t a 5% de probabilidade. Foram realizadas análises de estatística
multivariada, pelas técnicas de análise de agrupamento e análise de componentes
principais.

Para análise de agrupamento foi utilizada a distância euclidiana média como


medida de dissimilaridade a partir dos dados padronizados. A contribuição relativa
dos caracteres foi determinada pelo método de Singh (1981).

Os agrupamentos hierárquicos a partir da matriz de distância foram obtidos


pelo método UPGMA – Unweighted Pair Group Methodwith Arithmetic Mean
(SNEATH; SOKAL, 1973). A validação dos agrupamentos foi determinada por meio
do coeficiente de correlação cofenético (Sokal; Rohlf, 1962). A significância do
coeficiente de correlação cofenético foi calculada pelo teste de Mantel (1967) com
1000 permutações.

O critério para definição do número de grupos baseou-se no índice Pseudo-t 2


do pacote “NbClust” do programa R (Charrad et al., 2014).As análises foram
realizadas com auxílio dos programas estatísticos Genes (Cruz, 2014), e o R (R
DEVELOPMENT CORE TEAM, 2014).
25

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 2 estão apresentadas as estatísticas descritivas das variáveis


analisadas dos 18 genótipos de papaieiras. Os maiores coeficientes de variação
foram observados para as características peso dos frutos e peso de sementes com
38,36% e 41,72%, respectivamente. Por outro lado, a característica diâmetro do
fruto apresentou o menor coeficiente de variação (14,54), o que mostra pouca
variabilidade genética.

O genótipo 4 com (2198g) e o genótipo 15 com (708g) apresentaram o maior


e o menor peso do fruto, respectivamente. Estes resultados são similares aos de
Sudha et al. (2013), que ao caracterizarem frutos de 73 genótipos de papaieiras na
Índia obtiveram uma variação de peso que oscilou entre 350 a 2100 g. Frutos com
baixo peso são mais usados para a exportação, enquanto os mais pesados são mais
apreciados para o mercado doméstico. A grande variação observada para o peso
dos frutos analisados sugere que existe potencial para a selecção de plantas que
produzam frutos com padrões que atendam diferentes mercados, sejam de
consumidores de frutos in natura ou agro-indústrias (Viana et al., 2015).

O comprimento do fruto teve uma média de 18,56 cm, sendo que o maior
valor (25,90 cm) foi observado para o genótipo 6, enquanto o menor (13,80 cm) foi
verificado no genótipo 15. De forma geral estes valores são muito comuns na
literatura. Ara et al (2016) observam uma variação de 15,33 a 21,33 cm, Da Silva et
al. (2017) verificaram oscilação de 11 a 39 cm e Jambhale et al. (2014), obtiveram
um intervalo de 16,42 a 29,71 cm.
O comprimento da cavidade interna do fruto teve uma média de 13,91 cm,
variando de 9,90 a 19,40 cm, sendo que o maior for observado no genótipo 6 e
menor no genótipo 15. Ara et al (2016) observaram uma variação de 11,43 a 17,27
cm, para esta característica, não divergindo com os resultados obtidos.

O diâmetro do fruto variou de 96 a 151,1 mm, para os genótipos 2 e 18,


respectivamente. Esta característica é bastante importante para a exportação dos
frutos de papaieira, visto que os frutos com os menores diâmetros são os maiores
promissores, porque sofrem menos danos mecânicos. Nesta óptica, para além do
genótipo 2, o 11, também mostra-se promissor para esta característica.
26

Tabela 2: Estatística descritiva de peso do fruto (PF), comprimento do fruto (CF), diâmetro
do fruto (DF), comprimento da cavidade interna (CCI), diâmetro da cavidade interna (DCI),
espessura da polpa (EP) e peso das sementes do fruto (PS) em 18 genótipos de papaieiras.

Características
Genótipos
PF (g) CF (cm) DF (mm) CCI (cm) DCI (cm) EP (mm) PS (g)

1 916,00 16,00 113,90 12,00 8,50 20,20 148,00

2 853,00 14,00 96,00 11,00 6,00 25,70 122,00

3 783,00 20,00 101,00 16,60 7,70 16,90 78,00

4 2198,00 24,00 142,40 17,80 12,00 23,40 171,00

5 1981,00 21,00 145,50 14,90 9,00 29,70 117,00

6 1410,00 25,90 109,60 19,40 7,80 21,50 73,00

7 942,00 18,90 113,10 13,30 6,80 16,40 64,00

8 1348,00 17,30 146,60 12,80 9,80 27,00 154,00

9 941,00 16,00 118,90 12,30 9,00 20,30 91,00

10 1054,00 19,70 119,10 16,10 8,70 21,80 90,00

11 742,00 16,80 99,90 12,70 7,90 19,20 73,00

12 783,00 17,20 100,20 14,00 6,50 27,40 65,00

13 791,00 18,30 109,60 13,30 7,00 19,30 64,00

14 1046,00 17,30 137,40 12,30 10,10 32,80 106,00

15 708,00 13,80 116,20 9,90 7,20 32,00 37,00

16 781,00 19,70 119,30 14,40 6,20 25,20 28,00

17 1179,00 19,30 120,80 13,50 7,00 32,40 86,00

18 1249,00 18,90 151,10 14,00 11,50 29,70 117,00

Mínimo 708,00 13,80 96,00 9,90 6,00 16,40 28,00

Máximo 2198,00 25,90 151,10 19,40 12,00 32,80 171,00

Média 1094,72 18,56 120,03 13,91 8,26 24,49 93,56

DP 419,91 3,06 17,46 2,37 1,73 5,37 39,03

CV (%) 38,36 16,51 14,54 17,05 20,99 21,93 41,72


27

Os genótipos 4, 18 e 14 apresentaram maiores valores de diâmetro da


cavidade interna, enquanto para os demais genótipos esta característica esteve
entre 6,0 a 9,8 cm. Esta característica é a par de muitas, bastante útil na selecção
de genótipos promissores, visto que, frutos com menor diâmetro da cavidade,
possuem maior rendimento da polpa que é importante para o consumo in natura,
bem como para a agro-indústrias.

Os genótipos 14, 15 e 17 apresentaram os maiores valores para a espessura


da polpa e estes são bastantes promissores para futuros programas de
melhoramento genético da cultura, bem como para a indústria alimentar, pois
segundo Dias et al. (2011), a espessura da polpa é um atributo de qualidade
importante, visto que frutos com maior espessura também apresentam maior
rendimento de polpa que os torna mais apreciados.
A massa das sementes do fruto oscilou entre 28 a 271 g, com uma média de
93,56 g. Estes valores estão acima aos encontrados por Ara et al. (2016) e Dias et
al. (2011), revelando grande potencial do germoplasma analisado neste estudo.
Ainda em relação a esta característica, é preciso notar que esta é muito
fundamental, para a selecção de genótipos altamente produtivos para a formação de
novos pomares, face a isto, os genótipos 4, 8, 1, 2, 5 e 18 são os mais promissores
e as combinações entre estes podem gerar híbridos muito produtivos.

Na Tabela 3 encontram-se as estatísticas descritivas das variáveis químicas


dos 18 genótipos de papaieiras. Observa-se que a acidez titulável e os açúcares
redutores apresentaram os maiores coeficientes de variação de 40 e 39%,
respectivamente, indicando a existência de variabilidade genética para estes
caracteres. Por sua vez, o pH apresentou o menor coeficiente de variação, indicando
pouca variabilidade para esta característica.
Os genótipos 4 e 17 com 0,14 g (100 g -1) e o 8 com 0,15g (100 g-1)
apresentaram frutos com maior acidez, o que inibe o desenvolvimento de
microrganismos que possam causar a deterioração dos mesmos. Importa referenciar
que os valores encontrados neste trabalho encontram-se na faixa obtida por (Brito
Neto et al., 2011 e Dias et al., 2011).

O pH apresentou um coeficiente de variação de 3% e os valores oscilaram


entre 5,21 à 5,64 e ilustra baixa variabilidade para esta variável. Segundo Fagundes
28

e Yamanish, (2001) considera que a faixa de pH considerado para o consumo


natural é de 4,5 à 6,0. Portanto, os valores de pH de frutos neste trabalho
encontram-se dentro desse intervalo.

Em relação a vitamina C, os genótipos 1 e 17, com 108,8 e 104,23 mg 100 g -1,


respectivamente são os mais promissores para incorporação em futuros programas
de melhoramento genético da cultura. Os mesmos genótipos juntamente com
genótipos 4 e 14 são promissores para as variáveis açúcares totais e redutores.
Portanto, esses genótipos podem ser seleccionados pelo programa de
melhoramento para novos cruzamentos, para obter cultivares com maiores teores de
açúcares totais, visto que atendem as exigências dos consumidores.

Tabela 3:Estatística descritiva da acidez titulavél (AC), potencial hidrogenióco (pH),


Vitamina C (VC), Açúcares Totais (AT) e Açúcares Redutores de 18 genótipos de
papaieiras.

Genótipo AC(g 100 g-1) pH VC(mg 100 g-1) AT (%) AR(%)

1 0,08 5,24 108,8 9,46 2,04


2 0,07 5,22 68,73 8,42 2,19
3 0,05 5,35 96,23 8,43 2,07
4 0,14 5,55 88,43 12,42 5,23
5 0,12 5,62 97,34 10,21 4,42
6 0,09 5,26 74,43 11,21 4,78
7 0,06 5,48 53,67 8,21 3,11
8 0,15 5,38 89,54 10,33 4,34
9 0,08 5,22 97,45 9,11 3,21
10 0,05 5,31 87,78 11,33 4,42
11 0,07 5,27 67,4 8,47 2,19
12 0,05 5,21 75,24 9,43 2,21
13 0,08 5,45 84,55 8,44 2,09
14 0,06 5,31 76,87 15,34 6,21
15 0,07 5,46 80,34 9,18 3,13
29

16 0,05 5,42 91,2 9,23 2,13


17 0,14 5,64 104,23 12,38 5,25
18 0,11 5,61 97,83 10,12 4,23

Mínimo 0,05 5,21 53,67 8,21 2,04


Máximo 0,15 5,64 108,80 15,34 6,21
Média 0,08 5,39 85,56 10,10 3,51
DP 0,03 0,15 14,26 1,86 1,36
CV (%) 40,00 3,00 17,00 18,00 39,00

O estudo das correlações entre características é importante em programas de


melhoramento genético das culturas, pois possibilita avaliar o quanto a alteração de
um carácter possa influenciar os demais (Oliveira et al, 2010). Na Figura 2são
apresentadas as correlações entre as variáveis analisadas nos 18 genótipos de
papaieiras. O peso do fruto correlacionou-se positiva e significativamente com o
comprimento do fruto (0,66), diâmetro do fruto (0,70), comprimento da cavidade
interna (0,54), diâmetro da cavidade interna (0,66), o peso de sementes (0,64),
acidez (0.73) e com os açúcares redutores (0,66).Resultados similares foram
observados por Oliveira et al. (2010) para a variável massa do fruto com o
comprimento do fruto, o diâmetro da cavidade do fruto.
30

Figura 1: Matriz de correlação entre as variáveis: peso do fruto (PF), comprimento do fruto
(CF), diâmetro do fruto (DF), comprimento da cavidade interna (CCI), diâmetro da cavidade
interna (DCI), espessura da polpa (EP) e peso das sementes do fruto (PS) em 18 genótipos.

Correlações positivas e significativas também foram observadas entre o


comprimento do fruto com o comprimento da cavidade interna (0,95), o diâmetro do
fruto com o diâmetro da cavidade interna (0,80), com a espessura da polpa (0,50) e
o peso de sementes (0,53), diâmetro do comprimento do fruto com o peso de
sementes (0,70), e os açúcares redutores com a acidez titulavél (0.89), e o diâmetro
do fruto com peso do fruto (0.70). De acordo com Silva et al. (2016) a estimativa de
coeficiente de correlação positiva indica a tendência de uma variável aumentar
quando a outra também aumenta, e correlações negativas indicam tendência de
uma variável aumentar enquanto a outra diminui. O coeficiente de correlação tem
grande implicação em programas de melhoramento de plantas, propiciando a
selecção indirecta. A título de exemplo, tendo em conta que os açúcares redutores
31

têm correlação positiva e altamente significativa com o peso do fruto, seleccionando


frutos com maior peso do fruto resultará em frutos com maiores teores de açúcares
redutores.

A Tabela 4 mostra a contribuição dos caracteres para a dissimilaridade


genética entre os 18 genótipos de papaieiras. Constatou-se que o diâmetro da
cavidade interna com a espessura da polpa que totalizaram 46,34% foram as
variáveis que mais contribuíram para a divergência genética entre os genótipos.

Tabela 4: Contribuição relativa dos caracteres através do método de Singh (1981).

Variáveis S.j (%)

Diâmetro da cavidade interna 23,67


Espessura da polpa 22,67
Peso da semente 8,96
pH 8,18
Diâmetro do fruto 7,65
Comprimento do fruto 6,08
Açúcares totais 5,02
Comprimento da cavidade interna 4,59
Vitamina C 3,98
Acidez titulavél 3,97
Peso do fruto 2,76
Açúcares redutores 2,47

O coeficiente de correlação cofenético (CCC) foi de 0,79 o indica um bom


ajuste entre a matriz de dissimilaridade e a matriz agrupamento (Vaz Patto, 2004). A
análise de agrupamento através do método UPGMA e a análise de componentes
principais que possibilitaram a formação de três grupos de dissimilaridade (Figura 3
e 4), indicando variabilidade genética que pode ser explorada em futuros programas
de melhoramento genético da cultura.
32

Figura 2: Dendrograma obtido pelo método UPGMA a partir distancia Euclidiana média
padronizada entre 18 genótipos de papaieiras caracterizados por descritores quantitativos.

Figura 3: Diagrama de dispersão dos genótipos obtido pela análise de componentes


principais.
33

O grupo I reuniu os genótipos 12, 17 e 18. Este grupo caracterizou-se por


apresentar maiores médias para o diâmetro do fruto, diâmetro da cavidade interna
do fruto, espessura da polpa, acidez titulável, pH, Vitamina C, açúcares totais e
redutores (Tabela 5). Deste modo, este grupo tem potencial para a obtenção de
genótipos segregantes com grande efeito heterótico para estas variáveis.

O grupo II englobou os genótipos 1, 3, 14 e 16. Este grupo destacou-se por


apresentar as menores médias para todas variáveis analisadas.

Por sua vez, o grupo III foi composto por 61% genótipos a saber; 2, 15, 4, 8,
9, 6, 13, 11, 5, 7 e 10. Este grupo caracterizou-se por apresentar maiores médias
para peso do fruto, comprimento do fruto, comprimento da cavidade interna e peso
de sementes. Assim genótipos deste grupo podem ser usados como parentais em
programas de melhoramento genético, para obtenção de híbridos com
características de frutos bastante apreciadas pelos produtores, consumidores, bem
como para a indústria.

Tabela 5: Média das variáveis analisadas para os três grupos formados pelo método de
agrupamento UPGMA.

GRUPO PF CF DF CCI DCI EP PS AC pH VC AT AR

G1 1070,33 18,47 124,03 13,83 8,33 29,83 89,33 0,10 5,49 92,43 10,64 3,90

G2 1124,62 18,58 121,88 13,89 8,31 26,57 92,67 0,09 5,44 86,66 10,20 3,73

G3 1178,91 18,70 119,72 13,95 8,29 23,30 96,00 0,09 5,38 80,88 9,76 3,56
34

5.Conclusões e recomendações

Existe variabilidade genética entre os genótipos de papaieiras que pode ser


explorada em futuros programas de melhoramento genético;

O diâmetro da cavidade interna e a espessura da polpa são as características


que contribuíram mais para a divergência genética e devem ser priorizadas em
programas de selecção de genótipos;
Híbridos de papaia com características promissoras podem ser obtidos pelo
cruzamento de genótipos dos grupos 1 e 3.

5.1. Recomendação

Difusão das informações as comunidades e pesquisadores acerca da


necessidade do melhoramento genético da papaieira com vista a atender as
necessidades do mercado;

Ao uso dos genótipos 14 e 17 (grupo 1) e 2, 4, 6, 9 e 13 (grupo 3) pelos


produtores para sua multiplicação.
35

6. Referências Bibliográficas

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Apêndices
40

Figura 4: A: Autor na colecta de genótipos de papaieiras. B: Medição do diâmetro do fruto.


C: Peso do fruto; D: Medição do peso de sementes; E: Medição da espessura da polpa; F:
Medição do diâmetro da cavidade interna do fruto e G: Medição do comprimento da
cavidade interna.

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