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Açúcar e Endometriose

Sabemos que o açúcar é um daqueles “alimentos” que devemos retirar ou reduzir ao


máximo na nossa alimentação.

Mas porquê? E quanto aos açúcares naturais? Será que também estão proibidos?

Tentei resumir alguns pontos essenciais para este tema.

1º) O que são açúcares?

Os açúcares são um tipo de carboidratos que contém moléculas de carbono, hidrogénio e


oxigénio. Os carboidratos são uma parte importante de uma dieta saudável, assim como
proteínas e gorduras. 
Excepto pelas fibras alimentares, quando os carboidratos são consumidos, eles são
digeridos e decompostos em glicose, que serve como fonte de energia para a maioria
dos tecidos do corpo humano. 
A glicose é uma fonte preferida de energia para os glóbulos vermelhos, o sistema
nervoso central e o cérebro. 
Os carboidratos fornecem aproximadamente 4 calorias por grama.

Os açúcares estão presentes amplamente na natureza, incluindo frutas, vegetais, mel e


leite (lactose).

2º) Composição

Os açúcares são carboidratos monossacarídeos ou dissacarídeos. A maioria dos


alimentos contém alguns de cada.

Monossacarídeo: Uma única unidade molecular que é absorvida diretamente na


corrente sanguínea. Os monossacarídeos mais comuns são glicose (também conhecida
como dextrose), frutose, galactose e manose. 

Dissacarídeo: Açúcar contendo dois monossacarídeos ligados entre si, que são
decompostos no corpo em dois açúcares únicos. Os dissacarídeos mais comuns são:

 Sacarose (ou açúcar de mesa) = glicose + frutose 


 Lactose = glicose + galactose
 Maltose = glicose + glicose
 Trehalose = glicose + glicose, mas as duas unidades de glicose estão ligadas de
maneira diferente da maltose

3º) Produção

Os açúcares mono- e dissacarídeos ocorrem naturalmente em alimentos como frutas,


vegetais, leite e mel. Por exemplo, a glicose ocorre no milho, mel e frutas; a frutose
(açúcar da fruta ou levulose) é encontrada no mel e nas frutas; a sacarose é encontrada
na cana de açúcar, beterraba, frutas e legumes; a lactose ocorre apenas no leite; a
maltose é encontrada no melaço; trealose é encontrada em cogumelos; e a galactose
ocorre apenas em alimentos na forma em que está ligada à glicose como lactose.

Há também os açúcares que são produzidos comercialmente. Por exemplo, a sacarose


(açúcar de mesa) é produzida a partir da cana e beterraba; açúcar mascavo, melaço e
açúcar de cana são produzidos a partir da cana de açúcar; e xarope de milho e xarope de
milho com alto teor de frutose são produzidos a partir de amido de milho. Outras fontes
de açúcar incluem xarope de ácer, xarope de malte, xarope de agave e concentrados de
sumo de frutas.

4º) Índice Glicémico

O índice glicémico (IG) é um fator que diferencia os alimentos, de acordo com a


quantidade de moléculas de glicose presentes em cada um e está diretamente
relacionado com a Glicemia, que é o nível de açúcar circulante no sangue.

Sempre que ingerimos carboidratos, estes entram na corrente sanguínea com diferentes


velocidades. Com base nesse facto, é possível classificá-los: quanto mais rápido o seu
ingresso, maior será a libertação de insulina pelo pâncreas, pois o corpo tenta equilibrar
os níveis de açúcar.

Alimentos que afetam pouco a resposta de insulina no sangue são considerados de baixo
valor glicémico, e os que afetam muito, de alto valor glicémico

A insulina é uma hormona que tem o poder de transportar o açúcar para dentro
das células dos músculos, onde, no fígado, se deposita na forma de glicogénio; estes
depósitos, entretanto, têm uma capacidade limitada, o que faz com que todo o excesso
de glicose no sangue seja convertido em ácidos gordurosos e triglicerídios, que serão
armazenados sob a forma de gordura. Caso se continue a ingerir alimentos de alto IG, o
organismo começa a adquirir resistência à insulina, uma vez que o corpo começa a
produzir uma quantidade maior de insulina.

Os gráficos de índice glicémico geralmente oferecem apenas um valor por alimento. No


entanto, é possível existir variações do índice glicémico para o mesmo alimento devido
a:

Fase de amadurecimento (as frutas mais maduras contêm mais açúcares, o que aumenta
o IG)

Métodos de cozimento (quanto mais cozido, mais a estrutura celular do alimento está
"partida", com uma tendência para digerir rapidamente e gerar IG mais elevado)

Processamento (a farinha tem um IG maior do que os grãos inteiros)


O comprimento do armazenamento (As batatas são um exemplo notável, variando de
moderado a muito alto, mesmo dentro da mesma variedade)

A resposta glicémica é diferente de uma pessoa para outra, e também na mesma pessoa,
varia de dia para dia, pois, depende dos níveis de glicose no sangue, resistência à
insulina e outros factores. O índice glicémico indica apenas o impacto nos níveis de
glicose duas horas depois de comer o alimento.

Um índice glicémico inferior sugere taxas mais lentas de digestão e absorção dos


carboidratos. Uma menor resposta glicémica geralmente equivale a uma menor procura
de insulina, e pode melhorar o controlo a longo prazo da glicemia e os lipídios no
sangue.

5) Diferentes tipos de açúcares e adoçantes

Açúcar mascavado
É a extração bruta a partir da cana de açúcar, ou seja, não passa por nenhum processo de
refinamento e, por isso, preserva os seus minerais. É a melhor opção para quem não
prescinde do doce do açúcar e que não está numa dieta de restrição calórica, pois possui
um elevado IG. Tem um custo mais acessível que o orgânico.

Açúcar demerara
De cor mais amarelada passa por leve refinamento em comparação com o mascavado,
mas ainda assim mantém osseus minerais. Tem o sabor um pouco menos encorpado que
o mascavado. Tem um IG baixo e pode ser utilizado para adoçar preparações e bebidas
no lugar do açúcar refinado principalmente por indivíduos obesos e com má absorção de
açúcar.

Açúcar refinado/ de mesa


Também chamado de sacarose, é o mais comum e o que passa por maior processo de
refinamento, ou seja, perde mais de 90% de seus nutrientes, restando apenas as calorias.
Utilizado como adoçante de mesa, nas bebidas industrializadas e receitas de bolos.
Possui um alto índice glicêmico (65 em 100) ou seja, é absorvido pelo organismo
rapidamente gerando um impacto instantâneo na elevação da insulina. Uma colher de
sopa leva 48 calorias e 12 gramas de açúcar.

Açúcar cristal
Passa por menos processos de refinamento para ficar na forma de cristais grandes e
transparentes, sendo mais apropriado para o uso culinário. No entanto, também perde
cerca de 90% dos seus nutrientes. É a partir dele que são produzidos os tipos refinado e
de confeiteiro. É de difícil dissolução em líquidos, mais utilizados em preparações como
bolos e doces. Também possui um alto IG.

Açúcar orgânico
Produzido a partir de técnicas sustentáveis, sem uso de aditivos químicos e não passa
por processo de refinamento. Sendo assim, mantém sua composição nutricional
semelhante ao mascavado.
Pode substituir normalmente o açúcar cristal pois mantém suas qualidades nutritivas,
porém com atenção pois possui alto IG.

Açúcar em pó
Com mais processos para que haja separação dos grãos em menor tamanho. Para o
açúcar em pó o amido é adicionado e utilizado em finalizações de receitas doces.

Açúcar light
Combinação do açúcar refinado (ou sacarose) com a sucralose, adoçante artificial. A
sucralose é 600 vezes mais doce que o açúcar, assim permite que o consumidor sinta
mais o sabor doce, com menos quantidade de açúcar.

Açucar não refinado


O açúcar não-refinado não é realmente açúcar bruto. É processado, embora não tão
refinado quanto o açúcar branco. Com Índice glicêmico de 65

Açúcar de coco
Extraído do fluido das flores da palma de coco, após aquecimento e trituração para que
os cristais formados se dissolvam. Ficou conhecido por apresentar um médio índice
glicémico e boa palatabilidade. Com Índice glicémico: 35 a 40. Não exagerar.
 
Stevia
As folhas da Stevia rebaudiana possuem substâncias chamadas glicosídeos que chegam
a adoçar 300 vezes mais que o açúcar. É um adoçante bem antigo, quase não possui
calorias, estável em altas e baixas temperaturas. Por ser natural, é uma boa opção para
quem precisa restringir calorias, mas não deixa de lado o sabor doce dos alimentos.
Índice glicémico :0 Reduz o nível de açúcar no sangue e não tem efeitos colaterais
negativos.

Xilitol
Xilitol é um álcool de açúcar com propriedades muito peculiares: não depende da
insulina para ser metabolizado (bom para os diabéticos), reduz a incidência de cáries
(bom para as crianças) e muito utilizado por aqueles que não toleram fisiologicamente
açúcares e adoçantes artificiais e naturais. A aparência e o sabor são semelhantes ao
açúcar. Índice glicémico: 7. Tal como acontece com outros álcoois de açúcar, o
consumo excessivo pode resultar em efeitos colaterais gastrointestinais, como inchaço,
flatulência e diarreia. Com 40% menos calorias do açúcarrefinado. Estudos mostraram
que o xilitol aumenta a absorção de cálcio no sistema digestivo, contribuindo para a
saúde dos dentes e dos ossos.
Pode ser usado tanto em bebidas quanto na preparação de doces. É uma boa opção por
ter baixo valor calórico e por suportar altas temperaturas, ótimo para adoçar bebidas e
receitas diversas.

Aspartame/ciclamato/sacarina/sucralose
Os adoçantes artificiais foram criados inicialmente para os diabéticos, mas por não
conter calorias e adoçarem entre 300 a 600 vezes mais que o açúcar comum, ganhou os
consumidores com excesso de peso. Alguns estudos actuais mostram que o alto
consumo pode alterar a actuação de alguns genes, bem como desenvolver cancro e
Alzheimer. No entanto, o maior problema que eles poderiam causar é “enganar” o
cérebro: o organismo ao detectar o sabor doce, prepara-se para metabolizá-lo. E é o que
não acontece, pois não possui calorias. Assim, pode disparar alguns sinais, inclusive de
fome.
Resumindo: Evitar

Frutose
É o açúcar encontrado naturalmente nas frutas, enquanto que o xarope de milho de alta
frutose (HFCS – do inglês High Fructose Corn Syrup) é uma combinação de 50% de
glicose e 50% de frutose. Embora sejam as mesmas substâncias presentes em qualquer
açúcar, a forma como são metabolizadas é diferente. A frutose não requer insulina, e por
esse motivo faz parte de uma via metabólica que passa pelo fígado e a armazena como
gordura. Quando ela é consumida através das frutas, junto vão os nutrientes e a
quantidade é muito menor se comparada ao HFCS, presente em bebidas de pacote,
rebuçados, doces e refrigerantes.

Melado (melaço de cana)


É a forma líquida extraída direto da cana, conservando muitos nutrientes e com bom
poder adoçante. Recomenda-se pelo poder nutritivo, mas possui calorias, assim como os
outros açúcares.

Mel
É o adoçante mais antigo do mundo e ainda que também tenha boas quantidades de
glicose e frutose, é rico em diversos nutrientes.. Tem antioxidantes, minerais, vitaminas,
aminoácidos, enzimas, carboidratos e fitonutrientes, o mel cru e não processado é
considerado um superalimento e remédio para muitas doenças. O mel ainda pode
apresentar propriedades antibacterianas e em pequenas quantidades pode ser considerado o
melhor dos adoçantes. Escolha o seu mel com sabedoria e obtenha mel cru e sem
aquecimento para obter os maiores benefícios para a saúde. Cuidado com exageros por
ter maior índice glicémico. Índice glicémico: 40 a 60. Uma colher de sopa leva 64
calorias e 17 gramas de açúcar. É composto por 75% de açúcares, sendo frutose (algo
como 40%) e glicose (algo como 30%) podendo gerar picos de insulina.

Calda de agave
Extraída de um cacto, tem 80% frutose, bom poder adoçante, mas deve ser consumida com
cautela. O seu excesso pode aumentar a gordura acumulada no fígado. É um adoçante
calórico, por isso, deve ser usado moderadamente por quem precisa perder peso. Poderá
aumentar o risco de síndrome metabólica e resistência à insulina. Índice glicémico: 15 a 30,
uma colher de sopa leva 60 calorias e 15 gramas de açúcar.
Agave é ótimo no ponto de vista de IG, não possui tanto impacto na libertação de insulina,
porém possui um ponto contra, o alto índice de frutose (60%), que converte-se em gordura
mais rápido que os outros açúcares, podendo afetar os triglicerídeos.

Eritritol
Um álcool de açúcar que ocorre naturalmente em algumas frutas e alimentos fermentados.
Produz menos problemas digestivos do que o xilitol e nenhum efeito sobre o açúcar no
sangue.
Definitivamente uma boa opção de adoçante. Atente para marcas de qualidade, no entanto.
Índice glicêmico: 1

Fruta Seca
 Fruta da qual a água foi removida. Usado em muitos lanches veganos crus para doçura e
suas propriedades de ligação. Deve ser comido com moderação devido ao seu impacto
glicémico relativamente alto: de 29 a 35

Xarope de Ácer
Feita por seiva fervente colhida de árvores de ácer de crescimento natural. Com um índice
glicémico muito alto, ela é refinada e, portanto, processada.
Se tiver de utilizar, use a variedade mais escura disponível, pois tem mais nutrientes.
Chamado também de Maple Syrup é na sua maioria Sacarose (50% Glicose, 50% Sucrose),
o mesmo do açúcar de mesa, porém carregado de minerais e não é processado. Note que o
corpo não absorve Sacarose, precisa partir os açúcares para então absorvê-los, este processo
stressa o organismo e é considerado pior do que a ingestão de monossacarídeos. Com um
Índice glicêmico de 54, uma colher de sopa leva 52 calorias e 12 gramas de açúcar
 
Melado 
Subproduto viscoso da refinação de cana-de-açúcar ou beterraba sacarina em açúcar. O
melado é rico em ferro, cálcio e magnésio e é o único açúcar que se forma alcalino.
Alto índice glicêmico, mas a variedade nutricional pode ser boa para um uso ocasional.
OMPARATIVO DE ÍNDICE GLICÊMICO
A seguir, segue uma tabela comparativa de IG (índice glicémico) que mede o quanto a sua
glicemia sanguínea é elevada por um determinado alimento.

Carboidratos Líquidos (por


Adoçante IG Tipo Calorias (por 100g)
100g)
Stévia 0 Natural 5 20
Inulina 0 Natural 1 150
Fruta-dos-monges 0 Natural 0-25 0-100
Tagatose 3 Natural 35 150
Eritritol 0 Álcool de Açúcar 5 20
Xilitol 13 Álcool de Açúcar 60 240
Maltitol 36 Álcool de Açúcar 67 270
Sucralose 0-80 Artificial 0 0
Aspartame 0 Artificial 85 352
Sacarina Variável Artificial 94 364
Açúcar Comum 63 Processado 100 387

Achamos que o açúcar é o “açúcar mais açucarado” que existe, mas isso não é verdade!
O xarope de glicose puro contém 55,9 g de açúcar por 100 ml (o que é muito açúcar), mas o
xarope de ácer contém 79,2 g de açúcar por 100 ml e o mel com 117,4 g de açúcar por 100
ml. Isso é um açúcar super concentrado! 

Ao ler os rótulos nutricionais ou adicionar açúcar aos alimentos e bebidas, lembre-se:


1 grama de açúcar fornece cerca de 4 calorias -> 4 gramas de açúcar = 1 colher de chá

Lista de ingredientes : Os açúcares adicionados aos alimentos e bebidas estão listados na


lista de ingredientes. Os ingredientes são listados em ordem decrescente com base na
quantidade - o que significa que, quanto mais próximos eles estão no início da lista, maior a
quantidade desse ingrediente nos alimentos. 
Para o teu corpo, todas as fontes de açúcar são iguais
O trato digestivo divide todas as fontes de açúcar em açúcares simples chamados
(monossacarídeos).
O U.S. Dietary GuidelinesTrusted Source informa que um adulto que ingere 2.000 calorias
por dia deve ter menos de 12,5 colheres de chá ou 50 gramas de açúcar adicionado
diariamente. Mas a American Heart Association diz que as mulheres devem tomar menos
de 6 colheres de chá (25 gramas) e os homens devem ter menos de 9 colheres de chá (36
gramas) por dia.

A realidade é que a maioria dos açúcares adicionados é composta de glicose e frutose em


proporções variáveis. Por exemplo, sacarose (açúcar comum de mesa) é 50% de glicose e
50% de frutose; a forma mais comum de HFCS (produzida a partir de amido de milho
através de processamento industrial) contém 45% de glicose e 55% de frutose; e alguns
tipos de néctar de agave contêm até 90% de frutose e 10% de glicose.

A glicose e a frutose têm destinos metabólicos diferentes; portanto, em teoria, consumir um


sobre o outro pode levar a diferenças na saúde metabólica. Por exemplo, a glicose é
absorvida do intestino para o sangue e é absorvida pelo músculo, fígado e células de
gordura em resposta à libertação de insulina do pâncreas. Por outro lado, a frutose é
metabolizada no fígado e não aumenta os níveis de glicose no sangue ou insulina. Mas
como a glicose e a frutose viajam juntas nos alimentos e bebidas que ingerimos, precisamos
considerar seus efeitos holisticamente.
Os nossos níveis de insulina não aumentam tanto com a frutose quanto quando ingerimos
glicose. Isso parece bom em teoria, mas a insulina desencadeia a resposta hormonal que diz
ao cérebro que estamos cheios. A frutose não provoca essa reação, por isso é mais fácil
comer demais. Se comermos mais frutose do que precisamos, o excesso disso também será
armazenado como gordura. A frutose não suprime a secreção de grelina , que é o hormônio
que estimula nosso apetite; portanto, ainda sentimos fome depois de comê-lo.

Se um açúcar adicionado contém mais ou menos frutose versus glicose tem pouco impacto
na saúde. (Uma exceção pode ser as pessoas com diabetes que precisam controlar a glicose
no sangue; nesse caso, pode ser preferível um açúcar com mais frutose e menos glicose.)
Alguns tipos de açúcar adicionado - mel, por exemplo - também podem conter
micronutrientes ou outros compostos bioactivos. Mas essas propriedades têm pouco
benefício quando se trata de saúde metabólica.
Em resumo, é melhor limitar todas as fontes de açúcar adicionadas ao nível recomendado de
ingestão. Para a maioria das pessoas, um tipo de açúcar não é melhor que outro.

5º) Então, como o açúcar afecta o nosso sistema imunológico?


O consumo de açúcar tem sido associado à inflamação, envelhecimento e cancro.
O açúcar e os seus produtos alimentares podem interferir na maneira como os glóbulos
brancos do sistema imunológico limpam os detritos. Reduzir a ingestão desses alimentos
pode ter um impacto benéfico directo no sistema imunológico.
O açúcar também reduz o número de bactérias benéficas que vivem no intestino. Como essa
bactéria é necessária para absorvermos os nutrientes dos alimentos, uma dieta rica em
açúcar pode rapidamente levar a má nutrição e vulnerabilidade a queixas intestinais. Impede
a absorção dos minerais cálcio, cromo e magnésio necessários para um sistema hormonal e
produção de energia em pleno funcionamento. O cromo e o magnésio também são
fundamentais para equilibrar a quantidade de glicose no nosso sistema; portanto, sem esses
nutrientes em seu potencial total, podemos sofrer de uma condição de açúcar no sangue
chamada hipoglicemia que pode levar ao diabetes. O açúcar também bloqueia a produção
de prostaglandinas anti-inflamatórias, incentivando activamente a natureza inflamatória da
endometriose.
 
Além disso, o açúcar aumenta a gordura, o que aumenta a produção de estrogénio. O
açúcar, também é um anti-nutriente, esgotando o corpo de vitaminas e minerais valiosos. A
ingestão de alimentos com açúcar faz com que o pâncreas produza insulina e pode
incentivar o aumento das células adiposas e, claro, o ganho de peso. As células adiposas
produzem algo chamado enzima aromatase e produz pequenas quantidades de
estrogénio. Portanto, quanto mais células adiposas tiveres, mais estrogénio
produzirás. Muita glicose na corrente sanguínea também incentiva a produção de
prostaglandina 2 (PGE2), a substância química libertada pelo nosso sistema imunológico
para causar inflamação.
 
O nosso sistema imunológico não é apenas responsável por combater gripes e constipações,
mas também é essencial no processo de cicatrização. Faz isso libertando um sofisticado
cocktail de substâncias químicas chamadas prostaglandinas que aumentam ou diminuem a
inflamação. Esse status inflamatório é um mecanismo de proteção natural para proteger
tecidos e órgãos delicados contra uma ameaça - algo visto como fisiologicamente anormal e
errado. Este processo utiliza uma grande quantidade de nutrientes. Ele então usa esses
nutrientes para curar os danos e regular a inflamação.
 
Mulheres com endometriose não têm um sistema imunológico forte. As células "assassinas"
naturais do sistema imunológico não funcionam tão efectivamente quanto
deveriam; manchas endometriais que devem ser consideradas como 'invasoras' e destruídas
por produtos químicos libertados pelo sistema imunológico, não são. Em vez disso, eles
permanecem intactos para atrasar e migrar para outras partes do corpo, tazendo ainda mais a
inflamação. Como sabemos que o sistema imunológico de uma mulher com endometriose é
sugerido como mais fraco que a norma, é de vital importância apoiar esse sistema para
controlar o processo inflamatório.
A insulina também aumenta a produção de testosterona, que é então convertida em ainda
mais estrogénio pelo tecido adiposo da barriga.
Esses efeitos significam que a proporção de estrogénio e progesterona (conhecida por nos
manter calmos e felizes) é muito alta, levando a irritabilidade, ansiedade, insônia e muito
mais.
Isso também significa que para portadoras de endometriose, poderíamos estar a incentivar o
crescimento da doença. A endometriose é uma doença dependente do estrogénio, portanto,
queremos reduzir os nossos níveis de estrogénio.
A glicose é essencialmente o que alimenta todo o corpo e os sistemas que funcionam dentro
dele. O sistema endócrino governa as nossas hormonas e, quando os nossos níveis de açúcar
no sangue não estão equilibrados, o corpo vê isso como stressor e activa as hormonas do
stress: adrenalina e cortisol.
Quando o corpo precisa de cortisol, a produção de progesterona é sacrificada, deixando
níveis mais altos de estrogênio em seu sistema.
O domínio do estrogénio não afecta apenas a endometriose, mas todo o corpo também. Da
mesma forma, o cortisol e a adrenalina, embora necessários em certas quantidades, podem
causar danos à nossa saúde quando em excesso.
Existem muitas outras maneiras pelas quais os níveis desequilibrados de açúcar no sangue
podem ter um efeito negativo nas nossas hormonas; desde impedir a ovulação até contribuir
para a síndrome dos ovários policísticos (SOP). 

O açúcar aumenta a gordura, o que aumenta a produção de estrogênio. Comer alimentos


com açúcar refinado faz com que o pâncreas produza insulina e pode incentivar um
aumento nas células adiposas e / ou aumentar o ganho de peso. As células adiposas
produzem a enzima aromatase e pequenas quantidades de estrogênio. Consequentemente,
quanto mais células adiposas, mais estrogênio é produzido. Muita glicose na corrente
sanguínea também incentiva a produção de prostaglandina 2 (PGE2), a substância química
liberada pelo sistema imunológico para causar mais inflamação em áreas onde a inflamação
já existe. O açúcar também reduz a quantidade de bactérias benéficas que vivem no
intestino.

Se tiveres a saúde em dia e com seus exames normais, o açúcar só deve ser consumido duas
vezes ao dia: ao acordar e logo após exercícios físicos, e em quantidades moderadas. 

Pode ser que realmente não exista o “mais saudável” dos açúcares e sim a quantidade e
momento que os utilizamos.

Mesmo se não comemos açúcar, os nossos corpos podem fazê-lo se precisarem. Temos em


nós um processo chamado gliconeogênese (que significa 'produzir novo açúcar'), no qual
podemos converter outras substâncias baseadas em carbono em açúcar, se necessário.
Esse processo usa mais energia do que se comermos açúcar, mas não morreremos se não
comemos. Muito poucos de nossos órgãos dependem apenas de glicose para obter
energia. Até o cérebro pode usar outras substâncias para a produção de energia, se
necessário. 
Se comemos açúcares simples, eles são absorvidos rapidamente, causando um aumento no
açúcar no sangue, o que causa uma grande liberação de insulina, que leva o açúcar para as
células e faz com que o nível de açúcar no sangue caia, o que nos leva a alcançar. . . mais
açucar. Esses níveis de açúcar no ioiô afectam o nosso humor, níveis de energia, sono e
causam problemas de longo prazo com nossa saúde e bem-estar.
www.ift.org/
https://www.health.harvard.edu/blog/are-certain-types-of-sugars-healthier-than-others-
2019052916699
https://www.heart.org/en/healthy-living/healthy-eating/eat-smart/sugar/added-
sugars#.WPQgPI4lHox
https://www.wildnutrition.com/
https://www.womenshealthnetwork.com/

https://www.endometriosisdiet.com.au/

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