1) Antônio fecha um contrato de compra e venda, na qualidade de
comprador de um imóvel comercial com João, proprietário , em 10 prestações sem juros. Como o imóvel tem uma boa localização João exige para que seja concluído a negociação e o contrato o valor de R$ 10.000,00, para assegurar o negócio. Antônio aceita o negócio mas condiciona em cláusula contratual a possibilidade de fazer-se substituir no negócio o que é aceito por João. Quando o contrato é concluído Antônio indica em sua substituição Carlos . Carlos aceita a indicação e assume os direitos do negócio. Passados 3 meses Carlos é surpreendido com uma ação reivindicando o imóvel , com base em uma sentença judicial anterior que dá a propriedade do imóvel a Benedito. Ocorre que Carlos já tinha feito algumas benfeitorias no imóvel. Diante disto responda: a) Analise o enunciado acima e identifique os institutos contratuais e cláusulas contratuais impostas no negócio, fazendo um breve conceito de cada um. R:Contrato bilateral entre as partes, no qual houve uma resolução de compra e venda cabendo uma das partes quitar o pagamento estabelecido no contrato, contudo a existência de uma clausula resultou na alienação do imóvel locado. Diante do negocio cabe analisar as benfeitorias de Carlos como voluptuosas, uteis ou necessárias. b) Poderia Carlos, quando sofreu a ação, parar de pagar as prestações devidas? Qual seria a alegação? R:Sim, pois havia necessidade de uma declaração de nulidade do negocio jurídico, posterior realizado com vicio, portanto o negocio era invalido. Mas diante do caso concreto Carlos teria de reivindicar seus direitos a justiça não podendo cessar o pagamento da divida enquanto eventualmente correspondido por meios legais. Cabe citar o Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. Carlos, poderia ser prejudicado caso não houvesse de reivindicar seus direitos. c) Se Carlos perder o imóvel quais os direitos que terá? Como exercerá estes direitos e contra quem? R:Carlos, entraria com uma ação reivindicatória contra João, já que este era o proprietário anterior do imóvel e não demonstrou de incumbência necessária descritas no contrato. d) Carlos poderia ter negado a indicação? R:Sim, Carlos poderia não ter aderido a indicação, caso não concordasse com a situação contratual. 2) João se compromete a pegar a assinatura da sua esposa em um contrato de fiança que está prestando a favor de Carlos. Ocorre que a esposa não aceita e não dá sua assinatura. Diante disto Carlos acaba perdendo o contrato e quer responsabilizar João por isto. Você como advogado de João como o defenderia? Você como advogado de Carlos conseguiria responsabilizar João? R:Promessa de fato de terceiro é o intuito pelo qual o promitente se obriga a fazer com que um terceiro realize o objeto do contrato. O terceiro deve ter capacidade e aptidão para contratar. Se o terceiro aceitar a realização da obrigação, o promitente sairá do contrato e nenhuma responsabilidade terá pela inexecução da obrigação. Se o promitente não realizar a sua obrigação (fazer com que terceiro realize objeto do contrato), devera indenizar o outro contratante. Não haverá indenização se o terceiro for cônjuge do promitente e dependendo do regime de bens , a responsabilidade de algum modo recaia sob o terceiro. Portanto, a advogada de João, defenderia a existência de autonomia, portanto a esposa de João, não é obrigada assinar a fiança . Por razão, a outorga uxória impede a fiança se tornasse nula. E como advogada de Carlos, não há possibilidade de responsabilizar João, tendo em vista que este se tornou impossibilitado de ser fiador, sem a anuência da esposa de acordo com o paragrafo único do Art. 239 CC. A lei, que diz sobre a outorga uxória, impediria Joao de ser fiador e de qualquer forma o contrato se tornaria nulo.
3) João faz um contrato de compra de um computador pela internet. O valor do
contrato é de R$ 1.000,00 ( hum mil reais ) em 10 prestações mensais e consecutivas. Definido o computador fora enviado para João, que quando abriu identificou que não se tratava das mesmas configurações. Em contato com o vendedor este afirmou que como não tinha nada documentado o computador comprado foi o mesmo enviado. Diante disto exponha os princípios contratuais para a defesa de João, qual o tipo de contrato firmado, classificação dele e como foi feita a sua formação.
O contrato firmado entre João e o vendedor, foi um contrato de compra e venda
que se caracteriza quando alguém abre a mão de certo bem, em troca de dinheiro, enquanto consumidor, onde diz que caso ele receba algo diferente daquele contrato, ele poderá exigir que o produto seja entregue; aceitar outro produto; e pode rescindir o contrato, pleiteando a devolução do dinheiro já pago. Quando se classifica esse contrato, é possível influir que este é típico, ou seja, suas regras estão expressas na legislação: consensual, pois houve a entrega efetiva da coisa. Foi um contrato oneroso, bilateral, individual e diferida. Além disso, houve manifestação de vontade, o que é um requisito de existência de um negocio jurídico. No entanto, faltou um requisito, a boa-fé objetiva do vendedor, ora, este enviou ao seu comprador outro produto, não avisando do fato. Com isso, o juiz pode rever contrato e interferir da autonomia da vontade privada, quando há acontecidos extraordinários (aquilo que vai acontecer independente das vontade privada, quando há acontecidos extraordinários (aquilo que vai acontecer independe das vontades) ou imprevisíveis (pode acontecer mas não há previsão) que afete a situação de uma das partes.