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Noções básicas em

Previdência Complementar
Unidade 4 - Investimentos das EFPC

Parceria
SURPC e ESAF
Ficha Técnica

Gestão Acadêmica

Escola de Administração Fazendária - ESAF

Conteudistas
Denise Viana da Rocha Lima - MF/SURPC
Eldimara Custódio Ribeiro Barbosa - MF/SURPC
Eleida Maria Gomes da Silva - MF/SURPC
Nilton Antonio dos Santos - MF/SURPC

Revisores
Diego Henrique Ferreira de Araújo - MF/SURPC
Elaine Borges da Silva - MF/SURPC
Lilian Alves de Almeida - MF/SURPC
Nilton Antonio dos Santos - MF/SURPC
Rafael Alves do Nascimento Azevedo Roda - MF/SURPC
Regis Ribeiro da Silva - MF/SURPC
Caroline Nagel Moura de Souza - ESAF

Designer Gráfico e Webdesigner


Larissa de Carvalho Ferreira

Diagramação

Erley Ramos Rocha - ESAF

Designer Educacional

Francisco Adelmo Passos

Crédito de imagens

Freepik

Visual hunt / CC BY-SA

Pexels
Sumário

Aula 01 - A Política de Investimento e a Aplicação dos Recursos Livro......................................4


1. Reflexão.......................................................................................................................................4
2. Introdução....................................................................................................................................4
3. Objetivo das EFPC.......................................................................................................................5
4. Política de Investimentos............................................................................................................5
5. Normatização da Política de Investimentos..............................................................................6
6. Diretrizes para os Investimentos................................................................................................6
7. Regras Operacionais...................................................................................................................6
8. Regras de Alocação de Recursos...............................................................................................7
9. Segmentos de Aplicação............................................................................................................7
10. Limites Individuais de Aplicação..............................................................................................8
11. Exemplos de Limites para Alocação de Recursos..................................................................9
12. Limites em Relação ao Total de Recursos...............................................................................9
13. Existência de Regras Prudenciais......................................................................................... 10
14. Final da Unidade 4.................................................................................................................. 10
Investimentos da EFPC
Unidade 4
A Política de Investimentos e a Aplicação dos Recursos
Aula 1

Aula 01 - A Política de Investimento e a Aplicação dos Recursos

1. Reflexão

“Em certos momentos, os homens são donos dos seus próprios destinos”

(Shakespeare)

2. Introdução

Está começando a quarta Unidade do Curso de Noções


Básicas em Previdência Complementar.
Nesta aula, serão estudadas a política de investimento das
EFPC (Entidade Fechada de Previdência Complementar)
e as modalidades de investimentos em que podem ser
aplicados os recursos financeiros.

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Investimentos da EFPC
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A Política de Investimentos e a Aplicação dos Recursos
Aula 1

Objetivos

Ao final desta Unidade, você será capaz de:

• Indicar a necessidade das EFPC realizarem investimentos.


• Destacar a política de investimento das EFPC.
• Descrever as modalidades previstas de investimentos.

Conteúdo

Conheça os assuntos que serão abordados nesta Unidade:

• A Política de investimento das EFPC.

• Modalidades previstas de investimentos.

3. Objetivo das EFPC

Conforme visto anteriormente, uma das características do RPC é a utilização do


regime de capitalização na constituição das reservas formadas pela acumulação das
contribuições e da rentabilidade dos recursos investidos.
O objetivo das EFPC é alcançar a rentabilidade necessária para o pagamento dos
benefícios e não procurar necessariamente os investimentos de maior rentabilidade e
risco.

As EFPC administram poupança previdenciária de


longo prazo e não visam lucros.

4. Política de Investimentos

Você sabe como é feita a política de investimento e a


aplicação de recursos pela EFPC?

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Investimentos da EFPC
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A Política de Investimentos e a Aplicação dos Recursos
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Essa política é elaborada anualmente pela Diretoria-Executiva para cada plano de


benefício e aprovada pelo Conselho Deliberativo da EFPC.
Na elaboração dessa política, são considerados alguns parâmetros: a modalidade de
plano, o perfil da massa de participantes, os fluxos de pagamentos futuros dos benefícios
e as opções de investimentos disponíveis, considerando suas rentabilidades e riscos.

5. Normatização da Política de Investimentos

Os investimentos visam assegurar a solvência, a liquidez e o equilíbrio


dos planos de benefícios, existindo regras prudenciais para as modalidades de
investimentos.
Desse modo, é possível evitar especulações e minimizar riscos, proporcionando
mais tranquilidade aos participantes.
Os recursos são aplicados conforme as necessidades dos planos. Para isso
é definida a Política de Investimento, observadas as diretrizes estabelecidas na
Resolução CMN nº 4.661, de 25 de Maio de 2018.

6. Diretrizes para os Investimentos

As diretrizes estabelecidas na Resolução CMN nº 4.661/2018 visam à minimização


de riscos por intermédio de algumas regras prudenciais.

I - Operacionais

Procedimentos e atividades administrativas relacionadas aos investimentos.

II - De Alocação de Recursos

Diversificação das modalidades e definição dos limites gerais e individuais por


segmentos de aplicação, por tipo de investimentos e por percentuais de concentração.

7. Regras Operacionais

Objetivos

• Designar administrador estatutário tecnicamente qualificado para ser responsável


pelas aplicações, sendo necessário possuir certificação em entidade de
reconhecida capacidade técnica.

• Realizar controles internos e avaliação de risco dos investimentos.

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• Ter serviço de custódia para guarda de títulos e liquidação das operações de


compra e venda.

8. Regras de Alocação de Recursos

Objetivo

Estabelecer limites máximos para aplicação dos recursos em relação a cada plano
de benefícios e ao total de recursos administrados pela EFPC.

Veja os exemplos abaixo:

Pelo total de recursos


Por Planos e Benefícios
administrados pela EFPC

Segmentos de aplicação Concentração por Emissor

Por tipo de investimento


(limite individual)
Concentração por investimento
Por emissor de títulos e
calores mobiliários

9. Segmentos de Aplicação

Em relação aos Segmentos de Aplicação, veja abaixo os limites máximos de alocação


de recursos previstos na Resolução CMN nº 4.661/2018.
Segmentos de aplicação e percentual máximo:

Segmentos de aplicação Percentual máximo

Renda Fixa 100%

Renda Variável 70%

Investimentos estruturados 20%

Operações com participantes 15%

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Investimentos no exterior 10%

Imobiliário 20%

10. Limites Individuais de Aplicação

Título da Dívida Pública Mobiliária Federal - máx. 100%.

Ativos financeiros de renda fixa (instituições bancárias ou sociedades de


capital aberto) - máx 80%.

Cotas de fundos de investimento (mercado secundário) - máx. 80%.

Títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais - máx. 20%.

Obrigações de organismos multilaterais emitidas no País - máx. 20%.


Renda Fixa
Ativos financeiros de renda fixa de emissão de instituições financeiras não
bancárias e de cooperativas de crédito.- máx. 20%.

Debêntures emitidas por sociedade por ações de capital fechado - máx.


20%.

Cotas de classe de fundos de investimento em direitos creditórios - máx.


20%.

Cédulas de produto rural (CPR) - máx. 20%.

Ativos negociadas em segmento especial da bolsa de valores - máx. 70%.

Ativos não negociados em segmento especial da bolsa de valores - máx.


50%.
Renda
Variável Certificados representativos de ouro físico - máx 3%

Brazilian Depositary Receipts (BDR) classificados como nível II e III –


max 10%

Investimentos Cotas de fundos de investimento (FIP, FIM e FICFIM) - máx. 15%.


Estruturados Certificados de operações estruturadas (COE) - máx. 10%.

Cotas de fundos de investimentos: dívida externa.

Cotas de fundos de índice do exterior negociadas em Bolsa de Valores.

Cotas de fundos de investimento constituídos sob a forma de condomímio


Investimentos aberto.
no
Exterior Brazilian Depositary Receipts (BDR) classificado como nível I.
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Ativos no exterior pertencentes às carteiras dos fundos constituídos no
Brazilian Depositary Receipts (BDR) classificados como nível II e III –
max 10%
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Investimentos
Aula 1 Cotas de fundos de investimento (FIP, FIM e FICFIM) - máx. 15%.
Estruturados Certificados de operações estruturadas (COE) - máx. 10%.

Cotas de fundos de investimentos: dívida externa.

Cotas de fundos de índice do exterior negociadas em Bolsa de Valores.

Cotas de fundos de investimento constituídos sob a forma de condomímio


Investimentos aberto.
no
Exterior Brazilian Depositary Receipts (BDR) classificado como nível I.

Ativos no exterior pertencentes às carteiras dos fundos constituídos no


Brasil

É vedado à EFPC aplicar no exterior por meio de carteira


própria ou administrada

Cotas de fundos de investimento imobiliário, (FII e FICFII).

Imobiliário Certificados de recebíveis imobiliários (CRI).

Cédulas de crédito imobiliário (CCI).

Operações Empréstimos consignados para os participantes;


com
participantes Financiamentos imobiliários.

11. Exemplos de Limites para Alocação de Recursos

Por Planos de Benefícios

I - Por emissor de títulos e valores mobiliários:

• Tesouro Nacional - máx. 100%.

• Instituição Financeira - máx. 20%.

• Demais emissores - máx. 10%

12. Limites em Relação ao Total de Recursos

Exemplos de limites em relação ao total dos recursos administrados pela


EFPC

I - Concentração por emissor

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Investimentos da EFPC
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A Política de Investimentos e a Aplicação dos Recursos
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• Capital total ou volante de uma mesma companhia aberta - máx. 25%.

• Patrimônio líquido de uma mesma instituição financeira - máx. 25%.

• Patrimônio líquido de um fundo de investimento - máx. 25%.

II - Concentração por investimento

• Aplicação na mesma série de títulos ou valores mobiliários - máx. 25%.

13. Existência de Regras Prudenciais

Como se pôde perceber, a política de investimento elaborada pelas EFPC possui a


finalidade de cumprir com as obrigações dos planos de benefícios, sendo pautada nos
princípios de segurança, prudência, solvência e liquidez.
Dessa forma, a existência de regras prudenciais para a aplicação dos recursos
proporciona segurança e tranquilidade ao trabalhador que opta por um plano de previdência
complementar.

Chegamos ao término da Unidade 4. Na próxima


Unidade você conhecerá as vantagens para os
participantes, patrocinadores e instituidores de um
plano de benefícios.

14. Final da Unidade 4

Está quase chegando ao final do Curso.


Siga à próxima Unidade. Caso tenha alguma dúvida, retorne
à leitura do conteúdo.

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