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Endocérvice x Ectocérvice
JEC – Zona de transformação – Metaplasia
escamosa
Eversão ou Ectopia
Climatério (JEC?)
Os HPVs são vírus DNA que são tipificados com base em sua sequência de DNA e subagrupados em tipos
de alto e baixo risco oncogênico. Os HPVs de alto risco oncogênico atualmente são considerados como o
fator isolado mais importante na oncogênese cervical.
O carcinoma cervical invasivo pode se manifestar como um câncer de crescimento exuberante (exofítico) ou infiltrativo.
Ao exame histológico, os carcinomas de células escamosas são compostos por ninhos e projeções de epitélio escamoso
maligno, queratinizado ou não queratinizado, invadindo o estroma cervical subjacente.
Os adenocarcinomas são caracterizados pela proliferação de epitélio glandular composto por células endocervicais malignas com
núcleos grandes, hipercromáticos e citoplasma relativamente depletado de mucina, resultando em um aspecto escuro das
glândulas, em comparação ao epitélio endocervical normal.
Os carcinomas adenoescamosos são tumores compostos por epitélio glandular maligno e escamoso maligno, misturados entre si.
Os carcinomas cervicais neuroendócrinos tipicamente têm um aspecto semelhante aos carcinomas de células pequenas do
pulmão; contudo, em contraste ao tumor pulmonar, que não está relacionado à infecção por HPV, carcinomas de células pequenas
cervicais são positivos para HPVs de alto risco oncogênico.
O carcinoma cervical avançado se estende por disseminação direta para envolver tecidos contíguos, incluindo os tecidos
paracervicais, a bexiga urinária, os ureteres, o reto e a vagina. Linfonodos locais e distantes também são envolvidos. Metástases
distantes podem ser encontradas no fígado, pulmões, medula óssea e outras estruturas.
1. Anamnese
Deve ser dirigida principalmente aos fatores de risco e aos sinais e sintomas relacionados Exames básicos Outros exames de
ao câncer. • Hemograma completo avaliação
• Coagulograma - Marcadores virais
2. Exame físico • Glicose de hepatites B e C
Deve incluir palpação do fígado, regiões supraclaviculares e inguinais para excluir • Ureia (opcional).
metástases quando se estiver diante de doença localmente avançada. • Creatinina sérica - Ultrassonografia
• Eletrólitos abdominopélvica
3. Exame especular • Urinálise - Tomografia
Pode mostrar lesão exofítica, endofítica, ulcerativa ou polipóide, porém, se o tumor se
• Raios X de tórax computadorizada
origina do epitélio glandular no canal cervical, a ectocérvice pode parecer
macroscopicamente normal. O tamanho da cérvice é melhor determinado pelo toque retal, • Eletrocardiograma (ECG) abdominopélvica
o qual também é necessário para detecção da extensão da doença ao paramétrio. • Anti-HIV com consentimento da paciente - Ressonância
• Transaminase Glutâmica Oxalacética (TGO), magnética
4. Citologia oncótica Transaminase Glutâmica Pirúvica (TGP), - Uretrocistoscopia e
fosfatase alcalina (opcional) retossigmoidoscopia
5. Colposcopia e biópsia dirigida
A primeira tem a finalidade de delimitar a extensão da doença no colo e na vagina e a
segunda, a confirmação do diagnóstico.
Uma inflamação cervical pronunciada produz alterações reparadoras e reativas no epitélio e o
desprendimento de células escamosas de aparência atípica e, portanto, podem causar um resultado anormal
e inespecífico no teste de Papanicolau.
Estágio IA – IB1
Ia1
Preservação da Fertilidade: conização, em caso de margens positivas após conização, deve-se repetir ou
traquelectomia radical
Prole constituída: conização, histerectomia simples, histerectomia radical modificada (preferência por
histerectomia radical + linfadenectomia pélvica bilateral).
Ia2
Preservação da Fertilidade: traquelectomia radical + linfadenectomia pélvica.
Prole constituída: histerectomia radical modificada + linfadenectomia pélvica.
Ib1
Histerectomia radical + linfadenectomia pélvica.
Braquiterapia**
Traquelectomia radical + linfadenectomia pélvica** (tumor </= 2 cm)
Tratamento Adjuvante
Radioterapia adjuvante – risco intermediário (2 ou +)
Quimioradioterapia – risco alto (1 ou +)
Tratamento Adjuvante
Radioterapia externa nas pacientes de risco intermediário de acordo com os critérios de Sedlis (pelo menos
dois dos seguintes: tumor > 4 cm, > 1/3 de invasão estromal, invasão linfovascular).
Radioterapia concomitante a cisplatina 40 mg/m^2 semanal seguido de braquiterapia nas pacientes de alto
risco (um dos seguintes critérios: linfonodo pélvico positivo, margem positiva, invasão de paramétrio).
FATORES PROGNÓSTICOS
A avaliação dos fatores prognósticos é imprescindível para avaliar as chances de recidiva local ou sistêmica.
Estadiamento: Quanto mais inicial for o tumor, melhores as chances de cura. A sobrevida varia de 80%
no estádio IB, a dois a três meses, no estádio IVB.
Tipos Histológicos: O Carcinoma de Células Escamosas (CCE) tem o melhor prognóstico do que o
adenocarcinoma, segundo a maioria dos estudos, e igual, segundo outros. Entre os CCE, os de grandes
células não queratinizantes têm melhor prognóstico do que os de pequenas células.
Diâmetro do Tumor: Está diretamente relacionado com o acometimento linfonodal. Quanto maior o
diâmetro, pior o prognóstico.
Volume do Tumor: É melhor parâmetro do que o estadiamento da FIGO para condução do caso. Não é
necessária a retirada de todo paramétrio nos tumores com menos de 10 cm3.
Infiltração Extensa do Colo: Quando a profundidade de invasão é menor do que 15 mm, a sobrevida em
cinco anos é de 90% e, quando maior que 15 mm, a sobrevida cai para 70%. A invasão da serosa do colo
piora muito o prognóstico.
Invasão da Vagina: Os tumores que invadem a vagina têm pior prognóstico do que aqueles que não a
invadem.
Metástase Linfonodal: Varia com o estadiamento do tumor. O acometimento dos linfonodos pélvicos é
de aproximadamente 15% no estádio I, 28% no estádio II e 47% no estádio III.
Invasão Linfovascular: A sobrevida em cinco anos é de aproximadamente 97%, sem invasão, e de 88%
com invasão.
Idade da Paciente: Alguns autores consideram que a idade não altera o prognóstico do câncer de colo
uterino.
Outros admitem ser o prognóstico pior nas pacientes mais jovens, por serem os tumores mais
indiferenciados nessa faixa etária. Outros ainda consideram ser o prognóstico melhor nas pacientes mais
jovens pelo fato de elas responderem melhor a qualquer tipo de tratamento.
Berek & Novak, Tratado de Ginecologia, 15ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2014.
Robbins &Cotran, Patologia – Bases Patológicas das Doenças, 9ª Ed., 2016.