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ENFERMAGEM

NAS EMERGÊNCIAS
Prof.ª Adriana Brito
Enfermeira Especialista
2020
AULA 09
BEM VINDOS AO ATENDIMENTO HOSPITALAR
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Nas unidades de urgências e emergências todo o
trabalho desenvolvido segue protocolos que norteiam
a assistência garantindo a padronização e a
continuação da assistência de enfermagem de acordo
a patologia do paciente;
ORGANIZAÇÃO DE UMA UNIDADE HOSPITALAR
A Política de Humanização da Atenção e Gestão do SUS-
HUMANIZA-SUS, em acordo com o Protocolo de Manchester
recomenda a organização dos serviços de urgência e emergência
em dois grandes eixos:
 Eixo Vermelho = eixo dos pacientes graves com risco de
morte, composto por as áreas vermelha, amarela e verde;
 Eixo Azul= eixo dos pacientes não graves.

(BRASIL, 2012)
ÁREAS DO EIXO VERMELHO
ÁREA VERMELHA= é nesta área que está a sala de
emergência, para atendimento imediato dos pacientes
com risco de morte, e a sala de procedimentos
especiais invasivos;

ÁREA AMARELA= composta por uma sala de


retaguarda para pacientes já estabilizados, porém que
ainda requerem cuidados especiais (pacientes críticos
ou semicríticos). Hoje, na maioria das vezes, esses
pacientes permanecem na sala vermelha, criando
dificuldades para o atendimento dos pacientes que
chegam com risco de morte, assim como situações
muito desagradáveis para os pacientes já
estabilizados;
(BRASIL, 2009)
ÁREAS DO EIXO VERMELHO

Área verde= composta pelas salas de observação,


que devem ser divididas por sexo (feminino e
masculino) e idade (crianças e adultos), a depender
da demanda;

Nestas três áreas é preciso que os mobiliários


estejam organizados facilitando o processo de
trabalho e que seja levado em consideração questões
relativamente fundamentais como sons, cheiros, cor,
iluminação já que o paciente por um tempo
prolongado, exceto na área vermelha, que nesta o
tempo é menor que na amarela e verde.

(BRASIL, 2009)
EIXO AZUL

 É o eixo dos pacientes aparentemente não graves. o arranjo


do espaço deve favorecer o acolhimento do cidadão e a
classificação do grau de risco
 Este eixo é composto por 03 planos de atendimento que
precisam ser devidamente sinalizado, sendo importante ter
informação, fluxo definido e claro;
 PLANO 01= Principal espaço para acolhimento, espera,
recepção, classificação do risco e atendimento
administrativo. É neste plano que se encontra a Sala para
Classificação de Risco;
 PLANO 02= área de atendimento médico, ou seja onde
encontra-se os consultórios;
 PLANO 03= áreas de procedimentos médicos e de
enfermagem (curativo, sutura, medicação, nebulização).

(BRASIL, 2009)
ENTREVISTA SAMPLA
 Trata-se de um protocolo de Suporte Básico de Vida que
consiste numa entrevista abordando:
S–sinais vitais: Verificar (respiração, pulso, pressão
arterial e pele (temperatura, cor, umidade, turgor);
A–Alergias: eventuais históricos de alergias
medicamentosas;
M– Medicamentos que o paciente já use ou demais
tratamentos;
P– Questões acerca do passado médico, bem com
problemas de saúde ou doenças prévias;
L– Qual o ultimo horário que ele fez ingestão de líquidos
ou se alimentou?;
A– Qual foi o ambiente do evento?;
(SAMU, 2016)
PROTOCOLOS DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
 A classificação de risco é um processo de gestão
do risco clínico que tem por objetivo estabelecer
prioridade para o atendimento dos cidadãos que
acessam os serviços de urgência e emergência.
 Atualmente, os protocolos mais utilizados para a
realização da classificação de risco, nos serviços
de urgência/ emergência, em nível mundial, são:
 Australasian Triage Scale (ATS);
 Canadian Triage & Acuity Scale (CTAS);
 Indice de Gravidade de Emergência (ESI –
Emergency Severity Index);
 E o Manchester Triage System (MTS).
 Todas estas escalas organizam o atendimento em
cinco níveis de prioridade.
(SILVA, 2017)
MANCHESTER TRIAGE SYSTEM (MTS)
 Protocolo mundialmente utilizado e conhecido no Brasil
como Sistema Manchester de Classificação de Risco (SMCR);

 Surgiu em 1994 na Inglaterra, é o sistema de classificação


mais usado em toda Europa;

 A anamnese baseia-se em: Queixa principal fornecida pelo


paciente ou acompanhante; Sinais e sintomas no momento
da avaliação; Tempo de surgimento da queixa e na
Intensidade da dor.

 A partir deste protocolo foram elaborados 52 fluxogramas


para pós classificação, sendo 50 para casos rotineiros e 02
para situações que envolvem múltiplas vítimas.
(MOURA, 2018)
EXEMPLO DE FLUXOGRAMA PARA DOR TORÁCICA

DOR TORÁCICA

OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS SIM


RESPIRAÇÃO INADEQUADA VERMELHO
CHOQUE

NÃO

DOR PRECORDIAL OU CARDÍACA SIM


DISPNEIA AGUDA LARANJA
PULSO ANORMAL
DOR INTENSA
OBS= TEM CONTINUIDADE
(MOURA, 2018)
SIMBOLOGIA DE UM FLUXOGRAMA

(TAVARES)
PROTOCOLO MANCHESTER
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO POR CORES
PROTOCOLO MANCHESTER
I. CLASSIFICAÇÃO VERMELHO:
 Atendimento nas salas de emergência, bloco de
emergência, sala vermelha;

 São pacientes com risco iminente de morte necessitando


de atendimento médico imediato;

 As medidas de manutenção da vida deverão ser


iniciadas em qualquer ponto de atenção da rede;

 • Tempo de atendimento alvo: IMEDIATO.


(BRASIL, 2018)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM CORES

II. CLASSIFICAÇÃO LARANJA


 Atendimento em consultório médico se condições e/ou
sala de emergência, se necessário;

 São pacientes com potencial risco de agravo


necessitando de atendimento médico e assistência de
enfermagem contínua;

 As medidas de manutenção da vida deverão ser


iniciadas em qualquer ponto de atenção da rede;

 • Tempo de atendimento alvo: 10 MINUTOS.


(BRASIL, 2018)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM CORES

III. CLASSIFICAÇÃO AMARELO


 São pacientes que necessitam de atendimento médico
mediato podendo ser atendidos nos consultórios
médicos do pronto atendimento por ordem de
chegada;

 As medidas de promoção em saúde e prevenção de


agravos deverão ser iniciadas em qualquer ponto de
atenção da Rede;

 • Tempo de atendimento alvo: 60 MINUTOS.

(BRASIL, 2018)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM CORES

IV. CLASSIFICAÇÃO VERDE


 Por definição, são pacientes sem risco de agravo e serão
atendidos por ordem de chegada;

 Necessidade de atendimento por profissional de saúde em até


48 horas, ou mediante agendamento na mesma semana em
UBS de referência;

 O Classificador deverá orientar quanto à carteira/relação de


serviços disponibilizados pelas Unidades Básicas de Saúde;

 • Tempo de atendimento alvo: SEIS (06) HORAS NOS CASOS


DE ATENDIMENTO NO HOSPITAL OU UPA

(BRASIL, 2018)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM CORES

V. CLASSIFICAÇÃO AZUL
 Necessidade de atendimento por profissional de saúde
em até 48 horas, ou mediante agendamento na mesma
semana em UBS de referência;

 Serão referenciados para as UBS para atendimento ou


agendamento, exceto em condições que demandem
atendimento mediato em horários de não
funcionamento da UBS;

 Se gestante, caso não haja pactuação com a atenção


primária e/ou a usuária se recusar a procurar o serviço
de referência, deverá ser garantido o atendimento na
maternidade;
(BRASIL, 2018)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM CORES

V. CLASSIFICAÇÃO AZUL
 Podem ser atendidos em consultórios do pronto
atendimento por ordem de chegada;

O Classificador deverá orientar quanto à


carteira/relação de serviços disponibilizados pelas
Unidades Básicas de Saúde;

 • Tempo de atendimento alvo: DOZE (12) HORAS NOS


CASOS DE ATENDIMENTO NO HOSPITAL OU UPA.

Se gestante, atendimento não prioritário ou


encaminhamento conforme pactuação.
(BRASIL, 2018)
SINAIS VITAIS DE MENSURAÇÃO OBRIGATÓRIA NA
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO (CR) POR PÚBLICO-ALVO:
Gestantes e Puérperas:
 Pressão arterial;
 Frequência cardíaca;
 Avaliação da dor.

Adultos e Idosos:
 Pressão arterial: idosos, hipertensos, diabéticos, obesos e
nas queixas de cefaleia, vertigem e desmaios;
 Glicemia capilar: história de diabetes, queixas de vertigem
ou desmaio;
 Frequência cardíaca: cardiopatas, queixas de dor torácica,
intoxicações exógenas e convulsões;
 Temperatura corporal.
(BRASIL, 2018)
SINAIS VITAIS DE MENSURAÇÃO OBRIGATÓRIA NA
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO POR PÚBLICO-ALVO:
Crianças e Adolescentes
 Frequência cardíaca;
 Glicemia capilar: história de diabetes, queixas de
vertigens ou desmaio;
 Oximetria de pulso;
 Temperatura corporal

Situações Especiais:
 Pacientes referenciados (com encaminhamento e
classificação de risco) da APS ou SAMU 192 deverão ser
encaminhados para a sala de classificação de risco
imediatamente;

(BRASIL, 2018)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: EM
GESTANTES E PUÉRPERAS CONSIDERAR

 A hemorragia exsanguinante é aquela cujo sangramento


se mantém sustentado com perda abrupta de mais de
1500 ml;

 Sangramento intenso é a perda brusca ≥ 150 ml em 20


minutos (dois absorventes noturnos);

 Sangramento moderado é a perda entre 60 a 150 ml em


20 minutos (um absorvente noturno);

 Sangramento leve é a perda ≥ 60 ml em 6 horas (um


absorvente normal)

(BRASIL, 2018)
SITUAÇÕES ESPECIAIS:

 Pacientes referenciados da Atenção Primária a Saúde


previamente classificados como VERMELHO terão
atendimento médico IMEDIATO;

 Pacientes conduzidos pelo SAMU 192 e previamente


classificados como VERMELHO terão atendimento médico
IMEDIATO;

 Pacientes para troca de sondas e/ou traqueostomias,


administração de medicamentos de posse de receita para
continuidade de tratamento, serão conduzidos para a
equipe de enfermagem;

(BRASIL, 2018)
ATIVIDADE AUTODIRIGIDA
1. Quais instrumentos de trabalho norteiam as ações nas unidades de
urgência e emergência?
2. Como está organizado o modelo de atendimento hospitalar?
3. Como está organizado os atendimentos do Eixo Vermelho?
4. Como está organizado os atendimentos do Eixo Azul?
5. O que significa o mnemônico SAMPLA?
6. O que é classificação de Risco?
7. Segundo o Protocolo de Manchester como são classificadas as
cores?
8. Qual o tempo de atendimento máximo para cada cor?
9. Quais os Sinais Vitais de Mensuração Obrigatória para Gestantes e
Puérperas?
10. Quais os Sinais Vitais de Mensuração Obrigatória para Adultos e
Idosos?
11. Quais os Sinais Vitais de Mensuração Obrigatória Crianças e
Adolescentes?
12. Quais os Sinais Vitais de Mensuração Obrigatória em Situações
Especiais?

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