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BIOSSEGURANÇA

ADRIANA BRITO
ENFERMEIRA – UFS 2017.1
ESPECIALISTA EM SAÚDE DA FAMILIA
AULA 01
ORIGEM DA BIOSSEGURANÇA
 A discussão sobre biossegurança teve início na Califórnia durante a
década de 1970, coincidindo com o desenvolvimento das
tecnologias para manipulação do DNA;

 Na década de 1980, as discussões sobre biossegurança em


ambiente de trabalho hospitalar ficaram mais evidentes depois de
diversos acidentes de trabalho que culminaram com a infecção
acidental de profissionais da área da saúde pelo vírus HIV e da
Hepatite B;

VALLE. A.R.M.C. e etal, 2012


NORMAS REGULAMENTADORAS - SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
 As Normas Regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao
capitulo V da Consolidações das Leis Trabalhistas (CLT), consistindo em
obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e
trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio,
prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.
 A elaboração/revisão das NR é realizada pelo Ministério do Trabalho
adotando o sistema tripartite paritário entre representantes do governo,
de empregadores e de empregados.
 O não cumprimento destas disposições legais e regulamentares
acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na
legislação pertinente e constitui ato faltoso a recusa injustificada do
empregado ao cumprimento de suas obrigações com a segurança do
trabalho.
 Em geral as NR fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios
relacionados à segurança e saúde do trabalhador.
NORMAS REGULAMENTADORAS - SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
 As Normas Regulamentadoras vigentes estão listadas adiante :
NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
NR-2 - INSPEÇÃO PRÉVIA SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
NR-3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO NR-11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO,
(VIGENTE) ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS
NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM
ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
MEDICINA DO TRABALHO NR-13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E
NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE
DE ACIDENTES ARMAZENAMENTO
NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO NR-14 – FORNOS
INDIVIDUAL – EPI NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO (VÁRIOS ANEXOS DE ATIV. INSALUBRES)
DE SAÚDE OCUPACIONAL NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
NR-8 – EDIFICAÇÕES NR-17 - ERGONOMIA
NR-9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE
RISCOS AMBIENTAIS TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
NR-19 – EXPLOSIVOS NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
NR-20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO AQUAVIÁRIO
TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA
COMBUSTÍVEIS AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA,
NR-21 - TRABALHOS A CÉU ABERTO EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO SERVIÇOS DE SAÚDE
NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS
NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE EM ESPAÇOS CONFINADOS
CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE
NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO,
NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA REPARAÇÃO E DESMONTE NAVAL
NR-27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO NR-35 - TRABALHO EM ALTURA
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
(REVOGADA) NR-28 - FISCALIZAÇÃO E EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE
PENALIDADES CARNES E DERIVADOS
NR-29 - NORMA REGULAMENTADORA DE NR-37 - SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO DE PETRÓLEO
PORTUÁRIO
LEGISLAÇÃO DE BIOSSEGURANÇA
 Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005 – Lei de Biossegurança;

 Decreto nº 5.591, de 22 de novembro de 2005 – regulamenta a Lei


de Biossegurança;

 As Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e


Emprego, como a NR 06, NR 07, NR 09, NR 15, NR 17, NR 32,
preconizam as ações legais para os assuntos relacionados à
biossegurança.

 NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE


SAÚDE foi modificada pela Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019.
CASTRO E ANDRADE. 2011
CONCEITO DE BIOSSEGURANÇA
 A biossegurança compreende um conjunto de ações, técnicas,
metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de:

MITIGAR ELIMINAR
PREVENIR CONTROLAR
(tornar Brando) RISCOS

 Os riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,


desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem
comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou
a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010


UFMA
OBJETIVOS DA BIOSSEGURANÇA

 Tem por finalidade a criação de um ambiente de trabalho salvo de


riscos por meio de contenção do risco de exposição a agentes
potencialmente nocivos ao trabalhador, pacientes e ao meio
ambiente favorecendo a minimização ou eliminação de riscos.

 Entende-se por CONTENÇÃO os métodos de segurança utilizados na


manipulação de materiais infecciosos ou causadores de riscos em
meio laboratorial, onde estão sendo manejados ou mantidos.

UFMA
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
CONTENÇÃO PRIMÁRIA
 Trata-se da proteção do trabalhador e do ambiente de trabalho contra
a exposição a agentes infecciosos,
 É obtida através das práticas microbiológicas seguras e pelo uso
adequado dos equipamentos de segurança. Individual ou/e coletivo;

CONTENÇÃO SECUNDÁRIA
 Compreende a proteção do ambiente externo contra a contaminação
proveniente do laboratório e/ou setores que manipulam agentes
nocivos.
 Esta forma de contenção é alcançada tanto pela adequada estrutura
física do local como também pelas rotinas de trabalho, tais como
descarte de resíduos sólidos, limpeza e desinfecção de artigos e áreas,
etc. UFMA
MAPA DE RISCO
 Entende-se por RISCO a probabilidade de perigo, geralmente com
ameaça física para o homem e/ou para o meio ambiente;
 É a representação gráfica, por meio de círculos de diferentes cores e
tamanhos simbolizando o risco e seu potencial inerente a cada setor;
 Por meio da Portaria n.º 25, de 29 de dezembro de 1994, é obrigatório a
elaboração do Mapa de Risco e sua fixação em local visível. BRASIL, 1994

GOOGLE IMAGENS
CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS
 Os riscos podem ser:
FÍSICOS
QUÍMICOS BIOLÓGICOS ACIDENTES ERGONÔMICOS
(MÊCANICOS)

VERDE VERMELHO MARRON AZUL AMARELO

 Estes riscos podem ser evitados a partir de boas práticas no tocante


a as normas de biossegurança;
 A classificação dos tipos de risco por cores favorecem a criação do
Mapa de Risco, que é um importante instrumento de trabalho aliado
à prevenção de riscos nos setores que envolvam situações de riscos;
 Cada setor deverá ter o desenho da planta baixa associado ao risco
inerente e a amplitude deste risco descrito por circunferências nos
tamanhos P, M e G, de acordo com o potencial do risco.
UFMA
VERDE RISCO FÍSICO (OU MECÂNICO)
 Ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico de
trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a
integridade física do trabalhador;
São agentes causadores de riscos físico:
 Temperaturas extremas: como frio e calor;
 Ruído e vibrações;
 Pressões anormais;
 Umidade;
 Radiações ionizantes (ex. Raio X)
 radiações não-ionizantes (luz visível, infravermelho, microondas,
frequência de rádio, radar, ondas curtas e ultra frequências-celular);
 Ilumianção precária
 Ultra-som
UFMA
VERMELHO RISCO QUÍMICO

 Considera-se um fator de risco químico a exposição à agentes


químicos nocivos a saúde;

 Estes agentes químicos podem penetrar por via cutânea, digestiva


ou respiratória;

 Eles devem ser manipulados de forma adequada em locais que


permitam ao operador a segurança pessoal e do meio ambiente,
além dos cuidados com o descarte dessas substâncias;

UFMA
RISCO BIOLÓGICO

 São decorrentes da exposição à


microorganismos que podem
contaminar o trabalhador, o
aluno, o material, o
procedimento, alimentos, e/ou à
terceiros;

 A contaminação biológica ocorre


por meio de agentes patógenos
como: Vírus, bactérias, parasitas,
protozoários, bacilos, fungos,
toxinas, etc; UFMA
SOGAB
AZUL RISCO DE ACIDENTES

 Considera-se riscos de acidentes qualquer fator que coloque o


trabalhador ou aluno em situação de perigo e possa afetar sua
integridade e bem estar físico;
 São exemplos de riscos de acidentes: equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico e
armazenamento inadequados, etc. UFMA
AMARELO RISCO ERGONÔMICO
 É qualquer fator que possa interferir nas características
psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando
sua saúde.
 Tais riscos referem-se as condições dos projetos dos laboratórios
como a distância em relação à altura dos balcões, cadeiras,
prateleiras, gaveteiros, capelas, circulação e obstrução de áreas de
trabalho;
 Tão são riscos ergonômicos: esforço físico excessivo, levantamento e
transporte de peso exagerados, exigência de postura inadequada,
controle rígido de produtividade, trabalho noturno, jornadas de
trabalho extensas, monotonia e repetitividade, entre outras
situações que se ligam ao estresse físico ou psicológico do
trabalhador. UFMA
RISCO FÍSICO
RISCO DE ACIDENTE
RISCO ERGONOMICO
VAMOS TESTAR NOSSOS CONHECIMENTOS

1. Considere o Mapa de Risco a seguir e aponte onde estão os


respectivos riscos identificando o tipo de risco e a sua
magnitude;

2. Considerando o Mapa de Risco importante instrumento


orientador da existência de Risco elabore um Mapa de
Risco (pode ser da sua casa, escola, trabalho, igreja etc)
MAPA DE RISCO
CENTRO CIRURGICO
CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA AULA 02
 O trabalho na área da saúde, tanto o atendimento direto ao paciente ou
nas atividades de apoio, envolve contato com material biológico (sangue,
secreções e excreções tipo vômito, urina, fezes, sêmen, leite materno,
escarro, saliva e outros fluidos corporais)
 Estes materiais biológicos podem estar alojando microrganismos, por isso
consideramos estes fluidos de pacientes ou os equipamentos e ambiente
que tiveram contato com eles, como potencialmente contaminados por
germes transmissíveis de doenças;
 Os equipamentos de segurança são dispositivos utilizados com a
finalidade de evitar a contaminação do trabalhador, do paciente, dos
instrumentos, dos processos e/ou terceiros;
 São classificados de acordo com a finalidade em: Equipamento de
proteção individual ou equipamento de proteção coletiva;
Oppermann
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
 São elementos de contenção de uso individual utilizados para
proteger o profissional do contato com agentes biológicos, químicos
e físicos no ambiente de trabalho;

 Servem, também, para evitar a contaminação do material em


experimento ou em produção;

 Desta forma, a utilização do equipamento de proteção individual


torna-se obrigatória durante todo atendimento/procedimento;

 São exemplos de EPI= luvas, máscaras, óculos de segurança,


jalecos, avental, gorro, calçado fechado, Pro Pé,
CESMAC,
LUVAS
 As luvas devem ser utilizadas para prevenir a contaminação da pele,
das mãos e antebraços com material biológico, durante a prestação
de cuidados e na manipulação de instrumentos e superfícies.
 Deve ser usado um par de luvas exclusivo por usuário, descartando-
o após o uso.
 O uso das luvas não elimina a necessidade de lavar as mãos.
 A higienização das mãos deve ser realizada antes e depois do uso
das luvas, uma vez que estas podem apresentar pequenos defeitos,
não aparentes ou serem rasgadas durante o uso, provocando
contaminação das mãos durante a sua remoção.
 Além disso, os micro-organismos multiplicam-se rapidamente em
ambientes úmidos.
CESMAC,
2015
TIPOS DE LUVAS E SUAS INDICAÇÕES DE USO
Luvas de látex = Também conhecida como luva de
procedimento é indicada para Contato com membranas
mucosas, lesões e em procedimentos que não requeiram o uso
de luvas estéreis. Vem em embalagens com diversas unidades.
Luvas de látex estéril= conhecida também como Luva Estéril, é
indicada em procedimentos cirúrgicos que requer técnica
estéril. A embalagem é individual e requer técnica requer
técnica correta, para evitar a contaminação da luva,
Luvas de vinil= utilizada para quem tem alergia ao látex , tem a
mesma finalidade que a luva de látex
Luvas de borracha= Para serviços gerais, tais como processos
de limpeza de instrumentos e descontaminação; Essas luvas
podem ser descontaminadas por imersão em solução de
hipoclorito a 0,1% por 12h; Após lavar, enxaguar e secar para a
reutilização; CESMAC, 2015
CUIDADOS COM AS LUVAS
 Sempre verificar a integridade física das luvas antes de calçá-las;
 Não lavar ou desinfetar luvas de procedimento ou cirúrgicas para
reutilização. O processo de lavagem pode ocasionar dilatação dos poros e
aumentar a permeabilidade da luva, além disso, agentes desinfetantes
podem causar deterioração;
 Nunca tocar objetos de uso comum ou que estão fora do campo de
trabalho (caneta, fichas dos usuários, maçanetas, telefones) quando
estiver de luvas e manuseando material biológico potencialmente
contaminado ou substâncias químicas.
 Retire as luvas imediatamente após o término do procedimento;
 Não toque na parte externa das luvas ao removê-las;
 As luvas não protegem de perfurações de agulhas, mas está comprovado
que elas podem diminuir a penetração de sangue em até 50% de seu
volume;
CESMAC, 2015
TÉCNICA ASSÉPTICA DE COLOCAÇÃO DE LUVAS ESTÉRIES
1.Higienizar as mãos;
2.Colocar o pacote de luvas em local apropriado (mesa de cabeceira e/ou
bandeja) em uma superfície limpa;
3. Abrir a embalagem externa das luvas. Obs.: Não abrir o pacote de luvas
sobre o leito do paciente ou em local inadequado (sujo ou molhado);
4.Abrir a embalagem interna por meio das abas existentes nas dobras
internas da embalagem das luvas;
5.Abrir as abas delicadamente, sem tocar as luvas para não contaminá-las;
6.Calçar primeiro a mão dominante, então, com a outra mão, vai pegar na
parte interna da luva;
7.Colocar os dedos da mão dominante, tranquilamente, procurando ajustar os
dedos internamente sem tocar a parte externa da luva, para não contaminá-
la. Não se preocupar caso os dedos fiquem mal posicionados dentro da luva;
8.Após inserir os dedos, empurrar até que a mão entre completamente na
luva, segurando sempre pela parte interna;
CESMAC,
TÉCNICA ASSÉPTICA DE COLOCAÇÃO DE LUVAS ESTÉRIES

9. Colocar a primeira luva estéril (na mão dominante), deve-se colocar a luva
na mão não dominante. Lembre-se de que agora estamos com uma luva
estéril na mão dominante, e não podemos tocar em lugares que não sejam
estéreis, seja a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor;
10. Com a mão já enluvada, segurar na parte externa da luva, ou seja, por
dentro da dobra. Esta servirá de apoio para segura;
11. Segure sempre pela dobra do punho da luva para introduzir
tranquilamente sua mão esquerda (não dominante) na luva, de forma
semelhante ao realizado na primeira luva;
12. Se houver necessidade de posicionar os dedos corretamente, ou até
mesmo melhorar o calçamento da luva, evitar manipulá-la na região dos
punhos para não haver contaminação;

 Conseguiu? Treine quantas vezes forem necessárias até conseguir.


CESMAC, 2015
TÉCNICA ASSÉPTICA DE COLOCAÇÃO DE LUVAS ESTÉRIES

GOOGLE IMAGENS
MÁSCARA

 EPI indicado para a proteção das vias respiratórias e mucosa oral


durante a realização de procedimentos com produtos químicos e em
que haja possibilidade de respingos ou aspiração de agentes
patógenos eventualmente presentes no sangue e outros fluidos
corpóreos;
 A máscara deve ser escolhida de modo a permitir proteção
adequada;
 Nunca deixar a máscara pendurada no pescoço ou ouvido;
 Descartar em recipiente apropriado, após o uso e sempre que
estiver visivelmente contaminada ou úmida;
 Não guardar em bolsos ou gavetas;
 Evitar tocá-la após a sua colocação CESMAC,
TIPOS DE MÁSCARAS E SUAS INDICAÇÕES DE USO

Máscara de TNT (Tecido Não Tecido)= Composta por grânulos


de resina de polipropileno unidos por processo térmico. É um
material inerte e que funciona como barreira contra passagem
de micro-organismos. A eficiência de Retenção Bacteriana
(EFB) é de 99,8%. Devem ser descartadas após o uso.

Máscara (PFF 2 )N95= Para proteção das vias respiratórias


em ambientes hospitalares contra presença de
aerodispersóides e prevenção de disseminação de alguns
agentes de transmissão por via respiratória, como o
Mycobacterium tuberculosis, o vírus do Sarampo, e o vírus da
H1N1/Gripe tipo A
*PFF=Peça Facial Filtrante
CESMAC,
ÓCULOS DE SEGURANÇA
 Protegem os olhos contra impactos de partículas
volantes, luminosidade intensa, radiação ultra-violeta,
radiação infra-vermelha, e contra respingos de produtos
químicos.
 Devem ser usados em atividades que possam produzir
respingos e/ou aerossóis, projeção de estilhaços pela
quebra de materiais, bem como em procedimentos que
utilizem fontes luminosas intensas e eletromagnéticas,
que envolvam risco químico, físico ou biológico;
 Após sua utilização, lavar com água e sabão;
 No caso de trabalho com agentes biológicos, utilizar
solução desinfetante - hipoclorito a 0,1%;
 O uso de solução alcoólica pode danificar os óculos.
 Óculos comuns não oferecem proteção adequada.
CESMAC, 2015
JALECO
Jaleco de algodão ou material sintético= É um protetor da roupa e da
pele de uso exclusivo em ambiente laboral, para prevenir a
contaminação por exposição a agentes biológicos e químicos.
De preferência colarinho alto e mangas longas e deve ser transportado
em sacos impermeáveis e lavado separadamente das roupas de uso
pessoal.
Jaleco de TNT= Oferece proteção ao usuário criando uma barreira
contra contaminação cruzada, poluição ambiente e fluidos corpóreos,
além de higienização em locais que necessitem de cuidados
especiais. Descartável após cada uso.

Roupa Privativa= Também chamado de pijama, deve ser usada única e


exclusivamente no setor a que se destina (geralmente UTI)
CESMAC, 2015
JALECO
 A roupa branca não substitui
o uso do jaleco;
 A troca deste EPI deve ser
diária e sempre que for
contaminado por fluidos
corpóreos;
 Não circule nas dependências
externas à clínica ou
laboratório com o jaleco;
 Remova-o ao sair da clínica,
laboratório ou consultório.
CESMAC, 2015
GORRO
 Deve ser utilizado no ambiente
laboral;
 Proporciona uma barreira
efetiva para o profissional e
usuário;
 Protege contra respingos e
aerossóis;
 Pode ser confeccionado em TNT
e após o uso descartar ou
tecido lavável e lavado após o
uso;
 Os cabelos devem estar presos
e o gorro cobrindo todo o cabelo
e as orelhas.
CESMAC, 2015 (ARQUIVO PESSOAL)
CALÇADO FECHADO E PRO PÉ
CALÇADO FECHADO
 Devem ser utilizados para proteção dos pés no
ambiente laboral durante suas atividades.
 É obrigatória a utilização de calçados fechados
tipo tênis.

PRO PÉ
 Geralmente confeccionado em TNT, é usados
com sandálias e sapatos abertos e não
permitem proteção adequada além de ser
proibidos nos laboratórios e clínicas, sendo
permitido seu uso apenas em ambientes
cirúrgicos e no Centro de Material Esterilizado
(CME).
CESMAC, 2015
PRECAUÇÕES NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Precaução é a prevenção da transmissão de um microrganismo de
um paciente para outro, ou para um profissional de saúde;

A adoção de medidas de precaução na prática assistencial tem sido


recomendada para o cuidado a todo e qualquer paciente
independente do conhecimento de seu diagnóstico, ou seja, todo e
qualquer paciente atendido deve ser considerado como
potencialmente portador de uma doença infectocontagiosa
transmissível pelo sangue e/ou fluidos corpóreos;

A implementação e adesão às precauções padrão constituem a


estratégia primária para evitar a transmissão de micro-organismos
entre pacientes e profissionais; EBSERH, 2015
CADEIA DE TRANSMISSÃO

EBSERH, 2015
CADEIA DE TRANSMISSÃO
Uma Cadeia de Transmissão (ou Cadeia Epidemiológica) é o
processo como ocorre a propagação de doenças transmissíveis;
A forma de transmissão é o elemento mais importante na cadeia
epidemiológica, uma vez que é o elo mais passível de quebra ou
interrupção.
As medidas de precaução e isolamento visam interromper estes
mecanismos de transmissão e prevenir infecções.
O uso de equipamentos de proteção individual, os EPIs (máscara,
luvas, avental, óculos de proteção), a adesão à higienização das
mãos e certas características específicas do ambiente onde se
encontra o paciente, constituem os meios para atingir este objetivo.
Algumas medidas gerais devem ser aplicadas a todos os pacientes,
em todo o período de hospitalização, independente do diagnóstico
ou estado infeccioso. EBSERH, 2015
TIPOS DE PRECAUÇÕES NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Porém, pacientes infectados com microorganismos específicos


devem ser colocados em precauções específicas segundo a forma
de transmissão, ou seja, medidas de controle adicionais devem ser
aplicadas para prevenir a transmissão destes patógenos;

O sistema de precauções deve ser claro o suficiente para permitir


que os profissionais de saúde identifiquem o mais rápido possível os
pacientes que necessitam de precauções específicas a serem
instituídas;

Todos os casos de precaução específica e as intercorrências


relacionadas a assistência desses pacientes deverão ser
notificados. EBSERH, 2015
TIPOS DE PRECAUÇÕES (ISOLAMENTOS) NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

TIPOS DE PRECAUÇÕES
AEROSSÓIS

PADRÃO ESPECIAIS
GOTÍCULAS

CONTATO

ANVISA
PRECAUÇÃO PADRÃO
 Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da
suspeita ou não de infecções.
 Higienização das mãos: lave com água e sabonete ou friccione as mãos
com álcool a 70% (se as mãos não estiverem visivelmente sujas) antes e
após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após
o contato com sangue ou secreções.
 Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções
ou membranas mucosas. Calce-as imediatamente antes do contato com o
paciente e retire-as logo após o uso, higienizando as mãos em seguida.
 Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de
sangue ou secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz,
roupa e superfícies corporais.
 Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem
desconectá-las ou reencapá-las.
ANVISA
ANVISA
PRECAUÇÃO DE CONTATO (ISOLAMENTO DE CONTATO)

 INDICAÇÕES: INFECÇÃO OU COLONIZAÇÃO POR MICRORGANISMO


MULTIRRESISTENTE, varicela, infecções de pele e tecidos moles com
secreções não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster disseminado
ou em imunossuprimido, etc;
 Use luvas e avental durante toda manipulação do paciente, de cateteres e
sondas, do circuito e do equipamento ventilatório e de outras superfícies
próximas ao leito. Coloque-os imediatamente antes do contato com o
paciente ou as superfícies e retire-os logo após o uso, higienizando as
mãos em seguida;
Quando NÃO HOUVER DISPONIBILIDADE DE QUARTO PRIVATIVO, a
distância mínima entre dois leitos deve ser de UM METRO.
Equipamentos como termômetro, esfignomanômetro e estetoscópio
DEVEM SER DE USO EXCLUSIVO DO PACIENTE.
ANVISA
ANVISA
PRECAUÇÃO PARA GOTÍCULAS

 INDICAÇÕES: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba,


influenza, rubéola, etc.

 QUANDO NÃO HOUVER DISPONIBILIDADE DE QUARTO PRIVATIVO, o


paciente pode ser internado com outros infectados pelo mesmo
microrganismo. A DISTÂNCIA MÍNIMA ENTRE DOIS LEITOS DEVE SER DE UM
METRO;

O TRANSPORTE DO PACIENTE DEVE SER EVITADO, MAS, QUANDO


NECESSÁRIO, ELE DEVERÁ USAR MÁSCARA CIRÚRGICA DURANTE
TODA SUA PERMANÊNCIA FORA DO QUARTO.

ANVISA
ANVISA
PRECAUÇÃO PARA AEROSSÓIS
 Precaução padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o
paciente, use óculos, máscara cirúrgica e/ou avental quando houver risco de
contato de sangue ou secreções, descarte adequadamente os pérfuro-
cortantes.
 Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de
entrar no quarto;
 Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser
internado COM OUTROS PACIENTES COM INFECÇÃO PELO MESMO
MICRORGANISMO.
 Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento NÃO
PODEM dividir o mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose.
 O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o
paciente deverá usar máscara cirúrgica DURANTE TODA SUA PERMANÊNCIA
FORA DO QUARTO.
ANVISA
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC
São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal
do hospital, laboratório, do meio ambiente e da pesquisa
desenvolvida;
Tratam-se de equipamentos, ferramentas ou sistemas que
são aplicados no ambiente de trabalho com o objetivo de
proteger o coletivo, embora também possam ser
equipamentos de uso individual compartilhados pelo grupo
— como kit de primeiros-socorros ou chuveiros de
segurança;
Exemplos: lava-olhos, chuveiro de emergência, extintor,
cabines de proteção biológica etc.
ANVISA
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC
CHUVEIRO DE
EMERGÊNCIA

CAPELA QUÍMICA

LAVA OLHOS

CABINE DE SEGURANÇA
BIOLÓGICA (CSB) ANVISA
USO DA CAIXA DE PERFUROCORTANTE
 Perfurocortante= São os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas,
pontos ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar,
tais como: lâminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpes, ampolas de
vidro, lâminas e outros assemelhados provenientes de serviços de saúde;
 A Caixa de Perfurocortante é um recipiente destinado ao descarte de
resíduos de serviços de saúde, perfurantes ou cortantes, no ponto de sua
geração;
 A montagem da caixa de perfurocortante exige extrema atenção, pois a
montagem inadequada pode acarretar em acidentes envolvendo a
contaminação por micro organismos nocivo, ou seja, prejudicial a saúde do
trabalhador e de quem manusear a caixa;
 Os profissionais de enfermagem são responsáveis pelo descarte das
agulhas e outros materiais perfuro cortantes, dentro da caixa apropriada,
obedecendo ao limite de enchimento, é proibido reencape das agulhas. Só
é considerada atividade finalizada após o descarte seguro dos objetos
perfuro cortante. COREN ES, 2017
USO DA CAIXA DE PERFUROCORTANTE

 As Instituições de saúde devem adotar as diretrizes de trabalho de


seus trabalhadores, e deve estabelecer também qual profissional será
o responsável por cada tarefa.
 É importante ressaltar que todo trabalhador deve conhecer o Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde – PGRSS e ser
devidamente capacitado, antes da implementação do mesmo;
 Geralmente as instituições preconizam que a obrigação da montagem,
observação do limite de enchimento e fechamento das caixas de
perfuro cortantes sejam da unidade geradora do resíduo
perfurocortante, ou seja, cada setor é responsabilizado por suas
caixas;
 O conhecimento da montagem da caixa propicia ao profissional a
otimização do tempo bem como segurança para manuseio e eventual
transporte da caixa de perfurocortante.
COREN ES, 2017
MONTAGEM DA CAIXA DE PERFUROCORTANTE

VER VÍDEO DEMONSTRATIVO


SEGURANÇA NO AMBIENTE HOSPITALAR
 O principal objetivo de um hospital é a prestação de serviços na área da
saúde, com qualidade, eficiência, eficácia e efetividade;
 Qualidade: Aplicação apropriada do conhecimento disponível, bem como da
tecnologia, no cuidado da saúde. Denota um grande espectro de
características desejáveis de cuidados, incluindo eficácia, eficiência,
efetividade, equidade, aceitabilidade, acessibilidade, adequação e
qualidade técnico-científica;
 Eficácia: A habilidade do cuidado, no seu máximo, para incrementar saúde;
 Eficiência: A habilidade de obter o máximo de saúde com um mínimo custo;
 Efetividade (o mesmo que: capacidade de produzir o seu efeito habitual de
funcionar normalmente): O grau no qual a atenção à saúde é realizado;
 Portanto, ao pensarmos em realizar procedimentos para a melhoria da
saúde de nosso paciente/ cliente é preciso que a SEGURANÇA esteja
fortemente atrelada a cada um destes itens (Qualidade, Eficácia, Eficiência
e Efetividade)
ANVISA
SEGURANÇA NO AMBIENTE HOSPITALAR
 O Hospital deve desenvolver continuamente um programa de prevenção de
acidentes que proporcione condições ambientais seguras para o paciente e para
os profissionais que aí desenvolvem suas atividades de trabalho;
 Cada profissional deve seguir as práticas de segurança no trabalho;
 É preciso estar alerta para os riscos de acidentes em qualquer local do hospital,
comunicando à sua supervisão qualquer eventualidade, prática ou condição
insegura;
 O ambiente hospitalar têm o potencial de provocar sérios danos à saúde do
trabalhador, com incapacitações temporárias e permanentes. Algumas das
principais consequências incluem:
 Infecção por HIV, hepatites ou outras doenças infecciosas, a partir de acidente
biológico com objetos perfurocortantes;
 Lesões permanentes pelo contato com agentes químicos;
 Lesões musculares ou articulares causadas pelo risco ergonômico.
 A segurança em um ambiente hospitalar abrange, também, as ações voltadas à
segurança do paciente, para a diminuição de erros durante a internação e
garantia da qualidade do atendimento. ANVISA
MEDIDAS DE SEGURANÇA OCUPACIONAL
Não reencape agulha;
Use os EPI de maneira adequada;
Tenha um sono saudável e pratique esportes;
Use jalecos de mangas longas;
Atenção sempre;
Descarte os resíduos corretamente;
Mantenha o ambiente de trabalho organizado e limpo;
Não use roupas curtas e provocantes;
Planeje suas atividades;
Mantenha a calma;
Ande, não corra;
Sempre que verificar um risco avise ao superior;
Não crie situação de risco;
Não trabalhe com sono; EBSERH
LAVAGEM DAS MÃOS OU DEGERMAÇÃO
 Há 140 anos, o médico húngaro Ignaz Smmelweis, com o simples ato de
lavar as mãos com solução clorada antes de entrar em contato direto com
os clientes, demonstrou a importância dessa medida na profilaxia da
infecção hospitalar, por ter ela propiciado diminuição sensível dos casos de
febre puerperal;
 A lavagem das mãos, embora seja um procedimento simples, é importante
quando realizada de forma adequada, diminuindo a quantidade de
microorganismos;
 A importância de lavar as mãos vai muito além da simples questão de
manter o corpo limpo. Esse hábito pode prevenir doenças e até mesmo
salvar vidas.
 Embora na pele das mãos existam bactérias com variados graus de
patogenicidade, em situação normal elas não causam infecção, tendo em
vista existir uma barreira fisiológica protetora.
 Na ocorrência da perda de continuidade da pele, pode haver a instalação
de um processo infeccioso OMS, 2016
LAVAGEM DAS MÃOS OU DEGERMAÇÃO
 A via de transmissão de várias doenças poderia ser facilmente quebrada se
todas as pessoas lavassem as mãos com uma maior frequência;
 É importante lavar as mãos, principalmente, antes de se alimentar e
preparar alimentos, após usar o banheiro, tossir, espirrar, assoar o nariz,
brincar com animais e manusear o lixo e antes e após cuidar de ferimentos e
visitar pessoas hospitalizadas;
 Os cuidados com a higienização das mãos também são fundamentais para
os profissionais da saúde, sendo recomendada para esse público a lavagem
sempre antes e após ter contato com um paciente, antes de realizar
procedimentos e após se expor a fluidos corporais;
 Essas medidas são essenciais para evitar que o paciente seja contaminado
por micro-organismos provenientes de outras pessoas e também para
proteger os profissionais da saúde de possíveis doenças;
 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), doenças como a
diarreia poderiam ser evitadas e reduzidas em até 40% se todas as pessoas
lavassem adequadamente as mãos. OMS, 2016
LAVAGEM DAS MÃOS OU DEGERMAÇÃO
 A lavagem das mãos deve ser realizada
 Sempre que forem retirados os epis;
 Após procedimentos, mesmo que tenham NOVA FRANCESINHA
sido efetuados com as mãos enluvadas;
 Quando tocar superfícies e objetos no
ambiente de trabalho;
 Após manusear prontuários, próteses,
moldagens e modelos.
 O uso de luvas não dispensa a lavagem das
mãos;
 Para reduzir a flora em nível aceitável, as
mãos devem ser totalmente lavadas antes e
após o contato com pacientes, objetos e ESTA MODA NÃO PODE PEGAR
LAVE AS MÃOS!
trabalhos protéticos, usando-se um sabão
industrializado antimicrobiano (ex: gliconato
de clorexidina a 4%). OMS, 2016
TÉCNICA DA LAVAGEM
 Retirar anéis, relógios e pulseira e Posicionar-se junto
da pia;
 Abrir a torneira com a mão dominante e molhar as
mãos sem encostar-se na pia;
 Dispensar sabão líquido 2 a 4 ml na palma da mão;
 Ensaboar as mãos, friccionando-as por
aproximadamente 30 segundos, atingindo palma,
dorso das mãos, espaços interdigitais, polegar,
articulações, unhas e extremidades dos dedos e
punhos;
 Enxaguar as mãos, em água corrente, retirando
totalmente o resíduo da espuma e os fragmentos de
sabão;
 Enxugar em papel-toalha, utilizando 2 folhas de papel;
 Fechar a torneira com o papel-toalha utilizado para o
enxugamento das mãos caso ela não seja acionada
por pedal, cotovelo ou fotossensível. OMS, 2016
VAMOS PENSAR UM POUCO
1. O que é uma NR?
2. De acordo com o Ministério da Saúde, qual é o Conceito de
Biossegurança?
3. Qual o objetivo da Biossegurança?
4. O que é Contenção?
5. Quais são os níveis de Contenção?
6. O que é Risco?
7. O que é um Mapa de Risco?
8. Qual a importância de um Mapa de Risco em um setor?
9. Como são classificados os riscos?
10. O que é Risco Físico (ou Mecânico)?
11. O que é Risco Químico?
12. O que é Risco Biológico?
13. O que é Risco de Acidente?
14. O que é Risco Ergonômico?
15. O que são Equipamentos de Segurança?
16. Como são classificados os Equipamentos de Segurança?
17. O que significa a sigla EPI e EPC e para que servem?
18. O que é Cadeia de Transmissão?
19. O que é Precaução?
20. Quais os tipos de Precauções?
21. Quais são as Precauções Especiais?
22. Qual a indicação para Precaução Padrão?
23. Qual a indicação para Precaução Por Aerossóis?
24. Qual a indicação para Precaução Por Gotículas?
25. Qual a indicação para Precaução de Contato?
26. O que é Caixa de Perfurocortante?
27. Qual a importância da montagem adequada da Caixa de Perfurocortante?
28. Como promover Segurança no Ambiente Hospitalar?
29. Qual a importância da Lavagem das Mãos?
30. Quais os momentos que se deve lavar as Mãos nos Serviços de Saúde?
AULA 03

REVISÃO DO CONTEÚDO DA 1ª UNIDADE


AVALIAÇÃO TEÓRICA DA 1ª UNIDADE
01/02/2020
CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS HOSPITALARES AULA 03
 Os artigos compreendem instrumentos, objetos de natureza diversa,
utensílios( talheres, louças, comadres, papagaios, etc.), acessórios de
equipamentos e outros.
 Os artigos utilizados nos serviços de saúde são classificados em
categorias, propostas pela primeira vez por Spaulding, conforme o grau
de risco de provocar infecção nos pacientes;
 São 03 categorias:
ARTIGOS ARTIGOS ARTIGOS NÃO-
CRÍTICOS SEMICRÍTICOS CRÍTICOS

BRASIL, 2001
Estetoscópio
Instrumental cirúrgico Sonda Vesical de Demora
CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS HOSPITALARES

BRASIL, 2001
EXEMPLOS DE ARTIGOS
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS ARTIGOS SEMICRÍTICOS ARTIGOS CRÍTICOS
 Termômetro, Macronebulizadores,  Instrumental cirúrgico,
 Otoscópio, Máscara de Ambú,  Pinças,
 Estetoscópio, Nebulizador,  Tesouras,
 Esfignomanôme Cânula de guedel,  Cabos de bisturi,
tro (preferência  Pontas de eletro cautério,
Inaladores,
que seja de  Espéculos vaginais, nasais e
Extensores plásticos otológicos (metálicos).
nylon),
 Comadres e
Umidificadores de  Equipamentos de anestesia
Patinhos, oxigênio gasosa,
 Jarros, Bacias e Válvula de Ambú com  Traquéia, conexões e acessórios
Cubas Rim componentes metálicos de respiradores artificiais.
Lâmina de laringoscópio  Endoscópios,
Mamadeira e bico de  Fibras óticas, laparoscopias,
mamadeira  Borracha para aspiração (tubo
latéx)
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES

 É o processo utilizado, para destruição de todas as formas de vida


microbiana, isto é, bactérias, fungos, vírus e esporos presentes
nos artigos hospitalares;

 Os artigos permanentes devem ter seu uso assegurado pela


limpeza, desinfecção, descontaminação e esterilização;

 Limpeza é o ato de remover a sujidade por meio de fricção e uso


de água e sabão ou soluções detergentes;

BRASIL, 2001
LIMPEZA E PREPARO DA UNIDADE DO PACIENTE
Uma higiene ambiental eficiente é fundamental para a diminuição
das infecções;
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A LIMPEZA: Unidirecional ( não realizar
movimentos de vai e vem); De cima para baixo; Do mais distante
para o mais próximo; De dentro para fora; De trás para frente; Do
mais limpo para o mais sujo;
A limpeza da unidade objetiva remover mecanicamente o acúmulo
de sujeira e ou matéria orgânica e, assim, reduzir o número de
microrganismos presentes. Pode ser de dois tipos:

LIMPEZA
LIMPEZA TERMINAL
CONCORRENTE
SÃO PAULO, 2012
LIMPEZA E PREPARO DA UNIDADE DO PACIENTE
LIMPEZA CONCORRENTE LIMPEZA TERMINAL

 Feita diariamente após a  Feita em todo o mobiliário da


arrumação da cama, para remover unidade do paciente;
poeira e sujidades acumuladas ao  É realizada quando o leito é
longo do dia em superfícies desocupado em razão de alta,
horizontais do mobiliário;
óbito ou transferência do
 É realizada com o leito ocupado por
paciente, ou no caso de
paciente ainda internado,
geralmente durante o banho do internações prolongadas;
mesmo;  Na maioria dos
 Normalmente, é suficiente a estabelecimentos, ainda é
limpeza com pano úmido; feita pelo pessoal de
 Realizada pelo pessoal de enfermagem,
enfermagem; BRASIL, 2001
CONCEITO DE ASSEPSIA E ANTI-SEPSIA

ASSEPSIA= é o CONJUNTO DE MEDIDAS que utilizamos para


impedir a penetração de microorganismos NUM AMBIENTE que
logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que
está livre de infecção, ou seja, não se faz assepsia, se promove um
ambiente assépito;

ANTI-SEPSIA= é a eliminação das formas vegetativas de bactérias


patogênicas de um tecido vivo, ou seja, de seres animados, é
aplicada sobre a pele, mãos e gengiva, ou seja, uso em TECIDO
VIVO de uma substância bactericida ou bacteriostática capaz de
impedir a proliferação de microorganismos. (ex. lavagem das
mãos)
BRASIL, 2001
CONCEITO DE DESINFECÇÃO, DESCONTAMINAÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

 Desinfecção é o processo de destruição de microrganismos em


estado vegetativo (com exceção das formas esporuladas,
resistentes ao processo) utilizando-se agentes físicos ou químicos;
 Descontaminação, segundo Rutala, é o processo que visa destruir
microrganismos patogênicos, utilizado em artigos contaminados ou
em superfície ambiental, tornando-os, consequentemente, seguros
ao manuseio através de processo químico (imersão em solução
desinfetante), físico (calor) e mecânico (máquina
termodesinfectadora);
 Esterilização é o processo utilizado para destruir todas as formas
de vida microbiana, por meio do uso de agentes físicos seja por:
vapor saturado sobre pressão (autoclave) e vapor a seco (estufa);
BRASIL, 2001
NÍVEIS DE DESINFECÇÃO
BAIXO NÍVEL NÍVEL INTERMEDIÁRIO ALTO NÍVEL
Elimina apenas Precisa destruir todas Deve eliminar todos os
bactérias vegetativas, as bactérias micro-organismos em
vírus lipídicos, alguns vegetativas, o bacilo forma vegetativa;
vírus não lipídicos e da tuberculose, os
alguns fungos; fungos e os vírus
lipídicos e alguns não
lipídicos;
Elimina alguns esporos
Não elimina Não elimina esporos
micobactérias nem
esporos

PSALTIKIDIS, 2011
ESTERILIZAÇÃO
É o processo de destruição de todos os microrganismos, inclusive
esporulados, a tal ponto que não seja mais possível detectá-los através
de testes microbiológicos padrão.

TIPOS DE ESTERILIZAÇÃO •
 Óxido de Etileno (gás inodoro, sem cor, inflamável e explosivo);
 Autoclave gravitacional e elétrica (O processo baseia-se na
transformação das partículas de água em vapor sob a mesma
temperatura);
 Plasma de peróxido de hidrogênio (Sterrad);
 Esterilização flash conhecido como Statim= (Consiste na
esterilização de materiais não embalados para uso imediato, num
ciclo de aproximadamente 3 minutos a 132°C.)
SÃO PAULO, 2012
TIPOS DE ESTERILIZAÇÃO
ESTERILIZAÇÃO POR MEIOS FÍSICOS:
 Vapor saturado sob pressão - Autoclavação
 Calor seco - estufas
 Radiação ionizante – raios gama: cobalto 60 ou iodo 131
 Radiação não ionizante – luz ultravioleta

ESTERILIZAÇÃO POR MEIOS QUÍMICOS:


 Formaldeído
 Glutaraldeído
 Óxido de etileno
 Peróxido de hidrogênio – desinfetante ou esterilizante
 Ácido peracético - CH3CO3H - esterilizantes, fungicidas, viricidas,
bactericidas e esporicidas.
SÃO PAULO, 2012
PRINCÍPIOS ATIVOS DOS PRODUTOS QUÍMICOS E
PREPARO DE SOLUÇÕES PARA HIGIENIZAÇÃO;

Segundo preconizado pela Empresa Brasileira de Serviços


Hospitalares-EBSERH, em seu Procedimento Operacional Padrão:
HIGIENIZAÇÃO HOSPITALAR (2016) são produtos padronizados
para a higienização:
Água,
Detergente neutro,
Álcool a 70%,
Hipoclorito a 1%,
Glucoprotamina a 0,5% ou 1%
e Biguanida Polimérica 3,5% + Quaternário De Amônio 5,2%

EBSERH, 2016
PRINCÍPIOS ATIVOS DOS PRODUTOS QUÍMICOS E
PREPARO DE SOLUÇÕES PARA HIGIENIZAÇÃO;

 Água é utilizada para diluição do desinfetante e também para


remover as sujeiras
Sabões / detergentes: são solúveis em água, contém tensoativos
em sua formulação, com a finalidade de emulsificar e facilitar a
limpeza;
Germicidas: são agentes químicos que inibem ou destroem os
microorganismos, podendo ou não destruir esporos. São
classificados em: esterilizantes, desinfetantes e antissépticos;
Desinfetantes: são germicidas de nível intermediário de ação, não
são esporicidas;
Produtos Utilizados • Água; • Detergente; • Cloro orgânico; •
Álcool; • Hipoclorito de Sódio
SÃO PAULO, 2012
PRODUTOS DE LIMPEZA UTILIZADOS NO ÂMBITO HOSPITALAR

DETERGENTE OU SABÃO NEUTRO:


 DILUIÇÃO=De acordo com orientação do fabricante
 UTILIZAÇÃO=Indicado na limpeza de superfícies, (concorrente e
terminal)
 TEMPO DE AÇÃO=Imediato;

CLORO ORGÂNICO
 DILUIÇÃO=Usar na forma líquida: diluir 300grs do produto para 10
litros de água (3%).
 UTILIZAÇÃO=Desinfecção de sanitários e descontaminação de
superfícies
 TEMPO DE AÇÃO= 10 minutos
SÃO PAULO, 2012
PRODUTOS DE LIMPEZA UTILIZADOS NO ÂMBITO HOSPITALAR

ÁLCOOL
 DILUIÇÃO=Utilizado na concentração de 70%
 UTILIZAÇÃO=Indicado na desinfecção de mobiliários em geral e
equipamentos permanentes
 TEMPO DE AÇÃO=Imediato

HIPOCLORITO DE SÓDIO
 DILUIÇÃO=Utilizado na concentração de 1%
 UTILIZAÇÃO= Indicado na desinfecção de: teto, paredes, pisos e
outras superfícies fixas.
 TEMPO DE AÇÃO= 10 minutos

SÃO PAULO, 2012


AULA 04

APRESENTAÇÃO DOS SEMINÁRIOS


BOAS PRÁTICAS EM HIGIENIZAÇÃO HOSPITALAR AULA 04
 A realização da limpeza da unidade requer conhecimentos
básicos de assepsia e uso de técnica adequada, visando evitar a
disseminação de microrganismos e a contaminação ambiental;
 A VARREDURA SECA COM VASSOURAS É PROIBIDA, POIS LEVANTA
POEIRA E MICROORGANISMOS QUE ESTÃO DEPOSITADOS NO
PISO;
 Assim, o profissional responsável por essa tarefa deve ater-se a
algumas medidas de extrema importância:
 Executar a limpeza com luvas de procedimento;
 Realizar a limpeza das superfícies com movimentos amplos e
num único sentido;
 Seguir do local mais limpo para o mais contaminado;
 Colocar sempre a superfície já limpa sobre outra superfície limpa;
EBSERH, 2016
BOAS PRÁTICAS EM HIGIENIZAÇÃO HOSPITALAR
 Limpar com solução detergente e, em seguida, remover o
resíduo;

 Substituir a água, sempre que necessário;

 A limpeza da unidade deve abranger a parte interna e externa da


mesa de cabeceira, travesseiro (se impermeável), colchão,
cabeceira da cama, grades laterais, estrado, pés da cama,
paredes adjacentes à cama, cadeira e escadinha;

 É importante ressaltar que um leito confortável, devidamente


preparado e biologicamente seguro, favorece o repouso e sono
adequado ao paciente.
BRASIL, 2001
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT) e as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA)

 Empresas privadas e públicas (incluindo os hospitais) que possuem


empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) são
obrigadas por lei a dispor de SESMT e CIPA visando a manutenção da
qualidade de vida do trabalhador e desta forma proporcionando um
ambiente de trabalho seguro;
 A CIPA tem como obrigatoriedade adicional a confecção de denominado
"Mapa de Riscos“ confeccionado com auxílio do SESMT com a finalidade
de representar graficamente do os riscos existentes nos diversos locais
de trabalho, a conscientização e informação dos trabalhadores através da
fácil visualização dos riscos existentes na Empresa;
 Em caso de acidente de trabalho é necessário o preenchimento do
formulário de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) a fim de
documentar o acidente para efeitos legais,
ANVISA
PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Infecção: invasão do organismo por agentes infecciosos, que


interagem imunologicamente e se multiplicam;

Infecção hospitalar (institucional ou nosocomial): qualquer infecção


adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante
sua estadia no hospital ou mesmo após sua alta, quando puder ser
relacionada com a hospitalização;

No momento da admissão do paciente ao serviço se for observado


infecção por patógenos que não esteja relacionado à internações
anteriores este tipo de infecção é chamada de COMUNITÁRIA, ou
seja, não é de origem hospitalar e nem de procedimentos
hospitalares
ANVISA
A ENFERMAGEM E A PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES
Florence Nightingale (1820-1910),percussora da Enfermagem, já em
1954, quando ministrando cuidados aos soldados feridos durante a
Guerra da Criméia, observou vários casos de infecção pós operatória
entre os pacientes;

 Então juntamente com sua equipe de enfermeiras introduziram uma


série de medidas para organizar a enfermaria, como higiene pessoal
de cada paciente, utensílios de uso individual, instalação de cozinha,
preparo de dieta indicada, lavanderia e desentupimento de esgotos
e com a implantação dessas medidas básicas, conseguiram reduzir
sensivelmente a taxa de mortalidade

ANVISA, 2009
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH)

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) é uma


Comissão deliberativa, que tem como principal finalidade aprovar,
anualmente, o Programa de Controle de Infecções Hospitalares
(PCIH), que é executado pelo Serviço Controle de Infecção Hospitalar
(SCIH);
As atividades da CCIH/ SCIH estão fundamentadas na Portaria nº
2616/1998 do Ministério da Saúde, que define as diretrizes e
normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares, na
RDC 48/2000 e na Resolução SESA/PR nº 0674/2010, que aprova o
regulamento técnico que estabelece as ações de vigilância em
saúde a serem desenvolvidas no Controle das Bactérias
Multirresistentes (BMR) e Bactérias oriundas de Infecções
Hospitalares e de Surtos em Serviços de Saúde;
EBSERH, 2016
ATRIBUIÇÕES DO SCIH
 Realizar Vigilância epidemiológica para detecção de casos de infecção
hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos previamente estabelecidos,
a fim de entender sua ocorrência e planejar ações de melhoria em
conjunto com a direção hospitalar e equipe assistencial;
 Elaborar diretrizes para a prevenção das infecções ;
 Elaborar orientações para prescrição adequada de antibióticos;
 Estabelecer recomendações quanto às medidas de precaução e
isolamento para pacientes com doenças transmissíveis ou portadores de
bactérias resistentes a antibióticos, a fim de reduzir o risco de
transmissão desses agentes entre pacientes ou profissionais de saúde;
 Fornecer suporte técnico no planejamento adequado dos
estabelecimentos de saúde.

EBSERH, 2016
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES DE ACORDO COM O POTENCIAL DE
INFECÇÃO

ÁREA CRÍTICA: a que oferece risco potencial para aquisição de


infecção seja pelos procedimentos invasivos realizados, ou pela
presença de pacientes susceptíveis às infecções. Ex.: Centro
Cirúrgico e Obstétrico, Berçário, UTI, Hemodiálise, Laboratório, CME,
Banco de Sangue, área suja de lavanderia etc;
ÁREA SEMI-CRÍTICA: possui menor risco de infecção, são ocupadas
por pacientes que não exigem cuidados intensivos ou de isolamento.
Ex.: Enfermarias, Apartamentos e Ambulatórios;
ÁREA NÃO CRÍTICA: todas as áreas não ocupadas por pacientes e
aquelas destinadas a exames de pacientes. Ex.: Escritórios,
Almoxarifado, Setor de Radiologia e Consultórios.
BAHIA, 2001
GERENCIAMENTO DO DESCARTE DE RESÍDUOS, FLUIDOS,
AGENTES BIOLÓGICOS E FÍSICOS

 No Brasil, órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária -


ANVISA e o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA têm
assumido o papel de orientar, definir regras e regular a conduta dos
diferentes agentes, no que se refere à geração e ao manejo dos
resíduos de serviços de saúde, com o objetivo de preservar a saúde
e o meio ambiente, garantindo a sua sustentabilidade.
 Desde o início da década de 90, vêm empregando esforços no
sentido da correta gestão, do correto gerenciamento dos resíduos
de serviços de saúde e da responsabilização do gerador

BRASIL, 2006
GERENCIAMENTO DO DESCARTE DE RESÍDUOS, FLUIDOS,
AGENTES BIOLÓGICOS E FÍSICOS
 Os resíduos sólidos podem ser classificados de várias
formas:

1. Por sua natureza física: seco ou molhado;

2. Por sua composição química: matéria orgânica e matéria


inorgânica;

3. Pelos riscos potenciais ao meio ambiente; e

4. Quanto à origem. BRASIL, 2006


CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)

 A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) Agência Nacional de


Vigilância Sanitária (ANVISA) N° 306/04 e a Resolução Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) Nº 358/05 classificam os RSS
segundo grupos distintos de risco que exigem formas de manejo
específicas.

 Os grupos são:
 Grupo A- resíduos com a possível presença de agentes biológicos que,
por suas características, podem apresentar risco de infecção;
 Grupo B - resíduos químicos;
 Grupo C - rejeitos radioativos;
 Grupo D - resíduos comuns;
 Grupo E - materiais perfurocortantes
BRASIL, 2006
SÍMBOLOS DE IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE RESÍDUOS
Os resíduos do grupo A são identificados pelo símbolo de
substância infectante, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos.

Os resíduos do grupo B são identificados através do


símbolo de risco associado e com discriminação de
substância química e frases de risco.

Os rejeitos do grupo C são representados pelo símbolo


internacional de presença de radiação ionizante (trifólio
de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e
contornos pretos, acrescido da expressão MATERIAL
RADIOATIVO.
BRASIL, 2006
SÍMBOLOS DE IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE RESÍDUOS

Os resíduos do grupo D podem ser destinados


à reciclagem ou à reutilização. Quando
adotada a reciclagem, sua identificação deve
ser feita nos recipientes e nos abrigos de
guarda de recipientes, usando código de
cores e suas correspondentes

Os produtos do grupo E são identificados pelo


símbolo de substância infectante, com rótulos de
fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido
da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE,
RESÍDUO
PERFUROCORTANTE,
indicando o risco que apresenta o resíduo.
BRASIL, 2006
VAMOS PENSAR UM POUCO
1. Como são classificados os artigos em saúde?
2. Qual a forma de processamento indicada para artigos críticos?
3. Qual a forma de processamento indicada para artigos semicríticos?
4. Qual a forma de processamento indicada para artigos não críticos?
5. Complete a frase: o termômetro é considerado um
artigo__________________
6. Complete a frase: a cânula de guedel é considerada um
artigo__________________
7. Complete a frase: o instrumental cirúrgico é considerado um
artigo___________
8. O que é processamento de artigos hospitalares?
9. Qual é a limpeza que é realizada com o leito ocupado por paciente ?
10.Como deve ser realizada a limpeza concorrente?
11.Como deve ser realizada a limpeza concorrente?
12.Como deve ser realizada a limpeza terminal?
13.Qual é a limpeza que é realizada com o leito ocupado por paciente ?
14.Qual a é a limpeza feita em todo o mobiliário da unidade do paciente?
15.O queé assepsia?
16.O que é anti-sepsia?
17.Qual a diferença de desinfecção para esterilização?
18.Qual nível de desinfecção não elimina micobactérias nem esporos?
19.Qual o nivel de desinfecção que elimina micobactéria, mas, não
elimina esporos?
20.Como deve ser o alto nivel de desinfecção?
21.Qual o nome dado ao processo de destruição de todos os
microrganismos, inclusive esporulados?
22.Cite 02 tipos de esterilização por meio físico.
23.Cite 01 tipo de esterilização por meio químico.
24.Cite 03 produtos padronizados pela empresa brasileira de serviços
hospitalares-ebserh para a higienização hospitalar.
25.O que se utiliza para diluição do desinfetante e também para remover
as sujeiras?
26.Qual a finalidade do sabões / detergentes na higienização hospitalar?
27.O que são produtos germicidas?
28.Como são classificados os germicidas?
29.O que são desinfetantes?
30.Qual a indicação do uso de detergente ou sabão neutro?
31.Qual a indicação do cloro organico?
32.Qual diluição e o tempo de ação do álcool para a limpeza hospitalar?
33.Qual a indicação da utilização do álcool 70% na limpeza hospitalar?
34.Qual diluição e o tempo de ação do hipoclorito de sódio para a
limpeza hospitalar?
35.Qual a indicação da utilização do hipoclorito de sódio na limpeza
hospitalar?
36.Qual a indicação da utilização do hipoclorito de sódio na limpeza
hospitalar?
37.Por quê é proibida a varredura a seco na limpeza de ambientes
hospitalares?
38.O que deve abranger a limpeza da unidade?
39.Qual a importância de um leito confortável, devidamente preparado e
biologicamente seguro?
40.Para que serve o comunicado de acidente de trabalho (CAT)?
41.Qual o propósito do SESMT e CIPA para o trabalhador em saúde?
42.Defina Infecção.
43.Defina Infecção Hospitalar.
44.Defina Infecção Comunitária.
45.Qual a diferença de infecção hospitalar para infecção comunitária?
46.Qual a finalidade do trabalho da comissão de controle de infecção
hospitalar (CCIH)?
47.Como são classificada as áreas hospitalares de acordo com o
potencial de infecção?
48.De acordo com o potencial de infecção descreva uma área crítica.
49.Cite uma área crítica de acordo o potencial de infecção.
50.De acordo com o potencial de infecção descreva uma área semi-
crítica.
51.Cite uma área semi-crítica de acordo o potencial de infecção.
52. de acordo com o potencial de infecção descreva uma área não
crítica.
53.Cite uma área não crítica de acordo o potencial de infecção.
54.Qual o papel da agência nacional de vigilância sanitária - anvisa e o
conselho nacional do meio ambiente – conama no que se refere a
descarte de resíduos, fluidos, agentes biológicos e físicos?
55.Como são cassificados os resíduos dos serviços de saúde (RSS) quais
são os resíduos de cada grupo?
REFERÊNCIAS
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Biossegurança em Laboratório. Disponível em:
http://www.ufma.br/portalUFMA/arquivo/3c85c88c4fc6e33.pdf Acesso em: 04 de set. 2019
2. Brasil. Ministério da Saúde. Biossegurança em saúde : prioridades e estratégias de ação / Ministério
da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 242 p. : il. –
(Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biosseguranca_saude_prioridades_estrategicas_acao.p
df. Acesso em: 04 de set. 2019
3. . PSALTIKIDIS, E. M. Desinfecção USP. 2009. Disponivel em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4167933/mod_resource/content/0/Enfermagem_CME_-
_cap_8_Desinfeccao.pdf. . Acesso em: 04 de set. 2019

4. OPPERMANN, C. M. Manual de biossegurança para serviços de saúde. / Carla Maria Oppermann,


Lia Capsi Pires. — Porto Alegre : PMPA/SMS/CGVS, 2003. 80p. : il. Disponível em:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguranca-
servicos_saude.pdf . Acesso em: 04 de set. 2019

5. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.Manual de gerenciamento de


resíduos de serviços de saúde / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 182 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) Disponível em
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.pdf Acesso em:
04 de set. 2019
REFERÊNCIAS
6. BRASIL. Ministério do Trabalho. Segurança e Saúde no Trabalho. Normas Regulamentadoras.
Disponível em < https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default Acesso em: 04 de set. 2019

7. PIMENTEL, B. J. et al. CESMAC. MANUAL DE BIOSSEGURANÇA ENFERMAGEM Disponível em


https://cesmac.edu.br/admin/wp-content/uploads/2015/09/Manual-de-Biossegurança-do-Curso-de-
Enfermagem-Finalizado-3.pdf Acesso em: 04 de set. 2019
8. BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Precauções de Contato. Folder. Disponível em
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf Acesso em: 04 de set. 2019

9. ANVISA. SEGURANÇA NO AMBIENTE HOSPITALAR . Disponível em


http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/seguranca_hosp.pdf Acesso em: 04 de set. 2019

10. COREN/ES. PARECER Nº 002/2017/Coren-ES/CTA. Parecer elaborado por Rachel Cristine Diniz
Bossato – COREN-ES: 109251; Márcia Valéria de Souza Almeida – COREN-ES: 73517; Alessandra
Murari Porto – COREN-ES: 162208 e Carolina Maia Martins Sales – COREN-ES: 122521. Disponível em
< http://www.coren-es.org.br/wp-content/uploads/2017/07/02-2017.pdf Acesso em: 04 de set. 2019
OBRIGADA

“Trabalhar com segurança é mais do que um ato


individual de prevenção de acidentes: é um ato de
solidariedade consigo mesmo e com seus colegas”
DESCONHECIDO

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