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Sent - 3000526-91.2019.8.06.0167
Sent - 3000526-91.2019.8.06.0167
Processo nº 3000526-91.2019.8.06.0167
Parte Reclamante: TIAGO RAMOS VIEIRA
Parte Reclamada: FRANCISCO ISMERINO VASCONCELOS MENDES
Parte Reclamada: WELLINGTON MARQUES
Do Mérito
Faço uso dos critérios da simplicidade, informalidade e economia processual para proferir
esta sentença.
Os elementos de existência e validade do processo estão configurados, assim como as
condições da ação.
Sendo as partes legítimas, o objeto lícito e estando as mesmas bem representadas, passo a
analisar o cerne da lide.
É cediço no ordenamento jurídico que ao autor cabe apresentar as provas constitutivas de
seu direito, posto que ao réu incumbe demonstrar fatos que sejam impeditivos, modificativos ou
extintivos do direito do autor. No Juizado Especial todos os meios de prova são admitidos, ainda
que não legalmente especificados, e desde que não ofendam a moral.
Ao Estado-Juiz cabe julgar a lide de conformidade com as provas carreadas no processo,
sempre fundamentando sua decisão.
As provas devem ser administradas pelo art. 373 do CPC, onde diz que o ônus da prova
incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Pelo art. 212 do Código Civil, salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico
pode ser provado mediante: I – confissão; II – documento; III – testemunha; IV – presunção; V -
perícia.
Assim, cabe a cada parte fazer a prova mínima do que alegar, com vedação da exigência de
prova negativa em cada caso específico.
A direção do processo cabe ao juiz. Diz o art. 5º da Lei 9099/95 que o Juiz dirigirá o
processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e para dar
especial valor às regras de experiência comum ou técnica.
Pelo art. 32, todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não especificados em
lei, são hábeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes.
O Juiz é o destinatário da prova, a quem incumbe decidir sobre a necessidade ou não de sua
produção. Neste passo, entende-se que, em tese, as provas produzidas devem ser suficientes para a
formação do convencimento.
Pelo art. 371 do CPC, o juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos
fins sociais da lei e às exigências do bem comum (Lei nº. 9099/95, art. 6º).
O art. 8 do CPC diz que, ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e
às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e
observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
DISPOSITIVO